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Batimetria

Introdução
A batimetria pode ser definida como o conjunto dos
princípios, métodos e convenções utilizados para
determinar a medida do contorno, da dimensão e
da posição relativa da superfície submersa dos
mares, rios, lagos, represas e canais.
Introdução

Assim como os automóveis necessitam de estradas e


rodovias para locomoção, um navegante precisa conhecer o
fundo submerso para direcionar sua embarcação.

Para uma navegação segura através das águas de um país,


ao longo da sua costa e em seus portos são necessárias
cartas náuticas atuais.
Introdução

Desde meados do século XIX, navegantes tem


tentado melhorar seus conhecimentos sobre o
relevo marinho.

A carta de navegação mais antiga


conhecida atualmente é a Carte
Pisane, assim denominada por ter sido
comprada em 1829 de uma família de
Pisa pela Bibliothèque Nationale de
Paris.
Introdução
Mais de 80% do comércio
internacional é transportado por
via marítima. O comércio marítimo
é um dos pilares da economia de
uma nação. No entanto, muitas
áreas e portos em todo o mundo
não têm uma cobertura da
cartografia náutica adequada ou
rigorosa.
Introdução

 Comprimento da
costa: ~ 8.000 km

 Vias interiores
navegáveis: ~40.000
km

 Área da Amazônia
Azul: 4.500.000 km2
Introdução

Situação atual: Conhecemos melhor


a Topografia da superfície de Marte
do que o Relevo Submerso!
O que é Hidrografia?
O ramo das ciências aplicadas, que trata da medição e
descrição das características dos mares e áreas costeiras,
tendo como objetivo principal a navegação e todas as outras
finalidades e atividades marítimas, incluindo, entre outras,
atividades costeiras e oceânicas, de investigação, proteção
do ambiente e serviços de previsão (OHI Pub. S-32).
Hidrografia

O principal objetivo do Levantamento Hidrográfico (LH) é a


criação de CARTAS NÁUTICAS.

A Marinha do Brasil através da


sua Diretoria de Hidrografia e
Navegação (DHN) e do Centro de
Hidrografia da Marinha (CHM)
produz e atualiza as cartas e
publicações náuticas.
Hidrografia
O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) é o
órgão responsável pelo planejamento e pela
validação dos dados resultantes dos LHs
destinados à construção das cartas náuticas sob a
responsabilidade da DHN e aqueles de interesse
da Marinha.
Introdução

A Marinha também é responsável por


estabelecer as normas técnicas concernentes às
cartas náuticas de qualquer escala.

Estas normas são elaboradas segundo padrões


internacionais de qualidade recomendados pela
IHO (International Hydrographic Organization),
organismo intergovernamental fundado em 1921
por 19 países, incluindo o Brasil.
Introdução

Além dos levantamentos executados pela


Marinha, o Centro de Hidrografia da Marinha
(CHM) fiscaliza, por força de determinação
legal, a execução dos levantamentos
hidrográficos executados por entidades extra
Marinha, principalmente, manter as cartas
náuticas brasileiras atualizadas.
Introdução
 As novas diretrizes para controle dos Levantamentos
Hidrográficos estão definidas na NORMAN – 25;
 Para uma empresa privada realizar LHs ela precisa
estar cadastrada no CHM;
 Os órgãos públicos da Administração Federal,
Autarquias e Entidades Paraestaduais, federais, estão
dispensados de inscrição para a execução de LH em
águas sob jurisdição brasileira;
 Contudo, no interesse da segurança da navegação, os
mesmos deverão informar ao CHM, por meio de
correspondência oficial, a intenção de executar um
LH, com uma antecedência mínima de cinco dias.
NORMAN-25
 Segundo a NORMAN-25:
Levantamento Hidrográfico é toda a pesquisa em áreas
marítimas, fluviais, lacustres e em canais naturais ou
artificiais navegáveis, quem tenha como propósito a
obtenção de dados de interesse à navegação
aquaviária.
Esses dados podem ser constituídos por informações de
batimetria, da natureza e configuração do fundo
marinho, de direção e força das correntes, da altura e
frequência da maré ou do nível das águas, e da
localização de feições topográficas e objetos fixos que
sirvam em auxílio à navegação.
NORMAN-25
 Em face da utilidade dos dados adquiridos para
atualização das cartas e publicações náuticas, os LH
são classificados nas seguintes categorias:

 CATEGORIA “A”: LH que devem seguir


especificações técnicas que permitam que os
dados obtidos sejam aproveitados na atualização
de cartas náuticas ou para as demais finalidades
descritas na NORMAN-25;

 CATEGORIA “B”: LH executados sem o propósito


de produzir elementos que sirvam para
atualização de cartas náuticas.
NORMAN-25
 Levantamento Batimétrico (LB):
 Principal tarefa de um LH;
 Tem por finalidade obter medições de profundidades em
corpos d’água associadas a uma posição na superfície;

 Diversos instrumentos podem ser empregados na


medição de profundidades, dentre eles: o prumo de
mão, as estádia e os ecobatímetros;
 As profundidades são utilizadas para representar as
curvas isobatimétricas e construir os MDPs (Modelos
Digitais de Profundidade).
O que é Batimetria?
 Medição de profundidade de uma massa de água como os
mares, lagos, rios -topografia do mundo submerso.

 O mapeamento da batimetria é representado por curvas


batimétricas (curvas que unem pontos com a mesma
profundidade – semelhantes as curvas de nível).

 Em grego, “bathus” significa profundo e “metron“medida.


Curvas
Batimétricas
Batimetria

• Historicamente a batimetria era realizada através


de métodos relativamente simples, porém
demorados e pouco preciso.

• Utilizava-se de varas de sondar e fios de prumo


para a medição direta da profundidade, enquanto
que a embarcação era posicionada através de
medidas tomadas a partir de um ponto de apoio
em terra através de relações geométrica simples.
Batimetria

• Mas como era


realizado?
Batimetria
Para o conhecimento do relevo submerso, as primeiras
medições eram realizadas diretamente, utilizava-se,
principalmente, fio-de-prumo.
Batimetria
A operação batimétrica deve ser
feita com o apoio topográfico de
terra, para que se possa conferir
o posicionamento correto da
embarcação, que deve ser
mantida em velocidade
constante.
Para indicar as posições em que
foram efetuadas as sondagens
são utilizados alinhamentos, que
são estaqueados nas margens ou,
em áreas de pouca
profundidade.
Batimetria

Vantagens
Baixo custo de
equipamento para
baixas profundidades;
Medição direta, etc.

Desvantagens
Processo moroso;
Fraca cobertura;
Descontinuidade;
Inclinação do fio, etc.
Batimetria
• Com o avanço das ciências e da tecnologia,
principalmente com o advento das técnicas espaciais,
novos equipamentos e métodos foram sendo
desenvolvidos;
• Atualmente, o estado da arte dos equipamentos de
medição de profundidade consiste na utilização de
ecobatímetros monofeixe(singlebeam) e multifeixe
(multibeam) a bordo de embarcações e a varredura por
laser aerotransportado (IHO, 2005);
Batimetria
• Os ecobatímetros são os equipamentos utilizados pela
batimetria para medir a profundidade. O equipamento
consiste em uma fonte emissora de sinais acústicos e
um relógio interno que mede o intervalo entre o
momento da emissão do sinal e o instante em que o eco
retorna ao sensor. O som é captado pelo transdutor que
converte as ondas de pressão do eco em sinais
elétricos.

• Existe também uma enorme tendência em se utilizar o


sensoriamento remoto e a aerofotogrametria para a
obtenção estimada de profundidade em águas rasas.
Batimetria
• Os ecobatímetros monofeixe emitem apenas um pulso
acústico(ping), determinando assim uma única cota de
profundidade por ciclo. Estes equipamentos são
derivados dos sonares militares, e em águas rasas
atingem uma precisão subdecimétrica.
Batimetria
• Os sistemas multifeixes apresentam um rápido
desenvolvimento e oferecem um enorme potencial para
a medição de profundidade, tendo em vista sua
capacidade de mapear uma grande área submersa em
uma única varredura, proporcionando desta forma uma
cobertura quase total do fundo.
Batimetria
Batimetria

Fio de prumo Feixe simples Multifeixe


Batimetria
Batimetria
Batimetria
• Os sistemas laser aerotransportados também são
capazes de cobrir a maior parte do fundo submerso,
porém apresentam boas condições de operação
somente em águas límpidas e com até 20 m de
profundidade.

• Apesar da crescente evolução tecnológica


ecobatímetros monofeixe ainda são os equipamentos
mais utilizados no mundo inteiro, devido,
principalmente, ao seu baixo custo, quando comparado
aos demais equipamentos.
Batimetria
Bathy-500 Multi Frequência (MF) e Dupla Frequência (DF)

O Bathy-500 é um ecobatímetro singlebeam ideal para levantamentos


batimétricos em águas rasas.
Batimetria
Multi Frequência e Dupla Frequência

 O fundo submerso é
composto de várias
camadas de material.

 Frequências baixas são


capazes de penetrar
nos sedimentos,
enquanto que as
frequências altas são
refletidas pela
primeira camada.
Batimetria
Bathy-500 MF – Principais Características

• Profundidade de até 640m


• Precisão subdecimétrica
• Compatibilidade com os programas de
Hidrografia
• Display LCD
• Impressora térmica
• Saída RS232/422
• Integração GPS/NAV
• Entrada NMEA 0183
• Frequência de operação selecionável:
33, 40, 50 ou 200kHz
• Alimentação 11-30VDC, 115/230V,
50/60Hz, < 40watts
Batimetria

Bathy-500 DF – Principais Características

• Profundidade de até 640m


• Precisão subdecimétrica
• Compatibilidade com os programas de
Hidrografia
• Display LCD
• Impressora térmica
• Saída RS232/422
• Integração GPS/NAV
• Entrada NMEA 0183
• Frequência de operação selecionável :
33/210kHz ou 50/210kHz
• Alimentação 11-30VDC, 115/230V,
50/60Hz, < 40watts
Batimetria

Hydrobox SC– Principais Características

• Profundidade de até 800m


• Precisão subdecimétrica
• Compatibilidade com os programas
de Hidrografia
• Acompanha software para
armazenamento e reprodução de
dados
• Impressora externa (opcional)
• Entrada NMEA 0183
• Frequência de operação selecionável:
33, 50 ou 200kHz
• Alimentação 10-30VDC
• Leve, fácil instalação e operação
Batimetria
Hydrobox DC– Principais Características

• Profundidade de até 800m


• Precisão subdecimétrica
• Compatibilidade com os programas de
Hidrografia
• Acompanha software para
armazenamento e reprodução de dados
• Impressora externa (opcional)
• Entrada NMEA 0183
• Frequência de operação selecionável:
33/210kHz ou 50/210kHz
• Alimentação 10-30VDC
• Leve, fácil instalação e operação
Batimetria
Batimetria
Através da CODEN, oferecemos a mais moderna tecnologia em
levantamentos batimétricos com veículo não tripulado.
Batimetria

CODEN – Principais Vantagens frente aos métodos convencionais

• Diminuição da equipe técnica;


• Levantamento limpo, sem poluição
ambiental e sonora, e
• Não tripulado, ideal para levantamentos em
locais de difícil acesso, barragens de rejeito
ou áreas muito rasas.
Batimetria
Através da parceira com a empresa Reson, a CPE fornece as melhores
soluções para levantamentos Multibeam.

Temos soluções ideais para águas rasas e profundas.


Batimetria
Laser Scanner Aéreo para levantamento batimétrico RIEGL VQ-820-G

O RIEGL VQ-820-G foi especificamente projetado para o levantamentos


topográficos e batimétricos, integrado em uma plataforma completa, ele
pode ser facilmente instalado em qualquer tipo de aeronave, por
exemplo, avião de pequeno porte ou helicóptero, tripulado ou não.
Batimetria
• Os levantamentos batimétricos automatizados são
realizados a bordo de embarcações de pequeno,
médio ou grande porte.

• Utiliza-se receptores GNSS (Global Navigation


Satellite Systems) para o posicionamento
planimétrico, de ecobatímetros para medição de
profundidades numa alta taxa de amostragem e de
sensores, quando necessário, para as correções a
serem feitas nas sondagens devido aos movimentos
da embarcação.
Planejamento

• Linhas regulares de
sondagem.
Planejamento
• Paralelas
Planejamento
• Circulares
Planejamento
• Radiais
Planejamento
• Ziguezague
Planejamento

 A NORMAM – 25 (Anexo J) especifica os procedimentos


para execução de LH categoria “A”.

 Todos os procedimentos técnicos constam nesta norma,


como por exemplo os referentes a:
• Geodésia e Topografia;
• Maregrafia;
• Fluviometria;
• E os referentes a Batimetria monofeixe e multifeixe.
Planejamento
No caso da batimetria monofeixe, foco deste curso, a
NORMAM-25 determina que:
 As linhas de sondagem regulares devem ser dispostas de
modo perpendicular às linhas isobatimétricas da área
sondada;
 O espaçamento entre linhas devem seguir o estabelecido
na publicação S-44 – 5a edição, da IHO;
 Devem ser efetuados coleta de amostras geológicas na
área sondada;
 Deve-se executar linhas de verificação (LV) dispostas de
modo aproximadamente perpendicular às linhas regulares
de sondagem, para possibilitar a detecção de erros
grosseiros ou sistemáticos;
Planejamento

As linhas de
verificação cruzam
as linhas regulares
de sondagem de
forma
perpendicular.
Aplicações
Outras utilidades de um Levantamento Hidrográfico:

 Obras portuárias, tanto na construção de novos portos


como na dragagem dos mesmos;
 Locação de pontes, balizas, gasodutos e cabos telefônicos
transoceânicos;
Aplicações
 Na exploração de petróleo e outros recursos minerais;
 Na preservação ambiental e em atividades de pesquisa;
Aplicações
 No acompanhamento de processos de erosão ou
assoreamento;
 Construção e atualização de cartas náuticas.
Aplicações
Dragagem (retirada do material depositado)
 Implementação ou manutenção
Aplicações
Hidrometria / Fluviometria
 Medição de vazão;
 Medição de cotas de rios;
Lagos de detritos
 Processos de mineração
 Produção de alumínio
Ecobatímetro

O princípio fundamental
de funcionamento de um
ecobatímetro consiste na
transmissão vertical de
um feixe de ondas
sonoras ou ultra-sonoras
por um emissor instalado
na embarcação de
sondagem, chamado
transdutor.
Princípios básicos do sonar
As onda sonoras atravessam o meio líquido e atingem o fundo,
parte da energia refletida retorna a superfície onde é
detectada pelo transdutor. Se a velocidade de propagação das
ondas sonoras na água é conhecida pode-se calcular a
profundidade.

𝑣∙𝑡
𝑆=
2
Princípios básicos do sonar
Este é um processo indireto, pois o que realmente é
medido é o tempo de propagação do som na água.
Princípios básicos do sonar
Apesar das ondas eletromagnéticas apresentarem uma
propagação excelente no ar e no vácuo, estas
dificilmente se propagam nos líquidos, por este motivo
são utilizadas ondas sonoras.

No entanto, as ondas acústicas, sónicas ou ultra-sônicas,


apresentam uma boa propagação nos meios elásticos,
desde que estes possam entrar em vibração quando
submetidos a variações de pressão.

A maioria dos sensores


utilizados na determinação
da profundidade utiliza ondas
acústicas.
Princípios básicos do sonar
Diversos outros fatores influenciam a medição de
profundidade utilizando um ecobatímetro, dentre eles
merecem destaque:

 Velocidade de propagação do som;


 Topografia submersa, e
 Tipo de fundo.
Ecobatímetro

 Para a medição correta da profundidade os


ecobatímetros devem ser calibrados;
 A calibração consiste em selecionar o valor
preciso da velocidade de propagação do som na
água;
 É aconselhável o uso de um perfilador de som,
tendo em vista que a velocidade de propagação
do som na água não é constante;
 Em sistemas monofeixe a calibração pode ser
realizada através do método bar-check.
Ecobatímetro
• O método bar-check
consiste em utilizar
uma chapa metálica
circular, de 30 a 40
cm de diâmetro,
fixada a um cabo de
aço graduado.
Ecobatímetro
Ecobatímetro
 O fundo submerso é composto de várias camadas de
material.
 Frequências baixas são capazes de penetrar nos
sedimentos, enquanto que as frequências altas são
refletidas pela primeira camada.
Ecobatímetro
Ecobatímetro

Para a obtenção das


profundidades com o
ecobatímetro é
necessário somar ao
valor das profundidades
à altura de imersão do
transdutor, conhecido
como draft.
Ecobatímetro
Partículas ou corpos presentes na coluna de água causam
espalhamento da onda, mas em alguns casos podem causar
reflexão. Esta reflexão se reflete em erros na profundidade
medida.

Os objetos refletidos falseiam o fundo causando os


chamados spikes.
Ecobatímetro
Ecobatímetro
PERFIL DIGITALIZADO

ECOGRAMA

PERFIL PROCESSADO
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Aplicações
Cálculo de Volume
Aplicações
Planta Batimétrica
Carta Náutica
Nivelamento
Geométrico
Introdução

Operação que permite determinar cotas


altimétricas ou altitudes de pontos da superfície da
Terra. Com estas informações, pode-se representar o
relevo topográfico da região levantada.

Nivelamento Topográfico:
 Geométrico
 Trigonométrico
Introdução

 Geométrico: mais preciso dos métodos de


nivelamento realizado através de visadas
horizontais utilizando como instrumentos: níveis
topográficos e miras verticais graduadas.

 Trigonométrico: realizado através de Teodolitos e


Estações totais com visadas com qualquer
inclinação. Mais rápido que o Geométrico, menos
preciso.
Superfícies de Referência
 Superfície Arbitrária: um ponto qualquer é
escolhido como referência ou cota origem. Neste
caso as cotas são relativas.
Exemplo: no projeto de um edifício, o engenheiro ou arquiteto
definiu que o nível do térreo tinha cota 100,00. Com base
nesta referência define-se a cota dos subsolos, dos andares,
da caixa d´água, etc.
Superfícies de Referência
 Superfície Geoidal: superfície equipotencial
coincidente com o nível médio dos mares (não
perturbado). Neste caso a cota passa a ser
denominada altitude ortométrica.
 Altitude ortométrica: distância vertical medida desde o
geóide até o ponto no terreno
Nivelamento Geométrico
 É o sistema de medições altimétricas que
consiste em determinar as diferenças de nível
entre dois pontos observados mediante visadas
horizontais dirigidas a miras verticais.
Nivelamento Geométrico
 As diferenças de nível são determinadas com
instrumentos (nível) onde se visa a reta focal
(centro óptico do nível) que intercepta a mira
colocada nos pontos da superfície topográfica, em
que se deseja determinar as cotas (desnível).
Determina-se assim os valores em relação ao ponto
onde está instalado o instrumento.

Obs.: No nivelamento geométrico, não se importa o local onde


o nível fica estacionado mas sim, a sua altura (cota). Sendo
assim, não é necessário centrar o aparelho sobre um ponto ou
piquete.
Nivelamento Geométrico

 Princípios:

 Leituras em miras verticais;

 Visadas horizontais;

 Somatório das visadas à ré menos o somatório das


visadas à vante é igual a diferença de altura.
Equipamentos e acessórios
 Nível: são equipamentos que permitem definir com precisão
um plano horizontal ortogonal à vertical definida pelo eixo
principal do equipamento.
Equipamentos e acessórios
 Miras: São réguas graduadas que servem para taqueometria e
nivelamento geométrico.
 podem ser de madeira, fibra de vidro, alumínio e ínvar.
 podem variar de tamanhos (2m,4m,6m...).
 podem ter leitura direta ou invertida.
Equipamentos e acessórios
 Mira de madeira: são fabricadas com madeira seca e de pouca
dilatação linear. A graduação pode ser pintada diretamente na madeira ou
através de adesivos especiais.

 Mira de fibra de vidro: estas miras não são fabricadas no Brasil,


sendo importadas do Japão, e possuem pouca dilatação linear. A gravação
é feita diretamente sobre a mira, que é revestida por uma camada de
PVC.

 Mira de alumínio: são fabricadas em alumínio, o qual possui um


grande coeficiente de dilatação linear, que pode ser corrigido através de
uma tabela de temperatura gravada na própria mira.

 Mira de Ínvar: o ínvar é uma liga de aço e níquel numa proporção de


65% de aço e 35% de níquel. É o material com o menor coeficiente de
dilatação linear conhecido.
Equipamentos e acessórios
 Tripé

 Construção em madeira ou alumínio


Equipamentos e acessórios
 Nível de Cantoneira

 Para manter a régua vertical


 Inclinação introduz erros de leitura
Leitura na Mira
Leitura na Mira
 Devem ser lidos quatro algarismos, que corresponderão aos valores do
metro, decímetro, centímetro e milímetro.
 A mira apresentada está graduada em centímetros (traços claros e
escuros).

A leitura do valor do metro é obtida através dos


algarismos em romano (I, II, III) e/ou da observação do
símbolo acima dos números que indicam o decímetro.

A leitura do decímetro é realizada através dos algarismos


arábicos (1,2,3, etc.).

A leitura do centímetro é obtida através da graduação


existente na mira. Traços escuros correspondem a um
valor de centímetro impar, e claros a um valor par.

A leitura do milímetro é estimada visualmente.


Nivelamento Geométrico Simples
 Através de uma única estação do instrumento, se determina as
diferenças de nível dos pontos a nivelar.
 Se o instrumento ficar equidistante dos extremos, então evitará os erros
de curvatura terrestre e refração atmosférica pelo fato da anulação.
 A distância máxima preconizada pelas normas técnicas é de 80m, sendo
ideal a distância máxima de 50m para cada lado.
Nivelamento Geométrico Composto
 Um nivelamento é composto quando há necessidade de mudança na
posição do nível para possibilitar a leitura da mira nos vários pontos
notáveis.
 O trecho a nivelar se decompõe em trechos menores e realiza-se uma
sucessão de nivelamento geométrico simples.
Nivelamento Geométrico Composto
 Na maioria dos nivelamentos a poligonal é aberta.
 Fazer o nivelamento do trecho num sentido e voltar ao ponto de
partida por outro trecho e se possível por outro operador -
contranivelamento.
 A operação de contranivelamento equivale a dois nivelamentos
completos.
 A diferença de nível entre 2 pontos é igual à média dos valores em
cada um dos nivelamentos.
B
Cálculos e Caderneta de Campo

 Para se calcular as cotas ou altitudes dos pontos a nivelar é necessário


conhecer-se a cota ou altitude do ponto inicial (por exemplo, ponto A).

 Precisa-se agora determinar PR, que seria a cota ou altitude do plano


criado pelo instrumento.

PR = Cota A + Leitura Ré

 A leitura Ré é a leitura num ponto de cota conhecida

 Para calcular a cota dos demais pontos usamos a seguinte fórmula:

Cota B =PR - Leitura Vante

 A leitura Vante é a leitura num ponto de cota desconhecida


Exemplo – Nivelamento Composto

PR = Cota A + Leitura Ré

Cota B =PR - Leitura Vante 1,124


1,513

1,826 1,429

1,978 1,254 Cota E


??

2,473 0,622

Cota RN
100,00 m
Resolução
Leitura
Plano de
Ponto Cota
Referência
Ré Vante

A 2,473 100,00

B 0,622

1,978

C 1,254

1,826

D 1,429

1,513

E 1,124
Resolução
Leitura
Plano de
Ponto Cota
Referência
Ré Vante

A 2,473 102,473 100,000

B 0,622 101,851

1,978 103,829

C 1,254 102,575

1,826 104,401

D 1,429 102,972

1,513 104,485

E 1,124 103,361
Exemplo – Nivelamento Composto
Distancia entre pontos = 20m

Cota B =PR - Leitura Vante


PR = Cota A + Leitura Ré
Resolução
Leituras Cotas
Estação Ponto PR Cotas Correção
Ré Inter. Vante Corrigidas

A 1,820 50,000
I B 3,725
C 3,749
C 0,833
D 2,501
II E 2,034
F 3,686
G 3,990
G 3,458
III
C 0,301
C 2,867
IV
A 0,934
SOMA= SOMA= PR = Cota A + Leitura Ré
Cota B =PR - Leitura Vante
Resolução
Leituras Cotas
Estação Ponto PR Cotas Correção
Ré Inter. Vante Corrigidas

A 1,820 51,820 50,000


I B 3,725 48,095
C 3,749 48,071
C 0,833 48,904
D 2,501 46,403
II E 2,034 46,870
F 3,686 45,218
G 3,990 44,914
G 3,458 48,372
III
C 0,301 48,071
C 2,867 50,938
IV
A 0,934 50,004
SOMA= 8,978 SOMA= 8,974
Resolução

 É utilizada para se verificar se não houve erros na efetuação dos


cálculos, usa-se a seguinte fórmula:

∑rés - ∑vantes = Cota final – Cota inicial

Aplicando:

8,978 – 8,974 = 50,004 – 50,000


Conclui-se que não houve
0,004 = 0,004
erro de cálculo.
Erro tolerável
 O erro ser tolerável depende da:

–Precisão do levantamento
–Distância entre os pontos medidos com diferença de cota

 A fórmula para o erro tolerável é:


𝑓=𝑘 .√𝑠
Onde:
f – Erro tolerável (em mm);
k – Cte. de precisão do levantamento (usamos 10mm/km1/2);
s – Distância entre os pontos(perímetro), em km.

Então:
𝑓= 10.√𝑠
Resolução
 No exemplo, a distância entre cada ponto era de 20m, então a
distância total do levantamento é de 240m (120m na ida + 120m na
volta(contranivelamento)).

Então:
𝑓= 10mm.√𝑠
𝑓= 10.√0,24
𝑓= 10.0,4899
𝑓= 4,899 mm

Se o erro no levantamento foi de 4mm e o erro tolerável é de 4,899,


conclui-se que o erro foi admissível.
Resolução
 Correção:

Para fazer a correção, precisamos verificar o número de estações ou de rés.

 No exemplo utilizamos 4 estações, então:

Para a 1ª estação: ¼ do erro = ¼ x 0,004 = 0,001

Para a 2ª estação: 2/4 do erro = 2/4 x 0,004 = 0,002

Para a 3ª estação: ¾ do erro = ¾ x 0,004 = 0,003

Para a 4ª estação: 4/4 do erro = 4/4 x 0,004 = 0,004

COTA CORRIGIDA = Cota – (±correção)


Resolução
Leituras Cotas
Estação Ponto PR Cotas Correção
Ré Inter. Vante Corrigidas

A 1,820 51,820 50,000

I B 3,725 48,095 +0,001 48,094

C 3,749 48,071 +0,001 48,070

C 0,833 48,904

D 2,501 46,403 +0,002 46,401

II E 2,034 46,870 +0,002 46,868

F 3,686 45,218 +0,002 45,216

G 3,990 44,914 +0,002 44,912

G 3,458 48,372
III
C 0,301 48,071 +0,003 48,068

C 2,867 50,938
IV
A 0,934 50,004 +0,004 50,000

SOMA= 8,978 SOMA= 8,974

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