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2o Semestre de 2006
3
SUMÁRIO
Algarismos
13
significativos...................................................................................................
Anexo
48
1.............................................................................................................................
4
1. Introdução
Qualquer ciência tem os seus aspectos empíricos. Todo cientista precisa obter
números que concordem com as observações. É natural, portanto que a educação de
um aluno inclua alguns trabalhos experimentais. Na Química a realização de
experiências é fundamental: nenhum químico pode considerar-se adequadamente
treinado sem ter dedicado muitas horas ao trabalho de laboratório.
Em todos os ramos da química há técnicas específicas a aprender, princípios
gerais a serem demonstrados na prática, reagentes com os quais deve familiarizar-se, e
assim por diante. Qualquer que seja a especialização que você venha a seguir, você
terá que aprender um certo número de técnicas básicas e sendo assim esse primeiro
curso experimental tem o objetivo de introduzi-lo nestas práticas. Você terá a
oportunidade de aplicar conceitos teóricos previamente estudados e discutir resultados
experimentais.
Como esta é a primeira disciplina experimental do Departamento de Química
Fundamental (DQF) comentaremos a seguir alguns itens relevantes com respeito ao
laboratório e ao curso propriamente dito.
2. Segurança
Essas são algumas regras gerais que devemos seguir durante um trabalho
no Laboratório. Durante o curso, em cada experimento serão relacionadas outras
mais específicas, inclusive sobre os reagentes a serem manipulados.
Classe de Periculosidade
3. Limpeza
O aluno só deverá se ausentar do laboratório após o professor ter se certificado
de que a sua bancada esteja em ordem, inclusive áreas comuns como balança, capela,
etc. Se necessário reserve 15 minutos finais para este fim.
4. Estrutura do curso
A carga horária semanal do curso é de 04 horas, estando a disciplina baseada
em atividades essencialmente práticas. Organiza-se da seguinte maneira:
a. Pré-relatórios
Uma apostila contendo todas as práticas a serem realizadas no semestre deverá
ser adquirida. Leia-a, cuidadosamente, quantas vezes forem necessárias, antes de vir
ao laboratório, certificando-se de que esteja entendendo perfeitamente o que será
realizado. Feito isso, você estará apto a preparar o pré-relatório, o qual consiste
basicamente de:
I. Fluxograma ou resumo das principais etapas do experimento;
II. Cálculos e/ou tabelas que porventura constem na experiência;
III. Respostas às perguntas (se existirem) inclusas no roteiro experimental.
IV.Relatar a periculosidade de cada reagente a ser administrado na prática.
O pré-relatório deve ser entregue antes do início da aula ao professor, do
contrário não será permitida a participação do aluno na prática do dia. Você só deve
começar a trabalhar quando tiver a noção exata do que fazer em todas as etapas da
experiência.
b. Testes
No início de cada aula será realizada uma breve preleção sobre o assunto do dia,
oportunidade esta que deve ser aproveitada para eliminar eventuais dúvidas sobre o
experimento.
Logo após será feito um pequeno teste abrangendo questões relativas ao
experimento do dia e/ou da aula imediatamente anterior.
c. Caderno de laboratório
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d. Relatórios
O desenvolvimento correto da prática, a precisão dos dados empíricos e o
domínio teórico do assunto relacionado com a prática são alguns fatores essenciais para
um bom desenvolvimento das disciplinas experimentais. No entanto é necessário
apresentá-los em forma de texto organizado e lógico. Esse é o papel do relatório. Depois
de realizada cada prática você terá que prepará-lo, em letra legível ou digitada, e
entregá-lo ao instrutor na aula seguinte. O relatório deve apresentar uma folha de rosto
(capa) com os elementos de identificação (unidade de ensino, número do experimento,
título, nome completo do aluno, turma, nome do professor, local e data) e ser dividido
em 04 seções básicas, conforme mostramos nos exemplos 1 e 2, respectivamente:
Exemplo 1:
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EXPERIMENTO NO1
TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE
ALUNO:
TURMA:
PROFESSOR:
Exemplo 2:
9
Título da prática
1. Introdução
Deve situar o leitor no assunto a ser abordado. Faça uma breve descrição dos
aspectos teóricos ou princípios envolvidos, fazendo referência a fonte consultada
seguindo a norma NBR-6023/2002, da ABNT (anexo 1), preocupando-se em inserir
nessa seção os seguintes aspectos:
Princípios teóricos em que se baseia a prática;
Relevância da prática;
Objetivos da prática.
2. Experimental
Descreva como o experimento foi feito incluindo, se for o caso, qualquer
modificação no procedimento apresentado no roteiro. Escreva nessa seção apenas o
que você executou “usando as mãos”. No relatório você deve apresentar o
procedimento realizado de modo bem mais sucinto e objetivo do que o apresentado
no roteiro, mas sem suprimir fatos ou atividades importantes.
3. Resultados e discussão
Trata-se da parte essencial do relatório. Descreva todas as observações feitas,
os dados coletados e os cálculos, se necessário. Deve-se também discuti-los,
baseando-se nos princípios teóricos envolvidos. Sempre que possível apresente as
equações químicas relacionadas, explicando-as a partir de suas observações.
Na medida do possível, tente agrupar seus dados em tabelas, facilitando dessa
maneira a compreensão e organização dos resultados. Nos cálculos devem ser
mostradas todas as equações envolvidas e aproximações se forem feitas.
Os gráficos devem seguir algumas normas :
Coloque o título no gráfico, p. ex., Temperatura x Pressão;
Explicite as unidades de medidas nos eixos cartesianos;
Use escala apropriada de modo que os dados fiquem adequadamente espaçados.
4. Conclusões
Aqui você deve, como o próprio nome sugere, concluir o relatório. Relacione
suas conclusões com o objetivo apresentado na introdução. Comente sobre os pontos
positivos e a eficiência da prática. Tente levantar possíveis erros e sugestões para
otimização do experimento.
No final do relatório devem ser respondidas as perguntas existentes no final do
roteiro experimental.
5. Referências Bibliográficas
As referências bibliográficas devem seguir a norma NBR-6023/2002 da ABNT.
6. Questões
No final do relatório devem ser respondidas as perguntas existentes no final do
roteiro experimental.
As seções devem ser construídas de modo que exista uma seqüência lógica unindo-as.
Não existe uma lógica padrão, você deve criar sua própria lógica para cada relatório,
não fugindo no entanto do modelo proposto.
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
1. INTRODUÇÃO
Como então devemos relatar resultados de cálculos com uma exatidão coerente
com aquela dos dados utilizados?
1,2471
810,4 +
811,6471 “pela calculadora”.
Uma vez que não conhecemos nada sobre a segunda casa decimal do número
810,4 não tem sentido tentarmos estabelecer uma quarta casa decimal na resposta.
Vamos examinar a propagação de erros. Considere os resultados abaixo:
onde se pode notar que a incerteza se propaga para o terceiro algarismo significativo da
resposta. Observe que a incerteza no quinto algarismo significativo de 1,2471 não afeta
a terceira casa e não precisa ser considerada.
Portanto a resposta de 1,2471 × 1,04 coerente com a precisão dos fatores é 1,30 (com
incerteza no último algarismo). Assim:
2. TIPOS DE ERRO
Para medir o grau de precisão dos seus resultados, usamos o cálculo do desvio
padrão, que é expresso pela fórmula:
( x 1 - X ) 2 + ( x 2 - X ) 2 + ... + ( x n - X ) 2
S=
N -1
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO1
A pipeta previamente limpa é enchida, por aspiração, com água destilada até
acima do menisco; limpa-se a parte externa da extremidade livre com papel absorvente,
controlando-se a vazão com o dedo indicador; acerta-se o menisco com cuidado e verte-
se a água contida na pipeta no recipiente desejado.
- Coloque um pequeno béquer (5 mL) ou vidro de relógio numa balança analítica e tare-
a. Com a pipeta de Pasteur, coloque cerca de vinte gotas de água destilada neste
recipiente (béquer ou vidro de relógio) e meça sua massa. A partir desta massa e do
número de gotas será calculado o volume de cada gota.
- Com uma pipeta de Pasteur adicione ou retire o volume de água necessário para o
instrumento marcar exatamente 25 mL. Conte o número de gotas de água adicionadas
ou retiradas. A partir deste número de gotas, será calculado o volume de água
adicionado ou retirado, possibilitando então a aferição destes instrumentos.
Da mesma maneira calcule o volume médio de uma gota de água destilada vinda da
pipeta graduada. Compare-o com o valor médio da gota d’água obtido através da pipeta
de Pasteur.
1.3.4 - CONCLUSÃO
1.3.5 – QUESTÕES
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 2
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2.1 - INTRODUÇÃO
O que é o método científico? Não estranhe se cada cientista lhe der uma resposta
diferente. Muitos até dirão que é simplesmente o que eles aplicam para realizar as
pesquisas deles, não importa o que façam. Perguntar a um filósofo também não resolverá
a questão. É verdade desde o século XVII, pelo menos, diversos filósofos se ocuparam
em construir teorias para descrever e regulamentar a atividade científica (que naquela
época se chamava filosofia natural). Porém, como essas teorias em geral conflitam umas
com as outras, o debate prossegue até hoje, muitas vezes de forma acalorada. Afinal,
são assim as questões filosóficas.
Com ou sem filosofia, o fato é que a atividade científica, pelos menos aquela cujos
resultados são publicados e discutidos pela chamada comunidade científica, enquadra-se
em certas normas implicitamente aceitas por todos. Por exemplo, nenhum cientista
menosprezará a necessidade de realizar observações de forma precisa e controlada, ou
negará a importância de denunciar claramente as hipóteses em jogo numa determinada
experiência.
Nesta segunda aula de laboratório, como uma introdução a (algum) método
científico, você terá a oportunidade de realizar observações (e deduções) a respeito
de um sistema simples e curioso: um frasco contendo um líquido incolor que, ao
ser agitado, torna-se azul. Deixado em repouso, o líquido volta a ficar incolor. Por
que isso acontece? Que líquido é esse?
Uma maneira de tentar responder a essas perguntas é imaginar possíveis
explicações para o estranho fenômeno e submeter essas hipóteses a testes
experimentais. Quando bem feitos, os testes poderão demonstrar a inviabilidade de uma
ou mais hipóteses e assim reduzir o número de explicações possíveis. Desta forma,
eliminando as suposições erradas, estaremos nos aproximando cada vez mais da
verdade.
O procedimento que acabamos de descrever - hipóteses e testes - é normalmente
associado ao nome de Karl R. Popper, o famoso filósofo contemporâneo, um dos muitos
que teorizaram sobre metodologia científica. Se você tem inclinações filosóficas, talvez
queira consultar a obra de Sir Karl, que já existe quase toda em português (Editora
Itatiaia e Editora da UnB), e é fácil de ler. Um dos livros chama-se "Conjecturas e
Refutações". Dá um ótimo título para esta experiência.
H4: Existe um gás acima do líquido que, ao misturar-se com ele durante a
agitação, torna o líquido azul.
É natural - e desejável - que você pense em outras possibilidades. Se esse for o
caso, discuta com o instrutor uma maneira de testar suas hipóteses.
Vejamos agora como podemos testar separadamente cada uma das hipóteses
acima.
T1: Faça o líquido entrar em contato com a rolha, mas sem agitá-lo. Deixe-o
repousar um pouco e depois agite-o sem deixá-lo tocar na rolha. Observe o que acontece
em cada caso, e tire sua conclusão a respeito de H1.
T2: Gire o líquido, cuidadosamente e sem agitação, de modo que a superfície de
contato com o recipiente aumente. Como fica a hipótese H2?
T3: Esfregue um pouco a parede do erlenmeyer com sua mão para aquecê-la um
pouco, mas sem agitar o líquido. Observe o que acontece sobre a viabilidade de H3.
T4: Na superfície o líquido está permanentemente em contato com o gás
possivelmente existente no frasco. Observe atentamente a superfície do líquido e veja se
descobre algum indício de cor azul.
Se tudo ocorreu bem, só H4 deve ter sobrevivido aos testes. Acontece que há
uma alternativa:
H4’ Pode ser que o frasco contenha dois líquidos imiscíveis. Um incolor, presente
em maior quantidade, e o outro azul, menos denso, que forma a camada azulada da
superfície. Com a agitação, os dois se misturam e a cor se dispersa por todo o volume,
assim permanecendo enquanto durar a mistura. Se esta hipótese é válida, então o
descoramento deve produzir-se de baixo para cima, à medida que o suposto líquido azul
voltar à superfície. Agite o frasco e veja o que acontece.
Sua conclusão deve ter sido que H4' não se sustenta, e que H4 ainda é a melhor
explicação: a cor azul deve ser causada por algum gás existente no frasco. Que gás será
esse? Se abrirmos o frasco para tentar descobrir, o gás pode ir embora, e jamais
saberemos o resultado. No entanto, como a ciência também é uma aventura, vamos
correr esse risco.
Tire a rolha, transfira o líquido para um erlenmeyer vazio, e tampe este novo
frasco. Ora, o erlenmeyer vazio estava, como diz a canção, cheio de ar. Isto significa que
o espaço acima do líquido está agora ocupado pelo ar. Agite o conteúdo e anote o
ocorrido.
Agora você está sabendo que o ar produz o aparecimento (e subseqüente
desaparecimento) da cor azul. Isto aumenta nossa confiança em H4, e sugere que o gás
no frasco original era o próprio ar, ou um de seus componentes. Agora, será a cor azul
devida a simples mistura do gás com o líquido, ou será causada por uma reação química
entre eles?
Se for uma simples mistura, junto com o descoramento devemos poder observar o
aparecimento de bolhas formadas pelo gás que retorna à superfície. Agite mais uma vez
e verifique se isso acontece.
Por outro lado, se acontece uma reação, a pressão no interior do erlenmeyer
tampado deve ir caindo, à medida que o gás for sendo consumido. Para testar esta
hipótese, destampe o frasco, umedeça a rolha e tampe-o de novo. Realize umas três
vezes a operação aparecimento/desaparecimento da cor, e no final retire vagarosamente
a rolha. A queda de pressão no interior deverá fazer com que a entrada de ar arraste
para dentro do frasco a camada de água nas paredes da rolha.
O ar é composto essencialmente de nitrogênio (78% em volume) e o oxigênio
(20% em volume). Qual deles será o responsável pelo novo fenômeno? Serão os dois?
Para descobrir basta borbulhar cada um deles separadamente no interior do líquido.
Borbulhe primeiramente o nitrogênio, observe e anote. Em seguida borbulhe o
oxigênio e veja o que acontece. Anote.
Tire suas conclusões seguindo o seguinte roteiro:
Vamos representar o aparecimento da cor azul pela reação
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Tente imaginar uma maneira de decidir experimentalmente entre estes dois mecanismos.
2.3 - QUESTÕES
2. Um sujeito chato teima com você que inicialmente não havia ar no frasco e sim
um misterioso gás X, que produz o mesmo efeito. Como essa questão poderia ser
resolvida?
4. Algumas vezes observa-se uma confusão a respeito dos significados exatos das
palavras: hipótese, teoria e lei. Como você diferencia?
Referências Bibliográficas
1- Cook, A. G.; Tolliver, R. M. and Williams, J. E., J. Chem. Educ., 1994, 71, 160.
2- Morris, H.; Arena, S.; “Fundamentos de Química Geral” 9ª ed. Editota LTC, cap. 1,
1998.
EXPERIMENTO NO 3
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CROMATOGRAFIA
3.1 - INTRODUÇÃO
Cromatografia é um método para separar dois (ou mais) componentes de uma
solução, distribuindo-os entre duas fases imiscíveis: uma móvel e outra estacionária. A
fase móvel é geralmente um solvente ou uma mistura de solventes, enquanto a fase
estacionária é o suporte sólido, em geral sílica gel ou alumina. Existem hoje em dia
muitos métodos de cromatografia, alguns muito sofisticados. A fase móvel pode ser
líquida ou gasosa e a fase estacionária pode ser também um líquido absorvido num
sólido. A cromatografia é um método extremamente útil e comum para separar
substâncias de misturas, tanto no laboratório como em escala industrial. No laboratório,
podemos fazer uma distinção sucinta entre dois tipos de cromatografia. Uma - a
cromatografia analítica - que usa quantidades muito pequenas (< 1 mg) para analisar
uma mistura de substâncias, e a outra - a cromatografia preparativa - que tem como fim a
separação e, mesmo, a coleta de maiores quantidades (10 mg - 20 g) de componentes
numa mistura.
O fenômeno da separação pode ser entendido se considerarmos que substâncias
diferentes têm características diferentes, tais como ponto de fusão, ponto de ebulição,
índice de refração e“polaridade” - o que é mais importante na cromatografia. Basta agora
lembrar que um composto muito polar terá uma interação maior com um suporte sólido
também polar do que um composto relativamente não polar. Isto é devido às forças
eletrostáticas entre o polo parcial negativo do composto e o polo parcial positivo do
suporte, ou vice-versa.
Quando a solução dos componentes da mistura passa ao longo da fase
estacionária (suporte sólido) estes componentes têm atrações (ou interações) diferentes
com a fase estacionária, e, portanto os componentes passarão pelo sólido com
velocidades diferentes. É justamente este fato que permite utilizar a cromatografia como
um método de separação. Deste modo um composto polar passará com uma velocidade
menor que o composto não polar, ao longo da fase estacionária que é polar.
Nesta prática, vamos analisar qualitativamente uma mistura de íons de níquel (II),
cobre (II) e ferro (III), passando-os ao longo de uma faixa de papel de filtro, e usando
como fase líquida uma mistura de acetona e ácido clorídrico. Os íons têm atrações
diferentes à celulose, conseqüentemente passando pelo papel com velocidades
diferentes.
3.2 - PREPARAÇÃO
Antes de vir ao laboratório você deve se familiarizar com os conceitos envolvidos
na técnica de cromatografia, como também com a química dos íons que serem
investigados. Não esqueça de trazer uma tesoura, fita crepe e uma régua para
realização do experimento.
processo, no mesmo papel, para as outras soluções que você recebeu, aplicando-as
uniformente na linha de lápis.
Seque bem as manchas, usando o ventilador ou colocando o papel na estufa.
Cole o papel numa placa de Petri e coloque a placa em cima de um béquer contendo
uma mistura de acetona e ácido clorídrico 3,0 M na proporção de 8:2. A faixa deve ficar
pendurada dentro da solução contida no béquer, mas é importante que as manchas dos
sais se encontrem em cima do menisco do líquido, como ilustra a figura 1.
Placa de Petri
Você observará que no momento em que o papel entra no líquido, este vai subir
pelo papel por ação capilar. É importante assegurar que o papel de filtro revestindo a
parede esteja realmente saturado com a solução contida no béquer. Isto é importante
para manter uma atmosfera saturada dentro do béquer. Caso contrário, o líquido corre o
perigo de subir irregularmente pelo papel devido à sua evaporação numa atmosfera
totalmente saturada.
Acetona/HCl
Quando à frente do líquido tenha atravessado o papel, os íons metálicos terão
sido transportados também. Agora precisamos saber por qual distância. Para isto,
teremos que revelar os íons.
Um tipo de íon já é visível a olho nu. Para visualizar os outros dois, vamos
prosseguir da seguinte maneira:
1) Pegue o papel e segure-o em cima de uma placa de Petri contendo uma solução de
amônia, porém não molhando o papel. A amônia formará um complexo visível com um
dos íons.
3.4 - QUESTÕES
2) A amônia revela que íon? Qual é a coloração observada neste teste, e que tipo de
complexo é formado pela reação de amônia com o íon metálico?
Referências Bibliográficas
1- Silva, R. R., Bocchi, N. e Rocha Filho, R. C., Introdução à Química Experimental, São
Paulo, Mc Graw-Hill. 1990
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EXPERIMENTO NO 4
PERTURBANDO O EQUILÍBRIO
4.1 - INTRODUÇÃO
Todos os processos químicos em sistemas fechados tendem a um estado de
equilíbrio. Em termos macroscópicos, é possível perceber mudanças no sistema até que
um equilíbrio seja atingido, quando então parece que as coisas param de acontecer. Na
verdade elas continuam acontecendo, só que no equilíbrio para cada reação ocorrendo
existe a reação inversa ocorrendo à mesma velocidade. É isso que dá uma aparência
estática ao sistema.
Convém lembrar que há sistemas fora do equilíbrio nos quais nada parece estar
ocorrendo. Uma mistura de hidrogênio e oxigênio, por exemplo, permanece
indefinidamente com a mesma aparência. Basta uma faísca, no entanto, e ocorrerá uma
explosão. É que a mistura não estava no equilíbrio: simplesmente tendia para ele muito
lentamente. A faísca apenas acelera o processo, isto é, altera a cinética da reação. O que
levaria séculos, passa a ocorrer numa fração de segundo. Num verdadeiro equilíbrio, isto
não aconteceria: um estado de equilíbrio é uma espécie de fundo de poço, reagindo a
qualquer perturbação no sentido de manter a situação original. Essa, aliás, é a
essência do Princípio de Le Chatelier: "Quando perturbado, um sistema em
equilíbrio reage no sentido de contrabalançar a perturbação".
Nesta prática, faremos uma investigação qualitativa de alguns estados de
equilíbrio, dando ênfase ao efeito de perturbações externas. Uma certa familiaridade com
esses fenômenos é indispensável à formação de qualquer químico. Muitos equilíbrios,
especialmente os de solubilidade, são à base da Química Analítica clássica; conhecendo
as características de um estado de equilíbrio poderemos influenciar a composição de um
sistema (numa indústria, por exemplo) de acordo com os nossos interesses.
PREPARAÇÃO
Antes de vir ao laboratório você deve recordar quais são as características de um
estado de equilíbrio e qual o efeito de perturbações externas sobre ele. É importante
também rever a teoria dos equilíbrios de solubilidade, inclusive os seus aspectos
quantitativos (Mahan, caps. 5 e 6 ou Atkins, cap. 9).
1. EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE
2. O PRINCÍPIO DE LE CHATELIER
Acabamos de ver como a solubilidade de um sal pode ser afetada por variações
de temperatura. Nesta seção examinaremos mais algumas perturbações em estado de
equilíbrio. Você deve anotar o que ocorre em cada caso, isto é, como o sistema reage à
perturbação, e em seguida tentar explicar o ocorrido em termos do Princípio de Le
Chatelier.
4.3 - QUESTÕES
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 5
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3.1 - INTRODUÇÃO
A necessidade de separação de componentes de uma mistura surge
freqüentemente no trabalho do químico. Seja na preparação de amostras para análise, no
isolamento de um produto natural, ou no isolamento de uma substância obtida
sinteticamente que deve ser separada dos produtos secundários e reagentes de partida
não transformados. A técnica de separação utilizada dependerá da natureza da mistura e
das substâncias presentes, e das quantidades relativas dos componentes. Nem sempre é
possível, ou prático, separar algumas substâncias na sua forma original e é preciso então
fazer uma derivatização, ou transformação da substância, para uma forma que possa ser
separada. Este processo normalmente só é desejável se a forma derivada puder ser
reconvertida com facilidade à substância original.
As técnicas de separação mais comumente utilizadas em laboratórios de análise e
pesquisa são a filtração, a extração, a destilação, a sublimação, a cristalização, a
precipitação e a cromatografia.
Na prática de hoje, vamos usar uma combinação de vários desses métodos para
separar uma mistura de areia, ácido benzóico, óleo mineral e acetato de etila.
O primeiro componente da mistura a ser separado é o componente sólido, por
filtração. Em seguida vamos derivatizar e extrair o ácido benzóico e finalmente separar os
dois últimos componentes através de uma destilação simples. Três dos quatro
componentes são desta forma isolados na sua forma original e pura. O ácido benzóico,
no entanto, se encontra na forma de um derivado em solução aquosa; ele deverá ser
levado novamente à sua forma original através de uma reação de neutralização,
separado por precipitação, e em seguida purificado por uma recristalização.
posição tal que a saída não esteja dirigida para você ou outra pessoa (observe a
demonstração do instrutor), abra a torneira e feche-a em seguida. Repita esta
operação mais 2 ou 3 vezes.
Apóie novamente o funil no suporte e espere a separação das fases. Coloque
então um erlenmeyer embaixo do funil e recolha a fase inferior regulando o fluxo quando
estiver perto do limite das fases para evitar que a fase superior passe também para o
erlenmeyer (observe a demonstração do instrutor).
Repita esta operação utilizando mais duas porções de 30 mL da solução de NaOH
e recolhendo a fase aquosa no mesmo erlenmeyer utilizado anteriormente. Transfira a
fase que ficou no funil de separação para um balão de fundo redondo previamente
pesado e reserve-a.
Adicione 82 mL da solução de HCl, preparada previamente pelo instrutor (22 mL
de HCl concentrado diluído em 60 mL de água) ao extrato aquoso contido no erlenmeyer.
Filtre o sólido formado sem decantar o líquido e utilize três porções de cerca de 15mL de
água para lavá-lo e arrastar todo o sólido do béquer. Despreze o filtrado.
Transfira o sólido para um erlenmeyer e dissolva-o em 45 mL de água destilada,
aquecendo numa chapa elétrica. Quando a dissolução estiver completa deixe o
erlenmeyer esfriar em repouso sobre a bancada. Quando a solução atingir a temperatura
ambiente coloque-a no refrigerador ou banho de gelo por 10 a 20 minutos. Filtre os
cristais formados, lave-os e seque-os. O procedimento para a execução destas três
etapas, filtração, lavagem e secagem deverá ser determinado por você antes de vir ao
laboratório. Pese os cristais secos e determine o seu ponto de fusão.
- Por que foi necessário derivatizar o ácido benzóico para separá-lo da mistura?
Represente por equações químicas os processos de derivatização e separação.
- Por que é necessário agitar bem o funil de separação no processo de extração
do ácido benzóico, e por que a torneira deve ser aberta após cada agitação?
3.3 – QUESTÕES
Referências Bibliográficas
1- R.R. Silva, N. Bocchi e R.C. Rocha Filho - Introdução à Química Experimental, Mc
Graw-Hill, 1990.
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EXPERIMENTO NO 6
TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE
5.1 - INTRODUÇÃO
No exercício de sua profissão, um químico analítico enfrenta sempre o mesmo
problema: 1) determinar o que há em uma amostra; 2) em seguida, determinar quanto há
de cada componente na amostra. Na química analítica clássica, busca-se responder a
estas duas questões - a qualitativa e a quantitativa - utilizando-se de reações químicas.
Assim, para saber o que há na amostra é preciso usar reações características, isto é,
reações que só ocorrem com determinado(s) componentes(s).
Tendo-se identificado os componentes, pode-se usar a estequiometria de uma
reação característica para determinar quanto está presente de cada componente. Se, por
exemplo, sabemos de antemão que x moles do componente A, presente na mistura,
reagem estequiometricamente com y moles do reagente B e se, adicionando aos poucos
o reagente B, verificamos que exatamente y - e apenas y - moles de B reagiram com a
amostra, somos levados a concluir que havia x - e apenas x - moles do componente A
presentes na amostra.
Nesta experiência, o componente A será um ácido e o reagente B será uma base.
Usaremos a neutralização de A por B para determinar a acidez de uma amostra de
vinagre. Já sabemos o que há na amostra: vinagre comercial é essencialmente uma
solução aquosa de ácido acético, obtida a partir da fermentação de carboidratos. Sua
composição é regulamentada pelo governo federal, devendo haver pelo menos
4 gramas de ácido acético por 100 mL de vinagre. Para saber se a nossa amostra
está de acordo com a lei - isto é, para saber quanto ácido ela contém - vamos fazê-la
reagir com hidróxido de sódio, até neutralizar todo o ácido. Na verdade, pequenas
quantidades de outros ácidos também estão presentes e serão neutralizadas, de modo
que estaremos de fato determinando a acidez total. Vamos, no entanto expressá-la em
termos de ácido acético, o que corresponde a supor que a única neutralização é
Vemos que cada mol de ácido acético reage com exatamente um mol de hidróxido
de sódio. Quando a neutralização chegar ao fim, portanto, o número de moles de NaOH
adicionados será igual ao número de moles de CH3COOH originalmente presentes na
amostra. Dividindo esse número pelo volume inicial da amostra obteremos a sua
concentração, e teremos realizado a titulação da acidez do vinagre.
O ponto em que a base adicionada é suficiente para neutralizar completamente o
ácido é chamado de ponto de equivalência. Uma gota a mais de hidróxido de sódio
tornará a solução consideravelmente básica, e isso nos permitirá saber quando parar a
titulação. Acrescentaremos à amostra, antes de titulá-la, um indicador chamado
fenolftaleína, que é uma substância incolor em meio ácido, porém vermelha em meio
básico. Enquanto ainda houver ácido não neutralizado, a solução permanecerá incolor.
Uma gota de base em excesso, no entanto, e aparecerá a cor característica da
fenolftaleína em meio básico. Essa mudança de cor chama-se viragem e indica que é
hora de parar de adicionar base: chegamos ao ponto final da titulação. Você encontrará
mais informações sobre indicadores, e sobre o próprio processo de titulação, nos livros
de química geral do Pimentel, do Spratley e do Mahan.
O primeiro requisito para a titulação é conhecer exatamente a concentração da
solução que será adicionada à amostra. A maneira óbvia de proceder é pesar
cuidadosamente uma certa massa do soluto (NaOH, nesta titulação) e dissolvê-la até um
volume exatamente determinado. Infelizmente no nosso caso isto é difícil, porque o
hidróxido de sódio tende a absorver água da atmosfera, tornando inexata qualquer
pesagem, por mais cuidadosa que seja. Temos então um outro problema: precisaremos
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se ele autorizar, tome a média dos dois valores mais próximos como a concentração da
sua solução de hidróxido de sódio.
B - Titulação do Vinagre
Coloque cerca de 10ml de vinagre em um béquer limpo e seco. Lave uma pipeta
volumétrica de 2 mL com um pouco de vinagre, desprezando-o em seguida.
Meça 2 mL de vinagre com a pipeta volumétrica e transfira-a para um erlenmeyer
de 250 mL, acrescentando aproximadamente 50 mL de água destilada, medidos em uma
proveta ou em um béquer. Adicione duas gotas de fenolftaleína e titule com a solução de
NaOH, procedendo da mesma forma que na seção anterior. A diferença é que agora a
concentração desconhecida é a do vinagre, e não mais a do hidróxido de sódio. Como a
estequiometria também é de um para um, a concentração de ácido no vinagre será nB/2
mL, sendo nB o número de moles de NaOH empregados na titulação. Finalmente, realize
mais duas titulações e tome como resultado final à média das duas concentrações de
ácido mais próximas. Passe para o instrutor os resultados das titulações que você
realizou.
Afinal, sua amostra de vinagre está dentro da lei ou não?
5.3 - QUESTÕES
1) O NaOH não pode ser usado como padrão primário porque absorve água da
atmosfera. Esse fenômeno tende a resultar em soluções mais diluídas ou mais
concentradas do que o esperado? Por quê?
5) Em algum ponto da introdução dissemos que “uma gota a mais de hidróxido de sódio
tornará a solução consideravelmente básica". Que peculiaridades têm as curvas de
titulação (veja o capítulo 5 do livro do Pimentel e Spratley) para tornar verdadeira essa
afirmação?
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 7
35
ELETROQUÍMICA
7.1 - INTRODUÇÃO
A eletroquímica trata essencialmente da conversão de energia elétrica em energia
química, nas celas eletrolíticas, e da conversão de energia química em energia elétrica
nas celas galvânicas ou eletroquímicas. Ela pode ser dividida de várias maneiras
dependendo dos aspectos que se deseja enfatizar. Numa dessas divisões se separa a
eletroquímica em termodinâmica e cinética. No primeiro caso, a eletroquímica trata de
sistemas em equilíbrio e muitos parâmetros termodinâmicos, tais como energia livre e
entropia, podem ser obtidos por seus métodos. A eletroquímica cinética preocupa-se com
sistemas onde uma ou mais reações estão ocorrendo fora do equilíbrio, como é o caso
em baterias e celas eletrolíticas.
Os processos eletroquímicos desempenham papel importante na química
industrial, na química analítica e no desenvolvimento de pesquisa em diversas áreas do
conhecimento. A produção industrial de sódio metálico e cloro, por exemplo, é feita por
eletrólise do cloreto de sódio fundido. O alumínio é obtido eletroliticamente pelo processo
Hall. Na química analítica um dos métodos para análise de íons de metais, consiste na
sua redução e deposição numa cela eletrolítica; e o método mais usado para
determinação de pH utiliza um sensor, o eletrodo combinado de vidro, que nada mais é
do que uma cela eletroquímica onde um dos eletrodos é sensível à concentração de íons
hidrogênio presentes no meio. Pesquisas de ponta em ciências biomédicas, como por
exemplo, o estudo de reações químicas no interior de células vivas são feitas com o
auxílio de pequenas sondas eletroquímicas. E na área de polímeros condutores a síntese
eletroquímica tem tido papel fundamental.
Celas galvânicas de vários tipos são utilizadas como fonte de energia em diversas
aplicações. As pilhas secas, por exemplo, faz funcionar as nossas lanternas, rádios,
relógio e marca passos cardíacos; as baterias ou acumuladores de chumbo encontram
grande aplicação na indústria automobilística; pilhas e combustível, que permitem que a
energia elétrica liberada pela transformação dos combustíveis seja diretamente
convertida em energia elétrica, têm encontrado muitas aplicações, particularmente em
naves espaciais.
Nesta prática estudaremos algumas reações simples de oxi-redução,
construiremos uma cela galvânica e utilizaremos a equação de Nernst para avaliar a
variação do potencial da célula em função da composição e concentração das soluções
eletrolíticas.
Ou seja, o Cu(s) se dissolve para fornecer Cu+2 + 2e- e o Ag(s) precipita da solução.
Os elétrons perdidos na semi-reação de oxidação devem ser ganhos na semi-reação de
redução. Por outro lado, se uma solução de Cu+2(aq) entra em contato com Ag(s), nenhuma
reação se observa. Isto significa que nesta situação, as seguintes semi-reações não
ocorrem:
Cu+2(aq) + 2e- → Cu(s)
2Ag(s) → +
2Ag (aq) + 2e-
1,100 V
voltímetro
ponte salina
eletrodo eletrodo
de zinco de cobre
solução de solução de
ZnSO4 CuSO4
Efeito do hidróxido
Adicione 20 mL de uma solução de NaOH 1,75 M ao béquer contendo a solução
de CuSO4 0,1 M. Leia o potencial da pilha e anote as suas observações.
7.3 - QUESTÕES
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 8
TITULAÇÃO REDOX
8.1 - INTRODUÇÃO
Em aula prática passada, você utilizou a técnica de titulação para determinar a
acidez do vinagre. As reações envolvidas eram reações de neutralização ácido-base. Na
aula prática de hoje, vamos determinar a concentração de peróxido de hidrogênio em
uma amostra comercial de água oxigenada. Utilizaremos também a titulometria, e as
reações envolvidas neste caso pertencem a outro importante grupo de reações químicas,
que são as reações de oxi-redução(ou redox). O procedimento será análogo ao
empregado na titulação ácido-base: primeiro, a padronização de uma solução com um
padrão primário, e em seguida, a titulação da amostra com a solução padrão.
Para a titulação da amostra, usaremos o permanganato de potássio, KMnO4, um
agente oxidante muito forte. A solução de permanganato será padronizada por titulação
com uma solução padrão de oxalato de sódio, Na2C2O4. As oxidações quantitativas com
permanganato são normalmente realizadas em soluções ácidas, nas quais o íon MnO4-,
de cor púrpura, é reduzido a Mn2+, que é praticamente incolor.
Por causa da intensa cor púrpura do íon permanganato, é possível detectá-lo
visualmente mesmo em concentrações ínfimas, e isto serve como base para a detecção
do ponto de equivalência destas titulações. O indicador do ponto final é o próprio íon
permanganato, pois um pequeno excesso deste íon, após oxidação completa da
substância que está sendo titulada, provocará o aparecimento de uma coloração rosa na
solução.
8.2 - PREPARAÇÃO
Antes de vir ao laboratório, reveja os conceitos de oxidação e de redução,
inclusive os métodos para balancear equações redox, e certifique-se de que sabe fazer
todos os cálculos estequiométricos necessários numa titulação. Releia também o roteiro
da prática Titulação Ácido-Base para recordar os cuidados que se deve ter em uma
titulação. Finalmente, resolva os problemas abaixo, incluindo suas respostas no "pré-
relatório".
3)Calcule a massa de Na2C2O4 necessária para preparar 100mL de uma solução 0.05M.
4) Calcule quantos ml de uma solução 0,02 M de KMnO4 devem ser gastos na titulação
de 25 mL de uma solução 0,05 M de Na2C2O4.
A - Padronização do permanganato
Usando a balança semianalítica, pese em um vidro de relógio aproximadamente a
massa de KMnO4 calculada no problema 2. Transfira-a para um béquer de 250 mL e
acrescente cerca de 150 mL de água destilada, usando parte dela para arrastar para a
solução todo cristal de permanganato que tenha permanecido no vidro de relógio.
40
8.4 - QUESTÕES
1) Nesta experiência o H2O2 atuou como agente redutor, perdendo elétrons, mas
normalmente, o seu desempenho é como agente oxidante. Nesse caso, qual seria a
variação do número de oxidação do oxigênio?
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 9
9.1 - INTRODUÇÃO
Por meio de reações químicas é possível efetuar a transformação de um material
de sucata em novos e interessantes compostos. Estes compostos, além de poderem ter
uma aparência completamente diferente do material de partida, podem ter aplicações
totalmente diversas.
O alumínio, por exemplo, vem sendo largamente empregado na confecção de
materiais descartáveis como latas de bebida, o que causa problemas de acúmulo de
sucata, uma vez que é um metal difícil de destruir - uma lata de alumínio tem vida média
de 100 anos. Além disso, apesar do alumínio ser o metal mais abundante da crosta
terrestre, o consumo de eletricidade para sua fabricação é alto. A combinação destes
fatores concorre para que se procurem maneiras de reciclar o alumínio, de forma a
diminuir a quantidade de lixo, abaixar os custos de extração e preservar suas reservas
naturais.
Nesta experiência, apresentamos uma maneira de se aproveitar a sucata de
alumínio para sintetizar o alúmen de potássio, KAl(SO4)2.12H2O, substância muito
utilizada na tintura de tecidos, tratamento d'água, clarificação do açúcar e na indústria de
papel.
Alúmens são sais duplos de sulfatos hidratados contendo cátions mono e
trivalentes: M+M3+(SO4)2.12H2O. Íons monopositivos como Na+ ou NH4+ podem
substituir o K+ e íons tripositivos como Cr3+, Fe3+ e Co3+ podem substituir o Al3+,
formando uma série de alúmens diferentes, que se cristalizam com o mesmo retículo,
formando cristais octaédricos ou cúbicos que em condições apropriadas podem atingir
um tamanho considerável. Os compostos em que o cátion trivalente é o alumínio são sais
duplos típicos, daí a razão do nome alúmen para essas substâncias. Das doze moléculas
de água de hidratação ou cristalização, seis estão associadas ao cátion monovalente e
as demais ao cátion trivalente.
O alumínio se dissolve rapidamente em solução aquosa aquecida de hidróxido de
potássio. A solução resultante, ao ser acidificada com ácido sulfúrico, forma um
precipitado de hidróxido de alumínio, que se dissolve ao ser aquecido. A formação lenta
de cristais de alúmen ocorre quando esta solução é resfriada.
Antes de vir ao laboratório realizar esta experiência, reveja os conceitos de
algarismo significativo, peso-fórmula, estequiometria e rendimento percentual.
9.3 - QUESTÕES
1) Em uma reação química o reagente que é consumido totalmente é chamado de
reagente limitante. Qual o reagente limitante na síntese que você realizou?
3) Quantos moles de ácido sulfúrico são necessários para produzir 4,74 gramas de
alúmen de potássio, supondo o rendimento que você obteve em sua síntese?
Referências Bibliográficas
EXPERIMENTO NO 10
10.1 - INTRODUÇÃO
Todas as reações químicas ocorrem a velocidades que dependem principalmente
da natureza dos reagentes, de sua concentração, temperatura, e da presença ou não de
catalisadores. Muitas reações, tais como, explosões de misturas de hidrogênio e oxigênio
ocorrem tão rapidamente que a determinação acurada de suas velocidades se torna
difícil. Já outras reações, tal como o enferrujamento de algumas ligas, ocorre tão
lentamente que, novamente, é muito difícil de se medir a velocidade de reação. Por outro
lado, existem muitas reações que ocorrem a velocidades intermediárias, fáceis de se
medir. Um desses casos será investigado nessa prática.
Levando em consideração a estrutura submicroscópica da matéria, uma reação
química pode ocorrer somente quando os átomos, íons, ou moléculas dos reagentes
estão em contato. Assim, a velocidade de uma dada reação depende da freqüência com
que as partículas reagentes colidem. Nem todas as colisões levam a uma reação
química, pois muitas vezes elas não satisfazem os requisitos energéticos para que a
reação ocorra. Em alguns casos, as moléculas colidem com energia suficiente, mas em
orientações inapropriadas para que a reação se complete. Os principais fatores que
afetam a velocidade de uma reação são aqueles que afetam as colisões entre as
partículas. Assim, um aumento na concentração de reagentes, aumenta a velocidade da
reação porque as colisões se tornam mais freqüentes. Um aumento de temperatura
aumenta a energia cinética das partículas e conseqüentemente a energia das colisões
também será maior. O aumento da superfície exposta também aumenta a velocidade da
reação, pois um maior número de partículas poderá sofrer colisões. Nesta prática
estudaremos a reação da acetona com iodo a fim de determinar seus parâmetros
cinéticos. A reação a ser estudada é:
V= k[acetona]a[H+]b[I2]c eq. 1
dividindo estas duas equações e tirando o ln dos dois lados da equação, temos:
ln(V2/V1)= a.ln2 logo,
a= ln(V2/V1)/ln2 eq.3
k= Ae-Ea/RT eq.4
TUBO A TUBO B
Ensaio Sol. Acetona Sol. HC Água dest. Sol. de Iodo Temperatura Tempo
(mL) (mL) (mL) (mL)
1 2,00 2,00 4,00 2,00 ambiente
2 4,00 2,00 2,00 2,00 ambiente
3 6,00 2,00 -x- 2,00 ambiente
4 2,00 4.00 2,00 2,00 ambiente
5 2,00 6,00 -x- 2,00 ambiente
6 2,00 2,00 2,00 4,00 ambiente
7 2,00 2.00 -x- 6,00 ambiente
8 2,00 2,00 4,00 2,00 10oC abaixo
da ambiente
9 2,00 2,00 4,00 2,00 10oC acima
da ambiente
10 2.00 2,00 4,00 2,00 20oC acima
da ambiente
10.4 - QUESTÕES
1) O que é velocidade de reação?
Referências Bibliográficas
1- B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
2- J. B. Russel - Química Geral
47
EXPERIMENTO SUBSTITUTIVO
TITULAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO
11.1 - INTRODUÇÃO
Ag+ + Cl- → AgCl KpsAgCl = [Ag+] [Cl-] = 1,56 x 10-10 mol2 L-2
No ponto estequiométrico
[Ag+] [Cl-] = Kps AgCl = 1,1 x 10-5
O pH da solução deve estar no intervalo entre 6,5 a 10,5 para garantir a presença
do íon CrO4- em solução (em meio ácido o cromato se transforma em ácido crômico e o
produto de solubilidade do cromato não é mais atingido e, o indicador não mais funciona).
11.3 – QUESTÕES
Referências Bibliográficas
1- Harris, Daniel C.; Analise Química Quantitativa, LTC, 6aed., 2005.
2- Baccan, N., Andade, J. C., Godinho, O. E. S. e Barone, J. S.; Química Analítica
Quantitativa Elementar, Ed. Edgard Blücher LTDA, 3ª ed., 2004.
49
ANEXO 1
ENTRADA EXEMPLOS
Um autor CASTRO, Cláudio de Moura.
Dois autores CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino.
Três autores ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene; CALVO
HERNANDEZ, Ivone.
Mais de três autores RIBEIRO, Ângela Lage et al.
Organizador, compilador, etc. D'ANTOLA, Arlette (Org.).
Entidade coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade
de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente.
BRASIL. Ministério da Educação.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (RS)
Eventos (congressos, conferências, CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, 6.,
encontros...) 1995, Porto Alegre.
Referência Legislativa (leis, decretos, BRASIL. Constituição, 1988.
portarias...)
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Título (autoria não determinada) AVALIAÇÃO da Universidade, Poder e Democracia.
Ex. :
EDUCAÇÃO E REALIDADE. Porto Alegre: UFRGS/FACED, 1975-
Entrevista ENTREVISTADO. Título. Local: data. Nota da Entrevista.
Ex. :
CRUZ, Joaquim. A estratégia para vencer. Pisa: Veja, São Paulo, v.
20, n. 37, p. 5-8, 14 set. 1988. Entrevista concedida a J.A. Dias
Lopes
Dissertação e Tese SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Local: Instituição, ano. nº
de pág. ou vol. Indicação de Dissertação ou tese, nome do curso ou
programa da faculdade e universidade, local e ano da defesa.
Ex.:
OTT, Margot Bertolucci. Tendências Ideológicas no Ensino de
Primeiro Grau. Porto Alegre: UFRGS, 1983. 214 p. Tese
(Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação,
Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 1983.
Evento (congresso, conferência, encontro...) NOME DO EVENTO, nº do evento, ano, local. Título. Local: Editor,
ano de publicação. nº de pág. (opcional)
Ex. :
SEMINÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 3., 1993, Brasília.
Anais. Brasília: MEC, 1994. 300 p
Documento eletrônico SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Local: ano. Nº de pág. ou
vol. (Série) (se houver) Disponível em: <http://...> Acesso em: dia
mês(abreviado) ano.
Ex. :
MELLO, Luiz Antonio. A Onda Maldita: como nasceu a Fluminense
FM. Niterói: Arte & Ofício, 1992. Disponível em:
<http://www.actech.com.br/aondamaldita/ creditos.html> Acesso em:
13 out. 1997.
Dicionário e Enciclopédia SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Edição. (se houver)
Local: Editora, data. Nº de páginas ou vol. (opcional)
Ex. :
FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo Dicionário da Língua
Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p.
ou
ENCICLOPÉDIA Mirador internacional. São Paulo: Encyclopaedia
Britannica do Brasil, 1995. 20 v.
Programa de Televisão e Rádio TEMA. Nome do Programa, Cidade: nome da TV ou Rádio, data da
apresentação do programa. Nota especificando o tipo de programa
(rádio ou TV)
Ex. :
UM MUNDO ANIMAL. Nosso Universo, Rio de Janeiro, GNT, 4 de
agosto de 2000. Programa de TV.
CD-ROM AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, data. Tipo de
mídia.
Ex. :
ALMANAQUE Abril: sua fonte de pesquisa. São Paulo: Abril, 1998. 1
CD-ROM
E-MAIL (não é recomendado seu uso como fonte NOME do remetente. Assunto. [mensagem pessoal] Mensagem
científica ou técnica de pesquisa pelo seu caráter recebida por <Endereço eletrônico> em data de recebimento.
efêmero, informal e interpessoal) Ex.:
BIBLIOTECA CENTRAL DA UFRGS. Alerta. [mensagem pessoal]
Mensagem recebida por <bibfaced@edu.ufrgs.br> em 18 jul. 2000.
*Tradução: quando for documento traduzido, colocar a expressão ‘Tradução por’ ou ‘Tradução de’ seguida do
nome do tradutor, logo após o título da obra.
**Edição: indicar, a partir da segunda edição, logo após o título da obra, em algarismo arábico seguido de espaço e
da abreviatura da palavra edição. Ex.: 2. ed., 2. ed. rev.
3. PARTES DE DOCUMENTOS
DESCRIÇÃO ELEMENTOS E EXEMPLOS
Capítulos de livro: SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título. In: SOBRENOME,
a) autoria diferente da autoria do livro no Prenome (autor da obra no todo). Título. Local: Editora, ano. Pág. inicial
todo e final.
51
b) autoria igual à autoria da obra no todo SOBRENOME, Prenome. Título (do capítulo) In: _____. Título (do livro
no todo) Local: Editora, ano. Cap nº (se houver), página inicial e final.
Ex. :GADOTTI, Moacir. A Paixão de Conhecer o Mundo. In:
Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Atlas, 1987. Cap. 5, p.
58-73.
Artigo de revista SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do periódico,
local, volume, fascículo, página inicial e final, mês e ano.
Ex. :SAVIANI, Demerval. A Universidade e a Problemática da Educação
e Cultura. Educação Brasileira, Brasília, v. 1, n. 3, p. 35-58, maio/ago.
1979.
Artigo de jornal SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do jornal, local, dia,
mês e ano. Título do caderno, seção ou suplemento, página inical e final.
Ex. :AZEVEDO, Dermi. Sarney Convida Igrejas Cristãs para Diálogo
sobre o Pacto. Folha de São Paulo, São Paulo, 22 out. 1985. Caderno
econômico, p. 13.
ou