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Máquinas de Fluxo

Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva

Escola Politécnica da USP


Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas
Mecânicos

Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva


Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 2

• Máquinas de fluxo:
• Motor - energia oferecida pela natureza  trabalho
mecânico (ex: turbina)
• Gerador – trabalho mecânico  energia a um fluido
 transporte (ex: bomba)

• Componentes principais: rotor e sistema diretor

• Classificação:
• Motor e Gerador
• Máquinas de ação e reação
• Máquinas de fluxo radial, axial, misto e tangencial
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• Filosofia de Abordagem
• Previsão de desempenho das máquinas de fluxo = não pode ser feita
analiticamente
• Cada caso = testes e ensaios  características de operação de cada
máquina e desempenho
• Testes: até recentemente = modelos instalados e operados em
bancadas
• À partir de 1980: intensificação da simulação numérica

• Recursos computacionais  experimentos reais


• Porém, experimentos = fornecem elementos para modelagem
físico-matemática dos problemas a serem simulados = não serão
abandonados Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva
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• Filosofia de Abordagem
• Máquinas de fluxo = grandes dimensões  modelos de pequeno
porte para ensaios em laboratório  transferência de resultados para
os seus protótipos = recurso matemático = Semelhança

• Vantagem adicional da Semelhança: estudar a influência de


parâmetros de interesse num determinado modelo  transferir
resultados para toda uma família de máquinas a que o modelo pertence
(a família será definida pela rotação específica)
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• Filosofia de Abordagem

• Forma de aplicação da teoria da semelhança


em cursos anteriores = aplicação formal do
teorema de Buckinghan, ou teorema π
• Aqui = análise física e intuitiva = obter relações
de proporcionalidade entre as grandezas físicas
 parâmetros dimensionais e adimensionais de
interesse

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• Premissas: máquinas semelhantes


• Máquinas de fluxo: características de desempenho
relacionadas = verificadas duas premissas
• Órgãos em contato com escoamento (ex.: rotor) – modelo e
protótipo: geometricamente semelhantes
• Modelo e protótipo: pontos análogos de funcionamento (ou
operação) = mesmas condições de operação = mesmo
rendimento
• Máquinas geometricamente semelhantes , operando em
pontos análogos de funcionamento, têm seus respectivos
triângulos de velocidade também semelhantes
• Esse resultado é utilizado para transferência de valores
(ex.: potência) entre modelo e protótipo = determinação de
parâmetros de protótipo partindo de parâmetros do modelo
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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Objetivo: confirmar a afirmação anterior, referente à
semelhança dos triângulos de velocidade = partindo das
premissas, temos triângulos semelhantes
• Portanto: serão analisadas as condições de
proporcionalidade dos triângulos de velocidade nas
máquinas de fluxo
•Análise: triângulos das faces de
pressão e sucção do rotor –
fornecem subsídios suficientes
para o cálculo do desempenho das
máquinas
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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Face de sucção - Entrada de Bombas; Saída de Turbinas
• Semelhança geométrica:
• α1: constante em bombas
• β1: constante em turbinas
• Operação em pontos análogos de funcionamento:
• α1: constante em turbinas
• β1: constante em bombas

- máximo rendimento

- máximo rendimento

• Isso implica em: triângulos na face de sucção de 2 máquinas de


fluxo geometricamente semelhantes, operando em condições
análogas, são semelhantes Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva
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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas
• Semelhança geométrica:
• β2: constante em bombas
• Operação em pontos análogos de funcionamento:
• α2: constante em turbinas

• Outra condição de igualdade entre ângulos = semelhança entre


triângulos na face de pressão: não é encontrada  deve ser
buscada uma relação entre lados dos triângulos  verificar
semelhança Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva
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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas
• Será estudada a relação u2/cm2: se for igual para modelo
e protótipo  semelhança dos triângulos
• u2 e cm2 = facilidade de determinação e análise
• Na face de sucção da máquina:
 u1   u1 
   
 c m1  m  c m1  p

• Queremos mostrar que:


 u2   u2 
   
 cm2 m  cm2 p
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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas
• Relação entre velocidades meridianas:
2 
 m 2 
 m
   
 c m 2   2 A 2   c m 2   2 A 2 
   e   
 c m1  m  
m1   c m1  p  m
1 
A  A 
 1 1 m  1 1 p
• Regime permanente e escoamento incompressível:

 c m 2   A1   c m 2   A1 
    e    
 c m1  m  A 2  m  c m1  p  A 2  p

• Obs.: Compressíveis: verificar números de Mach nas faces de pressão e sucção


da máquina. Se iguais  proporcionalidade desejada entre as massas específicas
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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas
• Por outro lado:
 D2   D2   u 2   u 2 
       
 u1   u1   D1   D1   u1   u1   u 2   u 2 
           
 c m1  m  c m1  p  c m1   c m1   c m1   c m1   c m1  m  c m1  p
u  u  u  u 
 1 m  1 p  1 m  1 p
• Usando a relação anterior:
 c m 2   A1   c m 2   A1 
    e    
 c m1  m  A 2  m  c m1  p  A 2  p
• Teremos:
 u 2 A1   u 2 A1   u2   u2  • Obs.: hipótese:
         regime permanente
 cm2 A 2 m  cm2 A 2 p  cm2 m  cm2 p
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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Relações de proporcionalidade
• Comprovada a semelhança  velocidade genérica Vi
numa dada face da máquina:
Vi u
• Sabe-se que:
ur2nrnD
• Então:
• ω: velocidade angular;
unD • n: rotação;
• D: diâmetro do rotor da
face de estudo;

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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Trabalho específico e cargas
• Comprovada a semelhança
• Da equação de Euler:
Yt uc u

Yt nDnD

Yt  nD 
2

Yt gH t

H t nD
2

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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Vazão em volume
• Comprovada a semelhança
• Da equação da continuidade, para fluidos incompressíveis
e em escoamento permanente:

QVA

• Área do escoamento: proporcional ao quadrado do


diâmetro na face em estudo

QnDD2 QnD3

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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Vazão em massa
• Comprovada a semelhança
• Da equação da continuidade, para regime permanente:

 VA
m

• Área do escoamento: proporcional ao quadrado do


diâmetro na face em estudo

QnDD2 QnD3

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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Potência fluida para quaisquer fluidos
• Comprovada a semelhança
• Da seguinte equação:

Pf gQH

• Obtêm-se

 
Pf QHPf  nD nD
3 2

Pf n 3D5

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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Potência fluida para fluidos incompressíveis
• Comprovada a semelhança
• ρ = constante
• Da seguinte relação:

Pf QH

• Obtêm-se

 
Pf  nD nD
3 2

Pf n D3 5

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• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Proporcionalidade  Igualdade
• Das relações anteriores:
H t m nD2m H t p nD2p
modelo

Q m  nD 3

m  
Q p  nD 3
p
protótipo

• Máquinas de fluxo – modelo e protótipo – semelhantes:


H t m nD Q m nD3 m
2
 m

H t p nD Q p nD3 p
2
p
• À partir destas: adimensionais clássicos para máquinas hidráulicas
de fluxo:
gH m gH p Qm Qp
1   2 
nDm nD2p
2
nD  nD 
3
m
3
p
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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 20

• Proporcionalidade entre triângulos de velocidade


• Proporcionalidade  Igualdade
• Exemplo: Turbinas
H t m nD2m H t p nD2p
modelo

Q m  nD 3

m  
Q p  nD 3
p
protótipo

• Velocidade cu1=0:
nD 2c u 2
Ht 
g
• Assim:

H t m nD2 m cu 2 m nD2 m u 2 m nD2 2m


  
H t p nD2 p cu 2 p nD2 p u 2 p nD2 p2

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• Parâmetros de interesse
• Análise dimensional de problemas conhecidos = definição de
parâmetros convenientes para o seu estudo sistemático
• Máquinas de fluxo: obter parâmetros que permitam:
• classificar máquinas em famílias
• expressar características de famílias de máquinas
• Grandezas (parâmetros) de interesse em máquinas de fluxo: n, Q, H,
D, P
• Obs.:
• índice inferior m: modelo
• índice inferior p: protótipo
• Obs.: para efeito de análise: semelhança geométrica e mesmo ponto
de funcionamento = semelhança
• Obs.: ponto de funcionamento = ótimo = máximo rendimento (fora
desse ponto = raro)
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• Parâmetros de interesse
• Parâmetros dimensionais representativos de
famílias de máquinas

• Buscam-se parâmetros característicos de máquinas


que operam sob condições pré-definidas quando
duas das grandezas nm, Qm, Hm, Dm, ou Pm, tomam
valor unitário

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• Parâmetros de interesse
• Parâmetros dimensionais representativos de famílias de
máquinas
• Rotação específica referida à vazão, nq
• Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente semelhante a
outras conhecidas, que opera sob vazão unitária e carga – altura de queda / altura
manométrica total – unitária
• Máquina de referência: nm, Qm=1m3/s, Hm=1m
• Para a máquina genérica conhecida : np, Qp, Hp
• Como visto: H 0,5
D
H t m nD2 m 1 n
H t p nD2 p H t p Q p n m D p n pQp Dm n p Q 0p,5
    n m  n m  0, 75
Qm  3
nD m 1 H t p n p D m H p Dp Hp
Qp  
nD3 p Qp

• Obs.: obtenção do número tipo K: mesmo procedimento


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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 24

• Parâmetros de interesse
• Parâmetros dimensionais representativos de famílias
de máquinas
• Rotação específica referida à potência, ns
• Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente
semelhante a outras conhecidas, que opera sob carga e potência
unitárias
• Máquina de referência: nm, Pm=1cv, Hm=1m
• Para a máquina genérica conhecida : np, Pp, Hp
• Realizando operações semelhantes às praticadas para nq:

nP 0,5
ns 
H1, 25
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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 25

• Parâmetros de interesse
• Parâmetros dimensionais representativos de famílias
de máquinas
• Rotação específica referida à cavitação, nqc
• Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente
semelhante a outras conhecidas, que opera sob vazão unitária e
NPSH unitário
• NPSH: pressão absoluta na face de sucção de uma máquina
hidráulica de fluxo = principal parâmetro na análise de
cavitação
• Realizando operações semelhantes às praticadas para nq:
nQ 0,5
n qc 
NPSH 0, 75
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• Parâmetros de interesse
• Parâmetros dimensionais representativos de famílias
de máquinas
• Vazão unitária, Q11
• Vazão de uma máquina de referência, modelo, geometricamente
semelhante a outras conhecidas, que opera sob carga unitária e
possui diâmetro unitário
• Realizando operações semelhantes às praticadas para nq:

Q
Q11 0,5 2
H D

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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 27

• Parâmetros de interesse
• Parâmetros dimensionais representativos de famílias
de máquinas
• Diâmetro unitário, D11
• Diâmetro de uma máquina de referência, modelo,
geometricamente semelhante a outras conhecidas, que opera sob
vazão unitária e carga unitária
• Realizando operações semelhantes às praticadas para nq:
DH0, 25
D11 0,5
Q
• Usando o trabalho específico ao invés da carga, obtém-se o
diâmetro específico:
DY 0, 25

D gH 0, 25

Despecífico  0,5 
Q Q 0,5 Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva
Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 28

• Parâmetros de interesse
• Parâmetros dimensionais representativos de famílias
de máquinas
• Rotação unitária, n11
• Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente
semelhante a outras conhecidas, que opera sob carga unitária e
possui diâmetro unitário
• Realizando operações semelhantes às praticadas para nq:

nD
n qc  0,5
H

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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 29

• Parâmetros de interesse
• Parâmetros adimensionais
• Buscam-se parâmetros representativos de famílias de
máquinas, definidos por relações entre grandezas mantidas
constantes para essas máquinas
• Velocidade ideal ou coeficiente de velocidade, Vid (ou Kv)
• Relação entre uma velocidade do triângulo de velocidades de uma máquina de
fluxo e a velocidade de Torricelli, Vt
• Velocidade de Torricelli: obtenção - energia potencial de um escoamento ao
final de um conduto = com a energia cinética na mesma seção (desprezadas as
perdas)

Vi
Vt  2gH  Vid K v 
2gH
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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 30

• Relação modelo-protótipo
• Admissão de mesmo rendimento tanto no modelo quanto no
protótipo nem sempre se revela correta
• Ex.: Condições diferentes de execução e escoamento; canais
de rotores maiores = redução das influências viscosas
• Máquinas de maior porte = protótipos: rendimentos
superiores
• Correção dos rendimentos: levantamentos experimentais =
expressões empíricas = cada fabricante tem sua formulação
(segredo)
• Pesquisadores: fórmulas empíricas para turbinas hidráulicas:
correção do rendimento do protótipo:
  
0, 2

1m 1,0640,54K 1 m  
Re
p m  
  Re p  
 
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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 31

• Relação modelo-protótipo
• Bombas: não há formulações teóricas confiáveis = número
muito grande de bombas no mercado, enorme variedade de
fabricantes e níveis de qualidade
• Variação do rendimento com o número de Reynolds – vários
diâmetros de sucção de rotores (usar com reserva):

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 32

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Rotação específica
• Ao redor de 1914: Rudolf Camerer, professor da Universidade
Técnica de Munique – propôs parâmetro que englobava grandezas
principais de uma máquinas de fluxo
• Idéia: identificar uma família de máquinas => utilizada para
seleção
• Inicialmente definida para máquinas hidráulicas: rotação específica
referida à potência = rotação de uma máquina de referência,
geometricamente semelhante a outras, operando a uma potência de 1cv
e uma altura de queda ou manométrica total de 1m:
• n: rotação em rpm;
n P • P: potência fluida em
ns  5
4 cavalos
H
• H: altura de queda ou
manométrica total em metros Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva
Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 33

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Rotação específica
• Aumento das faixas de aplicação das máquinas hidráulicas e
operação de bombas com fluidos variados => inconveniente trabalhar
com uma grandeza extensiva (potência) = depende da massa
específica, pois parâmetro caracteriza máquina + fluido, não só
máquina
• Idéia: definir rotação referida a vazão:
• n: rotação em rpm;
n Q • Q: vazão em volume em m3/s
n q  0, 75
H • H: altura de queda ou
manométrica total em metros

• Rotação específica referida à vazão = rotação de uma máquina de


referência, geometricamente semelhante a outras, operando sob vazão
e carga unitárias.
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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 34

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Rotação específica
• Por fim, necessidade de padronização = SI => rotação em SI =
número-tipo, nova “rotação específica referida à vazão”:
2n Q  Q
K  • na realidade, K = velocidade angular
60gH 
0, 75
Y 0,75

• Tende a substituir os outros dois no futuro


• Relações:
• γ: peso específico do fluido em
K  1,82 102 n q n s   0, 5 n q
escoamento pela máquina

• obs. 1: daqui em diante, rotação específica referida à vazão = rotação


específica
• obs. 2: usar ponto de máximo rendimento no cálculo!
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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 35

• Diagrama de Cordier

• Exemplo da aplicação dos


parâmetros dimensionais
para universalização de
resultados
• K e D11, : envolvem n, Q,
H, D e P = adequadamente
associadas entre si,
permitem definir as
características operaconais
das máquinas
• Obs.: obtido com máquinas reais
• Obs.: gerado à partir de nuvem de
pontos  valores aproximados
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Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo 36

• Diagrama de Cordier
• Recordando: classificação das máquinas de fluxo

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 37

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Rotações específicas para rotores associados
• Associações em série: escoamento na saída de um rotor = escoamento na entrada
do próximo (específicas de bombas, compressores e turbinas a gás)
Q1=Q2=…=Qj=Qassociacao e Hassociacao=jHj (se H1=H2=…=Hj)

n Qj n Qassociação
nqj  0 , 75
e nq associação  0 , 75

Hj H associação
0 , 75
nqj H associação
 0 , 75
 j 0, 75
nq associação Hj
 nqj  nq associação

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo

•Associações em paralelo: saídas interligadas (comuns em bombas e turbinas)


paralelo: H1=H2=…=Hi=Hassociacao e Qassociacao=iQi (se
Q1=Q2=…=Qi)

n Qi n Qassociação
nqi  0 , 75
e nq associação  0 , 75

Hi H associação
0,5
nqi Q
 associação
0,5
 i 0,5
nq associação Q
i

 nqi  nq associação

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 39

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Seleção de turbinas hidráulicas
1. Determina-se a rotação especifica da máquina (nas dimensões corretas)
2. Compara-se o valor obtido com valores numéricos de referência
encontrados na literatura. Exemplo:

• obs.: áreas
hachuradas:
melhores
condições
operacionais

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 40

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Seleção de turbinas hidráulicas
• Predefinição das turbinas
- diagrama seguinte:
• Altura de queda H (m) x
vazão Q (m3/s)
• Potência mostrada –
segmentos de reta de
inclinação negativa
• Áreas indicativas das
faixas de aplicação das
formas construtivas

• obs.: áreas de superposição = qualquer uma das formas construtivas - escolha


definitiva depende de critérios técnicos e econômicos adicionais
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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 41

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Seleção de bombas hidráulicas
1. Determina-se a rotação específica da máquina (nas dimensões
corretas), ou também o número-tipo (normalmente)
2. Compara-se o valor obtido com valores numéricos de referência
encontrados na literatura – nesse caso, tabelas indicativas de faixas:

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 42

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Seleção de bombas hidráulicas

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 43

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Seleção de bombas hidráulicas
• Observações:
• Curvas características também são mostradas
• Rotações específicas menores que 10
• bombas volumétricas
• rotores associados em série!!! n q associação  n qj 
• Bombas-turbina: projetadas como bombas =>
selecionadas como tais
• porém, mínimo de 25 e não 10 para rotação específica é
considerado = desempenho elevado tanto como bomba quanto
como turbina (relacionado com a forma construtiva do rotor)

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 44

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Seleção das demais máquinas de fluxo
• Não-hidráulicas: número-tipo
• Visando dar um apanhado geral, incluem-se também hidráulicas:

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 45

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Pré-cálculo da rotação específica para máquinas hidráulicas
• Bombas: n, Q e H são dados de projeto => nq
• Turbinas: conhecemos apenas Q e H
• A rotação depende de fatores como o número de pares de pólos do gerador e
o diâmetro do rotor, entre outros => impasse
• Assim, pesquisadores sugeriram predeterminar a rotação específica à partir da
altura de queda, parâmetro praticamente constante durante a operação das
turbinas
• Análises estatísticas de um número elevado de máquinas de mesma família,
permitiram obter expressões para o pré-cálculo de máquinas de grande
porte: (P>10MW – segundo norma NBR 9969)
n q  196,2H 0,5 Pelton 1 jato n q  1059,2H 0,625 Bulbo
n q  1303,7H 0,654 Francis n q  579,9H 0, 496 Bomba  Turbina
n q  791,7H 0, 486 Kaplan em operação como bomba
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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 46

• Parâmetros de definição das máquinas de fluxo


• Pré-cálculo da rotação nominal

• Com o valor aproximado de nq, pode-se obter o valor da rotação


nominal.
• Compara-se então essa com os valores síncronos de rotação exigidos
pelo gerador para viabilizar a freqüência da rede de distribuição de
energia
• Rotação síncrona da máquina elétrica (1/s) = f/p
• f = freqüência da rede elétrica (Hz)
• p = número de pares de pólos da máquina elétrica

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 47

• Representação das características de operação


• Bombas hidráulicas – curvas topográficas
• Exemplo: bomba Sulzer 200-400, a 3550rpm

Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva


Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 48

• Representação das características de operação


• Bombas hidráulicas – curvas topográficas
• Exemplo: bomba Sulzer 200-400, a 3550rpm

Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva


Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 49

• Representação das características de operação


• Turbinas hidráulicas – curvas topográficas

• Exemplo: bomba-
turbina em operação
como turbina, na China
• Trabalha-se com
parâmetros semelhantes à
rotação específica =
universalizar valores para
famílias de turbinas
• Variável independente:
vazão

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 50

• Representação das características de operação


• Turbinas hidráulicas – curvas topográficas

• H varia pouco em turbinas => parâmetro não aparece no gráfico


• a3: abertura das palhetas diretrizes da turbina, para controle de vazão
• η: rendimento útil da bomba-turbina, operando como turbina
• σ: coeficiente de Thoma (referente a cavitação)
• n11: rotação unitária: rotação de uma turbina de referência, operando
sob carga unitária e com diâmetro externo unitário
• Q11: vazão unitária: vazão de uma turbina de referência, operando
sob carga unitária e com diâmetro externo unitário

nD Q
n11  0,5 e Q11  0,5 2
H H D

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Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 51

• Características de operação: Ventiladores e compressores


•Exemplo: ventilador
centrífugo Kepler Weber
CC RF 17 (3500rpm)
•Pressão estática = grandeza
indicativa do trabalho
realizado, ao invés de H (tb
para compressores)
•Variações de pressão
pequenas => fluido
admitido incompressível =>
grandeza representativa do
fluxo é Q
•Rotação pode ser variada
ao longo da operação =>
podem aparecer curvas
características para algumas
rotações na faixa de
operação da máquina Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva

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