Defensoria pública é a instituição destinada à garantia do acesso da população
carente à justiça, prestando assistência jurídica, judicial e extrajudicial, integral e
gratuita, por intermédio dos defensores públicos federais. Todo indivíduo, brasileiro ou estrangeiro, possui o direito de acessar a justiça, mesmo que não tenha como pagar um advogado particular. Por esse motivo, o governo federal e os estaduais têm o dever de garantir assistência jurídica, por meio da defensoria pública, a quem não dispõe dos meios financeiros requeridos. De acordo com o critério estabelecido pela instituição, terá direito à assistência jurídica gratuita todo o indivíduo cuja renda familiar não seja superior ao limite de isenção do imposto de renda. Caso a renda familiar ultrapasse esse valor e o interessado possua ainda gastos extraordinários como despesas com medicamentos, material especial de consumo e alimentação especial, ele poderá ter a assistência da defensoria, caso comprove esta situação. No Brasil, a defensoria pública ramifica-se na Defensoria Pública da União, responsável por representações contra a União, suas entidades públicas federais ou, ainda, outros órgãos que estejam submetidos ao poder judiciário da união. Além desta, temos as defensorias públicas em cada um dos estados e do Distrito Federal, totalizando 27 defensorias diferentes, cada uma concentrada na representação contra o respectivo estado e suas entidades. A defensoria é responsável por ajuizar ações, apresentar recursos aos tribunais e defender quem a procura nos processos cíveis ou criminais perante o poder judiciário. Ela ainda realiza assistência jurídica extrajudicial, através do defensor público, um agente político que não integra a advocacia, pública ou privada, e tem independência funcional no exercício de sua função. Ele é responsável pela orientação e o aconselhamento jurídico, além de fazer a conciliação e a representação do interessado junto à Administração Pública. Há alguns campos especiais onde a defensoria atua frequentemente, com destaque para a saúde, quando o governo é obrigado a atender aqueles que precisam de assistência médica. Quando há falha ou omissão nesse dever, a defensoria pública pode representar os interessados, ou até quando necessitarem de um remédio ou de internação e tratamento em hospital público. Tem-se como exemplo, também: a educação, quando a falta deste serviço ou a deficiência na sua prestação geram o direito da coletividade, de exigi-lo; a moradia, apresentando defesa nas ações de imissão ou reintegração da posse; liberdade, quando analisa a legalidade da prisão dos que não possuem condições, atuando na defesa de acusados perante a justiça.