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Copyright 2012 por Editora Central Gospel

GERÊNCIA EDITORIAL Dados Internacionais de Catalogação na


E DE PRODUÇÃO Publicação (CIP)
Gilmar Vieira Chaves

COORDENAÇÃO MALAFAIA, Silas


Instruções de Deus para uma vida vitoriosa
EDITORIAL
Michelle Cândida Caetano
Rio de Janeiro: 2012

COORDENAÇÃO
64 páginas
DE DESIGN
Marcos Henrique Barboza ISBN: 978.85.7689.285-4
1. Bíblia - Vida cristã I. Titulo II.
PESQUISA, ESTRUTURAÇÃO
E COPIDESQUE
Débora Silvestre Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total
Elen Canto ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios
Friedrich Gustav Schimid Jr. (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos etc), a não
Juliana Ramos ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica.
As citações bíblicas utilizadas neste livro foram extraídas da
REVISÃO FINAL
Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo indicação
Michelle Cândida Caetano
específica, e visam incentivar a leitura das Sagradas
CAPA Escrituras.
Eduardo Souza Este livro está de acordo com as mudanças propostas pelo
novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor a partir de
DIAGRAMAÇÃO janeiro de 2009.
Luiz Felipe Rolim

IMPRESSÃO E
ACABAMENTO
Esdeva

1a edição: outubro/2012

Editora Central Gospei Ltda

Estrada do Guerenguê, 1851 - Taquara


Cep: 22.713-001
Rio de Janeiro - RJ
TEL: (21)2187-7000
www.editoracentralgospel.com
Digitalização

SILAS MALAFAIA

Instruções de Deus para uma


vida vitoriosa

CENTRAL
GOSPEL
Sumário

Apresentação ...............................................7

Primeira Parte - Instruções de Deus para


uma vida vitoriosa ........................................ 9
Capítulo 1 - Edificando a nossa
morada e tomando posse dela ......................13
Capítulo 2 - Como ser produtivo
e usufruir dos resultados ...............................19
Capítulo 3 - Crescendo e vivendo
em paz.............................................................25
Capítulo 4 - Como rejeitar o mal e buscar a
Deus ................................................................33

Segunda Parte - A ação de Deus para a


vitória em nossa vida ................................. 38
Capítulo 5 - Deus sempre cumpre o que
promete...........................................................41
Capítulo 6 - O Senhor restaura o
que foi perdido ............................................... 47
Capítulo 7 - A revelação profética do novo
tempo no Senhor ............................................ 53
APRESENTAÇÃO

A mensagem apresentada neste livro tem como


objetivo mudar a história da sua vida. Reafirmando
sempre que Jesus é o Senhor dos senhores, falaremos
sobre as instruções de Deus para uma vida vitoriosa.
Dividiremos essa exposição em duas partes. Na Primeira
Parte examinaremos as instruções que Deus nos
concede para alcançarmos a vitória no contexto social.
Na Segunda Parte, mostraremos como Deus realiza suas
ações diretamente na nossa vida.
O texto que serviu de base para a nossa exposição está
no livro do profeta Jeremias, capítulo 29, versículos
5 a 14. A partir de cada um desses versículos, preten-
demos analisar as instruções e as ações de Deus para
uma vida vitoriosa.
Quem quer ter uma vida vitoriosa? Sem dúvida,
toda pessoa inteligente deseja isso — todos nós que-
remos viver em meio à vitória. Porém, para que isto
torne-se realidade, é preciso entender as instruções que
o Senhor nos dá e aceitar sua ação sobre a nossa vida.
Na Primeira Parte deste livro, do capítulo 1 ao 4,
apresentaremos e comentaremos as instruções que
Deus nos legou por intermédio de Jeremias, as quais
falam sobre a importância da edificação da nossa vida
sobre bases sólidas, da nossa produtividade, do
crescimento em um ambiente de paz, da rejeição ao
mal, e de nos guardarmos no Senhor.
Já na Segunda Parte, do capítulo 5 ao 7, a ideia
básica é mostrar que, se seguirmos essas instruções
apresentadas na Primeira Parte de maneira responsável,
Deus corresponderá, cumprindo suas promessas,
restaurando o que perdemos e nos proporcionando um
novo tempo, um futuro de vitória.
Portanto, nosso principal intuito ao escrever este
livro é transmitir ao leitor a certeza de que a obediência
à Palavra revela uma perspectiva muito mais abrangente
do nosso papel como cristãos na edificação do Reino de
Deus.
PRIMEIRA Parte
Instruções de Deus para uma vida vitoriosa

Todos nós imaginamos como será o futuro que


nos aguarda daqui a alguns anos. Quanto a isto, é
natural traçarmos planos para sermos bem-sucedidos
em tudo. É bom saber que Deus pode nos ajudar nisso.
Fie já declarou em sua Palavra que tem planos para
todos nós.
Muitas vezes, naqueles momentos nos quais
estamos caminhando sem direção, perdidos em meio A
dúvidas e mal-entendidos, remoendo as nossas tra-
gédias pessoais e a nossa dor, não devemos esquecer
que Deus nos reservou um lugar especial.
É Deus quem pode direcionar os nossos esforços
rumo à vitória, e restaurar tudo aquilo que precisa ser
reconstruído em nossa vida. Mesmo quando a nossa
esperança parece ter-nos abandonado, devemos nos
lembrar que somos peregrinos e servos de Deus,
vivendo sob a orientação de sua Palavra.
O exemplo do povo de Israel, levado pela primeira
diáspora ao cativeiro na Babilônia, é muito importante.
Esse povo recebeu diretamente de Deus uma série de
instruções para que pudesse ter sua vida vitoriosa
restaurada, mesmo encontrando-se em um território
hostil.
I N STR U Ç Õ E S DE DEUS PARA UMA VIDA VIT ORIOSA

No nosso caso, estamos no nosso país e na nossa


cidade. Se, em uma terra estranha, Deus promete a
vitória, imaginemos o que não é possível receber de
Deus estando em nosso próprio país! O lugar onde
moramos, no qual trabalhamos e convivemos com os
nossos conterrâneos, é certamente um lugar de vitória
para toda a nossa vida.
Antes de tudo, é muito importante saber até que
ponto estamos dispostos a sacrificar-nos pela vitória.
Vitória é algo que todo mundo quer. Mas, ela tem um
preço. A questão é: será que estamos dispostos a
obedecer às instruções que Deus nos traz através de
sua Palavra em Jeremias para alcançarmos essa vitória?
Entre nós e a vitória estão as nossas atitudes. Por
isso, é lamentável o fato de que muita gente, inclusive
pessoas da própria igreja, que pertencem ao povo de
Deus, pensem que podem ficar descansando, encos-
tadas, esperando que Deus faça tudo por elas. Esse é
um grande engano.
As instruções que Deus nos legou no livro de
Jeremias, 29.5-14 são bem claras. As ações que Ele
empreenderá para nos recompensar pela nossa
conduta estão em harmonia com essas instruções. O
assunto relativo às ações será discutido mais
detalhadamente na Segunda Parte.
Vejamos, então, o texto bíblico e prossigamos na
construção dos capítulos que compõem a Primeira
Parte deste livro, nos quais discutiremos os aspectos
mais importantes de cada instrução.

Edificai casas e habitai-as; plantai jardins e comei o seu


fruto. Tomai mulheres e gerai filhos e filhas; tomai mulheres para
vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos
e filhas; multiplicai-vos ali e não vos diminuais. Procurai a paz da
cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao Senhor,
porque, na sua paz, vós tereis paz. Porque assim diz o Senhor dos
Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas
que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis
ouvidos aos vossos sonhos que sonhais. Porque eles vos
profetizam falsamente em meu Home; não os enviei, diz o SENHOR.
Porque assim diz o Senhor: Certamente que, passados setenta
anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa
palavra, tomando-vos a trazer a este lugar. Porque eu bem sei os
pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de
paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então, me
invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-
eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
E serei achado de vós, diz o Senhor, e farei voltar os vossos cativos,
e congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para
onde vos lancei, diz o Senhor, e tomarei a trazer-vos ao lugar de
onde vos transportei.
Jeremias 29.5-14
CAPÍTULO 1
Edificando a nossa morada e tomando
posse dela

Jeremias não foi somente profeta e autor — em


conjunto com uma série de redatores, dentre eles
Baruque, o escriba — do livro bíblico que leva o ieu nome,
Jeremias esteve diretamente envolvido nos acontecimentos
políticos e religiosos de uma era crucial na história do
antigo Oriente Médio. Ele representou uma liderança
espiritual influente e ajudou seus conterrâneos a sobreviver
a catástrofes, dentre as quais a primeira diáspora, que
ocorreu logo após a tomada de Jerusalém pelos babilônios
em 586 a.C. e o conseqüente exílio de muitos de seus
habitantes, que foram levados para a Babilônia. A leitura do
capítulo 52 é muito interessante em termos históricos, e
ajuda-nos a entender o contexto em que o livro foi escrito.
Em uma carta que Jeremias escreveu aos cativos
na Babilônia, e que consiste exatamente no que viria a
ser o capítulo 29 de seu livro, ele tenta levar aquelas
pessoas a uma espécie de reconciliação com o seu
cativeiro, para tornar sua situação mais tolerável.
Jeremias transmite a elas diversas instruções de Deus,
com o objetivo de que aquele povo vivesse da melhor
forma possível em comunidade, mesmo estando longe
de sua pátria. Além disso, o profeta também garantiu
ao exilados que Deus restauraria em breve suas vidas e
sua liberdade, o que de fato aconteceu.
Neste capítulo, veremos a instrução inicial de Deus
no versículo 5:

Edificai casas

O que Deus quer dizer com isso? Qual é o pro-


pósito dessa primeira instrução? A ideia central aqui é
de que devemos construir bases sólidas para a nossa
vida. Muitos de nós edificamos a nossa vida e a nossa
história sobre areia movediça.

(...) Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os


que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a
sentinela.
Salmo 127.1

Sobre que tipo de bases edificamos a nossa vida?


Não estamos nos referindo somente à vida cristã, mas
também à nossa vida em sociedade. Qual é a base que
sustenta a história da sua vida? Tem gente que está
edificando sobre a areia movediça! Sobre o que a sua
vida é edificada?
Não podemos jamais edificar a morada da nossa
vida cristã ou social sobre uma montanha composta de
blá-blá-blá, de balelas e de emocionalismo. O correto é
que os fundamentos da
SILAS MAÍ.AFAIA

nossa vida sejam construídos sobre as Sagradas


Escrituras, por meio da oração, e sustentados pelo ato
de servir a Deus.
Viver a Palavra no nosso dia a dia é um desafio e
tanto. Para conseguir isso, é muito importante entender o
que significa construir a nossa vida tendo como base a
Palavra de Deus. O próprio Evangelho tem muito a nos
dizer sobre isso. Quando a nossa vida é fundamentada em
areia movediça, os resultados que obtemos normalmente
desastrosos, justamente porque erramos logo no Início (ver
Mateus 7.24-27 adiante).
Para que possamos construir a nossa vida sobre
uma base sólida, é necessário que sigamos um modelo
do que é o certo. A Palavra de Deus é esse modelo. Se
seguirmos o modelo apresentado em Jeremias,
obteremos resultados duradouros.
Todavia, antes de começarmos a construir, é preciso ser
capaz de compreender de que forma o real significado
da Palavra da Deus se encontra incorporado a esse
modelo.
Nesse quesito, o versículo 5 é muito relevante,
porque nos chama a atenção, não somente de uma
maneira geral, para o ato de edificar uma casa, uma
família ou a sociedade, mas para os fundamentos dessa
edificação. Assim, devemos refletir sobre como estamos
edificando a nossa família, cujo modelo se desdobra na
estrutura que é a sociedade!
Enfim, quais são os fundamentos da sua casa?
Quem possui autoridade lá? Será que um pirralho de
dez anos ousa apontar o dedo para o seu nariz? Afinal
de contas, quem é o pai ou a mãe? Quem manda? E no
nosso emprego, na nossa empresa, na nossa profissão?
Eles estão sendo edificados com base em quê? O
significado do que Deus disse para o Seu povo é muito
mais profundo do que estas duas palavras podem
aparentemente expressar: Edificai casas.
Deus quer dizer com elas, que estão no imperati-
vo, que devemos construir bases sólidas para todos os
aspectos da nossa vida. Do contrário, ela será varrida
pela primeira tempestade que passar sobre nós. Em
Mateus 7.24-27, Jesus também nos diz isso em uma
parábola:

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as


pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua
casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu,
porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas
minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem
insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva,
e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa,
e caiu, e foi grande a sua queda.
Mateus 7.24-27
Sendo assim, vale a pena perguntar mais uma
vez: como a nossa vida está sendo edificada? Como
homem, como mulher, como chefe de família, como
cidadão, como é que nós estamos edificando a nossa
vida? É preciso não apenas pensar, mas também agir
de acordo com a resposta a essa pergunta.
Porque, a partir da conclusão a que chegarmos,
poderemos ou não dar prosseguimento à nossa vida e
ao que ela representa àqueles que dependem de nós.
Supondo que a resposta tenha sido coerente com os
ensinamentos do livro de Jeremias, estaremos aptos a
tomar posso dela e a ocupar o espaço que conquista-
mos na nossa vida.
Vejamos, então, a instrução clara de Deus a Seu
povo, analisando o versículo 5:

Edificai casas e habitai-as

O que Deus quis dizer com isso? Que é preciso


ocupar o espaço que conquistamos. Não adianta so-
mente construir algo; é preciso tomar posse daquilo,
viver ali.
Por exemplo, na nossa profissão, isso é funda-
mental. Quando realmente nos responsabilizamos por
aquilo que estamos fazendo, e trabalhamos 'om
atenção e diligência, o resultado é de qualidade
superior. E a conseqüência disso será um elogio do
nosso cliente ou empregador: "Eu não
INSTRU Ç ÕES D E D E U S P A R A U M A V Í D A V I T O R I O S A

posso deixar de trabalhar com o fulano, porque ele é


realmente bom."
Assim, devemos tomar posse da nossa profissão,
envolvermo-nos com ela. E o mesmo deve acontecer
com a nossa casa e com os demais aspectos da nossa
vida. Se não fizermos isso, ficaremos à mercê das
influências do mundo.
Se não for nós mesmos, quem se responsabilizará
pela educação dos nossos filhos? O traficante de dro-
gas? E quem tomará posse da nossa família? Bandidos?
Portanto, devemos tomar posse do que construímos!
Não basta escolher os mais sólidos fundamentos para
erguer a nossa vida; é preciso tomar posse dela. Fica
dado aqui o recado.
CAPÍTULO 2
Como ser produtivo e usufruir dos resultados

Depois de compreendermos que, sem funda-


mentos sólidos, bases firmes, a nossa vida não tem a
menor chance de prosperar, devemos prosseguir na
nossa análise do texto de Jeremias, com o intuito de
entender bem o que Deus quis nos dizer com esse
versículo magnífico.
Na passagem de Jeremias 29.5, o autor transmite
claramente qual é a vontade de Deus para a nossa vida,
dando, especialmente aos Jovens, uma lição direta. E
qual é o significado dessas palavras? E imprescindível
que sejamos produtivos em tudo aquilo que fizermos
durante a nossa vida.
As pessoas que se aproveitam do trabalho alheio e
não se dedicam às atividades em que estão
aparentemente envolvidas demonstram um
comportamento absolutamente desprezível. Nesse
versículo, Deus diz claramente que precisamos ser
produtivos.
Inclusive, quando Deus criou o homem, antes da
Queda, Ele colocou-o no jardim do Éden e instruiu-o a
cuidar dele e produzir nele (Gênesis 2.15).
É interessante estabelecer paralelos com exemplos do
nosso dia a dia, para facilitar o entendimento do que se
passa. Algumas pessoas associam o trabalho a algo
demoníaco. Essas
pessoas acham que o esforço a que todos nós somos
submetidos para garantir o nosso sustento com o
trabalho é algo revoltante.
O problema é que elas não entendem que a sua
insatisfação é lamentável, porque o trabalho foi
justamente inventado por Deus, e era uma atividade
edificante e prazerosa. O cansaço do trabalho veio, sim,
logo após a Queda (Gênesis 3.19).
É bom que fique bem claro aqui que não se trata
de uma mera punição e que a desobediência de Adão
foi um ato isolado. O trabalho, depois da Queda,
passou a ser um esforço diário para o homem, esforço
que lhe provocaria suor e cansaço. Se antes o trabalho
era um prazer constante, após o pecado, a manutenção
do Jardim passou a ser algo cansativo e desagradável
para o corpo.
Além disso, o solo passou a ser praticamente
estéril, a menos que fosse adubado antes do cultivo. Se
Adão não tivesse cometido o pecado original, não
sofreria dessa maneira. Por isso, herdamos o dever de
desenvolver um trabalho que, na maioria das vezes, é
penoso. Devemos ter cuidado para que a ociosidade
não nos desafie e leve-nos a pecar.
Assim, o mal-estar e o cansaço com o trabalho
passaram a ser a nossa punição justa, à qual temos de
nos submeter pacientemente e da qual não devemos
nos queixar, uma vez que ela é fruto na nossa própria
iniqüidade. O fato é que nos tornamos criaturas frágeis.
Nossa mortalidade vem da escolha errada de Adão
omanos5.12).
Deus confiou a Adão uma faísca de imortalidade,
que ele poderia ter transformado em uma chama eterna,
se fosse paciente e fiel. Mas Adão preferiu
estupidamente estragar aquela bênção, pondo tudo a
perder ao cometer, intencionalmente, o pecado. O
salário do pecado é a morte e o afastamento de Deus.
Em João 5.17, Jesus diz algo muito interessante sobre o
trabalho:

Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.

Se levarmos em consideração essa afirmativa de


Jesus, compreenderemos, claramente, que o Deus a
quem servimos é um Deus produtivo!
Sendo assim, as pessoas que pensam que vão
para o céu e que não terão nada para fazer estão
redondamente enganadas. Dá até para imaginar que
elas chegariam ao céu pensando em ficar à toa e cantar
algo como Céu, lindo céu, céu, lindo céu, eu vou morar no
lindo céu, e vou ficar sem fazer nada, passeando com os
anjinhos para lá e para cá. Isso é um equívoco
monumental.
Em Apocalipse 1, podemos ler que Deus nos fez
reis e sacerdotes. Isso é uma clara indicação de função a
desempenhar no céu, que envolve o trabalho.
I N S T R U Ç Õ E S D E D EU S P A R A U M A V Í D A V I T O R I O S A

A única diferença é que esse trabalho não produzirá


cansaço algum, ao contrário do trabalho na terra.
Mas, para aqueles realmente interessados no ócio,
existe sim um lugar na Eternidade onde jamais existirá
o trabalho. Em compensação, ali haverá muito
sofrimento. Estamos falando do inferno. Realmente, lá,
o trabalho simplesmente não existirá. O único trabalho
existente ali será o do pranto e ranger de dentes (Mateus
8.12).
O grande exemplo bíblico que nos vem à mente
quando estamos falando de trabalho é o momento em
que Deus vê Gideão realizando a sua atividade,
produzindo com esforço, malhando
o trigo no lagar. Nessa passagem de Juizes (6.11), um
anjo diz:

0 SENHOR é contigo, varão valoroso.

Se procurarmos com cuidado na Bíblia, jamais


encontraremos uma citação sequer que dê a entender
que o Senhor tolera pessoas preguiçosas, que não
gostam de trabalhar.
No nosso caso, podemos selecionar aqueles de
nós que têm filhos maiores de idade. Alguns enfrentam
uma situação muito comum nos dias de hoje: filhos que
não querem trabalhar ou estudar. Esses jovens
acomodam-se e vivem das mesadas que alguns pais
dão. Isso não está certo! Os pais precisam forçar seus
filhos a trabalhar no que quer que seja, até vendendo
laranja, sorvete ou outra coisa!
Assim, da mesma forma que nos esforçamos para
sermos pessoas produtivas e esperamos que os nos-
sos descendentes também o sejam, podemos ver, no
mesmo versículo, uma referência igualmente clara à
necessidade humana de usufruir daquilo que produz.
Reexaminemos, em Jeremias 29.5, o que a Bíblia
diz a respeito disso. Nessa passagem, Deus nos manda
alternar nossas atividades em um ciclo que envolve o
trabalho e o usufruto dos resultados que alcançamos
com Ele. Sabemos bem o que isso quer dizer. Se só
acumularmos bens, e não aproveitarmos os benefícios
que eles nos trazem, estaremos cometendo uma
violência contra nós mesmos.
Um exemplo são aquelas pessoas que nunca
foram com seu cônjuge a um parque de diversões,
cinema, que jamais estiveram em uma pizzaria,
pendendo do nível social de cada uma. Enfim,
pessoas que em momento algum chegaram a usufruir,
em família, do resultado de seu trabalho.
Por isso, realmente devemos aproveitar aquilo que
Deus nos concedeu. Quando a esposa pede ao
marido, ou vice-versa, para ir a uma pizzaria, ele ja-
mais deve responder: "Deixa de bobagem! Eu compro
farinha de trigo, e você mesma faz a pizza, porque sai
mais barato!". Isso é um comportamento reprovável e
desprezível!
Devemos, de verdade, usufruir do que conquista-
mos. Pode parecer repetitivo, mas a insistência nessa
ideia é intencional. Só não devemos cair na armadilha
de gastar mais do que podemos, mais do que produ-
zimos, porque, contra a falência, não há oração que
resolva!
"Pastor, ore por mim, porque o inimigo está
furioso comigo!". "Mas, por quê?". "Pastor, Satanás
mandou um demônio, um gafanhoto, devorar as mi-
nhas finanças!". "Mas, conta aqui para mim, como isso
aconteceu?". "Pastor, eu estou pagando de 10% a 12%
de juros ao mês no cartão de crédito." "Meu caro, eu já
descobri quem é o seu demônio! E a boa notícia é que é
fácil resolver o seu problema! Dê-me o 'demônio' aqui,
que eu o quebro em pedacinhos, porque esse diabo de
cartão dá para quebrar!".
Prezados leitores, tudo aquilo que produzimos
deve reverter-se ao nosso favor. Se formos produtivos,
devemos usufruir dessa nossa capacidade. E isso que
Deus nos diz na Sua Palavra. Sendo assim, sejamos
produtivos e não deixemos de usufruir!
CAPÍTULO 3
Crescendo e vivendo em paz

Seguir a ordem natural da vida, ou seja, crescer


e multiplicar-se, é a próxima instrução do profeta
Jeremias aos exilados que veremos. Em hipótese
alguma a ordem da natureza deve ser contrariada,
mesmo que estejamos sob situações opressivas. Deus
leva em consideração a ordem natural das coisas em
Jeremias 29.6, pois outras gerações se formam, levando
Consideração o consentimento dos pais.
Em seguida, o Senhor acrescenta, nas palavras
de Jeremias, que o povo não pode deixar-se diminuir,
mas, ao contrário, ele deve multiplicar-se. Nesse caso,
como o exílio era opressivo, Seu povo deveria garantir
que a semente de Abraão não se extinguiria, mesmo
sob a privação da liberdade a que aquelas pessoas
estavam submetidas. Na verdade, considerando-se que
a opressão é uma espécie de morte, a única forma de
lutar contra ela era garantindo que a vida tivesse vitória.
E a esperança em retornar do exílio na Babilônia
ra o combustível necessário para aquele povo se
manter fiel a Deus. Assim, o Livro de Jeremias foi muito
eficaz ao garantir que a Palavra chegaria a eles como
lima mensagem de encorajamento diante daquela
adversidade esmagadora. E Deus também mostrou a
Sua misericórdia ao dar-lhes força para não se sentirem
menores naquele ambiente.
I N S T R U Ç Õ E S D E D EU S P A R A U M A V I D A V I T O R I O S A

Vejamos, então, como o texto bíblico transmitiu


essa instrução ao povo no exílio:

Tomai mulheres e gerai filhos e filhas; tomai mulheres para


vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos
e filhas; multiplicai-vos ali e não vos diminuais.
(Jeremias 29.6) Lucas 2.52

Aplicando a Palavra ao nosso contexto e à re-


alidade do nosso dia a dia, o que Deus manda aqui é
que precisamos crescer e desenvolver-nos. Porém,
mesmo diante dessa ordenança, muita gente diz:
"Pastor, meu bisavô era assim, medíocre, amigo do Sr.
Coisa Nenhuma, trabalhava para o Sr. João Ninguém.
Meu avô também, meu pai também e, pra variar, eu
também sou assim".
Não devemos e nem temos o direito de reproduzir
nenhuma tradição negativa só porque ela é recorrente
na nossa família! Como podemos ver, Deus repudia o
comportamento conformista e medíocre. Além disso,
com o advento de uma série de adventos tecnológicos
como a Internet, não temos mais desculpas para
chafurdar na ignorância.
Nossos antepassados certamente não tiveram as
oportunidades que temos hoje. Por isso, é preciso
encarar a mensagem deste livro como uma palavra que
valoriza a praticidade e a objetividade para a vida.
Logo, atualmente, se não formos práticos e se nos
acomodarmos e não tomarmos a direção do
crescimento pessoal e espiritual, seremos engolidos
por alguém mais novo — e essa pessoa simplesmente
nos passará a perna!
No nosso trabalho, Por exemplo, não importa se
somos empregados, patrões ou profissionais liberais,
e não importa se temos 30 anos de experiência; se
formos medíocres, turrões e infantis, é óbvio que uma
pessoa jovem, motivada e bem articulada nos deixará
para trás.
Isso também acontece muito na igreja.
Cristãos com 30 anos de conversão, muitas vezes,
são substituídos por jovens que se juntaram à
Comunidade há menos de cinco anos, porque
eles cresceram rapidamente e logo se destacam
(Lucas 2.52).
E quanto a nós? Nosso exemplo deve ser sempre
o de Jesus, que, jovenzinho, já discutia teologia com
sábios no Templo. Não podemos ter medo de crescer!
Esse é o caminho correto, que é bem diferente do
lamaçal da acomodação e do conformismo em que
algumas pessoas extinguem sua vida, e de onde ficam
vendo passar as carruagens.
"Pastor, eu entrei na empresa como assistente do
quinto carimbador. Hoje, acredito que vou me
aposentar como assistente do primeiro carimbador."
Meu Deus! Precisamos crescer! Devemos crescer na
graça de Deus, no conhecimento, na vida — temos
de crescer sem parar. Se notarmos bem, veremos
que
I N S T R U Ç Õ E S D E D EU S P A R A U M A V I D A V I T O R I O S A

os fundamentos do evangelho estão em uma ordem de


crescimento infinito. Vejamos alguns casos:

Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé,


como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
(Romanos 1.17)

Não existe apenas uma fé estática, mas, sim, uma


fé dinâmica que se desenvolve de modo que podemos
agregar a experiência espiritual à nossa vida cotidiana.
Paulo nos mostra que a excelência do Evangelho reside
justamente no fato de ele se revelar a nós gradativa-
mente, à medida que o conhecemos mais a fundo.
Outra prova de que a Bíblia nos impulsiona a
crescer é que Paulo também nos mostra, em 2 Coríntios
3.18, que o Novo Testamento, ao contrário do Antigo,
não coloca um véu entre nós e o conhecimento da
Verdade de Deus, assim, podemos desenvolver nosso
conhecimento a partir desse fato. E Diferentemente do
texto de Moisés, as coisas são ditas de uma maneira
mais contextual, e por isso, é mais aplicável do que a
Lei, uma vez que revela a verdade, e não a impõe:
Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um
espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em
glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.
SILAS M A LA FAI A

Mas essas evidências do crescimento pessoal e


do conhecimento de Deus que a Bíblia deseja que
alcancemos não se restringem apenas ao Novo
Testamento, mas, em Oseias 6.3, aprendemos também
que, tão certo quanto a nossa fidelidade a Deus será
correspondida, o fim da noite escura será seguido por
um amanhecer, que será acompanhado pelo frescor da
chuva que renovará o nosso viver com o Senhor:
Conheçamos e prossigamos em conhecer o SENHOR:
como a alva, será a sua saída: e ele a nós virá como a chuva,
como chuva serôdia que rega a terra.

É por isso que devemos crescer a cada dia, mais


e mais, para que a nossa vida melhore, pois o custo
de acomodar-nos é muito alto. Gostaria de dar um
exemplo que vivencio sobre essa necessidade de
crescimento que vejo em diversos cristãos com os quais
tenho contato na igreja, especialmente as jovens.
Sempre que posso, aconselho-as, especificamente
as solteiras — que são muitas —, a encarar a questão
da falta de perspectiva sobre o futuro do seu possível
marido com muita seriedade, porque é impressionante
a quantidade de rapazes que simplesmente não pensa
na vida de modo prático. Assim, quando pergunto a
um deles: "O que você pretende alcançar na sua vida?",
vem aquela resposta absurda: "O que Deus quiser tá
bom!". Ora bolas! Como ele pode querer
atribuir a Deus a bomba da sua própria incompetência?
Será que, realmente, podemos esquivar-nos das
nossas responsabilidades dizendo: "O que Deus quiser
tá bom"?
As jovens não podem jamais se contentar com
uma resposta dessas. Perguntem aos rapazes o que
eles pretendem alcançar na vida, quais são as suas
aspirações profissionais e pessoais, antes de começar
o namoro. E se o indivíduo responder com objetivos
claros e práticos, afirmando que vai lutar, pois tem
sonhos e quer ser alguém com reconhecimento, não
importa se ele for duro, teso e leso, enfim, pobre — é
certo que ele vai chegar a algum lugar, pois se trata de
um bom partido para a jovem.
Mesmo que ela esteja derretida por um elemento
bonitão, saradão, um exemplar maravilhoso da espécie
humana, ela deve refrear o seu entusiasmo e sondar o
rapaz com a célebre pergunta antes de estabelecer j
um relacionamento amoroso com ele: "O que você
pretende alcançar na vida?". E se a resposta for algo
parecido com aquela resposta, ela deve cair fora
imediatamente, fugir dele o quanto antes e o mais
rápido que puder! Casando-se com um candidato a
fracassado como esse, a jovem estará condenada a
pedir esmola para, no mínimo, duas pessoas.
O crescimento é a nossa razão de ser no mundo
e pela qual Deus permitiu que aqui estivéssemos. Por
exemplo, aqui, nesta cidade, que é a nossa arena de
paz, de acordo com Jeremias
SILAS MALAFAI A.

29.7, uma maneira de demonstrarmos o nosso


crescimento é lutando para conquistar os melhores
lugares, não apenas para nós, mas para todos. E, em
relação a isso, o Senhor em pessoa, e ninguém mais,
aconselha-nos a fazer algo que nos parece óbvio, mas
que tem uma profundidade avassaladora. Leiamos no
versículo 7 de Jeremias 29:

Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar;


e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.

Qual seria o significado real desse versículo?


O Senhor nos instrui a agirmos de maneira positiva
para influenciar a sociedade em que vivemos. Assim,
estamos aqui, na nossa cidade, para influenciar, para
trabalhar por uma melhoria de vida em termos gerais. E
isso inclui a questão da violência, que ocupa o topo das
prioridades das listas de combate de todos os governos
seculares. Desse modo, podemos dizer e admiramos o
trabalho desses governantes de tentar trazer paz às
cidades violentas como as em que vivemos hoje.
Contudo, precisamos lembrar, com muita
honestidade, que não há polícia civil, militar, federal,
exército ou guarda nacional que detenha o poder
necessário para neutralizar a violência. E todos nós
sabemos o porquê: por trás da violência, existem
demônios. E o fato é que todas as importantes forças
que mencionamos não sabem lidar com eles.
Já nós, a Igreja do Deus vivo, o povo de Deus,
sabemos e devemos estar dispostos a ajudar. Sob a
nossa oração, principados e potestades que atuam
nessa área serão trancafiados no inferno. Portanto,
povo de Deus, orai pela paz da cidade, porque, na sua
paz, vós tereis paz.
Entretanto, lembramos que não vamos acabar
definitivamente com a violência, a qual é um fruto do
pecado. Nossa intenção aqui é amenizá-la a níveis de
normalidade permitidos pela convivência social. E isso
está garantido na autoridade e no poder da Igreja. Deus
seja louvado!
CAPÍTULO 4
Como rejeitar o mal e buscar a Deus

Desde muito tempo, o povo cristão luta contra 0


mal, a fim de pacificar a sociedade, e essa luta é travada
porque rejeitamos a influência do mal sobre nossos
pensamentos e atitudes. Nesse sentido, o profeta
Jeremias nos entregou uma importante mensagem
do Senhor a respeito dos males que nos assolam e
que destroem nossa estabilidade social.

Não vos enganem os vossos profetas.


Jeremias 29.8

A influência de falsos profetas sobre a opinião


individual ou pública pode ser muito impactante
quando não é bem combatida nem desmascarada
totalmente. Entretanto, Deus nos mostra como reagir
a esse tipo de ação maligna: rejeitando a influência
negativa, a maledicência e tudo o mais que faz parte
desse "pacote" de comportamento.
De fato, esse comportamento vil é muito fácil de
identificar. Basta prestar atenção àqueles que vivem
cochichando no ouvido de outras pessoas, inclusive no
nosso, dizendo coisas do tipo: "Você quer ser o quê?
Quer ser médico? Hahaha! Você deseja ser médico,
pobrezinho".
I N S T R UÇ Õ E S D E D FU S P AR A U M A V I D A V I T O R I O S A

Um exemplo disso está no relato dos 12 espias


enviados por Moisés para verificar o que havia em
Canaã, a Terra Prometida ao povo israelita (Números
13.27,28,31,32). Dentre os espias, foram necessários
apenas dez indivíduos para influenciar dois milhões de
pessoas e levá-las a perecer no deserto. A influência
negativa é algo realmente terrível. Devemos sempre
lutar contra a difusão do medo entre o povo de Deus.
Sabemos que algo é certo quando temos a
confirmação do Espírito Santo. Mas, quando nos dizem
que não iremos crescer, que nossas iniciativas jamais
darão certo, que somos medíocres e que o nosso
objetivo é difícil demais para ser atingido, i devemos
rejeitar esse discurso, pois não passa de uma influência
maligna!
Muita gente tenta colocar empecilhos na nossa
vida, na nossa caminhada e no nosso ministério, mas
isso é inadmissível! Assim, vamos declarar,
profeticamente, que o melhor para a nossa vida está
por vir, e ninguém possui a capacidade de impedir que
isso aconteça.
Portanto, podemos entender a mensagem do
profeta Jeremias 29.8 como uma instrução para não
perdermos o nosso tempo ao lado de "linguarudos" e
fofoqueiros. Fujamos das pessoas negativas, que não
acreditam que nossa vitória chegará. Vamos sair de
perto dessa gente!
Assim, há uma seqüência de instruções que
culminará em uma das mais importantes orientações
que o profeta Jeremias nos transmitiu por meio da
Palavra. Porém, antes de falarmos sobre essa instrução
final, recapitularemos as instruções anteriores, para
podermos entender claramente como o Senhor espera
que concluamos os passos para uma vida vitoriosa.
Primeiro, Deus nos instrui a construir bases sólidas
e a tomar posse daquilo que construímos. Em segundo
lugar, o Senhor nos orienta a sermos pessoas produtivas
e a nunca deixarmos de usufruir daquilo que
produzimos. Em terceiro lugar, Ele nos manda crescer,
no exemplo de Jesus, e tornar-nos pessoas melhores.
Por fim, Deus nos orienta a aproximar-nos sempre das
influências positivas, mantendo-nos distantes da
maledicência, rejeitando-a.
Para complementarmos essa lista, vejamos as
palavras do profeta:

Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos


ouvirei. E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de
todo o vosso coração.
Jeremias 29.12,13

Aqui, o Senhor nos orienta a buscá-lo de todo o


coração. Em Salmos, há mais um reforço do que
Í N S T R U Ç O E S D E D EU S P A R A UMA VIDA VITORIOSA

significa a disposição de espírito que possibilita o


aperfeiçoamento de nosso coração:

Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a


um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
Salmo 51.17

Não se sabe exatamente do que cada um de nós


precisa. Não temos a mínima condição de conhecer
todos os sonhos uns dos outros. Podemos não fazer
ideia se o nosso vizinho está vivendo a pior crise da sua
vida.
Porém, de uma coisa temos certeza: se buscarmos
a Deus e clamarmos a Ele, será necessário preparar-
nos, pois não teremos como saber exatamente quando
e como as janelas dos céus vão se abrir. O relógio da
providência divina não está atrasado nem adiantado,
mas na hora de Deus. O Senhor nos mandará uma
resposta e alinhará a nossa vida de acordo com o
caminho da vitória!
E o que precisamos fazer para realizar seus so-
nhos? Orar. Oremos por nossos irmãos. Quando foi a
última vez em que fizemos isso? Você já orou por um
irmão seu? Não podemos esquecer-nos de orar por
nossos irmãos.
E, por fim, quanto tempo precisamos dedicar às
orações? É necessário que todos nós entendamos que o
desejado "evangelho da facilidade", com receitas de

36
respostas, não passa de uma miragem. Esse evangelho
fast-food simplesmente não existe. Sendo assim, qual é
a verdadeira finalidade da oração? Elevar nossa voz a
Deus! Não podemos contentar-nos com migalhas
espirituais, com uma revelação aqui, uma "profetada" ali,
e uma visão acolá. Nada disso!
Por meio da oração, Deus pode ouvir a nossa voz
e nosso clamor. Como a nossa casa está cheia da glória
e da unção divina, o Pai quer ouvir o nosso clamor em
alto e bom som. E, ao orarmos, devemos dizer
exatamente qual é a nossa necessidade e pedir, sem
hesitar, a resposta que queremos ouvir. Vamos buscar a
Deus!
SEGUNDA parte
A ação de Deus para a vitória em nossa vida

As instruções dadas pelo Senhor ao profeta Jeremias


consistem, de fato, em um guia inestimável para a
edificação de uma vida vitoriosa. Entretanto, essas
instruções, por si só, ainda carecem de um elemento que
está além do nosso potencial de realizar mudanças por
nossa conta. Chega um momento em que a manifestação
de Deus conclui a nossa luta, possibilitando o salto final
para a vitória.
Dessa maneira, na segunda parte deste livro, re-
fletiremos sobre como Deus age, não apenas solucio-
nando diretamente os nossos problemas, mas também
acelerando o processo de nossa vitória pessoal e diante
da sociedade.
É verdade que o Senhor intervém quando quer tirar-
nos de alguma situação difícil. E Ele faz isso de várias
maneiras, entre elas: proporcionando-nos uma direção,
usando a nossa potencialidade humana, enviando outras
pessoas ao nosso encontro para nos ajudar a encontrar
uma saída. Além disso, sabemos que Deus sempre age
dentro da dimensão do Seu tempo.
Porém, o tipo de ação a que nos referimos é de
outra ordem. Neste livro, já se falou sobre a missão de
edificar a nossa vida. A certeza mais importante
que jamais devemos abandonar, pois é ela que torna
tudo possível, é:

Não temais porque eu sou contigo; não te assombres,


porque eu sou teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento
com a destra da minha justiça.
Isaías 41.10

A ação de Deus diante dos nossos problemas é


claramente expressada na primeira parte deste versí-
culo. A Palavra de Deus produz vida e esperança, e fala
diretamente ao nosso coração, concedendo-nos uma
nova dimensão de nossa existência.
Devemos ter certeza de que Deus sempre nos
mostrará a direção certa, que nos conduzirá à solução
vitoriosa do crescimento e da edificação de uma vida
vitoriosa. O Pai utiliza várias maneiras para falar
conosco e mostrar-nos essa direção. Ele pode revelar-
se a nós por meio de sua Palavra, falar diretamente ao
nosso coração ou usar qualquer outro método para nos
orientar a cumprir Sua vontade e a buscar a solução
para os nossos problemas.
Nos capítulos a seguir, falaremos sobre como
Deus sempre cumpre o que promete. Por isso, po-
demos contar com Ele e confiar que não seremos
abandonados, se mantivermos, é claro, uma conduta
coerente com a Palavra.
Outro aspecto muito importante de Deus é o fato
de Ele ser capaz de proporcionar a restauração de
nossa vida. O Senhor também pode restaurar aquilo
que perdemos, de restituir-nos o que nos foi usurpado,
como fez ao libertar os hebreus do cativeiro na
Babilônia.
Assim, por meio do cumprimento da sua Palavra e
da restauração da ordem no âmbito pessoal e no social,
Deus age, instituindo um novo tempo na vida de cada
um. Mas é preciso entender que o Senhor não agirá no
tempo em que eu e você esperamos, pois somos seres
humanos frágeis e mortais. Não devemos agir como se
fôssemos super-homens. É necessário aprender a
esperar o tempo de Deus com tranqüilidade.
Nem sempre é fácil esperar pela ação divina. Há
momentos em que desejamos usar nossos próprios
recursos para solucionar nossos problemas. O impor-
tante é perceber que, em certas situações, a única saída
será confiar na ação poderosa e infalível do Senhor.
Deus tem muitos métodos de conceder a vitória
ao Seu povo e de revelar a vontade divina aos Seus
escolhidos. Assim, Ele conduz Seus filhos a realizarem
os propósitos divinos e a obterem a maturidade espiri-
tual necessária para desfrutarem do cumprimento de
Suas promessas.
CAPÍTULO 5
Deus sempre cumpre o que promete

A fidelidade é o alicerce de todo relacionamento.


Como poderíamos pensar em ser fiéis a alguém se não
houvesse reciprocidade? Costumamos medir o caráter
de um homem por meio da capacidade que tem para
cumprir suas promessas. Afinal, essa atitude é carac-
terística da ação da graça de Deus nele na medida em
que segue o exemplo do Senhor.
Deus cumpre Suas promessas e Seus compromis-
sos, e isso pode ocorrer até mesmo quando os seres
humanos não conseguem seguir Seus desígnios. O
caráter e o valor de Deus nunca mudam. Nas palavras
de um dos Seus profetas, Ele exclamou a Israel:

Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de


Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos
desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tomai vós
para mim, e eu tomarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos;
mas vós dizeis: Em que havemos de tomar?
Malaquias 3.6,7

Deus sempre realizou e cumpriu promessas ma-


ravilhosas, fossem elas dirigidas a pessoas, a nações ou
à humanidade. Ele não deixou de cumprir o que
prometera a Abraão, lsaque, Jacó e seus descendentes,
os israelitas. O Senhor é totalmente fiel a nós. Ele é a
rocha e a fortaleza na qual podemos confiar.
Como servos fiéis do Altíssimo, estamos sujeitos à
Sua lei e dedicamos os nossos maiores esforços à
edificação do Seu Reino. Em contrapartida, nossas
expectativas quanto à expansão do Seu Reino são tão
altas quanto é nobre a nossa ação e zelo pela glória de
Deus nessa obra.
Por isso, sempre basta a um homem bom a con-
fiança que ele deposita em Deus, crendo que Ele cum-
prirá Suas promessas no devido tempo. Assim, uma vez
que nossa vitória é certa, em virtude da aliança que
temos com o Senhor, não é preciso aspirar a nada mais.
E, tendo em vista que Deus realmente cumpre o que
promete, não devemos sertão modestos ao ponto de
nos contentarmos com menos do que podemos
alcançar.
Se seguirmos as instruções de Deus, sendo fiéis
em nosso compromisso com Ele, eu e você conquis-
taremos a vitória; o Senhor também será fiel e fará a Sua
parte. Vejamos como o profeta Jeremias abordou isso no
versículo 10 do capítulo 29:

Porque assim diz o SENHOR: Certamente que, passados


setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a
minha boa palavra, tomando-vos a trazer a este lugar.
Assim, entendemos que, como já afirmamos,
aquele que segue todas as instruções de Deus será
recompensado com o cumprimento integral do que lhe
foi prometido. Não há inimigo que possa impedir o
cumprimento daquilo que o Senhor nos prometeu. É
desejo de Deus que as Suas promessas para a nossa
vida sejam realizadas.
Mas, o que garante que isso acontecerá mesmo?
Podemos extrair a resposta do seguinte trecho de
Jeremias 29.10: E cumprirei sobre vós a minha boa
palavra. Portanto, o Senhor é quem nos garante a
promessa, o cumprimento da Sua palavra (Números
23.19). Suas promessas se cumprirão em nossa vida, e
um sinal disso é a Sua presença, como vemos na
continuação do mesmo versículo de Jeremias: Vos
visitarei.
A presença de Deus na nossa vida é um sinal de
que somos abençoados e de que estamos no caminho
certo — rumo à vitória. Afinal, onde Ele está presente
certamente há o lugar e o momento adequados à con-
cretização dos Seus desígnios. Nessa circunstância, as
portas se abrem sob a vontade de Deus, e milagres são
realizados na nossa vida.
Mas, não podemos perder de vista a importância
de honrarmos o nosso compromisso com Deus. Isso é
algo tremendo! Precisamos ter sempre em mente o fato
de que a fidelidade, a lealdade, em qualquer
relacionamento — e especialmente em uma aliança
— é o que dá a sustentação necessária para torná-lo
duradouro.
A palavra "lealdade" traz em seu significado um
poderoso sentimento de identificação e de solidarieda-
de. Ela implica sempre uma fidelidade incondicional e a
nossa inabalável devoção. A nossa fidelidade a Deus
está totalmente empenhada nessa relação, e é exclusiva
porque assim escolhemos (Josué 24.15).
O Senhor, por meio da Sua aliança com Seu povo,
estabeleceu a essência da fidelidade (Deuteronômio
7.9). A aliança estabelecida com o Senhor garante ao
Seu povo a certeza de que Ele será sempre fiel em Suas
promessas. Entretanto, apesar de o pacto de Deus com
o homem ser unilateral (o Senhor promete cumpri-lo
por si mesmo), Ele faz uma advertência quanto à
lealdade por parte do homem.

Será, porém, que, se, de qualquer sorte, te esqueceres do


SENHOR, teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os seguires, e te
inclinares perante eles, hoje eu protesto contra vós que
certamente perecereis.

Deuteronômio 8.19

Assim, se o homem for desleal a Deus, demons-


trará, com isso, que não está nele (1 João 3.24), e
certamente perecerá. Porém, apesar disso, o Senhor
permanece fiel a esse cristão cuja fé enfraqueceu ou
SILAS MALAFAI A

mesmo deixou de existir. Isso porque Ele não pode


negar a si mesmo (2 Timóteo 2.13).
Da mesma maneira, espera-se que, em nossos
relacionamentos, nós sejamos inabalavelmente leais.
Sabendo-se que a verdadeira lealdade está acima disso
— está em nosso compromisso com Jesus e com o
evangelho (Marcos 8.35).
O fato é que Deus cumpre mesmo tudo aquilo que
promete. Por isso, devemos tê-lo como exemplo para a
nossa conduta nos relacionamentos interpessoais. Na
relação conjugal, familiar ou com nossos amigos,
jamais devemos deixar de cumprir o que prometemos,
inclusive se isso pressupor a necessidade de
restauração de algo destruído ou perdido.
CAPÍTULO 6
0 Senhor restaura o que foi perdido

Em Jeremias 29.10, encontramos uma referência à


restauração da liberdade do povo judeu, o qual se
achava exilado na Babilônia.

Porque assim diz o SENHOR: Certamente que, passados


setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a
minha boa palavra, tomando-vos a trazer a este lugar.
Jeremias 29.10

É de extrema importância a restauração que Deus


efetua na vida de Seus filhos. Por meio dela, Ele nos
oferece a base sobre a qual possibilita aos Seus filhos
reconstruir um futuro de bênçãos e vitórias.
Embora o retorno do exílio babilônico não fosse
iminente, o Senhor queria que, no momento certo, após
70 anos, os israelitas estivessem prontos para o
cumprimento da promessa. Deus cumpre tudo aquilo
que promete. No tempo oportuno, Ele restaurou a
identidade de Seu povo e livrou-o do cativeiro.
Só Deus é capaz de restaurar-nos verdadei-
ramente. Ele pode, por exemplo, devolver a paz ao
nosso lar e trazer a alegria e os bons tempos de
volta. Se fomos traídos e roubados por um sócio
aparentemente de confiança, isso não importa; o Senhor
também pode restaurar aquilo que perdemos com o
golpe que sofremos, providenciando uma vitória
financeira e amigos para ajudar-nos.
Para que isso aconteça, precisamos cumprir a
nossa parte, pois o Senhor cuidará do resto. A Palavra de
Deus é bem clara ao instruir-nos sobre o Seu modo de
agir:

Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz


o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim
que esperais.
Jeremias 29.11

Vale a pena prestar atenção ao significado desse


versículo. Quando disse: Eu bem sei os pensamentos que
penso de vós, o Senhor estava falando de pensamentos
de paz que tem a nosso respeito. É interessante notar
que, muitas vezes, nós não conhecemos os nossos
próprios pensamentos, muito menos sabemos o que se
passa, de verdade, em nossa mente.
Deus, entretanto, jamais experimenta qualquer
tipo de incerteza. Seus pensamentos estão sempre
trabalhando em função de um propósito: a nossa paz.
No devido tempo, Ele cumpre Suas promessas e
concede-nos o que necessitamos. Precisamos apenas
esperar nele, tendo paciência
e deixando que Ele trabalhe em nosso favor.
Os planos de Deus para nós são bons. Mesmo
quando parece que estamos enfrentando uma derrota,
a mão do Senhor está sempre conosco, orientando-nos
para o melhor.
Eu queria ser oficial das Forças Armadas. Fiz o
concurso, passei e classifiquei-me. Até aí, tudo ia mui-
to bem. Um dia antes da convocação, antes de sair a
lista final, resolvemos aproveitar a relação de amizade
do meu pai, oficial das Forças Armadas da Marinha,
com o então ministro da Aeronáutica. Meu pai ligou
para seu amigo e tentou saber se o meu nome estava
na lista dos aprovados.
"Será que o resultado já saiu? O nome do meu
filho está aí na lista?", perguntou. O comandante res-
pondeu o seguinte: "Malafaia, ligue para mim no final
do dia, e eu lhe darei uma resposta". Mais tarde, veio a
definição: "Olha, seu filho está na lista. São 482, e ele
está lá".
Eu me lembro muito bem de que, naquela época,
quando fiz a prova — queria ser cadete —, eu estava
muito feliz. Foi uma época muito boa da minha vida.
No dia seguinte, pela manhã, fomos ao Campo
dos Afonsos. Eu me sentia "o cara". Ninguém sabia o
resultado final ainda, mas eu sabia que o meu nome
estava lá. "Tudo bem, tudo bem, eu estou na lista. Eles
não sabem, mas eu sei que estou nela", dizia para mim
mesmo.
INSTRU Ç ÕES D E D E U S P A R A U M A V I D A V I T O R I O S A

Nunca vou esquecer-me da cena que se seguiu a


isso. De repente, um coronel chegou à sala em que
estávamos (vale lembrar que vivíamos sob governo
militar naquele tempo) e disse o seguinte: "Ontem, no
final do dia, o ministro da Aeronáutica baixou uma nova
portaria para contenção de despesas, e cortou 110
vagas".
Quando ele disse aquilo, eu percebi que estava
ouvindo a voz do Espírito Santo falando ao meu cora-
ção: "E por sua causa, pois não quero você lá!". Quando
o soldado cantou a lista, eu vi que havia sobrado. Foi
um dos dias mais tristes da minha vida, porque aquele
era o meu sonho, e eu desejava muito aquilo.
Passei alguns meses remoendo a minha aparente
derrota. "Deus não me ama, tudo aquilo com que so-
nhei se foi. Estudei como um doido e, agora, vem um
miserável desse cortar 110 vagas", dizia cá comigo. Eu
rosnava como um pitbull, pois havia ficado realmente
irado com aquilo.
Mas, o tempo passou, anos se foram, e eu percebi
que estaria servindo a um reino inferior ao Reino de
Deus, ao qual sirvo agora. Tenho plena consciência de
que ser um oficial das Forças Armadas é algo muito
digno e respeitável. Conheço essa ocupação bem de
perto, pois meu pai é ex-combatente. Respeito muitís-
simo a sua bravura e reconheço que se trata de uma
ocupação extremamente honrada.
Há, contudo, apenas um detalhe a ser mencio-

50
nado aqui. A minha patente é superior. Sou ministro de
um Reino que não terá fim. Quando me dei conta disso,
com orgulho e gratidão, eu disse: "Deus, muito
obrigado!".
Por que, então, não me classifiquei, se aquilo era
tudo o que eu queria na vida, e estava preparado, tanto
que passei naquela difícil e concorrida seleção? Por que
foi assim comigo? E por que é assim com outras
pessoas, que enveredam caminhos inesperados, os
quais acabam levando-as a um destino imprevisto e
surpreendente?
É assim porque Deus sempre nos oferece o me-
lhor, mesmo que isso não esteja claro para nós em um
primeiro momento. O Senhor nos vê com carinho,
reservando-nos Seus melhores pensamentos. Ele guar-
da para nós o que há de melhor. E a Palavra confirma
isso: Para vos dar o fim que esperais (Jeremias 29.11).
Qual é o significado de tudo isso afinal? Deus age
dessa forma para garantir que Seu projeto final para a
nossa vida conduza-nos à vitória. Podemos enfrentar
lutas, tribulações, adversidades, mas, no final, a vitória
sempre virá. Não importa o que estivermos
enfrentando: no fim, a nossa vitória chegará. Louvado
seja o nome do Senhor!
CAPÍTULO 7
A revelação profética do novo tempo no Senhor

Por fim, chegou a liberdade para o povo de Israel e


um novo tempo para o povo de Deus. O cativeiro na
Babilônia havia se encerrado, provando aos israelitas que
não teria sido correto fincar raízes naquelas terras. A
morada do povo de Israel já estava determinada por Deus
e lhes foi restaurada, conforme prometido. Com isso, o
Senhor mostrou a todos que era instável a edificação
espiritual feita sobre o frágil alicerce das palavras dos
falsos profetas (Jeremias 29.8,9).

E serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei voltar os vossos


cativos, e congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os
lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos
ao lugar de onde vos transportei.
Jeremias 29.14

O Senhor prometeu restituição ao povo de Israel


naquela época. E essa promessa se estende a nós.
Portanto, a instrução dada por Ele aos israelitas é dada
também a nós: "Não se deixem guiar por quem profetiza
aquilo que não condiz com a Minha Palavra, porque são
coisas aprazíveis e
tende para nós enganadoras lisonjas", como está
registrado no Livro do profeta Isaías (30.10).
O que Deus disse, por meio das palavras de
Jeremias, ao povo de Israel foi de um teor profético
absoluto. O Senhor determinou que produziria uma
mudança capaz de tornar a vida daquele povo muito
melhor. E essa profecia é totalmente aplicável à nossa
vida hoje.
O cumprimento de uma palavra como essa
impactaria de forma positiva a vida de todos nós.
Devemos esperar por uma grande transformação na
nossa vida, na nossa casa, na nossa família, no nosso
ministério; será uma mudança para melhor, muito
melhor! Recebamos essa Palavra em nome de Jesus.
Amém!
E devemos preparar-nos para o novo tempo que o
Senhor tem reservado para nós, pois, embora pareça
tardar, esse futuro certamente chegará. Afinal, quem
prometeu é fiel e Todo-poderoso para cumprir. Ele
estabeleceu os tempos e as estações pelo Seu próprio
poder (Atos 1.7) e pode interferir na história humana
como bem lhe aprouver, a fim de que Seus propósitos
se cumpram para Seus escolhidos. Basta crermos e
confiarmos na ação de Deus a nosso favor.
Nós podemos ter esperança de que há um novo tempo,
pois, ainda que na época da sequidão,

54
a Palavra de Deus nos garante que não deixaremos de
ser saciados pelo Senhor e de dar bons frutos (Jeremias
17.7,8); Ele não permitirá que os nossos pés sejam
presos nos laços armados pelos inimigos (Provérbios
3.26); e, enquanto houver vida, haverá esperança
(Eclesiastes 9.4).
Além disso, existe a promessa de que, se somos
participantes das aflições, também seremos da
consolação (2 Coríntios 1.7) e de que a nossa alma será
libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da
glória dos filhos de Deus (Romanos 8.21). Dessa forma, o
justo até na sua morte tem esperança (Provérbios
14.32b).
Se esperamos e confiamos em Deus, podemos ter
uma boa expectativa desse novo tempo, porque, entre
outras coisas, o Altíssimo traz paz e salvação aos justos
(Salmo 37.37-40); e bom é o Senhor para os que se atêm
a Ele, para a alma que o busca (Lamentações 3.25).
Assim, a esperança dos justos é alegria (Provérbios
10.28a).
Sobretudo, podemos confiar que alcançaremos
esse novo tempo porque fomos justificados por Cristo,
Jesus nos comprou para Deus e está à destra do Pai
intercedendo por nós (Romanos 8.34).
Assim, crendo nesse novo tempo de Deus que
virá, seremos levados a um patamar mais alto, como
aconteceu com os israelitas ao serem libertos
do cativeiro na Babilônia e totalmente restaurados.
Viveremos em uma nova estação de bonança. Virá
enfim o novo tempo prometido por Deus. Afirmamos
isso tendo um propósito, atendendo a um chamado do
Senhor. Somos dirigidos por Ele ao profetizar sobre
nossa vida. Pisamos nesta terra para declarar que Deus
mudará a história do Seu povo e da Igreja.
Neste novo tempo que virá, nossas algemas serão
rompidas. Principados e potestades estarão
repreendidos. Será o novo tempo de Deus, aleluia! Será a
estação vindoura, o novo período esperado, um
patamar acima, mais perto do Senhor!
Desde já, o mover de Deus sobre o Seu povo pode
ser percebido. Podemos ver, por intermédio da fé,
principados, potestades e hostes malignas batendo em
retirada. Declaramos que um novo tempo vem ao nosso
encontro! Deus mudará a nossa história. Deus
transformará a nossa família.
No entanto, para viver esse novo tempo, o povo
de Deus precisa conhecer melhor ao seu Senhor, um
Deus tremendo, poderoso e comprometido com a
construção da história do homem. Só será possível
vivenciar essa nova estação se agirmos de acordo com o
evangelho. Isso não é difícil. Basta ouvir o Espírito Santo
falando ao nosso coração! Lembre-se: aproxima-se um
novo
tempo para a nossa vida. Precisamos estar aptos.
Oh, aleluia!
E essa nova estação é o tempo de maior pro-
ximidade com Deus, quando podemos conhecê-lo
realmente. Porém, o fato de não conhecermos bem
quem somos torna impossível conhecer o Senhor de
forma plena. Portanto, não basta que sejamos pessoas
absolutamente honestas ou sinceras; é preciso haver
transformação de vida, algo tem que mudar em nós, na
história da nossa vida e no nível do nosso
autoconhecimento, para que, então, possamos estar
cada vez mais próximos de Deus.
Por isso, a partir de hoje, você deve declarar que
Deus tem poder de mudar a história da sua vida. Se
você deseja entregar sua vida a Cristo, para que ela seja
transformada, ou voltar aos caminhos do Senhor, por
favor, desvencilhe-se do laço em que o diabo tenta
aprisioná-lo.
Nunca acredite no discurso do inimigo, o príncipe
deste mundo. Ele tenta fazer-nos acreditar que não
conseguiremos reerguer-nos, que a restauração não
acontecerá. Mas, lembre-se: o diabo é o pai da mentira.
Ao entregarmos nossa vida a Jesus Cristo, essa
atitude não deve ser esquecida. Na oração, na
evangelização por intermédio da Bíblia, ao estar
presente na igreja, em todos os momentos,
I NST RUÇÕ ES DE DEI.

é preciso entender o teor desse compromisso: o


encontro com Jesus Cristo realmente nos traz para a
novidade de vida, afasta-nos das coisas vis deste
mundo e faz-nos renascer.
E, nesse renascimento, a nossa vida e a vida
daqueles que estão ao nosso lado são extremamente
importantes. Elas não têm preço. Uma alma vale mais
do que um mundo inteiro. Por isso, na Bíblia, não
encontraremos passagens que afirmem que houve
alegria no céu porque um paralítico andou, um cego
voltou a enxergar ou um morto ressuscitou. Mas,
existem registros, na Palavra de Deus, de que há alegria
no céu por um pecador que se arrepende. E assim, nós,
juntos, seremos o motivo de uma grande festa no céu.
Será que não conhecemos pessoas que precisam
ser lavadas e remidas pelo sangue de Jesus para que
possam estar nessa grande festa? Sabemos que muitos
clamam por libertação, pois estão envolvidos nas coisas
mais terríveis desta vida. Por isso, devemos rogar para
que todas as cadeias que os prendem sejam destruídas.
Produzamos frutos na casa do Senhor, vivamos
uma nova história a partir de hoje. Pertencemos a Jesus.
O mal não terá mais domínio sobre nós! Que os vícios
sejam repreendidos, que as cadeias sejam rompidas!
Declaremos então a nossa
S f LAS MALAF AI A

vitória, porque Jesus é o Senhor da nossa vida. A vitória é


nossa!
Agradecemos por tudo com que o Altíssimo rega
o nosso jardim. Porque tudo o que vem de Deus é bom.
Afinal, se não fosse o Senhor, não estaríamos aqui. A
Ele, todo louvor, honra e glória!
Que Deus abençoe a todos nós. Que haja paz em
nosso lar, que todos estejamos livres dos laços do
inimigo. E que o Senhor nos proteja, porque
alcançaremos uma vida de vitória.
A graça de nosso Senhor, o amor de Deus, e as
consolações do Espírito Santo sejam com todos, e todos
digam: Amém!
Mensagens para edificar e fortalecer sua fé
Pr. Silas Malafaia

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