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Em psicologia, este efeito é conhecido como o "efeito de primazia" e foi constatado por
investigadores da psicologia experimental em experiências de diversos tipos com seres
humanos, levadas a cabo em laboratórios específicos. Daí que facilmente tenha sido aplicado a
outras coisas como, por exemplo, às primeiras impressões.
É comum lembrarmo-nos da primeira vez que conhecemos uma pessoa (o local, a situação, o
que vestia, o que sobressaía, quer pela positiva quer pela negativa) e da ultima vez que
estivemos com ela (já agora, a tendência a lembrar das últimas experiências, é chamado o
"efeito de recência"), enquanto que as ocasiões em que nos encontramos com essa pessoa
entre estas duas situações, tendem a misturar-se na nossa memória.
Quando falamos de contactos, sejam pessoais ou profissionais, é costume dizer que "a
primeira impressão é a que fica". Obviamente, devemos evitar julgar os outros apenas pelo que
vestem ou usam naquele momento, mas claro que existe grande probabilidade desse momento
nos marcar...para sempre.
Quer seja uma entrevista de emprego, uma reunião, um encontro informal ou qualquer outra
situação, é importantíssimo ter alguma consciência de como agimos para causar uma
impressão positiva.
Por esse motivo, neste segundo artigo na sequência de artigos sobre Etiqueta Organizacional,
focamos as primeiras impressões.
Devemos também ter lavado as mãos antes e ter certeza que não estão transpiradas, pois
além de falta de educação, denunciam ansiedade. Tanto homens como mulheres devem
arranjar as unhas. Elas devem ser devidamente cortadas e limadas. Unhas roídas passam a
imagem de uma pessoa nervosa (a dependência de roer unhas denomina-se "onicofagia" e é
uma psicopatologia).
O aperto de mão deve ser firme e demonstrar que tem prazer em estar ali, com aquela pessoa.
Uma opção ao aperto de mão, é o beijo na face. Na Rússia este é um cumprimento frequente.
Porém, em Portugal, o beijo na face é permitido apenas a pessoas que já se conhecem há
bastante tempo e é mais utilizado entre pessoas do sexo feminino. Por vezes é utilizado entre
um homem e uma mulher, se se conhecem muito bem, mas deve ser ponderada a sua
utilização. A utilização do beijo na face ou do aperto de mão pode mudar consoante o sector de
actividade: em organizações relacionadas com moda ou televisão, é mais comum.
3. Que cheiro!
A partir do momento que cumprimentamos o nosso interlocutor, estamos expostos. Iremos
ficar, com certeza a cerca de um metro de distância e, por isso, os odores passam a ser
partilhados! Quer homens, quer mulheres devem ter cuidado com perfumes que usam. Deixe o
perfume forte e marcante para o fim-de-semana ou para momentos não profissionais. O
perfume não deve permanecer no ambiente segundos após a sua saída. Ademais, algumas
pessoas são alérgicas a perfumes (a alergia a flores é muito comum, e a maioria dos perfumes
contêm extractos de flores ou plantas), daí que o ideal seja evitar fragrâncias fortes.
5. "Say Cheese"
Todos sabemos que sorrir é fundamental. Sorrir é educado e assertivo e mostra que está
verdadeiramente motivado para estar ali. Não tente fingir um sorriso: um sorriso falso ou
chamado "sorriso amarelo" nota-se facilmente. Um observador treinado sabe que quando o
sorriso é falso, a zona dos olhos não acompanha o sorriso. Quando sorrimos verdadeiramente,
surgem pequenas rídulas na margem dos olhos. Quando forçamos o sorriso, apenas
mostramos os dentes e as maças do rosto elevam-se. Se tem dificuldades em sorrir
verdadeiramente, pense durante segundos num momento em que esteve realmente feliz. Para
sorrir bem, é necessário ter dentes cuidados: ir ao dentista regularmente, fazer uma limpeza e,
claro, ter os dentes bem escovados. Se algum dia lhe aconteceu no primeiro encontro com uma
pessoa, ela ter algo nos dentes, com certeza nunca mais se esqueceu!
6. Finalmente, a palavra
Por fim, surgirá o cumprimento verbal inicial. Em contexto empresarial, este deverá ser claro e
conciso. Algo como "Bom dia", "Boa tarde" ou "Boa noite" pode parecer parco, mas expressa
simpatia e objectividade. Devemos tratar o nosso interlocutor formalmente, seja por "Senhor",
"Doutor" ou "Engenheiro" até que a pessoa toque nesse assunto. Se a pessoa não puxar pelo
tema, poderemos fazê-lo nós, com bom senso. Claro que se trata de uma avaliação subjectiva,
porém se ambos os interlocutores têm idade e formação aproximadas, pode sugerir "deixar cair
os títulos". Se a pessoa é mais velha, tem mais formação académica ou é superior hierárquico,
devemos deixar a iniciativa para o outro interlocutor.