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A sabedoria popular costuma dizer que "não há amor como o primeiro".

Em psicologia, este efeito é conhecido como o "efeito de primazia" e foi constatado por
investigadores da psicologia experimental em experiências de diversos tipos com seres
humanos, levadas a cabo em laboratórios específicos. Daí que facilmente tenha sido aplicado a
outras coisas como, por exemplo, às primeiras impressões.
É comum lembrarmo-nos da primeira vez que conhecemos uma pessoa (o local, a situação, o
que vestia, o que sobressaía, quer pela positiva quer pela negativa) e da ultima vez que
estivemos com ela (já agora, a tendência a lembrar das últimas experiências, é chamado o
"efeito de recência"), enquanto que as ocasiões em que nos encontramos com essa pessoa
entre estas duas situações, tendem a misturar-se na nossa memória.

Quando falamos de contactos, sejam pessoais ou profissionais, é costume dizer que "a
primeira impressão é a que fica". Obviamente, devemos evitar julgar os outros apenas pelo que
vestem ou usam naquele momento, mas claro que existe grande probabilidade desse momento
nos marcar...para sempre.

Quer seja uma entrevista de emprego, uma reunião, um encontro informal ou qualquer outra
situação, é importantíssimo ter alguma consciência de como agimos para causar uma
impressão positiva.

Por esse motivo, neste segundo artigo na sequência de artigos sobre Etiqueta Organizacional,
focamos as primeiras impressões.

1. O primeiro impacto: A imagem


O primeiro impacto quando nos encontramos com alguém em contexto de negócios é a
imagem da pessoa e boa parte dela é a indumentária. Aprofundaremos este assunto noutro
artigo especialmente dedicado a este assunto. Resumidamente, devemos apresentar-nos
devidamente limpos, ligeiramente perfumados e com uma indumentária idónea. Tenha a
certeza que a sua roupa está limpa e bem engomada, com todos os botões e sem qualquer
mancha (tudo isto é mais importante do que a marca da roupa que está a usar!). Acima de
tudo, seja congruente e use algo com que se identifique: se tentar a toda a força encaixar-se
noutro estilo que não seja harmonioso com a sua personalidade ou que usa só para "estar na
moda", isso vai notar-se mais cedo ou mais tarde.

2. Aperto de Mão ou Beijo na face


Posteriormente, antes mesmo de falar, surge a comunicação não-verbal. Em grande parte das
culturas mundiais o primeiro campo de contacto são as mãos. Na cultura Japonesa, por
exemplo, não se usa o aperto de mão, pois os japoneses consideram que a energia pessoal flui
num ponto no centro da mão, chamado o ponto "Ki" ("Chi para os chineses"). Os Japoneses
curvam-se ao cumprimentar e devemos fazer o mesmo, com um ângulo de curvatura idêntico,
pois a medida em que nos curvamos indica o grau de relacionamento entre nós. Se for alguém
que consideramos num posto hierárquico bastante superior, podemos curvar-nos um pouco
mais do que a pessoa. Ao usar o aperto de mão como cumprimento, nunca se deve esmagar a
mão da pessoa ou simplesmente deixar a mão mole.

Devemos também ter lavado as mãos antes e ter certeza que não estão transpiradas, pois
além de falta de educação, denunciam ansiedade. Tanto homens como mulheres devem
arranjar as unhas. Elas devem ser devidamente cortadas e limadas. Unhas roídas passam a
imagem de uma pessoa nervosa (a dependência de roer unhas denomina-se "onicofagia" e é
uma psicopatologia).

O aperto de mão deve ser firme e demonstrar que tem prazer em estar ali, com aquela pessoa.
Uma opção ao aperto de mão, é o beijo na face. Na Rússia este é um cumprimento frequente.
Porém, em Portugal, o beijo na face é permitido apenas a pessoas que já se conhecem há
bastante tempo e é mais utilizado entre pessoas do sexo feminino. Por vezes é utilizado entre
um homem e uma mulher, se se conhecem muito bem, mas deve ser ponderada a sua
utilização. A utilização do beijo na face ou do aperto de mão pode mudar consoante o sector de
actividade: em organizações relacionadas com moda ou televisão, é mais comum.

3. Que cheiro!
A partir do momento que cumprimentamos o nosso interlocutor, estamos expostos. Iremos
ficar, com certeza a cerca de um metro de distância e, por isso, os odores passam a ser
partilhados! Quer homens, quer mulheres devem ter cuidado com perfumes que usam. Deixe o
perfume forte e marcante para o fim-de-semana ou para momentos não profissionais. O
perfume não deve permanecer no ambiente segundos após a sua saída. Ademais, algumas
pessoas são alérgicas a perfumes (a alergia a flores é muito comum, e a maioria dos perfumes
contêm extractos de flores ou plantas), daí que o ideal seja evitar fragrâncias fortes.

4. Os olhos são o espelho da Alma


Um outro foco importantíssimo é o olhar. Mais uma vez, o saber popular avisa que "os olhos
são o espelho da alma". Olhar nos olhos da pessoa é sinal de assertividade e segurança. Não
se deve desviar o olhar, correndo o risco de parecer tímido ou, por outro lado, olhar para o lado
contrário pode demonstrar desinteresse pela pessoa com quem estamos. No caso das
mulheres, cuidado com excessos de maquilhagem na zona dos olhos, pois vai fazer com que o
interlocutor se centre mais na maquilhagem do que na expressividade.

5. "Say Cheese"
Todos sabemos que sorrir é fundamental. Sorrir é educado e assertivo e mostra que está
verdadeiramente motivado para estar ali. Não tente fingir um sorriso: um sorriso falso ou
chamado "sorriso amarelo" nota-se facilmente. Um observador treinado sabe que quando o
sorriso é falso, a zona dos olhos não acompanha o sorriso. Quando sorrimos verdadeiramente,
surgem pequenas rídulas na margem dos olhos. Quando forçamos o sorriso, apenas
mostramos os dentes e as maças do rosto elevam-se. Se tem dificuldades em sorrir
verdadeiramente, pense durante segundos num momento em que esteve realmente feliz. Para
sorrir bem, é necessário ter dentes cuidados: ir ao dentista regularmente, fazer uma limpeza e,
claro, ter os dentes bem escovados. Se algum dia lhe aconteceu no primeiro encontro com uma
pessoa, ela ter algo nos dentes, com certeza nunca mais se esqueceu!

6. Finalmente, a palavra
Por fim, surgirá o cumprimento verbal inicial. Em contexto empresarial, este deverá ser claro e
conciso. Algo como "Bom dia", "Boa tarde" ou "Boa noite" pode parecer parco, mas expressa
simpatia e objectividade. Devemos tratar o nosso interlocutor formalmente, seja por "Senhor",
"Doutor" ou "Engenheiro" até que a pessoa toque nesse assunto. Se a pessoa não puxar pelo
tema, poderemos fazê-lo nós, com bom senso. Claro que se trata de uma avaliação subjectiva,
porém se ambos os interlocutores têm idade e formação aproximadas, pode sugerir "deixar cair
os títulos". Se a pessoa é mais velha, tem mais formação académica ou é superior hierárquico,
devemos deixar a iniciativa para o outro interlocutor.

7. Bom Cartão, boa impressão!


Já não há motivos para não ter um cartão pessoal para entregar a quer que seja! As desculpas
"Acabaram os cartões ontem!" ou "Não tenho tido tempo para mandar fazer" ou "Estão neste
momento no Gabinete" já não "colam" nos dias de hoje! Numa gráfica não são caros e se
preferir pode fazê-los ao seu gosto numa impressora qualquer, comprando papel com
gramagem superior. É ideal que a entrega do cartão seja feita no início do contacto, porém, há
quem preferia utilizá-lo como mote de despedida. Opte por algo simples e elegante, com duas
cores no máximo e coloque todos os seus contactos. Em alguns casos, pode querer fazer dois
tipos de cartões: um com todos os contactos e outro apenas com os contactos que deseja dar a
conhecer em determinada situação (por exemplo, apenas os contactos electrónicos, ou apenas
os contactos profissionais). Por último, invista num porta-cartões: é elegante, demonstra
planeamento e cuidado e mantém os cartões longe de sítios onde se possam danificar.

Patfoto_patrícia Araújo é psicóloga e Mestre em Psicologia Organizacional pela Universidade


do Porto. Exerce funções de docente universitária, consultora de RH e formadora na área
comportamental.

Para mais informações conheça o site oficial das missões empresariais em


http://www.missoesempresariais.com

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