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CHAGAS, Paulo. A mudança linguística. In: FIORIN, José Luiz (Orgs.).

Introdução à
Linguística: Objetos Teóricos. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 141-163.

Resenhado por Lorena Rocha

As línguas passam por mudanças ao longo do tempo e isso é perceptível na fala


de pessoas de idades diferentes e também pode ser visto em textos escritos ou falados
em épocas diferentes. As representações gráficas da língua tornam perceptíveis as
diferenças existentes entre a fala e a escrita. Podemos verificar que a representação
escrita também mudou ao longo dos anos. O autor Paulo Chagas escolhe, então, três
perguntas a respeito da mudança linguística: 1. o que muda nas línguas?; 2. por que elas
mudam?; 3. por que elas mudam?

1. O que muda nas línguas

Chagas faz uma comparação da linguagem escrita do século XIII e do século


XVII para mostrar como a mudança se operou na língua durante esse período. Mas a
mudança linguística também é operada em curtos períodos de tempo. Isso é percebido
quando swcompara o modo de falar de uma pessoa de setenta anos com o modo de falar
de uma pessoa de vinte anos. Há muitas palavras e emprego de pronomes que são
utilizados por uma pessoa mais velha que não são compreendidos por uma pessoa mais
nova. Há, portanto, alterações no nível fonológico, no nível sintático, no nível
semântico, no nível lexical e em outros que transformam a língua.

2. Por que as línguas mudam

Segundo Chagas, “ao fazer qualquer observação a respeito de uma língua,


podemos analisar aspectos que são momentâneos (relacionados a um único momento,
presente ou não) ou aspectos que apresentam certa duração no tempo (relacionados a
pelo menos dos momentos e ao intervalo entre eles).” (p. 147). Essa consideração
pretende dizer que a língua está sempre em movimento, portanto sempre mudando. Por
estar estritamente ligada a sociedade, a língua muda juntamente com as mudanças
sociais e históricas.

3. Como as línguas mudam


Pela perspectiva Variacionista, tem-se como pressuposto que toda mudança está
necessariamente ligada à variação. A mudança só ocorrerá se houver a variação por
certo período de tempo. A mudança, então, é gradual. Chagas escreve, então, que “é
importante sempre lembrar que pode haver fatores de duas espécies que favoreçam ou
dificultem a mudança: fatores estritamente linguísticos e fatores extralingüísticos. Os
fatores linguísticos se relacionam à forma como a língua está organizada, como
funciona o seu sistema, quais são seus elementos, suas regras, etc. Os fatores
extralinguísticos relacionam-se à forma como a língua está inserida na sociedade.
Inicialmente foram utilizados na Sociolinguística os termos condicionamento
linguístico e condicionamento extralingüístico.” (p. 153).
As mudanças podem ocorrer, então, devido a fatores sociais, econômicos, entre
outros (fatores extralinguísticos). A detecção de fatores de mudança linguística, além
dos citados, podem ser verificados na diferença da fala de pessoas de idades variadas e
no acompanhamento em tempo real das mudanças que se operam em uma mesma
comunidade linguística.

4. Outras abordagens

A primeira abordagem a ser analisada por Chagas é a da gramaticalização. Esta


abordagem valoriza “o processo pelo qual elementos linguísticos podem passar por uma
gradação em que tempos palavras independentes em um extremo e morfemas flexionais
em outro.” (p. 158-159).
A segunda abordagem citada é a paramétrica que tem como questão proposta a
noção de que “princípios são características universais invariáveis que todas as línguas
necessariamente têm. Essa é então uma concepção que se fundamenta na existência de
universais invioláveis. Como exemplo desses universais podemos citar o fato de que
todos os sintagmas de uma língua têm o complemento na mesma posição com relação
ao núcleo.” (p. 160).
A terceira abordagem é a da Teoria da Otimidade. Esta considera que em toda
língua há restrições universais, relacionadas à funcionalidade como a articulação
facilitada, a percepção, entre outros.
Foi possível perceber, vendo os diversos quadros teóricos e, também, boa parte
da análise da Sociolinguística Variacionista, que a mudança e a variação estão
estritamente ligadas e são importantes para o entendimento da vivacidade da língua.

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