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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

Curso de Medicina
Módulo VII – Parasitos
intestinais

Roteiro Prático

Identificação de cistos, ovos e larvas

Laboratório de Análises Clínicas


Hospital Electro Bonini
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EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES

O exame parasitológico de fezes (EPF) envolve a realização de diversos métodos


coproparasitológicos que permitam encontrar e identificar formas parasitárias de diversos
agentes causadores de helmintíases e protozooses intestinais. A escolha do método depende
da suspeita clínica e, por isso, é muito importante que o clínico inclua essa informação na
requisição de exames laboratoriais.

1. OBJETIVOS
- Identificar os parasitos intestinais mais comuns na comunidade.
- Identificar os principais métodos utilizados no Exame Parasitológico de Fezes.
- Descrever a morfologia dos parasitos e relacionar as características que permitem o
diagnóstico diferencial.

2. MÉTODOS COPROPARASITOLÓGICOS
Vários métodos podem ser utilizados para o EPF. Estes métodos podem ser
qualitativos ou quantitativos e apresentam diferentes sensibilidades na detecção de ovos e
larvas de helmintos e cistos de protozoários. Na sequência, estão descritos os métodos mais
utilizados.

2.1 Exame macroscópico

Consistência
Trofozoítos de protozoários são encontrados principalmente em espécimes aquosos,
inconsistentes ou moles e cistos em espécimes formados.
Proglotes ou vermes adultos podem ser detectados pelo exame macroscópico. A presença
de muco e sangue deve ser anotada. Muitos parasitas se distribuem uniformemente nas
fezes como resultado da ação misturadora do ceco, porém há ovos que entram na corrente
fecal no cólon inferior e reto (ex. esquistossomos) que podem ser desigualmente
distribuídos. Os ovos de tênia e oxiúros são liberados por ruptura dos parasitas.

2.2 Exame direto

Realizado com material recentemente emitido quando se esperam encontrar


formas trofozoítas que se evidenciam por sua motilidade peculiar. Geralmente, ocorre
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em fezes líquidas, sejam elas espontâneas (diarreicas, disentéricas) ou provocadas por


medicação.
Método pouco sensível e só apresenta resultados positivos em infecções e
infestações intensas.

Procedimento
As fezes diluídas com solução fisiológica são examinadas ao microscópio, entre
lâmina e lamínula com aumentos de 100x e 400x. Os detalhes estruturais poderão ser
visualizados após fixação e coloração do material.

2.3 Método de Hoffman, Pons e Janer ou Método de Lutz (Sedimentação espontânea)


Utilizado na pesquisa de ovos pesados de helmintos quando a sedimentação for de no
mínimo 2 horas e de cistos de protozoários e ovos leves de helmintos quando a
sedimentação for por período de 24 horas.
Método muito empregado em Saúde Pública pela eficácia e baixo custo.

Procedimento
1. Diluir cerca de 10g de fezes em 10 mL de H2O em frasco pequeno
2. Homogenizar bem com bastão de vidro ou plástico
3. Filtrar em gaze dobrada em quatro para um cálice de sedimentação
4. Lavar o frasco 2x despejando a água na gaze
5. Completar o cálice com água
6. Deixar em repouso de 2 a 24 horas.
7. Com um canudo tampado, retirar uma amostra do fundo do vértice do cálice,
destampando o canudo após imergí-lo.
8. Vedar o canudo e retirá-lo cuidadosamente do cálice
9. Colocar uma gota do sedimento na lâmina
10. Colocar uma gota de lugol
11. Colocar lamínula
7. Examinar ao microscópio todos os campos (observar na objetiva de 10x e confirmar na
objetiva de 40x)

2.4 Método de Faust – (Centrífugo-flutuação)


Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários e ovos leves, larvas de helmintos.

Procedimento
1. Dissolver cerca de 10g de fezes em 10mL de água e filtrar em gaze dobrada em quatro.
2. Depositar o material em tubo cônico de centrífuga e centrifugar a 2500 rpm por 1
minuto.
3. Desprezar o sobrenadante e ressuspender novamente em 10 mL de água.
4. Repetir os passos 2 e 3 até que o sobrenadante apresente-se claro.
5. Adicionar 10 mL de sulfato de zinco (ZnSO 2) 33 %, densidade 1.180, homogenizar e
centrifugar a 2500 rpm por 1’.
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6. Recolher com alça de platina a película superficial, adicionar uma gota da solução de
lugol e observar ao microscópio.
Cuidados: evitar quebrar a tensão superficial.

2.5 Método de Ritchie modificado


Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos

Procedimento
1. Idêntico ao método de FAUST até o item 4.
2. Adicionar cerca de 7 mL de formol a 10%, homogenizar, descansar por 10’ a 20’.
3. Adicionar cerca de 3 mL de acetato de etila, agitar vigorosamente e centrifugar a 1500
rpm por 2’.
4. Desprezar o sobrenadante e examinar o depósito ao microscópio adicionando uma gota
da solução de lugol.

2.6 Método de Baerman-Moraes


Utilizado na pesquisa e isolamento de larvas de Strongyloides nas fezes e de larvas de
nematóides no solo.

Procedimento
1. Em um funil de vidro, adicionar água a 40-41 oC até o nível atingir 1/2 altura da amostra
depositada em gaze dobrada em quatro ou em peneira apropriada na boca do funil.
2. Após duas horas, coletar amostras da água em vidro de relógio e examinar ao
microscópio.

2.7 Método de Graham (Método da fita adesiva ou fita gomada)


Utilizado na pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis

Procedimento
1. Com auxílio de um tubo de ensaio, fazer pressão com uma fita gomada transparente
(parte colante) sobre o ânus e região perianal.
2. Colar a fita em lâmina e observar ao microscópio.

2.8 MÉTODO DE KATO - KATZ

Utilizado principalmente na pesquisa de ovos de Schistosoma. mansoni e outros helmintos.

Procedimento
1. Depositar uma pequena quantidade de fezes sobre uma folha de papel higiênico
colocando a tela por cima e pressionando com a paleta.
2. Colocar sobre uma lâmina de vidro a placa de plástico e depositar no centro do orifício as
fezes que ultrapassaram as malhas da tela (40 - 60 mg).
3. Comprimir as fezes no orifício da placa até completá-lo.
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4. Sobrepor a lamínula de celofane (embebida em verde malaquita) e inverter a preparação


realizando pressão com o polegar sobre a lâmina até obter uma uniformidade do material.
5. Deixar em repouso por cerca de 60 minutos a temperatura ambiente.
6. Contar todos os ovos encontrados e multiplicar o total por 24, resultando em ovos/grama
de fezes

3. FORMAS PARASITÁRIAS INTESTINAIS


Estão ilustrados a seguir os principais parasitos encontrados em EPF. Indicar o Gênero e a espécie
dos parasitos e respectivas formas morfológicas (Ovo, larva e cisto). Não esquecer as normas de
grafia (grifado ou em itálico).
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Diferenciar as proglotes abaixo apontando as principais características morfológicas que auxiliam


na diferenciação:

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4. OBSERVAÇÃO DE LÂMINAS
Desenhar as formas parasitárias focalizadas em aumento de 400 x e relacionar as características
morfológicas que permitem o diagnóstico diferencial.
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5. TÓPICOS PARA DISCUSSÃO

a) Identificar os métodos mais adequados para a pesquisa de cistos de parasitos intestinais


b) Identificar os métodos mais adequados para a pesquisa de ovos de parasitos intestinais
c) Explicar a importância da identificação específica da Taenia
d) Indicar os principais aspectos morfológicos que devem ser observados para diferenciar os
ovos de helmintos
e) Indicar os principais aspectos morfológicos que devem ser observados para diferenciar os
cistos de protozoários.

REFERÊNCIAS
AMATO NETO, V.; GRYSCHEK, R.C.B; AMATO, V.S.; TUON, F.F. Parasitologia: uma
abordagem clínica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CIMERMAN, B.; FRANCO, M.A. Atlas de Parasitologia. Artrópodes, Protozoários e Helmintos.
São Paulo: Atheneu. 2002.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. PARASITOLOGIA HUMANA e seus Fundamentos Gerais. 2ª
ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
FERREIRA, M.U.F; FORONDA, A.S.; SCUMAKER, T.T.S. Fundamentos da Parasitologia
Humana. 1ª. Ed. São Paulo: Manole, 2003.
HENRY, J.B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por métodos laboratoriais. 20ª ed. São Paulo:
Manole, 2008.
NEVES, D. P.; MELO, A.L.; LINARDI, P. M.; VÍTOR, R.W.A. Parasitologia Humana. 11ª ed.
São Paulo: Atheneu, 2005.

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