Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Curso de Medicina
Módulo VII – Parasitos
intestinais
Roteiro Prático
1. OBJETIVOS
- Identificar os parasitos intestinais mais comuns na comunidade.
- Identificar os principais métodos utilizados no Exame Parasitológico de Fezes.
- Descrever a morfologia dos parasitos e relacionar as características que permitem o
diagnóstico diferencial.
2. MÉTODOS COPROPARASITOLÓGICOS
Vários métodos podem ser utilizados para o EPF. Estes métodos podem ser
qualitativos ou quantitativos e apresentam diferentes sensibilidades na detecção de ovos e
larvas de helmintos e cistos de protozoários. Na sequência, estão descritos os métodos mais
utilizados.
Consistência
Trofozoítos de protozoários são encontrados principalmente em espécimes aquosos,
inconsistentes ou moles e cistos em espécimes formados.
Proglotes ou vermes adultos podem ser detectados pelo exame macroscópico. A presença
de muco e sangue deve ser anotada. Muitos parasitas se distribuem uniformemente nas
fezes como resultado da ação misturadora do ceco, porém há ovos que entram na corrente
fecal no cólon inferior e reto (ex. esquistossomos) que podem ser desigualmente
distribuídos. Os ovos de tênia e oxiúros são liberados por ruptura dos parasitas.
Procedimento
As fezes diluídas com solução fisiológica são examinadas ao microscópio, entre
lâmina e lamínula com aumentos de 100x e 400x. Os detalhes estruturais poderão ser
visualizados após fixação e coloração do material.
Procedimento
1. Diluir cerca de 10g de fezes em 10 mL de H2O em frasco pequeno
2. Homogenizar bem com bastão de vidro ou plástico
3. Filtrar em gaze dobrada em quatro para um cálice de sedimentação
4. Lavar o frasco 2x despejando a água na gaze
5. Completar o cálice com água
6. Deixar em repouso de 2 a 24 horas.
7. Com um canudo tampado, retirar uma amostra do fundo do vértice do cálice,
destampando o canudo após imergí-lo.
8. Vedar o canudo e retirá-lo cuidadosamente do cálice
9. Colocar uma gota do sedimento na lâmina
10. Colocar uma gota de lugol
11. Colocar lamínula
7. Examinar ao microscópio todos os campos (observar na objetiva de 10x e confirmar na
objetiva de 40x)
Procedimento
1. Dissolver cerca de 10g de fezes em 10mL de água e filtrar em gaze dobrada em quatro.
2. Depositar o material em tubo cônico de centrífuga e centrifugar a 2500 rpm por 1
minuto.
3. Desprezar o sobrenadante e ressuspender novamente em 10 mL de água.
4. Repetir os passos 2 e 3 até que o sobrenadante apresente-se claro.
5. Adicionar 10 mL de sulfato de zinco (ZnSO 2) 33 %, densidade 1.180, homogenizar e
centrifugar a 2500 rpm por 1’.
4
6. Recolher com alça de platina a película superficial, adicionar uma gota da solução de
lugol e observar ao microscópio.
Cuidados: evitar quebrar a tensão superficial.
Procedimento
1. Idêntico ao método de FAUST até o item 4.
2. Adicionar cerca de 7 mL de formol a 10%, homogenizar, descansar por 10’ a 20’.
3. Adicionar cerca de 3 mL de acetato de etila, agitar vigorosamente e centrifugar a 1500
rpm por 2’.
4. Desprezar o sobrenadante e examinar o depósito ao microscópio adicionando uma gota
da solução de lugol.
Procedimento
1. Em um funil de vidro, adicionar água a 40-41 oC até o nível atingir 1/2 altura da amostra
depositada em gaze dobrada em quatro ou em peneira apropriada na boca do funil.
2. Após duas horas, coletar amostras da água em vidro de relógio e examinar ao
microscópio.
Procedimento
1. Com auxílio de um tubo de ensaio, fazer pressão com uma fita gomada transparente
(parte colante) sobre o ânus e região perianal.
2. Colar a fita em lâmina e observar ao microscópio.
Procedimento
1. Depositar uma pequena quantidade de fezes sobre uma folha de papel higiênico
colocando a tela por cima e pressionando com a paleta.
2. Colocar sobre uma lâmina de vidro a placa de plástico e depositar no centro do orifício as
fezes que ultrapassaram as malhas da tela (40 - 60 mg).
3. Comprimir as fezes no orifício da placa até completá-lo.
5
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
9
4. OBSERVAÇÃO DE LÂMINAS
Desenhar as formas parasitárias focalizadas em aumento de 400 x e relacionar as características
morfológicas que permitem o diagnóstico diferencial.
10
REFERÊNCIAS
AMATO NETO, V.; GRYSCHEK, R.C.B; AMATO, V.S.; TUON, F.F. Parasitologia: uma
abordagem clínica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CIMERMAN, B.; FRANCO, M.A. Atlas de Parasitologia. Artrópodes, Protozoários e Helmintos.
São Paulo: Atheneu. 2002.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. PARASITOLOGIA HUMANA e seus Fundamentos Gerais. 2ª
ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
FERREIRA, M.U.F; FORONDA, A.S.; SCUMAKER, T.T.S. Fundamentos da Parasitologia
Humana. 1ª. Ed. São Paulo: Manole, 2003.
HENRY, J.B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por métodos laboratoriais. 20ª ed. São Paulo:
Manole, 2008.
NEVES, D. P.; MELO, A.L.; LINARDI, P. M.; VÍTOR, R.W.A. Parasitologia Humana. 11ª ed.
São Paulo: Atheneu, 2005.