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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 14105-2
Primeira edição
01.12.2015

Válida a partir de
01.01.2016

Medidores de pressão
Parte 2: Medidores digitais de pressão —
Requisitos de fabricação, classificação, ensaios
e utilização
Pressure gauges
Part 2: Digital pressure gauges — Requirements for manufacture,
classification, test and use
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE DE SALVADOR -

ICS 17.100 ISBN 978-85-07-05951-6

Número de referência
ABNT NBR 14105-2:2015
21 páginas

© ABNT 2015
Impresso por: Fernanda (ADM.)
ABNT NBR 14105-2:2015
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Classificação.......................................................................................................................8
4.1 Classificação pelas faixas de escala de pressão.............................................................8
4.2 Classificação pela classe de exatidão..............................................................................8
5 Considerações gerais.........................................................................................................9
5.1 Unidades de medida de pressão.......................................................................................9
5.2 Tipos de indicador digital (display)...................................................................................9
5.2.1 Cristal líquido – LCD.........................................................................................................10
5.2.2 Diodo emissor de luz – LED.............................................................................................10
5.2.3 Vácuo fluorescente – VFD................................................................................................10
5.3 Tipos de transdutores.......................................................................................................10
5.3.1 Piezorresistivo (strain gauge)..........................................................................................10
5.3.2 Óptico.................................................................................................................................10
5.3.3 Capacitivo..........................................................................................................................10
5.3.4 Indutivo (variação de indutância ou LVDT).....................................................................10
5.3.5 Frequência de ressonância..............................................................................................10
5.3.6 Efeito hall...........................................................................................................................10
5.4 Alimentação elétrica de entrada......................................................................................10
5.5 Conexões ao processo..................................................................................................... 11
6 Requisitos para exatidão.................................................................................................. 11
6.1 Não linearidade.................................................................................................................. 11
6.1.1 Não linearidade independente – Método dos mínimos quadrados (best fit straight line).. 11
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6.1.2 Não linearidade baseada nos extremos.......................................................................... 11


6.1.3 Não linearidade baseada no zero.................................................................................... 11
6.2 Histerese............................................................................................................................ 11
6.3 Resolução..........................................................................................................................12
6.4 Temperatura.......................................................................................................................12
6.5 Compensação da temperatura ambiente........................................................................12
6.6 Estabilidade do instrumento............................................................................................12
6.7 Ajuste de zero....................................................................................................................12
6.8 Outros fatores....................................................................................................................12
6.8.1 Limites de temperatura de serviço..................................................................................12
6.8.2 Limites de temperatura de armazenamento...................................................................13
6.8.3 Grau de proteção do invólucro contra água e partículas externas..............................13
7 Informações no instrumento............................................................................................13
7.1 Manômetros digitais para uso específico.......................................................................13
7.2 Manômetros digitais para uso em oxigênio...................................................................13

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7.3 Manômetros digitais para uso em área classificada.....................................................13


8 Ensaio.................................................................................................................................14
8.1 Vibrações mecânicas........................................................................................................14
8.2 Ensaio exploratório de vibração......................................................................................14
8.3 Ensaio de resistência........................................................................................................14
9 Calibração..........................................................................................................................14
9.1 Padrões..............................................................................................................................14
9.2 Manômetro de referência..................................................................................................15
9.3 Considerações iniciais.....................................................................................................15
9.4 Exemplo de método de calibração..................................................................................15
10 Limpeza..............................................................................................................................16
10.1 Geral...................................................................................................................................16
10.2 Inspeção.............................................................................................................................16
10.3 Embalagem........................................................................................................................16
11 Designação........................................................................................................................17
12 Seleção e instalação.........................................................................................................17
12.1 Introdução..........................................................................................................................17
12.2 Segurança..........................................................................................................................18
12.2.1 Materiais.............................................................................................................................18
12.2.2 Outras especificações......................................................................................................18
12.3 Transporte..........................................................................................................................18
12.4 Armazenamento antes da instalação..............................................................................18
12.5 Instalação...........................................................................................................................18
12.5.1 Geral...................................................................................................................................18
12.5.2 Condições especiais.........................................................................................................19
12.5.3 Limpeza..............................................................................................................................19
12.5.4 Pressão da coluna de líquido...........................................................................................20
12.5.5 Manutenção.......................................................................................................................20
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Bibliografia..........................................................................................................................................21

Figuras
Figura 1 – Conceitos básicos de pressão..........................................................................................3
Figura 2 – Curva de linearidade, erro de histerese e erro de zero..................................................4
Figura 3 – Porcentagem da faixa nominal × Porcentagem da indicação........................................9
Figura 4 – Símbolo (ISO 7000)...........................................................................................................13

Tabelas
Tabela 1 – Classificação por faixa de pressão..................................................................................8
Tabela 2 – Erros máximos admissíveis..............................................................................................8
Tabela 3 – Tipos de roscas................................................................................................................ 11
Tabela 4 – Amplitudes do ensaio de vibração.................................................................................14
Tabela 5 – Quantidade mínima de pontos........................................................................................15
Tabela 6 – Nível de limpeza...............................................................................................................17

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR 14105-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo de Instrumentos para Medição de Pressão – Manômetros
Digitais (CE-004:005.009). O seu 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07,
de 23.07.2014 a 21.09.2014. O seu 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10,
de 22.10.2015 a 20.11.2015.

Esta Norma é baseada na ASME B40.100:2013.

A ABNT NBR 14105, sob o título geral “Medidores de pressão”, tem previsão de conter as seguintes
partes:

—— Parte 1: Medidores analógicos de pressão com sensor de elemento elástico – Requisitos de


fabricação, classificação, ensaios e utilização;

—— Parte 2: Medidores digitais de pressão – Requisitos de fabricação, classificação, ensaios e


utilização;
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—— Parte 3: Acessórios.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 14105 establishes the manufacturing criteria, classification, tests and utilization
of digital pressure indicators, regarding the following aspects:

a) classification according to accuracy grade and pressure ranges;

b) requirements on the conditions to be applied during the instrument’s manufacturing;

c) calibration for verify its metrological characteristics;

d) tests;

e) minimum conditions for the use of digital pressure indicators in order to guarantee durability and
safety conditions.

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This Part of ABNT NBR 14105 is exclusive for digital pressure indicators with integrated pressure
transducer, which react through the pressure and indicate it numerically in pressure unit.

NOTE 1 In this Part of ABNT NBR 14105, for simplicity, the term digital gauges is used on the text considering
that the characteristics and concepts are the same for the digital pressure indicators for both pressure and
vacuum measurement.

NOTE 2 This Part of ABNT NBR 14105 does not include panel meter with remote transducers, non-indicating
pressure transmitter, or pressure switches.
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Introdução

Esta Parte da ABNT NBR 14105 foi elaborada com base em consultas às Normas Internacionais
atualizadas e em experiência dos participantes na fabricação, classificação, ensaio e utilização
de medidores digitais de pressão.

Pretende-se, com o uso desta parte da ABNT NBR 14105, minimizar divergências entre fabricantes,
usuários e laboratórios de calibração.
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Medidores de pressão
Parte 2: Medidores digitais de pressão — Requisitos de fabricação,
classificação, ensaios e utilização

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 14105 estabelece os critérios para a fabricação, classificação, ensaios e
utilização dos medidores digitais de pressão, no que concerne aos aspectos de:

 a) classificação em classes de exatidão e faixas de pressão;

 b) requisitos das condições a serem aplicadas na fabricação dos instrumentos;

 c) calibração para verificação das características metrológicas;

 d) ensaios;

 e) condições mínimas para a utilização dos medidores digitais de pressão, visando garantir durabi-
lidade e segurança.

Esta Parte da ABNT NBR 14105 é aplicável exclusivamente aos medidores digitais de pressão com
transdutor de pressão integrado, os quais respondem à pressão, indicando-a numericamente em
unidade de pressão.

NOTA 1 Nesta Parte da ABNT NBR 14105, por simplicidade de enunciado, o termo manômetro digital
é utilizado no texto, considerando que as características e conceitos são os mesmos dos medidores digitais
de pressão, tanto para a medição de pressão quanto para a medição de vácuo.

NOTA 2 Esta Parte da ABNT NBR 14105 não é aplicável aos transdutores com indicação remota, transdu-
tores ou pressostatos sem indicação
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP)

ABNT NBR IEC 60079-0, Atmosferas explosivas – Parte 0: Equipamentos – Requisitos gerais

ABNT NBR 8133, Rosca para tubos onde a vedação não é feita pela rosca – Designação, dimensões
e tolerâncias

ABNT NBR 12912, Rosca NPT para tubos – Dimensões – Padronização

ABNT ISO/IEC GUIA 99, Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos fundamentais e gerais
e termos associados

ISO 7000, Graphical symbols for use on equipment – Registered symbols

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
manômetro digital
instrumento para medir e indicar pressão positiva, em unidade de pressão, tendo a pressão atmosférica
como referência (ver Figura 1), com os seguintes componentes básicos:

 a) transdutor de pressão;

 b) módulo de condicionamento analógico;

 c) conversor analógico digital;

 d) módulo de processamento digital;

 e) indicador digital em unidade de pressão (preferencialmente do SI);

 f) unidade de alimentação elétrica (geralmente incorporado ao instrumento).

NOTA A indicação da pressão tem a pressão atmosférica como referência (ver Figura 1).

3.2
vacuômetro digital
instrumento para medir e indicar pressão negativa, em unidade de pressão, tendo a pressão atmos-
férica como referência (ver Figura 1), com os mesmos componentes básicos listados em 3.1

3.3
manovacuômetro digital
instrumento para medir e indicar pressão positiva e negativa, em unidade de pressão, tendo a pressão
atmosférica como referência (ver Figura 1), com os mesmos componentes básicos listados em 3.1

3.4
manômetro diferencial digital
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instrumento dotado de duas conexões e meios para medir e indicar a diferença entre essas duas pres-
sões, em unidade de pressão (ver Figura 1), com os mesmos componentes básicos listados em 3.1

3.5
manômetro de pressão absoluta digital
instrumento para medir e indicar pressão, em unidade de pressão, tendo a pressão zero absoluto
como referência (ver Figura 1), com os mesmos componentes básicos listados em 3.1

3.6
manômetro-padrão digital
instrumento de exatidão mais elevada, adequado para medir o erro de indicação de outro manômetro,
por comparação, com os mesmos componentes básicos listados em 3.1

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Pressão A

Pressão diferencial
Pressão positiva
Pressão B

Pressão absoluta Pressão atmosférica

Pressão negativa (vácuo)

Zero absoluto

Figura 1 – Conceitos básicos de pressão

3.7
erro máximo admissível
valor extremo do erro de medição, com respeito a um valor de referência conhecido, admitido por espe-
cificações ou regulamentos para uma dada medição, instrumento de medição ou sistema de medição

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 4.26]

3.8
classe de exatidão
classe de instrumentos de medição que satisfazem certas exigências metrológicas, destinadas a con-
servar os erros dentro de limites especificados

NOTA Considera-se o erro máximo admissível, expresso em porcentagem da amplitude da faixa nominal
do instrumento. Os erros de exatidão incluem linearidade, histerese e repetibilidade.

3.9
erro de histerese
diferença máxima entre as indicações crescentes e decrescentes, em qualquer ponto da escala,
em uma calibração (ver Figura 2)
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3.10
erro de repetibilidade
diferença máxima entre um número consecutivo de indicações para uma mesma pressão, em iguais
condições de operação, em um mesmo sentido de aplicação de pressão

3.11
erro devido à temperatura
erro de indicação causado pela diferença entre a temperatura ambiente e/ou a temperatura do fluido
e aquela na qual o manômetro foi calibrado

3.12
erro de linearidade
diferença máxima entre a curva obtida pela média das indicações crescentes e decrescentes, em uma
calibração, e a reta teórica do instrumento

3.13
temperatura de referência
temperatura para a calibração de manômetros digitais, definida em (20 ± 2) °C

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(% da faixa nominal)

Erro máximo admissível superior

100
Indicação do instrumento
Crescente
Decrescente Reta teórica do
Indicação do instrumento

instrumento

Histerese Erro máximo admissível inferior


Erro de zero

(% faixa nominal)
0 Pressão de entrada 100

Figura 2 – Curva de linearidade, erro de histerese e erro de zero

3.14
ajuste da amplitude de medição
conjunto de operações destinadas a aumentar ou diminuir a amplitude de medição, podendo o ajuste
ser efetuado por meio mecânico ou eletrônico.

NOTA Alguns instrumentos microprocessados podem desempenhar automaticamente essa função.

3.15
ajuste de um sistema de medição
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conjunto de operações efetuadas em um sistema de medição, de modo que ele forneça indicações
prescritas correspondentes a determinados valores de uma grandeza a ser medida

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 3.11]

3.16
ajuste de zero
ajuste de um sistema de medição, de modo que ele forneça uma indicação igual a zero, correspon-
dente a um valor igual a zero da grandeza a ser medida

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 3.12]

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3.17
calibração
operação que estabelece, em uma primeira etapa e sob condições especificadas, uma relação entre
os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com
as incertezas associadas; em uma segunda etapa, esta informação é utilizada para estabelecer uma
relação visando à obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 2.39]

3.18
algarismo significativo
algarismos a partir do primeiro algarismo não zero, à esquerda, até:

 a) o último algarismo (zero ou não zero) à direita, se existir uma vírgula

 b) o último algarismo não zero de um número, se não existir uma vírgula

Exemplos:

123 000 000 tem três algarismos significativos


230,0 tem quatro algarismos significativos
0,000 028 tem dois algarismos significativos
0,035 00 tem quatro algarismos significativos
0,04 tem um algarismo significativo

3.19
caixa
componente que suporta, protege e envolve a parte interna do instrumento

3.20
caixa selada
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caixa que é selada para proteção contra ambientes corrosivos

3.21
deriva instrumental (drift)
variação da indicação ao longo do tempo, contínua ou incremental, devida a variações nas proprie-
dades metrológicas de um instrumento de medição

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 4.21]

3.22
estabilidade do instrumento de medição
propriedade de um instrumento de medição segundo a qual este mantém as suas propriedades
metrológicas constantes ao longo do tempo

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 4.19]

3.23
tempo de aquecimento (warm-up time)
tempo necessário para atingir a exatidão declarada pelo fabricante, após ligado

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3.24
tempo de resposta
intervalo de tempo entre o instante em que um valor de entrada de um instrumento de medição ou
de um sistema de medição é submetido a uma variação brusca entre dois valores constantes espe-
cificados e o instante em que a indicação correspondente se mantém entre limites especificados em
torno do seu valor final em regime estável

3.25
elemento elástico
componente elástico do sistema sensor, o qual se movimenta em resposta a uma mudança de pressão

3.26
erro
diferença entre o valor medido de uma grandeza e um valor de referência

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 2.16]

3.27
erro de retorno a zero
erro apresentado quando a pressão no instrumento é totalmente aliviada, podendo ser expresso em
porcentagem da amplitude da faixa nominal

3.28
erro devido à posição de uso
mudança da indicação de pressão devido à posição de uso, diferente daquela da calibração

3.29
erro de fadiga
mudança na indicação da pressão que resulta de aplicações repetidas de ciclos de pressão, sendo
expressa como porcentagem da amplitude da faixa nominal, do número de ciclos e de valores mínimos
e máximos dos ciclos de pressão

3.30
interferência eletromagnética
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interferência externa gerada por equipamentos elétricos, como transformadores, rádios e transmis-
sores de TV, a qual interrompe ou interfere no funcionamento do manômetro digital

3.31
interferência por radiofrequência
interferência externa gerada por transmissão de rádio na faixa de frequência, em megahertz, que inter-
rompe ou interfere no funcionamento do manômetro digital

3.32
resolução
menor variação da grandeza medida, causando uma variação perceptível na indicação correspondente

[ABNT ISO/IEC GUIA 99:2014, definição 4.14]

3.33
condições ambientais
condições externas que envolvem o instrumento, incluindo intempéries, como temperatura, umidade
névoa salina, atmosfera corrosiva etc., as quais podem afetar a vida ou a exatidão do instrumento

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3.34
condições de serviço
condições internas inerentes ao processo. Incluem pulsações da pressão, vibrações, fluido corrosivo,
temperatura etc., que podem afetar a vida ou a exatidão do instrumento

3.35
pressão pulsante
pressão considerada não estável, porém de regularidade cíclica

3.36
pressão flutuante
pressão considerada não estável, porém sem regularidade cíclica

3.37
pressão de operação
pressão de trabalho do instrumento

3.38
pressão no início da escala
limite inferior da faixa nominal do instrumento

3.39
pressão de fundo de escala
limite superior da faixa nominal do instrumento

3.40
pressão de ruptura
pressão de rompimento do sensor de pressão

3.41
sobrepressão
pressão que ultrapassa o limite superior da faixa nominal do instrumento

NOTA Fica a critério do fabricante estabelecer e informar a máxima sobre pressão que o instrumento
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pode suportar sem a perda das características metrológicas

3.42
montagem
maneira pela qual o instrumento é fixado

3.43
montagem local
manômetro digital fixado diretamente no processo, pelo soquete

3.44
montagem em superfície
manômetro digital fixado em uma superfície plana, pela caixa ou por um suporte

3.45
montagem embutida
manômetro digital fixado em painel, ficando o mostrador aproximadamente no plano da superfície
do painel

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3.46
visor
componente transparente do invólucro que protege o indicador e permite a visualização da indicação

4 Classificação
4.1 Classificação pelas faixas de escala de pressão

Com o propósito de considerar um nível de classificação das pressões nos processos de trabalho
e deatender aos requisitos de segurança, os manômetros digitais são classificados em duas faixas
de pressão: baixa e alta (ver Tabela 1).

Tabela 1 – Classificação por faixa de pressão


Fluido Baixa pressão Alta pressão
Gás ≤ 2,5 MPa > 2,5 MPa
Líquido ≤ 6,0 MPa > 6,0 MPa

4.2 Classificação pela classe de exatidão

Há duas maneiras de expressar a classe de exatidão de um manômetro digital, sendo elas porcen-
tagem da amplitude da faixa nominal e porcentagem da indicação. São permitidos erros de indicação
em porcentagem da amplitude da faixa nominal e/ou em porcentagem da indicação.

As classes de exatidão e seus respectivos erros máximos admissíveis (em porcentagem da amplitude
da faixa nominal e da indicação) encontram-se definidos na Tabela 2.

Tabela 2 – Erros máximos admissíveis


Erro máximo admissível
Classe de exatidão Amplitude da faixa nominal Indicação
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% %
5A ± 0,05
4A ± 0,10
3A ± 0,25
2A ± 0,5
A ±1
B ±2
5AR ± 0,05
4AR ± 0,10
3AR ± 0,25
2AR ± 0,5
AR ±1
BR ±2

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+
Erro (%) Erro máximo positivo admissível (% da faixa nominal)

Erro máximo positivo admissível (% da indicação)

Erro máximo negativo admissível (% da indicação)

Faixa de exatidão
declarada
Erro máximo negativo admissível (% da faixa nominal)
_
0 (%) da faixa nominal 100

Figura 3 – Porcentagem da faixa nominal × Porcentagem da indicação

Exemplos para interpretação da Figura 3:

 a) manômetro digital com faixa nominal de 100 kPa e erro máximo admissível de 0,10 % da amplitude
da faixa nominal.

Erro máximo admissível em 100 kPa é 0,10 % × 100 = 0,10 kPa

Erro máximo admissível em 10 kPa é também 0,10 % × 100 = 0,10 kPa

 b) manômetro digital com faixa nominal de 100 kPa e erro máximo admissível de 0,10 % da indicação.

Erro máximo admissível em 100 kPa é 0,10 % × 100 = 0,10 kPa


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Erro máximo admissível em 10 kPa é 0,10 % × 10 = 0,01 kPa

Quando o erro de indicação, em porcentagem, for aplicado a um manômetro digital deve ser acom-
panhado pelos valores da faixa de medição dentro da qual se aplicam. Os valores da faixa de medição
são necessários, porque o erro máximo admissível se aproxima de zero, quando a pressão se apro-
xima de zero. Ver Figura 3.

5 Considerações gerais
5.1 Unidades de medida de pressão

As unidades de medida de pressão devem ser preferencialmente as do Sistema Internacional de


Unidades (SI).

5.2 Tipos de indicador digital (display)

São apresentados os tipos de medidores digitais descritos em 5.2.1 a 5.2.3.

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5.2.1 Cristal líquido – LCD

Ideal para ambiente onde as condições de luminosidade são boas. Pode ser equipado com retroilu-
minação (back light), quando utilizado em locais com baixa luminosidade.

5.2.2 Diodo emissor de luz – LED

Utilizado na maioria dos ambientes, exceto exposto diretamente à luz solar.

5.2.3 Vácuo fluorescente – VFD

Extremamente brilhante, pode ser utilizado diretamente na luz solar. Disponível nas cores verde e âmbar.

5.3 Tipos de transdutores

São listados em 5.3.1 a 5.3.6 os tipos mais frequentes de transdutores utilizados nos manômetros
digitais.

5.3.1 Piezorresistivo (strain gauge)

O princípio de operação baseia-se na mudança da resistência elétrica de um condutor ou semicon-


dutor, quando este é submetido a uma tensão mecânica.

5.3.2 Óptico

A luz é transmitida para um fotodiodo de medição, refletida, interrompida ou atenuada por um objeto,
que se movimenta quando varia a pressão.

5.3.3 Capacitivo

Opera segundo o princípio da mudança da distância ou área das placas paralelas condutivas, quando
varia a pressão.

5.3.4 Indutivo (variação de indutância ou LVDT)


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Dispositivo eletromecânico que produz uma saída elétrica convertida em unidade de pressão, propor-
cional ao deslocamento de um núcleo ferromagnético móvel.

5.3.5 Frequência de ressonância

Um ressonador mecânico detecta a pressão induzida por meio da mudança da frequência de oscilação.
Pode ser utilizado um sensor de força do tipo ressonador de uma haste ou tipo diapasão, com duas
hastes.

5.3.6 Efeito hall

Uma força eletromotriz resultante de um campo eletromagnético interage com a corrente elétrica.

5.4 Alimentação elétrica de entrada

Os tipos mais comuns de alimentação elétrica são:

 a) tensão contínua (VDC);

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 b) tensão alternada (VCA);

 c) bateria (interna VDC);

 d) solar.

5.5 Conexões ao processo

No soquete devem ser utilizadas roscas padronizadas conforme ABNT NBR 12912 e ABNT NBR 8133.

As designações das roscas das conexões estão indicadas na Tabela 3.

NOTA Outros tipos específicos de roscas, para certas aplicações, são aceitáveis.

Tabela 3 – Tipos de roscas


Roscas paralelas Roscas cônicas
(conforme ABNT NBR 8133) (conforme ABNT NBR 12912)
G 1/8 B 1/8-27 NPT
G 1/4 B 1/4-18 NPT
G 1/2 B 1/2-14 NPT

6 Requisitos para exatidão


6.1 Não linearidade

Os principais métodos para obtenção da linearidade (erro de linearidade – ver 3.12) estão indicados
em 6.1.1 a 6.1.3.

6.1.1 Não linearidade independente – Método dos mínimos quadrados (best fit straight line)
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A não linearidade independente é determinada por uma linha reta, ao longo da curva de calibração
de modo a minimizar o erro máximo. Não é necessário que esta seja horizontal ou passe pelos pontos
extremos da curva de calibração.

6.1.2 Não linearidade baseada nos extremos

A não linearidade baseada nos extremos é determinada por uma linha reta, de forma que ela coincida
com os pontos extremos da curva de calibração.

6.1.3 Não linearidade baseada no zero

A não linearidade baseada em zero é determinada por uma linha reta, de forma que ela coincida com
o ponto zero da curva de calibração e minimize o erro máximo.

6.2 Histerese

O erro de histerese nos manômetros digitais não pode exceder o erro máximo admissível da classe
de exatidão, na temperatura de referência de 20 °C.

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Para exemplificar o descrito acima, o erro máximo admissível para um manômetro digital com amplitude
de faixa nominal de 10 MPa e classe de exatidão A é 1 % (Tabela 2), ou seja, a diferença entre
as indicações crescente e decrescente não pode exceder 0,1 MPa (1 % de 10 MPa).

6.3 Resolução

A resolução deve ser menor que o erro máximo admissível.

A resolução corresponde ao valor de divisão, uma vez que a indicação não varie mais que um valor
de divisão quando o manômetro digital estiver sem aplicação de pressão.

Quando o manômetro digital estiver sem aplicação de pressão e a indicação variar mais do que o valor
de divisão, a resolução é considerada a amplitude da variação.

6.4 Temperatura

Os erros podem ocorrer quando o manômetro digital é exposto a uma temperatura ambiente diferente
da temperatura de calibração. O valor deste erro deve ser expresso em porcentagem da faixa nominal
por graus Celsius ou porcentagem da indicação por graus Celsius. Os efeitos de temperatura no início
e no final da escala podem ser expressos separadamente.

6.5 Compensação da temperatura ambiente

Se o manômetro digital possuir um sistema de compensação de temperatura, a amplitude da faixa


compensada deve ser especificada.

6.6 Estabilidade do instrumento


Erros devido à estabilidade temporal podem ocorrer ao longo do tempo. Estes devem ser expressos
em porcentagem da faixa nominal ou da indicação, por um período de tempo especificado.

6.7 Ajuste de zero


Ver 3.15.
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São utilizados dois métodos básicos de ajuste, que podem afetar a exatidão:

 a) ajuste manual: a faixa inteira do instrumento é deslocada para cima ou para baixo em uma relação
direta (sem afetar a amplitude da faixa nominal), permitindo que o usuário reposicione o ponto
zero. Deve-se ter cuidado com este método, pois um posicionamento incorreto do zero pode
causar indicações incorretas em toda a faixa nominal;

 b) ajuste automático: comumente chamado de “autozero”, essa característica é normalmente


incorporada ao software do instrumento e, portanto, não ajustável pelo usuário. O instrumento é
forçado a indicar o zero tão logo a pressão de entrada caia abaixo de um valor predeterminado.
Pressões próximas de zero podem ser distorcidas ou não indicadas.

6.8 Outros fatores


Podem ser consideradas também a posição, a vibração e a aceleração, entre outros.

6.8.1 Limites de temperatura de serviço

A faixa de temperatura ambiente e do fluido do processo que o instrumento deve suportar, sem perdas
de suas características construtivas, deve ser definida pelo fabricante e informada ao cliente.

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6.8.2 Limites de temperatura de armazenamento

A faixa de temperatura que instrumento deve suportar, sem perdas de suas características constru-
tivas, deve ser definida pelo fabricante e informada ao cliente.

6.8.3 Grau de proteção do invólucro contra água e partículas externas

O grau de proteção deve ser conforme ABNT NBR IEC 60529 e o grau mínimo deve ser de acordo
com a aplicação do instrumento.

7 Informações no instrumento
 a) se o manômetro digital atender aos requisitos de exatidão somente para utilização em um dos
fluidos, gás ou líquido, então isto deve constar na caixa do instrumento;

 b) o nome ou logotipo do fabricante e/ou cliente deve constar na caixa do instrumento;

 c) manômetros digitais com requisitos específicos devem estar marcados conforme especificado
em 7.1;

 d) recomenda-se que a classe de exatidão conste na caixa do instrumento;

 e) recomenda-se que o número de série seja gravado nos manômetros digitais.

7.1 Manômetros digitais para uso específico


Os manômetros digitais para uso específico devem possuir uma marcação ou informação adequada
no instrumento.

7.2 Manômetros digitais para uso em oxigênio


As partes molhadas dos manômetros digitais devem estar livres de óleo e graxa. Apenas lubrificantes
adequados ao uso com oxigênio na máxima pressão de trabalho podem ser utilizados. O manômetro
digital deve ser claramente marcado com o texto “NÃO USE ÓLEO”, em vermelho, ou o símbolo
internacional para esse tipo de aplicação, conforme Figura 4.
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Figura 4 – Símbolo (ISO 7000)

O usuário deve tomar as precauções necessárias para que o nível de limpeza das partes molhadas
seja mantido após o instrumento ser removido de sua embalagem, para a instalação.

7.3 Manômetros digitais para uso em área classificada


As partes elétricas e eletrônicas de um manômetro digital podem ser capazes de produzir um nível
de energia suficiente para provocar uma ignição. Essa pode ser uma fonte de explosão quando
houver combustíveis e oxidantes presentes. Portanto, o usuário deve selecionar o manômetro digital
adequado para uso em uma área classificada. Ver ABNT NBR IEC 60079-0.

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8 Ensaio
8.1 Vibrações mecânicas

Este ensaio determina o efeito da exposição do medidor digital durante 6 h de vibração, estando o
manômetro previamente calibrado.

Os ensaios devem ser efetuados separadamente segundo três eixos ortogonais. O ensaio segundo
o eixo subsequente só deve ser realizado após a completa finalização do eixo anterior. O instrumento
deve estar seguramente fixado na mesa de vibração. No caso de medidor digital para superfície
ou para montagem embutida, o painel deve estar suficientemente rígido, assegurando-se que
a movimentação do conjunto seja a mesma da plataforma da mesa de vibração. Durante o ensaio,
o manômetro deve estar pressurizado com (50 ± 5) % da faixa nominal.

8.2 Ensaio exploratório de vibração


Para determinar a presença de ressonâncias, o manômetro deve ser submetido a vibrações de 5 Hz
a 60 Hz e amplitude pico a pico, conforme Tabela 4. O incremento de frequência deve ser feito
em intervalos discretos de 1 Hz e mantido em cada frequência por 15 s. As frequências e as localizações
nas quais as ressonâncias ocorrem devem ser registradas.

Tabela 4 – Amplitudes do ensaio de vibração


Vibração (pico a pico)
Faixa de frequência
Hz Amplitude
mm
5 a 15 1,5 ± 0,3
16 a 25 1,0 ± 0,2
26 a 33 0,5 ± 0,1
34 a 40 0,25 ± 0,05
41 a 60 0,130 ± 0,025

8.3 Ensaio de resistência


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O manômetro deve ser ensaiado por um período de 2 h em cada eixo, à frequência de ressonância.
No caso de existir mais do que uma frequência de ressonância, o ensaio deve ser conduzido na maior
delas. Se não for observada qualquer frequência de ressonância, o ensaio deve ser conduzido a uma
amplitude de duas vezes (0,130 ± 0,025) mm, a 60 Hz.

Após o ensaio, deve-se calibrar novamente o instrumento e comparar os resultados com os valores
obtidos antes da aplicação do ensaio. A diferença entre as duas calibrações deve ser expressa em
porcentagem da faixa nominal.

9 Calibração
9.1 Padrões

Os padrões utilizados nas calibrações são selecionados de acordo com a classe de exatidão do
instrumento a ser calibrado. Podem ser utilizados, por exemplo, balança de pressão ou manômetro de
referência (padrão).

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9.2 Manômetro de referência

Manômetro-padrão designado para a calibração de manômetros digitais.

Os seguintes requisitos, para manômetro de referência, devem ser considerados para a sua utilização:

 a) a resolução do padrão deve ser no mínimo quatro vezes superior à resolução do manômetro
digital em calibração (ver resolução em 6.3);

 b) o manômetro de referência deve constar a classe de exatidão;

 c) a faixa nominal deve ser de 1,3 a 1,6 vez a faixa nominal do manômetro digital em calibração,
no caso de manômetro analógico;

 d) o manômetro de referência não pode possuir batente de ponteiro, no caso de manômetro
analógico;

 e) o manômetro de referência deve possuir recursos que minimizem os erros de paralaxe, no caso
de manômetro analógico;

 f) a largura da extremidade do ponteiro não pode ser maior que a largura das marcas da escala,
no caso de manômetro analógico.

9.3 Considerações iniciais

9.3.1 A frequência de calibração de um instrumento depende, entre outros fatores, da frequência


de utilização, cuidado no manuseio e conservação das características metrológicas.

9.3.2 A temperatura de (20 ± 2) °C é considerada adequada e serve de referência para todos os pro-
cedimentos de calibração dos manômetros digitais. Devem ser evitadas oscilações de temperaturas
superiores a 1 ºC durante a calibração.

9.3.3 A quantidade mínima de pontos para a calibração está descrita na Tabela 5. Esses pontos
devem ser distribuídos sobre toda a faixa nominal do manômetro a ser calibrado. O número de ciclos
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de calibração deve ser no mínimo dois.

Tabela 5 – Quantidade mínima de pontos


Quantidade mínima
Classe
de pontos
5A, 4A, 3A, 2A
10
5AR, 4AR, 3AR, 2AR
A, B
5
AR, BR

9.4 Exemplo de método de calibração

9.4.1 Aplicar pressão (manômetro) ou vácuo (vacuômetro) máximos no instrumento e permanecer


nessa condição até que se perceba a estanqueidade do sistema.

NOTA No caso de manovacuômetro, a solicitação pode ser nos dois limites da faixa de indicação do
instrumento.

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9.4.2 Aliviar totalmente a pressão (manômetro) ou vácuo (vacuômetro).

9.4.3 Iniciar a calibração com aplicação crescente (carregamento) de pressão ou vácuo, nos pontos
previamente determinados, até que o instrumento sobcalibração atinja esses valores. Registrar as
indicações correspondentes do padrão.

9.4.4 Aliviar continuamente (descarregamento) a pressão ou vácuo, efetuando a calibração nos


mesmos pontos definidos no carregamento. Caso dois pontos predeterminados sejam ultrapassados,
iniciar novamente essa parte do ciclo.

9.4.5 Repetir o descrito em 9.3.3 até 9.3.4, no mínimo uma vez.

10 Limpeza
10.1 Geral

Os requisitos específicos são descritos quanto à limpeza dos manômetros digitais para os usuários
e diretrizes para os fabricantes atenderem a estes requisitos.

Se a limpeza do manômetro for importante para a aplicação em uso, envolvendo processamento de


alimentos, apoio à vida ou fluidos oxidantes, o usuário deve especificar o nível de limpeza apropriado,
conforme descrito na Tabela 6.

Se os requisitos de limpeza não estiverem descritos na Tabela 6, o usuário deve informar ao fabricante
quais são os critérios para a limpeza do manômetro.

O nível de limpeza é determinado pelo tamanho e quantidade máxima dos contaminantes sólidos nas
partes molhadas ou pela quantidade de contaminantes (hidrocarbonetos) encontrados nos fluidos
utilizados para a lavagem e/ou limpeza dessas superfícies (ver Tabela 6).

10.2 Inspeção

A concentração de hidrocarbonetos pode ser determinada por métodos como espectrofotometria de


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infravermelho ou radiação de luz negra (ultravioleta) de ondas longas de aproximadamente 3 600 A


ou 360 nm, pela avaliação do solvente utilizado na lavagem das partes molhadas.

Quando for utilizado método de radiação de luz negra, o fabricante deve assegurar que o solvente
empregado dissolva todos os hidrocarbonetos presentes e que todos os hidrocarbonetos sejam
detectáveis e fluorescentes à luz negra.

As partículas e fibras retidas no filtro de papel, pelo qual o solvente utilizado atravessou, sejam normal-
mente medidas, por exemplo, em um microscópio.

10.3 Embalagem

Os manômetros digitais devem ser embalados de tal maneira que os requisitos de limpeza sejam
preservados.

O usuário deve tomar precauções para que o nível de limpeza seja preservado no soquete e no
elemento sensor do manômetro, após este ser retirado da embalagem, para a instalação.

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Tabela 6 – Nível de limpeza


Tamanho e quantidades admissíveis
Partículas Fibras Hidrocarbonetos
Nível de Requisitos gerais de
máximob
limpeza limpeza Tamanho Quantidade Tamanho Quantidade
ppm
µm máxima a µm máxima a
Condição normal de lim-
Sem
I peza obtida por práticas Sem limites Sem limites Sem limites Sem limites
limites
de alto padrão
O manômetro deve es-
tar visualmente c livre < 100 Sem limites < 700 Sem limites
de umidade e partículas
estranhas detectáveis
(cavaco, escória de solda, 100 até 500 25 700 até 10
IV óleo de corte, graxa, 1 000 50
óleo ou outros contami-
nantes) que podem ser
prejudiciais ao bom fun-
cionamento mecânico do > 500 0 > 1 000 0
manômetro
a Quantidade = Número obtido por lavagem com solvente.
b ppm por lavagem com solvente (aproximadamente o volume contido na superfície molhada).
c Excluindo os procedimentos de detecção de partículas, fibras e hidrocarbonetos.

11 Designação
Manômetro digital ABNT NBR 14105-2 G1/2B 0/160 kPa 2A IV

Descrição

Norma

Conexão ao processo

Faixa nominal
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(Sem sinais de mais e menos)

Classe de exatidão

Nível de limpeza

NOTA Exemplo de faixa nominal para manovacuômetros e vacuômetros sem sinal: 1/0,6; 0,6/0.

12 Seleção e instalação
12.1 Introdução

Manômetros digitais são equipamentos utilizados para a medição da pressão, implicando:

 a) a seleção do instrumento adequado às condições de uso;

 b) a consideração de certas regras e precauções relativas ao armazenamento, instalação, segurança


em relação às condições de serviço e manutenção.

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12.2 Segurança

12.2.1 Materiais

Os elementos sensores dos manômetros digitais podem ser fabricados a partir de diversos materiais.
Por isso é necessário escolher, entre todos esses materiais, o mais adequado ao tipo do fluido do
processo e a pressão deste. O usuário deve informar ao fabricante todos os dados referentes aos
materiais que são compatíveis com o fluido de processo em relação às condições específicas da
medição.

Se não houver material compatível, é necessário incluir um dispositivo de selagem, como, por exemplo,
um selo tipo diafragma entre o fluido do processo e o manômetro digital.

O enchimento do sistema selo diafragma/manômetro digital deve sempre ser efetuado pelo fabricante
e não pode ser separado.

12.2.2 Outras especificações

O fabricante deve ser consultado quando a aplicação do manômetro digital envolver pressões
pulsantes, vibrações, temperaturas extremas, choques mecânicos, sólidos em suspensão, fluidos
do processo viscoso ou quimicamente agressivo, ambiente agressivo ou necessitar de correção da
pressão de coluna de líquido.

12.3 Transporte

Considerando-se o meio de transporte, os manômetros digitais devem ser embalados de maneira


a preservar as suas propriedades de medição, prevenir danos físicos e manter a classe de exatidão
dentro dos limites dos erros admissíveis.

12.4 Armazenamento antes da instalação

Os manômetros digitais devem ser armazenados em locais secos, limpos, com temperatura entre
– 40 °C a + 70 °C, e protegidos contra choques mecânicos.
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12.5 Instalação

12.5.1 Geral

O usuário deve assegurar que o manômetro digital a ser utilizado seja adequadamente selecionado
quanto ao tipo construtivo e à faixa nominal.

Se necessário, pode ser instalada uma válvula de isolação para facilitar a remoção dos manômetros
digitais para manutenção.

A conexão da pressão deve ser estanque:

 a) manômetros digitais com roscas cilíndricas: a vedação da pressão é feita por um anel de vedação
sobre a face de vedação da rosca. O anel de vedação deve ser de material compatível com o
fluido do processo;

 b) manômetros digitais com roscas cônicas: a vedação é normalmente feita nos filetes da rosca,
mas é comum o uso de outros materiais de junção na rosca externa antes da montagem.
Os materiais de junção devem ser compatíveis com o fluido do processo;

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 c) manômetros digitais com diafragma e flange de conexão devem ser conectados conforme reco-
mendações das normas de flanges;

 d) os manômetros digitais com montagem direta devem ser fixados ao processo por meio de ferra-
menta apropriada, na parte plana do soquete.

O manômetro digital não pode ser fixado ao processo, aplicando-se torque no invólucro, pois isso
pode causar danos ao instrumento.

Ao aplicar a primeira pressão, deve-se observar se não existem vazamentos.

12.5.2 Condições especiais

12.5.2.1 Vibração

Quando o suporte do manômetro digital estiver sujeito a vibrações excessivas, o manômetro digital
deve ser montado remotamente e conectado através de tubos flexíveis, com a flexibilidade adequada
à aplicação.

12.5.2.2 Pressão pulsante

Pressões pulsantes geralmente são encontradas em sistemas com bombas de pressão. Elas são
responsáveis por considerada redução da vida útil do elemento sensor dos manômetros digitais.
Nesse caso, pode-se, por exemplo, interpor um amortecedor de pulsação entre a fonte de pressão
e o elemento sensor para minimizar essa situação.

12.5.2.3 Sobrepressão

Qualquer sobrepressão cria um estresse do elemento sensor, reduzindo sua vida útil e exatidão.
Esta pode ser bloqueada, instalando-se um sistema de proteção contra sobrepressões.

12.5.2.4 Temperatura do fluido do processo

Para proteger o manômetro digital da temperatura elevada do fluido do processo, pode-se utilizar um
tubo sifão ou um dispositivo similar para assegurar que somente o fluido condensado entre em contato
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com o elemento sensor do manômetro digital. O tubo sifão ou dispositivo similar deve sempre ser
instalado próximo ao manômetro digital, ser preenchido com fluido condensado antes da instalação
e pressurizado para evitar que o fluido quente atinja o manômetro digital na primeira medição.

O fluido dentro ou em contato com o elemento sensor do manômetro digital não pode se congelar ou
se cristalizar.

Quando a temperatura do fluido não puder ser modificada, usualmente é utilizado um selo tipo
diafragma entre o fluido do processo e o manômetro digital. Esse selo tipo diafragma deve possuir um
líquido de transmissão capaz de suportar a temperatura do fluido do processo.

12.5.3 Limpeza

Algumas aplicações requerem manômetros digitais com um grau de limpeza especial. Nessas apli-
cações, o usuário deve assegurar que o instrumento esteja corretamente especificado e instalado,
por exemplo, serviço isento de óleo e graxa para uso em oxigênio.

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12.5.4 Pressão da coluna de líquido

O instalador deve estar ciente da pressão da coluna de líquido que pode agir sobre o manômetro
digital. Este deve ser ajustado levando em consideração a pressão da coluna de líquido, e o ajuste
deve ser claramente identificado.

12.5.5 Manutenção

A segurança geral de uma instalação depende, muitas vezes, das condições de operação do manô-
metro digital. É essencial que a pressão indicada pelo manômetro digital seja confiável. Deste modo,
qualquer manômetro digital que apresentar uma indicação duvidosa deve ser imediatamente removido,
comprovada a classe de exatidão e calibrado novamente, se necessário.

A confirmação da classe de exatidão do manômetro digital deve ser feita regularmente.

A comprovação da classe de exatidão e a calibração do manômetro digital devem ser efetuadas


por pessoal competente, utilizando padrões adequados.
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Bibliografia

[1]  ASME B40.100, Pressure Gauges and Gauge Attachments

[2]  ABNT NBR ISO 3, Números preferenciais – Séries de números preferenciais

[3]  ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e
calibração
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