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AlfaCon Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Crimes Contra a Administração Pública���������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em Geral��������������������������������������������������2
Peculato��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Peculato Mediante Erro de Outrem����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento�������������������������������������������������������������������������������4
Emprego Irregular de Verbas ou Rendas Públicas����������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Crimes Contra a Administração Pública


O conceito abordado dentro do título XI do CP (crimes contra a Administração Pública) leva em
conta a natureza jurídica da Administração, vale dizer, considera-se Administração Pública todo
ente com personalidade jurídica (pública ou provada) que exerça uma função pública. Por isso, há
possibilidade de pessoas físicas, quando exercem uma função pública, de serem penalidades pelos
chamados crimes funcionais (ex.: jurado ou mesário).
Assim, podem-se dividir os crimes praticados contra a Administração Pública em quatro capítulos:
→→ Crimes praticados por funcionários públicos contra a Administração em geral;
→→ Crimes praticados por particulares contra a Administração em geral;
→→ Crimes praticados contra a Administração Pública estrangeira;
→→ Crimes contra a Justiça.
Crimes cometidos contra a Administração Pública afetam sempre a probidade administrativa,
portanto, será aplicada a Lei de Improbidade sempre que houver cometimento de um dos crimes
em comento. Por fim, vale ressaltar que os crimes contra a Administração Pública não toleram, em
regra, o princípio da insignificância (Súmula 599, STJ). No entanto, já existe precedente no STJ de
que se pode aplicar o princípio da bagatela quando houver inexpressividade jurídica da lesão.

Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração


em Geral
O conceito de funcionário público está pautado no Art. 327 do CP:
Art. 327 – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora TRANSITORIAMEN-
TE ou SEM REMUNERAÇÃO, exerce CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA.
§ 1º – Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em ENTIDADE PA-
RAESTATAL, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço CONTRATADA OU CONVENIA-
DA para a execução de atividade típica da Administração Pública.
§ 2º – A pena será aumentada da TERÇA PARTE quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo
forem ocupantes de CARGOS EM COMISSÃO OU DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO OU ASSESSORAMEN-
TO de órgão da Administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação insti-
tuída pelo poder público.
ATENÇÃO! Percebe-se que o texto de lei não inclui a Autarquia! Logo, não se pode aplicar!
Como os crimes aqui cometidos decorrem da função, é comum serem chamados de crimes fun-
cionais. Assim, questiona-se de o particular poderia ser sujeito ativo desse tipo de crime. Ora, se o
particular, em conjunto com o funcionário público, se conhecer a condição deste, poderá ser respon-
sabilizado conjuntamente com o servidor sem nenhum problema.
Assim, são espécies de crimes funcionais:
→→ Próprio ou puros: é aquele crime em que necessariamente deverá ser praticado por funcionário
público, sendo que, se faltar essa qualidade, haverá atipicidade absoluta (ex.: prevaricação).
→→ Impróprio ou impuros: são crimes que, desaparecendo a qualidade de servidor, desaparece
também o crime funcional, mas ainda será a conduta tipificada como crime, havendo atipicidade
relativa (ex.: peculato furto).
Logo, agora é o momento de se trabalhar os crimes funcionais.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Peculato
Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
São duas as condutas previstas no caput, de acordo com a doutrina:
→→ Peculato apropriação (caput, 1ª parte): significa tornar, como propriedade sua, bem móvel de
que tem a posse;
→→ Peculato desvio (caput, 2ª parte): alterar o destino ou desviar bem móvel de que tem a posse.
ATENÇÃO! As condutas previstas no caput (peculato apropriação e peculato desvio) são formas
PRÓPRIAS de peculato!

ATIVO Funcionário público.


SUJEITOS DO CRIME
PASSIVO Estado (1º) e a repartição (2º).

BEM JURÍDICO
Moralidade pública e bens públicos ou acautelados pela Administração Pública.
TUTELADO

CLASSIFICAÇÃO DO
Crime próprio e material.
CRIME

CONDUTA Apropriar-se ou desviar bem de que tem posse o funcionário público, em proveito próprio ou alheio.

ELEMENTO SUBJE-
Dolo ou culpa (§ 2º).
TIVO

Consuma-se com a inversão do ônus da posse (apropriação) ou com a alteração do destino do bem.
CONSUMAÇÃO E
No peculato furto (§ 1º), haverá consumação quando o agente apreende a coisa e torna sua. Admite a
TENTATIVA
tentativa.

AÇÃO PENAL Pública incondicionada.

PECULATO IMPRÓPRIO (PECULATO FURTO)


§ 1º – Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, VALENDO-SE DE
FACILIDADE que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
PECULATO CULPOSO
§ 2º – Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E REDUÇÃO DA PENA
§ 3º – No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se PRECEDE à sentença irrecorrível,
EXTINGUE A PUNIBILIDADE; se lhe é POSTERIOR, reduz de METADE a pena imposta.

Peculato Mediante Erro de Outrem


Art. 313 – APROPRIAR-SE de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, RECEBEU
POR ERRO DE OUTREM:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Trata-se de figura análoga ao crime de apropriação de coisa havida por erro. Neste caso, o fun-
cionário público, percebendo o erro de terceiro, não o desfaz, apropriando-se de coisa recebida. Vale
lembrar que o ERRO DEVE SER ESPONTÂNEO, sendo que o erro provocado pelo funcionário
público pode ensejar o crime de estelionato. Esse crime admite a tentativa.

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Modificação Ou Alteração Não Autorizada De Sistema De


Inserção De Dados Falsos Em Sistema De Informações Informações
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o FUNCIONÁRIO AUTORIZA- Art. 313-B. Modificar ou alterar, o FUNCIONÁRIO, sistema
DO, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente de informações ou programa de informática sem autorização ou
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da solicitação de autoridade competente:
Administração Pública COM O FIM de obter vantagem indevida Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
para si ou para outrem ou para causar dano: Parágrafo único. As penas são aumentadas de UM TERÇO até
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. a METADE se da modificação ou alteração resulta dano para a
Administração Pública ou para o administrado.
Funcionário QUALQUER;
Funcionário AUTORIZADO;
Modificação ou alteração de dados;
Inserção, alteração ou exclusão de dados;
Aumento de UM TERÇO A METADE se resultar dano para
Finalidade de obter vantagem ou causar dano (dolo específico).
a Administração Pública.

Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento


Art. 314 – Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá
-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato NÃO CONSTITUI CRIME MAIS GRAVE.

Emprego Irregular de Verbas ou Rendas Públicas


Art. 315 – Dar às verbas ou rendas públicas APLICAÇÃO DIVERSA da estabelecida EM LEI:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Esse crime se diferencia do peculato desvio, no que tange ao tipo de aplicação. No peculato
desvio, o agente desvia o valor em proveito próprio ou alheio. Já no emprego irregular de verbas
públicas, a destinação dada ao valor é apenas diversa daquela prevista em lei, não havendo, neste
caso, proveito para o agente.

ATIVO Funcionário público com poder de Administração.


SUJEITOS DO CRIME
PASSIVO Estado (1º) e a repartição (2º).

BEM JURÍDICO
Moralidade pública e bens públicos ou acautelados pela Administração Pública.
TUTELADO

CLASSIFICAÇÃO DO
Crime próprio e material.
CRIME

CONDUTA Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei.

ELEMENTO SUBJE-
Dolo.
TIVO

CONSUMAÇÃO E Consuma-se com a efetiva aplicação irregular das verbas públicas. A simples destinação, sem aplica-
TENTATIVA ção, comporta a tentativa.

AÇÃO PENAL Pública incondicionada.

Exercícios
01. O funcionário público que, embora não tendo a posse em razão do cargo de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular, o subtrai, ou concorre para que seja subtraí-
do, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário, comete crime de:
a) concussão.
b) peculato.
c) furto.
d) roubo.
e) apropriação indébita.
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02. O crime de peculato não é previsto na modalidade culposa.


Certo ( ) Errado ( )
03. O objeto material do crime de “extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento”
é o livro oficial ou qualquer documento público ou privado. Essa documentação pode ser de
qualquer natureza, tais como de valor histórico, contábil, patrimonial, registral e protocolar.
Certo ( ) Errado ( )
04. Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei
a) é crime contra a Administração Pública, estabelecido no Art. 315 do Código Penal.
b) é crime de abuso de autoridade, estabelecido no Art. 3° da Lei n° 4.898/65.
c) é crime contra a ordem tributária, estabelecido no Art. 1° da Lei n°8.137/90.
d) embora não seja crime, sujeita o agente a perda do mandato, nos termos da Lei n° 8.429/92
e) embora não seja crime, sujeita o agente a ação de improbidade administrativa, nos termos
da Lei n° 8.429/92.
Gabarito
01 - B
02 - Errado
03 - Certo
04 - A

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