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STO.

TOMÁS DE AQUINO

COMPÊNDIO DE TEOLOGIA (1260)

Dados de Catalogação na Publicação (CIP) Internacional


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Seleção de textos / Sto. Tomás de Aquino, Dante Alighieri ; tradu -
ção Luiz João Baraúna... [et al.]. — São Paulo : Nova Cultural,
1988- (os pensadores)(Os pensadores)
Inclui vida e obra de Santo Tomás de Aquino e Dante Alighieri. Bibliografia.
1. Filosofia medieval 2. Itália - Política e governo - 476-12681. Tomás de
Aquino, Santo, 12257-1274. II. Dante Alighieri, 1265-1321. III. Série.
CDD-189
88-0490 -320.94504
Índices para catálogo sistemático:
1. Filosofia medieval ocidental 189
2. Filósofos medievais 189
3. Século 12 : Itália : Política 320.94504
CAPÍTULO OITENTA E UM — O intelecto possível no homem recebe as formas inteligíveis das
coisas sensíveis

141. Uma vez que, conforme explanado no capítulo LXXVIII. quanto mais elevada for
uma substância intelectual, tanto mais universais são as suas formas inteligíveis, segue-se que a
inteligência humana que denominamos "possível" tem dentre as demais substâncias intelectuais as
formas menos universais, decorrendo dali que recebe as formas inteligíveis a partir das coisas
sensíveis.
142. Isto aparece também de outra consideração. É preciso que a forma seja adequada ao
objeto a ser apreendido. Ora, como o intelecto possível do homem é dentre todas as substâncias
intelectuais a mais próxima à matéria corporal, é necessário que as duas formas inteligíveis sejam
as mais próximas possíveis das coisas materiais.

CAPÍTULO OITENTA E DOIS — O homem precisa das potências sensitivas para compreender

143. Cumpre ter presente que as formas existentes nas coisas corpóreas são particulares e
materiais. No intelecto, entretanto, tais formas são universais e imateriais, o que é comprovado
pelo modo de operar da inteligência. Com efeito, compreendemos de modo universal e imaterial.
Ora, é necessário que o modo de compreender corresponda às imagens inteligíveis (species
intelligibiles) através das quais opera a inteligência. É necessário, por conseguinte, já que é
impossível ir de um extremo ao outro sem passar pelo meio, que as formas inteligíveis
provenientes dos seres corpóreos cheguem ao intelecto através de alguns meios. Tais são
precisamente as potências sensitivas, as quais recebem as formas das coisas materiais, porém já
isentas de matéria: no olho aparece a imagem da pedra, mas não a sua matéria, porém nas
potências sensitivas as formas das coisas são recebidas de maneira particular (não universal), pois
pelas potências sensitivas só podemos conhecer coisas particulares. Por isso é necessário que o
homem, para poder compreender, esteja dotado também de sentidos.
A prova disto está em que aquele a quem falta um dos sentidos, falta-lhe igualmente a
ciência das coisas sensíveis abarcadas pelo respectivo sentido, assim como o cego de nascimento
não pode ter o conhecimento das cores.

CAPÍTULO OITENTA E TRÊS — É necessária a existência de um intelecto agente

144. Daqui se infere que a ciência das coisas em nossa inteligência não é causada pela
participação ou influência de certas formas inteligíveis subsistentes em si mesmas, segundo
afirmaram alguns filósofos platônicos, mas o intelecto adquire a ciência a partir das coisas
sensíveis, através dos sentidos. Contudo, como nas potências sensitivas as formas das coisas são
particulares, conforme expusemos acima (no capítulo LXXXII). as coisas não são inteligíveis em
ato mas apenas em potência. Pois o intelecto só compreende universais. Ora, o que está só em
potência só pode passar ao ato mediante algum agente. E indispensável, por consequência, algum
agente que torne inteligíveis em ato as "imagens" recebidas nas potências sensitivas. Isto não pode
ser feito pelo chamado intelecto possível, pois este é mais potência em relação às coisas inteligíveis
do que causador de intelecção. É preciso, portanto, postular um outro intelecto, que faça com
que as imagens inteligíveis em potência sejam inteligíveis em ato, assim como a luz faz com que
as cores visíveis em potência se tornem visíveis em ato. É o que chamamos de intelecto agente, o
qual seria ocioso postular, se as formas das coisas fossem inteligíveis em ato, como afirmaram os
filósofos platônicos.
145. Portanto, para podermos compreender, é-nos necessário antes de tudo o intelecto
possível, que recebe as imagens das coisas inteligíveis. Em seguida, requer-se o intelecto agente,
que faz as coisas tornarem-se inteligíveis em ato.
Uma vez que o intelecto possível foi atingido pelas imagens inteligíveis, denomina-se
intelecto habitual, já que possui as imagens inteligíveis de modo tal, que pode dispor delas quando
quiser, mediante certo processo situado entre a pura potência e o ato completo. Quando tiver as
mencionadas imagens em ato completo, chama-se intelecto em ato. Destarte, compreende as coisas
em ato quando a imagem da coisa se tornar forma do intelecto possível. Eis por que se diz
que o intelecto em ato é aquilo que é compreendido em ato.

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