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GESTÃO
DA
PRODUÇÃO I
CURSO: LOGÍSTICA
DISCIPLINA: GESTÃO DA PRODUÇÃO I
SEMESTRE: PRIMEIRO
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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO – CEUNSP
PROGRAMA DA DISCIPLINA
A) Ementa
B) Objetivo
C) Metodologia
D) Bibliografia
SLACK, Nigel. Administração da Produção (Edição compacta). São Paulo: Editora Atlas, 2002. 6.658.5 S631a
CORREA, Henrique Luiz. Administração e Produção e Operações. São Paulo: Atlas, 2006. 6.658.5 C823a
MARTINS, Petrônio G. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2005. 6.658.5 M379a
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
6.658.5
MAYER, Raymond R.. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1992. M468a
6.658.78
BOWERSOX, Donald J. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 2001. B786l
6.658.78
SEVERO FILHO, João. Administração de Logística Integrada. São Paulo: E-papers, 2006. S498a
E) Prova
- PSO _ Prova valendo 10 pontos, onde constará toda a matéria do primeiro e segundo bimestres.
- PO3 _ Prova valendo 10 pontos, onde constará toda a matéria do primeiro e segundo bimestres.
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INTRODUÇÃO:
A FUNÇÃO ALMOXARIFADO
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- Força estática: Habilidade de exercer força muscular para levantar, empurrar, puxar ou carregar
objetos.
2- Conhecimentos Necessários
Devem conhecer as mercadorias com que trabalham, como armazenar e o sistema de
inventários usado no almoxarifado ou depósito. Saber dirigir uma empilhadeira e saber usar carrinhos
de transporte manuais também é necessário.
3- Qualidades Pessoais
- Organizado: Manter sempre em constante ordem os estoques e identificar os mesmos com
exatidão numa adversidade de material
- Confiabilidade: Ser confiável, responsável e cumpridor de seus deveres.
- Atenção a detalhe: Ser cuidadoso com detalhes e completo ao executar seu trabalho. Saber
trabalhar com precisão, detalhista ao registrar entradas e saídas de mercadorias em estoque.
- Cooperação: Ser agradável e prestativo com outras pessoas.
- Preocupação com outras pessoas: Ter sensibilidade as necessidades de outras pessoas e ajudá-
las quando necessário.
- Auto controle: Controlar emoções e evitar comportamento agressivo mesmo em situações difíceis.
Ao lidar com clientes saber ser profissional e ter maturidade para saber lidar com clientes que
algumas vezes ficam zangados. Saber ser calmo e não tomar o assunto como pessoal.
- Integridade: Ser honesto e ético.
- Persistência: Ser persistente em face de obstáculos.
- Iniciativa: Aceitar responsabilidades e desafios.
- Orientação social: Preferir trabalhar com outros do que sozinho.
4- Requisitos Físicos
Necessita ser razoavelmente forte, pois o trabalho requer muitas tarefas de levantar
materiais.
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Simplificando isto tudo, logística significa abastecer os clientes, sejam aqueles externos ou
internos à nossa organização. E é neste contexto que se faz necessário o aperfeiçoamento dos
conceitos e técnicas que assegurem a disponibilidade do produto certo, na qualidade especificada, na
quantidade certa, ao preço correto, na hora programada, no lugar certo, sem avarias acompanhado
da documentação correta e ao menor custo possível. Enfim, aquilo que denominamos atendimento
perfeito.
Então, é interessante esclarecer que por planejamento entendemos o processo de determinar
diretrizes e ações futuras coordenadas visando aumentar a probabilidade de alcançar os resultados
desejados. A partir daí, cabe ao controle acompanhar o progresso destas ações, visando identificar
desvios relevantes que acionam medidas corretivas, assegurando assim, a implementação conforme
havia sido planejado.
PRINCÍPIOS DA DINÂMICA DOS MATERIAIS: Quando não estão em movimento, isto é, em fluxo,
os materiais repousam estocados em depósitos, almoxarifados, pátios ou armazéns. Isto é óbvio,
mas em nossa prática concluímos que nos convém identificar alguns princípios fundamentais,pois, os
mesmos auxiliam muito a organizar as idéias, contribuindo gradativamente para entender e interpretar
a complexa realidade da gestão de materiais. São sete os princípios que relacionamos:
Check-out
Saldo
Entradas Saídas
Check-in
Visualizando este estoque como um sistema, observamos que todo item armazenado em um
depósito apresenta transações através de suas fronteiras e os saldos são decorrências destas
movimentações:
Entradas: As entradas de materiais são transações que aumentam o saldo do item. Neste guia
serão representadas graficamente por barras verticais acima da linha de horizonte. Note que na
figura o perfil da distribuição das entradas parece ser freqüente e uniforme;
Saída: As saídas são transações que diminuem o saldo do item. Serão representadas aqui por
barras verticais abaixo da linha de horizonte. Na referida figura a disposição da barras parece
sugerir que existe uma razoável variação no perfil de consumo;
Saldo: O saldo é a quantidade disponível, sendo decorrência do saldo anterior, somadas as
entradas e subtraídas as saídas no período. Na figura, o nível do saldo é representado pelo
tamanho do triângulo.
Naturalmente, as denominações genéticas de entradas e saídas dependem do contexto, isto
é, quando nos referimos a uma matéria-prima, as entradas são aquelas documentadas pelas notas
fiscais, por exemplo, enquanto para um produto acabado o registro é realizado com uma folha de
produção ou documento equivalente.
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Fluxo 2
Fluxo 1
5) Princípio do estoque dinâmico: É importante ter em mente que, como água parada, o estoque
imobilizado representa a estagnação do produto. Em um sistema saudável o material deve
apresentar um fluxo contínuo, entretanto e saindo rapidamente de forma sincronizada. Este
princípio impõe a necessidade da concepção de um sistema gerencial e operacional com elevada
taxa de renovação, ou seja, com elevado giro dos estoques, e que se reconfigura continuamente
de acordo com as necessidades.
6) Princípio da finalidade: O propósito ou finalidade fundamental dos estoques é amortecer as
conseqüências das incertezas, impedindo ou minimizando as conseqüências nos demais
processos da cadeia de abastecimento. Assim, podemos identificar três funções primárias dos
estoques:
Pulmão (buffer): Como regulador do fluxo logístico, o estoque tem a função de amortecer as
oscilações da oferta na demanda e vice-versa, permitindo que haja desconexão entre os
processos antecessores e sucessores.
Exemplos: O volume de água estocado nas caixas d’água das residências, para fazer às fazer frente
às variações diárias de abastecimento, bem como o estoque regulador de grãos mantido pelo
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ÍTEM CLASSIFICAÇÃO
ABC Classificação de valores consumidos
PQR Classificação de popularidade
CLASSE A Itens prioritários: São as principais SKU em estoque, foco de atenção do gestor de
materiais, pois são materiais valiosíssimos devido à sua importância econômica.
Merecem tratamento especial, sendo denominados VIP (Very important product).
CLASSE B Itens intermediários: Compreendem as SKU que ainda são considerados
economicamente preciosas, logo após os itens da categoria A, e que recebem
cuidados medianos.
CLASSE C Itens secundários: Não deixam de ser importantes também, pois sua falta pode
inviabilizar a continuidade do processo, no entanto o critério estabelece que seu
impacto econômico não é dramático, o que possibilita menos esforço.
A partir desta classificação, quando não dispomos de recursos humanos ou tempo hábil para
acompanhar todos os itens em detalhes, priorizamos aqueles da classe A nas políticas de estoques
devido à maior importância econômica. Desta forma, os itens classe A receberão sistematicamente
maior atenção do que itens classe C, em termos de análises mais detalhadas, menores estoques,
maiores giros, menores lotes de reposição, mais contagens, etc.
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Curva ABC
C=80% itens 5%
valor
P OPULA R
Q
CLASSE P Muito Popular: Tratam-se das SKU que apresentam elevada freqüência de
movimentação, digamos pelo menos uma transação por dia. Também podemos se
denominados “blockbusters” ou “best-sellers”.
CLASSE Q Popularidade Média: Envolvem as SKU que apresentam uma freqüência
intermediária de, digamos, menos do que uma transação por dia, mas pelo menos uma
transação por mês.
CLASSE R Baixa Popularidade: Incluem-se nesta categoria as SKU “Slow moving” e “no
moving”, que apresentam – digamos – menos do que uma transação por mês ou por
semestre.
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ACURACIDADE DE SALDOS
Manter corretas as informações sobre saldos em estoque é um dos grandes desafios para os
gestores de materiais, mais ainda quando buscamos trabalhar com níveis enxutos e com elevadas
freqüências de acessos, isto é, mais e mais recebimentos e apanhes que naturalmente, aumentam o
risco da imprecisão nos registros das respectivas transações.
Condições operacionais, documentação divergente, sistemas e políticas também podem
embutir falhas que contribuem para incrementar as divergências entre os saldos físicos e lógicos.
Muitas destas causas crônicas permanecem escondidas nas atividades rotineiras deteriorando a
qualidade das informações e comprometendo a confiabilidade do gestor dos materiais.
Portanto, a busca pela precisão das informações não é apenas um capricho, mas uma
necessidade vital para todos os envolvidos. Investir tempo e recursos para manter e aprimorar aquilo
que denominamos acuracidade das informações traz benefícios efetivos sob os pontos de vista das
diversas partes interessadas:
Empresarial: Para acionistas e diretores a informação é o subsídio para a tomada de
decisões críticas, de forma que confiabilidade é fundamental. Cabe à alta administração
enfatizar a importância da disciplina diária e viabilizar meios para que a organização alcance
metas desafiadoras da acuracidade. Para ilustrarmos com um caso real, uma empresa
obteve um grande financiamento de agentes governamentais que viabilizou sua estratégia
de crescimento graças, entre outros fatores, á expressiva melhoria na sua acuracidade de
saldos;
Contábil: Para quantificar com precisão a riqueza da empresa, é preciso que os registros de
valores, entradas, saídas e saldos sejam lançados e processados corretamente. Desta
forma, é usual em muitas empresas, que os saldos sejam sistematicamente auditados por
terceiros. Em mais de uma ocasião, por exemplo, constatamos que o software de gestão
empresarial da empresa, desenvolvido internamente, continha falhas lógicas de codificação
que ocasionavam erros de processamento;
Vendas: Até uma atividade simples como a de aceitar um pedido e determinar um prazo de
entrega imaginando dispor dos materiais pode acabar comprometendo a imagem da
empresa caso uma simples informação esteja errada. Quando estas ocorrências tornam-se
repetitivas, perdemos clientes e o relacionamento interno também vai se deteriorando;
Logística: O abastecimento contínuo requer informação precisa e atualizada, sem a qual
corremos o risco de comprometer o atendimento aos clientes, ou então optamos por
comprometer a produtividade para assegurar o reabastecimento elevando os custos
logísticos;
Operacional: A produtividade da produção de máquina operando continuamente. Quantas
vezes sua linha de produção interrompeu a operação por falta de algum insumo ou mesmo
pela quebra de alguma peça? Nesta ocasião percebemos o tamanho do custo da falta de
acuracidade das informações. Os inventários também servem para avaliar a qualidade dos
processos operacionais, podendo apontar necessidades de melhorias e de reciclagem de
treinamento de operadores.
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POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO
Onde está o material de que precisamos? Em uma perspectiva sistêmica, o estoque pode se
encontrar distribuído por toda a cadeia logística. De fato, podemos contar efetivamente com aquilo
que dispomos ao nosso alcance (em mãos), no entanto parte deste saldo pode já estar reservado em
decorrência de uma venda já realizada, mas não entregue, ou mesmo uma quantidade pode já estar
comprometida para atender um pedido em carteira ou um programa de produção.
POSIÇÃO ESTRATÉGICA DOS ESTOQUES: Além da variação instantânea do saldo, outra questão
fundamental reside em se definir aonde é mais apropriado e conveniente localizar e manter os
estoques de cada SKU. Observe algumas possíveis alternativas que o gestor de materiais pode
empregar para configurar sua malha logística:
Estoque centralizado: Em virtude do princípio do compartilhamento de recursos e riscos e
riscos esta é uma das alternativas mais utilizadas, de forma que iremos explorá-la em
detalhes logo a seguir;
Supermercados no processo: Quando a aplicação é exclusiva ou dedicada pode ser
interessante posicionar o material diretamente ao lado do ponto de uso, no processo que
consome;
Estoques atrasados: Itens com baixa popularidade usualmente são mantidos na
retaguarda, sendo acionado o despacho assim que são efetivamente requeridos;
Estoque de semi-acabados: Uma maneira de atender uma ampla oferta de produtos que
apresentam pequenas distinções nos processos finais de produção (montar contra pedido)
ou embalagem (embalar contra pedido). Neste caso, o melhor posicionamento do estoque é
manter o produto semi-acabado, finalizando-o contra pedido;
Material em espera: Diferente dos itens estocados, podemos encontrar também a
ocorrência de materiais em fila de espera, cuja utilização será iminente, digamos, dentro das
próximas 24 horas;
Estoque pulmão: Quando é requerida uma pequena cobertura de material como medida de
proteção contra o desabastecimento, denominamos este estoque como pulmão de tempo.
Esta medida se justifica particularmente para os recursos gargalo de cada processo ou onde
existir uma significante incerteza (risco);
Estoques avançados: A consignação é uma estratégia que se justifica quando o tempo de
resposta é crítico e a popularidade é elevada;
Estoque volante: São formados por materiais que acompanham o técnico de campo, na
execução de serviços em campo;
Estoque de terceiros em nosso poder: É fundamental que o sistema de gestão de
materiais reconheça a quem pertence cada SKU, pois podem existir diversas situações em
que a posse da propriedade cabe a terceiros, tais como materiais consignados pelos
fornecedores, matérias-primas, componentes ou embalagens dos clientes, que serão
agregados ao nosso produto, material para beneficiamento ou manutenção.
Estoque nosso em poder de terceiros: Também podemos posicionar externamente
materiais de nossa propriedade e um controle sobre a quantidade, localização e situação se
faz necessário;
Saldo em trânsito: Quando o sistema de informações dispõe das quantidades dos materiais
já despachados pelo fornecedores, e que estão a caminho, é possível contabilizá-los como
estoque virtual.
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XIII _ 5 ´S
Kaoru Ishikawa
No Japão pós-guerra faltava tudo: alimentos, roupas, moradia, trabalhadores, máquinas,
equipamentos, materiais, dinheiro e métodos de gestão. Não podia haver nenhum tipo de
desperdício. Uma foto da época mostra uma plantação de batatas feita no antigo jardim em frente ao
prédio parcialmente destruído do Ministério do Exterior. Em 1950, Kaoru Ishikawa criou a Técnica dos
5S, no Japão, ao regressar de uma viagem de estudos aos Estados Unidos. Devido as suas
características de gestão quase doméstica, ela passou a ser conhecida como técnica housekeeping.
- As fontes de desperdícios: Há dois tipos de perdas: as inevitáveis e as evitáveis. São perdas
inevitáveis aquelas conseqüentes do desgaste e do envelhecimento naturais, com o uso adequado.
Lâmpadas queimam, buchas se desgastam, folgas aparecem nos eixos e nas juntas. As perdas que
podem ser evitadas, entretanto, são os desperdícios. As fontes de desperdícios podem ser
concentradas em três grupos: tempo, instalações/máquinas/equipamentos e materiais. O desperdício
de tempo ocorre na espera, em movimentações inúteis, como procura, enganos, transportes de
objetos para locais impróprios, ´retrabalho´ e outros. Uma grande fonte de desperdício de tempo de
movimentação das pessoas é a localização e busca de outras pessoas, documentos, materiais,
setores, máquinas, equipamentos etc. na empresa.
O tempo dedicado à manutenção rotineira e preventiva das máquinas é inevitável para que
não ocorram as quebras previstas pelos próprios fabricantes, que, supõe-se, conhecem melhor os
produtos que fazem. Finalmente, os materiais são desperdiçados quando produtos são danificados,
fabricados fora das especificações ou precisam ser manufaturados novamente. Desperdícios podem
ocorrer com pontas, sobras e falta de planejamento no trabalho.
- Significado dos 5’S: A Técnica dos 5S leva esse nome devido às letras iniciais das cinco palavras
em japonês de seus conceitos chaves. São elas:
Seiri = separar o necessário do desnecessário;
Seiton = arrumar, organizar;
Seisso = limpar;
Seiketsu = manter limpo e higiênico, praticando os 3S iniciais;
Shitsuke = disciplina.
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
PRODUÇÃO NA ORGANIZAÇÃO
A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a
razão de sua existência, mas não é a única nem, necessariamente, a mais importante. É, entretanto,
umas das três funções centrais de qualquer organização, que são:
a função marketing;
a função desenvolvimento de produto / serviço;
a função produção.
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a função contábil-financeira;
a função recursos humanos.
MODELO DE TRANSFORMAÇÃO
Qualquer operação produz bens e serviços, ou um misto dos dois, e faz isso por um processo
de transformação. Por transformação nos referimos ao uso de recursos para mudar o estado ou
condição de algo para produzir outputs. A figura a seguir mostra um modelo de transformação usado
para descrever a natureza da produção.
Recursos Ambiente
a serem
transformados
Materiais
Informação
Consumidores PROCESSO DE
OUTPUT CONSUMIDORES
INPUT TRANSFORMAÇÃO
Recursos
de
transformação
Instalações
Pessoal
Ambiente
Qualquer atividade de produção pode ser vista conforme esse modelo input-transformação-
output. A tabela a seguir mostra que é possível descrever ampla variedade de operações dessa
maneira.
Equipe de terra
Passageiros e carga
Loja de Produtos à venda Dispor os bens Consumidores e
departamento produtos juntos
Equipe de venda Fornecer conselhos de
compras
Registros
computadorizados Vender os bens
Clientes
Gráfica Impressoras e Projeto gráfico Material desenhado e
desenhistas impresso
Impressão
Prensas de impressão
Encadernação
Papel, tinta, etc.
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Há diferenças entre operações diferentes. Se você ficar bem afastado, digamos, do prédio de
um hospital ou de uma fábrica de automóveis, eles podem parecer os mesmos. É provável que cada
um deles seja um grande edifício onde entram funcionários e ocorrem entregas. Entretanto, basta
aproximarmo-nos dessas duas operações para observar o surgimento de diferenças claras. De
início, um dos edifícios abriga operações de manufatura, produzindo bens físicos e o outro envolve
operações de serviço, que produz mudanças nas condições fisiológicas, nos sentimentos e no
comportamento de pacientes. A natureza dos processos contidos em cada edifício também será
diferente.
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
tangibilidade _ em geral, os bens físicos são tangíveis, mas os serviços são intangíveis.
estocabilidade _ em função de sua tangibilidade, os bens podem ser estocados, mas os
serviços, geralmente, não são estocáveis. Por exemplo, o serviço de acomodação noturna de um
quarto de hotel não será prestado se não for vendido antes da noite.
simultaneidade _ a outra principal distinção entre bens físicos e serviços diz respeito ao
timing de sua produção. Os bens físicos são quase sempre produzidos antes de o consumidor
recebê-los, já o na produção do serviço ocorre ao mesmo que o consumidor está recendo o
mesmo.
contato com o consumidor _ A implicação disso é que os consumidores têm baixo nível de
contato com as operações que produzem os bens, mas no caso dos serviços, por serem
produzidos e consumidos simultaneamente, em geral há um nível mais alto de contato entre o
consumidor e a operação.
PROTEÇÃO DA PRODUÇÃO
O ambiente turbulento em que a maioria dos organizações faz negócios significa que a
função produção está tendo que se ajustar continuamente às circunstâncias mutantes. Por exemplo,
uma operação de processamento de alimentos pode não ter condições de prever exatamente quando
alguns alimentos serão colhidos. Em casos extremos, o mau tempo pode interromper totalmente o
fornecimento a uma fábrica por semanas. A demanda também podem estar sujeita a interrupções.
Mudanças imprevistas na temperatura, situação de pânico relativo à saúde divulgada pela imprensa,
podem introduzir turbulências. Uma forma de os gerentes de produção tentarem minimizar problemas
do ambiente é proteger a produção do ambiente externo. Isso pode ser feito de duas maneiras:
Proteção física _ manter estoques de recursos, sejam estes inputs para o processo de
transformação ou outputs.
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Volume de outputs;
Variedade de outputs
Variação da demanda do output;
Grau de visibilidade (contato com o consumidor) envolvido na produção do output;
De certa forma, a posição de uma operação nas quatro dimensões é determinada pela
demanda do mercado q que está servindo. Entretanto, grande parcela das operações possui alguma
discrição ao moverem-se nas dimensões. Veja as diferentes posições que os bancos adotaram na
dimensão visibilidade. Em determinado momento, usar os caixas era a única forma que os clientes
tinham para contratar o banco. Outros serviços foram desenvolvidos pelos bancos para criar
mercados diferentes. Para quase qualquer tipo de indústria, podem-se identificar operações que se
encontram em diferentes partes das quatro dimensões, e que estão, dessa forma, implicitamente
competindo por negócios de formas diferentes. A figura a seguir mostra as diferentes posições, nas
quatro dimensões, da cadeia de hotéis Formule 1 e de um tipo de hotel bem diferente.
Usamos a expressão papel da função produção para designar algo além de suas
responsabilidades e tarefas óbvias na empresa. Designamos com ela a razão básica da função, o
principal motivo de sua existência.
Porque toda empresa precisa preocupar-se com uma função produção? A maioria das
empresas e organizações tem a opção de contratar fora a produção de seus serviços e bens e tornar-
se empresas virtuais. Podem, simplesmente, pagar a alguma outra empresa para fornecer o que sua
função produção faz. Assim, isso levanta outra questão: “O que a função produção precisa fazer para
justificar sua existência na empresa?” É esse papel que estamos considerando. Três outros papéis
parecem ser particularmente importantes para a função produção:
Outro papel da produção é apoiar sua estratégia. Isto é, deve desenvolver seus recursos para
que forneçam as condições necessárias para permitir que a organização atinja seus objetivos
estratégicos.
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concorrentes possui melhor vantagem que qualquer empresa poderia desejar. E, o que é mais
importante, uma produção que tenha desenvolvido a capacidade de lidar com qualquer requisito
futuro do mercado está garantindo à organização os meios para seu sucesso futuro.
No nível estratégico, a classificação mais útil dos objetivos de desempenho da produção que
qualquer operação possa perseguir pode ser obtida identificando-se os stakeholders da operação. Os
stakeholders são as pessoas ou grupos de pessoas que possuem interesse na operação, e que
podem ser influenciadas por ou influenciar as atividades da operação produtiva.
Os objetivos mais amplos que as operações produtivas necessitam perseguir para satisfazer
a seus stakeholders formam o pano de fundo para todo o processo decisório da produção. Entretanto,
no nível operacional, é necessário em conjunto de objetivos mais estritamente definidos. Estes são os
cinco objetivos de desempenho básicos e se aplicam a todos os tipos de operações produtivas.
Objetivo qualidade
Qualidade significa fazer certo as coisas, mas as coisas que a produção precisa fazer certo
variarão de acordo com o tipo de operação.
Objetivo rapidez
Rapidez significa quanto tempo os consumidores precisam esperar para receber seus
produtos ou serviços.
Objetivo confiabilidade
Objetivo flexibilidade
Flexibilidade significa capacidade de mudar a operação. Pode ser alterar o que a operação
faz, como faz ou quando faz. Especificamente, a mudança deve atender a quatro tipos de exigências:
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Objetivo custo
Custo é o último objetivo a ser coberto, embora não porque seja o menos importante. Para as
empresas que concorrem indiretamente em preço, o custo será seu principal objetivo de produção.
Quanto menor o custo de produzir seus bens e serviços, menor pode ser o preço a seus
consumidores. Mesmo as empresas que concorrem em outros aspectos que não preço estarão
interessadas em manter seus custos baixos. Cada real retirado do custo de uma operação é
acrescido a seus lucros.
Uma forma útil de representar a importância relativa dos objetivos de desempenho é ilustrada
pela figura a seguir. É chamada representação polar porque as escalas que representam a
importância de cada objetivo de desempenho possuem a mesma origem. Uma linha descreve a
importância relativa de cada objetivo de desempenho. Quanto mais perto estiver a linha de seu ponto
de origem comum, menos importante será o objetivo de desempenho para a operação. Dois serviços
são ilustrados: um serviço de táxi e um serviço de ônibus. Cada um oferece, essencialmente, o
mesmo serviço básico, mas com objetivos diferentes. As diferenças entre os dois serviços são
claramente mostradas no diagrama.
Custo
Rapidez Confiabilidade
Serviço de ônibus
Serviço de táxi
Qualidade Flexibilidade
ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO
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dirigindo-se e de como podem chegar lá. Em outras palavras, todas precisam de alguma direção
estratégica. Ocorre o mesmo com a função produção. Uma vez que a função produção entendeu seu
papel dentro do negócio e determinou os objetivos de desempenho que definem sua contribuição
para a estratégia, ela precisa formular um conjunto de princípios gerais que guiarão seu processo de
tomada de decisões. Isso é a estratégia de produção da empresa.
QUE É ESTRATÉGIA
Lembre-se, portanto, de que uma estratégia é mais do que uma só decisão; é o padrão global
de decisões e ações que posicionam a organização em seu ambiente e têm o objetivo de fazê-la
atingir seus objetivos de longo prazo. Definir estratégia como um padrão de decisões ajuda-nos a
discutir uma estratégia de produção mesmo quando ela não está expressa. Observar o padrão geral
das decisões dá-nos uma indicação do comportamento estratégico real.
Estratégia da produção
A estratégia da produção diz respeito ao padrão de decisões e ações estratégicas que define
o papel, os objetivos e as atividades da produção. Como em qualquer tipo de estratégia, podemos
considerar seu conteúdo e seu processo separadamente. Aqui, tratamos do conteúdo e do processo,
como segue:
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Nenhuma dessas quatro perspectivas sozinhas dá-nos uma visão geral do que seja a
estratégia de produção. Juntas, no entanto, elas fornecem uma idéia das pressões em jogo para
formar o conteúdo da estratégia da produção.
A perspectiva de cima para baixo oferece uma visão ortodoxa de como as estratégias
funcionais deveriam ser montadas. Na realidade, no entanto, o relacionamento entre os níveis de
hierarquia da estratégia é mais complexo do que isso. Embora seja uma forma conveniente de pensar
a estratégia, esse modelo hierárquico não consegue representar a maneira como as estratégias são
formuladas. Quando qualquer grupo está revisando sua estratégia corporativa, também levará em
conta as circunstâncias, experiências e capacidades das várias empresas que compõem o grupo. De
forma similar, as empresas, as revisarem suas estratégias, irão consultar suas funções individuais
dentro da empresa sobre suas restrições e capacitações. Podem, também, incorporar as idéias que
vêm da experiência diária de cada função.
Portanto, uma perspectiva alternativa para a visão de cima para baixo é de que muitas idéias
estratégicas emergem, com o tempo, da experiência operacional. Algumas vezes, as empresas
movem-se em uma direção estratégica particular, porque a experiência em curso de fornecer
produtos e serviços a consumidores no nível operacional convence-os de que é a coisa certa a fazer.
Pode não haver decisões em um escalão mais alto que examinam opções estratégicas alternativas e
escolhem aquela que oferece a melhor saída. Em vez disso, o conselho geral emerge de nível
operacional da organização. O “alto nível” do processo decisório estratégico, se ele existir, pode
confirmar o consenso e fornecer os recursos para fazer acontecer efetivamente.
Essa idéia de estratégia que é moldada pela experiência do nível operacional ao longo do
tempo é, algumas vezes, chamada de conceito de estratégias emergentes. A estratégia é
gradualmente moldada com o tempo e baseada em experiências de vida real em vez de
posicionamento teórico. De fato, as estratégias são, em geral, formadas de maneira relativamente
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fragmentada e não estruturada, para refletir o fato de que o futuro é, pelo menos, parcialmente
desconhecido e imprevisível.
Essa visão da estratégia de produção talvez seja mais descritiva de como as coisas
realmente acontecem, mas à primeira vista parece ser menos útil em fornecer um guia para o
processo decisório específico. Ainda assim, embora as estratégias emergentes sejam menos fáceis
de categorizar, o princípio que governa a perspectiva de baixo para cima é claro: moldar os objetivos
e as ações da produção, pelo menos em parte, pelo conhecimento adquirido das atividades diárias.
As virtudes principais exigidas para moldar a estratégia da perspectiva de cima para baixo são a
habilidade para ouvir a experiência e a filosofia de melhoria contínua e incremental.
Um dos objetivos mais evidentes para qualquer empresa é satisfazer ao mercado a que está
tentando servir. Nenhuma operação produtiva que falhar continuamente em servir seu mercado de
forma adequada tem chance de sobreviver a longo prazo. Embora compreender os mercados seja
normalmente associado à função de marketing, a perspectiva de mercado é também importante para
a administração da produção. Sem compreender o que o mercado requer é impossível garantir que
as operações estejam alcançando o composto e o nível correto em seus objetivos de desempenho
(qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo).
Esses fatores que definem as exigências dos clientes são chamados fatores competitivos. A
figura a seguir mostra a relação entre alguns fatores competitivos mais comuns e os objetivos de
desempenho da produção. O ponto importante é que a prioridade de cada objetivo de desempenho é
influenciada por fatores competitivos particularmente valorizados por consumidores. Algumas
empresas concentram esforço considerável em trazer a imagem das necessidades de seus
consumidores para dentro da operação produtiva.
Uma forma especialmente útil de determinar a importância relativa dos fatores competitivos é
distinguir os fatores “ganhadores de pedidos” dos “qualificadores”.
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Volume por tipo de serviço A maioria dos serviços é alto volume A maioria dos serviços é de baixo volume
Fatores competitivos
Objetivos de desempenho
Custo, Velocidade e Qualidade Flexibilidade, Qualidade e Confiabilidade
internos
Figura: Diferentes serviços bancários exigem diferentes objetivos de desempenho.
Nenhuma organização pode meramente escolher em qual parte do mercado deseja estar sem
considerar suas habilidades de produzir produtos e serviços de forma a satisfazer a seu mercado. Em
outras palavras, as restrições impostas por suas operações precisam ser levadas em conta. Por
exemplo, uma pequena empresa de tradução oferece serviços gerais de tradução para ampla gama
de consumidores, como folhetos de vendas que precisam ser traduzidos para outra língua. Como
pequena empresa, opera com uma rede informal de tradutores, que trabalham meio período, que
capacitam a empresa a oferecer tradução na maior parte das línguas do mundo. Alguns dos maiores
clientes da empresa desejam comprar seus folhetos de vendas com base em “compra de um só
fornecedor” e solicitaram à empresa de tradução se ela não estaria disposta a oferecer um serviço
completo, organizando o projeto e a produção, assim como a tradução dos folhetos para exportação.
Embora essa seja uma oportunidade de mercado muito lucrativa, a empresa não possui os recursos,
financeiros ou físicos, para assumir essa nova responsabilidade. Da perspectiva de mercado, é um
bom negócio; da perspectiva de recursos da produção, não é viável.
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Entretanto, a perspectiva dos recursos da produção não é sempre tão negativa. Essa
perspectiva pode identificar restrições para satisfazer a alguns mercados, mas também pode
identificar competências que podem ser exploradas em outros mercados. Por exemplo, a mesma
empresa de tradução contratou recentemente dois novos tradutores, que são particularmente
habilidosos em desenvolvimento de web sites. Para explorar essa capacidade, a empresa decide
oferecer um novo serviço, por meio do qual os clientes podem transferir eletronicamente seus
documentos, que serão, então, traduzidos mais rapidamente. Esse novo serviço é um serviço de
“resposta rápida” que foi desenvolvido especialmente para explorar as capacidades existentes nos
recursos da produção. Aqui, a empresa escolheu ser direcionada por suas capacidades de recursos
no lugar de oportunidades óbvias de mercado.
O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento físico dos
recursos de transformação. Colocado de forma simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar
todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção. O arranjo físico é uma das
características mais evidentes de uma operação produtiva porque determina sua “forma” e aparência.
É aquilo que a maioria de nós notaria em primeiro lugar quando entrasse pela primeira vez em uma
unidade produtiva. Também determina a maneira segundo a qual os recursos transformados -
materiais, informações e clientes - fluem pela operação. Mudanças relativamente pequenas na
localização de uma máquina numa fábrica ou produtos em um supermercado ou a mudança de salas
em um centro esportivo podem afetar o fluxo dos materiais e pessoas por meio da operação. Isso, por
sua vez, pode afetar os custos e a eficácia geral da produção.
Depois que o tipo de processo foi selecionado, o tipo básico de arranjo físico deve ser
definido. O tipo básico de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da
operação.
A maioria dos arranjos físicos, na prática, deriva de apenas quatro tipos básicos de arranjo
físico:
A relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo físico não é totalmente
determinística. Um tipo de processo não necessariamente implica tipo básico de arranjo físico em
particular.
Arranjo físico posicional (também conhecido como arranjo físico de posição fixa) é, de certa
forma, uma contradição em termos, já que os recursos transformados não se movem entre os
recursos transformadores. Em vez de materiais, informações ou clientes fluírem por uma operação,
quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto equipamento, maquinário, instalações e
pessoas movem-se na medida do necessário. A razão para isso pode ser que ou o produto ou o
sujeito do serviço seja muito grande para ser movido de forma conveniente, ou podem ser (ou estar
em um estado) muito delicados para serem movidos, ou ainda podem objetar-se a ser movidos, Poe
exemplo:
Um canteiro de obra é tipicamente um exemplo de arranjo físico posicional, já que existe uma
quantidade de espaço limitada que deve ser alocada aos vários recursos transformadores. O principal
problema em projetar o arranjo físico será então alocar áreas do canteiro aos vários subcontratados
de forma que:
Na prática, a eficácia de um arranjo físico posicional como este está ligada à programação de
acesso ao canteiro e à programação de acesso ao canteiro e à confiabilidade das entregas. Na
maioria dos canteiros, não há espaço para alocar áreas permanentes a todos os subcontratados que
porventura venham a necessitar de acesso à obra. Apenas os maiores, mais importantes ou aqueles
subcontratados ganharão espaço permanente (ao longo da duração da obra). Outros subcontratados
terão áreas alocadas temporariamente. Isso deixa o arranjo físico sujeito a alterações no
planejamento e controle do projeto.
O arranjo físico por processo é assim chamado porque as necessidades que constituem o
processo na operação dominam a decisão sobre o arranjo físico. No arranjo por processo, processos
similares (ou processos com necessidades similares) são localizados juntos um do outro. A razão
pode ser que seja conveniente para a operação mantê-los juntos, ou que dessa forma a utilização
dos recursos transformadores seja beneficiada. Isso significa que, quando produtos, informações ou
clientes fluírem pela operação, eles percorrerão um roteiro de processo a processo, de acordo com
suas necessidades. Diferentes produtos ou clientes terão diferentes necessidades e, portanto,
percorrerão diferentes roteiros na operação. Por essa razão, o padrão de fluxo na operação poderá
ser bastante complexo.
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Embora a idéia de arranjo físico celular seja em geral associada à operação de manufatura,
os mesmos princípios podem ser, e são, usados em serviços.
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Neste nível, partindo-se das decisões quanto ao nível estratégico, são definidos
os aspectos que envolvem a implantação do negócio em si. Planeja-se a capacidade
produtiva necessária, escolhe-se a tecnologia, conjugando os aspectos dos recursos
humanos e da automação, detalham-se os processos e as atividades diretas e de
apoio, define-se o layout visando à otimização de fluxos de pessoas e de materiais e,
por fim, determina-se a localização das instalações.
Uma vez implantado, o negócio deve ser administrado, e sua gestão abrange a
implantação de sistemas que suportem as funções de ...
previsão de vendas;
gerenciamento de materiais;
gestão de estoques;
planejamento, programação e controle da produção;
sistemas de controle do chão de fábrica;
sistemas administrativo e financeiro;
sistemas de controle gerencial.
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Grandes projetos - Este tipo de produção inclui a construção civil, a naval e outras obras
cujo controle básico está na concatenação das atividades, no impacto de sua seqüência no
tempo e no custo dos recursos até a construção do produto, que, normalmente, surge em
um determinado local e, às vezes, é fixo e único - como pontes, por exemplo. Os sistemas
de gestão aqui são específicos para projetos e são conhecidos como ferramentas para
gerenciamento de redes. Os sistemas de gestão não serão tratados neste curso.
O mercado bancava e ratificava essa situação pagando o preço estabelecido pelas empresas,
sem que houvesse concorrência interna e externa.
Esse mercado fechado fazia com que os aumentos de salários fossem repassados,
diretamente, ao consumidor, o que ainda ocorria em muitas empresas até poucos anos atrás.
Com a abertura do mercado, iniciada no final da década passada, essa situação começa a se
modificar na medida em que as empresas nacionais ficaram expostas, abruptamente, a novas
variáveis que passaram a compor uma nova realidade, com novos paradigmas a serem explorados.
Dessa forma, até 1990, o enfoque era a produtividade,sendo que, quando a receita caía,
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cortavam-se os custos, reduzindo os materiais e a mão-de-obra. Além disso, a equação PV=C+L era
favorável às vendas, pois o mercado pagava qualquer preço, uma vez que não havia concorrência.
Quase que instantaneamente, com a eliminação gradativa - porém, acelerada - das tarifas de
importação, as empresas brasileiras perceberam que as estratégias, até então adotadas para
melhorar a produtividade e reduzir os custos, estavam-se esgotando, e o sintoma era claro - perda de
competitividade. Podemos conceituar competitividade como sendo a capacidade da empresa em
gerenciar seus recursos de modo a obter lucro no curto e no longo prazo, atendendo, ao mesmo
tempo, às expectativas de seus diversos stakeholders- acionistas, clientes, colaboradores,
fornecedores e o meio ambiente. Dessa forma, a sobrevivência das empresas passou a depender de
sua capacidade em competir nos mercados globalizados.
Conceito
Qualquer quantidade de bens físicos que seja conservada, de forma improdutiva, por algum
tempo.
Estoques são usados para tentar resolver situações de economia, desbalanceamentos, faltas,
atrasos, gargalos, com pessoal, qualidade, entre outras. Na quantidade certa, têm uma função nobre
no processo produtivo.
Estoques operacionais
Matéria-prima – todo material, em forma bruta básica, processado para ser usado na fabricação
de componentes, semi-acabados e produtos finais.
Material em processo ou semi-acabado (WIP – work in process) – todo material no processo
produtivo que não recebeu o valor total esperado.
Produtos acabados – produtos finais prontos para comercialização.
Material de consumo e manutenção – material de apoio à produção, administração de
componentes e peças sobressalentes para manutenção da empresa.
Outros insumos – itens tais como as utilidades consumidas na empresa que tem gestão de
estoques ou itens não considerados acima.
Estoques estratégicos
Notas importantes...
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Cada vez mais, as empresas estão buscando garantir disponibilidade de produto ao cliente
final com o menor nível de estoque possível. São diversos os fatores que vem determinando esse tipo
de política, conforme descrição a seguir...
Por outro lado, diversos fatores têm influenciado a gestão de estoques na cadeia de
suprimentos no sentido de aumentar a eficiência com a qual as empresas operam os processos de
movimentação de materiais – transporte, armazenagem e processamento de pedidos. Aumentar a
eficiência desses processos significa, simplesmente, deslocar para baixo a curva de custos unitários
de movimentação de materiais, permitindo operar com tamanhos de lotes de ressuprimento menores,
sem, no entanto, afetar a disponibilidade de produto desejada pelos clientes finais ou incorrer em
aumentos nos custos logísticos totais.
Destacamos três fatores que têm contribuído substancialmente para a redução dos custos
unitários de movimentação de materiais, sejam nas atividades de transporte, de armazenagem ou de
processamento de pedidos...
Partindo-se da base no final da década de 50, foi criado o primeiro instrumento para apoiar a
gestão da produção empurrada, apoiado no computador, cujo objetivo básico era o de auxiliar no
cálculo das necessidades de material com base na previsão de vendas. Em seguida, Orlicky
conceituou o modelo de planejamento denominado closed loop, ou ciclo fechado, que deu origem aos
sistemas de gerenciamento integrado da produção, denominados MRPs, sucedidos hoje pelos tão
conhecidos ERPs. Nessa fase, além de serem calculadas as necessidades de material, eram
concatenados os tempos de reposição dos itens em cada estágio da produção, tendo, como impacto
positivo, o disparo da produção em um momento mais próximo da necessidade de uso do item em
questão, fazendo com que fossem reduzidos, de forma significativa, os estoques em processo.
Contudo, tudo ainda baseado na previsão de vendas.
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Esse modelo, que foi adotado, principalmente, pelas empresas americanas em uma época de
demanda saturada e franco crescimento do consumo em massa, associado ao plano de
desenvolvimento nacional no pós-guerra, auxiliou a indústria a aumentar o fluxo de entrega de
produtos para um mercado comprador, em que a previsão poderia ser usada como um instrumento
eficiente de planejamento e programação. Em contrapartida, os japoneses tentavam dominar as
práticas de gestão da qualidade para se tornarem competitivos e buscavam meios para eliminar os
entraves no processo produtivo para tentar alinhar a produção com a demanda. Surgiu então a
filosofia do JIT, just-in-time, ou seja, entrega a tempo, inicialmente na Toyota, a qual é hoje uma
variável que entra em qualquer função econômica de produção.
Assim surgiu o primeiro modelo de gestão para puxar a produção, que se concentrava na
eliminação dos elementos que causam perdas no processo produtivo e focava a viabilização do
alinhamento da produção com a demanda.
Os dois modelos foram paradoxais durante muito tempo, pois um baseia-se no uso intensivo
de tecnologia da informação – o MRP –, e o outro – o JIT –, em soluções e sistemas simples,
normalmente manuais, com alto uso da comunicação visual e com o envolvimento de todos no
processo de gestão. Na medida em que a tecnologia da informação se desenvolvia com maior
velocidade de processamento e sistemas menores, além de novas formas de apontamento
automatizado da produção, as duas filosofias de gestão puderam se aproximar e ser aplicadas de
forma integrada, buscando sincronizar a produção conforme as características de cada item.
No início da década de 80, surgiu um outro modelo de gestão visando puxar a produção,
baseado na teoria das restrições, ou TOC – theory of constraints –, elaborada por Goldratt, em que se
busca sincronizar a demanda com a produção baseando-se nos gargalos, nos recursos físicos ou nas
máquinas que saturam sua capacidade em função da demanda dos fluxos produtivos. Portanto,
limita-se a produzir as quantidades que efetivamente podem ser absorvidas pelos gargalos e tenta-se
aumentar a capacidade destes para que não sejam restrições à demanda. O foco de Goldratt é que a
empresa deve ganhar dinheiro hoje e sempre. Posto esse objetivo, a empresa deve utilizar essa
técnica heurística para maximizar o throughput, fluxo de materiais passando pela fábrica e
efetivamente vendidos, e minimizar o inventory – inventário – e as operating expenses – as despesas
operacionais.
Hoje existem instrumentos de tecnologia da informação que permitem que fábricas possam
sincronizar sua produção utilizando os três modelos de gestão descritos anteriormente.
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A indústria de manufatura tem sido muito estimulada para tornar seus processos mais
eficientes. Esta demanda advém da maior competitividade imposta pelas transformações que têm
afetado a ordem econômica mundial. O Brasil se enquadra também nesta tendência e tem
experimentado profundas mudanças no seu setor produtivo no que tange a modernização de seus
processos de produção, melhoria da qualidade de seus produtos e racionalização administrativa.
Na área específica do Planejamento da Produção tem-se verificado um aumento do uso de
sistemas computacionais de apoio à decisão que buscam englobar múltiplos e complexos aspectos
que intervêm nos processos de produção e, por isso mesmo, difíceis de ser analisados de forma
racional por planejadores. Tais ferramentas permitem que se escolham as melhores alternativas de
produção com respeito aos custos envolvidos e às restrições inerentes ao processo. Dentre esses
sistemas, um dos que mais têm sido utilizados é o MRP (Material Requirements Planning). Os
sistemas MRP têm como um dos seus principais componentes constitutivos um problema típico de
otimização que é o dimensionamento de lotes. Seu objetivo é determinar um plano de produção para
componentes (itens) dentro de um horizonte de tempo determinado, procurando satisfazer as
previsões de demanda para os produtos finais.
Apesar de serem largamente utilizados, os sistemas MRP sofrem uma série de críticas. Por
simplesmente automatizarem os procedimentos já realizados por planejadores, os sistemas MRP na
realidade apenas introduzem maciço uso de computadores para realizar rapidamente cálculos que
teriam que ser feitos pelo planejador. Dentre as principais críticas, destacam-se:
Eles fornecem uma única solução para o plano de produção. Não fornecem um leque de
alternativas com diferentes avaliações;
Não trabalham com custos. A solução fornecida, além de única, não procura minimizar custos
de produção;
Eles ignoram restrições de capacidade. A solução fornecida, via de regra, é não
implementável e precisa ser ajustada pelos planejadores de forma manual ou utilizando
outros sistemas computacionais próprios para o ajuste;
Têm dificuldades em considerar especificidades de cada aplicação.
A primeira parte deste plano de pesquisa concentra-se em desenvolver metodologias de
dimensionamento de lotes com o objetivo de melhorar as deficiências apontadas acima e contribuir
para a criação de uma nova família de sistemas MRP. Neste sentido, o plano se reveste de um
caráter bastante aplicado e em sintonia com as demandas do setor produtivo. Nosso campo de
atuação é o da pesquisa desses novos sistemas. A concepção dessa nova geração é um tema de
pesquisa desafiador em todo o mundo, dado a sua complexidade. Por tratarem de problemas de
natureza combinatória de grande porte, faz-se necessário buscar procedimentos de otimização que
sejam eficientes.
Isso nos coloca na fronteira do conhecimento da otimização combinatória. É importante
salientar, porém, que não é nosso objetivo desenvolver sistemas para uso prático ou comercial, mas
sim apontar soluções de caráter matemático-computacional para as dificuldades que aparecerão no
curso do desenvolvimento de tais sistemas para uso final. Ainda enfocando o problema de
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dimensionamento de lotes em sistemas de manufatura, este plano pretende abordar este problema
no caso de um estágio com máquinas paralelas.
Em sua segunda parte, que trata dos problemas de programação da produção, o plano de
pesquisa se concentra no desenvolvimento de algoritmos eficientes para solucionar uma série de
problemas de scheduling. Esta é uma extensa área de pesquisa que tem merecido grande atenção
de pesquisadores devido a sua relevância na otimização dos processos produtivos. Os problemas de
scheduling também têm uma natureza combinatória complexa que faz com que os problemas
encontrados no mundo real sejam geralmente tratados por métodos heurísticos. No horizonte do
plano de pesquisa, pretendemos enfocar dois grupos de problemas de programação de tarefas:
A EVOLUÇÃO DO PCP
Vamos contar uma breve história da evolução do planejamento e controle da produção para
que passemos a entender as razões do uso das técnicas acima para o planejamento das prioridades
e das capacidades.
O antecessor do MRP foi uma técnica chamada de sistema de solicitação trimestral, que foi
detalhada por George Plossl e Oliver Wight em 1967. Durante o período do final da segunda guerra
mundial e meados de 1950, muitas industrias manufatureiras estavam capacitadas de desenvolver
planos de produção baseados somente na carteira de pedidos firmes de clientes. Nesta época a
economia americana explodia devido à escassez deixada pela guerra. O estouro da demanda
produzia uma grande quantidade de pedidos pendentes, e as vezes era comum 12 a 18 meses de
pedidos colocados. Esta situação cômoda fez com as industrias trabalhassem em base a trimestres,
por isto o sistema foi assim denominado.
Os pedidos pendentes serviam como previsão da demanda que por serem muitos não
precisavam ser previstos, apenas estudados trimestralmente e serem colocados na produção. No
final da década de 1950 e início de 1960. Esta situação cômoda chega ao seu fim, e a previsão da
demanda se torna cada vez mais importante, já que os pedidos começavam a escassear e as
empresas precisavam antecipar a demanda futura, ou seja, a empresas iniciam a produção para
estoques. Em 1958 Magee lista três elementos básicos necessários para um sistema de controle da
produção efetivo:
A previsão da demanda, expressa em unidades de capacidade de produção;
Um plano de produção ou orçamento preliminar e
Procedimentos de controle para decidir com que velocidade repor os estoques nos níveis
orçados, quando erros de demanda ocorrerem, ocasionando excessos ou falta dos mesmos.
A partir desta data apareceram muitas técnicas entre estas, o CPM, PERT, PLC, ROP etc. No
início de 1960 o campo do planejamento da produção e controle dos estoques está pronto para o
MRP. As técnicas e a documentação eram conhecidas e os computadores avançavam permitindo o
acesso randomico aos discos. A primeira empresa que desenvolveu um sistema de MRP em lotes
(batch) foi a American Bosch Company em 1959. Em 1961 – 1962 o primeiro sistema de
replanejamento seletivo foi desenhado na empresa J. I. Case sob a direção do então diretor de
produção, Dr. Joseph A. Orlicky.
Em 1965 G. R. Gedye declarou que os objetivos da empresa na procura do lucro deveriam
ser:
Usar da melhor forma possível para minimizar o tempo perdido;
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CONSULTORIA DE IMPLANTAÇÃO
empresa para refinamento do orçamento dado quando da venda do produto, inclusive quanto ao
número de usuários.
Esta atividade, com duração de três a cinco dias, em regime hotelado, é de crucial
importância para o projeto de implantação. O fórum consiste de palestras rápidas sobre as “best
practices” de aplicabilidade na empresa, palestras de visão geral das funcionalidades do software e
dinâmicas de grupo objetivando a criação de um espírito de equipe favorável ao processo de
implantação. Grupos de colaboradores da empresa, devidamente coordenados pelos consultores,
são orientados a avaliar os macro-processos da organização, elaborando idéias ou questionamentos
para melhorias e mudanças que darão origem a forças tarefas a serem ativadas durante o projeto.
Em tais discussões são utilizadas metodologias e formulários específicos de “brainstorming” e de
organização de projeto.
Durante o fórum também serão definidos o líder e a equipe de usuários-chave que conduzirão
a implantação em conjunto com a consultoria. Outro produto do fórum será um cronograma geral do
projeto para que todos possam identificar as atividades em que tomarão parte e se preparem
adequadamente.
A jornada de implantação de um sistema de gestão empresarial, não pode ser tratada como
uma simples informatização de processos. É este um momento extremamente oportuno para a
empresa questionar seu modelo estratégico e operacional, comparando-os com as melhores práticas.
Para facilitar e fecundar tais questionamentos, devemos promover a realização de seminários a
serem assistidos por toda alta e média gerência, com os temas seguintes:
CUSTOMIZAÇÕES E INTERFACES
Este segundo modelo de migração é de menor risco face ao menor número de variáveis à
controlar no momento do “cut-off”, porém, quase sempre exige a programação de interfaces
provisórias com os sistemas corporativos existentes.
REVISÃO DE PROCESSOS
TEMPO DE IMPLANTAÇÃO
O tempo de implantação para uma empresa com um único local de operações e com
processos bem organizados é de 4 a 6 (quatro a seis) meses após a instalação física do hardware e
software. Empresas com vários locais de operação e problemas significativos de processo, terão o
tempo de implantação mais corretamente estimado, ao fim da etapa de Diagnóstico.
Os preços para os projetos de implantação sofreram grandes modificações nos últimos anos
e podem ser resumidos no quadro abaixo:
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Conforme se pode perceber, o custo total dos projetos, exceto casos de softwares de “grife”,
estão se reduzindo significativamente, pela redução nos preços do hardware e do software. Uma
outra tendência que está emergindo no mercado brasileiro para começar a ser utilizada já no ano de
2000, é a chamada ASP – Application Service Provider. Trata-se do ressurgimento do conceito de
bureau de serviços, que era largamente utilizado vinte anos atrás, por empresas que alugavam o uso
de aplicações baseadas em mainframes. Com a expansão e melhoria tecnológica das comunicações,
e também a popularização da Internet, grandes empresas de informática estão começando a oferecer
no mercado a possibilidade de um cliente utilizar os aplicativos através de uma rede de
comunicações, sem ter a necessidade de pessoal especializado para manter a instalação dos
softwares em máquinas próprias, além de desonerar a empresa no investimento em custosos
servidores.
É também importante para a empresa que está em processo de escolha de software, que
procure selecionar aqueles fornecedores que estejam comprometidos com o desenvolvimento da
aplicações de CRM – Customer Relationship Management, Supply Chain Management e Business
Inteligence. Estas três novas tecnologias representam o estado da arte na melhoria dos métodos de
gestão das empresas, e deverão tornar-se fundamentais para os sistemas de gestão empresarial nos
próximos anos.
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competição global e o atendimento dos clientes nos prazos, com produtos/serviços de qualidade e
com preços competitivos podem traduzir-se em fidelidade dos clientes e ganhos de fatia de mercado.
Nas empresas brasileiras em particular, esta valorização da área de produção decorre também do
fato de que não há mais a ‘ciranda financeira’ vigente até 1994, que permitia que elas sobrevivessem
e até mesmo crescessem simplesmente através dos ganhos obtidos nas aplicações no mercado de
capitais.
Por outro lado esta valorização da Administração da Produção chegou num momento em que
novas técnicas e ferramentas foram colocadas à disposição dos gerentes, permitindo que estes
pudessem tornar-se mais eficazes e dessem um valor ainda maior a esta área. Uma vez elaborada a
Previsão de Vendas, a partir desta estabelecido o Plano de Vendas, no passo seguinte o
Planejamento Agregado da Produção (em geral para períodos trimestrais, semestrais ou anuais) e
posteriormente o Programa Mestre de Produção - PMP, que determina o que se deve produzir para
atender os pedidos efetivos e a reposição de estoques, é necessário calcular-se as necessidades de
fatores de produção (matérias-primas, insumos, componentes, mão-de-obra) e disponibilizá-los para
que o gerente de produção possa cumprir o PMP.
Até alguns anos atrás, como eram admitidos altos volumes de estoque e não havia técnicas e
ferramentas adequadas, as empresas adquiriam seus materiais e componentes ou produziam seus
produtos no que se convencionou chamar de Lotes Econômicos (de Compra ou Fabricação), os quais
eram calculados em geral a partir da demanda anual, considerando-se os custos de aquisição, custos
financeiros, custos de preparação de máquinas e custo de estocagem, admitindo sempre como
indispensável a formação de estoques de materiais e componentes para que a produção pudesse ser
realizada. A Administração de Materiais naquela situação consistia, em muitas empresas, de um setor
independente que tinha como atribuição suprir a área de produção com os materiais necessários,
baseando-se para isto em previsões de demanda dos produtos.
Com o advento, desenvolvimento e barateamento dos computadores e, especialmente, do
desenvolvimento de softwares especiais, aliado à necessidade das empresas em manter estoques
reduzidos de produtos, componentes e matérias-primas (ou mesmo eliminá-los totalmente), as
fórmulas de Lote Econômico começaram a ser substituídas por técnicas mais modernas.
O MRP (Materials Requirement Planning) ou Planejamento de Requisitos de Materiais foi
um dos primeiros softwares desenvolvidos para a gestão da produção. Como o próprio nome indica, é
uma ferramenta que ajuda a planejar as necessidades de materiais para atender um Programa
Mestre de Produção determinado. Este mesmo software gerou posteriormente o MRPII ou
Planejamento de Recursos de Manufatura (que inclui não só o cálculo das necessidades de
materiais, mas também de mão-de-obra, de equipamentos e demais recursos necessários à
produção). O software mais recente da família é o MRPIII que engloba também a filosofia, princípios
e técnicas do Just in Time.
Na definição apresentada por Monks (1987) “O Planejamento de Requisitos de Materiais
(MRP) é uma técnica para determinar a quantidade e o tempo para a aquisição de itens de demanda
dependente necessários para atender o Programa Mestre de Produção”. Por identificar quais,
quantos e quando os componentes são necessários, os sistemas MRP contribuem para:
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A turma de LPOII, feliz com o final do semestre, planeja confraternizar e para tanto programa
a realização de "um galeto", às 13:00 horas do dia previsto para o exame final da disciplina, com a
certeza de que todos estarão liberados nesta data. Pretendem ainda aproveitar para aplicar os
conceitos aprendidos, especialmente quanto ao Planejamento de Requisitos de Materiais. Definida a
data e escolhido o local, é necessário listar quantos comparecerão (este é o nosso PMP) para
verificar se há disponibilidade de capacidade das "ferramentas" (pratos, talheres, copos, guardanapos
e espaço na mesa em número suficiente – supõe-se que a churrasqueira que é o componente-chave
tenha capacidade) e, em segundo lugar, calcular quanto de cada "material" (galeto, bebida, salada)
será necessário. Sabe-se que em média são 300g de galeto por pessoa, 3 latas de bebida e 200g de
batata crua com casca (esta é a Lista de Materiais do 'galeto'). Inscreveram-se 18 colegas (pedido
firme) mas 2 ainda deverão definir (margem de previsão). Logo serão necessários os seguintes
componentes (PMP x LM):
20 x 300g = 6 kg de galeto;
20 x 3 latas = 60 latas de bebidas;
20 x 200g = 4 kg de batata.
As "ferramentas" (pratos, talheres e copos) que faltam poderão chegar no local no dia da
realização do evento, basta combinar com um dos colegas que disponha dos mesmos para levá-los.
Ou seja, basta somente programar para que estes itens cheguem com alguns minutos de
antecedência em relação ao horário estabelecido, para que a mesa possa ser arrumada. Não há
necessidade de chegar antes. Os "materiais", no entanto, necessitam de providências com
antecedência variável:
a) os 6 kg de galeto têm que ser adquiridos, limpos, temperados, espetados e assados antes de
ser entregues aos clientes (servidos);
b) os 4 kg de batata tem que ser adquirida, descascada, picada, cozida, resfriada e temperada
antes de ser disponibilizada ao cliente (colocada na mesa);
c) as 60 latas de bebidas têm que ser adquiridas e refrigeradas.
Estes são os itens de demanda dependente, ou seja, suas quantidades dependem do número
de inscritos (pedidos firmes) e da previsão para novas inscrições (novos pedidos). A antecipação de
sua aquisição dependerá do ‘tempo dos processos’ aos quais os mesmos têm que ser submetidos.
Quanto de recursos financeiros é necessário? Onde obter?
Um dos colegas concordou em utilizar o "limite" de sua conta corrente, desde que a turma
pague os juros que incidirão desde o momento do saque até a reposição na conta. Esta reposição
deverá ocorrer no dia do galeto, quando os recursos serão arrecadados entre os participantes e
entregues ao colega para depositar em sua conta (os clientes pagando o 'produto' à vista, contra
entrega). Portanto, quanto mais tarde forem adquiridos os 'materiais', menos probabilidade a turma
terá de pagar juros.
Definida a fonte de recursos financeiros, pode-se adquirir todos os ingredientes de uma única
vez, com bastante antecedência, porém, quanto mais cedo adquirir, mais juros serão pagos, além de
tornar-se necessário congelar o galeto para que não estrague (o que consome energia), a batata
poderá apodrecer e a bebida poderá perder algumas de suas propriedades ou ser extraviada
(consumida por alguém mais sedento). Além disto, terá que ser conseguido local (refrigerador e
armários) para deixar os ingredientes armazenados nas condições recomendadas, o que talvez não
esteja disponível.
Para evitar estes problemas e a incidência de custos desnecessários é mais interessante
adquirir cada ingrediente no exato momento em que eles são necessários para iniciar o processo de
preparo, evitando os juros, a possibilidade de perda de propriedades e a necessidade de espaço para
estocá-los. Ou seja:
o galeto necessita ser limpo, temperado, "reservado" para pegar o sabor do tempero,
espetado e assado e como estas 'atividades' necessitam de 18 horas, podemos comprar o
galeto e iniciar o processo de preparo no início da noite do dia anterior, de maneira que as
13:00 do dia combinado ele estará pronto para ser entregue aos clientes (isto é, servido);
descascar as batatas, cortá-las, cozinhá-las, resfriá-las e finalmente temperar a salada é um
processo que necessita somente de 3 horas (pois muitos colegas se ofereceram para
participar deste processo). Logo, pode-se comprar as batatas na própria manhã do dia do
evento, não havendo necessidade de comprá-las antes;
as bebidas podem ser adquiridas com somente 2 horas de antecedência, pois há um
fornecedor que as entrega pré-resfriadas e em 2 horas podemos deixá-la na temperatura
adequada. Logo não devemos adquiri-las antes, pois se o fizermos teremos que conservá-la
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Ou seja, se iniciarmos o processo de compra dos "materiais" tomando por referência a hora
em que o galeto deve ser servido, precisa-se:
Se procedermos desta forma é provável que não haja necessidade de utilizar o limite do
cheque especial do colega (conseqüentemente não haverá incidência de juros), nem tampouco
necessidade de refrigeradores e armários adicionais. E todos terão um bom galeto e brindarão ao
professor que lhes ensinou sobre MRP. Todos constatarão que é uma técnica realmente elementar,
cuja lógica é de fácil compreensão.
Esta seqüência de procedimento também é realizada por uma “galeteria” de médio porte, que
procura adquirir cada ingrediente para o exato instante em que se torna necessário, em função da
quantidade estimada de clientes, do consumo por pessoa e da existência de algum estoque.
Enquanto a turma de alunos praticou o MRP para uma confraternização especial, a galeteria o pratica
diariamente, sem necessitar de computador ou softwares sofisticados, pois trabalha com um único
produto, de pouca complexidade.
Este procedimento poderia ser o mesmo para uma pequena, média ou grande empresa.
Porém, a complexidade crescente dos produtos (alguns com centenas ou mesmo milhares de
componentes), a própria variedade de produtos com suas opções e características, e o fato de que
um mesmo material ou componente é usado em diversos produtos, em quantidades variáveis,
tornaria esta tarefa impraticável se não houvessem as modernas ferramentas de programação. Por
exemplo, um fabricante de móveis pode utilizar a mesma chapa de madeira de 8 mm de espessura
para todos os produtos que fabrica, em quantidades variáveis para cada um. Ao calcular a
necessidade de compra de chapas, neste cálculo devem ser incluídas as quantidades para todos os
componentes (partes) de todos os produtos que a utilizarão durante o período abrangido pela
programação.
Há ainda o fato de que as empresas compram materiais, com eles executam peças e
componentes que vão se unir a outras peças fabricadas ou compradas, constituindo-se numa sub-
montagem, a qual vai ser montada (unida) a outras peças e/ou materiais e assim por diante, até a
obtenção do produto final.
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Itens de demanda independente são os produtos que a empresa coloca no mercado, cujas
quantidades são determinadas pela soma dos pedidos firmes dos clientes com as margens
ainda esperadas de entrada de novos pedidos (previsão).
Itens de demanda dependente são os materiais e componentes necessários à fabricação
dos produtos que a empresa coloca no mercado. São calculados a partir das quantidades de
produto final ou peças de reposição demandadas pelo mercado.
Como a maioria das empresas fabrica mais de um produto, os quais muitas vezes compõe-se
de um grande número de peças e componentes comuns a vários produtos, é fácil perceber a
extensão e complexidade do problema que seria controlar todos os componentes para todos os
produtos finais, levando em conta os estoques disponíveis, os recebimentos programados com seus
respectivos prazos de entrega, as possibilidades de atrasos, os novos pedidos que constantemente
estão ingressando, eventuais cancelamentos, alterações de pedidos, quebras e/ou falhas na
programação, etc... Seria praticamente impossível gerir todo esse conjunto de informações,
mantendo baixos níveis de estoque, sem auxílio das modernas técnicas computacionais.
Quando os sistemas computacionais eram inexistentes ou precários, as empresas médias e
grandes não tinham como calcular precisamente as quantidades de materiais e componentes
necessários e para não correrem o risco de falta, trabalhavam com estoques de segurança,
compravam em lotes econômicos, adotavam controle de reposição dos estoques do tipo “ponto de
pedido” e para tanto dispunham de um setor especializado, a Administração de Materiais, incumbida
de evitar qualquer risco de falta de materiais ou componentes.
Constituem entradas (informações que alimentam o sistema e que são necessárias para
elaborar o planejamento das necessidades de materiais) do MRP:
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A Arvore de Estrutura da Mesa mostra que ela se compõe de 1 tampo, 1 base e 2 laterais. A
base por sua vez é constituída de 4 pés, 4 travessas laterais e 2 frontais. Isto mostra:
LÓGICA DO MRP
O Programa Mestre de Produção – PMP determina quais produtos devem ser produzidos, em
que quantidade, e em que prazos devem estar concluídos. A partir do PMP e dispondo da lista de
materiais - LM que compõe uma unidade do produto, o MRP “explode” calculando os requisitos brutos
(ou quantidades brutas necessárias) de cada componente. Calculados os requisitos brutos:
Mesa
Tampo Base Laterais (2)
Travessas
laterais (4)
Pés (4) Travessas
frontais (2)
O próprio sistema (se bem alimentado de informações confiáveis) verifica qual o estoque à
mão de cada componente, quais as quantidades já comprometidas com outras produções, quais os
recebimentos programados (e respectivas datas de recebimento), processa estas informações e
determina os requisitos líquidos, ou seja, as quantidades líquidas a serem adquiridas ou fabricadas
internamente, para cada componente, e as datas em que os mesmos serão necessários para que o
PMP seja cumprido.
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As liberações de ordem são planejadas de uma maneira periódica, de modo que os materiais
e componentes chegarão exatamente quando necessários. Após liberada a ordem (encaminhada ao
fornecedor ou entregue ao gerente de produção) a quantidade solicitada torna-se um recebimento
programado.
EXEMPLO
Uma empresa que fabrica luminárias começará a utilizar o sistema MRP para programar a
produção de determinado tipo de abajur. Cada abajur possui uma base de metal, um chapéu cônico
de tubo de aço e dois conjuntos de lâmpadas. Cada conjunto de lâmpada é constituído de um
interruptor e um suporte para lâmpada. O PMP é de 120 abajur para a 1ª semana, 80 para a 3ª, 100
para a 6ª e 120 para a 8ª semana. Há um recebimento programado de um lote de chapéu
para a 1ª semana. A árvore de estrutura do produto e as informações adicionais sobre cada
componente são apresentadas abaixo.
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Observa-se que:
a) os requisitos brutos de chapéu, base e conjunto de lâmpadas (nível 1), que constituirão o abajur
(nível 0), são calculados a partir do PMP do produto Abajur e considerando que esta montagem é
feita na própria semana da entrega.
b) são 2 conjuntos de lâmpadas para cada abajur.
c) os requisitos brutos de interruptores e suportes (nível 2) são calculados em função da necessidade
de montagem do conjunto de lâmpadas (nível 1) e não diretamente do abajur. Assim, como há
necessidade de iniciar montagens de lotes de conjuntos de lâmpadas na 2ª e na 4ª semana, é em
função destas datas que as necessidades de interruptores e suportes devem ser calculadas. Se não
houver estoque suficiente deve-se emitir ordens para suprir as necessidades.
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BIBLIOGRAFIA
ALBRECHT, Karl. Programando o futuro: o trem da linha norte. São Paulo: Makron Books, 1994.
CHASE, Aquiliano; JACOBS. Operations management for competiytive advantage. 9 ed. Nova Iorque:
McGRaw-Hill, 2001.
CORRÊA, H.L.; GIANESI, I.G.N. Just in time, MRP II e OPT. São Paulo: Atlas, 1995.
CORREA, Gianesi; CAON. Planejamento, programação e controle da produção. São Paulo: Atlas,
2001.
FULLMAN, C. et al (Orgs.). MRP, MRP II, MRP III (MRP+JIT/KANBAN). São Paulo: Imam.
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8 ed. São Paulo: Pioneira,
2001.
GIANESI, I. G. N.; CORRÊA, H.L. Administração estratégica de serviços. São Paulo: Atlas, 1994.
GOLDRATT, E.M.; FOX, J. A meta. 2 ed. Ed. amp. São Paulo: Educator, 1992. ______. A corrida.
São Paulo: IMAM, 1989.
SLACK, N. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1997. ______. Vantagem competitiva. São
Paulo: Atlas, 1993.
WOMACK, J.P.; JONES, D.T. A mentalidade enxuta nas empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
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EXERCÍCIOS:
1 - No cenário atual em que vivemos, que papel estratégico do almoxarifado dentro da empresa?
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3 - No cenário atual em que vivemos, que papel estratégico do almoxarifado dentro da empresa?
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4 - ESTUDO DE CASO 1
apaixonado por qualidade e serviços ao cliente, que contagiava a todos na organização, a Xerox deu
uma notável “virada” na década de 80.
As medidas financeiras são inadequadas para orientar e avaliar a trajetória organizacional em
ambientes competitivos. São indicadores de ocorrências (lagging indicators) incapazes de captar
grande parte do valor criado ou destruído pelas ações dos executivos no último período contábil. As
medidas financeiras contam parte, mas não toda, da história das ações passadas e não fornecem
orientações adequadas para as ações que devem ser realizadas hoje e amanhã para criar valor
financeiro futuro.
PERGUNTAS
1) Depois de ler o estudo de caso faça as questões abaixo, descreva:
a) o modelo de transformação (input, processo de transformação e output).
ITEM INPUT PROCESSOS DE OUTPUT
TRANSFORMAÇÃO
Xerox Máquinas para fabricação Compra de material; Máquinas de
de máquinas xerox; Fabricação de peças; qualidade superior
Prédio; Montagem de máquinas; que satisfação as
Funcionários; Movimentação de materiais; necessidades dos
Material. Entrega de máquinas ao clientes.
clientes;
Propaganda da nova
empresa xerox;
Elaboração da estratégia,
focada na satisfação do
cliente.
c) representação polar.
Custo
Rapidez Confiabilidade
Qualidade Flexibilidade
d) a estratégia.
A Xerox com a entrada do novo presidente, passou a rever todos os seus processos e como era o
seu relacionamento com o cliente, passando a partir daí, ter uma nova diretriz, não preocupada mais
só com as medidas financeiras, mas agora com o seu cliente, entendendo o que o mesmo queria e
oferecendo serviços e produtos de acordo com a necessidade do seu cliente, conseguindo desta
maneira reverter à situação de quase falência da empresa.
5 - ESTUDO DE CASO 2
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Como dissemos, a Kenyon criou uma definição muito específica de sua “compradora ideal”. A
imagem da compradora ideal transmitia a todos os funcionários as expectativas de suas clientes no
que concerne à moda. O objetivo da imagem de marca para a Kenyon foi definido assim:
“Faremos da Kenyon uma marca dominante em nível nacional, entendendo claramente a
nossa cliente-alvo e nos diferenciando na satisfação de suas necessidades”.
O sucesso do desenvolvimento dessa imagem de marca dominante foi medido pela
participação de mercado em mercadorias-chave e pelo adicional de preço cobrado em a marca
Kenyon. O sucesso na divulgação de uma imagem de marca atraente seria medido pelo diferencial
de preço que a Kenyon poderia cobrar por artigos genéricos com características e qualidades
similares.
PERGUNTAS
1) Depois de ler o estudo de caso faça as questões abaixo, descreva:
a) o modelo de transformação (input, processo de transformação e output).
ITEM INPUT PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO OUTPUT
Kenyon
Stores
c) representação polar.
Custo
Rapidez Confiabilidade
Qualidade Flexibilidade
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d) a estratégia.
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7 - Quais os aspectos e outras características que fazem com que se organize o Chão de Fábrica
para Puxar ou Empurrar a Produção?
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8 - Programa de produção.
a)
b)
c)
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d)
Programação e controle.
a)
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b)
c)
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d)
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Capacidade de fábrica.
a)
b)
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c)
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