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“Por que você disse que não existe um livro de estudos pra música

popular?"
Alguns meses atrás alguém me perguntou no Youtube:

"Felipe, por que você disse em seus sites (sic) que não existe um livro de estudos para o método
popular? O Mario Mascarenhas fez um!"

Eu nunca disse que não existem LIVROS de estudo para o método popular.

Existem milhares de livros que alegam isso.

Eu disse que não existe o próprio MÉTODO popular.

Essa é uma afirmação muito mais séria e arriscada.

Claro que não soltei essa frase assim isolada.

Expliquei muitas outras coisas sobre o significado.

Quem raciocina apenas em cima daquela frase isolada, simplesmente não entendeu nada.

Mas vamos focar no contexto da pergunta:

De onde o Mário Mascarenhas tirou as regras de tonalidade, formação de acordes, a própria escrita
musical, e a maneira mais eficaz de ganhar alguma técnica?

Certamente não foi de um método popular.

Outra coisa:

Chamar esse livro de MÉTODO popular é o mesmo que chamar minhas instruções de como estudar
pra ganhar coordenação e independência de MÉTODO erudito. Isso não faz sentido nenhum. Pode
até ser que nem o próprio Mário tenha considerado seu livro como um método. O resultado foi uma
simplificação muito rudimentar e banal sobre o que é de fato fazer música popular.

Pode servir como iniciação.

Mas está longe de ser considerado um "método".

Digo mais uma vez:

Não existe método formal pra música popular.

O que existe são adaptações de tudo que foi descoberto e transmitido por músicos eruditos.

Isso não pretende diminuir em nada o valor da música popular.

Toda música depende de uma transmissão viva que transcende completamente os livros e as
indicações de quem quer que seja. A música popular é a expressão dessa espontaneidade por
excelência. Basta observar a biografia dos maiores músicos populares. Aliás, se você fizer
realmente essa análise, vai perceber que uns encarnam muito especialmente essa espontaneidade
e outros decidiram passar pelo estudo formal (e isso é mais uma prova da própria espontaneidade).

Agora o ponto final:

Sempre que se tenta cristalizar esse tipo de atividade em um livro ou em instruções genéricas
demais, ela perde sua característica de espontaneidade.
Portanto é inevitável cair em uma mistura esquisita de popular e erudito.

Uma mistura que não é orgânica.

E exageradamente limitada.

O aluno que estuda as lições do treinamento "O Pianista Aprendiz", por exemplo, aprende a resolver
os problemas técnicos básicos que existem em qualquer tipo de música. Isso não caracteriza um
método erudito, nem um método popular, nem muito menos uma mistura dos dois. Caracteriza, no
máximo, o meu método de resolver os problemas que surgem em qualquer música.

É isso que está transmitido.

Quem se inscrever, pode estudar e formar sua base técnica.

Por que esse treinamento tem essa característica?

Pois quero ensinar aqueles que não tem um professor a como sair do círculo infernal de só ficar
repetindo e repetindo as músicas sem saber como vencer as dificuldades. E esse negócio de só
"repetir, repetir, repetir" sem saber como, é o jeito padrão de agir dos iniciantes e intermediários que
nunca tiveram um bom professor.

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