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IGREJA BATISTA NOVA ALIANÇA

Ministério de Comunhão e Integração

Curso de Batismo e
Novos Membros
Ministério de Comunhão e Integração Curso de Batismo e Novos Membros

Índice:

Estudo 1 Quem é Jesus 02


Estudo 2 O Pecado 06
Estudo 3 A Salvação 03
Estudo 4 Santificação 04
Estudo 5 As Escrituras Sagradas – Palavra de Deus 05
Estudo 6 A Oração 06
Estudo 7 A Igreja 07
Estudo 8 O Batismo 08
Estudo 9 A Ceia do Senhor 09
Estudo 10 Mordomia 10
Estudo 11 A Trindade 11
Estudo 12 Os Acontecimentos Finais 12

Anexo I Pacto das Igrejas Batistas 13


Anexo II O que É uma Igreja Batista 14

Bibliografia:
JANAIT, Ilgonis. ABC Doutrinário. 5 ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1995
PAIÃO Jr, Oswaldo. Quem é Jesus. 1 ed. São Paulo: Abba Press, 1994
Maturidade Cristã. 24 ed. Rio de Janeiro: Missões Nacionais, 2004
FERREIRA, Ebenézer Soares. Manual da Igreja e do Obreiro. 11 ed. Rio de Janeiro: Juerp, 2002

Compilação: Wéllington Nunes de Trindade


Adaptação e Formatação: Pr. Edilson Araújo Santiago

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Estudo 1 QUEM É JESUS

De fato, Jesus é o tema central da própria história da humanidade.


Observe que o próprio calendário divide-se entre duas grandes épocas: Antes
de Cristo (A.C) e Depois de Cristo (D.C).
Mesmo entre alguns povos que ainda não aceitam Jesus como Deus, o
calendário cristão é usado por normas internacionais e motivos político-
econômicos.
A demonstração mais evidente da importância de Jesus na história, é que
toda pessoa, um dia, terá que responder ao convite de Cristo. Todos nós
passamos pela experiência de - em dado momento da vida - termos que
responder sim ou não à proposta de seguir a Jesus. Ninguém consegue escapar
à responsabilidade desta decisão: aceitar ou rejeitar a fé em Jesus. Aos que
respondem afirmativamente, Jesus os presenteia com a alegria da descoberta
do caminho para casa. A paz e um sentimento de felicidade indescritível
invadem o coração de todos aqueles que, disseram sim para um
relacionamento espiritual e vivo com Deus. Este é o momento mais solene e
importante na vida de qualquer um de nós. Quando a pessoa de Jesus vem
residir no espírito humano, na forma do Espírito Santo. Neste preciso instante,
deixamos de ser criaturas humanas e passamos a ser filhos de Deus. Selados
eternamente com o Espírito de Cristo. Herdeiros do Reino de Deus e
embaixadores do Senhor na Terra, com a missão de comunicarmos a
mensagem salvadora de Jesus a todos os povos.

1. Por que o nome do filho de Maria e José de Nazaré teve que ser Jesus? (Mt
1.21-23)
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Nota: O nome de Jesus vem da forma grega e latina do hebraico "Jeshua"


(Josué), que significa "o Senhor é a Salvação". "Cristo" vem da palavra grega
para "Mashiah" (Messias), que significa "ungido". Filho de Davi era um título
messiânico muito popular naquela época.

2. Qual foi o grande objetivo de Deus ao enviar Jesus Cristo ao mundo? (Gl
4.4,5).
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3. Neste sentido, qual foi o evento mais importante da história da humanidade?


(Jo 1.14).

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4. Quem é Jesus segundo a Bíblia Sagrada?


a) (Mt 11.27)
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b) (Jo 1.9)
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c) (Jo 1.29)
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d) (Jo 4.42)
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e) (Jo 6.35)
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f) (Jo 16.28)
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g) (Jo 17.25)
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5. Qual é a mensagem de Jesus para nós, hoje?


a) (Mt 11.28)
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b) (Jo 7.37)
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c) (Jo 8.32)
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d) (Jo 8.46)
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e) (Jo 14.1)
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f) (Jo 14.6)
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6. Qual foi a maior demonstração do amor de Deus pela humanidade? (Jo 3.16).
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7. Por que foi necessário que Jesus fosse crucificado?


a) (Is 53.6)
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b) (Rm 3.23)
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c) (Rm 4.25)
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d) (Rm 6.23)
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e) (Rm 8.34)
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f) (1Pe 3.18)
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8. Assim sendo, todas as pessoas - sem exceção - que não crêem em Jesus,
como seu Salvador pessoal e Deus de suas vidas, estão condenadas a qual
sentença? (Rm 6.23)
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9. O que uma pessoa deve fazer para ter certeza de que foi aceita por Deus
como um verdadeiro filho e passar a usufruir um relacionamento familiar com o
Pai? (Jo1.12)
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10. O que uma pessoa deve fazer para "receber" Cristo em seu coração?
a) (At 16.31)
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b) (At 20.21)
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11. Leia agora João 3.16-19, pense bem e responda:

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a) Qual é o grande benefício, recebido pela pessoa que crê sinceramente em


Jesus?
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b) Por outro lado, o que acontece com aquelas pessoas que tendo ouvido a
Palavra da Verdade e da vida eterna, acham que: "não é bem por aí, todos os
caminhos levam a Deus, de uma forma ou outra..." e rejeitam um compromisso
sério de fé em Jesus?
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12. Para entender a verdadeira importância da vida espiritual precisamos ser


iluminados por Deus. O que acontece quando permitimos que Jesus fale
conosco através da Bíblia? (Jo 8.12)
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13. Vamos agora analisar o texto bíblico de Romanos 3.10-12. Quais das
alternativas abaixo lhe parecem verdadeira (V) e quais falsas (F).
a) ( ) O ser humano busca fazer a vontade de Deus.
b) ( ) Ter uma religião é o suficiente.
c) ( ) Ser crente é ser fanático doente e desinformado.
d) ( ) Ser bom é o que importa para chegar ao Céu.
e) ( ) Nem todas as pessoas são pecadoras.
f) ( ) A maioria não busca a Deus, mas alguns sim.
g) ( ) Todos nós pecamos e nos afastamos de Deus.

14. Todas as pessoas são filhos de Deus? (Jo 1.11-12)


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15. Todos os nossos pecados podem ser perdoados? Como? (1Jo 1.9).
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16. É possível passar da morte para a vida eterna? Como? (Jo 5.24).
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17. Mas, e os meus pecados passados? O que acontece com eles? (Rm 8.1).
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Estudo 2 O PECADO
“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas
transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Sl 51.1)

Introdução
Este assunto tem sido motivo de muita indiferença e ignorância. Satanás tem
feito o máximo para que as pessoas não o levem a sério. Exatamente porque é
o mal principal da humanidade, atingindo todos os seres humanos, e a causa
de todos os demais males e do sofrimento. Por causa do pecado, as pessoas
vivem longe de Deus, não encontram a paz interior e ao morrerem partem para
um destino de sofrimento eterno, sem possibilidade de retorno. As pessoas
consideram pecado apenas um ato publicamente condenável, como matar,
violentar, oprimir e desconhecem a causa, o seu verdadeiro significado.
Vejamos o ensino da Sua Palavra.

2.1 – O seu aparecimento


A Palavra de Deus ensina que, a princípio, não havia pecado e que o ser
humano vivia em comunhão com Deus (Gn 1.27-31). Deus colocou o primeiro
casal como o ponto alto da sua criação, para administra-la e dela obter o seu
sustento, alegrando-se com o que Deus fizera. Satanás, não se conformou com
tanta paz e felicidade. Tentou os seres humanos para a desobediência a Deus
e eles cederam à tentação. Desobedecendo a Deus, perderam a comunhão e,
intimamente, já estavam separados e distantes dele (Gn 1.1-10).

2.2 – Sua Herança


Da mesma formo como herdamos características de nossos pais e avós,
infelizmente ao nascermos, já recebemos, como herança de nossos pais e
avós, o pecado, o mal da raça humana, que transmite de uma geração para
outra e que nós legamos, desgraçadamente, aos nossos filhos e netos (Rm
5.12). É uma doença hereditária. Somos pecadores por natureza e inclinados
para o mal.

2.3 – Sua manifestação e extensão


Qual epidemia hereditária e contagiosa, o pecado expandiu-se rapidamente,
alcançando todas as criaturas. As crianças, ainda pequenas, sem que alguém
tenha-lhes ensinado, já demonstram tendências para os mal e atitudes más.
Resultando o pecado de uma atitude de desobediência e rebeldia diante de
Deus, separa as suas criaturas dele, assim como aconteceu no Jardim do Éden
(Is 59.1-9). E para deturpar cada vez mais a imagem e semelhança de Deus, à
qual o homem foi criado, Satanás nos leva aos atos pecaminosos mais terríveis,
tais, como: depravação moral, violência, falsidade, maledicência, inveja,

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blasfêmia, etc. (Rm 1.1832). O ser humano vai de mal a pior e fica cada vez
mais longe de Deus.

2.4 – Suas Conseqüências


O pecado está em todos os seres humanos e os afasta de Deus (Rm 3.23);
pelo pecado veio a morte (separação) que passou para todos os seres humanos
(Rm 5.12); a sua recompensa, o seu resultado pa todos, é a morte eterna (Rm
6.23). Podemos dizer que a morte existe sob três aspectos: morte física –
separa o espírito do corpo; morte espiritual – separa o ser humano de Deus, já
aqui na terra; morte eterna – aqueles que morrem separados de Deus assim
permanecem na eternidade. O primeiro aspecto é inevitável, o segundo é
passível de ser mudado e o terceiro é irreversível.

Todo o pecado é uma afronta a Deus e à sua vontade e atinge também o


próximo (1Co 8.12).

2.5 – Seu Reconhecimento


Mesmo assim, pessoas há que dizem não ser pecadoras. Em 1João 1.8-
10, temos a declaração de que tais pessoas estão enganadas e de que nelas
não há verdade. São mentirosas e, afirmando não ser verdade o que a Palavra
de Deus declara, fazem Deus mentiroso! Ao pecador que não reconhece o seu
pecado nem o próprio Deus pode ajudar, pois qual o doente que não
reconhecendo estar enfermo estar enfermo não procura o médico e não tomo a
meditação (Lc 5.31,32). Mas ao pecador reconhecido, ao doente desejoso de
curado de sua enfermidade espiritual, Deus concede a graça de, na sua
fidelidade e justiça, perdoar os pecados e purificá-lo de toda injustiça. O pecador
somente pode ser perdoado quando aceita a declaração da Palavra de Deus
de que precisa da cura espiritual e confessa os seus pecados a Deus.

2.6 – Seu castigo


Já vimos que a pena do pecado é a morte, sob três aspectos: um inevitável
e dois passíveis de mudança. E a tristeza da morte, nos três aspectos, está na
separação. O Senhor Jesus, ao morrer na cruz, exclamou: “Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). A Palavra de Deus declara que:
“A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.20). João Batista disse a respeito de
Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Se
Jesus veio ao mundo sofrer o castigo do nosso pecado e se o castigo do pecado
é a separação de Deus, as suas palavras na cruz têm um significado real e
muito profundo. Na cruz, Ele carregou em seu corpo os nossos pecados (1Pe
2.24). Sofreu o castigo do pecado – a morte – a separação para poder livrar-
nos do mesmo.

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Conclusão
Cada ser humano, cada criatura de Deus, pode e deve meditar, à luz da
Palavra de Deus, na sua condição natural e hereditária de pecador e pensar
nas tristes conseqüências. Pode e deve ir a Deus, por meio de Cristo Jesus, e
pedir que o castigo sofrido por Cristo na cruz o liberte do pecado confessado a
Deus.

Questionário

01. Em que consistiu o pecado primeiro casal? (Gn 3.6)


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02. Por que Deus expulsou os pecadores do Jardim do Éden? (Gn 3.22-23)
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03. Como é que o pecado chega a cada um de nós?


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04. Qual é a recompensa do pecado?


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05. O que significa morte eterna?


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06. Quem sofreu o castigo do pecado? Como?


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“O pecado é o vírus da doença que leva a morte eterna todo aquele que não
busca a sua cura enquanto é tempo.”

Estudo 3
A SALVAÇÃO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16)

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Introdução
Tendo Cristo Jesus sofrido na cruz do Calvário o castigo do pecado, pode
agora dar a salvação ao pecador.

3.1 – Mediante a graça de Deus


A Palavra de Deus declara que somos salvos pela graça (Ef. 2.8,9). Não
se pode comprar o que é dado graciosamente. Tentar comprar a salvação é
ofender a Deus, pois o preço mais alto já foi pago: a encarnação, a morte e a
ressurreição de Jesus Cristo, como expiação do pecado. È uma dádiva de
Deus. Não se compra: ou se aceita ou se rejeita, pois já está paga. Ninguém
pode alcança-la praticando boas obras. As boas obras devem ser o resultado
de uma pessoa salva. As boas obras não podem produzir a salvação, pois então
seria merecimento humano e tornaria desnecessário o mérito de Cristo Jesus.
A salvação é que produz as boas obras (Ef 2.10).

3.2 – Mediante o arrependimento


Jesus, ao iniciar a sua tarefa na terra, declarou que o tempo estava
cumprido, o reino de Deus havia chegado e ordenou: “Arrependei-vos e crede
no evangelho” (Mc 1.15).
Arrependimento é a profunda consciência do pecado, é a tristeza pelos
próprios pecados, é, pela graça de Deus, dar as costas ao pecado e começar a
caminhar na direção de Deus. Há um aspecto constante de arrependimento na
vida do crente. Mesmo já estando salvo, no processo da santificação, precisa
renovar a sua mente (Rm 12.1,2). O arrependimento é mudança de mente.
Neste sentido, o crente já salvo tem o caminho da vida cristã toda, para
continuar a mudar a sua mente.

3.3 – Mediante a fé
Fé na graça de Deus; na morte vicária de Jesus Cristo; na capacidade de
Deus aceitar o pecador arrependido e de perdoá-lo. Em Hebreus 11.1,2, lemos
que a fé é qual “firme fundamento” das coisas esperadas de Deus e qual “prova
das coisas espirituais que não podem ser provadas em laboratório.
Fé é a união íntima e espiritual da criatura humana com Deus. Fé é a muito
mais do que mera emoção. As emoções são passageiras e enganosas, sujeitas
a contingências de estado de espírito e a manipulações. A fé salvadora ocorre
na ocasião da conversão; a fé que faz crescer na comunhão com Deus é
constante. A de hoje conduz à de amanhã – “de fé em fé”.

3.4 – Mediante a regeneração


Muitas pessoas enganam-se ao pensar que, afinal de contas, todos somos
filhos de Deus. Em João 1.12,13, lemos que somente aqueles que recebem a
Cristo e crêem no seu nome são feitos de filhos de Deus. É uma nova geração
– a regeneração. Antes não eram filhos de Deus; eram criaturas de Deus.

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Agora, tornam-se filhos de Deus. Em João capítulo 3, Jesus enfatiza repetida e


profundamente a verdade de que
“necessário vos é nascer de novo”.
A pessoa não regenerada é nascida apenas naturalmente, portadora do
pecado e está condenada à perdição eterna. A pessoa regenerada é “nascida
de novo”, espiritualmente.
A regeneração é um ato de Deus, mediante o sacrifício de Cristo e
mediante o arrependimento e a fé. Para tanto, é o Espírito Santo de Deus quem
convence o pecador e o induz à experiência da regeneração (Jo 16.7-11). O
Espírito Santo é o representante de Cristo Jesus, que aponta na sua direção e
a ele conduz o pecador.

3.5 – Mediante a justificação


Ocorre no processo da salvação (Rm 3.23,24; 5.1). Não temos justiça
própria, pois por natureza somos injustos, pecadores condenados (Is 64. 6,7).
Os nossos pecados, as nossas injustiças, caíram sobre Cristo Jesus (Is 53.4-
6). Ele sofreu o castigo da nossa injustiça. Sendo justo, não precisava pagar
injustiça própria. E a justiça de Cristo agora é transferida a nós (Rm 5.18,19).
Mediante o sacrifício de Jesus Cristo, Deus pode declarar justificado ao homem
injusto, sem que ele – Deus – se torne injusto. O crente justificado é revestido,
é portador da justiça de Cristo (2Co 5.21).
3.6 – Certeza da salvação
Podemos ter a certeza da nossa salvação? Não apenas supor, sentir, esperar,
mas ter a certeza, de
fato.
Em João 5.24, temos a declaração muito clara de Jesus, afirmando que
todo aquele que houve a palavra de Jesus e crê naquele que o enviou tem a
vida eterna, não entrará em juízo, mas já passou da morte para a vida. É, mais
uma vez, questão de crer no que afirma a Palavra de Deus. Em 1João 5.9-13,
está reafirmada a certeza da salvação, pelo testemunho do próprio Deus. Tais
palavras foram escritas aos que crêem no nome do Filho de Deus, para que
saibam que têm a vida eterna. E o testemunho de Deus é maior do que o
testemunho dos homens. A certeza da salvação é testemunhada pelo próprio
Deus!

Conclusão
Somos salvos pela graça de Deus, mediante o arrependimento e a fé em
Cristo Jesus. Somos regenerados e tornamo-nos filhos de Deus. A justiça de
Cristo passa a cada pecador crente e salvo. Não há palavra ou insinuação que
possa invalidar o testemunho de Deus sobre a certeza da salvação, a partir da
nossa conversão.

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Questionário
1 – Pode alguém comprar ou merecer a sua salvação? Por quê?
Resp.:_________________________________________________________
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2 – Que é arrependimento?
Resp.:_________________________________________________________
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3 – Que é crer – ter fé?


Resp.:_________________________________________________________
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4 – Por natureza, as pessoas são filhos de Deus? Por quê?


Resp.:_________________________________________________________
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5 – Como é que uma pessoa nasce de novo?


Resp.:_________________________________________________________
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6 – Quem foi único justo aqui na terra?


Resp.:_________________________________________________________
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7 – Como acontece a justificação?


Resp.:_________________________________________________________
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8 – Quando é que a pessoa entra na posse da salvação?


Resp.:_________________________________________________________
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9 – Como podemos ter a certeza da salvação?


Resp.:_________________________________________________________
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10 –
Você já está salvo? Por quê?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
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_______________________

“Ser salvo é tomar posse, pela fé, das promessas de Deus e passar a
caminhar com ele, na direção do céu.”

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Estudo 4
A SANTIFICAÇÃO
“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos
corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto
racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa perfeita e
agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2)

Introdução
Vimos que o arrependimento é mudança de mente, de atitude. É um passo
decisivo na salvação. Mas esta também tem um aspecto progressivo, de
transformação constante, para experimentar, cada vez mais, a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus. É a renovação da mente do salvo, para torná-la
cada vez mais chegada à vontade de Deus.

4.1 – Conceito
A idéia de santo, na Palavra de Deus, inclui dois aspectos: o de retidão e
o de separação. O conceito de retidão está implícito na pessoa do próprio DEUS
(Is 6.1-13; Tg 1.17,18). Deus é reconhecido e proclamado santo, com muita
reverência e humildade, e nele não há sequer sombra de variação. O conceito

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de separação acentua o contraste entre anátema, separado para a destruição,


e santo, separado para DEUS (Dt 7.1-6; Js 7.7-12).
Ser santo é ser separado para Deus. Ao ser salvo, o crente foi separado
para ser de DEUS, para ser santo para o Senhor, sua propriedade exclusiva.

4.2 – O Processo
A santificação, separação para Deus, principia na regeneração, no novo
nascimento, e dura a vida toda do crente aqui na terra, pela ação do Espírito
Santo, que habita no salvo, e pela vontade do regenerado (Fp 2.12,13; 2Co
3.18-7.1; Hb 12.14). É qual a memória de um computador, cujos dados vão
sendo alterados pelo Espírito Santo e passam a oferecer respostas diferentes,
cada vez mais de acordo com a vontade de Deus (Fp 3.7-14). As coisas que
anteriormente eram imprescindíveis perdem o seu valor, no esforço de buscar
a perfeição de Cristo. Podem acontecer altos e baixos, porém será um processo
ascendente.

4.3 – A luta
Na vida do salvo acontece uma luta constante: a velha natureza, resquício
do pecado, luta contra a nova natureza, resultante da salvação. Satanás lança
as suas armas para tentar nos afastar da verdade, mas Deus sempre vem em
nosso socorro (Ef. 6.10-13; Rm 8.31).

4.4 – A Vitória
Aquele que é de Cristo tem o seu espírito, o Espírito Santo. É nele que o
salvo vive. O Espírito habita no crente e “ajuda na fraqueza” e “intercede com
gemidos inexprimíveis” (tão profundo que não podem ser expressos em
palavras). Ele intercede pelos santos para que obtenham a vitória na luta pela
santificação (Rm 8.26,27).
Não há mais acusação contra os santos de Deus – os salvos por Cristo
Jesus. Foram justificados por Deus. Ninguém, nem coisa alguma, os pode
“separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.31-
39).

4.5 – O Fruto do Espírito


O crente no processo de sua santificação passa a dar frutos, frutos dignos
de arrependimento, os frutos do Espírito (Gl 5.19-25).
O que acontece com o fruto de uma árvore pode acontecer na santificação:
podem ocorrer, no mesmo fruto, alguns gomos maduros e deliciosos e outros
ainda azedos e não amadurecidos. São compartimentos da vida cristã, ainda
não totalmente dominados pelo Espírito Santo. É qual residência alugada, cujo
dono ainda mantenha animal selvagem de estimação em algum dos cômodos
da casa. A santificação é o processo pelo qual o fruto vai se tornando

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igualmente amadurecido, em todos os seus gomos. O Espírito Santo vai


dominando todos os compartimentos da vida cristã.

4.6 – Não viver pecando


Na sua primeira carta, o apóstolo João escreve a crentes, pois os chama
de “meus filhinhos” e afirma que os seus “pecados são perdoados por amor do
seu nome” (1Jo 2.1-12). Mas também afirma que está escrevendo aos filhinhos
“para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos, mas também
pelos de todo mundo” (1Jo 2.1,2). A triste verdade, como já ensinada pelo
apóstolo Paulo, é a de que, mesmo salvos, mesmo ansiando a santificação,
ainda pecamos. João encoraja-nos a não pecarmos. Mas admite que tal pode
acontecer. Ao examinarmos o texto com atenção, podemos traduzi-lo assim:
“...para que não vivais no pecado; mas se alguém pecar ocasionalmente...”.
Esta é a diferença: o crente, ainda que possa pecar, não tem prazer em pecar
e não deseja viver no pecado. Pela ação do Espírito Santo e pela propiciação
de Jesus Cristo, foge de uma vida de pecado.

Conclusão
Em Romanos 12.1,2, o apóstolo Paulo roga, suplica, pela compaixão de
Deus, que o cristão não siga os padrões do mundo, não se amolde a eles, mas
vá se transformando constantemente, pela renovação da sua mente, para que
experimente a sublimidade da vontade de Deus.

Questionário
1 – Como se chama o aspecto progressivo da salvação?
Resp.:_________________________________________________________
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______________________________________________________________
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2– Qual o conceito bíblico de santo?


Resp.:_________________________________________________________
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3– Como se dá a santificação?
Resp.:_________________________________________________________
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4– Descreva a luta íntima do cristão.


Resp.:_________________________________________________________
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5– Como alcançar a vitória na santificação?


Resp.:_________________________________________________________
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6– Qual a ação do Espírito Santo na santificação?


Resp.:_________________________________________________________
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7– Que se entende por “fruto do Espírito”?


Resp.:_________________________________________________________
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8– O crente peca?
Resp.:_________________________________________________________
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______________________________________________________________
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9– Qual a diferença entre pecar e viver pecando?


Resp.:_________________________________________________________
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______________________________________________________________
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“Salvo por Cristo Jesus, busco a atuação do Espírito Santo, que habita em
mim, para ser cada dia mais parecido com Cristo e estar mais próximo de
Deus”.

Estudo 5

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Escrituras Sagradas – Palavra de Deus


“Porque: toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva.
Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para
sempre” (1Pe 1.24,25)

Introdução
Na salvação e no processo de santificação, a Palavra de Deus é agente
por excelência, pois tudo quanto Deus quer que o ser humano conheça da sua
revelação está registrado na Bíblia. Nem mais, nem menos. Ao estudar a Bíblia,
toma-se conhecimento da revelação de Deus, pela própria Palavra de Deus.
O salvo, para conhecer a vontade de Deus, necessita ler, estudar e amar
as Escrituras Sagradas. Quanto mais conhecer, tanto mais segura há de se
sentir na vida cristã. E quando houver conflito com palavras humanas e
emoções, o que deve prevalecer, sempre, é a Palavra de Deus, pois através
dela, Deus se revela a nós, em linguagem humana.

5.1 – É Inspirada
Em 2Pedro 1.20,21, lemos que a profecia de Deus “nunca foi produzida
por vontade de homens”. É uma declaração muito importante. Não há profecia
humana confiável. “Mas os homens santos da parte de
Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”.
Através de milhares de anos, Deus foi se revelando às suas criaturas, que
dele haviam de afastado, através dos grandes homens do Antigo Testamento,
tais como Noé e Moisés, dos patriarcas e dos profetas. Nos primórdios da
revelação, esta passou através de gerações, por tradição oral. É o caso da
narrativa da criação e do dilúvio. Com a invenção da escrita, a revelação de
Deus foi sendo registrada, culminando na pessoa e nos ensinos de Jesus
Cristo, o Filho de Deus, que é o centro da revelação de Deus (Hb 1.1-4).
Podemos afirmar que Deus inspirou homens fiéis a que escrevessem a sua
revelação. Assim surgiram as Escrituras Sagradas. Deus não anulou a
personalidade dos escritores, mas lhes imprimiu a inspiração divina. É o caso
do apóstolo Pedro, um discípulo pescador, o qual, ao escrever a sua carta, fala
da destruição do mundo pelo fogo (2Pe 3.5-7). Séculos atrás, tal afirmação
poderia ter parecido absurda. Hoje, com a desintegração do átomo, é
perfeitamente viável. Somente a inspiração de Deus poderia produzir tal
declaração nos escritos de Pedro. Isto acontece com todos os escritores da
Bíblia.

5.2 – É Verdadeira
Sem medo de errar, podemos confiar na veracidade e na finalidade da
Bíblia. Alguém já afirmou que ela é mais atual do que o jornal de amanhã cedo!
Inspirada por Deus para revelar a sua vontade, ela é verdadeira (2Tm 3.14-17).

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Os homens podem falhar, até mesmo nas suas pesquisas e descobertas.


Deus nunca falha. Sua Palavra é a segurança de cada crente. Considerando-
se o número de escritores da Bíblia, as diferentes épocas em que viveram, o
muito que levou para ser escrita, só mesmo sendo a verdade revelada de Deus.
É tão autêntica que nem mesmo esconde as falhas dos homens que Deus usou
para se revelar. As falhas humanas aparecem em toda a sua inteireza. E a
integridade de Deus sobre todas as coisas (2Co 12.7-10).

5.3 – Faz Distinção


No Salmo 1, encontramos a distinção entre o justo e o ímpio. Este é como
a palha ao vento. Não pode prevalecer no juízo de Deus, nem no meio dos
justos. Seu caminho perece, leva à destruição. O justo não busca companhias
ímpias, é constantemente produtivo na sua vida e o seu trabalho prospera. Qual
a causa da diferença?
No versículo 2, lemos: “antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua
lei medita de dia e de noite”. As Escrituras Sagradas fazem a distinção das duas
classes de homens: os que nelas não meditam – os ímpios – e os que têm
prazer em nelas meditar constantemente – os justos. Alguém já afirmou que a
Bíblia é o livro das diferenças – livro que faz distinção.

5.4 – Sua Autoridade


Em Atos 17.10,11, encontramos atitude digna de ser imitada: a dos
bereanos. Ouviam o ensino dos apóstolos, “examinando as Escrituras para ver
se estas coisas eram assim”. Em matéria de crença, de religião e de prática, as
Escrituras Sagradas são a autoridade única. Não há manual ou ensino que
possa invalidar a autoridade da Palavra de Deus.
Quando o cristão fiel, em humildade de oração, examina a Bíblia, o Espírito
Santo, que inspirou os escritores, ilumina o leitor e o ouvinte, para que
compreendam a revelação de Deus.

5.5 – Sua Penetração


Além de viva e eficaz, a Palavra de Deus é comparada à espada de dois
gumes, que penetra fundo na mente e no coração do crente, meditando e
avaliando seus pensamentos e suas intenções. Atinge a pessoa humana no seu
todo. Nada lhe fica oculto (Hb 4.12,13).
Em Isaías 55.10,11, encontramos a afirmação de que a Palavra de Deus
nunca voltará vazia, nunca deixará de produzir resultados, ainda que de
imediato não pareça assim. É só esperar a semente brotar, crescer e frutificar.

5.6 – Sua Prática


Figura muito expressiva é nos apresentada em Tiago 1.22-25. É a figura
de quem se olha no espelho. Pode ir logo embora e se esquecer do que viu.
Assim é o que ouve a Palavra de Deus e logo dela se esquece. Mas o que

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atenta bem, não sendo ouvinte esquecido, mas praticante, é como quem se
olha no espelho, vê bem a sua imagem refletida e vai melhorar a sua aparência
cristã.
O espelho foi feito para refletir aspectos físicos; a Palavra de Deus foi
revelada para refletir aspetos
espirituais. “E sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos”.

Conclusão
O texto de 1Pe 1.24,25 declara que a nossa vida terrestre e toda a sua
glória são passageiras, como a flor do campo. Mas a Palavra de Deus é eterna,
porque é a revelação de um Deus eterno, não somente para o presente, mas
também para a eternidade.
Em meio ao transitório e ao inseguro, encontramos a segurança do que é
eterno na Palavra de Deus.

Questionário
1 – Que contém a Palavra de Deus?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

2– Que é a Palavra de Deus?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

3– Por quem foi produzida a Palavra de Deus ?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

4– É atual a Palavra de Deus? Porquê?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

5– À luz da Palavra de Deus, como se dividem os seres humanos?

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Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

6– Qual deve ser a única norma de fé e prática do cristão?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

7– Qual a figura bíblica para penetração da Palavra de Deus?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8– Qual a figura bíblica para a prática da Palavra de Deus?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

“Ao ler as Escrituras Sagradas, posso ouvir a voz de Deus falando ao meu
coração e à minha vida, pela ação do Espírito Santo”.

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Estudo 6
Oração
“Orai sem cessar. Em tudo daí graças; porque esta é a vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco” (1Ts 5.17,18).

Introdução
Pela leitura da Palavra de Deus, Ele fala conosco; pela oração nós falamos
com Deus. Buscamos a sua presença, derramamos a nossa alma diante dele
e, na comunhão com Deus, contamos nossas alegrias e nossas necessidades,
agradecemos e pedimos, louvamos e choramos e recebemos a orientação para
a nossa vida, a resposta para as nossas indagações, o consolo e o conforto
para as nossas almas. É através da oração que batemos às portas do céu e
somos ouvidos e atendidos, segundo a sabedoria e a vontade de Deus.

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6.1 – Como Orar


Certa feita, os discípulos de Jesus procuraram-no e lhe pediram que os
ensinasse a orar (Lc 11.1). E Jesus ensinou. Também o novo crente precisa
aprender a orar. Em Mateus 6.5-8, encontramos conselhos dados por Jesus,
antes de ensinar como orar. Ele ensinou que a oração deve ser feita para ser
ouvida por Deus e não com a finalidade de ser vista e apreciada pelos homens.
Não é uma exibição pública ou pessoal; é a busca de Deus, por uma alma
ansiosa dEle.
A melhor oração é aquela feita apenas entre quem ora e Deus, sem outras
testemunhas. Dirigida a Deus, basta a sua presença. Não exclui a oração em
público; condena a oração feita para exibição.
Não precisa ser longa nem repetitiva, pois não é pela extensão da oração
que alguém há de ser atendido. Antes mesmo de orarmos, Deus já sabe qual é
a nossa necessidade. Não se trata de uma informação passada a Deus; trata-
se de um ato de busca e de dependência de Deus.

6.2 – Seus Elementos


Jesus ensinou a oração modelo, o Pai Nosso, que contém os elementos
principais de uma oração (Mt 6.9-15). Pode ser usada, desde que não seja mera
repetição formal. Ensina-nos o que pedir. Dirigimonos a Deus como Pai nosso,
pois todos nós, os salvos por Jesus, somos filhos de Deus. Expressamos o
desejo de que o nome de Deus seja tido como venha o reino de Deus, o domínio
da sua vontade, já completo no céu, também aqui na terra.
Após reconhecermos a santidade de Deus e de expressarmos o desejo da
vinda do seu reino, passamos a orar pelas nossas necessidades – o nosso
sustento.
Rogamos o perdão das nossas faltas, na proporção de como perdoamos
àqueles que estão em falta para conosco! Do modo como Jesus colocou esta
parte da oração, quem não perdoar ao seu semelhante dificilmente poderá
esperar o perdão de Deus para as faltas próprias! Vem, a seguir, um
ensinamento muito precioso: o de suplicar a Deus para que não nos deixe entrar
numa situação em que possamos ser tentados. E que nos livre do mal ou do
Maligno. Vale a pena iniciar cada dia da vida cristã com este pedido, pois o
Maligno somente pode tentar-nos ou assediar-nos até onde Deus permite.
Buscada a proteção de Deus, fica livre o cristão da insistência de Satanás.
Rendemos glória a Deus e terminamos a oração. Quem deseja aprender
a orar, pode examinar a oração ensinada por Jesus, ver os seus elementos e
orar com as suas próprias palavras.

6.3 – Seu Estímulo


Pedir, buscar e bater à porta. Eis como Jesus caracterizava a
persistência na oração (Mt 7.7-11). Pedir, para receber, buscar, para achar e
bater à porta, para que seja aberta. Se nós, que por natureza somos maus,

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não damos aos nossos filhos coisas más, em lugar de boas, quanto mais
Deus há de dar coisas boas aos seus filhos!

6.4 – Orações Não Atendidas


Nem sempre recebemos o que desejamos. Teria falhado o que Jesus
prometeu? Em Tiago 4.1-3, temos a explicação. O apóstolo deixa claro que, às
vezes, não obtemos o que desejamos, porque não pedimos. Outras vezes, não
somos atendidos porque pedimos mal, egoisticamente, apenas para a nossa
própria satisfação. Tais orações Deus não atende. Não que Ele não as
responda. Responde com um “não”, pois sabe que, se atendidas, não fariam
bem a nós, ainda que, no presente, não dá à nós, ainda que, no presente, não
pareça assim. É qual pai que não dá à criança pequena uma brasa, pois sabe
que se queimaria. Mais tarde compreendemos que quando Deus não atendeu
à oração, fez-nos um grande benefício.
No Getsêmane, Jesus ao orar em muita angústia, soube incluir na sua
oração: “todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.40-44).

6.5 – Suas Modalidades


O apóstolo Paulo aponta várias modalidades de oração (1Tm 2.1 e 2).
Pode ser de súplicas (pedidos feitos a Deus de modo especial), de oração
propriamente dita (com os elementos contidos no Pai Nosso), de intercessão
(intercedendo por alguém), de ações de graças (expressando gratidão a Deus
pelos benefícios recebidos). Deve-se orar por todos os seres humanos; pelos
governos constituídos, para que propiciem
“uma vida tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade”. Não há
autoridade constituída que não venha de Deus (Rm 13.1-7). Devemos orar por
elas e obedecê-las, a menos que contrariem os princípios de Deus (At 4.18 e
19; 5.27-29).

6.6 – O Poder da Oração


O apóstolo Tiago (Tg 5.13-18) cita o exemplo do profeta Elias onde
menciona que o profeta, sendo semelhante a nós, orou com fervor para que não
chovesse, e por três anos e seis meses não choveu sobre a Terra. E orou outra
vez e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto (1Rs 17 e 18). A palavra
de Deus afirma que “a súplica de um justo pode muito na sua atuação.”
Somos animados a orar na aflição, a louvar na alegria e a orar pelos
doentes. A unção com óleo não é meramente carismática, pois, de acordo com
a parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37), também era medicação na época.

Conclusão
Em 1Ts 5.17 e 18, somos incentivados a orar “sem cessar”. Não é mais
um ato isolado; é um estado de espírito, em constante sintonia com Deus. Um
estado de comunhão que permite falar com Deus, andando, viajando,

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trabalhando, a qualquer tempo e em qualquer lugar. E em tudo devemos dar


graças!
“Porque esta é vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. Deus não
olha para frases bem construídas, correção gramatical ou formas literárias da
oração. Esta pode ser mesmo sem palavras, apenas um suspiro da alma a
Deus. Ele olha para a sinceridade do coração.
Se muitas realizações não podemos fazer no reino de Deus, há uma que está
ao alcance de todos: orar a Deus sempre.

Questionário
1 – Como podemos falar com Deus?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

2– Porque não há necessidade de se alongar na oração?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

3– Que procurou ensinar Jesus pela oração do Pai Nosso?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

4– A que Jesus comparou a oração?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

5– Que dizer das orações não atendidas?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

6– Quais as modalidades de oração?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________

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Ministério de Comunhão e Integração Curso de Batismo e Novos Membros

______________________________________________________________
_______________________

7– A oração têm poder?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8– Durante quanto tempo de nossa vida devemos orar?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

“A oração é como uma ponte ou uma grande avenida através da qual a terra
se liga ao céu”.

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Estudo 7
A Igreja
“... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não
prevalecerão contra ela”
(Mt 16.18)

Introdução
Sendo a pessoa salva independente do batismo, qual a necessidade de
ser membro de uma igreja? Tornando-se pela conversão um membro da Igreja
de Cristo, no sentido global, envolvendo todos os salvos, por que ainda ser
membro de uma igreja local? Não estaria correta a afirmação de que: “Cristo,
sim; igreja, não!”? Jesus falou pouco, mas o suficiente, tanto sobre a igreja no
seu sentido amplo e global, como também no sentido de uma igreja local. O seu
ensino e o que o Novo Testamento declara são suficientes para compreender o
assunto e aceitar a orientação neotestamentária.

7.1 – Seu Fundador


A igreja de Cristo não foi criada por homens; o próprio Cristo foi o seu
fundador (Mt 16.13-19). Com a pública profissão de fé de Simão Pedro: “Tu és
o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, estava iniciada a edificação da igreja. Sobre a
pedra, a rocha, Jesus Cristo, aceito e professo como o Filho de Deus Vivo,
Simão Pedro foi o primeiro tijolo da construção. Sempre sobre a rocha. Ele deixa
bem claro, em 1Pedro 2.1-10. Cristo é a “pedra viva”, “a principal da esquina”,
“a principal pedra angular”, para os crentes. “Pedra de tropeça e rocha de
escândalo”, para os desobedientes, os não-crentes, que não fazem parte do
edifício da igreja de Cristo. Os crentes professos, assim como Simão Pedro,
são “pedras vivas”, “edificado como casa espiritual”. Cristo Fundou a sua igreja
sobre si mesmo. Cada vez que alguém professa a sua fé nele, como “o Cristo,
o Filho do Deus Vivo”, mais uma pedra é acrescentada ao edifício da casa
espiritual. Sobre Cristo, a pedra angular, os crentes, incluindo Simão Pedro, as
pedras vivas.

7.2 – Sua Missão e Responsabilidade


“As portas do hades não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). O hades era
o reino dos mortos, sem especificar a diferença entre o céu e o inferno. Poderia
ser considerado como o além. Não deixa de ter o seu significado, de ser o lugar
dos mortos. Jesus afirma que as suas porta não prevalecerão contra a sua
igreja. Como?
A morte nunca há de vencer a igreja de Cristo. O próprio Cristo triunfou
sobre ela. Seus seguidores também triunfarão. Os mortos espirituais –
separados de Deus – serão convidados a pertencerem à igreja de Cristo,

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passando da morta para a vida. Os crentes, mesmo morrendo fisicamente,


triunfarão sobre a morte (Jo 11.25,26).
É missão da igreja triunfar sobre a morte, em todos os seus aspectos,
proclamando a Cristo, como o “O Filho do Deus Vivo”. Em Mateus 18.15-22,
Jesus falou sobre a autoridade de sua igreja em ligar e desligar. Neste contexto
levamos à expressão da igreja de cristo, no seu aspecto local. Ela liga e desliga
as pessoas, na proclamação do evangelho. Quem o aceita, está ligado; quem
o rejeita, está desligado. A igreja, ao evangelizar, apenas confirma a decisão
dos céus. Grande é, pois a missão e a responsabilidade da igreja.

7.3 – Sua Expressão Local


No Novo Testamento, a palavra igreja é aplicada em rês sentidos: a igreja
como conjunto de todos os salvos sobre face da terra – mais de 10 vezes; a
igreja triunfante, ou seja, a reunião dos salvos na presença de Deus – apenas
algumas vezes; a igreja como instituição local, com seus membros, seus
oficiais, a sua disciplina – quase 100 vezes.
A igreja triunfante ou glorificada, nós a teremos somente na eternidade,
reunida com Cristo; a igreja militante, no todo dos salvos por Cristo Jesus, em
ação na face global da Terra, é impossível de ser reunida num só lugar ou de
ser sistematizada. Mas a Igreja, como instituição local, nós a temos nos mais
diversos pontos da terra (At 16.5; Rm 16.4-16; 1Co 7.17; 14.34; 16.1-19; 2Co
8.1; 11.8; Ap 1.4-20; etc). Da igreja triunfante ou glorificada faremos parte na
eternidade; da igreja militante, já fazemos parte agora, ainda que não possamos
conhecê-la em toda a sua amplitude; da igreja local, é privilégio de cada
discípulo de Cristo fazer parte.

7.4 – Seus Oficiais


Ainda que o nome não apareça como tal, a implicação de suas atividades
no encargo deste serviço leva-nos a crer que o primeiro oficial a surgir na igreja
local foi o diácono (At 6.1-7). Crescendo o número de convertidos – vários
milhares – a igreja de Jerusalém enfrentou um problema administrativo: ou os
apóstolos cuidariam da oração e do ministério da palavra, ou seriam absorvidos
pelo cuidado das necessidades materiais dos membros da igreja. Esta estava
prestes a se dividir.
Veio a solução: a escolha de sete homens de boa reputação; boa fama;
espirituais, cheios do Espírito Santo, e competentes administrativamente,
cheios de sabedoria para o cuidado do serviço material da igreja. Os apóstolos
continuariam no ministério da oração e da palavra. Em lugar da divisão
iminente, o resultado foi o do crescimento da igreja. Em 1Timóteo 3.8-13, Paulo
apresenta as qualidades para o diaconato e sugere uma prática saudável: uma
prova experimental, antes da efetivação. A palavra diácono, no original, sem o
significado de alguém que presta serviço a outro – de servo. Nunca de senhor

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da igreja; é um servo a serviço da igreja, cuja recompensa é “um lugar honroso


e muita confiança na fé que há em Cristo
Jesus”.
O oficial a surgir no Novo Testamento, a seguir, é o pastor, nome que
aparece poucas vezes. Os apóstolos, testemunhas oculares de Jesus e de seus
contemporâneos, ao passar do tempo, foram desaparecendo e dando lugar à
nova denominação, também designada como bispo e ancião. Três designações
para três aspectos da função pastoral: bispo – aquele que superintende,
administra as atividades; ancião ou presbítero – aquele que goza de respeito e
credibilidade para aconselhar; pastor – aquele que apascenta o rebanho dos
fiéis, cuidando de suas necessidades espirituais.
Em Atos 20.17-38, notamos os três termos e as três funções, para as
mesmas pessoas. Paulo manda chamar os “anciãos” (v. 17); pede que “cuidem
de todo o rebanho” – função pastoral; afirma que foram constituídos “bispos” (v.
28) e que devem “apascentar a igreja de Deus”. Em 1Timóteo 3.1-7 e em Tito
1.5-9, estão mencionadas as qualificações e os pré-requisitos da função do
pastor. Em Apocalipse 1.9-20, Jesus aparece andando no meio de suas igrejas
e segurando os pastores na sua mão direita.

7.5 – Seu Governo e Sua Disciplina


O governo da igreja local é, primeiramente, cristocêntrico, pois Cristo é
autoridade máxima. Onde os seus discípulos se reúnem, promete estar entre
eles (Mt 18.19-20). Tendo a autoridade suprema de Cristo e reunida em seu
nome, a própria igreja é soberana nas suas decisões, pela participação
democrática e consciente de todos os membros presentes. Não pode haver
autoridade maior, nem ingerência. Nem interferência de outra igreja. O que
pode haver são bases de cooperação, por identidade de propósitos e soma de
esforços.
Em Mateus 18.15-17 estão delineados os passos para a disciplina na
igreja local: primeiro a exortação individual, pessoa a pessoa; em caso de
insucesso, a exortação de uma pequena comissão; falhando esta, leva-se à
igreja no seu todo; não se alcançando êxito, nem mesmo assim, então, e
somente então, considere-se como “gentio e publicano”, uma pessoa não salva
a ser ganha para Deus. Em caso de sucesso, “terás ganho teu irmão”.

7.6 – Sua Relação com o Estado e a Liberdade Religiosa


Cremos numa igreja livre, num Estado livre (Mt 12.15-22). A história do
cristianismo ensina que, sempre que houve ingerência de um em outro, houve
prejuízo e ambos se deturparam. Não se confundem. Um exerce a sua
autoridade na esfera civil, o outro, na esfera espiritual. São dois reinos: o deste
mundo e o de Deus. Coexistem, entre as criaturas de Deus. Ambos são
ordenados por Deus e são responsáveis diante dele. Não há governo que não
seja da permissão de Deus (Rm 13.1-7). Em caso de conflito, porém, quando o

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poder civil tenta coibir a esfera espiritual, a primazia será sempre de Deus (At
5.25-29). É dever do Estado assegurar a plena liberdade religiosa; é dever dos
crentes orar pelas autoridades e obedecer lhes, a menos que contrariem as leis
de Deus.
Não se deve exercer coação religiosa sobre qualquer indivíduo, sob
qualquer pretexto. O próprio Deus respeita e responsabiliza o livre arbítrio, com
o qual criou cada ser humano. Cada pessoa é livre para professar a sua crença,
de acordo com a sua consciência, desde que não fira a liberdade e os direitos
dos outros.

Conclusão
Ao que já foi dito, convém acrescentar um aspecto importante: o da atitude
da igreja para com os necessitados, os desfavorecidos da vida. A compaixão
cristã foi ensinada por Jesus e, de modo especial, na parábola do Bom
Samaritano (Lc 10.25-37). Este amor ao próximo tem como alvo primeiro “os
domésticos da fé”, os irmãos em Cristo (Gl 6.10). Em Tiago 1.27, temos definida
“a religião pura e imaculada”, como sendo a atitude positiva para com os
necessitados. Em Mateus 25, Jesus, ao ilustrar o juízo final, enfatiza a atitude
para com os necessitados (31-46)

Questionário
1 – Quem foi o fundador da Igreja?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

2 – Quem é a pedra fundamental e quem são as “pedras vivas”?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

3 – Qual a missão e a responsabilidade da igreja?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

4 – Qual é a aplicação do termo igreja que é mais encontrado no Novo


Testamento?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________

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Ministério de Comunhão e Integração Curso de Batismo e Novos Membros

______________________________________________________________
_______________________

5 – Quais são os oficiais da igreja?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

6 – Qual é a autoridade suprema da igreja e quem é responsável em suas


decisões?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

7 – Como deve ser a disciplina da igreja?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8 – Qual deve ser a sua relação com o Estado e com a liberdade religiosa?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

9 – Qual deve ser a atitude para com os necessitados?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

10 –
Você já é membro de uma igreja local?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________
“O discípulo de Cristo tem o privilégio de poder ser membro da igreja de
Igreja”.

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Ministério de Comunhão e Integração Curso de Batismo e Novos Membros

Estudo 8
O Batismo
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19)

Introdução
O Senhor Jesus, antes de ascender aos céus, deixou a sua carta-
testamento (Mt 28.16-20). Nela está expressa a sua vontade. Ordena a seus
seguidores que façam novos discípulos e que os mesmos sejam batizados “em
nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo”, e integrados nos ensinamentos de
Jesus. Sempre contando com a sua presença. O batismo é uma ordenança de
Jesus, para cada discípulo seu. Por vezes tem sido mal compreendido. O
ensino bíblico, porém, parece-nos muito claro.

8.1 – De João Batista


O precursor de Jesus é o primeiro personagem do Novo Testamento a
praticar o batismo (Jo 1.1923). E o faz na base da mudança de vida –
arrependimento (Mt 3.1-12). O reino dos céus havia chegado na pessoa de
Jesus. Cabia aos homens o arrependimento. Os que foram a João Batista, sem
o arrependimento (mudança de mente), foram por ele duramente repreendidos
e lhes foi negado o batismo. Não se batiza uma pessoa não-arrependida
conscientemente. Os arrependidos, aqueles que ouviram e aceitaram a
pregação de João Batista e confessaram os seus pecados, ele os batizava. No
seu batismo estava simbolizado o arrependimento dos pecados – uma nova
maneira de viver.

8.2 – Ministrando a Jesus


Durante o ministério de João Batista, entre os candidatos ao batismo,
surgiu o próprio Jesus. Foi uma grande surpresa para João Batista. Não quis
batizar Jesus, pois este não tinha de se arrepender, enquanto que João Batista
tinha (Jo 3.13-17). Porém Jesus insistiu: convinha “cumprir toda a justiça”.
Sendo o batismo de João Batista para os arrependidos e não tendo Jesus do
que se arrepender, por que teria feito questão de ser batizado? Estava
cumprindo “toda a justiça”. Levando sobre si os pecados dos arrependidos
salvos, estes haveriam de segui-lo. Passou pelo batismo não devido ao seu
arrependimento próprio, mas apontando o caminho a seguir aos arrependidos
crentes. Foi a frente cumprindo “toda a justiça” e para que todo o crente o
imitasse.

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Ministério de Comunhão e Integração Curso de Batismo e Novos Membros

O próprio Deus se manifestou, aprovando o batismo de Jesus (Mt 3.16,17).


Buscado por Jesus e aprovado por Deus, é o exemplo a ser seguido por todos
os discípulos de Jesus – os crentes.

8.3 – A Mando de Deus


No trecho bíblico de João 3.22,23 e 4.1,2, encontramos aparente
contradição, pois em 3.22 lemos que Jesus batizava, e em 4.2, que ele próprio
não o fazia, e sim os seus discípulos. A ordem era de Jesus; os executores
eram os seus discípulos. Podemos deduzir que Jesus ordenava e orientava os
batismos que seus discípulos ministravam.
João Batista continuava batizando (3.23). Batizava em Enom, “porque
havia ali muitas águas; e o povo ia e se batizava”. Percebe-se a sua preferência
por muita água, para a realização dos batismos. Submetendo-se ao batismo,
Jesus deu o exemplo aos crentes. Orientou os seus discípulos na administração
do mesmo e não se opôs a João Batista, que batizava em local de grande
quantidade de água.

8.4 – Sua Ordenança


Em Mateus 28.19,20, temos a seqüência prevista por Jesus: primeiro faz-
se o seu discípulo – aquele que segue o Mestre; a seguir, este discípulo é
batizado “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Segue-se a tarefa
da igreja de ensinar o discípulo batizado a guardar todas as coisas que Jesus
ordenou. Discipulado, batismo e aprendizado cristão. Não se trata, pois de uma
criação ou de uma opção humana; é uma ordenança de Jesus. Ao seu discípulo,
cabe obedecer.

8.5 – Num Exemplo Bíblico


No livro de Atos, que narra os primórdios do cristianismo, encontramos um
exemplo bíblico de alguém que buscou a verdade e, ao se declarar discípulo de
Jesus, procura ser batizado e é atendido (At 8.26-40). Um dos seguidores de
Jesus, Filipe, que guiado pelo Espírito Santo, encontra um viajante etíope, que
ocupava alto cargo no governo da rainha do seu país. Era religioso e,
regressando de Jerusalém, lia parte do Antigo Testamento. O Espírito Santo
dirige Filipe para que, iniciando um diálogo, possa explicar o texto bíblico que
fala de Jesus. A explicação, ainda que narrada em poucas palavras do texto
bíblico, provavelmente levou bastante tempo, pois demonstrou ser bastante
completa. Completa ao ponto de o etíope, ao chegarem a um lugar onde havia
água, indagar se há impedimento de ser batizado. A condição que Filipe impõe
é a da crença em Jesus Cristo. Diante da afirmação positiva, realiza-se o
batismo. Parado o carro, “desceram ambos à água” e o etíope foi batizado por
Filipe. Realizado o batismo, ambos “saíram da água”. Convém notar que a água
que um viajante de longo percurso provavelmente levava no carro não era

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suficiente. Suficientes foram a profissão de fé e a quantidade de água em que


ambos entraram para o batismo.

8.6 – Na Sua Forma e no Seu Significado


Recordando o que vimos nas passagens estudadas, percebemos que João
Batista batizava no rio
Jordão; que Jesus, após seu batismo, “saiu logo da água”. Logo fora nela
batizado. João batizava em Enom, “porque havia ali muitas águas”. Filipe e o
etíope utilizaram maior volume de água, à beira da estrada, “desceram ambos
à água” e após o batismo, “saíram da água”.
O apóstolo Paulo, ao escrever aos romanos (Rm 6.1-11), interpreta o
significado do batismo usando as expressões: batizados, sepultados, unidos a
Ele na semelhança da Sua morte. O sepultamento daquela época, e mesmo
hoje, consiste em cobrir o morto completamente. A palavra batizar, transliterada
do original baptizo, geralmente significa mergulhar. Logo, batizados,
sepultados, unidos a Ele na semelhança da Sua morte e mergulhar, mais as
narrativas bíblicas estudadas, indicam inequivocadamente a forma do batismo
como imersão completa do novo discípulo de Jesus. O próprio Jesus a ele se
submeteu.
Pela leitura do capítulo 6 de Romanos, podemos afirmar que, pelo batismo, o
discípulo de Jesus testemunha visivelmente que:
a) Cristo morreu, foi sepultado, ressuscitou e vive. Temos um Salvador vivo.
b) Pela conversão, o crente morreu para o domínio do pecado, para ressuscitar
em novidade de vida, para Cristo.
c) O corpo físico passará pela morte, assim como Cristo ressuscitou, também o
crente ressuscitará num corpo transformado.
O batismo do novo discípulo é uma pregação sem palavras.

Conclusão
O batismo a ninguém salva, tampouco a salvação dele depende. O
salteador na cruz não teve tempo de ser batizado, mas foi salvo (Lc 23.39-43).
Se algum não salvo for mergulhado, continuará sendo pecador perdido. O
batismo é o testemunho do salvo. É o primeiro ato de obediência que Jesus
pede ao seu discípulo, após o seu arrependimento (At 2.38). Cabe ao discípulo
seguir a ordem e o exemplo do Mestre.

Questionário
1 – Que disse Jesus sobre o batismo, antes de ascender aos céus?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

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2– Qual a condição que João Batista exigia para o batismo?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

3– Por que Jesus foi batizado?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

4– Por que João Batista batizava em Enom?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

5– Na seqüência da ordenança de Jesus, onde fica o batismo?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________ 6 – Como se deu o batismo do etíope
evangelizado por Filipe?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

7 – Qual a forma bíblica do batismo?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8 – Qual o significado do batismo?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

9 – Se o batismo não salva, por que deve o salvo ser batizado?

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Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

10 –
Você é um crente biblicamente batizado?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

“O batismo é o retrato vivo do que se passou no coração e na vida do novo


convertido”.

NOTA:

Nas igrejas batistas, quando uma pessoa é batizada, ela também é aceita na
membresia da igreja local,

portanto essa pessoa poderá votar e ser votada em cargos eclesiásticos


naquele corpo local. Essa pessoa

deve realmente mostrar os frutos dignos de arrependimento, para que a


congregação tenha tranquilidade

para aceitá-la em sua membresia, caso contrário, a igreja em assembléia


poderá rejeitar a aceitação

dessa pessoa, o que certamente irá causar grande constrangimento.

No momento da preparação para o batismo, o candidato deve ser instruído


acerca da administração da

igreja local.

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Estudo 9
A Ceia do Senhor
“Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis
anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha” (1Co 11.26)

Introdução
Das duas ordenanças deixadas por Jesus, a Ceia do Senhor é a segunda,
para todos os seus discípulos integrados na igreja. O batismo simboliza a
transformação havida, por meio de Cristo, na vida do novo seguidor; a Ceia
relembra e proclama o que Cristo fez, “até que Ele venha”.
O próprio Jesus instituiu a ceia do Senhor, dela participou e deu
orientação. Para o crente – discípulo de Jesus Cristo – é um privilégio participar
desta ordenança.

9.1 – Após a Páscoa


O povo escolhido de Deus – Israel – ao sair da escravidão, teve, instituído
por Deus, o memorial da Páscoa, para relembrar a libertação outorgada por
Deus (Ex 12.1-28). Deus levantou um homem – Moisés – preparou-o para a
tarefa e o enviou para negociar e conduzir o povo na sua libertação. O
governante opressor não cedeu diante dos pedidos e dos sinais perante ele
feitos. Vieram as dez pregas, e ao final delas, é instituída a Páscoa, que
comemoraria a libertação do povo, do jugo estrangeiro. Um cordeiro ou cabrito,
sem defeito, é assado ao fogo, para cada família ou famílias vizinhas, são
servidos pães sem fermento, com ervas amargas. O sangue do cordeiro,
aspergido no batente da porta, seria o sinal para que a última praga, a da morte
dos primogênitos, passasse ao largo daquela casa. Então se daria o êxodo do
povo. A Páscoa tornou-se comemoração obrigatória anual, para o povo de
Israel. Passou a fazer parte das festas fixas, ainda que, em algumas ocasiões,
tenha sido negligenciada.

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9.2 – Sua Instituição


Como judeu, por descendência de encarnação, Jesus não se descuidou
de participar das festas do seu povo. Antes da sua crucificação, desejou
celebrar, juntamente com seus discípulos, a Páscoa. Quatro passagens bíblicas
narram o acontecimento, que culmina com a instituição da ceia do Senhor (Mt
26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.7-23 e 2Co 11.23-30) Jesus ordenou aos
discípulos que preparassem o local da celebração, participou dela, proferiu
ensinamentos preciosos e instituiu a Ceia do Senhor. Aparentemente,
acompanhando o relato bíblico, Judas, que haveria de traí-lo, participou da
Páscoa, como judeu que era, mas, por advertência de Jesus, não esteve
presente na instituição da Ceia. Podia comemorar a libertação do povo judeu
da opressão estrangeira; não estava em condições de comemorar a libertação
do salvo da opressão do pecado. Judeu, ele o era; crente, não!

9.3 – Seu Modo de Tomar


No decorrer da celebração da Páscoa, Jesus tomou o pão, deu graças (a
Deus), e o partiu, dizendo que simbolizava o seu corpo dado pelos seus
discípulos (de então e de sempre), e o deu para que dele comessem. A seguir
o cálice. O vinho, de boa qualidade, foi dado aos discípulos, dizendo que
representava o novo testamento, o novo pacto, a nova aliança no sangue de
Jesus Cristo. A celebração deveria ser feita em memória de Jesus, anunciando
a sua morte redentora, até a sua volta. Segundo o evangelista Marcos,
cantaram um hino e saíram para o Getsêmane, onde Jesus oraria intensamente
e seria traído e preso. A Ceia do Senhor é memorial para os crentes confessos.
Nada significa para o incrédulo.

9.4 – Seu Significado


Não se trata de um sacramento ou de uma transubstanciação, o que seria
uma repetição do sacrifício de Cristo (Jo 19.30; Hb 7.26-28). Também não traz
ao participante outra bênção, a não ser a da consciência de estar cumprindo
uma ordenança deixada por Jesus. É memorial de Jesus Cristo para os seus
discípulos confessos. Toma-se com profunda reverência e exame interior,
proclamando-se o passado (sua morte) e anunciando o futuro (até que venha).
Em 1Co 10.14-22 e 11.17-34, o apóstolo Paulo faz recomendações e
adverte contra o uso indevido da Ceia do Senhor. O crente que dela participa
não pode servir a outro culto. A ocasião de tomá-la não se presta pra matar a
fome física ou para se embebedar. A Páscoa, da qual Jesus participou, tem
significado para o judeu. A Ceia do Senhor, que ele próprio instituiu, tem
significado para o crente confesso.

9.5 – Suas Variações


Ao ser instituída, o pão era sem fermento e o vinho num cálice comum.
Hoje se usa pães diversos e, por medida de higiene, cálices individuais. Estes,

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para evitar a embriaguez, podem conter suco de uva, em lugar do vinho. Temos
ouvido falar de crentes, em lugares remotos, que usaram como pão aquele que
lhes serviria de alimento e, em lugar do vinho, inexistente, suco de frutas
semelhantes. Todavia, não convém se afastar muitos dos elementos originais,
para que o simbolismo não perca a intensidade do seu significado.

9.6 – Todas as Vezes


Jesus não falou sobre a freqüência da celebração. Aparentemente os
cristãos tomavam-na por ocasião dos cultos. Há igrejas que a celebram
dominicalmente. Outras o fazem mensalmente, o que parece ser mais comum.
Ainda outras igrejas celebram-na a cada dois meses. “Todas as vezes”, desde
que não se torne mera rotina e não tão espaçado que facilite o esquecimento
do memorial.
Ministra-se esta ordenança e dela se toma parte, com toda a sobriedade
e reverência de uma ordenança do senhor Jesus Cristo. Devem ser momentos
de profunda reflexão e de gratidão a Deus.

Conclusão
Não se sentindo o crente, ocasionalmente, em condições espirituais de
participar da Ceia do Senhor, será compreensível, ainda que lamentável.
Tornando-se tal atitude sistemática, estará tal pessoa em condições de ser
crente? Não será o caso de se humilhar na presença de Deus, derramar o seu
coração e alcançar a paz interior?

Questionário
1 – Quando e como foi instituída a Páscoa?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

2– Quando e como foi instituída a Ceia do Senhor?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

3– O que relembrava a Páscoa?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

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4– O que relembra a Ceia do Senhor?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

5– Como se toma a Ceia do Senhor?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

6– Quais os cuidados ao participar da Ceia do Senhor?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

7– Qual deve ser a freqüência da celebração? Até quando?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8– Você, como crente professo, toma parte no memorial da ceia do Senhor?


Por quê?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

“Ao tomar a Ceia do Senhor, estou anunciando a sua morte, até a sua
segunda vinda”.

Estudo 10
Mordomia
"Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás" (2Rs 20.1).

Introdução
Podemos conceituar a mordomia como um modo sábio de administrar a
vida e o cuidado prudente dos bens O mesmo se aplica à mordomia, quando

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encarada à luz da Palavra de Deus. Quanto mais se aproximar do padrão de


Deus, tanto mais sábia e prudente será.

10.1 – Deus é criador e Dono de todas as Coisas


Nos primeiros dois capítulos do livro de Gênesis, encontramos a narrativa
da criação. Todas as coisas, móveis e imóveis, vivas ou sem vida, sólidas,
líquidas ou gasosas, na Terra, acima da terra ou abaixo da superfície, foram
criadas por Deus. Podemos afirmar que Deus usou os seus próprios recursos,
para tudo criar.
Se alguém, usando os seus próprios recursos, material, tempo e energia,
produz algo, ele será o proprietário do que foi produzido. Assim acontece com
Deus. Como o criador do universo todo, é ele o legítimo dono de todas as coisas
(SI 19.1-6; 24.1,2).

10.2 – O Homem é Administrador ou Mordomo da Criação de Deus


Já no primeiro capítulo da Bíblia lemos que o Senhor Deus, ao completar
a obra da criação, confiou ao homem o domínio de toda a criação (Gn 1.26-30).
Cabia a ele povoar a Terra e administrá-la sabiamente. Ao observar o que se
passa no mundo, temos a impressão de que os homens, que não dão o devido
valor às ordens de Deus, não têm sido administradores fiéis. Muitas espécies
de animais, de aves, de peixes etc, criadas por Deus, têm sido extintas
impiedosamente. As águas estão poluídas pelas substâncias e resíduos
químicos, pelo lixo e pelo esgoto. A atmosfera está poluída pelas indústrias e
pêlos resíduos nucleares. As matas são cortadas e queimadas. O globo
terrestre está rodeado de sucata espacial.
Na abóbada atmosférica estão os rombos na camada de ozônio, proteção
natural da vida, e a Terra sofre o efeito estufa do aquecimento, correndo o
perigo do derretimento das geleiras e de serem inundadas mas populações
litorâneas. A qualidade do ar, nas grandes cidades, torna-se cada vez mais
insalubre e surgem novas doenças e pestes. Em lugar de águas cristalinas, as
correntes dos rios estão escuras, opacas e poluídas. Tudo devido à ganância
do homem e sua má administração da criação de Deus. Cresce a impressão de
que o homem é seu próprio inimigo, levando a si mesmo à morte e à destruição.
O administrador não é o dono. Deve prestar contas ao proprietário.
Em Lucas 16.1,2, Jesus fala de um administrador de má fama. Ele havia
desperdiçado os bens do proprietário. Este o chamou à prestação de contas.
Como ficará o homem, quando Deus o chamar a prestar contas da
administração da criação de Deus? Chegamos a pensar que, se o homem
continuar a destruir e a dissipar o que Deus lhe confiou para administrar, o
Criador pode vir a permitir um final tenebroso, quando tudo se acaba, para
depois recomeçar com um punhado dos que lhe são fiéis. Nos dias de Noé, tal
aconteceu pela água (Gn 6-8).

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Agora poderá ser pelo fogo. Isto, se a volta do Senhor Jesus não
acontecer antes.

10.3 – Mordomia do Tempo


Como usamos e como gastamos o tempo que Deus nos dá? Em
Eclesiastes 3.1-11, lemos que "tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para
todo propósito debaixo do céu". No texto, especifica-se detalhadamente o uso
apropriado do tempo, chegando mesmo a afirmar: "tudo fez formoso em seu
tempo; também pôs na mente do homem a idéia da eternidade, se bem que
este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim". Deus
criou um tempo para tudo; até para se pensar na eternidade! Pena que o
administrador do tempo — o homem — não o possa descobrir!
Temos tempo para o trabalho, para o estudo, para o repouso, para o lazer,
para a reflexão, para as coisas espirituais, para Deus. Em Tiago 4.13-17, é
narrado um planejamento imprudente do tempo. O resultado é desastroso. A
advertência é para se planejar o uso do tempo, conforme a vontade de Deus.
Daí a humilde súplica do salmista: "Ensina-nos a contar os nossos dias de tal
maneira que alcancemos corações sábios" (SI 90.12).

10.4 – Mordomia dos Talentos


Em Mateus 25.14-30, fala-se da distribuição dos bens — talentos — pelo
proprietário a seus servos:
um recebe cinco, outro dois e o terceiro um, “cada um segundo a sua
capacidade". Ninguém fica sem! Cada qual tem a capacidade de, usando
sabiamente os seus talentos – seus dons fazer com que produzam e se
multipliquem. E possível usá-los e aumenta-los, ou enterrá-los. Mas virá o dia
da prestação de contas. Com elogio ou com repreensão; com recompensa ou
com castigo. Tudo depende de como são administrados. Alguns têm
capacidade de administrar bem um número maior de dons. Outros, um número
menor. Ao observar o servo que recebeu um único talento, concluímos que não
há cristão que não tenha, confiado em Deus, ao menos um talento. Sugerem
alguns que este único talento seria a capacidade de orar, ainda que a sós.
O importante é não se esquecer de que os talentos são dados segundo a
capacidade de cada um e que, na prestação de contas, cada qual responderá
pelo uso dos seus talentos, não dos outros.

10.5 – Mordomia do Corpo e do Sustento


Quando Deus criou o homem, fez o seu corpo da composição da terra "e
soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida" (Gn 2.7). Enquanto o ser humano vive
aqui na Terra, o seu espírito habita no corpo. Ao vir a morte, o espírito liberta-
se do corpo regressa a eternidade, enquanto que o corpo volta ao pó da terra
(Ec 12.7).

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Na carta de Paulo aos Romanos 12.1.2, está o desafio à entrega do


próprio corpo "como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus", como "culto
racional" ou inteligente. E para não amoldá-lo aos padrões do mundo. Em
1Coríntios 6.18-20, há forte advertência contra a impureza moral do corpo. O
corpo do cristão é santuário do Espírito Santo, que nele habita. Pertence a
Deus. Ao remido, cabe glorificá-lo, também no seu corpo. A devassidão, a
embriaguez, os vícios, os tóxicos, as drogas e os hábitos prejudiciais ao corpo
são faltas contra o templo do Espírito Santo. Somos responsáveis pela
mordomia deste templo. O corpo do cristão, dentro do possível, deve ser
saudável, limpo, bem cuidado e de boa aparência. Digno de ser habitado pelo
Espírito Santo.
Na oração Pai Nosso, já estudada anteriormente, Jesus ensinou a orar
também pelo sustento diário: "o pão nosso de cada dia nos dá hoje" (Mt 6.11).
O nosso sustento vem de Deus. Ele nos dá forças e condições para ganharmos
o pão de cada dia. Também é ele quem abençoa as plantações e o seu cultivo,
para que haja boa colheita e alimentação. É justo, pois que não somente oremos
pedindo, mas que também, à mesa, agradeçamos o alimento.
A Palavra de Deus recomenda o trabalho honesto, em prol do sustento
(1Ts 4.11-12). E adverte que "se alguém não quer trabalhar, também não coma"
(2Ts 3.10-12). Quem, sendo crente, trabalha sossegada e dignamente, não
precisa ficar ansioso acerca de sua vida e do seu corpo (Mt 6.25-34). Deus ha
cuidar dele, mais do que das belas flores do campo ou das aves do céu.

10.6 – Mordomia dos Bens e dos Dízimos


Deus também concede os bens materiais, ainda que não igualmente. Nos
ensinos de Jesus fala-se de ricos e de pobres. Em Provérbios 30.7-9, encontra-
se um pedido admirável: nem a riqueza excessiva, nem a pobreza. Todavia, há
pessoas que em sua riqueza são uma bênção para o reino de Deus. Assim
como há pessoas que na sua escassez vivem satisfeitas e agradecidas a Deus.
A Bíblia narra a parábola de Jesus sobre o apego à riqueza (Lc 12.15-21).
Um homem insensato tornara-se rico e o seu coração se apegou à riqueza.
Todos os seus planos eram avarentos e egoístas. Mas não era "rico para com
Deus". Muitos cristãos adotam o princípio de dar a décima parte de todos os
seus rendimentos para a obra de Deus. Deve ser uma decisão espontânea e
voluntária. No Antigo Testamento, era lei severa. O profeta Malaquias (3.7-12)
fala de pessoas amaldiçoadas que roubam a Deus, não lhe dando o dízimo.
Também fala das bênçãos de Deus para os que são fiéis. Em
Deuteronômio 26.12-15, encontra-se a única oração que só pode ser feita por
quem não reteve para si mesmo o que é de Deus. No Novo Testamento o dízimo
não é muito mencionado. Jesus o mencionou apenas uma vez (Mt 23.23).
Repreendeu os escribas e os fariseus, chamando-os de hipócritas, mesmo
sendo dizimistas fiéis, até das menores hortaliças. Mas não praticavam a
justiça, a misericórdia e a fé. Com o dízimo a pessoa não pode compensar a

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falta de justiça, de misericórdia e de fé. Mas Jesus não renega o dízimo. Ele
afirma: “estas coisas, porém, devíeis fazer” – a justiça, a misericórdia e a fé,
“sem omitir aquelas” – dar o dízimo, mesmo dos menores rendimentos.
Em Marcos 12.41-44, encontramos narrado um acontecimento fascinante
da vida de Jesus aqui na Terra: ele se assenta no templo, defronte do cofre das
ofertas, e observa como as pessoas lançavam o dinheiro no cofre, como as
pessoas davam as ofertas. Chega mesmo a avaliar as quantias! “A sua atenção
não é absorvida pelas grandes ofertas dos ricos, pois eles davam “daquilo que
lhes sobrava” e sim pela pequena oferta de uma viúva pobre, pois ela deu tudo
o que tinha, mesmo todo o seu sustento”! Deus sabe o quanto e de quanto nós
dedicamos à sua obra.
O segredo encontra-se em 2Coríntios 8.1-5. As igreja da Macedônia
contavam com um povo duramente provado e pobre. Todavia deram
voluntariamente, acima de sua posses, participando do privilégio cristão. Por
quê? Porque “primeiramente a si mesmos se deram ao Senhor...”Aqui está o
segredo da mordomia cristã dos bens: antes de mais nada, dar-se a si mesmo
a Deus. “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”
(Mt 6.21)

Conclusão
A mordomia cristã inclui ainda a dívida do conhecimento do evangelho
(Rm 1.14-17). Assim como alguém nos pregou, temos a responsabilidade de
pregá-lo a outros. Somos mordomos cristãos devedores.
A recomendação do texto inicial deste capítulo é clara. O rei Ezequias está
doente, à morte. O profeta é enviado para adverti-lo a pôr a sua casa em ordem,
antes de morrer. Diante de sua fervorosa oração, Deus aumenta o tempo de
sua vida em quinze anos. Infelizmente, não mais foram anos abençoados (2Rs
20). Tornou-se vaidoso com os seus tesouros e ouviu o profeta anunciar o
castigo de Deus. Não teria sido mais abençoado pôr a casa em ordem, no tempo
próprio, sem o acréscimo dos quinze anos? De qualquer modo, a advertência
divina é para pôr a casa em ordem. Que sejamos bons mordomos!

Questionário
1 - Quem é o criador c o dono de todas as coisas?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

2-A quem Deus confiou a administração da sua criação?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________

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______________________________________________________________
_______________________

3-Como tem agido o homem com a criação de Deus?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Como ser um bom mordomo do tempo?


4.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Que se entende por mordomia do corpo?


5.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Qual a atitude cristã para com o sustento?


6.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

7 Como administrar os bens?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8.O que é o dízimo?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

9.Que se entende por mordomia do evangelho?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________

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______________________________________________________________
_______________________
10. Como vai a sua administração das coisas de Deus?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

“Diante de Deus, sou responsável pela mordomia da sua criação e de tudo


quanto me confiou”.

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Estudo 11
A Trindade
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito
Santo sejam com todos vós" (2Co 13.13).

Introdução
Não é fácil o assunto deste capítulo, pois diz respeito ao próprio Deus —
o Ser infinito e espiritual que as mentes humanas finitas não podem aprender
completamente. Mas sendo ele o nosso Criador, tendonos criado à sua
imagem e semelhança e tendo-se revelado em Jesus Cristo e na Palavra de
Deus, buscamos conhecê-lo melhor, à luz da Bíblia. Entendemos a Trindade
como as três pessoas nas quais Deus se revela a nós que são unidas num só
propósito e na essência.

11.1 – DEUS PAI – O Criador e Sustentador


Ao lermos os primeiros capítulos da Bíblia, que narram o começo das
coisas criadas, notamos que Deus já existe no princípio, e mesmo antes do
princípio. Ele é eterno (Sl 90.2), não tem princípio nem fim. Como tal, é o Criador
do céu e da terra, do universo, dos seres vivos e do próprio tempo (Gn 1 e 2).
Não somente é o criador de tudo, como também o sustentador das coisas
criadas. É o Senhor e o juiz da História. A História começou a partir do seu ato
criativo e terminará no juízo final.
A Bíblia ainda nos ensina que é um Deus onipresente — está em todos os
lugares, no tempo e no espaço; onisciente — conhece todas as coisas; e
onipotente — pode todas as coisas (SI 139).

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11.2 - DEUS FILHO — O Salvador e Senhor


Eterno como o Pai, profetizado pelos profetas do Antigo Testamento,
revelou-se como o Verbo encarnado, ao vir a este mundo na forma de Deus--
Homem (Jo 1.1-18). Sua missão foi a de vir "buscar e salvar o que se havia
perdido" (Lc 19.10). Como já anteriormente estudado, morreu vicariamente,
para expiar os nossos pecados. Ressurreto, ascendeu aos céus, onde está, à
direita de Deus (At 7.56;Hb 10.1113),preparando-nos um lugar (Jo 14.1-6).
Voltará como Juiz e Senhor, confessado por todas as línguas (Fp 2.5-11). "E,
quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se
sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em
todos" (1Co 15.28).

11.3 – DEUS ESPÍRITO SANTO — O Ajudador e Guia


Ainda que presente em todo o Antigo Testamento, especialmente nas
profecias e inspirando a revelação de Deus, o Espírito Santo manifesta-se
poderosamente no ministério de Jesus e após a sua ascensão. É o substituto
de Jesus na proclamação do evangelho, em habitar no crente e em guiar a obra
do reino de Deus (Jo 14.15-18,25,26; 16.5-15; At 13.1-4, 16.6-10). No dia de
Pentecostes, cumprindo a profecia, manifestou-se de maneira singular, com
sinais exteriores, os quais não foram o evento principal. O evento principal foi a
descida do Espírito Santo, a pregação do evangelho, a conversão e agregação
de milhares de pessoas. Assim corno no nascimento de Jesus, os eventos
principais não foram os anjos nas campinas de Belém, nem a estrela no Oriente,
e, sim, a encarnação de Jesus, para a nossa salvação (At 2). Os eventos
principais são permanentes; os secundários foram ocasionais. Estes serviram
para apontar aqueles.
Quando o pecador se arrepende e crê, o Espírito Santo nele toma habitacão
(Jo 14.16,17: 1Co 6.19,
2Co 1.21,22). Pode ser entristecido (Ef 4.30) e abafado (1Ts 5.19), assim como
pode encher o crente (Ef
5. 18). É o selo — o penhor da nossa salvação (Ef 1.13,14; 4.30). É o nosso
ajudador e intercessor (Rm 8.26,27). Produz "o fruto do Espírito" — no singular,
com os seus diferentes gomos, suas manifestações (Gl
5.22-25). Na igreja, produz os dons espirituais (1Co 12.1-11,31).

11.4 – Manifestação Tríplice


No evento bíblico de Mateus 3.13-17, Deus se manifestou nas três
pessoas: Jesus (Deus Filho), saindo da água; o Espírito de Deus (Espírito
Santo), descendo como pomba sobre Jesus; e uma voz dos céus (Deus Pai),
testificando de seu amado Filho.
Ainda que as três pessoas da Trindade sejam inseparáveis, percebemos que,
na economia divina, Deus, através dos tempos, se revela particularmente numa
delas. Assim, a atuação de Deus Pai é ressaltada no Antigo Testamento, desde

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a criação; a atuação de Deus Filho, nos Evangelhos, desde o nascimento até a


ascensão de Jesus; a atuação do Espírito Santo, desde o Pentecostes até a
volta de Cristo, isto é, a era presente. E como já vimos em 1Coríntios 15.24-28,
tudo ficará sujeito ao Filho, que, por sua vez, se sujeitará ao Pai.

11.5 – Uma Unidade


Jesus ensinou claramente a sua unidade com o Pai (Jo 10.30; 14.8-11) e,
ao falar do Espírito Santo, o chamou de “outro ajudador” (Jo 14.16,17), ou seja,
outro da mesma espécie, outro da mesma essência. O Pai é Deus; o Filho é
Deus; o Espírito Santo é Deus. E Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. A Trindade,
sem qualquer um dos três, estaria incompleta. Não há Deus sem a Trindade e
não há Trindade sem Deus.
O Pai está ligado ao Filho e ao Espírito Santo; o Filho está ligado ao Pai e
ao Espírito Santo; o Espírito Santo está ligado ao Filho e ao Pai. Não há
superioridade hierárquica: eles se equivalem. A Trindade é composta dos três:
eles se completam.

11.6 – Na Experiência Cristã


Ao nascermos, tal já acontece pela atuação de Deus: seu ato criativo no
Éden e sua seleção no ato da geração. Ao sermos salvos, o somos por Jesus
Cristo, pela persuasão do Espírito Santo, que passa a habitar em nós. O cristão
tem o privilégio de experimentar a ação completa da Trindade divina em sua
vida — a ação de Deus.

Conclusão
A bênção denominada apostólica, em sua simplicidade bíblica e sem
acréscimos humanos, deseja que “a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de
Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2Co 13.13). E
nós somente podemos acrescentar: amém! "A Trindade só se conhece pela
experiência pessoal do crente com Deus”.

Questionário
1. Por que não é fácil compreender a Trindade?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

2.Quais são as pessoas da Trindade e em que consiste a sua união?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

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3.Que fala a Bíblia sobre o Criador e Sustentador?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

4.Qual o ensino bíblico sobre o Salvador e Senhor?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

5.Qual a ação do Espírito Santo no crente?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

6.Que faz o Espírito Santo no reino de Deus?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

7.Como entender a unidade?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8. Como se vivência a Trindade na experiência cristã?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________
9. Qual a base do conhecimento da Trindade?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

10. Você já experimentou a ação da Trindade em sua vida?

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Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

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Estudo 12
Os Acontecimentos Finais
“Declarou-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda
que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês
isto?” (Jo.11.25,26)

Introdução
E após esta vida, o que será? Eis a preocupação geral das pessoas. E
com razão. Cada um de nós deve estar preocupado com o que sucederá após
a morte.
Dizemos que são acontecimentos finais, para nós. Dentro do plano da
eternidade, são apenas uma introdução, pois a eternidade sempre existiu. A
História presente é apenas um pequeno ponto dentro do todo da eternidade.
Mas para nós, que vivemos o presente, são aqueles que finalizam a nossa
existência aqui na terra e nos introduzem na eternidade. Mais uma vez, vamos
buscar a orientação da Palavra de Deus. Não pretendemos abordar aspectos
controvertidos e polêmicos; vamos nos ater tão-somente aos fatos principais.

12.1 – A Morte
O Novo Testamento fala de três aspectos da morte: o físico (Hb 9.27, 28),
que separa a alma do corpo; o espiritual (Rm 6.23; Ef 2.1,4-7), que separa a
criatura de Deus; e o eterno, também denominado de segunda morte (Ap
20.14,15; 21.8). que separa o homem de Deus na eternidade. Nos seus três
aspectos, a morte é consequência do pecado (Rm 5,12).
Preocupar-nos-emos com o aspecto físico, pois é experiência comum a
todos os seres humanos (Hb 9.27,28). O sacrifício único e suficiente de Cristo
é comparado à experiência única da morte física humana: "como aos homens
está ordenado morrerem uma só vez...". Após o que vem o juízo, o juízo de
Deus. A morte física é uma experiência única na existência humana. Não se
repete. No Antigo Testamento, somente Enoque e o profeta Elias não a
experimentaram. No Novo Testamento, Lázaro e os que foram ressuscitados
por Jesus, e por ocasião da sua morte na cruz, a experimentaram duas vezes

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(Jo 11.37-44; Mt 28.50-53). E tal aconteceu como resultado de uma intervenção


divina excepcional. Além do que, para todos nós, é uma experiência única.
Na morte física, o espírito, que é a parte principal do ser humano, deixa a
sua habitação temporária aqui na terra — o corpo — e vai para a eternidade. O
corpo físico é necessário e útil enquanto vivemos na terra; após-mor te, torna-
se desnecessário.

12.2 – O Estado Imediato


Parece ser esta uma das preocupações principais do ser humano: o que
acontece imediatamente após a morte0 Haverá um período de sono da alma.
qual hibernação espiritual? Acontecera um completo aniquilamento, cessando
a existência? Ou haverá um purga tono para purgar o que ainda não satisfaz as
exigências eternas0 Quanto a uma possível reencarnação, já vimos no
parágrafo anterior, referente à morte, que tal teoria é frontalmente antibíblica.
Dentre muitas passagens bíblicas, consideraremos duas: Lucas 16.19-31:
23.39-43. A primeira é a parábola de Jesus acerca do rico e de Lázaro,
indicando o estado consciente, imediato e imutável após a morte. O pobre
Lázaro, não somente por ser pobre, imediatamente após a morte, é levado
pêlos anjos ao seio de Abraão. Para os hebreus, Abraão é servo de Deus e está
com Deus. Estar no seu seio, no seu aconchego, significa estar com Deus. O
rico. não somente por ser rico, vai ao hades, onde, pêlos sofrimentos descritos,
está no inferno. Não há condição de troca de situações: são eternas.
Também não há possibilidade de retornar à terra, mesmo que seja para
alertar os vivos: "Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos". Era a Bíblia daquele
tempo — a Palavra de Deus, única advertência necessária. A Palavra de Deus
proíbe a invocação dos mortos e afirma que ela própria é suficiente no que
concerne ao pós-morte.
Na segunda passagem, um dos companheiros da crucificação de Jesus
pede-lhe, com fé: "Lembrate de mim. quando entrares no teu reino." E a
resposta pronta e categórica de Jesus é: "Hoje estarás comigo no paraíso".
Pelas passagens mencionadas e pelo ensino bíblico, concluímos que,
imediatamente após a morte, em estado consciente e de identidade pessoal, o
ser humano vai ou para o céu, ou para o inferno, conforme a sua atitude ainda
em vida na terra para com Deus, para com Jesus Cristo e para com a Palavra
de Deus. Tal estado é eterno e imutável.

12.3 – A Segunda Vinda de Cristo


Ao ascender aos céus. Jesus, por meio de seus mensageiros, deixou a
promessa de que voltaria, assim como fora visto ascender aos céus (At l .9-11).
Esta volta de Jesus à terra é também denominada de sua segunda vinda, pois
a primeira se deu por ocasião de sua encarnação.
As Escrituras Sagradas — a Bíblia — ensinam-nos que esta segunda
vinda dar-se-á nas nuvens, com poder e glória (Mt 24.30; Lc 21 27). Muitas têm

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sido as conjecturas sobre a segunda vinda de Jesus. Pessoas chegam mesmo


a incorrer no erro de marcar datas, esquecendo-se de que permanece
desconhecida aos seres humanos (Mt 24.36).
Não cabe aos seres humanos especular sobre a ocasião precisa da
segunda vinda de Cristo. Em Mateus 24 e Lucas 21 Jesus predisse os sinais de
sua volta à terra. Alguns já se cumpriram, outros estão se cumprindo e ainda
outros estão por se cumprir. A recomendação bíblica, do próprio Jesus, é a mais
prudente (Mt 24.42-44), a da vigilância constante, sem especulações, para que
quando acontecer, inesperadamente, estejamos preparados para recebê-lo.

12.4 – A Ressurreição dos Mortos


Juntamente com a segunda vinda de Jesus acontecerá a ressurreição de
todos os mortos. Que espetáculo impressionante! O apóstolo Paulo aborda o
tema em 1Coríntios 15, com clareza e profundidade A sucessão dos eventos é
clara. Jesus volta nas nuvens e os mortos ressuscitam primeiro (1Co 15.50- 52;
1Ts 4.16), num corpo transformado, semelhante ao de Jesus após a
ressurreição (1Co 15.35-49). Então, os que estiverem vivos também terão o seu
corpo transformado (1Co 15.52-54: 1Ts 4.17). O corpo da ressurreição não será
físico, mas espiritual, como o de Cristo, após a sua ressurreição: livre das
limitações físicas e materiais.
Com a ressurreição dos mortos, num corpo transformado, e a
transformação dos vivos, estarão vencidos a morte e o pecado (1Co 15.53-57).
Será a vitória final dos salvos, por meio de Jesus Cristo (1Co 15.20-22).
Também os que morreram sem Cristo serão ressuscitados (Jo 5.28,29; At
24.15).

12.5 – O Juízo Final


Mesmo os crentes, já justificados pela fé, comparecerão diante do tribunal
de Cristo, para serem julgados segundo as suas obras (2Co 5.10). E serão
separados, conforme as suas obras, evidência da sua fé, como ovelhas dos
bodes (Mt 25.31-46).
A memória e a onisciência de Deus são comparadas a "livros" (Ap 20. 11-
15). Todos os mortos, "grandes e pequenos", estarão "em pé, diante do trono".
Abrem-se "os livros" a memória divina, qual computador dos mais
aperfeiçoados, onde estão registradas as obras de cada um. Momento
tremendo! Não fora o "outro livro, que é o da vida", e estaríamos todos
condenados. O "livro da vida" se sobrepõe aos "livros" das obras de cada um.
O registro dos "livros", certamente a todos condenaria; "o livro da vida", para
aqueles que nele estão inscritos, pela fé salvadora no sacrifício remidor de
Jesus Cristo, absolve os acusados (Rm 8.33,34).
Triste a sorte daquele cujo nome "não foi achado no livro da vida" — será
"lançado no lago de fogo".

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12.6 – Redenção Cósmica e Recompensa Final


Pela crença em Cristo Jesus, acontece uma renovação interior, uma
renovação espiritual. Pela ressurreição dos mortos, acontecerá uma renovação
do corpo. Mas há necessidade também de uma renovação da criação (Rm 8.19-
23). O pecado contaminou a parte espiritual do homem, o seu corpo e toda a
criação. Há necessidade de uma renovação cósmica. Há necessidade de "um
novo céu e uma nova terra" (Ap 21.1-5). Tudo será feito novo. Desaparecerão
as marcas do pecado.
Não se alterará o estado de salvação ou de condenação de ninguém.
Serão proclamadas as obras de cada um e, para os salvos, inscritos no livro da
vida, a graça salvadora de Cristo Jesus prevalecerá. Será a consumação da
vida eterna.
O céu e as suas belezas são descritas na Bíblia, com grande ênfase (Ap
21 e 22). Usando ilustrações humanas, o inferno e suas tribulações são
pintados em cores horripilantes, mas reais, nos ensinos de Jesus (Mt 13. 36
431. O joio — os pecadores não arrependidos e condenados — será lançado
"na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes". Em Mc 9.43 48,
Jesus fala do inferno como lugar de eterno suplício. Lá, em contraste com o
céu, haverá tristeza, escuridão e sofrimento eterno, ausência de Deus, estado
consciente de tormento e a companhia do Diabo e dos seus anjos. É a morte
eterna, a separação eterna de Deus (Mt 8.12; 25.41-46; Ap 21.8; Lc 16.23-31;
2Ts 1.6-10). É a segunda morte — a separação eterna de Deus.
Conclusão
Em Apocalipse 22.12-21, o Senhor Jesus Cristo, por meio da revelação,
promete: "Eis que cedo venha" E o coração crente do salvo, aguardando
ansiosamente a renovação plena da criação de Deus, exclama: "Amém. Vem,
Senhor Jesus!"
"Estar com Jesus Cristo aqui na terra é a garantia de estar com ele na
eternidade."

Questionário
1. Qual a origem da morte?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Quais são os três aspectos neotestamentários da morte?


2.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

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Qual o estado imediato após a morte, para o crente e para o incrédulo?


3.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Como virá Jesus outra vez? Quando?


4.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Como se dará a ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos?


5.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Como será o juízo final? O que se entende por renovação de todas as coisas?
6.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

8.Qual o estado final dos mortos, após o juízo final?


Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

9.Qual deve ser o anseio e a oração de cada crente, para com a segunda vinda
de Jesus Cristo?
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________

Qual será a sua situação na eternidade?


10.
Resp.:_________________________________________________________
_______________________
______________________________________________________________
_______________________ "Estar com Jesus Cristo aqui na terra é a
garantia de estar com ele na eternidade."

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PACTO DAS IGREJAS BATISTAS


Tendo sido levados pelo Espírito de Deus a aceitar o Senhor Jesus Cristo como
nosso único e suficiente Salvador, e tendo sido batizados, sob profissão de fé,
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimos unânimes, como um
corpo em Cristo, firmar solene e alegremente, na presença de Deus e desta
congregação, o seguinte Pacto:
Comprometendo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sempre unidos no
amor cristão; trabalhar para que esta igreja cresça no conhecimento da Palavra,
na santidade, no conforto mutuo e na espiritualidade; manter os seus cultos,
suas doutrinas, suas ordenanças e sua disciplina; contribuir liberalmente para
o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para o auxílio aos pobres
e para a propagação do evangelho em todas as nações. Comprometendo-nos
também a manter uma devoção particular, a evitar e condenar todos os vícios,
a educar religiosamente os nossos filhos, a procurar a salvação de todo o
mundo, a começar de nossos parentes, amigos e conhecidos; a ser corretos
em nossas transações, fiéis em nossos compromissos e exemplares em nossa
conduta; a ser diligentes nos trabalhos seculares, evitar a detração, a difamação
e a ira, sempre e em tudo visando à expansão do reino do nosso Salvador.
Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns dos outros; a lembrar-nos
uns dos outros nas orações; ajudar-nos mutuamente nas enfermidades e
necessidades; cultivar relações francas e a delicadeza no trato; estar prontos a
perdoar as ofensas, buscando, quanto possível, a paz com todos os homens.
Finalmente comprometemo-nos a, quando sairmos desta localidade para outra,
unir-nos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar
os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto.
O Senhor nos abençoe e proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.

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O QUE É UMA IGREJA BATISTA


1 – É uma congregação local composta de pessoas regeneradas e batizadas,
que, voluntariamente, se reúnem sob as leis de Cristo, e procuram estender
o Reino de Deus não só em suas vidas, mas nas de outros.
2 – Cristo é o cabeça e seu único chefe supremo.
3 – Em matéria de fé e prática, a igreja se subordina, unicamente às Sagradas
Escrituras.
4 – Uma igreja é absolutamente livre e independente, não se sujeita
hierarquicamente, ou de qualquer outra forma, a nenhuma organização
denominacional.
5 – Uma igreja batista é completamente competente para dirigir seus próprios
atos e ações de acordo com os ensinos de Cristo.
6 – O governo da igreja é democrático. Cabe à congregação julgar os seus
próprios atos.
7 – A igreja é essencialmente separada do Estado, em virtude de seu caráter e
de suas funções espirituais.
8 – Todos os membros possuem direitos e privilégios iguais.
9 – Cada cristão tem completa liberdade de consciência.
10– Uma igreja batista não possui sacramentos, mas aceita o batismo e a ceia
como ordenanças.
11– O pastor e os diáconos, como oficiais bíblicos, não têm autoridade sobre a
igreja, a não ser aquela da sua vida moral ilibada (vida moral compatível com
os princípios do evangelho). Eles são despenseiros, servos da própria igreja.

O que a igreja deve a seus membros


1. Amor – Todos os membros de uma igreja devem se amar mutuamente.
2. Oração – Devem os crentes se aplicar à oração intercessória.
3. Instrução – A igreja foi constituída para ensinar e doutrinar aqueles que dela
fazem parte.
4. Fortelecimento e compreensão – Cada crente está sujeito a falhas. Por isso,
a igreja deve tratar o irmão com brandura e ajudá-lo a fortalecer a fortalecer-
se na fé.
5. Auxílio – Os membros da igreja devem se auxiliar mutuamente nas doenças,
nas dificuldades financeiras, etc.
6. Laços de Fraternidade – A igreja deve se preocupar em manter e desenvolver
os laços de unidade entre seus membros (Rm 12.18; 14.19; Ef 4.3; 1Ts 5.13).

O que o membro deve à sua igreja


Entre as responsabilidades e deveres do crente para com a sua igreja,
destacamos os seguintes:
1. Lealdade – O membro de igreja deve ser leal à igreja a que pertence, não
deixando de cooperar com seus trabalhos.

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2. Generosidade – O crente deve ser um contribuinte generoso, indo além do


dízimo.
3. Serviço – O membro da igreja deve ser laborioso e infatigável, pois deve estar
empenhado na realização do maior e melhor serviço deste mundo.
4. Amor – Eis a chave do sucesso da vida do crente e da igreja. Impulsionado
pelo legítimo amor, o crente ajudará a compor uma igreja poderosa.
5. Oração – O crente deve manter uma vida de oração em favor da igreja, dos
perdidos, dos enviados e de si próprio.

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