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Programador de CLPs

- Os segredos para você ter sucesso na carreira de Programador de CLPs

Programador de CLPs
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Um pouco de História...

Marcelo, você já ouviu falar da Indústria 4.0?


O final do século XVIII foi marcado pela primeira revolução industrial: A energia mecânica passou a ser
utilizada nos motores a vapor e passou a impulsionar máquinas como as da indústria têxtil inglesa.

A segunda revolução industrial aconteceu no século XIX, quando as fábricas começaram a utilizar
energia elétrica que possibilitou as linhas de produção e a produção em massa. O exemplo mais famoso é linha de
montagem de Henry Ford em 1913.

Dos anos 70 até os dias de hoje, a informática e as novas tecnologias impulsionaram a terceira
revolução industrial. A tecnologia e os computadores tornam-se indispensáveis nos processos industriais para
automatizar tarefas mecânicas e repetitivas.

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Indústria 4.0

A era das Fábricas Inteligentes


Estamos vivendo a quarta Revolução Industrial. Esta revolução é muito mais intensa e abrangente pois
mescla um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico. Conceitos como
Manufatura Aditiva, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Biologia Sintética e Sistemas-Cyber físicos vão fazer
cada vez mais parte do nosso dia a dia.

Controlando equipamentos na Indústria 4.0? O CLP.

O CLP é muito versátil: além de poder ler os mais variados tipos de entradas, ele pode ser programado
de diversas maneiras, com linguagens avançadas o que possibilitam o desenvolvimento de lógicas bastante
complexas para o processamento de dados e a comunicação com sistemas de gestão. Além disso os CLPs são
dispositivos que podem se comunicar em rede, responder a eventos em tempo real, oferecem redundância e
segurança. Estes são alguns motivos que fazem do CLP o principal controlador das máquinas na Indústria 4.0.

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O Futuro nas Industrias

Investimento em Tecnologia
Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a participação de diversos
líderes empresariais mostra que entre 2006 e 2016, a produtividade brasileira cresceu menos do que a dos dez
principais parceiros comerciais do país.

Sabemos que o país passa por uma situação delicada, mas as perspectivas são boas e conforme os
indicadores do CNI, a confiança do empresariado está estabilizada em patamar elevado: Em fevereiro de 2019 o
índice era de 64,5, acima da média histórica de 54,4. Este mesmo estudo indica que caminho para uma economia
mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional depende de uma atuação em duas frentes:

Superação das deficiências que aumentam os custos de produção e comprometem a qualidade e a


produtividade. Entre estas deficiências destacam-se a baixa qualidade do ensino e a falta de qualificação
dos profissionais;
Investimento em tecnologia para a retomada do crescimento. Isto requer iniciativas como o aumento da
capacidade de inovação das empresas, por exemplo, pela inserção das tecnologias da Indústria 4.0.

Segundo a CNI, 48% das grandes empresas


pretendem investir em tecnologias relacionadas à
Indústria 4.0

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O Futuro nas Indústrias

Necessidade de profissionais capacitados


Devido ao envelhecimento da força de trabalho e a demanda cada vez maior por profissionais
especializados, a indústria enfrenta sérios desafios em termos de recursos humanos. Esses desafios estabelecem o
roteiro para o futuro da indústria e chamaram a atenção para os profissionais mais bem capacitados. Ao redor
do mundo diversos grupos estudam as necessidades e os desafios da indústria nos próximos anos:

O relatório Fábricas do Futuro, preparado pelo Grupo Consultivo Industrial Comunidade Europeia, tem
foco no estudo e desenvolvimento das tecnologias de produção que serão usadas na próxima geração de fábricas.
Entre outros pontos, este estudo destaca a necessidade de alavancar a produção pelo uso da manufatura
inteligente, com investimentos em tecnologias de automação, comunicação e TI.

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O Futuro nas Indústrias
A Smart Manufacturing Leadership Coalition (Coalizão de Liderança de Fabricação Inteligente) em
seu relatório, discute os fatores que impulsionam a mudança no processo de fabricação e identifica as tecnologias
essenciais para que isto ocorra. Dentre estes fatores destacamos a Automação inteligente, sensores em rede,
interoperabilidade de dados, modelagem, simulação e proteção de sistemas contra vulnerabilidades cibernéticas.

O relatório Recommendations for Implementation, elaborado sob a coordenação do governo


alemão, faz recomendações estratégicas para a Indústria 4.0. O relatório analisa o panorama industrial e a
expectativa é de indústrias com uso intensivo de máquinas inteligentes, sensores cibernéticos incorporados,
processos em rede, tecnologias colaborativas e a ampla aplicação de automação em toda a empresa.

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Profissionais bem Capacitados

Expectativa da Indústria
Está claro nestes relatórios que a automação industrial tem um papel essencial no fortalecimento das
empresas para que assim elas possam obter sucesso na era da indústria de manufatura inteligente. O futuro
pertence àquelas empresas que reconhecem o papel fundamental da automação neste processo.

Capacitação Profissional
Embora essa percepção estimule as empresas a aumentarem os investimentos em automação, o
crescimento e o sucesso dos projetos de automação dependem não apenas de tecnologia, dependem
principalmente dos recursos humanos com que as empresas de automação e seus integradores contam:

O sucesso das Indústrias depende da competência


dos profissionais de automação

Neste momento existe uma grande diferença entre a capacidade dos profissionais formados pelos
cursos técnicos e por universidades e as necessidades reais da indústria, o que abre diversas possibilidades aos
profissionais mais bem preparados.

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Profissionais para a Indústria 4.0

Preparando-se para a Indústria 4.0


A Federação de Automação Americana e o Departamento de Trabalho dos EUA desenvolveram
um modelo de competências para os profissionais de automação. Este modelo é uma descrição dos conhecimentos
e das habilidades que uma pessoa precisa ter para executar com sucesso as tarefas na carreira de automação.

O objetivo deste modelo é tríplice:

Preparar os profissionais interessados em buscar oportunidades de trabalho na profissão de automação;


Ajudar as empresas em seus esforços de seleção e capacitação;
Apoiar as instituições de ensino na atualização dos currículos para preparar melhor os profissionais.

Com base neste documento selecionamos alguns dos principais tópicos para quem quer ingressar e ter
sucesso na carreira como profissional de automação. Dentro das possíveis áreas de atuação, a Programação de
CLPs é uma das que oferece mais oportunidades e melhor remunera os profissionais.

Agora, Marcelo, você pode estar se perguntando:


"O que é um CLP e o que eu preciso saber para me tornar um programador?"

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O Profissional do Futuro

Mas afinal, como se preparar? O que você precisa saber?

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Programação de CLPs

O Programador de CLPs
O Programador de CLPs é o profissional que desenvolve software para o controle de equipamentos e
máquinas industriais por meio do CLP ou Controlador Lógico Programável.

Um programador não precisa ter uma formação específica, existem bons programadores vindos das
mais diversas áreas: mecatrônica, automação, elétrica, mecânica, informática e diversas outras. Sua formação, sua
experiência profissional e até mesmo seu perfil podem contribuir para que você se torne um bom programador.

Para programar um CLP você precisa:

1. Conhecer o CLP, módulos de expansão e outros componentes de hardware


2. Conhecer uma (pelo menos) linguagem de programação de CLPs
3. Entender o funcionamento da máquina ou do processo
4. Ter habilidade com lógica de programação, para que você possa mapear corretamente o funcionamento e as
condições para o desenvolvimento do programa

Nos próximos capítulos nós vamos entender um pouco melhor cada uma desses requisitos e vamos ver
o que você pode fazer para se preparar para ser um bom programador.

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Fabricantes e sua Participação no Mercado

Participação dos fabricantes no mercado brasileiro


O primeiro ponto é saber que existem diversos fabricantes de CLPs, porém, com praticamente o dobro
da participação do segundo colocado, a Siemens tem maior participação no mercado brasileiro de CLPs. Avaliando
as oportunidades de emprego no site Catho, em março de 2019 existiam 242 vagas para programadores de CLPs
em cargos váriados (gerentes, vendedores, programadores) e com salários chegando até R$ 9.000,00. Na maioria
destas vagas o pré-requisito é o conhecimento de equipamentos Siemens.

Por este motivo neste ebook vamos nos basear nos equipamentos Siemens. Primeiro você vai
conhecer um pouco sobre os principais CLPs Siemens, depois vai conhecer as principais linguagens e ferramentas
utilizadas para programação e por fim nós vamos falar um pouco sobre requisitos de processo e lógica de
programação.

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O CLP - Controlador Lógico Programável
O Controlador Lógico Programável (CLP) ou do inglês Programmable Logic Controller (PLC) é um dos
equipamentos de controle mais versáteis utilizados na indústria. É um dispositivo que comanda e monitora
máquinas ou processos industriais.

Dentre as vantagens no uso dos CLPs podemos destacar: a redução do custo em relação aos sistemas
com relê, sua imunidade a ruídos, flexibilidade, a facilidade para configuração de hardware e para a programação,
a possibilidade do monitoramento online dos programas, a facilidade de manutenção e a possibilidade de
processamento em tempo real.

Um CLP é um equipamento microprocessado e da mesma forma que um computador, conta com um


processador, memória de trabalho, memória para armazenamento do programa e módulos de entradas e saídas
para os mais diversos tipos de sinais. O grande diferencial do CLP é o fato dele ser preparado para operar de forma
confiável nas condições extremas de um ambiente industrial. Existem CLPs de pequeno, médio e grande porte e a
seguir vamos conhecer alguns desses equipamentos.

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Os CLPs Siemens

Pequeno porte: SIMATIC S7-1200


As CPUs da linha S7-1200 têm entradas e saídas integradas e interface PROFINET para programação,
podem ter três módulos de comunicação e dependendo da versão, até 8 módulos de expansão de sinal. São CPUs
de pequeno porte e por isso tem a capacidade de manipular no máximo algumas centenas de entradas e saídas.

Modernas e ideais para pequenas aplicações, as CPUs S7-1200 podem ser encontradas nas versões
padrão e à prova de falhas (Safety). Sua programação é feita com o uso do TIA Portal, uma ferramenta moderna e
bastante intuitiva que permite o projeto e a simulação de um sistema completa com CLP e IHM e conexão de
equipamentos em rede.

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Os CLPs Siemens

Médio porte: SIMATIC S7-300


O S7-300 é um sistema modular utilizado em aplicações centralizadas ou distribuídas de pequeno e
médio porte. Uma grande variedade de CPUs está disponível para aplicações simples ou de grande performance. A
grande diversidade de módulos de expansão permite a adaptação da configuração para qualquer tipo de aplicação.
Uma CPU S7-300 pode manipular milhares de entradas e saídas.

As CPUs da linha S7-300 são as mais encontradas atualmente nas indústrias e podem ser programadas
tanto com o TIA Portal quanto com o STEP 7 V5.5. A maioria das indústrias utiliza máquinas com programas feitos
com o STEP 7 V5.5, por isso um bom programador deve dominar as duas ferramentas.

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Os CLPs Siemens

Grande Porte: SIMATIC S7-400


AS CPUs de grande porte são indicadas para as
mais sofisticadas soluções em automação, tais como
controle de processos com grande volume de dados ou
gerenciamento de sistemas de manufatura que exijam um
alto nível de performance. O S7-400 possui instalação
simples e robusta com configuração modular. Não há regras
para a disposição dos slots, as CPUs possuem uma grande
capacidade e interfaces de comunicação integradas.
Diversas CPUs S7-400 podem operar em regime de
Multiprocessamento, trabalhando juntas para garantir uma
maior performance e segurança. Seus módulos podem ser
substituídos “a quente", garantido assim uma grande
disponibilidade do sistema.

Da mesma forma que as CPUs S7-300, as CPUs


S7-400 podem ser programadas tanto com o TIA Portal
quanto com o STEP 7 V5.5 e a maioria das máquinas com
esta CPU utiliza programas feitos com o STEP 7 V5.5.

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Os CLPs Siemens

SIMATIC S7-1500
Esta é a CPU mais moderna produzida pela Siemens. Ela foi desenvolvida para atender as aplicações
que necessitam do melhor desempenho nos processos produtivos. Com barramento de alta velocidade e alta
performance na rede PROFINET, um sistema S7-1500 oferece fornece tempos de resposta em intervalos de
microssegundos. Diferentes CPUs podem ser selecionadas de acordo com desempenho necessário e uma ampla
gama de módulos de sinal para entrada e saída e módulos especiais, como contagem e posicionamento, além de
módulos de comunicação centralizados e descentralizados estão disponíveis. Da mesma forma que para a CPU
S7-1200, a CPU S7-1500 é programada com o uso do TIA Portal.

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IHM - Interface Homem Máquina

SIMATIC IHM
Na Automação, uma IHM (Interface Homem Máquina) é o dispositivo que faz a interface entre o
operador e um processo industrial. Ao traduzir uma enorme quantidade de dados complexos em informações
acessíveis, a IHM permite que o operador tenha acesso a todas os recursos necessários para controlar o processo
produtivo.

Dependendo da aplicação, os recursos das IHMs podem variar muito: conectividade, tecnologia, tipo de
material e até mesmo dimensões. Podemos encontrar IHMs com telas pequenas até monitores de 22 polegadas e
que podem ser utilizadas nos ambientes mais variados, como na indústria alimentícia, petroquímica e naval. O
WinCC (integrado ao TIA Portal) é o software para todas as aplicações com IHM Siemens, das mais simples até as
mais avançadas. A programação é bastante simples e intuitiva.

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Programação de CLPs

IEC 61131-3 - Linguagens de Programação


No início da década de 90, a IEC 61131 surgiu com o objetivo de padronizar os CLPs. Esta norma tem 8
seções e cada tem um foco específico e muitas vezes interessam somente ao fabricante do equipamento. Para o
programador, a terceira sessão é a mais importante da normal, ela define como padrão cinco linguagens de
programação, sendo três delas gráficas e duas baseadas em texto:

ST (Structured Text) Texto Estruturado - STL


IL (Instruction List) Lista de Instruções - SCL
LD (Ladder) Linguagem ladder - Ladder
FBD (Function Block Diagram) Diagrama de bloco - FBD
SFC (Sequential Flow Chart) Diagrama de Fluxo - Grafset

As linguagens gráficas são muito mais simples e por isso são muito mais utilizadas. Entre as linguagens
gráficas destacamos o Ladder e o Diagrama de Blocos. Pela semelhança com diagrama de contatos e circuitos
elétricos, o Ladder é a linguagem gráfica mais utilizada. As linguagens texto são importantes pois permitem a
elaboração de lógicas mais elaboradas. O SCL é uma linguagem de mais alto nível e bastante moderna, porém o
STL é a linguagem texto mais encontrada na indústria. Agora vamos conhecer um pouco destas linguagens:

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Linguagens de Programação - Ladder

Ladder
Uma das linguagens gráficas para a programação de CLPs mais utilizadas é a chamada Lógica Ladder
ou Diagrama Ladder ou simplesmente Ladder. O Ladder é uma linguagem de programação gráfica, ou seja, a
programação é feita combinando diferentes elementos gráficos ou símbolos.

Os símbolos do Ladder foram feitos para se parecerem com símbolos elétricos, esta forma de
programação foi inicialmente criada para técnicos, eletricistas e pessoas habituadas com diagramas e esquemas
elétricos, mas, devido a sua simplicidade, acabou sendo difundida entre profissionais das mais diversas áreas.

Circuito 1: Este é um exemplo simples de um circuito lógico em Ladder. O acionamento da chave Liga
aciona a bobina Motor. A representação gráfica e posteriormente o monitoramento do programa, permitem
entender e avaliar o funcionamento do circuito de forma bastante simples.

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Linguagens de Programação - Ladder

Ladder - Lógica de bit

Circuito 2: Este é um exemplo de um circuito com um selo em Ladder.

No modo de Monitoramento nós podemos acompanhar o barramento energizado e o estado dos


contatos. Isto pode ser feito tanto monitorando o CLP real quando no modo de Simulação. Podemos ver o contato
da Chave Desliga (NF) conduzindo e todos os outros contatos abertos.

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Linguagens de Programação - Ladder

Ladder - Lógica de bit

O acionamento da chave Liga no circuito de selo energiza o barramento e aciona a bobina Motor.

Com o barramento energizado, a realimentação pelo contato Motor que está em paralelo com o
barramento mantém o circuito acionado independente do botão Liga estar pressionado. Pressionar o botão
Desliga (contato NF) interrompe o circuito e desliga o motor.

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Linguagens de Programação - Ladder

Ladder - Temporizadores
Um dos elementos mais utilizados na lógica de programação Ladder são os temporizadores. Existem
quatro tipo de temporizadores padronizados pela IEC disponíveis para programação utilizando o TIA Portal: O
temporizador de pulso (TP), temporizador de atraso no desligamento (TOF), temporizador com atraso no
acionamento (TON) e o temporizador com atraso no acionamento retentivo (TONR).

O circuito representado acima é um Temporizador com Atraso no Acionamento (TON). Nesta


aplicação, 10 segundos após o acionamento da chave Liga a saída do temporizado é energizada acionando o
Motor. Quando a chave for desligada o temporizador é desenergizado e o motor é desligado.

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Linguagens de Programação - Ladder

Ladder - Contador

Outro elemento bastante comum em circuitos Ladder são os contadores. O contador do circuito acima
controla a entrada e saída de pessoas de uma sala. É um contador crescente/decrescente (CTUD). O sensor de
passagem ligado em Entra (I0.0) incrementa o valor de contagem enquanto o sensor de passagem Sai (I0.1)
decrementa o contador. O botão Reset (I0.2) zera o valor de contagem enquanto o botão Carrega (I0.3) move o
valor 10 para o contador. A saída Q0.0 é acionada quando o valor do contador é maior ou igual ao valor de PV (10).
A saída Q0.1 é acionada quando o valor de contagem é menor ou igual a zero. Além do CTUD, existem os
contadores crescentes (CTU) e os decrescentes (CTD).

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Linguagens de Programação - Ladder

Ladder - Operações Básicas


Existem centenas de operações utilizadas para programação de CLPs, abaixo estão os principais grupos
de operações básicas. Conhecer essas ferramentas é fundamental para a formação de um bom programador,
porém, muito mais que dominar as ferramentas, é importante saber quando e como usá-las.

Lógica de Bit: Operações com bits: Contatos NA, NF, bobinas de saídas, detecção de pulso, flip-flops;
Temporizadores: Circuitos temporizadores: TP, TOFF, TON e TONR;
Contadores: Contadores Crescente (CTU), decrescente (CTD) e crescente/decrescente (CTUD);
Comparadores: Operações de acionamento em função do resultado da comparação de valores;
Operações Matemáticas: Operações matemáticas, de soma e subtração até seno, cosseno, logaritmo;
Movimentação: Movimentação de dados entre endereços de memória;
Conversão: Conversão e arredondamento de valores;
Controle do Programa: Operações para o controle do fluxo do programa, saltos, retorno entre outras;
Operações lógicas: Operações lógicas com palavras, E, OU, OU Exclusivo;
Rotação de bits: Rotação de bits em um byte;

O TIA Portal V14 disponibiliza mais de 120 operações BÁSICAS para a CPU S7-1200. Acha muito? Além
das Instruções básicas existem as operações Estendidas, de Tecnologia, de Comunicação e ainda algus Pacotes
opcionais. Algumas instruções são muito mais utilizadas que outras, um bom programador deve conhecer as
principais e saber muito bem como utilizar cada uma delas.

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Linguagens de Programação - STL

STL - Linguagens de Texto Estruturado


A linguagem STL é a evolução das primeiras linguagens de programação de CLPs. É uma linguagem que
conta com diversas instruções que permitem o desenvolvimento de lógicas bastante elaboradas como laços,
condicionais e ponteiros. As máquinas mais antigas e principalmente as importadas costumam vir com muitos
blocos de programação em STL. Devido à dificuldade enorme em encontrar profissionais capacitados para fazer
alterações nestes equipamentos os profissionais que conhecem STL acabam sendo muito valorizados.

O Circuito de Selo representado acima ficaria da seguinte forma quando programado em STL:

A(
O "Liga" I0.0
O "Motor" Q0.0
)
AN "Desliga" I0.1
= "Motor" Q0.0

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Linguagens de Programação - STL

STL - Blocos Complexos


Os Blocos STL muitas vezes podem ser bastante complexos, mas muitas vezes os programas podem ser
segmentados e analisados em blocos menores, facilitando assim o seu entendimento.

A(
O I 0.2
ON I 0.3
)
A I0.0
L S5T#10S
SP T 0
A I0.2
R T 0
L T 0
T MW 10
NOP 0
A T 0
= Q0.0

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Linguagens de Programação - STL

Conversão STL - Ladder - STL


Outra situação bastante comum é vermos programas com partes em STL e partes em Ladder.

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Linguagens de Programação - STL

Conversão STL - Ladder - STL


Costumamos ouvir que os programas foram feitos utilizando as duas linguagens, o que pode até ser
verdade, mas normalmente o que ocorre é que nem sempre é possível converter um bloco de STL para Ladder, por
isso o programa converte para Ladder as linhas que estão com a sintaxe perfeita e mantém em STL as linhas que
não podem ser convertidas. Vale destacar que todo código Ladder pode ser convertido para STL, mas nem todo
código STL pode ser convertido para Ladder.

A "Liga"
L S5T#10S
SP T 0
NOP 0
NOP 0
NOP 0
NOP 0

Estes dois blocos têm exatamente a mesma função, porém para que a conversão para Ladder possa ser
feita, somente a sintaxe apresentada acima é válida. O "NOP 0" é uma linha que não executa nenhuma ação, ela
não influencia em nada a execução do programa, mas sem essa linhas a conversão para o Ladder não é possível.

A "Liga"
L S5T#10S
SP T 0

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Linguagens de Programação - SCL

SCL (Structured Control Language)


O SCL (Structured Control Language) é uma linguagem de programação texto de alto nível para CLPs.
Ela se assemelha muito a linguagem Pascal e pode ser utilizada para programação de forma estruturada. Em uma
aplicação podem ser mesclados blocos programados em SCL, Ladder, Diagrama de blocos ou STL.

A linguagem SCL traz para o CLP diversos elementos das linguagens de programação utilizadas em
computadores como condicionais (IF...THEN...ELSE) e laços (CASE, FOR, WHILE, REPEAT) e por isso permite a
elaboração de estruturas lógicas mais elaboradas. Para execução de fórmulas complexas, tomada de decisão e
manipulação de matrizes o SCL é a linguagem mais indicada.

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Safety

Máquinas seguras
Um sistema de segurança deve ser projetado de acordo com a gravidade do dano que um eventual
acidente possa causar. Cada tipo de sistema tem um nível de confiabilidade variado que segue as especificações
de normas técnicas de segurança. No Brasil, a NR-10 estabelece as normas de segurança que devem ser
observadas para trabalhadores que interagem com instalações e serviços em eletricidade.

Equipamentos como Botões de Parada de Emergência, Cortinas e grades de luz, Scanner de Área além
de diversos outros dispositivos de comandos especiais são associados aos CLPs para garantir a segurança dos
operadores.

A Siemens oferece uma linha de CPUs de segurança, denominadas "F". Estas CPUs contam com
mecanismos de proteção tanto a nível de hardware quanto de sistema operacional que garantem a execução de
rotinas de segurança no caso de falha em algum ponto do sistema.

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Redes Industriais

Redes
As redes de comunicação tradicionais são usadas para permitir a comunicação de dados entre
computadores, seus periféricos e outros dispositivos. Uma rede de comunicação industrial ou FieldBus é um tipo
especial de rede feita para lidar com controle em tempo real e integridade de dados em grandes instalações e
mesmo em ambientes hostis.

As Redes Industriais são a base para qualquer sistema de automação, fornecendo um meio confiável
para conectar os mais diversos tipos de equipamentos de uma indústria.

Com sistemas de automação cada vez maiores e mais complexos, a tendência é que estas redes sigam
modelos abertos, podendo assim comunicar qualquer tipo de dispositivo de forma confiável, independentemente do
fabricante: AS-I, CANOpen, DeviceNet, Profibus, Modbus, Profinet, Ethernet/IP são algumas das mais comuns.

A utilização das Redes Industriais acontece do chão de fábrica até os níveis administrativos. Em redes
mais próximas do chão de fábrica os protocolos são mais simples e o fluxo de dados menor, como no caso da rede
AS-i. Em um níveis mais altos o volume de dados é maior e os protocolos mais complexos, como no caso do
Profinet. As redes Profibus são um caso intermediário e podem conectar tanto dispositivos simples como sensores
quanto equipamentos mais complexos, como CLPs e IHMs controle.

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Redes Industriais

Profinet, Profibus e AS-i


PROFINET é uma rede industrial baseada no padrão de comunicação Ethernet que pode ser utilizada
em qualquer aplicação industrial seja em automação de manufatura, controle de movimento ou automação de
processos. O Profinet integra-se a rede da empresa e oferece comunicação em tempo real, integração com a web,
segurança integrada, wireless além de diversos outros de TI.

PROFIBUS (Process Field Bus) é o um dos tipos mais populares sistema de comunicação em rede
Fieldbus. A versão Profibus-DP (Decentralized Periphery) foi a primeira criada e é para o chão de fábrica, onde há
um grande volume de informações e a necessidade de uma alto desempenho. O Profibus-FMS (Fieldbus Message
Specification) é uma evolução do Profibus DP e destina-se a comunicação ao nível de células (onde se encontram
os PLCs). PROFIBUS-PA (Process Automation) é a versão mais recente do Profibus. Os dados trafegam junto com a
alimentação. Esta versão do protocolo pode ser intrinsecamente seguro, podendo ser usado em áreas classificadas.

A rede AS-i (Actuator Sensor Interface) foi desenvolvida para ser simples, de baixo custo, fácil de
instalar e de fazer manutenção. É um sistema discreto com apenas dois fios que permite a conexão de sensores e
atuadores digitais e analógicos no chão de fábrica.

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Levantamento de Requisitos

Engenharia de Requisitos
Você sabia que existe uma especialidade no desenvolvimento de sistemas chamada Engenharia de
Requisitos? A Engenharia de Requisitos é responsável por mapear detalhadamente os processos, identificar as
prioridades e levantar todos os requisitos necessários para a elaboração do sistema.

Antes de pensar em qual CLP é o mais adequado e como vai ser feita sua programação, é necessário
que seja feito um levantamento detalhado das características do processo, identificando o número de entradas e
saídas e quais são os módulos necessários. É importante manter uma margem de segurança para o caso erros no
levantamento ou para futuras modificações. Estas informações vão permitir a escolha de uma CPU que atenda às
necessidades do sistema:

Entradas e saídas digitais


Entradas e analógicas
Módulos especiais (termopar, PT100, contadores...)
Módulos de Comunicação

Ainda nesta etapa, devem ser listados os requisitos funcionais do sistema. Normalmente esta é a etapa
mais crítica por envolver o relacionamento do programador com uma equipe que domina o funcionamento da
máquina e todas as etapas do processo. A listagem detahada e organizada destes requisitos é que vai permitir que
o programador possa desenvolver a lógica de controle no CLP.

Um estudo de 1997 que foi baseado em 6700 sistemas desenvolvidos naquele ano, demonstrou que os
custos da má realização da etapa de levantamento de requisitos, podem levar um sistema a custar duzentas
vezes mais que o necessário.

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Lógica de Programação

A prática leva a perfeição


Este é o diferencial dos bons programadores. Lógica de Programação é uma habilidade que todo
programador deve ter para resolver os problemas dos equipamentos e processos. Quem tiver o melhor raciocínio
lógico vai saber escolher os recursos mais adequados e como utilizar cada um deles para desenvolver os
programas.

O raciocínio lógico, como qualquer outra habilidade,


deve ser desenvolvido. Isso você só vai conseguir
com muita prática.

Para desenvolver esta habilidade, você deve começar com a resolução de aplicações básicas, utilizando
uma linguagem de programação de mais fácil entendimento como o Ladder. Ao longo do tempo e com aplicações
cada vez mais elaboradas você vai, aos poucos, desenvolvendo o seu raciocínio lógico. Isto vai permitir que você
utilize melhor os recursos do CLP de para atender as condições especificadas na etapa de levantamento de
requisitos do sistema.

O raciocínio lógico é a chave para a programação de CLPs. O raciocínio lógico é que vai permitir que
você organize e estruture suas idéias e depois desenvolva um programa coerente, eficiente e de maneira objetiva.

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Como se tornar um programador de CLPs?

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Como se tornar um programador de CLPs

Investimento, principalmente de tempo


Ingressar na carreira de programador exige um certo investimento financeiro, mas, muito mais do que
isso, exige um grande investimento de tempo. Na maioria dos cursos normalmente o foco não é preparar você para
trabalhar como Programador de CLPs, mas sim apresentar os equipamentos, seus recursos, diferenciais e as
ferramentas de programação. Mesmo nos cursos técnicos e superiores a programação de CLPs é abordada de
maneira muito superficial e muitas vezes com equipamentos ultrapassados.

Por melhor que seja o curso, é impossível sentar em


uma sala de aula, fazer um treinamento e sair de lá
Programador de CLP

Conhecer bem os CLP e seus recursos é apenas o primeiro passo. O conhecimento dos comandos e o
domínio da lógica de programação você só vai conseguir desenvolver somente à custa de bastante trabalho e isto
que vai tornar você um programador de CLPs. Agora, Marcelo, a grande pergunta é, vale a pena?

A Área de Programação de CLPs é uma das mais complexas dentro da área de automação e por isso
pode ser considerada uma das grandes tendências para os próximos anos, com bons salários e uma oferta de
vagas cada vez maior. A necessidade de inovação, a chegada da Industria 4.0 e o elevado indíce de confiança dos
empresários mostram um ótimo cenário para o os profissionais da área de tecnologia, especialmente para os de
automação.

Marcelo Nogueira - marcelo_nogueira@outlook.com Programador de CLPs - 36/38


Torne-se um Programador de CLPs

Marcelo, esta é a oportunidade que você esperava!


O Naptec é um centro de treinamento que entre outros, oferece cursos na área de Automação
Industrial. Para atender a demanda cada vez maior por Programadores, foi lançado o Curso de Programação de
CLPs EAD. Um curso 100% a distância que prepara você de acordo com as necessidades da Indústria.

Um treinamento completo, composto por seis módulos que vão apresentar todos os conceitos
fundamentais para que você conheça programação de CLPs. Dezenas de aplicações inspiradas em situações reais
vão ajudar você a desenvolver seu raciocínio lógico e sua habilidade como programador e o melhor: Tudo isso sem
você precisar sair da sua casa.

O Curso de Programação de CLPs está com inscrições abertas. Esta é a oportunidade que você esperava
para se tornar um Programador de CLPs. São seis módulos, com mais de 200 vídeo aulas e dezenas de aplicações
reais resolvidas.

Programação de CLPs com o S7-1200


S7-1200 Avançado
COnfiguração e programação de IHMs
S7-300 Nível 1 - Ladder com TIA e Step 7 V5.5
S7-300 Nível 2 - Programação Avançada e STL
Redes Industriais - ASi, Profibus e Profinet

Marcelo Nogueira - marcelo_nogueira@outlook.com Programador de CLPs - 37/38


Sobre o Curso

O autor / Instrutor do curso

Marcelo, é um prazer saber que você chegou até aqui. Meu nome é
Píndaro Cancian e foi um grande prazer preparar este ebook para você.
Sou formado em Engenharia Elétrica, mestre em ciências e tenho mais
de 25 anos de experiência como professor e instrutor de automação, atuando
principalmente nas áreas de programação de CLPs, instrumentação e sistemas
superviórios. Já fui professor em Instituições de ensino como o Instituto
Politécnico do Paraná, o CEFET-PR e a PUC-PR e tive a oportunidade de dar
treinamentos nas maiores empresas do Brasil como na Usina de Itaipu.

Atualmente sou responsável pelo projeto de ensino a distância LearnPLC e diretor do Naptec, um centro
de treinamento na região central de Curitiba, onde contamos com uma das melhores infraestruturas para o ensino
de automação do Brasil.

Referências Bibliográficas
PROFINET Answers for industry, SIEMENS. Nüremberg, Germany, 2010.
PROFIBUS Network Manual, SIEMENS. Nüremberg, Germany, 2009.
AS-Interface - Introduction and Basic, SIEMENS. Nüremberg, Germany, 2006.
Factories of the Future, 2020 Roadmap. European Commission, Brussels - European Union, 2013
Smart Manufacturing Leadership Coalition . Disponível em: https://www.smartmanufacturingcoalition.org/. Acesso em: 27 jan. 2019.
Recommendations for implementing the strategic initiative INDUSTRIE 4.0, Frankfurt, Germany April 2013
Indicadores Industriais CNI: http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/indicadores-industriais/. Acesso em: 12 mar. 2019.
S7-1200 Programmable controller, SIEMENS. Nüremberg, Germany, 2012.

Marcelo Nogueira - marcelo_nogueira@outlook.com Programador de CLPs - 38/38

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