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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS – UniEVANGÉLICA

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO

ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA SOBRE O FENÔMENO DE ILHAS DE


CALOR URBANAS

João Pedro Milhomem Dias Carneiro Romão Minetti

ANÁPOLIS - GO
2018
JOÃO PEDRO MILHOMEM DIAS CARNEIRO ROMÃO MINETTI

ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA SOBRE O FENÔMENO DE ILHAS DE


CALOR URBANAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso


de Ciências Biológicas do Centro Universitário de
Anápolis – UniEVANGÉLICA para obtenção do
grau de Bacharel em Ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Dr. Allan Valle Toledo da Silveira.

ANÁPOLIS - GO
2018

ii
João Pedro Milhomem Dias Carneiro Romão Minetti. Análise Ciênciométrica da
produção científica sobre o fenômeno de Ilhas de Calor Urbanas / João Pedro
Milhomem Dias Carneiro Romão Minetti – Anápolis: Centro Universitário de Anápolis
– GO UniEvangélica, 2018.
33 páginas.

Orientador: Allan Valle Toledo da Silveira


Trabalho de Conclusão de Curso – Ciências Biológicas – Centro Universitário de
Anápolis – UniEvangélica, 2018.

1. Ilhas de calor 2. Modelagem 3. Cienciometria I. João Pedro Milhomem Dias


Carneiro Romão Minetti. II. Análise Ciênciométrica sobre o fenômeno de Ilhas de
Calor Urbanas. Anápolis – GO.

iii
ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA SOBRE O FENÔMENO DE ILHAS DE
CALOR URBANAS

João Pedro Milhomem Dias Carneiro Romão Minetti

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em sessão pública, com média


____________________, no dia ____ junho de 2018, às ______ horas, no Centro
Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA, cuja banca examinadora esteve
constituída pelos seguintes membros:

_____________________________________________
Prof. Dr. Allan Valle Toledo da Silveira
Centro Universitário de Anápolis, UniEvangélica
Presidente da Banca Examinadora – Orientador

_____________________________________________
Prof. Me. Ricardo Elias do Vale Lima
Centro Universitário de Anápolis, UniEvangélica
Membro da Banca Examinadora

_____________________________________________
Prof. (a) Dr. Josana de Castro Peixoto
Centro Universitário de Anápolis, UniEvangélica
Membro da Banca Examinadora

iv
v
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus acima de tudo, pela vida, minha saúde e por todas as oportunidades
que tive.
Aos meus pais, Antônio Romão Minetti e Clairy Milhomem Dias Carneiro Romão
Minetti, pelo amor, paciência, confiança e exemplo de vida além de fornecerem toda base
necessária para a conclusão de meus objetivos. Obrigado por tudo.
A minha irmã Anna Paula Milhomem Dias Carneiro Romão Minetti, por me dar suporte
em todas as horas que precisei, mesmo que para isso não precisasse falar nenhuma palavra, por
ser minha maior companheira e mais leal aliada.
Ao professor Dr. Allan Valle Toledo da Silveira, pela total dedicação e
responsabilidade, pela disposição em me orientar acreditando no meu potencial, por me ajudar
em inúmeros momentos, pela paciência e exemplo de disciplina.
Ao meu cunhado e amigo, Lucas Marquezan Nascimento pelo auxílio sendo esta a
menor de todas suas contribuições. Pela paciência, amizade, ensinamentos, “puxões de orelha”
e encaminhamento para ser um excelente profissional.
Aos meus amigos, João Victor Ferreira Perenne, Vitor Paulino Ribeiro, Gustavo
Andrade de Oliveira, Daniel Ramos Franco Rabelo, Elion Vilaça Lente, Itallo Caetano Borges
Damasceno, João Paulo De Souza Jordão Paulino Santos, Igor Camargo Nunes, Luiz Gustavo
De Souza Jordão Paulino Santos, Rodrigo Silva Barbosa, Ranon Bento Pereira, Marcos Wilson
Rodrigues de Lima, Paulo André Silva Oliveira, Pedro Wilson Rodrigues de Lima e Daniel
Waldir Rodrigues pelo incentivo e pelo bom humor em todos momentos.

vi
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem
perder o entusiasmo”.
(Winston Churchill)

vii
RESUMO

O crescimento urbano desordenado e o aumento no número de veículos têm sido um dos


principais problemas do século XXI e são responsáveis por causar impactos significativos a
saúde humana e ao meio ambiente. Entre eles, as chamadas “ilha de calor" tem sido alvo de
vários estudos científicos. O objetivo deste trabalho consistiu em realizar análise cienciométrica
da produção científica sobre o fenômeno de ilhas de calor entre os anos 2008 a 2018. Para a
análise cienciométrica foi elaborado a busca de publicações, em português, no site Google
Acadêmico e de artigos, em língua inglesa na plataforma Science Direct. Foram computados os
títulos, ano de publicação, cidade e estado de desenvolvimento do projeto, área de
conhecimento e objeto de estudo dos trabalhos. A pesquisa no Google Acadêmico apresentou
105 produções acadêmicas voltadas para modelagem de ilhas de calor em meso-escala, com a
predominância de cidades do estado de São Paulo. No Science Direct foram encontrados 412
artigos, com a predominância de modelos em microescala, sendo observada uma tendência de
aumento da publicação do tema durante o período analisado. Embora a temática tenha se
tornado um assunto relevante e de interesse na comunidade científica internacional, foi constato
que trabalhos em cidades brasileiras ainda são inscipientes, indicando que tem potencial para
ser explorado futuramente por grupos de pesquisa.

Palavras-chave: ilhas de calor; modelagem; cienciometria

viii
ABSTRACT

Disorganized urban growth and increasing numbers of health domains have been the main
problems of the 21st century and are responsible for affecting human health and the
environment. Among them, the so-called "heat island" has been the subject of scientific studies.
The objective of this work was to carry out a scientometric analysis of the scientific production
on the phenomenon of heat islands between the years 2008 and 2018. For a scientometric
analysis it was carried out a search on the Google Scholar and Science Direct sites. Titles, year
of publication, city and state of development of the project, and object of work study was
analyzed. The research in Google Scholar presented 105 academic productions aimed at
modeling heat islands in mesoscale, with predominance of cities in the state of São Paulo. In
Science Direct 412 articles were found, with predominance of models in microscale, being the
tendency a tendency to increase the publication of the theme during the analyzed period.
However, although a theme has become a relevant subject of interest in the international
scientific community, it was found that studies in Brazilian cities are still incipient, indicating
that it has the potential to be explored in future by research groups.

Key-words: urban heat island; modeling; scientometrics

ix
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 10
2. OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 12
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................. 12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................................. 12
3. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................................. 13
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................................ 18
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................... 19
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 29

x
1. INTRODUÇÃO

O crescimento urbano desordenado e o aumento no número de veículos têm sido um


dos principais problemas do século XXI e são responsáveis por causar impactos significativos
a saúde humana e ao meio ambiente. (RAMOS, 2017).
Este crescimento teve início a partir da década de 1950, como consequência dos avanços
tecnológicos na agricultura e os incentivos à modernização da mesma, que realocou a população
do campo para cidade. Com isso houve o aumento das periferias que não apresentavam
infraestrutura básica, serviços médicos, educacionais ou quaisquer outros serviços oferecidos
pelo Estado. (MARTINS, 2012).
Diversos fenômenos nocivos ao Meio Ambiente e ao homem, estão associados pela
emissão de gazes tóxicos e gerada combustão de veículos automotores, responsáveis por 40%
da poluição atmosférica nas grandes cidades. (A. ASSUMPÇÃO et al., 2015).
Somadas a este processo, mudanças na cobertura de solo, como o processo de
urbanização, que tem como efeito a substituição da cobertura vegetal por materiais como asfalto
e concreto, têm aumentado a impermeabilização dos solos e a propagação de calor para a
atmosfera (RAMOS, 2017).
O estudo do clima nas cidades ganhou muita importância nos últimos anos.
Especialmente ao fenômeno denominado “ilha de calor”, embora o termo ilha de calor tenha
hoje se transformado em um conceito, este carrega em si muitas incertezas, porque não há um
critério claro e objetivo que o defina. Por exemplo, ao se comparar dois locais com o mesmo
uso da terra, mas em vertentes com maior e menor insolação, isso acarretaria uma diferenciação
da temperatura do ar entre os locais, contudo, isso não é suficiente para dizer que exista uma
ilha de calor. (FIALHO, 2012).
A estimativa da temperatura do ar por meio da modelagem das ilhas de calor urbanas,
considerando-se a densidade de construções, vegetação, relevo e neste caso, a distância do mar,
se mostra como um importante instrumento para a gestão do espaço urbano sendo possível
contribuir para intervenções mais localizadas que podem amenizar as ilhas de calor
atmosféricas ligadas ao processo de urbanização. (GOMES, 2017).
Essa técnica de representação das ilhas de calor oferece um avanço significativo em
relação às formas tradicionais de representações cartográficas por meio de interpolações. Tais
interpolações das temperaturas do ar, embora muito úteis do ponto de vista da visualização da

10
distribuição da temperatura, não levam em consideração as características dos alvos superficiais
e do relevo e produzem resultados que dificultam intervenções mais localizadas. (AMORIM,
2015).
Diversas pesquisas em nível mundial visam identificar modelos de predições de
temperatura de áreas urbanas. A análise cienciométrica pode ser utilizada como ferramenta de
avaliação do desenvolvimento da produção científica de uma determinada área do
conhecimento (RUIZ et al. 2009),
A comunidade científica envolvida com esta temática visa não apenas identificar a
presença do fenômeno em centros urbanos, como também propor modelos que auxiliem em
predições acuradas para, a longo prazo, auxiliarem nos planejamentos das cidades. Tais
predições sobre clima urbano, entretanto, são complicadas pela presença de fontes não
estacionárias como clima e mudança de uso da terra, que trazem mudanças drásticas nos
regimes climáticos em todo o mundo (PIELKE et al., 2011).
Um destaque é dado ao artigo de STEWART (2011), que realiza uma revisão crítica
acerca das metodologias empregadas nas pesquisas sobre ilhas de calor, que, em sua maioria,
revelam uma prática científica incipiente.
Obter o entendimento cienciométrico na temática de modelagem de ilhas de calor
urbana propicia um levantamento inicial da produção científica e tecnológica. Este estudo
torna-se importante não só pelos impactos que são causados por este fenômeno, mas
compreender a importância de se ter um melhor planejamento urbano em uma cidade.
Cienciometria é a ciência que busca analisar a produção científica e tecnológica, através
do estudo dos aspectos quantitativos da produção intelectual para compreende-la. Desta forma,
estudos cienciométricos são encarregados de avaliar a produção científica, utilizando
indicadores quantitativos para terem suas informações validadas (RAZERA, 2016).

11
2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


Realizar análise cienciométrica da produção científica sobre o fenômeno de ilhas de
calor entre os anos 2008 a 2018.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


• Analisar quantitativamente as publicações de periódicos científicos que tratam
da temática de ilhas de calor publicados entre os anos 2008 a 2018 em duas bases
de dados distintas: Google Acadêmico e Science Direct
• Analisar quantitativamente a produção científica disponível em língua
portuguesa sobre temática de ilhas de calor
• Realizar análise espaço-temporal das publicações brasileiras pesquisadas no
Google Acadêmico.
• Avaliar a qualidade dos periódicos científicos que tratam da temática de ilhas de
calor a partir do extrato QUALIS e do Journal Citation Reports (JCR)
pesquisados no Science Direct.

12
3. REFERENCIAL TEÓRICO

Mais da metade da população atual do mundo vive nas cidades e esta fração deve
aumentar para 66% em 2050 (ONU, DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS ECONÓMICOS E
SOCIAIS, 2015).
No Brasil, na década de 1960, as expansões da economia brasileira promoveram o
surgimento de polos urbanos. No período 1967-1973, o chamado ‘milagre econômico’, trouxe
uma nova etapa na relação ‘urbanização-migração’, em face da maturação do desenvolvimento
urbano-industrial, momento em que a existência de um operariado crescentemente
sindicalizado apontava para transformações sociais e políticas que marcariam profundamente a
história brasileira. (MATOS, 2012).
Nos anos de 1970, a população urbana brasileira ultrapassou a população rural: 52
milhões contra 41 milhões respectivamente. Nesse período, o esgotamento de áreas de fronteira
agrícola ocasionou nova reorientação das trajetórias migratórias o que resultou no aumento da
concentração da população em cidades de maior tamanho. A expansão dos grandes centros
urbanos ganhava nova expressão espacial com a emergência das configurações metropolitanas
(MATOS, 2012).
Nas últimas décadas o Brasil vem passando por um acelerado processo de urbanização.
Tal assertiva pode ser corroborada pelo fato de que atualmente mais de 80% da sua população
reside em áreas urbanas (IBGE, 2017), o que vem gerando preocupações em relação à qualidade
de vida nas cidades, visto que o crescimento populacional, aliado a falta de planejamento e
investimentos urbanos, tem acarretado numa série de consequências negativas. (RAMOS,
2017).
Como argumentam Kotharkar; BAGADE (2017), com as mudanças climáticas, o
crescimento urbano e gestão de recursos torna-se um grande desafio para as economias em
ascensão, especialmente nos países em desenvolvimento (KOTHARKAR; BAGADE, 2017).
Dentre eles, podemos citar o fenômeno chamado de ilhas de calor.

A ilha de calor urbana (do inglês Urban Heat Island - UHI) é o calor característico das
áreas urbanas, quando comparadas com seus arredores (não-urbanizados) referindo-se
geralmente ao aumento na temperatura do ar (NEIVA, 2014). Elas são formadas em áreas
urbanas e suburbanas porque muitos materiais de construção comuns absorvem e retêm mais a

13
radiação solar do que os materiais naturais em áreas rurais ou menos urbanizadas
(GARTLAND, 2010). Tal fenômeno foi considerado por Rizwan et al. (2008) como um dos
principais problemas ambientais do século XXI.
O primeiro trabalho sobre ilhas de calor data do início do século XIX. Em 1833, Luke
Howard, um cientista inglês considerado o pai da meteorologia moderna, inaugurou as
primeiras pesquisas em clima urbano, que mais tarde sustentaram a análise da ilha de calor
urbana, ao comparar a temperatura da cidade com o meio rural, encontrando naquelas, valores
bem mais elevados, acima de 2º C (STEWART, 2011).
Entretanto, foi apenas em 1958 que Gordon Manley, denominou pela primeira vez o
gradiente térmico mais elevado, encontrado na cidade, como ilha de calor. Lucena (2012), ao
realizar uma revisão sobre ilhas de calor, afirma que os trabalhos de LANDSBERG (1956) e
CHANDLER (1965) também são clássicos para o estudo de climas urbanos. O primeiro
comparou o centro urbano de Londres com suas imediações e observou médias térmicas anuais
superiores na cidade, principalmente no que concerne à temperatura mínima. Já o segundo
monitorou a ilha de calor urbana e encontrou diferenças de até 2,0º C na área central, no verão,
em relação a sua circunvizinhança.
Confrontados com a perspectiva intimidadora de alterações climáticas irreversíveis e a
deterioração ambiental desenfreada, a pesquisa científica sobre os efeitos das atividades de
transformação e a mudança de uso do solo no clima urbano pode potencialmente contribuir com
as pesquisas referentes ao uso e gestão de energia, saúde humana, ecologia urbana, redução da
poluição atmosférica e, portanto, proporcionando um desenvolvimento urbano mais sustentável
(GRIMMOND et al., 2010).
Por exemplo, Li e Bou-Zeid (2013) argumentam que a sinergia do fenômeno de ilhas de
calor com as ondas de calor potencializa os seus efeitos sobre os moradores urbanos. Como
resultado aumentam o risco de morte relacionada ao calor em condições de clima
excepcionalmente quentes em ambientes urbanos em uma proporção muito maior do que nos
arredores rurais (HEAVISIDE et al., 2016).
Chan et al. (2011) ao conduzirem estudo sobre a mortalidade nas cidades de Hong Kong,
Bangkok e Delhi sugerem que a mortalidade aumenta de 4,1% para 5,8% para cada 1° C a partir
de temperatura de 29 ° C.
Diante desse fato têm sido realizados esforços significativos em pesquisas científicas
para avaliar o impacto do fenômeno da ilha de calor sobre o ambiente urbano. Alves (2016) cita

14
os trabalhos de Amorim (2005); Alcoforado e Andrade (2006); Kolokotroni e Giridharan,
(2008); Charabi e Bakhit (2011); Brandsma e Wolters (2012) como alguns dos mais relevantes.
Diversas pesquisas visam identificar modelos de predições de temperatura de áreas
urbanas. Os modelos de ilhas de calor urbana variam conforme a escala espacial utilizada,
podendo abranger desde poucos metros até toda uma malha escala urbana (MIRZAEI, 2015).
Em uma microescala, os denominados modelos da energia de edifícios consistem em
predizer as demandas de resfriamento de espaços. Muitos estudos sobre o microclima podem
ser encontrados na literatura de acordo com Moonen et al. (2012).
Eles utilizam modelos para simular fluxos de ar em torno de edifícios, turbulência,
processos de troca de calor, vapor em edifícios e dispersão de poluentes. Estudos conduzidos
por Perini e Magliocco (2014) e Taleghani et al. (2014) são alguns exemplos mais recentes de
simulação de microclimas urbanos. Entretanto, tais modelos apresentam resolução espacial
bastante baixa pois são limitados principalmente a uma parte isolada do edifício onde a
influência de edifícios vizinhos em seu desempenho de energia é ignorada (SAILOR, 2014).
Na escala local (até 10 km), a interação de um edifício com seu ambiente circundante
na camada superficial é a base do desenvolvimento de modelos de microclima. Os modelos de
dossel urbano, são amplamente utilizado para investigar o fluxo de energia (e
consequentemente de calor) de uma camada urbana (Masson, 2000). Tais modelos consideram
a geometria que a rua e as construções ao seu redor interferem na dinâmica atmosférica
(HAMDI; SCHAYES, 2008).
Em geral, o impacto de diferentes parâmetros, tais como a orientação do edifício, a
relação de aspecto do “cânion” da rua, materiais de superfície, vegetação, plantio de árvores
são usados para simular a convecção de superfície, conforto pedestre e a ventilação urbana
(Tominaga et al., 2015).
Entretanto é a investigação de ilhas de calor em larga escala de uma cidade que é
amplamente adotada em áreas de climatologia e meteorologia urbanas. O impacto das políticas
de escala urbana para mitigar a ilha de calor, por exemplo, ventilação urbana, gestão da
dispersão da poluição são analisados usando principalmente as ferramentas de mesoescala
(MIRZAEI, 2015).
Embora inúmeras cidades tenham empiricamente documentado UHIs, a literatura
sugere que a variação das maneiras de capturar os dados sobre calor, bem como métodos de
analisa-los são vastos. (VOELKE; SHANDAS, 2017). Entretanto, a abordagem mais

15
proeminente é o uso de métodos baseados em satélite, que se baseiam na extensa
disponibilidade de conjuntos de dados para praticamente todas as cidades do planeta (CAO,
2010).
A modelagem de ilhas de calor em escala maiores (tamanho de cidades) são uma das
aplicações do sensoriamento remoto. As imagens térmicas tomadas por satélites e dispositivos
de medição via aérea são processadas para correlacionar temperaturas superficiais e uso de
terra/cobertura de terra de uma cidade. Para esse efeito, os modelos de regressão são comumente
desenvolvidos para explicar a variação da temperatura superficial da superfície terrestre (LST),
associada a parâmetros como a posição topográfica e a diversidade da cobertura terrestre, o
volume de construção por área, orientação. (MALLIC; RAHMAN; SINGH, 2013).
As plataformas de satélite fornecem medição direta do UHI por meio de sensores
específicos que são colocados no satélite. As fontes mais comuns de dados de temperatura por
satélite são o Landsat e o Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer
(ASTER). Embora as imagens de satélite do Landsat e do ASTER forneçam medidas de
temperatura no nível da superfície em resoluções variadas, a análise estatística subsequente com
cobertura do solo oferece insights sobre o papel da forma urbana que ajuda a explicar a
distribuição de temperaturas em toda a região de estudo (HAMSTEAD et al., 2016).
Desta forma, a denominada modelagem espacial destina-se a simular, em ambiente
computacional, fenômenos dinâmicos espaciais que ocorrem no meio urbano. Mudanças de uso
do solo, dinâmica de tráfego, fluxo de pedestres, enchentes, dispersão de poluentes
atmosféricos, praticamente qualquer forma de fenômeno dinâmico observado em áreas urbanas
pode ser modelada por meio de modelos estatísticos, alimentadas por mapas digitais de cidades,
elaborados e/ou refinados por imagens de satélite (Almeida, 2010).
Essa técnica de representação das ilhas de calor oferece um avanço significativo em
relação às formas tradicionais de representações cartográficas por meio de interpolações que,
embora muito úteis do ponto de vista da visualização da distribuição da temperatura, não levam
em consideração as características dos alvos superficiais e do relevo e produzem resultados que
dificultam intervenções mais localizadas (AMORIM et al., 2015). Estudos do uso de
sensoriamento remoto infravermelho de satélite na estimativa das propriedades físicas
superficiais cidades foi investigado recentemente por pesquisadores como Sobrino et al., 2012;
Deng e Wu (2013); Nichol (2019).

16
No Brasil, Ortiz, Teixeira e Amorim (2017) citam diversos trabalhos nos quais as
investigações sobre ilhas de calor em cidades de pequeno e médio porte têm detectado a
manifestação do fenômeno em grandes magnitudes, criando situações de desconforto térmico.
Os estudos das ilhas de calor urbanas têm se mostrado um instrumento importante para
a gestão do espaço urbano, uma vez espacialização das diferenças das temperaturas intra-
urbanas e rurais próximas pode oferecer subsídios para amenizar a magnitude de tais ilhas de
calor (AMORIM; CARDOSO, 2015), fornecendo perspectivas ao reordenamento ao território
urbano (ALVES, 2016).
O processo de urbanização global acelerou-se tanto em intensidade como em área física,
o que conduziu a um interesse crescente no entendimento de suas implicações na saúde humana,
no funcionamento dos ecossistemas, no tempo e, possivelmente, no clima, como um
contribuinte para o aquecimento global (Imhoff et al., 2010).
A cienciometria pode ser entendida como a forma de quantificar as atividades científicas
e tecnológicas produzidas, tendo como foco conhecer as tendências, metodologias ou até
mesmo o interesse de determinados centros de pesquisa. (RIBEIRO, 2015)
Ela não pode substituir um método analítico sobre determinado assunto, mas tem a
capacidade de provocar maior visibilidade dos dados da pesquisa. Tal recurso é importante para
identificar quais áreas precisam de maior preocupação (LAURINDO & MAFRA, 2010).

17
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a análise cienciométrica foi elaborado um conjunto de dados padronizados através
de pesquisa realizada na plataforma Science Direct, operado pela editora Elservier, com cerca
de 3.800 periódicos de divulgação científica (ELSERVIER, 2018) e no site Google Acadêmico,
que, consiste em uma ferramenta gratuita de pesquisa que permite a recuperação de trabalhos
acadêmicos publicados em eventos, revistas científicas, livros, periódicos, artigos etc.
(GOOGLE ACADEMICO, 2018). O material foi acessado na biblioteca do Centro
Universitário de Anápolis, GO entre os dias 14 e 31 de maio de 2018.
Para este estudo duas buscas distintas foram realizadas. Na primeira foi utilizando, no
idioma inglês, os termos ilhas de calor, incluindo obrigatoriamente o termo modelo (“heat
island” AND model) a partir da plataforma Science Direct. Após a obtenção da listagem das
publicações, foi feita uma triagem para identificar publicações sem interesse, como capítulos
de livro, erratas, editoriais etc. de forma a obter as publicações, considerando somente as áreas
de pesquisa que abrangessem a temática e os tipos de trabalhos desejados, que foram Reseach
Articles e Review Articles. Tais termos deveriam constar nos títulos, abstracts ou palavras-
chaves de artigos de periódicos cadastrados na plataforma do Science Direct entre os anos de
2000 a 2018.
A segunda busca foi realizada,a partir do Google Acadêmico, utilizando os termos em
língua portuguesa. Tais termos deveriam constar apenas nos títulos dos trabalhos publicados no
mesmo período.
A análise foi realizada para obter diferentes informações tais como: distribuição
geográfica dos estudos realizados (publicações brasileiras), o número de artigos produzidos ao
longo dos anos; a qualidade das publicações caracterizadas pelo extrato Qualis, as principais
revistas interessadas no tema e os assuntos relacionados.
Após o levantamento dos dados, foram confeccionados gráficos de dispersão e de barras
pelo editor de planilhas Excel (Microsoft®, 2016). Além disso os dados relacionados ao número
de artigos publicados e diferentes anos foram submetidos a uma correlação de Pearson para
averiguar a tendência de aumento do número de publicações ao longo do tempo.

18
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Figura 1 demonstra a quantidade de publicações em português, realizadas no Google
Acadêmico, por estados brasileiros. Ao total foram 105 publicações realizados em vinte estados
brasileiros e no Distrito Federal. HSU et al., (2011) argumentam que a diversificação e o
interesse de pesquisadores de diferentes estados aumentam a divulgação e número de citações
dos trabalhos desenvolvidos.
É possível verificar que ao longo dos anos o número de pesquisas aumentou nos anos
de 2016 e 2017. Entretanto, esse crescimento, pode ser considerado ainda inicial, dado que não
pudemos identificar ainda uma comunidade expressiva de pesquisadores que estariam
desenvolvendo o tema em língua portuguesa. O coeficiente de determinação, que indica
ajustamento ao modelo de regressão linear, não foi estatisticamente significativo (gl=10, p =
0,14).

30

25
Número de Pubicações

20

15

10

0
2008 2010 2012 2014 2016 2018
Período de Avaliação

Figura 1. Variações temporal da produção científica publicada em língua portuguesa no


Google Acadêmico, entre os anos de 2008 e 2018.

Quanto a distribuição espacial das publicações que envolvem o fenômeno de ilhas de


calor, o maior número de cidades utilizadas como áreas de estudo (32) foi realizado no estado
de São Paulo (Figura 2). Um dado interessante, é que o estado de Goiás foi o segundo estado
com o maior número de publicações do país no período (nove publicações). A cidade de Goiânia
foi área de estudo em seis trabalhos, realizados nos anos de 2010, 2011, 2014, 2016 e 2017. A
cidade de Goiás, Iporá e Anápolis foram áreas de estudo de somente um trabalho.

19
35

30

25
Publicações

20

15

10

0
SP GO RJ PE MT RS AM DF MG PB PR MS PA AL BA CE MA PI SC
Estados

Figura 2. Distribuição espacial da produção científica publicada em língua portuguesa


no Google Acadêmico, entre os anos de 2008 e 2018.

Anápolis foi local de estudo em um dos trabalhos desenvolvidos. Foi conduzido por
Gonçalves (2017), que constatou a existência de ilha de calor no bairro de Vila Goiás. De acordo
com o referido autor, o adensamento urbano caracterizado por geometrias que barram os ventos
e aumentam a taxa de absorção do calor; o albedo dada a constante impermeabilização do solo;
além da ação antrópica de remoção de vegetação e consequente redução da evapotranspiração
favoreceu o aumento de temperatura no meio urbano, em relação as áreas mais afastadas, que
juntamente com o aquecimento das superfícies artificiais caracterizam a formação de ilhas de
calor urbana.
Outro fator que também colaborou tanto na formação da ilha de calor, de acordo com
Gonçalves (2017) no bairro analisado, foram as dinâmicas urbanas, especialmente o uso e
ocupação do solo e suas reverberações nos fluxos e mobilidade: na área estudada, mesmo
apresentando um uso do solo majoritariamente residencial, possuindo poucos exemplares
comerciais, a sua localização dentro da malha urbana da cidade faz com que o bairro se torne
uma zona de ligação entre os demais bairros, aumentando o fluxo de automóveis, que por sua
vez se relacionar com o aumento de calor gases poluentes.
Estudos sobre o Google Acadêmico têm surgido, buscando esclarecer sua
potencialidade e confiabilidade como instrumento de recuperação de informações científicas
(Mugnaini, 2008). Apesar de apresentar grande abrangência, um meta-buscador eficiente e uma
indexação das citações, ainda segundo este autor, os diversos resultados, gerados por meio de
20
diferentes metodologias, permitem listar algumas ressalvas sobre as informações obtidas a
partir do Google Acadêmico: a) nem todos os periódicos importantes indexados pelas bases de
dados tradicionais estão indexados pelo Google Acadêmico; b) as citações a documentos
recentes são mais comuns no Google Acadêmico, uma vez que documentos mais antigos estão
disponíveis em menor quantidade na internet. Este último pode ser uma explicação do aumento
das publicações pesquisadas justamente nos anos de 2016 e 2017 na série temporal.
Em relação aos trabalhos publicados em língua inglesa na plataforma Science Direct,
entre os anos de 2008 a 2018, houve a publicação de 412 artigos. A figura mostra que os artigos
que trataram da temática “ilhas de calor” vem aumentando constantemente nos últimos anos,
com um maior número de publicações nos últimos três anos (2016,2017,2018), como pode ser
observado na Figura 3. O valor do coeficiente de correlação de Pearson foi alto (r = 0,92; p=
Publicações = -154E2 + 7,6909 * Período de avaliação
0,001).
Correlation: r = ,91623
90

80

70

60
Publicações

50

40

30

20

10

0
2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020

Período de avaliação

Figura 3. Variações temporal da produção científica publicada em língua inglesa na


plataforma Science Direct, entre os anos de 2008 e 2018.

Os artigos forma publicado em 64 periódicos distintos, elencados na tabela abaixo. O


periódico que apresentou o maior número de publicações foram o Buiding and Environment,
com 43 publicações, o Energy and Buildings, com 41, o Urban Climate, com 41 publicações, o
Sustainable Cities and Society, com 37 publicações.

21
Tabela 1. Relação dos periódicos científicos pesquisados na plataforma Science Direct, com a temática ilhas de calor, entre os anos de 2008 a
2018.

Fator de
Impacto
CAPES
Qualis
Geral
Total
2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018
Periódicos

Advances in Climate Change Research 1 1


Advances in Space Research 1 1 B1 1,44
Agricultural and Forest Meteorology 1 1 2 A1 3,89
American Journal of Preventive Medicine 1 1 4,02
Applied Energy 1 1 1 3 3 2 11 A1 7,18
Applied Geography 1 1 1 2 1 1 7 A1 2,69
Applied Mathematical Modelling 1 1 A2 2,35
Applied Thermal Engineering 1 1 A1 3,36
Atmospheric Environment 4 1 2 2 2 1 3 15 A1 3,63
Atmospheric Research 2 1 1 2 1 1 2 10 A1 3,78
Building and Environment 2 2 4 8 1 6 5 4 7 4 43 A1 4,05
Climate 1 1
Computers, Environment and Urban Systems 1 1 2 4 2,66
Construction and Building Materials 1 1 2 3,17
Ecological Engineering 1 1 A1 2,91
Ecological Indicators 3 1 4 A1 3,9
Ecological Modelling 1 1 A2 2,36
Energy 1 2 1 4 A1 4,52
Energy and Buildings 2 1 1 2 4 4 11 11 5 41 A1 4,07
Energy Conversion and Management 1 1 A1 5,59
Energy Procedia 3 2 12 17 B1
Engenharia Agricola 1 1

22
Fator de
Impacto
CAPES
Qualis
Geral
Total
2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018
Periódicos

Environment International 1 1 A1 7,09


Environmental Modelling & Software 2 2 A1 5,1
Environmental Pollution 2 2 A1 3,84
Environmental Research 1 1 1 1 4 3,83
Frontiers of Architectural Research 1 1 A1 4,04
Geoderma 1 1 2,55
Geothermics 1 1 3,92
Global and Planetary Change 1 1 2,29
Habitat International 1 1 2 A1 3,93
Ieee Transactions on Geoscience and Remote Sensing 1 1 A1 4,94
International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation 1 1 1 1 1 5 1,6
International Journal of Disaster Risk Reduction 1 1 A1 3,46
International Journal of Heat and Mass Transfer 1 1 2 A1 6,39
ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing 1 2 1 2 1 7 A2 1,33
Journal of Atmospheric and Solar-Terrestrial Physics 1 1 2 A1 5,72
Journal of Cleaner Production 1 1 2 4 B1 1,36
Journal of Computational and Applied Mathematics 1 1 A1 4,01
Journal of Environmental Management 3 3 A2 2,94
Journal of Environmental Sciences 1 2 3 A1 3,48
Journal of Hydrology 1 1 1 3 B1 1,06
Journal of Mathematical Analysis and Applications 1 1 A2 2,05
Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics 2 2 4 1 9 A1 3,09
Land Use Policy 1 1 A1 4,56
Landscape and Urban Planning 1 3 1 1 3 2 1 7 19 4,56
Ocean & Coastal Management 1 1 B4

23
Fator de
Impacto
CAPES
Qualis
Geral
Total
2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018
Periódicos

Pacific Science Review A: Natural Science and Engineering 1 1 B3


Preventine Medicine Report 1 1 B4
Procedia Computer Science 2 2 4 1,34
Procedia Engineering 1 7 4 1 13 A1 6,27
Procedia Environmental Sciences 1 1 1 3 8,05
Regional Science and Urban Economics 1 1 A1 4,36
Remote Sensing of Environment 1 1 3 1 4 1 11 A1 4,9
Renewable and Sustainable Energy Reviews 1 1 A1 4,02
Renewable Energy 1 1 1 1 4 1,78
Science of The Total Environment 1 1 1 4 4 7 18 4,90
Solar Energy 1 1 1 1 1 2 1 2 10 4,02
Sustainable Cities and Society 1 1 1 3 9 5 5 12 37 A2 1,77
Sustainable Environment Research 1 1
The Egyptian Journal of Remote Sensing and Space Science 1 1
Urban Climate 2 4 6 6 5 18 41 2,11
Urban Forestry & Urban Greening 1 1 1 2 6 4 1 16 A1 4,4
Weather and Climate Extremes 1 1 A2 1,86
Total Geral 15 9 8 21 25 20 40 42 77 82 73 412

24
Building and Environment é uma revista internacional que publica artigos de pesquisa
originais e artigos de revisão relacionados à ciência da construção, física urbana e interação
humana com o ambiente interno e externo construído. De maneira semelhante, Energy and
Buildings é uma revista internacional que publica artigos com ligações explícitas ao uso de
energia em edifícios. O objetivo é apresentar novos resultados de pesquisa e novas práticas
comprovadas que visam reduzir as necessidades de energia de um edifício e melhorar a
qualidade do ambiente interno. Desta forma, as publicações de ambas estão relacionadas a
modelos de ilhas de calor em microescala.
Já as revistas Urban Climate e Sustainable Cities and Society atendem as comunidades
científicas e de tomadores de decisão com a publicação de pesquisas sobre teoria, ciência e
aplicações relevantes para a compreensão das condições climáticas urbanas e mudanças em
relação à sua geografia e às dinâmicas, socioeconômicas, tecnológicas e ambientais em
ambientes urbanos, contemplando desta forma artigos que modelam em sua maioria ilhas de
calor em escala local e meso escala.
Em relação a qualidade dos periódicos acessados no Science Direct pode-se observar na
Tabela 2 que cerca de 46% apresentam extrato Qualis A1 no triênio 2013-2016, nas áreas de
Ciências Ambientais ou Interdisciplinar. Tais dados corroboram a ideia de que a temática de
ilhas de calor, em nível internacional, é publicada em periódicos renomados.

Tabela 2. Extrato Qualis CAPES dos periódicos pesquisados na plataforma Science Direct.
Qualis CAPES Número de
Revistas
A1 30
A2 7
B1 4
B3 1
B4 2
Sem classificação 20
Total Geral 64

Outra forma de se avaliar a qualidade dos periódicos é a partir do seu FATOR de


impacto (FI). Ele é definido como a razão entre o número de citações feitas no corrente ano a
itens publicados nesse periódico nos últimos dois anos, e o número de artigos (itens fonte)
publicados nos mesmos dois anos pelo mesmo periódico (JCR, 2006). O FI é um indicador
bibliométrico publicado anualmente no Journal Citation Reports (JCR) pelo ISI-Thomson
Scientific (ISI), calculado com base em citações feitas por publicações predominantemente
25
internacionais. Como pode ser observado na Tabela 3, os scores do FI variaram entre 8,05
(Procedia Environmental Sciences) e 1,06 (Journal of Hidrology). Nove revistas não tiveram
fator de impacto calculado por não constarem na base bibliográfica do ISI- Thonsom Scientific.

Tabela 3 Ranking dos FI dos periódicos pesquisados na plataforma Science Direct.


Periódico Fator de
Impacto

Procedia Environmental Sciences 8,05


Applied Energy 7,18
Environment International 7,09
International Journal of Heat and Mass Transfer 6,39
Procedia Engineering 6,27
Journal of Atmospheric and Solar-Terrestrial Physics 5,72
Energy Conversion and Management 5,59
Environmental Modelling & Software 5,10
Ieee Transactions on Geoscience and Remote Sensing 4,94
Science of The Total Environment 4,9
Remote Sensing of Environment 4,90
Land Use Policy 4,56
Landscape and Urban Planning 4,56
Energy 4,52
Urban Forestry & Urban Greening 4,40
Regional Science and Urban Economics 4,36
Energy and Buildings 4,07
Building and Environment 4,05
Frontiers of Architectural Research 4,04
Solar Energy 4,02
American Journal of Preventive Medicine 4,02
Renewable and Sustainable Energy Reviews 4,02
Journal of Computational and Applied Mathematics 4,01
Habitat International 3,93
Geothermics 3,92
Ecological Indicators 3,90
Agricultural and Forest Meteorology 3,89
Environmental Pollution 3,84
Environmental Research 3,83
Atmospheric Research 3,78
Atmospheric Environment 3,63
Journal of Environmental Sciences 3,48
International Journal of Disaster Risk Reduction 3,46
Applied Thermal Engineering 3,36
Construction and Building Materials 3,17

26
Periódico Fator de
Impacto
Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics 3,09
Journal of Environmental Management 2,94
Ecological Engineering 2,91
Applied Geography 2,69
Computers, Environment and Urban Systems 2,66
Geoderma 2,55
Ecological Modelling 2,36
Applied Mathematical Modelling 2,35
Global and Planetary Change 2,29
Urban Climate 2,11
Journal of Mathematical Analysis and Applications 2,05
Weather and Climate Extremes 1,86
Renewable Energy 1,78
Sustainable Cities and Society 1,77
International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation 1,60
Advances in Space Research 1,44
Journal of Cleaner Production 1,36
Procedia Computer Science 1,34
ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing 1,33
Journal of Hydrology 1,06
Energy Procedia
Advances in Climate Change Research
Climate
Engenharia Agricola
Ocean & Coastal Management
Pacific Science Review A: Natural Science and Engineering
Preventine Medicine Report
Sustainable Environment Research
The Egyptian Journal of Remote Sensing and Space Science

É necessário enfatizar, como argumentado por Barros (2014) que o FI deve ser apenas
um dos indicadores a serem considerados na avaliação de periódicos. Tanto é que nem todas as
áreas do conhecimento da CAPES utilizam o indicador FI para estabelecer o Qualis de suas
revistas e muitas áreas o utilizam apenas como um dos indicadores, mas não o único.

27
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa cienciométrica realizada em português no período de 2008 a 2018 no Google


Acadêmico apresentou 105 artigos relacionados ao tema modelagem de ilhas de calor. Não
houve neste período uma tendência de aumento das publicações.
O estado que apresentou o maior número de publicações foi São Paulo, com 32 estudos.
Curiosamente, o estado de Goiás foi o segundo estado com número de publicações (nove),
sendo a maioria deles realizadas por pesquisadores vinculados à Universidade Federal de Goiás
Entretanto, em apenas quatro cidades do estado foram conduzidos trabalhos, indicando
que o tema ainda é incipiente em Goiás e que tem potencial para ser explorado futuramente por
grupos de pesquisa.
Em relação a pesquisa cienciométrica feita no Science Direct, foram identificados 412
artigos de periódicos que trataram da temática de modelagem de ilhas de calor. Houve uma
tendência de aumento linear das publicações científicas no período, indicando que a temática
se tornou um assunto relevante e de interesse na comunidade científica internacional.
Os periódicos pesquisados apresentam em sua maioria grande qualidade e repercussão,
uma vez cerca de 46% estão classificados no extrato AI do Qualis -CAPES e apresentam fator
de impacto altos nas respectivas áreas de conhecimento.
Estudo é importante pois revela a necessidade de publicações de pesquisas de ilhas de
calor no país, a temática de ilhas de calor pode contribuir para o melhor planejamento urbano,
gestão de recursos e gestão ambiental de uma cidade resultando em um conforto térmico para
a população em geral.

28
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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