Primeiro Capítulo – Leitura como objeto de análise sociológica a partir de Durkheim
Pressupostos
Leitura não é um ato individual (íntimo/privado), mas sim “resultante de fenômenos
individuais que respondem a causas sociais”; Os fatos sociais (leitura/suicídio/a divisão do trabalho) têm a origem de suas causas situadas fora dos agentes: qualquer que seja o objeto pelo qual a sociologia debruça suas ferramentas/métodos de investigação, as realidades exteriores àqueles são fundamentais para classificar e consequentemente distinguir tais objetos como compreensíveis a partir dos métodos sociológicos; Intenção de explicar a leitura não como ação restrita do agente, mas como esforço/intenção de compreensão da realidade que condiciona o agente; Formulação sociológica da leitura como ato/objeto de pesquisa que tem suas causas e consequências derivadas duma realidade coletiva. Logo, tanto a leitura como a não leitura são reflexos dos laços sociais; O conhecimento proveniente dos estudos sociológicos fala com o leitor a partir do ato da leitura (prefácio); Leitura como forma de compreensão da realidade social e consequente forma de compreensão das relações entre os agentes; Justificativa pessoal/implícita para a pesquisa: leitura como um ato de antidesespero (solidariedade).
“Só se explica comparando” (p. 10): noções d’O Suicídio
Ato resultante da anomia social (desequilíbrio entre expectativas e exigências do agente
para com o meio socialmente acordado do qual faz parte) que, segundo Durkheim, é resultante do estado crônico do mundo econômico; Quanto maior o consenso entre os indivíduos duma sociedade (solidariedade), maior a coesão social e por consequência menor (indicativo/expectativa do trabalho) o índice de suicídios; Durkheim distingue as categorias de suicídio mediante extensa apuração da realidade social. Tal empreendimento pode ser realizado com a leitura a partir de pesquisas mais aprofundadas (indicativo/sentido da conclusão da monografia); Ao distinguir/formular diferentes tipos de suicídio, Durkheim amplifica não apenas o conceito, como a complexidade da realidade social e de seus agentes.