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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI


DIAMANTINA - MINAS GERAIS

Prática de Química Geral Experimental

Prof. Paulo Henrique Fidêncio

Diamantina
Prática de Química Geral Experimental

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Disciplina:
Química Geral e Analítica Experimental

Prof. Paulo Henrique Fidêncio

Diamantina

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Prática de Química Geral Experimental

Sumário

1. Normas E Segurança em Laboratório ---------------------------------------------- 4

2. Equipamentos Básicos de Laboratório --------------------------------------------- 7

Prática N° 1: Preparação de Soluções------------------------------------------------- 14

Prática N° 2: Equilíbrios Químicos Envolvendo Ácidos e Bases --------------- 24

Prática N° 3: Extrato de Repolho Roxo como Indicador Ácido-Base ---------- 30

Prática N°4: Preparação e Padronização de Solução de Hidróxido ----------- 42


de Sódio e Dosagem de Ácido Acético no Vinagre

Prática N°5: Determinação do Teor de Oxigênio no Ar --------------------------- 48

Prática N°6: Pilha de Zinco e Permanganato de Potássio ----------------------- 53

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Prática de Química Geral Experimental

1. NORMAS E SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

As utilizações de produtos químicos são muito usadas em laboratório


de pesquisa ou em aulas práticas em todas as universidades do país. Num
amplo sentido os produtos químicos estão presentes de forma direta e indireta
nas vidas das pessoas, sendo essenciais para o conforto de todos.
Ao iniciar seu trabalho em um laboratório de química, é importante que
você conheça alguns conceitos e procedimentos de segurança que permitam
sua atuação com um mínimo de risco.
Conceitos e nomes utilizados no ambiente de trabalho são de grande
importância para que seja possível entender os riscos que possas ocorre no
laboratório. Podemos conceituar alguns a seguir:
Agente Tóxico é qualquer substância que cause dano grave ou morte,
através de uma interação físico-química com o tecido vivo.
DL50 é a dose única de uma substância química que causa a morte de 50%
dos animais de uma dada população de organismos exposto. Sendo dividido
em Muito Tóxico (menor que 25 mg.Kg -1), Tóxico ( de 25 a 200 mg.Kg -1)
Nocivo (de 200 a 2000 mg.Kg-1).

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Prática de Química Geral Experimental

Tabela 1: Comparação entre a DL50 de algumas substâncias Potencialmente


Tóxicas

Substância DL50 (mg.Kg-1)


Nicotina 60
Toxina Botulínica 0,0004
Cascavel tigre g 0,06
Cloreto de Sódio 3000

As substâncias Tóxicas podem ser classificas como:


Irritantes – são materiais que causam inflamação das mucosas com as quais
entram em contato. Exemplos: Amônia (NH3), Cloro (Cl), etc.
Corrosivos – São substâncias químicas que podem causar uma destruição
visível ou alteração irreversível em tecidos vivos que em contato. Exemplo:
Ácido Sulfúrico (H2SO4) e hidróxido de Sódio (NaOH).
Asfixiantes – têm a capacidade de privar os tecidos do oxigênio. Exemplo:
Ácido acético (CH3COOH), monóxido de carbono (CO).
Carcinógenos – São substância ou misturas que contêm um agente capaz de
iniciar ou acelerar o desenvolvimento de um tumor maligno. Exemplo: Cloreto
de vinila (C2H3Cl), Dicromato de Potássio (K2Cr2O7).
Com a finalidade de diminuir a frequência e a gravidade de acidentes
em laboratório, torna-se imprescindível que durante os trabalhos se observe
uma série de normas de segurança.

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Prática de Química Geral Experimental

1. Siga rigorosamente as instruções específicas do Professor.


2. Não fume e não alimente dentro do laboratório.
3. É obrigação do aluno ao adentrar em um laboratório, que esteja
trajando um avental adequado. Além de proteger sua roupa evita
que substâncias químicas entre em contato com sua pele.
4. Trabalhos envolvendo desprendimento de gases ou vapores Tóxicos
efetue-o na capela.
5. Ao aquecer um tubo de ensaio contendo solução (ou qualquer outra
substância) nunca o aponte para si ou para o colega vizinho. O
superaquecimento pode dar origem à formação brusca de bolhas de
vapor com a expulsão do conteúdo de forma violenta e perigosa.
6. Quando você retirar um frasco de reagente do lugar, tenha o cuidado
de repor no mesmo lugar, imediatamente após o uso.
7. Qualquer acidente, por menor que seja, deve ser imediatamente
comunicado ao professor.
8. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o
frasco sob o nariz. Desloque com a mão, para a sua direção, os
vapores que se desprendem do frasco.
9. Ao terminar suas tarefas, devem lavar imediatamente as mãos, os
braços, o rosto, o pescoço e qualquer outra parte do corpo sujeito a
exposição.

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Prática de Química Geral Experimental

2. EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO

A execução de qualquer experimento no Laboratório envolve geralmente a


utilização de uma variedade de equipamentos, com finalidades específicas. E
de grande importância conhecer os equipamentos básicos e as situações mais
freqüentes em eles são usados.
Bico de Gás É utilizado no laboratório como fonte de calor para diversas
finalidades, como: Aquecimento de soluções, estiramento e preparo de peças
de vidro entre outros. Possui como combustível normalmente G.L.P (butano e
propano) e como comburente oxigênio do ar atmosférico
Balanças: Medidas de massas. Há uma grande variedade de balanças de
laboratório, desde as mais grosseiras até as de mais alta sensibilidade.
Balão Volumétrico Vidraria de precisão, o balão volumétrico é usado para o
preparo e diluição de soluções com volumes precisos e pré-fixados. São
calibradas para determinados volume de líquido, a uma dada temperatura
(geralmente 20 ºC, podendo ser usado sem erro apreciável em temperaturas
de ± 8ºC acima ou abaixo da indicada
Béquer Usado no preparo de soluções, aquecimento de líquidos, dissolução
de sólidos, etc.
Bureta Vidraria de precisão e graduada a bureta é calibrada para dosar
volumes de líquidos, sendo muito utilizada para titulação.
Pipetas Medidas precisas de volume liquido. Existem dois tipos: Pipetas
graduadas e pipeta volumétrica. Uma graduada é usada para escoar volumes

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Prática de Química Geral Experimental

variáveis e uma volumétrica para escoar volumes fixos de líquidos; são


calibrados sempre e uma dada temperatura.
Proveta ou cilindro graduado Cilindro com graduações, destinado a medidas
aproximadas de volumes e líquidos.
Vidro de relógio Peça de vidro de forma côncava, é usada em análises e
evaporações. Não pode ser aquecida diretamente.
Pisseta ou frasco lavador Usada para lavagens de materiais ou recipientes
através de jatos de água, álcool ou outros solventes.
Erlenmeyer Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver
substâncias.
Funil de separação Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na
extração líquido/líquido.
Kitassato Utilizado em conjunto com o FUNIL DE BUCHNER em filtrações a
vácuo.
Suporte Universal Utilizado em operações como: Filtração, suporte para
Condensador, bureta, sistema de destilação.
Tela de amianto Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do
amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen.
Dessecador Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice
de umidade.
Funil de buchner Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a
função de filtro em conjunto com o Kitassato.

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Prática de Química Geral Experimental

Funil haste longa usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não
dever ser aquecido.

a) b)

Figura 1: a) Bico Bunsen b) Bureta

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Prática de Química Geral Experimental

a) b) c)

d) e) f)

g) h) i)

Figura 2: a) Balão volumétrico; b) béquer; c) pipeta volumétrica e


graduda; d) Dessecador; e) Funil de decantação; f) Proveta; g)
Elernmeyer; h) Kitassato; i) Funil.

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Prática de Química Geral Experimental

a) b)

c)

d)

Figura 3: a) Vidro de relógio; b) Suporte universal; c) Tela de amianto d)


Funil de Buchner

Ao se colocar um determinado líquido em um recipiente para efetuar a


medida de seu volume, a linha divisória entre o líquido e o ar denomina-se
menisco, e é utilizada como referência para a leitura do volume.
Para a maioria dos líquidos, o menisco apresenta um mínimo na
região central do aparelho de medida, Isto ocorre devido à superioridade das
forças adesivas (líquido-recipiente) em relação às forças coesivas (líquido-
líquido). Se o líquido for transparente deve-se utilizar o ponto de mínimo para
efetuar a leitura. Se for opaco, utiliza-se a parte superior.

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Prática de Química Geral Experimental

Nos casos em que as forças coesivas (líquido-líquido) são maiores


que as forças adesivas (líquido-recipiente) o menisco apresenta um ponto de
máximo, o qual deve ser utilizado como referência para a leitura.
Para efetuar a leitura do volume de um líquido, procure sempre
posicionar-se de modo que a sua linha de visão fique, em relação à superfície
do líquido, como ilustradona Figura 4. Este procedimento evita erros de leitura
decorrente de um mal posicionamento de seu olho em relação à altura do
menisco do líquido.

Figura 4: Modo correto de se ler o volume de um líquido: Linha de


visão Horizontal à superfície do líquido

Referências Bibliográficas
Golgher, Marcos. Segurança em Laboratório. Minas Gerais, CRQ, 2008
Silva, Luís Antônio da. Prática de química geral e analítica experimental. Minas
Gerais, UFVJM, 2006.

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Prática de Química Geral Experimental

PRÁTICA Nº 1: PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES

1 Objetivo
O problema a ser resolvido nesta experiência é o da preparação de
solução aquosa de um sal, a partir do soluto sólido e sua diluição, e o da
preparação de uma solução aquosa diluída de um ácido, pelo método da
diluição de soluções concentradas em estoque. A prática visa que o aluno
aprenda pesar, transferir e realizar as contas para um preparo de solução.

2 Introdução
Uma solução, no sentido mais amplo, é uma dispersão homogênea de
duas ou mais espécies de substâncias moleculares ou iônicas.
Soluções podem ser formadas por qualquer combinação dos três
estados da matéria – sólido, líquidos, gases – porém são sempre constituídas
de uma única fase.
Em química, trata-se principalmente das soluções no estado líquido,
constituída por gases, líquidos ou sólidos dispersos num líquido. Se esse
líquido for a água a solução é denominada solução aquosa.
As propriedades de uma solução dependem de sua composição e da
natureza dos seus componentes. A descrição quantitativa da composição de
uma solução é feita especificando-se sua concentração. Desta forma, as
relações entre as porções de soluto e de solvente em uma solução, ou entre

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Prática de Química Geral Experimental

porções de soluto e solução podem ser expressa de diferentes maneiras


3
(título ou percentagem em massa, g/dm , mol/g).

2.1 Cálculos para preparo de soluções


Soluções podem ser preparadas, mais comumente, a partir de um
soluto sólido ou a partir de uma solução concentrada em estoque desse soluto.
Quando a prepara uma solução, sabe-se que se quer obter certo volume da
solução a uma dada concentração. Assim para preparar uma solução a partir
de um soluto sólido há a necessidade de se saber qual o valor de massa do
soluto que deve ser tomado; analogamente, no caso de soluto em solução em
estoque, há que se qual o volume da solução em estoque que deve ser
tomado. A seguir têm-se exemplo dos cálculos que são realizados para
determinar a massa de soluto ou volume de solução estoque do soluto
necessário em cada caso.
Solutos sólidos: Suponha que se necessite preparar 500,00 cm3 de
uma solução aquosa de Permanganato de Potássio (KMnO 4), cuja
concentração em quantidade matéria seja, 0,120 mol/dm3. Como proceder
para calcular a massa de KMnO4 que deve ser tomada?

a. Inicialmente, deve-se calcular a quantidade de matéria de KMnO 4 que


deverá estar em 500,00 cm3 (0,5 dm3) de solução, pois sabemos que em
1 litro (1 dm3) deve haver 0,12 mol de KMnO4.

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Prática de Química Geral Experimental

1 dm3 de solução 0,120 mol de KMnO4


3
0,5 dm de solução X
X= 0,0600 mol de KMnO4

b. Agora, basta calcular a massa correspondente à quantidade matéria


presente em 500,00 cm3 da solução. Para isto utiliza-se a massa molar de
KMnO4 (158,034 g/mol)

1 mol de KMnO4 158,034 g de KMnO4


0,0600 mol de KMnO4 X
X= 9,5 g de KMnO4

Portanto, para preparar 500,00 cm3 de solução aquosa de KMnO4 de


concentração 0,12 mol/dm3, basta dissolver em água 9,5 g de KMnO 4 e levar o
volume de solução até 500,00 cm3 (em um balão volumétrico).

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Prática de Química Geral Experimental

M: Molaridade

n1 n1: nº de moles de soluto


C equação 1
V(L) V(L): Volume da solução em litros

n1: nº de moles do soluto

m1 m1: massa do soluto


n1  equação 2
PM1 PM1: Peso molecular do soluto

Essa solução pode ser calculada através de equações (formulas), da seguinte


forma:

Organizando a equação 1 e 2 obtemos


PMxV
(L 
)xCm equação 3

m = 0,120 mol/dm3.158,034g/mol.0,5dm3
m= 9,5 g de KMnO4

Diluição de solução: Suponha que se necessite preparar 50,00 cm3 de uma


solução aquosa de Permanganato de Potássio (KMnO 4), cuja concentração
em quantidade matéria seja 0,0600 mol/dm3, a partir da solução preparada
anteriormente.

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Prática de Química Geral Experimental

a. Inicialmente, deve-se calcular a quantidade de matéria de KMnO 4 que


deverá estar em 50,00 cm3 (0,0500 dm3) de solução, pois em 1 dm3 da
solução deve haver 0,0600 mol de KMnO 4.

1 dm3 de solução 0,060 mol de KMnO4


3
0,05 dm de solução X
X= 0,0300 mol de KMnO4

b. Agora, basta calcular que volume de solução de KMnO 4 de concentração


0,120 mol/dm3 corresponde à quantidade de matéria presente em 50,00
dm3 da solução que se deseja preparar. Assim:

1 dm3 de solução 0,120 mol de KMnO4


X 0,003 mol de KMnO4
3
X= 0,0250 dm = 25 cm3 de solução de KMnO4

Portanto para preparar 50,00 cm3 de solução aquosa de KMnO4 de


concentração 0,0600 mol/dm3, basta retirar uma alíquota de 25,0 cm3 da
solução de KMnO4, de concentração 0,12 mol/dm3, e completar com água até
atingir o volume 50,00 cm3 (em um balão volumétrico).

Solução de soluto em estoque Para soluções aquosas de algumas


substâncias mais comuns existem tabelas de título em função da densidade

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Prática de Química Geral Experimental

(ver tabela 1 para H2SO4). Isto permite que se calcule a concentração de


soluto em massa ou em quantidade de matéria. Como a Tabela 2 mostra uma
solução aquosa de ácido sulfúrico de densidade 1553,3 g/dm3 tem título de
65%, significando que em um litro de solução, 1009,6 g são de H 2SO4 e 543,7
de H2O.
Cabe ressaltar, entretanto, que essa relação entre título e densidade
é utilizada mais comumente para soluções diluídas, prefere-se utilizar
diretamente concentração em quantidade de matéria, já que a determinação
precisa de suas densidades é mais difícil.
Suponha, agora, que se necessite preparar 250,0 cm3 de uma
solução aquosa de ácido sulfúrico cuja concentração em quantidade de
matéria seja 0,230 mol/dm3, a partir de solução em estoque de título 95% e
densidae 1,8337 g/dm3. Como proceder para calcular o volume de solução em
estoque de H2SO4 que deve ser tomado?

a. Inicialmente se calcula a quantidade de matéria de H 2SO4 que deverá


estar em 250,0 cm3 de solução de concentração 0,230 mol/dm3, ou seja;

1 dm3 de solução 0,230 mol de H2SO4


3
0,250 dm de solução x
X= 0,0575 mol de H2SO4

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Prática de Química Geral Experimental

b. Utilizando-se massa molar de H2SO4 (98,08 g/mol), calcula-se a massa de


H2SO4 necessária, isto é:

1 mol de H2SO4 98,08 g de H2SO4


0,0575 mol de H2SO4 y
Y = 5,64 g de H2SO4

Mas, como determinar o volume de solução em estoque que contém essa


massa de H2SO4? Isto é feito utilizando-se título e a densidade da solução em
estoque. O título permite que se calcule qual a massa de solução em estoque
que contém essa massa de H2SO4 (o resto da massa é de água), isto é:

95 g de H2SO4 100 g de solução


5,64 g de H2SO4 z
z = 5,90 g de solução em estoque
Finalmente, basta, através da densidade, obter o volume de solução em
estoque que contém essa massa, ou seja:

1,8337 g de solução em estoque 1 dm3 de solução em estoque


5,9 g de solução estoque w
3
W= 3,2 cm de solução em estoque.

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Prática de Química Geral Experimental

Portanto, para preparar 250,0 cm3 de solução aquosa de H2SO4 de


concentração 0,230 mol/dm3, basta adicionar a água 3,2 cm3 da solução em
estoque e levar o volume da solução até 250,0 cm3.

2.2 Técnica de preparação de solução


a. Tomar conhecimento dos perigos potenciais das substâncias
utilizadas de modo a reduzir a possibilidade de
contaminações ou acidentes.
b. Decidir qual o volume de solução a preparar.
c. Efetuar os cálculos necessários
1. Passar água destilada em o material.
2. Secar cuidadosamente a espátula e o vidro de relógio.
3. Medir a massa de soluto necessária.
4. Transferir o soluto para um bequer lavando o vidro de relógio com solvente
de modo a arrastar todo o soluto.
5. Dissolver todo o soluto utilizando apenas uma parte do solvente agitando
com um bastão de vidro.
6. Verter a solução para o balão volumétrico, com auxílio de um funil, lavando
o bequer, o bastão de vidro e o funil com solvente para arrastar todo o soluto.
7. Completar até ao traço (menisco), primeiro com a pisseta e depois com
conta-gotas.
8. Tapar e homogeneizar a solução invertendo várias vezes o balão de diluição

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Prática de Química Geral Experimental

Tabela 2: Título e densidade de soluções aquosas de ácido sulfúrico, a 20


ºC.
Título % Densidade (g/dm3) Título % Densidade (g/dm3)
1 1005,1 80 1727,2
5 1013,1 82 1749,1
10 1066,1 84 1769,3
15 1102,0 86 1787,2
20 1139,4 88 1802,2
25 1178,3 90 1814,4
30 1218,5 91 1819,5
35 1260,0 92 1824,0
40 1302,8 93 1827,9
45 1347,6 94 1831,2
50 1395,1 95 1833,7
55 1445,3 96 1835,5
60 1498,3 97 1836,4
65 1553,3 98 1836,1
70 1610,5 99 1834,2
75 1669,2 100 1830,5

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Prática de Química Geral Experimental

3 Técnica de preparação de solução


Soluto sólido (KMnO4); ácido sulfúrico concentrado (H2SO4); pisseta com
água destilada; 3 balões volumétricos de 100 cm3; béquer de 25, 50 ou 100
cm3; funil de médio; bastão de vidro; pipeta volumétrica 10 cm3; pipeta
graduada de 2 cm3; pipetador de borracha; balança analítica

3.1 Procedimento experimental


a. Preparo 100 cm3 de uma solução de KMnO 4 do soluto sólido.
Efetue os cálculos para determinar a massa de soluto
necessária para preparar a solução de 0,01 mol/dm3. Mostre ao
professor os cálculos realizados.
b. Preparo de uma solução aquosa 0,001 mol/dm3 de KMnO4, a
partir da solução preparada no item anterior (diluição).
Inicialmente, efetue os cálculos para determinar o volume de
solução a ser tomado. Retire o volume de solução usando uma
pipeta volumetria. Complete com água destilada.
c. Preparo de uma solução aquosa diluída de um ácido (100 cm3
de H2SO4 0,1 mol/dm3), a partir de uma solução concentrada em
estoque. A partir das informações contidas no rótulo contendo o
H2SO4 concentrado, efetue os cálculos necessários para
determinar o volume de solução concentrada em estoque a ser
utilizado na preparação da solução fornecida

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Prática de Química Geral Experimental

4 Referências bibliográficas
Silva,. R. R.; Bocchi, N.; Rocha-Filho R. C. Introduçao a química experimental.
São Paulo, McGraw-Hill, 1990.
Quaghano, J. V. e Vallarino, L. M. Química. Trad. Aida Espinola
Rio de Janeiro, Guanabara DOIS, 1979.
PEQ-ProJetos de ensino de química. Experiências de química. São Paulo,
Moderna, 1979.

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Prática de Química Geral Experimental

PRÁTICA Nº2- EQUILÍBRIOS QUÍMICOS ENVOLVENDO ÁCIDOS E BASES


EQUILÍBRIOS IÔNICOS EM SOLUÇÃO AQUOSA: ÁCIDOS E BASES

1 Objetivo
Ilustrar o efeito do íon comum em equilíbrios envolvendo ácidos e
bases fracas. Ilustrar o fenômeno de hidrólise de sais. Avaliar por colorimetria
visual o pH de soluções.

2 Introdução
Um dos princípios mais importantes a respeito das reações químicas é
que todas as reações químicas são reversíveis. Sempre que uma reação
química se inicia, os produtos da reação começam a se formar e, por sua vez,
reagirão entre si, constituindo uma reação reversível. Após um intervalo de
tempo, atinge-se o equilíbrio dinâmico; isto é, na mesma unidade de tempo
decompõem-se tantas moléculas (ou íons) quantas se formam. Em alguns
casos, esse equilíbrio é quase que totalmente atingido ao lado da formação de
outra substância, e a reação assim parece ter-se processado até a fase final.
Em outros, seria tarefa do pesquisador criar as circunstâncias nas quais as
reações, ao invés de atingir um equilíbrio, se completassem. Isso ocorre
freqüentemente na análise quantitativa.
Outro ponto que deve ser assinalado, de acordo.com a definição de ácido e
base de Brõnsted-Lowry, é que os indicadores são eles próprios compostos

24
Prática de Química Geral Experimental

ácidos ou básicos. Assim, um indicador genérico IndH em solução aquosa


apresenta o seguinte equilíbrio:

Com isso, o aumento ou a diminuição de espécies ácidas ou básicas


no meio fará com que o equilíbrio se desloque para a esquerda ou para a
direita, e a cor resultante será dependente das concentrações relativas de
IndH e Ind-, que são as espécies responsáveis pela coloração do meio. Assim,
quanto maior a acidez do meio, ou seja, quanto menor o pH, maior será a
protonação do indicador e, conseqüentemente, maior será a concentração de
IndH. Já com o aumento do pH, ou seja, quanto maior a basicidade, essa
forma do indicador vai sendo desprotonada, com o conseqüente aumento da
-
concentração de Ind . Explicar mudanças de cores de indicadores significa
pois explicar as cores de IndH e Ind -.

3 Parte Experimental

Para avaliar o grau de acidez (pH) nos ensaios a serem efetuados,


utilizaremos indicadores cuja coloração varia com o pH (pH = - log [W])
especificados abaixo:

25
Prática de Química Geral Experimental

Tabela 3: Indicadores suas respectivas cores


Indicador Cores e zonas de pH
Alaranjado de metila Vermelho 3,1 – 4,4 amarelo
Vermelho de metila Vermelho 4,2 – 6,3 amarelo
Fenolftaleína Incolor 8,3 -10,0 vermelho
(maravilho)

Tabela 4: Indicador universal


pH Cor
3 ou menos vermelho
4 Vermelho – laranja
5 Laranja
6 Amarelo
7 Verde-amarelado
8 Verde-azulado
9 Azul
10 Violeta
11 ou mais Púrpura

26
Prática de Química Geral Experimental

3.1 Materiais e reagentes

Para cada ensaio proposto, escreva as equações dos equilíbrios


envolvidos e interprete os resultados em termos de deslocamento de equilíbrio
.
1. Em um Béquer contendo de 2 a 3 cm3 de água destilada e deionizada
coloque 1 (uma) gota de ácido acético 4 mo/dm3 e mais 3 (três) gotas
de indicador universal. Adicione lentamente gotas de solução de
acetato de sódio. Repetir o mesmo teste usando como indicador
alaranjado de metila.
2. Em outro Béquer contendo de 2 a 3 cm3 de água destilada e
deionizada coloque 1 (uma) gota de hidróxido de amônio (NH4OH) 6
mol/dm3 e mais 3 (três) gotas do indicador universal. Adicione
lentamente gotas de solução de cloreto de amônio. Repita o teste
usando como indicadora fenolftaleína.
3. Dissolver os 'seguintes compostos em água e testar o pH com
soluções de indicadores disponíveis: cloreto de sódio (NaCI), acetato
de sódio (CH3COONa); cloreto de amônio (NH4CI); carbonato de sódio
(Na2CO3); fosfato de sódio (Na3PO4); monohidrogenofosfato de sódio
(Na2HPO4).

27
Prática de Química Geral Experimental

4 ANEXO

Preparacão de indicadores:

Alaranjado de Metila
Dissolver 0,2g de alaranjado de metila em água quente e diluir até 100ml com
água fria.
1 gota de indicador para 100ml de solução.

Vermelho de Metila
Dissolver 0,2g de vermelho de metila em 60ml de álcool e diluir até 100mI
com água destilada e deionizada.
2 gotas de indicador para 100ml de solução.

Fenolftaleína
Dissolver 1g de fenolftaleína em 60ml de álcool e diluir até 100mI com água
destilada e deionizada.
1 a 2 gotas de indicador para 100ml de solução.

Indicador Universal
- 0,05g de alaranjado de metila
- 0, 15g de vermelho de metila

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Prática de Química Geral Experimental

- 0,3g de azul de bromotimol


- 0,35g de fenolftaleína
- Dissolver em lL de etanol a 66%
- 1 a 2 gotas para 100mI de solução

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Vogel, A. L, Química Analítica Qualitativa, Ed. Mestre Jou.


Edwing, G. W., Métodos Instrumentais de Análise Química, Vol. I, Ed. Edgard
Blücher.
Owheiler, O. A., Química Analítica Quantitativa, VoI. 3, Ed. Livros Técnicos e
Científicos S.A..

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Prática de Química Geral Experimental

PRÁTICA N° 3 - EXTRATO DE REPOLHO ROXO COMO INDICADOR


ÁCIDO-BASE

OBJETIVOS: Preparação de indicador ácido-base com repolho roxo e uso do


indicador na caracterização de soluções quanto à acidez ou basicidade (pH).

MATERIAIS:

 Repolho roxo  Vitamina C (não efervescente)


 Vinagre  Comprimido antiácido efervescente
 Amônia  Ácido muriático (solução comercial
 Soda cáustica de HCl)
 Bicarbonato de sódio  Água destilada
 Sal de cozinha  Água mineral sem gás
 Limão  Água mineral com gás
 Sabão em pó  Álcool comercial (opcional)
 Sabão/sabonete  Vidros vazios ou copos
 Detergente incolor  Proveta ou seringa graduada
 Refrigerante incolor (sprite,  Canudinho de refresco
soda limonada, etc)  Tubos de ensaio ou vidros pequenos
(do tipo para penicilina)
 Funil e papel de filtro

30
Prática de Química Geral Experimental

PROCEDIMENTO:

1. Macere vigorosamente algumas folhas de repolho roxo em 50 mL de água,


preferivelmente destilada, de modo a obter um extrato de coloração roxa
intensa. Caso esteja disponível, use um liquidificador. Filtre para obter a
solução de indicador ácido-base. Alternativamente, o extrato pode ser feito
com álcool comercial, obtendo-se uma solução mais concentrada.

2. Prepare as seguintes soluções, usando preferencialmente água destilada:


 50 mL de água + 5 mL de vinagre.
 50 mL de água + 1 mL de solução de amônia.
 50 mL de água + 1 pitada de soda cáustica.
 50 mL de água + 1 pitada de bicarbonato de sódio.
 50 mL de água + 1 pitada de sal de cozinha.
 50 mL de água + suco de 1 limão.
 50 mL de água + 1 pitada de sabão em pó.
 50 mL de água + pequena lasca de sabão em barra ou sabonete.
 50 mL de água + 1 mL de detergente incolor.
 50 mL de água + 1/2 comprimido de vitamina C, não efervescente,
previamente pulverizado para facilitar a dissolução.
 50 mL de água + 1 mL de ácido muriático.

31
Prática de Química Geral Experimental

 50 mL de refrigerante incolor.
 Água de torneira.
 Água mineral sem gás.
 Água mineral com gás.
 Outras.

OBS: Se necessário, filtre para obter sistemas límpidos e homogêneos.

3. Coloque em cada solução aproximadamente 1 mL do extrato de repolho


roxo. Observe e anote a cor do sistema, completando a tabela a seguir:

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Prática de Química Geral Experimental

SOLUÇÃO COR OBSERVADA

vinagre

amônia

soda cáustica

bicarbonato de sódio

sal de cozinha

limão

sabão em pó

sabão/sabonete

detergente

vitamina C

ácido muriático

refrigerante incolor

água de torneira

água mineral sem gás

água mineral com gás

33
Prática de Química Geral Experimental

4. Agrupe os materiais que geraram soluções de cores semelhantes quando


misturados ao extrato de repolho roxo.
Coloração (cores semelhantes) Materiais (soluções)

O que os materiais agrupados na tabela acima têm em comum


que pode ter causado a semelhança de comportamento
apresentada?

34
Prática de Química Geral Experimental

5. O extrato de repolho roxo tem a propriedade de mudar de cor conforme a


acidez ou basicidade do meio. Assim, alguns dos materiais testados
produziram soluções ácidas e outros soluções básicas (e outros, ainda,
neutras). Para as soluções ácidas ou básicas, escreva equações químicas
que expliquem a acidez ou a basicidade de cada solução testada.

SOLUÇÃO EQUAÇÕES

ácido muriático
vinagre
limão
vitamina C
refrigerante incolor
água mineral com gás
amônia
bicarbonato de sódio
sabão em pó
sabão/sabonete
soda cáustica

35
Prática de Química Geral Experimental

Obs.: Utilize preferencialmente o conceito de Bronsted e Lowry.


Observe os rótulos dos produtos para verificar sua composição ou
verifique com o seu professor os principais constituintes de cada
sistema.

6. Qual é a cor do extrato de repolho roxo em meios ácido, básico e


neutro? Explique a variação da cor do extrato de repolho roxo ao ser
adicionado às soluções testadas e escreva uma equação que represente
sua explicação.

7. Adicione 1 mL da solução indicadora a 25 mL de água. Acrescente


solução diluída de amônia (conforme preparação descrita no item 2), gota a
gota, até distinta mudança de cor. Com um canudinho de refresco sopre
para dentro da solução até não mais ocorrer mudança de cor. Anote suas
observações. Explique e escreva as equações químicas correspondentes.

8. Coloque em dois recipientes 25 mL de água. A um deles acrescente


meio comprimido antiácido efervescente. Coloque 1 mL de extrato de
repolho roxo em cada um deles. Adicione solução diluída de hidróxido de
sódio (aproximadamente 0,10 mol L-1) , gota a gota, às duas soluções até
observar mudança de cor. Quantas gotas foram necessárias em cada

36
Prática de Química Geral Experimental

caso? Verifique o conteúdo do comprimido que você usou e explique a


diferença do comportamento das duas soluções.

9. ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Durante os experimentos você deve ter observado várias cores ou tonalidades.


Para se obter informações mais completas relacionando a cor observada ao
pH da solução, é interessante preparar soluções de ácidos e bases fortes de
concentrações conhecidas (ou aproximadamente conhecidas). Para isto
obtenha ou prepare uma solução estoque 1,0 mol L -1 de ácido clorídrico
(muriático), a partir de informações contidas no rótulo. O ácido clorídrico
vendido em casas para material de construção é aproximadamente 10 mol L-1 .
Com diluições sucessivas, obtenha soluções 0,1 ; 0,01; 0,001 até 0,000001
mol L-1. Do mesmo modo prepare uma solução estoque 1,0 mol L -1 de NaOH ,
e prepare soluções 0,1; 0,01; 0,001 até 0,000001 mol L -1. Como referencia de
solução neutra, use água destilada.
A cada uma das soluções acrescente 1 mL de extrato de repolho roxo.
Complete a tabela abaixo e obtenha uma escala de cores correspondentes
aos pHs de 0 a 14.

37
Prática de Química Geral Experimental

[H+(aq)] (mol L-1) pH Cor observada:


1
10-1
10-2
10-3
10-4
10-5
10-6
10-7
10-8
10-9
10-10
-11
10
10-12
10-13
10-14
Analise novamente as soluções obtidas no item 3 e procure determinar o pH
de cada uma delas por comparação com a escala de cores que você preparou.

38
Prática de Química Geral Experimental

SOLUÇÃO pH

Vinagre

amônia

soda cáustica

bicarbonato de sódio

sal de cozinha

limão

sabão em pó

sabão/sabonete

detergente

vitamina C

ácido muriático

refrigerante incolor

água de torneira

água mineral sem gás

água mineral com gás

39
Prática de Química Geral Experimental

OBSERVAÇÕES:

A cor do repolho roxo é devida a um grupo de substâncias, da classe dos


flavanóides, denominadas antocianinas. Muitos frutos, flores, tubérculos e
folhas possuem corantes deste tipo, produzindo cores que variam do vermelho
ao azul. São exemplos, a beterraba, as uvas vermelhas, a cebola roxa, e o
coração roxo (Tradescantiae pálida). Dependendo do meio sofrem mudanças
estruturais, exibindo cada estrutura uma cor característica, dando às soluções
cores que dependem da concentração de cada espécie na solução. Veja o
esquema abaixo, que mostra a espécie predominante, dependendo do pH do
meio:

Finalmente, como foi mencionado acima, o repolho roxo não é o único material
que pode ser usado nesta prática, embora seja o mais adequado, pois permite
a distinção clara entre valores de pH acima (azul – verde) e abaixo (vermelho)
de 7. Entretanto, como nem sempre é fácil achar este vegetal, como
alternativa, podemos usar uvas vermelhas (ou suco de uva), a planta “coração

40
Prática de Química Geral Experimental

roxo”, cebola roxa, algumas flores vermelhas, etc. Entretanto, as faixas de


viragem não são as mesmas. Dos exemplos citados, a nossa experiência tem
nos mostrado que a cebola roxa é a que mais se aproxima do repolho roxo,
mas a sua extração é mais difícil e deve ser feita com álcool.

LEITURA COMPLEMENTAR:

1. Extrato de Repolho Roxo como Indicador Universal de pH, GEPEQ,


Química Nova na Escola, 1:32-33, 1995.
2. Demonstração do Efeito Tampão de Comprimidos Efervescentes com
Extrato de Repolho Roxo, V. A. Lima, M. Battaggia, A. Guaracho, A.
Infante, Química Nova na Escola, 1:33-34, 1995.
3. Teorias Ácido-base do Século XX, A. P. Chagas, , Química Nova na Escola,
9:28-30, 1999.
4. Mudança nas Cores dos Extratos de Flores e do Repolho Roxo, J. A. de M.
Gouveia-Matos, , Química Nova na Escola, 10:6-10, 1999.
5. O Conceito de Solução Tampão, A. R. Fiorucci, M. H. F. B. Soares, E. T.
G. Cavalheiro , Química Nova na Escola, 13:18-21, 2001.
6. Anthocyanins: A colorful class of compounds, pela equipe editorial ,
Journal of Chemical Education, vol.74: 1176A-1176B, 1997.
7. Anthocyanins: Model compounds for learning about more than pH,
R.Curtright, J. A. Rynearson, J. Markwell, Journal of Chemical Education,
vol.73:206-309, 1996.

41
Prática de Química Geral Experimental

PRÁTICA N° 4 - PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO DE


HIDRÓXIDO DE SÓDIO E DOSAGEM DE ÁCIDO ACÉTICO NO VINAGRE

1. INTRODUÇÃO

Na titulação de ácido e base forte, o ponto de equivalência é aproximadamente


7, pois o ácido ioniza-se praticamente na totalidade e a base também se
dissocia praticamente na totalidade. Quando os íons H 3O+ e OH- reagem,
formam água. Um exemplo deste tipo de titulação é a titulação de uma solução
de HCl com NaOH. As soluções-padrão alcalinas são razoavelmente estáveis,
salvo no que diz respeito à absorção de dióxido de carbono da atmosfera. A
escolha do indicador a ser usado, para minimizar o erro de titulação é muito
importante e um fato a considerar é a inclinação das curvas de titulação, na
escolha do indicador.

2. OBJETIVOS:

- Preparar e padronizar uma solução de hidróxido de sódio (NaOH);


- Determinar o teor de ácido acético (CH3COOH) em amostra de vinagre.

42
Prática de Química Geral Experimental

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1- Preparo da solução de hidróxido de sódio (NaOH) aproximadamente


0,1 mol/L.

Pesar cerca de 0,4000 g de hidróxido de sódio (NaOH) em um béquer e


dissolver com água destilada. Transferir para um balão volumétrico de 100 mL,
completar o volume do balão até o traço com água destilada.

3.2- Padronização da solução de hidróxido de sódio (NaOH)


aproximadamente 0,1 mol/L.

Pesar cerca de 0,3060 g de Biftalato de Potássio (KHC8H4O4), transferir para


um erlenmeyer de 250 mL e adicionar água destilada cerca de 20 mL. Em
seguida, dissolver o biftalato até sua solubilidade total. Adicionar 2 gotas de
indicador fenolftaleína e titular a solução do erlenmeyer com solução de
hidróxido de sódio. Iniciar a titulação adicionando solução de NaOH
lentamente, com agitação constante, até o aparecimento de coloração
vermelho maravilha.rósea. Anotar o volume consumido de NaOH. Repetir a
titulação.

43
Prática de Química Geral Experimental

3.3- Determinação do teor de ácido acético (CH 3COOH) em vinagre


(dosagem de ácido acético).

Pipetar 10,0 mL de vinagre para um balão volumétrico de 100,0 mL. Completar


o volume com água destilada até o traço de referência e homogeneizar.
Pipetar 10,0 mL da solução preparada para um frasco erlenmeyer. Adicionar
20,0 mL de água destilada e 2 gotas do indicador fenolftaleína. Titular com
solução padronizada de NaOH 0,1 mol/L até o aparecimento de coloração
rósea. Anotar o volume consumido de NaOH. Repetir a titulação.

4. CÁLCULOS:

4.1- Preparo da solução de hidróxido de sódio (NaOH) aproximadamente


0,1 mol/L.

4.1.1 Volume médio da solução de NaOH consumido (mL): ________ .

4.1.2 Massa de Biftalato de Potássio Pesada (g): ____________ .

4.1.3 Escreva a equação balanceada da reação:

4.1.4 Calcule a concentração exata da solução de NaOH: _____________

44
Prática de Química Geral Experimental

4.2- Determinação do teor de ácido acético (CH 3COOH) em vinagre


(dosagem de ácido acético)

4.2.1 Volume médio da solução de NaOH consumido (mL): ________ .

4.2.2 Volume da amostra do balão titulada (mL): ________ .

4.2.3 Escreva a equação balanceada da reação:

4.2.4 Calcule a concentração da solução de ácido acético titulada:

4.2.5 Calcule a concentração de ácido acético presente na amostra de vinagre:

4.2.6 Calcule o teor (g/L) de ácido acético na amostra

45
Prática de Química Geral Experimental

4.2.7 Teor (%) de H3CCOOH no vinagre: ___________

4.3- Determinação da concentração de ácido clorídrico (HCl) 0,1 mol/L

4.3.1 Volume médio da solução de NaOH consumido (mL): ________ .

4.3.2 Volume da solução de HCl titulado (mL): ________ .

4.3.3 Escreva a equação balanceada da reação:

4.3.4 Calcule a concentração da solução de ácido clorídrico titulada:

4.3.5 Qual é o fator de correção da solução de HCl?

46
Prática de Química Geral Experimental

REFERÊNCIAS

- JEFFERY, BASSET, MENDHAM E DENNEY, Analise Química Quantitativa


- Vogel, Guanabara Koogan, 5a Edicao, 1992.

- BACCAN, N., ANDRADE, J.C., GODINHO, O.E.S., BARONE, J.S. Química


Analítica Quantitativa Elementar. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 2001.

47
Prática de Química Geral Experimental

PRÁTICA N°5 - DETERMINAÇÃO DO TEOR DE OXIGÊNIO NO AR

OBJETIVO: Determinação do teor aproximado de oxigênio no ar.

MATERIAIS:

 Frasco transparente de aproximadamente 500 mL de capacidade (vidro de


maionese, por exemplo).
 Frasco transparente de aproximadamente 200 mL de capacidade (copo ou
vidro de maionese, por exemplo).
 Recipiente cilíndrico (de plástico ou vidro) transparente de 100 a 200 mL
de capacidade.
 Régua (ou um instrumento preciso de medida de volume).
 Vinagre.
 Palha de aço.

PROCEDIMENTO:

1. Coloque água no frasco de 500 mL até cerca de 1/3 de sua capacidade.

2. Coloque a metade de uma bucha de palha de aço (aproximadamente 4 g)


em outro frasco com vinagre (ácido acético aproximadamente 0,7 mol L -1)
diluído com água numa proporção 1:1 (solução aproximadamente

48
Prática de Química Geral Experimental

0,35 mol.L-1). Movimente a porção de palha de aço dentro do vinagre por


aproximadamente 1 minuto.

3. Retire a palha de aço do vinagre e agite-a vigorosamente (dentro da pia)


para retirar quase todo o vinagre. Se permanecer muita solução de vinagre
na palha de aço, corre-se o risco de ocorrer evolução de gás hidrogênio, o
que produzirá resultados baixos. Deixar um pouco de vinagre, no entanto,
é essencial para a rapidez do processo.

4. Coloque imediatamente a palha de aço no fundo do recipiente cilíndrico e


emborque o mesmo, rapidamente, no frasco contendo água.

5. Meça periodicamente a altura da coluna de água dentro do cilindro.


Complete a tabela a seguir com os dados obtidos.

Tempo Altura1 da Coluna de Água


5 minutos
10 minutos
15 minutos
20 minutos

49
Prática de Química Geral Experimental

6. Quando a água não mais subir (o que deve ocorrer entre 10 e 20 minutos),
meça a altura1 final da coluna de água no cilindro, tomando o cuidado de
igualar os níveis de água fora e dentro do cilindro (para igualar as
pressões).

Todo o procedimento experimental é ilustrado pela figura a seguir.

7. Explique o fato de a água subir pelo cilindro graduado.

8. Calcule a percentagem de oxigênio na amostra de ar.

50
Prática de Química Geral Experimental

9. Palha de aço é uma liga de ferro e carbono sendo o ferro o componente


principal. A densidade do ferro é aproximadamente 8 g cm-3. Considerando
a palha de aço como ferro puro, calcule o erro experimental aproximado
inerente à presença da palha de aço no cilindro volumétrico utilizado.

10. Objetos de ferro são rapidamente corroídos na presença de gases


poluentes como SO2, por exemplo. A oxidação a SO 3 é catalisada na
atmosfera pela presença de poeira e gotículas de água. Na presença de
umidade estes gases geram ácidos do tipo H 2SO3 e H2SO4. Segundo
Gentil (leitura complementar no. 3), a corrosão do ferro em atmosfera ácida
é catalisada, por exemplo, da seguinte maneira:

I. Formação de sulfato de ferro(II) e de ferro(III)

2 Fe + 2 H2SO4 + O2  2 FeSO4 + 2 H2O


2 FeSO4 + ½ O2 + H2SO4  Fe2(SO4)3 + H2O

II. Hidrólise dos sulfatos, regenerando o H 2SO4 e formando a ferrugem

FeSO4 + 2 H2O  Fe(OH)2 + H2SO4

Fe2(SO4)3 + 6 H2O  2 Fe(OH)3 + 3 H2SO4

51
Prática de Química Geral Experimental

Proponha uma seqüência de reações que explique a ação catalítica do


ácido acético na corrosão da palha de aço nos experimentos que você
realizou.

LEITURA COMPLEMENTAR:

1. O Mito da Combustão da Vela e o Teor de Oxigênio no Ar, P. C.


Braathen, Química Nova na Escola, 12: 43-45, 2000.

2. The Persistence of the Candle-and-cylinder Misconception, J. P. Birk, L.


McGrath, K. Gunter, Journal of Chemical Education, 58: 804-805, 1981.

3. Corrosão, V. Gentil, Livros Técnicos e Científicos, 3 ª ed, pág. 54, 1996.

52
Prática de Química Geral Experimental

PRÁTICA N°6 - PILHA DE ZINCO E PERMANGANATO DE POTÁSSIO

OBJETIVOS: Construção de uma pilha eletroquímica de zinco e


permanganato de potássio

MATERIAIS:

 Lâmina de zinco, ou parafuso ou prego galvanizado


 Bastão de grafite (“escova” de eletrodoméstico ou cátodo de pilha “seca”)
 Fio de cobre encapado
 Lâmpada de 1,1 ou 1,5 V
 Bocal para a lâmpada
 Frasco de vidro de boca larga (de aproximadamente 200 mL)
 Permanganato de potássio
 Ácido sulfúrico a 20% (ou solução de bateria)

PROCEDIMENTO:

1. Usando uma lâmina de zinco e um bastão de grafite, construa o circuito


para a pilha, conforme figura abaixo.

53
Prática de Química Geral Experimental

2. Prepare uma solução de permanganato de potássio, dissolvendo de 0,5 a


1 g deste sal em 50 mL de água. Acrescente igual volume de solução de
ácido sulfúrico a 20 % v/v.

3. Insira os eletrodos de zinco e carbono na solução, tomando cuidado para


não encostar um eletrodo ao outro. Para assegurar um bom
funcionamento da pilha, agite continuamente um dos eletrodos.

4. Observe o funcionamento da pilha. Indique o fluxo de elétrons no esquema


acima. Escreva as semi-equações de oxidação e redução e a equação
global da pilha. Consultando uma tabela de potenciais de redução, faça
uma estimativa do potencial da pilha.

54
Prática de Química Geral Experimental

OBSERVAÇÕES:

1. Para a lâmpada, o ideal é usar um bocal apropriado. Caso não se


disponha do bocal, um dos contatos é feito enrolando-se o fio em torno da
base da lâmpada e o outro soldando-se o fio na extremidade da lâmpada
(veja figura da página anterior). Não dispondo de aparelho de solda, pode-
se simplesmente encostar o fio contra a extremidade da lâmpada por
ocasião do funcionamento da pilha.

2. O bastão de grafite ou carvão é encontrado em lojas especializadas em


reparos de eletrodomésticos. O eletrodo de zinco pode ser substituído por
um prego ou parafuso galvanizado grande.

3. Alternativamente, pode-se utilizar o carvão de uma pilha comum. O zinco


pode ser também obtido da pilha “seca” ou pilha de Leclanché (veja figura
ao lado). O pó escuro existente na pilha seca é constituído principalmente
de MnO2, que pode ser recolhido em um filtro e lavado com água para
retirar amônia, cloreto de amônio e outras substâncias solúveis, para ser
usado em outros experimentos. A abertura da pilha em sala de aula pode
constituir uma demonstração interessante, mas deve ser feita com cuidado
para evitar cortes. O funcionamento desta pilha pode ser explicado de
maneira simplificada com as seguintes equações:

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Prática de Química Geral Experimental

ânodo: Zn (s)  Zn2+(aq) + 2 e-


cátodo: e- + NH4+(aq) + MnO2 (s)  MnO(OH) (s) + NH3 (aq)

Os íons Zn2+ migram para o cátodo, onde se complexam a moléculas de NH 3,


o que impede a formação de uma camada de gás isolante em torno do
cátodo.

Zn2+(aq) + 4 NH3 (g)  Zn(NH3)42+(aq)

O potencial desta pilha é de 1,5 V.

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Prática de Química Geral Experimental

LEITURA COMPLEMENTAR:

4. Pilhas e Baterias: Funcionamento e Impacto Ambiental, N. Bocchi, L. C.


Ferracin, S. R. Biaggio, Química Nova na Escola, 11: 3-9, 2000.

5. O Bicentenário da Invenção da Pilha Elétrica, M. Tolentino, R. C. Rocha-


Filho, Química Nova na Escola, 11: 33-39, 2000.

6. Pilhas de Cu/Mg Construídas com Material de Fácil Obtenção, N. Hioka,


O. Santin-Filho, A. J. de Menezes, F. S. Yonehara, K. Bergamaski, R. V.
Pereira, Química Nova na Escola, 11: 40-44, 2000.

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