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C APÍTULO 3

Sistemas de Produção

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes


objetivos de aprendizagem:

33Conhecer os sistemas de automação da produção.

33Conhecer sistemas de produtividade ou flexibilidade com consequente melhoria


de competitividade das empresas.
Automação industrial

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Capítulo 3 Sistemas de Produção

Contextualização
Caro(a) pós-graduando(a), nesse terceiro capítulo, iremos abordar os
sistemas de automação da produção, assim como discutiremos os sistemas
de produtividade das empresas.

Para iniciar as nossas discussões, os sistemas de produção automatizados


são soluções tecnológicas que possuem a finalidade de gerenciar todas as
etapas de produção. Estes sistemas suprem a lacuna que normalmente há
entre o ERP (Entreprise Resource Planning) e os softwares específicos da
linha de produção.

O Sistema automatizado facilita a importação dos dados do ERP e a


integrá-los ao dia a dia da produção, sincronizando e gerenciando as tarefas
produtivas com o fluxo de materiais. Ao pensar em uma cadeia de suprimento,
o maior valor agregado costuma estar na produção, sendo assim, faz sentido
investir em sistemas que possam otimizar o fluxo, o controle e a qualidade do
produto final.

Definição de Sistemas Produtivos Sistema é qualquer


conjunto de interação
Segundo Palomino (2008), sistema é qualquer conjunto de interação de de informações que
informações que funcione para atingir um objetivo comum e que evolua no funcione para atingir
tempo. um objetivo comum e
que evolua no tempo.
Os sistemas produtivos podem ser definidos como um sistema inserido em
um determinado contexto ou pode ser um elemento em outro, dando origem,
deste modo, aos subsistemas. Por exemplo: para um projetista de automóveis,
o automóvel é um sistema mecânico composto de eixos, engrenagens, bielas, Um conjunto de
bloco de cilindros, pistões, etc. Já para um engenheiro civil, projetando um informações dinâmicas
sistema de estrada, o automóvel é apenas um componente desse sistema, o entre si relacionadas,
qual inclui caminhões, ônibus e outros. formando uma
atividade para
O sistema pode também ser definido como um conjunto de informações atingir um objetivo,
dinâmicas entre si relacionadas, formando uma atividade para atingir um operando sobre
objetivo, operando sobre entradas (informação, matéria ou energia) e entradas (informação,
matéria ou energia)
fornecendo saídas (informação, energia ou matéria) processadas. A seguir
e fornecendo
veremos os componentes de um sistema produtivo.
saídas (informação,
energia ou matéria)
processadas.

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Automação industrial

Os Componentes de um Sistema Produtivo. Todo sistema


apresenta os seguintes componentes listados a seguir.

a) Fronteiras: São os limites do sistema, que podem ter existência


física ou apenas uma delimitação imaginária para efeito de
estudo.

b) Subsistemas: São os elementos que compõem o sistema.

c) Entradas (input): Representam os insumos ou variáveis


independentes do sistema.

d) Saídas (outputs): Representam os produtos ou variáveis


dependentes do sistema.

e) Processamento: Engloba as atividades desenvolvidas pelos


subsistemas que interagem entre si para converter as entradas
em saídas.

f) Retroação (feedback): É a influência que as saídas do sistema


exercem sobre as suas entradas no sentido de ajustá-las ou
regulá-las ao funcionamento do sistema.

Figura 17 - Exemplo de um sistema produtivo. Qualquer


parte desse sistema um subsistema

Fonte: Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/disserta/palomino/


capit_2/cp2a_pal.htm>. Acesso em: 19 jan. 2011.

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Capítulo 3 Sistemas de Produção

Segundo Groover (2008), para o conhecimento de um sistema de


automação é necessário ter conhecimentos sobre a definição de produção,
como o incremento da utilidade de um objeto ou um serviço.

Se ampliamos um pouco mais o conceito de produção, ela é compreendida


como um processo que permite a alteração de algum insumo em um produto
específico que, por sua vez, pode vir a ser o insumo de outro processo.
Para que ocorra esta transformação, é preciso um conjunto de elementos
(máquinas, mão de obra, ferramentas, meios de transporte, entre outras) que
formam o chamado sistema de produção. Na próxima seção iremos conhecer
e estudar o sistema de produção.

Sistema de Produção
É de grande importância conhecer os sistemas de produção da
organização para que seja possível implementar a estratégia logística correta.
A função essencial da Logística é entregar o produto certo, no local certo, no
tempo desejado pelo cliente e a um custo adequado, sendo assim, o aspecto
do sistema de gestão de produção empregado pela organização é primordial,
pois dele dependerá uma boa parte do nível de serviço ofertado aos clientes.

Palomino (2008) define um sistema de produção como um processo


planejado pelo qual os elementos são transformados em produtos úteis, isto
é, um procedimento organizado para se conseguir a conversão de entradas
(insumos) em saídas (produtos acabados), como mostrado na tabela 2.

Tabela 2 - Exemplos de sistemas de produção

Entrada Processo de Conversão Saídas


Insumos Transformação Produtos Uteis
Materiais Máquinas Produtos
Dados Interpretação Conhecimento
Custos variáveis Custos fixos Lucro
Queda de água Usina Energia elétrica

Fonte: Adaptado Groover (2008).

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Automação industrial

Figura 18 - Esquema de um sistema de produção

Fonte: Adaptado de Groover (2008).

Um Sistema de produção, conforme figura 18, começa a desenhar-se


desde que se formula um objetivo e se elege o produto que se vai comercializar.
Desse modo, toda empresa, como um sistema de produção, tem por finalidade
organizar todos os setores que fazem parte dela para realizar suas operações
de produção, adotando uma interdependência lógica entre todas as etapas do
processo produtivo, desde o momento em que as matérias primas ou materiais
deixam o almoxarifado até chegar posteriormente (depois de sofrer uma
alteração) ao depósito de produtos acabados na qualidade de produto final,
conforme se pode observar na figura 19 (PALOMINO, 2008).

Figura 19 - As interdependências do almoxarifado,


produção e depósito no sistema de produção

Fonte: Adaptado de Groover (2008).

a) Componentes do Sistema de Produção

Segundo Palomino (2008), os sistemas de produção são compostos


de elementos (peças a fabricar, máquinas, etc.) e das relações entre eles
(interconexões físicas, operações, etc.).

A ideia de elemento ou de objeto físico pode ser associada a um conjunto


de atributos mensuráveis, pertinentes ao fim para o qual foi previsto o referido
elemento. Estes atributos podem ser constantes ou variáveis:

• Os atributos constantes: são aqueles de natureza perene do elemento


(tipo de elemento, parâmetros, etc.) e suas características (taxa de falhas,
dimensões, etc.).

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Capítulo 3 Sistemas de Produção

• Os atributos variáveis: podem ser definidos como aqueles que evoluem


com o tempo (estado de ocupação de uma máquina, estado operacional
de uma peça no posto de trabalho, período no stand by (em espera) entre
Palomino (1990, p.
outros (PALOMINO, 2008).
17), “o modelo de
um dado sistema de
Para informações de mesma natureza se pode fazer agrupamentos em produção poderá ser
lotes e o número de elementos destes lotes pode ser avaliado. As relações considerado como
são descritas com o auxílio dos atributos constantes, que informam as a representação do
características da relação (tempo de operação de cada peça na máquina, etc.). conjunto de elementos
desse sistema e das
Caso o sistema modelado continue o mesmo por um determinado intervalo relações qualificadas
de tempo, as relações terão atributos constantes, já que estas serão requeridas por seus atributos”.
com uma periodicidade constante neste intervalo de tempo. De acordo com
Palomino (1990, p. 17), “o modelo de um dado sistema de produção poderá ser
considerado como a representação do conjunto de elementos desse sistema e
das relações qualificadas por seus atributos”.

Tipos de Sistemas de Produção


Segundo Palomino (2008) os sistemas da produção são divididos em duas
grandes classes: Produção contínua e Produção intermitente (que por sua vez
se divide em produção em lotes e produção sob encomenda).

a) Sistema de Produção Contínua

De acordo com Abreu (2008, p.13), o sistema de produção contínua pode


ser caracterizado

[...] pelo grande volume de produção, produto padronizado


e produção de grandes lotes de cada vez. O ritmo de
produção é acelerado e as operações são executadas
sem interrupção ou mudança. Como o produto é sempre
o mesmo ao longo do tempo e o processo produtivo Modelos contínuos
não sofre mudanças, o sistema pode ser aperfeiçoado na prática são
continuadamente. Assim o que se procura com este tipo representados por
de produção é precisamente alcançar o baixo custo, linhas de montagem,
grande volume e produção em massa. fabricação de produtos
químicos e refinação
Segundo Palomino (2008), podemos definir que esses modelos contínuos de petróleo, enfim,
na prática são representados por linhas de montagem, fabricação de produtos produtos que são
químicos e refinação de petróleo, enfim, produtos que são mantidos em linha mantidos em linha por
por um longo tempo e sem modificação. um longo tempo e sem
modificação.

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Automação industrial

b) Sistema de Produção Intermitente

Conforme Ceolin (2001, p. 19),

As situações intermitentes de produção são aquelas nas


quais as instalações devem ser suficientemente flexíveis
para manejar uma ampla variedade de produtos e tamanhos,
ou onde a natureza básica da atividade impõe mudanças
importantes dos insumos.

Esses sistemas podem ser divididos em duas classes distintas: produção


repetitiva ou lotes e a produção sob encomenda.

• Sistema de Produção em Lotes

Segundo Abreu (2008, p.18) o sistema de produção de lotes é


caracterizado por:

[...] produzir uma quantidade limitada de um tipo de produto


de cada vez (denominada lote de produção). Cada lote é
previamente dimensionado para assim poder atender a
um determinado volume de vendas previsto para um dado
período de tempo. Desse modo, os lotes de produção são
produzidos um a seguir do outro. Neste tipo de produção o
plano de produção é feito antecipadamente, podendo assim
a empresa melhor aproveitar seus recursos com maior grau
de liberdade, ao contrário do que ocorre no sistema de
produção sob encomenda, no qual o plano de produção é
feito após o recebimento do pedido ou encomenda.

Este tipo de produção é muito utilizado por indústrias têxteis, de cerâmica,


de eletrodomésticos e de materiais elétricos.

• Sistema de Produção sob Encomenda

Este tipo de fabricação contratada ou feita sob encomenda é produzida


especialmente a pedido de um freguês, como turbinas, ferramentas e
matrizes, maquinaria especial, navios, aviões, etc. Os pedidos são, em geral,
de natureza não repetitiva e as quantidades podem variar de uma a centenas
de unidades.

Neste tipo de produção, cada pedido usualmente acarreta uma grande


variedade de operações e o andamento em geral não segue nenhum plano
padronizado ou rotineiro. É, pois, a encomenda ou o pedido efetuado que vai
definir como a produção deverá ser planejada e controlada, sendo, portanto,
esta etapa do planejamento e controle de produção muito complexa.

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Capítulo 3 Sistemas de Produção

c) Comparativo entre os Três Sistemas de Produção

O tipo de produto que precisa ser produzido é que define o sistema de


produção a ser seguido pela empresa. Em muitos casos, de acordo com
variedade de produtos que uma empresa produz, se o produto é de grande
porte e depende da encomenda do cliente, então, o sistema adotado será a
produção sob encomenda.

De acordo com Palomino (2008), há uma diversidade de produtos que


entram e saem da produção e que a empresa vende após estocar, então, o
sistema adotado será a produção em lotes. Se existir um ou mais produtos que
continuam na produção por um determinado tempo e se a empresa os vende
após estocá-los, há uma grande possibilidade de o sistema a ser seguido seja
de uma produção contínua.

Claro que cabe lembrar que a adoção de um determinado sistema


de produção apresenta tanto vantagens como desvantagens. Assim, a
produção por encomenda é o sistema em que ocorre maior descontinuidade
na produção, enquanto a produção continua é o sistema onde há maior
continuidade no processo produtivo. Já a produção por lotes representa o
sistema intermediário, onde a continuidade e a descontinuidade se alternam
como mostrado pela figura 20.

Figura 20 - Gradações que apresentam os três sistemas de produção

Fonte: Adaptado de Palomino (2008).

d) Sistemas Discretos e Contínuos

Depois de definidos os conceitos de sistema, pode-se dividí-los segundo


sua natureza e classificá-los como discretos e contínuos. Na prática, poucos
sistemas são totalmente discretos ou contínuos, porém, depois de fazer algum
tipo de mudança para a maioria dos sistemas, será possível classificá-los
como sendo discretos ou contínuos.
Sistemas Contínuos
são aqueles sistemas
nos quais as variáveis
• Sistemas Contínuos de estado mudam
continuamente
São aqueles sistemas nos quais as variáveis de estado mudam continuamente no tempo.
no tempo. Na realidade, todos os sistemas são contínuos. São os modelos
(representação aproximada dos sistemas) que são discretos (figura 21). 67
Automação industrial

Figura 21 - Trajetória de um sistema dinâmico de variável contínua (SDVC)

Fonte: Campos e Saito (2004).

Comportamento Dinâmico dos Sistemas de Variáveis Contínuas (SVC)

As teorias de controle de sistemas evoluindo no tempo,


satisfazendo basicamente leis físicas, são fundamentados
basicamente em modelos matemáticos descritas por
equações diferenciais (PALOMINO, 2008, p. 19).

Como visto na figura 21 a noção do tempo é uma variável independente,


a qual é substituída por uma sequência de eventos num sistema dinâmico de
eventos discretos (SDED). De acordo com Palomino (2008, p.18),

[...] a trajetória de um sistema dinâmico de variável contínua


(SDVC) está constantemente mudando com o estado,
tomando valores em Rn , sendo capaz de representar o
comportamento do sistema em um instante qualquer a partir
de um instante inicial.

• Sistemas Discretos

São sistemas nos quais as variáveis de estado mudam semente num


conjunto discreto de pontos no tempo. Apropriando-nos do exemplo de
Palomino (2008), temos: o banco pode ser considerado um sistema discreto,
pois o número de clientes no banco muda só quando um cliente chega ou
quando o serviço prestado a um cliente é completado (figura 22).

Figura 22 - Trajetória de um sistema dinâmico de eventos discretos (SDED)

Fonte: Campos e Saito (2004).


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Capítulo 3 Sistemas de Produção

Podemos concluir que a maioria dos sistemas são contínuos, mas para os
casos de estudo, eles podem tornar-se discretos. Na próxima seção, iremos
aprender sobre os sistemas discretizados.

e) Sistemas Discretizados

De acordo com Palomino (2008, p.20) os sistemas discretizados podem


ser definidos como:

[...] sistemas estudados somente em instantes precisos.


Trata-se, portanto, de sistemas contínuos observados em
instantes discretos (sistemas amostrados), as variáveis de
estado evoluem de maneira contínua, sem mudança brutal
de comportamento, mas é somente a instantes discretos que
há um interesse no seu valor.
Esses sistemas
Esses sistemas discretizados podem ser divididos em sistemas discretos e discretizados podem
sistemas de manufatura. A seguir apresentaremos a definição de cada um deles. ser divididos em
sistemas discretos
e sistemas de
manufatura.
f) Sistemas Discretos

Os sistemas discretos podem ser definidos como sistemas pelas quais as


Os sistemas discretos
variáveis de estado variam brutalmente em certos instantes. Contudo, estes
podem ser definidos
instantes podem necessariamente ser previstos e o conhecimento do estado a como sistemas pelas
um instante dado não permite que, sem cálculo, se conheça o estado seguinte. quais as variáveis
de estado variam
brutalmente em certos
g) Sistemas a eventos discretos instantes.

De acordo com Palomino (2008, p.20):

[...] os sistemas modelados são de tal forma variáveis de


estado, pois modificam em instantes determinados e os
valores das variáveis nos estados seguintes podem ser
calculados diretamente a partir dos valores precedentes e
sem ter que considerar o tempo entre estes dois instantes.

Isso pode ser visualizado na figura 23.

Figura 23 - Diversos tipos de sistemas discretos

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Automação industrial

Fonte: O autor.

h) Sistemas de Manufatura

Um sistema de manufatura (sistema produtivo), pode ser considerado


como um sistema composto de vários subsistemas (processos produtivos),
como transportadores, robôs, células de produção, máquinas operatrizes,
etc., no qual cada subsistema realiza uma determinada operação produtiva, a
qual pode ser uma transformação física (ex. usinagem, corte, estampagem...)
ou um deslocamento físico (carregamento ou descarregamento de peças).
Uma característica básica destes subsistemas é que por eles fluem diversos
itens, como peças, materiais, recursos, etc., que passam sequencialmente
pelos subsistemas, onde transformações apropriadas são realizadas até
obter o produto final requerido (de acordo com especificações técnicas, desde
geometria até controle de qualidade).

Assim o processo produtivo como um todo (Sistema) é


caracterizado pelo inter-relacionamento complexo de suas
atividades e condições. Baseado na natureza discreta do
inter-relacionamento entre atividades e condições, estes
sistemas de manufatura podem ser definidos como sistemas
de eventos discretos ou sistemas de produção discreta.
Dada a natureza discreta das atividades envolvidas nos FMS
(Sistemas flexíveis da Manufatura), é, portanto conveniente
utilizar modelos discretos para o estudo destes sistemas
(PALOMINO, 2008, p.21).

Flow-shop processo no
Uma classificação comumente conhecida da organização de um sistema
qual a informação flui
por toda organização, de manufatura é baseada em sistemas do tipo flow-shop (Processo no qual a
de maneira rápida informação flui por toda organização, de maneira rápida e organizada, seguindo
e organizada, a sequência preestabelecida de tramitação.), job-shop (Forma funcional de
seguindo a sequência organização da manufatura, cujos centros de trabalho são organizados por
preestabelecida de tipos de equipamentos) e as células de manufatura.
tramitação.

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Capítulo 3 Sistemas de Produção

Um sistema produtivo do tipo flow-shop (figura 24), denominado linha


de manufatura flexível, é projetado para tratar um volume de produção muito
grande de uma única família de produtos, os quais diferem levemente um
do outro. O grau de flexibilidade neste tipo de sistema é dado a partir da
configuração das máquinas ferramentas que compõem a linha. Por outro lado,
o tipo de sistema job-shop (figura 25) apresenta uma grande flexibilidade, mas
o volume de produção é pequeno e a variedade de produtos muito grande.
Em virtude da grande complexidade de gerenciamento do fluxo de materiais e
informações que o sistema job-shop apresenta, seu índice de produtividade é
muito baixo se comparado com uma linha de produção do tipo flow-shop.

Figura 24 - Linha de manufatura flexível flow-shop

Fonte: Campos e Saito (2004).

Figura 25 - Representação de uma estação de trabalho job-shop

Fonte: Campos e Saito (2004).

Segundo Palomino (2008, p.22),

As células de manufatura encontram-se numa situação


intermediária entre os dois sistemas citados anteriormente,
já que as mesmas permitem o agrupamento das peças em
famílias de peças, segundo suas características de projeto.
As células representam uma solução, no sentido de obter-
se um sistema com bom índice de produtividade, associado
com um maior grau de flexibilidade, se comparado com
sistemas do tipo flow-shop.

71
Automação industrial

As células de manufatura podem ser definidas como sendo uma


configuração de estações de trabalho (figura 26) e de um sistema de manuseio
e transporte de materiais (figura 27), sendo controlada por um computador
para manufaturar eficientemente mais de um tipo de produto em pequenas e
médias quantidades. As estações de trabalho são, por exemplo, máquinas de
comando numérico, robôs industriais, dispositivos especiais para operações
de montagem, etc. ou combinações destes equipamentos.

Figura 26 - Representação de uma célula de manufatura

Fonte: Adaptado de Groover (2008).

Figura 27 - Representação de um sistema integrado de manufatura

Fonte: Adaptado de Groover (2008)

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Capítulo 3 Sistemas de Produção

i) Flexibilidade e o Processo de Manufatura A flexibilidade é


uma característica
A flexibilidade é uma característica essencial nos sistemas produtivos essencial nos
atuais, dando maior competitividade às empresas, obtendo, assim, uma sistemas produtivos
rápida resposta às exigências do mercado. Segundo Groover (2008, p. 30) a atuais, dando maior
flexibilidade da manufatura consiste em: competitividade às
empresas, obtendo,
a) Flexibilidade de longo prazo ou flexibilidade potencial: assim, uma rápida
é aquela capaz de enfrentar um universo indefinido de resposta às exigências
mudanças, ou seja, a possibilidade de introduzir novos do mercado.
produtos no sistema de manufatura durante sua operação
e com pouco esforço;

b) Flexibilidade de curto prazo: que corresponde à


possibilidade de manipular concorrentemente uma grande
variedade de famílias de produtos num tempo dado no
sistema de manufatura.

Um sistema
Groover (2008) ressalta que existe uma relação entre o conceito de
de produção
flexibilidade e a forma de realizar a automação de um sistema. Partindo dessa
automatizado é
premissa, um sistema de produção automatizado é classificado em três tipos
classificado em
básicos: Automação Fixa, Automação Programável e Automação Flexível. três tipos básicos:
Num sistema de automação fixa, a sequência de operações é limitada pela Automação Fixa,
configuração dos equipamentos, envolvendo altas taxas de produção e baixa Automação
flexibilidade quanto à adaptação a alterações do produto. Nos sistemas Programável e
de Automação Programável, os equipamentos que os constituem são Automação Flexível.
programáveis, permitindo a reprogramação de novos processos.

No caso de um sistema de automação flexível, existe a capacidade de


produzir-se uma variedade de produtos sem que haja perda de tempo em
adaptar-se o sistema às alterações de um produto em relação ao próximo
produto a ser processado, diferenciando-o da automação programável por não
envolver perdas de tempo com reprogramação e setup das máquinas.

A partir da fusão dos termos manufatura, automação e flexibilidade,


surge o termo manufatura automatizada, que engloba uma série de sistemas
produtivos, encontrando-se entre eles os Sistemas Flexíveis de Manufatura
(FMS). A rápida evolução do mercado nestes últimos anos requer das
empresas maior competitividade para, assim, satisfazer as exigências cada
vez mais sofisticadas dos consumidores, associadas à diminuição do ciclo de
vida do produto e desenvolvimento de novos produtos. É necessário, então,
elaborar sistemas de manufatura altamente automatizados, como as linhas de
produção do tipo flow-shop, e que tenham ao mesmo tempo a capacidade das
fábricas do tipo job-shop. (GROOVER, 2008).

73
Automação industrial

FMS (sistemas flexível j) Sistemas Flexíveis de Manufatura (FMS)


de manufatura)
são, portanto, uma FMS (sistemas flexível de manufatura) são, portanto, uma classe
classe de sistemas de sistemas de manufatura automatizada cuja característica principal,
de manufatura que as diferencia dos outros sistemas, é sua flexibilidade para processar
automatizada cuja eficientemente mais de um tipo de peça em pequenas e médias quantidades.
característica principal,
que as diferencia
O conceito de flexibilidade vai se referir não apenas à possibilidade de
dos outros sistemas,
processar mais de um tipo de produto ou peça, mas também à capacidade
é sua flexibilidade
para processar de mudar rapidamente o tipo de peça a ser produzido, além da possibilidade
eficientemente mais de manufaturar simultaneamente diferentes tipos de peças. Assim, os FMS
de um tipo de peça em surgiram como uma tentativa para reconciliar a eficiência da linha de produção
pequenas e médias do tipo flow-shop (Processo no qual a informação flui por toda organização,
quantidades. de maneira rápida e organizada, seguindo a sequência preestabelecida de
tramitação), com a flexibilidade de um sistema do tipo job-shop (Job-shop é um
planejamento de produção flexível, escalável e inteligente sistema de controle,
oferecendo funcionalidades avançadas e de valor nas principais áreas de
fabricação e montagem), com a finalidade de satisfazer uma demanda versátil
a um baixo custo.

A alta produtividade neste tipo de sistema é alcançada,


portanto pela incorporação eficiente de princípios de
tecnologia de grupo, controle total de qualidade e estratégias
de produção, tais como MRP II (Manufacturing Resource
Planning II, em português: Planejamento dos recursos de
manufatura), JIT (Just in time é um sistema de administração
da produção que determina que nada deve ser produzido,
transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser
aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e
os custos decorrentes). (GROOVER, 2008, p. 453).

Desse modo, para que um FMS (Sistemas de Manufatura Flexível) possa


atender aos requisitos anteriormente citados, é preciso que seja composto de:

a) Um conjunto de máquinas ferramentas flexíveis de comando numérico.

b) Um sistema de transporte e manuseio de peças e ferramentas automáticas.

c) Um sofisticado sistema de tomada de decisão para decidir a cada instante


quais são as operações que devem ser executadas nas máquinas.

Uma máquina flexível tem a capacidade de executar vários tipos de


operações. O sistema de transporte automático, por sua vez, é requerido para
transportar as partes para a máquina onde a próxima operação será executada
Usam-se, em geral, os Veículos Guiados Automaticamente - AGV (figura 29),
cujos circuitos são realizados por fios elétricos implantados no chão da fábrica

74
Capítulo 3 Sistemas de Produção

e percorridos por uma corrente elétrica de uma determinada frequência através


de contatos.

Desse modo, quando um veículo atravessa um contato ele bem pode


receber uma ordem de parar ou continuar ou de seguir numa outra frequência.
Dessa forma, os veículos podem movimentar-se ao longo de toda a fábrica
(CAPASSI, 2009).

Figura 28 - Veículos Guiados Automaticamente

Fonte: Logweb (2007).

Os sistemas de manufatura têm sido frequentemente modelados como


sendo sistemas discretos, os quais devido a sua complexidade não podem ser
modelados por um modelo que utilize o conceito de estado total (filas de espera
por exemplo), pois a partir de um estado podem acontecer muitos eventos,
provocando diversas alterações desse estado. Portanto, faz-se necessário
para modelar FMS procurar métodos que possuam de modo inerente o
conceito de estado parcial. Outro aspecto importante é o fato de que durante a
vida útil dos FMS estão envolvidos especialistas de diferentes formações.

Portanto, para que a contribuição destas pessoas seja aproveitada


eficientemente, a metodologia e a linguagem de programação devem ser de
fácil aprendizado e compreensão, além de possuírem boa legibilidade através
de representações gráficas simples.

Resumindo todos os conceitos anteriores, pode-se considerar um FMS Pode-se considerar um


como um sistema dinâmico de eventos discretos (DEDS), do qual as partes FMS como um sistema
a serem processadas, de vários tipos ou classes de trabalho, entram no dinâmico de eventos
sistema de uma maneira assíncrona e são processadas concorrentemente, discretos (DEDS).
compartilhando os recursos limitados (estações de trabalho, robôs, sistemas
de manuseio de materiais buffers, etc.).
75
Automação industrial

Assíncrona: sem uma comunicação instantânea, ou seja, que


não se realiza uma comunicação ao mesmo tempo que outro.

k) Hierarquia de Decisão e de Controle

Como visto anteriormente, um sistema integrado de manufatura (SIM)


é formado por vários elementos, “Células de Manufatura Flexíveis” (CMF),
Estações de trabalho (ET) e linhas de manufatura flexíveis (LMF). Apesar de
cada elemento ser bem definido, com métodos de modelagem e de análise
própria, não é possível evitar completamente uma abordagem conjunta devido
a sua complexidade de integração. Portanto, para realizar de maneira eficiente
a descrição funcional de um SIM é adequada uma abordagem hierárquica
capaz de organizar a diversidade associada à capacidade operacional de seus
elementos em conjuntos homogêneos subordinados. Assim, um sistema de
manufatura pode ser dividido numa hierarquia de cinco níveis: planejamento de
longo prazo; planejamento e escalonamento de curto prazo; supervisão global;
supervisão de subsistemas ou controle de estações de trabalho; controle local.

Em cada um dos níveis recebe comandos do nível imediatamente


superior e, ao mesmo tempo, recebe informações sobre o estado do nível
imediatamente inferior.
Planejamento de longo
prazo opera a partir
da demanda estimada
(ou encomenda), • Planejamento de longo prazo
calculando o tempo
necessário para a Opera a partir da demanda estimada (ou encomenda), calculando o tempo
produção, assim necessário para a produção, assim como a quantidade de matéria-prima
como a quantidade necessária. Este nível também inclui o planejamento de alocação de recursos
de matéria-prima para a produção além das datas de lançamento e prazos de entrega.
necessária.

• Escalonamento

Este nível é caracterizado por uma explosão combinatória do número


de alternativas de escolha de uma máquina para executar uma determinada
operação porque cada máquina pode realizar diversos tipos de operações.
Assim, este nível se encarrega de ordenar a ordem de execução das operações
em cada máquina e de calcular um intervalo de tempo necessário para sua
execução.

76
Capítulo 3 Sistemas de Produção

• Supervisão global

Implementa várias funções:

–– Atualiza após cada evento a representação do estado da fábrica.

–– Toma decisões em tempo real com respeito ao lançamento das


operações e verifica que elas sejam compatíveis com o calendário de
manufatura.

–– Monitora e coordena o comportamento global da fábrica para detectar


falhas dos elementos físicos e as violações do calendário de manufatura.

Supervisão de
subsistemas Realiza
• Supervisão de subsistemas
a coordenação de
subsistemas, tais
Realiza a coordenação de subsistemas, tais como: sistemas de como: sistemas de
transporte, estações de trabalho ou células de manufatura. Ela opera no nível transporte, estações
de coordenação global, supervisionando o comportamento dos subsistemas de trabalho ou células
e monitorando a execução das operações planejadas, mas numa maneira de manufatura.
mais detalhada. Por exemplo, enquanto a supervisão global considera a
operação carregar uma peça na máquina, a supervisão do centro de usinagem
correspondente trata-a como um programa, coordenando um robô, uma esteira
e a máquina ferramenta correspondente.

• Controle local

Executa o controle em tempo real das máquinas, sendo o único nível


que está em contato direto com os elementos físicos da fábrica. A partir
das informações fornecidas pelos sensores se controlam em tempo real os
sistemas através dos atuadores.

As metodologias mais comuns utilizadas atualmente para o


modelamento dos níveis citados acima são os fluxogramas,
diagramas de estado, diagramas de tempo. Por outro lado as
linguagens de programação mais comuns são as linguagens
procedurais clássicas como pascal e C, e aquelas utilizadas
em controladores lógicos programáveis. É importante
também que a metodologia de modelamento e a linguagem
de programação permitam a representação de diversos
aspectos estáticos e dinâmicos do sistema, através de um
modo claro e uniforme (PALOMINO, 2008, p. 31).

Devido ao elevado custo da implementação física dos FMS, é requerida à


utilização de sistemas de simulação ou métodos de análise que serão usados

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Automação industrial

em todas as fases do projeto para sua validação e quando haja necessidade


de mudanças que não podem ser testadas diretamente no sistema real.
“Neste sentido é importante que as ferramentas de simulação não sejam muito
distantes das metodologias e linguagens utilizadas para a especificação e
implementação do sistema de controle.” (PALOMINO, 2008, p. 31).

Um aspecto importante dos sistemas de controle em tempo real é que


o tempo de execução de uma tarefa que o sistema de controle deve realizar
seja irrelevante em relação à necessidade de execução da tarefa. Além de
evitar que estes realizem tarefas desnecessárias, já que, desse modo, só se
consegue aumentar o tempo de execução da tarefa realmente necessária.

Assim, para lograr uma eficiente especificação e


implementação de sistemas de controle, os métodos a serem
utilizados devem ter as seguintes características:

a) Permitir a representação do sistema em diferentes níveis de


abstração.
b) Facilitar a decomposição do sistema em subsistemas funcionais
com uma clara definição das inter-relações.
c) Conter explicitamente o conceito de estado parcial.
d) Devem ser acessíveis a especialistas de diferentes formações.
e) Facilitar as constantes alterações às quais o sistema de controle
estará sujeito.
f) Facilitar a representação de concorrência entre tarefas as quais
são executadas simultaneamente, assim como a sincronização.
h) Permitir a representação da variável tempo.
i) Devem ser simples para permitir que as empresas tenham
completo conhecimento sobre o sistema, facilitando, assim, a
integração de novos elementos.
j) Permitir a descrição dos aspectos estáticos e dinâmicos do
sistema a ser representado.

Fonte: Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/disserta/palomino/


capit_2/cp2a_pal.htm>. Acesso em: 16 jan. 2011.

78
Capítulo 3 Sistemas de Produção

Atividade de Estudos:

1) Descreva a definição de FMS - SISTEMA FLEXÍVEL DE


MANUFATURA.
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2) Descreva quais são os principiais componentes de um Sistema.


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3) Comente sobre os elementos Hierarquia de Decisão e de


Controle.
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Após determinar as características necessárias, um modelo apropriado é,


então, necessário para propósitos de análise e controle. Mas como escolher
um modelo (o melhor) para analisar as atividades complexas de um Sistema
de Manufatura Flexível? Um modelo de Rede de Petri seria uma boa escolha.
Esses autômatos
são uma ferramenta
gráfica e algébrica que
Rede de Petri apresenta um bom
nível de abstração
Segundo Palomino (2008) e Frances (2003), a Rede de Petri foi introduzida em comparação
por Carl Adam Petri em sua tese intitulada “Comunicação com autômatos”. “Esses com outros modelos
autômatos são uma ferramenta gráfica e algébrica que apresenta um bom nível gráficos. (HEUSER,
1988, p. 2).

79
Automação industrial

de abstração em comparação com outros modelos gráficos.” (HEUSER, 1988,


p. 2). Sendo um modelo do tipo estado-evento, em que cada evento possui
precondições que vão permitir sua ocorrência e pós-condições decorrentes
desta, as quais são, por sua vez, precondições de outros eventos posteriores.

Uma Rede de Petri é vista também como um tipo particular de grafo


orientado que permite modelares as propriedades estáticas de um sistema
a eventos discretos, constituído de dois tipos de nós: as transições (que
correspondem aos eventos que caracterizam as mudanças de estado do
sistema), e os lugares (que correspondem às condições que devem ser
certificadas para os eventos acontecerem) interligados por arcos direcionados
A Rede de Petri ponderados (HEUSER, 1988, p. 2).
é, portanto, um
formalismo que A Rede de Petri é, portanto, um formalismo que possibilita
possibilita a a modelagem de sistemas dinâmicos discretos com grande
modelagem de poder de expressividade, permitindo representar com
facilidade todas as relações de causalidade entre processos
sistemas dinâmicos
em situações de: sequencialidade (Figura 29a), conflito
discretos com (Figura 29b), concorrência (figura 29c) e sincronização
grande poder de (figura 29d).
expressividade.
Figura 29 (a) (b) (c) (d) - Modelagem de sistemas discretos

Fonte: Adaptado de Moraes e Castrucci (2007).

Para conhecer o funcionamento dos meios de transmissões de dados se


devem conhecer os tipos de sinais. Na próxima seção, iremos apresentar os
tipos de sinais.

a) Tipos de sinais em instrumentação

Podemos definir o sinal analógico como um tipo de sinal contínuo que


altera em função do tempo. Como exemplo de sinais lidos de forma direta sem
passar por qualquer decodificação complexa, podemos citar: um termômetro
analógico de mercúrio, um velocímetro analógico de ponteiros, uma balança
analógica de molas. Para compreender o termo analógico é útil contrastá-lo
com o termo digital.

80
Capítulo 3 Sistemas de Produção

O sinal em mV(milivoltagem) é um sinal analógico muito usado e é obtido


em termopares. Os termopares podem ser definidos como um tipo de sensor
de temperatura que tem uma ponta com junção de dois tipos de metais.
Esta junção provoca uma milivoltagem, proporcional à temperatura a que é
submetida. É comum, portanto, o envio destes sinais em cabos especiais,
chamados cabos de compensação ou extensão, até a sala de controle.

Há outro tipo de sensor de temperatura, chamado termoresistência, que


é formado de um bulbo de platina, cuja resistência a zero grau centígrados
é 100 ohms. Esta resistência altera proporcionalmente à temperatura a que
é submetido o sensor. Neste caso, o cabo leva um sinal de resistência e é
constituído de 3 fios, sendo o terceiro fio usado para anular a resistência
ôhmica resultante do comprimento do cabo. Sinais discretos - são
sinais obtidos de
Sinais discretos - são sinais obtidos de contatos elétricos que possuem contatos elétricos
duas possibilidades: aberto ou fechado. que possuem duas
possibilidades: aberto
Esses sinais são muito comuns em alarmes e sistemas de segurança. ou fechado.
Por exemplo: um sensor chamado pressostato abre um contato quando a
pressão da descarga de um compressor exceder um determinado limite.
Este sinal pode ser usado para acionar um alarme visual e sonoro (lâmpada
piscando e buzina) ou para acionar um sistema de segurança, por exemplo,
desligar o compressor.
Sinal Digital é um sinal
Sinal Digital é um sinal com valores discretos (descontínuos) no tempo e com valores discretos
em amplitude. Isso significa que um sinal digital só é definido para determinados (descontínuos) no
instantes de tempo e que o conjunto de valores que pode assumir é finito. tempo e em amplitude.

Inicialmente, os sistemas de automação e instrumentação eram baseados


em sinais analógicos, como 0 a 10V, 0 a 10mA ou 4 a 20mA, e sensores
discretos conectados diretamente aos controladores lógicos. Com os avanços Existem inúmeros
protocolos de
da eletrônica digital, em especial os microcontroladores, os controladores
comunicação industrial
lógicos, sensores e atuadores ganharam interface de comunicação para redes
e inúmeras tentativas
de comunicação.
de padronização.
Alguns exemplos de
Existem inúmeros protocolos de comunicação industrial e inúmeras protocolos de redes
tentativas de padronização. Alguns exemplos de protocolos de redes indústrias: indústrias: Devicent,
Devicent, CANopen, Profibus DP, Lonworks, Interbus-S, Ethernet-IP, Modbus- CANopen, Profibus DP,
RTU, etc. Lonworks, Interbus-S,
Ethernet-IP, Modbus-
Um cabo de rede percorre diversos instrumentos no campo (todos eles RTU, etc.
microprocessados), finalizando em um computador na sala de controle em que
há ronda um software de supervisão e controle. Grande parte das funções de
controle antes realizadas no controlador do SDCD (Sistema Digital de Controle

81
Automação industrial

Distribuído) são agora realizadas pelos transmissores e válvulas de controle,


já que todos são microprocessados e interligados via rede digital.

O Sistema Digital de Controle Distribuído ou SDCD é um elemento da


área de Automação Industrial que possui como função primordial o controle
de processos de forma a permitir uma otimização da produtividade industrial,
estruturada na diminuição de custos de produção, melhoria na qualidade dos
produtos, precisão das operações, segurança operacional, entre outros.

Ele é composto basicamente por um conjunto integrado de dispositivos


que se completam no cumprimento das suas diversas funções - o sistema
controla e supervisiona o processo produtivo da unidade. Utilizam-se técnicas
de processamento digital (discreto) em oposição ao analógico (contínuo) com
o objetivo de proporcionar uma manutenção no comportamento de um referido
processo na planta da indústria, dentro de parâmetros já estabelecidos.

O sistema é dotado de O sistema é dotado de processadores e redes redundantes e permite


processadores e redes uma descentralização do processamento de dados e decisões, através
redundantes e permite do uso de unidades remotas na planta. Além disso, o sistema oferece
uma descentralização uma interface homem-máquina (IHM) que permite o interfaceamento com
do processamento controladores lógicos programáveis (CLP), controladores PID (Significado
de dados e decisões, de PID é Proporcional Integral Derivativo), equipamentos de comunicação
através do uso de digital e sistemas em rede. É através das Unidades de Processamento,
unidades remotas
distribuídas nas áreas, que os sinais dos equipamentos de campo são
na planta.
processados de acordo com a estratégia programada. Estes sinais,
transformados em informação de processo, são atualizados em tempo real
nas telas de operação das Salas de Controle.

Controladores do tipo Proporcional, Integral e Derivativo, comumente


denominados de PID, são controladores largamente utilizados no cenário
industrial. Segundo Aströn (1996), entre 90 e 95% dos problemas de controle
são solucionados empregando tais controladores. A utilização se deve ao fato
deste controlador ser facilmente implementável, de baixo custo e versátil,
com capacidade de alterar os comportamentos transitórios e de regime
permanente dos processos sob controle. Atualmente, a maioria dos processos
automatizados que utilizam controladores lógicos programáveis (CLPs)
possuem em suas malhas de controle algoritmos PID.

Controle Lógico Sequencial e Combinatorial


Lógica sequencial desenvolvida pelo CLP (Controlador Lógico Programável).

82
Capítulo 3 Sistemas de Produção

A lógica sequencial é desenvolvida a partir de elementos temporizadores,


capazes de disparar uma saída ou acionar um interruptor após um tempo
previamente determinado.

Exemplo lógico sequencial: desejamos ligar uma lâmpada L1 3 segundos


após acionarmos o interruptor B1 (figura 30).

Figura 30 - Lógica sequencial

Fonte: Adaptado de Moraes e Castrucci (2007).

O CLP pode desenvolver qualquer composição das lógicas combinacional


e sequencial. Para isso é preciso fazer a programação adequada.
Exemplo de lógica combinatorial: ligar a lâmpada L1 se os interruptores
B1 ou B2 forem acionados. Corresponde à operação lógica OU (figura 31).

Figura 31 - Lógica combinatória

Fonte: Adaptado de Moraes e Castrucci (2007).

83
Automação industrial

Para adequar um Os circuitos elétricos e eletrônicos não possibilitam alterações com certa
Controlador Lógico facilidade.
Programável (CLP) a
um sistema ou a uma De acordo com Castrucci (2007, p.28):
máquina é necessário
verificar o número de Para adequar um Controlador Lógico Programável (CLP)
pontos de entrada, o a um sistema ou a uma máquina é necessário verificar o
número de pontos de número de pontos de entrada, o número de pontos de saída,
saída, a velocidade a velocidade de processamento e os tipos de entradas e
de processamento e saídas (sensores e atuadores). Os controladores lógicos
programáveis, como todas as ferramentas de automação,
os tipos de entradas vivem em constante desenvolvimento, no sentido da redução
e saídas (sensores e de custos e da dimensão física, do aumento da velocidade e
atuadores). da facilidade de comunicação e também para que se possam
aperfeiçoar interfaces mais amigáveis.

Atividade de Estudos:

1) Estude e descreva o que é o CLP ou PLC?


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2) Liste as vantagens e desvantagens da utilização de CLP.


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MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro.


Engenharia de automação industrial. São Paulo: LTC, 2002.

84
Capítulo 3 Sistemas de Produção

Lógica Fuzzy
O controle executado pela lógica Fuzzy imita um comportamento
baseado em regras ao invés de um controle explicitamente restrito a modelos
matemáticos como equações diferenciais. O objetivo da lógica Fuzzy é gerar
uma saída lógica a partir de um conjunto de entradas não precisas, com ruídos
ou até mesmo faltantes.

A lógica Fuzzy apresenta as seguintes características em relação a outras


técnicas de controle (CAMPOS; SAITO, 2004):

• Robusta porque não requer entradas precisas.

• Modificada facilmente, pois é baseada em regras.

• Controle de sistemas não-lineares sem modelo matemático.

• Solução mais rápida e barata em alguns casos.

• Implementável facilmente em microprocessadores.

Exemplo: Um controlador proporcional, em determinado processo, ocorre


de tal maneira que opere dentro de uma faixa de temperatura preestabelecida.
O sinal de saída deve ser 0-100 graus positivo (aquecer) ou 0-100 graus
negativo (resfriar).

Figura 32 - Exemplo de uma lógica fuzzy

Fonte: Adaptado de Moraes e Castrucci (2007).

Onde:
Cmd = referência de temperatura
Temp = Realimentação da temperatura
Erro = Cmd – Temp (+ = Muito frio / - = Muito quente)
Saída = aquecer, Esfriar, Mesmo estado

Segundo Braga (2009), a Lógica Fuzzy (FL) – Fuzzy Logic em inglês


– possui várias aplicações. Os engenheiros químicos utilizam-na para
Controle de Processos, já os engenheiros e cientistas da computação fazem
85
Automação industrial

reconhecimento de padrões e data mining com ela, o que é muito útil tanto
para a engenharia quanto para a medicina na identificação e diagnóstico
por imagens. Mas ela realmente ganhou destaque quando os japoneses
começaram a utilizá-la em máquinas de lavar.

Bens de consumo japoneses agrupam extensamente sistemas fuzzy.


Aspiradores de pó Matsushita utilizam controladores de 4 bits rodando
algoritmos fuzzy que interrogam sensores de pó e ajustam o poder de sucção;
máquinas de lavar Hitachi usam controladores fuzzy para controle de peso,
verificação de tipo de tecido, sensores de sujeira e, automaticamente, setam
os ciclos de lavagem para o uso otimizado de potência, água e detergente.

A seguir apresentamos um texto de estudo em que serão exemplificados


alguns produtos que utilizam a lógica Fuzzy.

Como um exemplo mais específico, a Canon criou uma câmera


com autofoco que utiliza um dispositivo “charge-coupled” (CCD)
para medir a claridade de imagens em seis regiões do campo de
visão e usa a informação obtida para determinar se a imagem
está no foco. Essa câmera também rastreia a taxa de mudança
no movimento da lente durante a procura do foco e controla a
velocidade para evitar overshoot. O sistema de controle da câmera
usa 12 entradas: 6 para obter a claridade atual, fornecendo dados
para o CCD e 6 para medir a taxa de mudança no movimento da
lente. A saída é a posição do curso da lente. O sistema fuzzy usa
13 regras e requer 1.1KB de memória.

Outro exemplo de um sistema prático, um ar condicionado


industrial projetado pela Mitsubishi usa 25 regras de aquecimento
e 25 regras de refrescamento. Um sensor de temperatura fornece
a entrada, com o controle da saída alimentado por um inversor,
uma válvula compressora e um ventilador.

O entusiasmo dos japoneses por lógica fuzzy é refletido na


grande faixa de outras aplicações que eles têm implementado:
reconhecimento de caracteres, sistemas fuzzy óticos, robôs,
helicópteros comandados por voz através de um robô, sistemas de
elevadores, entre outras.

Trabalhos em sistemas fuzzy são também um procedimento


nos EUA e Europa, entretanto não com o mesmo entusiasmo
visto no Japão. A Agência de Proteção Ambiental nos EUA tem

86
Capítulo 3 Sistemas de Produção

investigado controle fuzzy para motores de energia eficaz e a


NASA tem estudado controle fuzzy para ancorar suas naves
automaticamente no espaço. Simulações mostram que um
sistema de controle fuzzy pode reduzir em muito o consumo de
combustível. Empresas como a Boeing, General Motors, Allen-
Bradley, Chrysler, Eaton e Whirlpool têm trabalhado em lógica
fuzzy para uso em refrigeradores de baixa potência, melhorando a
transmissão automotiva, e motores elétricos de energia eficaz.

Em 1995, Maytag introduziu um máquina de lavar pratos


“inteligente”, baseada em um controlador fuzzy e um “one-
stop sensing module” que combina um termistor (para medida
da temperatura), um sensor condutivo (para medir o nível de
detergente através dos íons presentes na água), um sensor de
turvação que difundi a medida e transmite luz para medir a sujeira
na lavagem e um sensor magnético para ler a taxa de giro. O
sistema determina uma otimização no ciclo de lavagem para
qualquer carga obter os melhores resultados com o mínimo de
energia, detergente e água.

Fonte: Disponível em: <http://www.din.uem.br/~ia/intelige/


difusa/Aplicacoes.htm>. Acesso em: 21 jan. 2011.

Segundo Braga (2009), pesquisa e desenvolvimento estão em andamento


em aplicações fuzzy em projeto de software, incluindo sistemas fuzzy expert
e integração de lógica fuzzy com redes neurais, os denominados algoritmos
genéticos adaptativos, com o objetivo de construção de um sistema fuzzy
capaz de aprender.

Otimização de Processos, Algoritmos


Genéticos
Conhecidas as ordens de produção e as restrições da planta, pode ser
iniciada a etapa de otimização.

A técnica de otimização baseada em algoritmos genéticos


devido a vários fatores, dentre os quais se destacam,
principalmente: facilidade de adaptação do modelo para
inclusão de novas restrições e a possibilidade de, no
futuro, se derivar para uma alternativa multicritério. (DIAS,
2000, p. 58).

87
Automação industrial

a) Algoritmos Genéticos

Algoritmos genéticos
Algoritmos genéticos, descritos por Campos e Saito (2007), representam
representam uma
uma forma de se partir de um número limitado de possíveis soluções e,
forma de se partir
através de transformações orientadas em seus valores, chegar a uma solução
de um número
limitado de possíveis considerada ótima. Tais algoritmos reproduzem, de forma computacional,
soluções e, através o processo de evolução natural das espécies. Cada possível resposta
de transformações é relacionada a um indivíduo e as variáveis desta possível resposta são
orientadas em seus transcritas em um vetor que representa o seu código genético. Os indivíduos,
valores, chegar ou possíveis respostas, são submetidos a uma função de avaliação. Aqueles
a uma solução que resultam em maior mérito têm mais chance de continuar no conjunto
considerada ótima. de soluções (população) da interação seguinte. Assim, sucessivamente, um
conjunto de possíveis soluções é refinado de forma a melhor atender à função
que se deseja otimizar (CAMPOS e SAITO, 2004).

Os problemas de otimização são baseados em três pontos principais:


a codificação do problema, a função objetivo que se deseja maximizar ou
minimizar e o espaço de soluções associado. Pode-se imaginar um problema
de otimização como uma caixa preta com n botões, onde cada botão é
um parâmetro do problema, e uma saída que é o valor da função objetivo,
indicando se um determinado conjunto de parâmetros é bom ou não para
resolver este problema.

De acordo com Linden (2008, p. 02):

Os algoritmos genéticos são uma família de modelos


computacionais inspirados na evolução, que incorporam
uma solução potencial para um problema específico numa
estrutura semelhante a de um cromossomo e aplicam
operadores de seleção e “cross-over” a essas estruturas de
forma a preservar informações críticas relativas à solução
do problema. Normalmentes os AG’s são vistos como
otimizadores de funções, embora a quantidade de problemas
para o qual os AG’s se aplicam seja bastante abrangente.

Segundo Miranda (2009), um dos benefícios de um algoritmo genético é


a simplificação que ele possibilita na formulação e solução de problemas de
otimização. AG’s simples normalmente trabalham com descrições de entrada
formadas por cadeias de bits de tamanho fixo. Outros tipos de AG’s podem
trabalhar com cadeias de bits de tamanho variável. Como, por exemplo, AG’s
usados para Programação Genética. AG’s possuem um paralelismo implícito
decorrente da avaliação independente de cada uma dessas cadeias de bits,
ou seja, pode-se avaliar a viabilidade de um conjunto de parâmetros para a
solução do problema de otimização em questão.

88
Capítulo 3 Sistemas de Produção

O AG é indicado para a solução de problemas de otimização complexos, O AG é indicado


NP Completos, como o “caixeiro viajante”, que envolvem um grande número de para a solução
variáveis e, consequentemente, espaços de soluções de dimensões elevadas. de problemas de
otimização complexos,
Além disso, em muitos casos onde outras estratégias de otimização falham NP Completos, como o
“caixeiro viajante”, que
na busca de uma solução, os AG’s convergem. Os AG’s são numericamente
envolvem um grande
robustos, ou seja, não são sensíveis a erros de arredondamento no que
número de variáveis.
se refere aos seus resultados finais. A seguir apresentamos uma leitura de
estudos para que você possa compreender as aplicações em diversas áreas
científicas. Boa leitura!!!

Os AG’s possuem uma larga aplicação em muitas áreas


científicas, entre as quais podem ser destacadas:

Síntese de circuitos analógicos: para certa entrada e uma


saída desejada, por exemplo tensão, o AG gera a topologia, o tipo
e o valor dos componentes do circuito.

Síntese de protocolos: determinação de quais funções do


protocolo devem ser implementadas em hardware e quais devem
ser implementadas em software para que um certo desempenho
seja alcançado.

Programação Genética: gera a listagem de um programa, numa


determinada linguagem especificada, para que um determinado
conjunto de dados de entrada forneça uma saída desejada.

Gerenciamento de redes: supervisão do tráfego nos links e


das filas nos “buffers” de roteadores para descobrir rotas ótimas e
para reconfigurar as rotas existentes no caso de falha de algum link.

Computação Evolutiva: gera programas que se adaptam a


mudanças no sistema ao longo do tempo.

Otimização evolutiva multicritério: otimização de funções com


múltiplos objetivos que sejam conflitantes.

Problemas de otimização complexos: problemas com muitas


variáveis e espaços de soluções de dimensões elevadas. Exemplo:
problema do caixeiro viajante, gerenciamento de carteiras de
fundos de investimento.

89
Automação industrial

Ciências biológicas: modela processos biológicos para o


entendimento do comportamento de estruturas genéticas.

Autômatos autoprogramáveis.

Fonte: Disponível em: <http://www.gta.ufrj.br/~marcio/genetic.html>.


Acesso em: 22 jan. 2011.

Se você quiser conhecer mais sobre o assunto abordado


acima consulte os artigos abaixo:

Algoritmo genético de agrupamento para formação de módulos de


arranjo físico no site

http://www.scielo.br/pdf/gp/v15n2/a14v15n2.pdf

Lógica Fuzzy ou Lógica Nebulosa

http://www.teoriadacomplexidade.com.br/textos/logicafuzzy/
LogicaFuzzy-ou LogicaNebulosa.pdf

Fundamentos do Sistema Toyota de Produção no site

http://www.scribd.com/doc/294131/Fundamentos-do-Sistema-
Toyota-de-Producao

Atividade de Estudos:

1) Faça uma análise crítica e descreva os referentes dos novos


paradigmas da produção industrial utilizando as novas
tecnologias de automação e controle.
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Capítulo 3 Sistemas de Produção

Algumas Considerações
As indústrias de manufatura investem intensamente no aprimoramento das
suas habilidades de fabricação, dadas às exigências de um mercado cada vez
mais competitivo. Com este intuito, na Análise de Fluxo de Produção, famílias
de peças serão identificadas e deverão ser processadas em determinadas
máquinas, peso crescente do complexo eletrônico; um novo paradigma de
produção industrial - automação integrada flexível; revolução nos processos
de trabalho; transformação das estruturas e estratégias empresariais; as
novas bases da competitividade; a globalização como aprofundamento da
internacionalização e as alianças tecnológicas como forma de competição.

Este capítulo propõe a aplicação de sistemas de produção, a fim de obter


layouts celulares. Para a formação de células de manufatura, utilizando redes
de comunicação, controladores, lógica de Fuzzy e os algoritmos genéticos
na solução de problemas de agrupamento de máquinas/peças, considerando
matrizes de incidência binárias ou com tempos de processamentos definidos,
bem como tamanhos de lotes de peças.

No próximo capítulo, iremos estudar as técnicas de Hardware e de


Software para o gerenciamento de conhecimento de configuração de
componentes utilizados na manufatura.

Referências
ASTRÖN, K. J. Hägglund., PID Control, the control handbook, IEEE Press.
1996.

BRAGA, Adriano H.. Lógica Fuzzy aplicada a sistema de apoio a decisão.


Trabalho (apresentado na aula de mestrado) - Universidade Federal de Minas
Gerais, 2009.

CAMPOS, Mario Massa de; SAITO, Kaku. Sistemas Inteligentes em


Controle e Automação de Processos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna
Ltda., 2004.

CAPASSI, Norival Geraldo. Veículos guiados automaticamente: tecnologia


sem condução. Disponível em: <http://www.logweb.com.br/revista/65/
logweb65site.pdf>. Acesso em: 05 mai. 2010.

DIAS A. H. F., Algoritmos Genéticos Aplicados a Problemas com


Múltiplos Objetivos. 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal de Minas Gerais, 2000.

91
Automação industrial

FRANCÊS, Carlos Renato Lisboa. Introdução às Redes de Petri.


Laboratório de Computação Aplicada – LACA, Universidade Federal do Pará
– UFPA, 2003.

GROOVER, Mikell P. Automation, production systems, and computer-


integrated manufacturing. Publisher: Prentice-hall Of India Pvt Ltd., 2008.

HEUSER, C. A. Modelagem Conceitual de Sistemas. 2. ed. Campinas:


UNICAMP (IV Escola Brasileiro-Argentina de Informática), 1991.

MIRANDA, Márcio Nunes de. Algoritmos Genéticos, fundamentos e


aplicação. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. (Apostila de curso).

MORAES, Cícero Couto de; CATRUCCI, Plínio de Lauro. Engenharia de


Automação Industrial. Rio de Janeiro: LCT, 2007.

PALOMINO, Reynaldo. Técnicas de Modelagem de Sistemas de Produção.


Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.

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