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LÍNGUA PORTUGUESA 9º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – 2º PERÍODO


Aluno(a): _____________________________________________ Turma: ______ nº: _____
Professor(a): Marileide Meneses FICHA Nº 09

TEXTO 1
A linha e o linho

É a sua vida que eu quero bordar na minha


Como se eu fosse o pano e você a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto no dia a dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O ziguezague do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza.

Gilberto Gil

1. Com quem fala o eu-lírico no texto? E o que ele revela a essa pessoa?
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2. Um dos primeiros versos sugere que um relacionamento amoroso envolve dois aspectos que se opõem
e, ao mesmo tempo, se completam. Transcreva o verso em que essa oposição entre a realidade e o
imaginário aparece.
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3. Em todo o poema predomina a linguagem conotativa (ou figurada). Retire do texto um verso que
comprove essa afirmação.
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TEXTO 2
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
(Manoel de Barros. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro, Record, 2001.)

4. No poema, ao tentar mandar o bilhete, o eu lírico revela alguns sentimentos. Reescreva os versos em
que o eu lírico se mostra:
a) feliz:
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b) apreensivo:
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5. No verso "O pai era uma onça.", a palavra onça foi empregada no sentido figurado. Explique o sentido
dessa palavra dentro do texto.

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6. No verso "No tempo do onça era assim.", a expressão "tempo do onça" significa tempos antigos,
tempo passado, logo, o eu lírico do poema está se referindo ao namoro de antigamente. Retire do texto
um verso que, sozinho e completo, prove que esse namoro não se passa na atualidade.
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7. De acordo com o texto I, como era o namoro de antigamente?


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8. Dê nova redação aos períodos abaixo, unindo-os num só período composto, empregando um pronome
relativo. Faça apenas as modificações necessárias e, a seguir, indique a função sintática do pronome
relativo usado por você para promover a união entre as orações.

Morávamos em casas. Os muros das casas eram altos.


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2
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TEXTO 3

Ter ou não ter namorado? Eis a questão

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro.
Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, flerte,
caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil, mas namorado mesmo, é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega
ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção.
A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: Basta um olhar de compreensão
ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar.
Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim
pode não ter namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai,
sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
[...]
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade ainda que rápida,
escondida, fugida ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que
passa o filme, e de flor catada no jardim da vizinha e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa,
de Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhar quando fala junto ou descobre a
meia rasgada, de ânsia enorme de viajar para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado,
tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o
mistério do outro dentro dos olhos, quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer
compra junto, ficarem abobalhados pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a
criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musicais da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não
recorta artigos, quem não se chateia do fato do seu bem ser paquerado, quem ama sem gostar, quem
gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar, quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no
fim de semana, na madrugada ou no meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais.
[...]
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz, quem não fala sozinho,
não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo, carinhoso.
Se você não tem namorado porque descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos
quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração aberto, saia do quintal, da janela, de si mesmo e descubra o próprio
jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da sua janela.
Ponha intenções de sinceridade em seus olhos e beba licor de contos de fadas. Ande como se o
chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo
uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer
a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
3
Enlou-cresça!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(Artur da Távola. In:Amor a si mesmo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.).

9. Qual a afirmação que resume a ideia principal do texto? Explique.


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10. Releia o 5º e o 12º parágrafos.


a) Qual a condição básica, apresentada no 5º parágrafo, para se ter namorado?
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b) De acordo com o 12º parágrafo, qual é a diferença entre solidão e estar sozinho e em paz?
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11. No trecho: “Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.”, como
se classifica a oração destacada?
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12. Observe os períodos abaixo e diga qual deles apresenta uma ideia machista. Justifique sua resposta.

I- As mulheres, que precisam de um namorado ao lado, nem sempre se sentem realizadas.


II- As mulheres que precisam de um namorado ao lado nem sempre se sentem realizadas.
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13. Que função sintática exerce a oração destacada em: “Se você não tem namorado porque descobriu
que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve,
aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.”?
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TEXTO 4
Asas sem fada
São asas naquela esquina
Uivam de vento a correr
Roubadas da fada-menina
que passou a viver no morrer.

Voam em céus desviados


Das terras da ideação
E sofrem com o choro aquietado
a humana amputação.

4
Provocam o encantamento
Do sempre adormecer
O beijo do amor verdadeiro?
Esperam: é só um não ter.

Descansam no leito-pessoa
seus membros alados casados
“Era uma vez” duas asas
no faz de conta acabado.

(Malévola: um outro espaço, uma nova imagem)

14. No texto, a supressão das asas da personagem protagonista traz uma consequência importante para a
fada. Qual é essa consequência?
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TEXTO 5

15. Observe os seguintes períodos:


I. “ Roubadas da fada-menina QUE passou a viver no morrer.” (Texto 4)
II. “Você não acha QUE um beijinho já basta” (Texto 5)

a) Explique a diferença de classe gramatical do elemento destacado em cada período?


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b) Classifique as orações iniciadas pela palavra destacada.


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C) Qual a função sintática do QUE em “ QUE passou a viver no morrer.”
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