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O Natal como dia do nascimento de Jesus Cristo surgiu em tempos bem mais recentes, ao
redor do século 4 da nossa Era. Até então, essa era a data de algumas das mais
importantes celebrações do calendário pagão.
Tudo surgiu devido às muitas dúvidas relacionadas ao dia correto do nascimento de Jesus.
Até hoje não existem referências históricas precisas capazes de atestar essa data. Os
próprios Evangelhos, surgidos 3 ou 4 séculos depois da sua morte, não fazem nenhuma
referência nem ao dia, nem ao mês, nem ao ano em que o Senhor apareceu na Terra.
Em ambos os casos, tudo que o catolicismo fez foi incorporar no seu próprio calendário de
celebrações as tradições populares pré-existentes.
Os doutores da Igreja, na verdade, perceberam que os próprios cristãos manifestavam
forte inclinação para aqueles festejos pagãos, e seria muito difícil desviá-los dessa
tendência. Melhor seria trazer os cultos pagãos para dentro da Igreja, e dessa forma
melhor controlá-los. Ficou assim estabelecido que a Natividade seria solenizada naquele
dia e a Festa da Epifania no dia 6 de janeiro. Essa origem pagã da festa de Natal é
reconhecida inclusive por Santo Agostinho, que exortava seus irmãos cristãos a não
celebrarem o Sol naquele dia solene, como faziam os pagãos, e sim celebrarem "Aquele
que tinha criado o Sol”.
Essa mesma tática deu origem a muitas outras festas do calendário cristão, entre elas a
Páscoa, as festas juninas, o Dia dos Mortos e o de Todos os Santos – todas elas eram
festividades pagãs que foram incorporadas pela Igreja.
Ao redor do ano 1100, o Natal se tornara a festa religiosa mais importante em toda a
Europa. Sua popularidade cresceu até a Reforma, quando muitos cristãos começaram a
considerar o Natal uma festa pagã. Na Inglaterra e em algumas colônias americanas foi
inclusive considerada manifestação fora da lei. Mas isso durou pouco. Logo o Natal
reconquistou o primeiro posto entre as celebrações cristãs, sendo até hoje a festa mais
amada.
No Natal, a festa cristã se entrecruza com a tradição popular de origem pagã. Antes do
Natal cristão, existia a Festa do Fogo e a do Sol, pois essa época do ano é a do solstício de
inverno, ou seja, o dia mais curto do ano no hemisfério norte. A partir dessa data (ao redor
do dia 22 de dezembro) as horas de luz começam a ser mais longas a cada dia.
Essa inversão astronômica da rota solar constitui o cerne da questão para todo aquele que
deseja compreender o real por quê da escolha de 25 de dezembro como data do
nascimento do Cristo. Essa inversão trará de volta a primavera dentro de 3 meses. Quase
todas as culturas antigas festejavam o evento. Todas as atividades humanas (caça,
pastoreio e agricultura) eram ligadas ao fim do inverno e ao alternar-se das estações. Nos
meses mais frios as pessoas permaneciam trancadas em casa, consumindo o alimento
acumulando durante o ano, na esperança de que as reservas fossem suficientes. Superar
a metade do inverno era, portanto, motivo de regozijo e de esperança de sobrevivência.
YULE OU NATAL?
Coberta por visco, azevinho e outras frutas, as guirlandas penduradas nas portas eram
consideradas extremamente mágicas. O visco era chamado pelos druidas de Árvore
Dourada, pois acreditavam que tinham poderes curadores, além de conceder aos mortais
uma passagem ao submundo ou além.
A Fogueira e as velas vermelhas: energização ao deus Sol. A fogueira de Yule era acessa
para dar força ao deus Sol, antes era feita ao ar livre, porém como eram épocas, de
invernos rigorosos, logo as famílias adaptaram a manter a fogueira dentro de casa
aproveitando as lareiras, e depois a só manter as velhas vermelhas que já eram usadas nos
Sabbaths. Eram longas velas, cravadas símbolos solares e runas.
Costumavam usar também uma tora de carvalho para queimar enquanto ritualizavam.
As falsas religiões sempre utilizaram a madeira, bem como as árvores, com fins de idolatria:
“Sacrificam sobre os cumes dos montes, e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo
do carvalho, e do álamo, e do olmeiro, porque é boa a sua sombra; por isso vossas filhas
se prostituem, e as vossas noras adulteram.” (Os 4:13)
“Não plantarás nenhuma árvore junto ao altar do SENHOR teu Deus, que fizeres para
ti.” (Deut 16:21)
Como toda celebração, essa ainda mais, havia um banquete, uma ceia, já que essa era
uma celebração onde se reunia a família e os amigos
para festejar um novo início, um novo começo, sem
dias curtos, sem escuridão. As ceias de hoje em dia
também não são diferentes das ceias de
antigamente, trazendo frutas secas, perus e outras
aves, caldos e pães. De bebida era sempre usada
uma cidra, e dependendo de que parte da Europa,
a cerveja já existia e também era usada nos
banquetes.
Notou alguma semelhança com o natal Cristão? sim, aquele das igrejas, onde celebra o
nascimento de Jesus e tudo mais? Pois é, o natal como você conhece hoje, nada mais é
do que uma “adaptação” da Igreja Católica à festividade pagã do Yule/ Solstício de
Inverno. Isso tudo por causa da grande expansão do Catolicismo na Europa, e pelo fato
da igreja não conseguir “banir” esses rituais da tradição desse povo tão antigo. Na
verdade, quase todos os feriados católicos são antigas festividades pagãs.
Porém, a Bíblia menciona a celebração da sua morte através da Santa Ceia, pois foi
através do seu sacrifício que a humanidade obteve o direito a salvação eterna.
“E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido
por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear,
tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas
as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” 1 Coríntios
11:24-26