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São Luis
2010
SÚMARIO
1 Introdução..............................................................................................
2 Discussão Teórica: Miopatia Não
Especificada...................................
2.1.Conceito.............................................................................................
2.2.Fisiopatologia e Etiologia.................................................................
2.3.Quadro Clinico..................................................................................
2.4.Diagnóstico..........................................................................................
2.5.Tratamento...........................................................................................
3 CASO CLÍNICO .....................................................................................
3.1 Identificação ......................................................................................
3.2 H.D.A. ..................................................................................................
3.3 Exame físico-funcional ..................................................................
3.4.Sensibilidade...................................................................................
3.5.Motricidade Voluntária....................................................................
3.6.Tônus................................................................................................
3.7.Coordenação
Motora.........................................................................
3.8.Equilibrio
estático..............................................................................
3.9.Equilibrio Dinâmico...........................................................................
4.Avd´s e Avp
´s............................................................................................
5.funções
superiores...................................................................................
6.observações.................................................................................
7. Plano de tratamento............................................................................
8.Objetivo de
Tratamento........................................................................
9.Atividades e
Recursos..........................................................................
10.Evolução.............................................................................................
11.Prognóstico........................................................................................
12.Considerações finais..........................................................................
1 INTRODUÇÃO
Esse estudo de caso teve como motivação o interesse dos alunos e do
paciente sobre o seu estado de saúde,onde o mesmo deseja ter mais conhecimento
sobre a patologia, seu tratamento e prognóstico funcional.
Miopatias são doenças estruturais e/ou funcionais dos músculos, resultantes
de uma variedade de etiologias. Manifestam-se fundamentalmente por fraqueza,
devendo ser diferenciadas das doenças do neurônio motor, das neuropatias
periféricas e das doenças da junção neuromuscular. De modo sucinto e
prático,podemos classificar as miopatias em:degenerativas,inflamatórias,congênitas
estruturais,endócrinas,infecciosas,metabólicas,miotônicas e canaliculares.Dentre as
dezenas de miopatias existentes incluo apenas as mais comuns,as,quais,no
entanto,são as existentes em mais de 90% dos pacientes miopatas.
O terapeuta vem no intuito de ajudar aumentar força e resistência através da
manipulação de atividades e técnicas estabelecidas para um melhor ganho no
tratamento do paciente.
Tipo de
caracteristicas Principais causas
miopatia
Congênit Familiares Miopatia central
as Manifestação na core
infância Miopatia nemalínica
Atraso de Miopatia tubular
desenvolvimento motor ou (centronuclear)
síndrome do bebê hipotônico
Alteração da
estrutura da fibra muscular
Tipo 2: deficiência
de maltase ácida ou doença de
Pompe
Raras
Tipo 5: deficiência
Metabólic Defeito bioquímico
de miofosforilase ou doença de
as primárias dos sistemas energéticos
McArdle
musculares
Tipo 7: deficiência
de fosfofrutoquinase ou
doença de Tartui
2.4 Diagnóstico:
Miopatias Metabólicas
As miopatias metabólicas são caracterizadas por intolerância ao exercício,
fraqueza muscular, fatigabilidade, mialgias, cãibras musculares e mioglobinúria.
Manifestam-se durante atividades que necessitam de aumento do consumo de
energia. As miopatias,cada umas delas possuem um diagnostico diferenciado.
2.5 Tratamento:
Entre as miopatias metabólicas, o tratamento é experimental e consiste na
reposição da enzima deficiente. Ainda em fase experimental, alguns resultados são
promissores.
O quadro de paralisia periódica hipocalêmica deve ser familiar ao
emergencista. O tratamento é feito com a prevenção de desencadeantes, e
reposição de potássio. Prescreve-se a dose de 20 a 40 mEq de KCl de liberação
lenta via oral ao deitar, mas o tratamento de primeira escolha deve ser feito com
acetazolamida 125 mg uma a duas vezes ao dia, inicialmente, até o máximo de
1.500 mg/dia. Nos pacientes refratários, pode-se prescrever espironolactona 25 a
100 mg/dia. As crises agudas devem ser tratadas com KCl via oral 0,25 mEq/kg a
cada 30 minutos até a melhora da fraqueza.
O tratamento da hipertermia maligna é feito em quatro etapas: suspender
imediatamente a administração do agente inalatório ou da succinilcolina, aumentar o
volume-minuto para diminuir a ETCO2, pedir ajuda e administrar dantrolene, nessa
ordem. A dose inicial é de 2,5 mg/kg, máximo sugerido de 10 mg/kg, titulando-se
pela freqüência cardíaca e taxa de extração de gás carbônico (ETCO2). Depois,
procede-se ao resfriamento do doente, com pacotes de gelo nas axilas e virilhas,
lavado gástrico com solução gelada e medidas mais agressivas, se necessário. O
objetivo é atingir a temperatura de 38,5°C. As arritmias não devem ser tratadas com
bloqueadores de canais de cálcio, e os distúrbios tóxico-metabólicos investigados
periodicamente e corrigidos. O dantrolene deve ser mantido a 1 mg/kg a cada 4 a 8
horas por 24 a 48 horas. Deve-se assegurar uma diurese de 2 ml/kg/h com manitol,
furosemida ou fluidos, se necessário. Avaliar se há necessidade de monitorização
invasiva e ventilação mecânica contínua. O paciente deve ser mantido na unidade
de terapia intensiva por 36 horas. O paciente deve ser encaminhado a centro de
referência, com oferta a ele e à sua família do teste para a mutação genética. Além
disso, medidas de prevenção devem ser feitas, incluindo-se evitar o uso de agentes
inalatórios em pacientes com miopatias hereditárias. Uma vez conhecido o
diagnóstico de hipertermia maligna, o paciente só pode ser submetido a anestesia
local ou regional, e, se necessitar de anestesia geral, os agentes voláteis e a
succinilcolina não podem ser usados.
As distrofinopatias (DMD e DMB) devem ser tratadas com uso de
corticosteróides. Prednisona 0,75 mg/kg/dia é capaz de produzir melhora
significativa na força muscular e prolongar o tempo de deambulação dos pacientes
em cerca de três anos. Na presença de efeitos colaterais, a dosagem pode ser
diminuída para até 0,3 mg/kg/dia, ainda capaz de produzir resultado satisfatório.
Com menos efeitos colaterais, o deflazacort na dose de 0,9 mg/kg/dia pode ser
prescrito, com o mesmo perfil de sucesso. Além disso, estão indicadas fisioterapia,
órteses, cirurgia ortopédica, dependendo do caso.
Não há tratamento específico para a distrofia miotônica. Podem ser
prescritos dispositivos ortopédicos e fenitoína, 300 mg/dia, para suprimir a miotonia.
A fenitoína é a droga de escolha para essa finalidade em detrimento de quinidina e
procainamida por menor índice de efeitos colaterais sobre a condução cardíaca.
Eventualmente, os pacientes podem necessitar do implante de um marca-passo.
O tratamento das outras distrofias e das miopatias congênitas é fisioterapia e
sintomáticos, não havendo tratamento específico.
O tratamento da SKS e OECP é sintomático. Eventualmente, pode ser
necessário o implante de marca-passo cardíaco. A função mitocondrial pode
melhorar com o uso de coenzima Q10, na dose de 50 a 200 mg, três vezes ao dia, e
L-carnitina, 300 a 1.000 mg, três vezes ao dia. Antioxidantes como vitaminas A, C,
E, betacaroteno, ácido alfalipóico não têm evidência de melhora. Muitos pacientes
usam vitaminas do complexo B, que são co-fatores de várias enzimas mitocondriais.
No caso da síndrome MELAS, há relatos anedóticos de que os corticóides
seriam benéficos nos AVCs agudos. As crises respondem com a maioria dos
anticonvulsivantes, e muitos evitam o uso de valproato pelo risco de causar
deficiência de carnitina. Implantes cocleares podem ser usados para o tratamento da
disfunção auditiva. Os pacientes também fazem a suplementação tradicional padrão
para SKS e EOPC. O tratamento da síndrome MERRF obedece ao mesmo padrão.
3 CASO CLÍNICO
3.1 Identificação
a) Nome: J.D.S.A.J
c) Idade: 30 anos
3.2 H.D.A.
O paciente relata que começou a sentir os primeiros sintomas aos 15 anos
de idade, até então fazia todas as atividades sem nenhuma dificuldade, contudo
passou a sentir fraqueza generalizada,melhorou,mais a partir desta época não
conseguiu mais realizar algumas atividades como: andar de bicicleta,correr.Devido a
esses acontecimentos o mesmo procurou o hospital sahah,onde realizou varios
exames e em 2001 foi diagnósticdo com caracteres de uma miopatia não
especificada.O mesmo relata que não apresenta nemhum outro tipo de patologia
associada a miopatia.No momento não esta usando nenhum tipo de medicação, faz
apenas tratamento em terapia ocupacional no setor de neurologia adulto.
Cintura Pelvica:
Quadril direito:
Flexão de quadril:0
Extenção de quadril:0
Abd.de quadril:1
Ad.de quadril:1
Rot.Interna:1
Rot.Externa:2
Quadril Esquerdo:
Flexão de quadril:0
Extenção de quadril:0
Abd.quadril:1
Ad.quadril:1
Rot.Interna:1
Rot.Externa:2
7.Plano de tratamento:
Aumentar coordenação motora grossa
Aumentar força muscular geral
Melhorar equilíbrio dinâmico
Estimular marcha com atividades especificas
Orientar Avp´s
8.Objetivos do tratamento
a) Estabelecer vínculo terapêutico
b) Aumentar amplitude de movimento de cintura escapular e cintura pélvica.
c) Aumentar força em geral
9. Atividades e recursos
a) Alongamento: Vem como uma preparação do corpo para exercícios,onde visa
obter também uma maior flexibilidade que auxilia na melhoria da contratilidade
muscular,um menos gasto de energia durante a atividade e diminuição das tensões
musculares.
Recurso: Bastão, Aro, peso de 500g.durante o alongamento são acrescentado um
peso para que o paciente possa ganhar mais força muscular durante a atividade.
b) exercícios livres,resistido-recursos:Tera band- para abdução de quadril e maior
ganho de força de membro inferior.
Rolo Suíço: Aumentar amplitude de movimento de membro inferior.
10. Evolução
Paciente com frequência regular no setor, demonstrando muito interesse na
realização das atividades e obtendo uma leve melhora, segundo o mesmo, as
atividades realizadas no setor servem como uma forma de manter o
condicionamento e aumento da força.
11. Prognóstico
Tem um bom prognóstico, desde que sejam realizadas de maneira continua
e correta às atividades, tendo como auxilio outras intervenções terapêuticas não só
medicamentosa como também a intervenção de outros profissionais da saúde que
venha como fator de contribuição e um melhor tratamento para o paciente.
REFERÊNCIAS
NITINI,Ricardo, A neurologia que todo médico deve saber, Bacheschi, Luis
Alberto.-São Paulo: Editora Atheneu, 2005.