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Trabalho de Gestão Ambiental – Colégio Estadual Lemos Junior – Grupo

Ana Carolina 2, Isabella 12 – Turma 111 – Professor Hector

Plano Ambiental: Césio 137

Rio Grande, Novembro de 2018


Como foi?
Foi um desastre radioativo que aconteceu em Goiânia, em 29/09/1987. Ocorreu
após dois catadores de lixo entrarem em contato com uma porção de cloreto de
césio, o césio-137. O componente químico ficava dentro de um aparelho de
tratamento de câncer, que estava em uma clínica abandonada na capital de
Goiás. Foram necessários apenas 16 dias para que o “brilho da morte”, como a
substância ficou popularmente conhecida, matasse quatro pessoas e
contaminasse centenas.

“O acidente atingiu tantas pessoas porque aconteceu em uma zona urbana”,


explica Alfredo Tranjam, presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Considerado um dos maiores desastre radiológico da história, ele é tido como
uma referência mundial pela Agência Internacional de Energia Atômica quando
se pensa em intervenção para futuros acidentes.

“O Brilho Mortal”

A história começa em 1985, quando um instituto de tratamento de câncer


desativa sua unidade de Goiânia. Quase todos os equipamentos foram levados,
mas uma máquina de teleterapia (espécie de radioterapia) é deixada para trás.
O aparelho usava cloreto de césio em pó como fonte de energia.
Em setembro de 1987, o aparelho chama a atenção de dois catadores de
lixo.Pensando em vender as peças, eles a levam para casa, desmontam-na e
entram em contato com uma cápsula de césio-137. Em dois dias, os catadores
sentem os primeiros sintomas da intoxicação radioativa: náuseas, vômitos,
tonturas e diarreia.

O dono de um ferro-velho compra a máquina e manda dois de seus funcionários


retirarem as peças mais valiosas. Dentro do aparelho, eles acham a cápsula com
19 g de césio. À noite, seu brilho verde-azulado chama a atenção. Pensando ser
algo de grande valor, o proprietário do ferro-velho a leva para casa.
Orgulhoso de ter em mãos algo que parecia muito valioso, o dono do ferro-
velho recebe a visita de muita gente. Assim como os dois catadores de lixo,
todas as pessoas que chegam perto da substância têm os mesmos sintomas de
indisposição, mas ninguém suspeita da causa.

O irmão do dono do ferro-velho o visita e leva um pouco da substância para


casa. Durante o jantar, ele o mostra para seus filhos e contamina a comida sobre
a mesa. Sem perceber, sua filha de 7 anos ingere pão com um pouco do pó. Um
mês depois, Leide das Neves Ferreira morre. É a primeira vítima do césio-137.
Duas semanas depois, a esposa do dono do ferro-velho percebe que todas as
pessoas expostas ao pó brilhante ficavam doentes. Intrigada, leva a cápsula para
a Vigilância Sanitária, que imediatamente identifica a substância radioativa. A
mulher que ajudou a desvendar o mistério é a segunda vítima fatal.

Em 30 de setembro, técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)


e policiais militares começam a descontaminação da região. Mais de 112,8 mil
pessoas são monitoradas (129 estavam gravemente contaminadas) e 6 mil
toneladas de material contaminado vão para um depósito especial. Oficialmente,
quatro pessoas morreram devido à exposição à radiação. Mas, de acordo com a
Associação de Vítimas do Césio-137, o número de vítimas é bem maior e chega
a 80.
Motivo do Hospital Santa Casa ter sido fechado

Entre as avenidas Paranaíba e Tocantins, no centro da cidade de Goiânia,


funcionava o Instituto Goiano de Radiologia (IGR) em um terreno emprestado
pela Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) desde 1972.
Como contrapartida do empréstimo do terreno, o Instituto deveria oferecer
exames gratuitos aos pacientes da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia sob
a administração daquela Sociedade.
A Santa Casa de Misericórdia alegou descumprimento do acordo por parte do
IGR e, no ano 1984, decidiu vender o terreno para o Instituto de Previdência e
Assistência do Estado de Goiás (Ipasgo) antes que fosse efetivada a ação de
despejo dos antigos locatários, donos do IGR.
Somente no ano seguinte, o Instituto de Radiologia se mudaria para um novo
endereço deixando para trás os mobiliários e equipamentos antigos, entre os
quais havia um aparelho radiológico contendo uma cápsula de césio-137.
Nos dois anos seguintes, caberia à justiça o papel de administrar o conflito entre
o antigo, o novo proprietário do imóvel e o IGR. No mês de maio de 1987, o
Ipasgo, novo dono do imóvel, iniciou a demolição do prédio. Todavia, uma liminar
judicial o obrigou a interromper a destruição.
O prédio em ruínas, invadido pelo mato, sem portas ou janelas, abrigava uma
cápsula de césio-137. Naquela construção parcialmente demolida imperava um
aspecto de abandono. Nos três anos em que permanecera abandonada (1985 a
1987), a cápsula não fora objeto de nenhum ato de fiscalização da Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O conflito de interesse econômico e
político agenciado judicialmente ensejaria a irrupção de um drama.

Herança Radioativa
Anos depois do acidente, o tratamento das pessoas contaminadas continua.
Passados 30 anos do acidente, 975 pessoas são monitoradas pela
Superintendência Leide das Neves (SuLeide), instituição que presta assistência
às vítimas. Para direcionar o tratamento, as pessoas são divididas em grupos,
conforme a intensidade da contaminação. O grupo I, com 87 pessoas, é o que
inspira mais cuidados: é formado por aqueles que tiveram contato direto com o
composto (e foram gravemente contaminados) e por seus filhos.
Consequências após o acidente com o Césio 137
Depois de vinte anos, a cidade de Goiânia ainda contabiliza as conseqüências,
no que diz respeito à assistência à cerca de 700 pessoas oficialmente
monitoradas pela SULEIDE (Superintendência Leide das Neves).

Segundo a Superintendência, as seqüelas biológicas, como mutações genéticas,


que esse tipo de acidente pode causar, até o presente momento, não foram
detectadas, e não se pode afirmar a existência de nexo causal com a radiação
disseminada pelo acidente.

Um alto nível de radiação pode apresentar alterações biológicas como


cardiopatias, dermatoses, perda de dentes, problemas ginecológicos e diversas
patologias oncológicas e a perda de membro. Não existem estudos
comprobatórios de síndromes desenvolvidas sob o impacto de baixa radiação.

As vítimas do acidente são monitoradas constantemente pela Superintendência,


com assistência nas diversas áreas médicas: clínico geral, cirurgião pediátrico,
cardiologista, que atendem na própria Superintendência, além de
acompanhamento psicológico e de assistentes sociais. As consultas
ginecológicas, dermatológicas e odontológicas são prestadas no Hospital Geral
de Goiânia.

O maior impacto sofrido pelas vítimas, é o psico-social, devido à discriminação


da sociedade, nos dias imediatamente subseqüentes ao acidente, e é até hoje
uma chaga aberta na vida das mesmas. Aliás, todos os moradores de Goiânia,
foram de alguma maneira discriminados nos meses que se seguiram ao
acidente, como negativa de estadia em hotéis, contratos de venda e aluguel de
imóveis aos acidentados indiretos rescindidos, sem falar nas conseqüências
econômicas que o Estado de Goiás teve que enfrentar para superar a tragédia.

O Estado de Goiás vem cumprindo seu papel assistencial às vítimas, dentro das
possibilidades médicas que o Estado oferece, mas as pesquisas continuam, e
vale lembrar que a população contaminada começa a envelhecer, cujo processo
apresenta uma incidência maior de doenças e se essas doenças são em
decorrência da radiação, não se pode afirmar.

Goiânia, após 20 anos do segundo maior acidente radiológico ocorrido no


mundo, fora das usinas nucleares, superou o estigma de cidade contaminada
pela radiação, e recuperou os índices de crescimento econômico da cidade.
Conclusão:
O acidente com o Césio 137, que ocorreu a mais de 20 anos atrás, em Goiânia,
nunca será esquecido, pois agora ele faz parte da história de Goiânia. Podemos
encarar o ocorrido como alerta para as gerações futuras, sobre a utilização e
descarte correto de algum material radioativo.
A tragédia poderia ter sido evitada se o poder poder público tivesse feito o
descarte correto do material radioativo após o abandono do Hospital da Santa
Casa. Muitas pessoas que foram indiretamentes atingidas, e não foram
reconhecidas pelo Governo como as vítimas do acidente, são as pessoas que
trabalham na remoção dos rejeitos e também os que fizeram a segurança dos
locais que foram atingidos.

Referências:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-foi-o-acidente-com-o-cesio-
137/

http://geografia2010faniglela.blogspot.com/2010/04/cesio-137-parte-ii-
sequelas.html

http://professoralucianekawa.blogspot.com/2014/10/cesio-137-o-maior-
acidente-radiologico.html

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