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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL – UCS

ÁREA DO CONHECIMENTO DE EXATAS E ENGENHARIAS

ENGENHARIA QUÍMICA

ENQ0253A - ENGENHARIA DAS REAÇÕES QUÍMICAS III

PROFESSOR LUÍS RAFAEL BONETTO

PIRÓLISE DE PINUS ELLIOTTII

Gabriela Scopel Lovatel

Juliana Mazzarollo

Leonardo Galli Engler

Paula De Marco

Caxias do Sul, 11 de junho de 2019.


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1. INTRODUÇÃO

Reatores químicos são vasos projetados para conter reações químicas tanto
em escala industrial como laboratorial, dependendo do objetivo. Os reatores podem
ser classificados em 2 tipos, conforme a fase dos reagentes. Existem os reatores
homogêneos, que são para meios totalmente líquidos ou gasosos.

Os reatores heterogêneos, por sua vez, trabalham com os reagentes nas suas
mais diversas fases possíveis. Em virtude dessa diversidade, há 4 tipos de reatores
heterogêneos, sendo eles:

● Reator de leito fixo

No reator de leito fixo, o gás entra no leito com velocidade menor que a
velocidade mínima de fluidização, não promovendo a movimentação do material
sólido do leito. São bastante utilizados em conversões de combustíveis muito voláteis,
como madeira e biomassa. A Figura 1 ilustra um reator de leito fixo.

Figura 1 - Reator de leito fixo.

Fonte: Levenspiel (2000).

● Reator de leito fluidizado borbulhante (BRB)

Nesse tipo de reator, o leito fluidizado borbulhante ocorre quando um gás passa
pelas partículas finas em uma velocidade de entrada bem maior que a velocidade
mínima de fluidização. As grandes bolhas de gás ascendem pelo leito, causando a
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aparência de um líquido em ebulição (LEVENSPIEL, 2000). Proporciona boa


transferência de massa e calor devido à agitação e mistura. É aplicado em processos
de combustão, como o de carvão mineral para obtenção de energia. A Figura 2
exemplifica as bolhas de gás passando pelo leito:

Figura 2 - Reator de leito fluidizado borbulhante

Fonte: Levenspiel (2000).

● Reator de leito fluidizado com circulação (CFB)

O CFB tem funcionamento semelhante ao leito fluidizado borbulhante, porém a


velocidade de entrada do gás é maior e há grande agitação dos sólidos (COLETTA,
2018). São utilizados em processos nos quais o catalisador precisa ser regenerado,
pois com o estado fluidizado das partículas sólidas ele pode ser facilmente bombeado
para outras unidades do processo (LEVENSPIEL, 2000), como ilustra a Figura 3.
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Figura 3 - Reator de leito circulante

Fonte: Levenspiel (2000).

● Reator trifásico

O processo em um reator trifásico utiliza a injeção simultânea de líquido e gás


no leito, que contém partículas sólidas. Esse tipo de leito proporciona melhor mistura
das partículas e aumenta a porosidade do leito, o que melhora a distribuição do gás e
diminui a perda de carga (WOLF, 1997). Reatores de leito trifásico são comumente
utilizados em tratamentos de efluentes com biomassa fixa, no qual partículas sólidas
são usadas como suporte para microrganismos que decompõem matéria orgânica
(MARTINS, 2003).

Figura 4 - Reator de leito circulante

Fonte: Fogler (2009).


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2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

2.1 Discorra a respeito do funcionamento geral do sistema com os


equipamentos, escrevendo um pouco sobre a importância de cada item
presente (tubulações, sistemas de isolamento e de troca térmica, linhas de gás,
etc.).

Segundo Basu (2010), pirólise é um processo de decomposição térmica da


biomassa de compostos com grandes cadeias hidrocarbônicas para produção de
compostos com cadeias menores. Os produtos da pirólise são obtidos por meio de
gases, líquidos e sólidos, podendo ocorrer por meio da torrefação, pirólise lenta ou
pirólise rápida. A reação utilizada no experimento foi a pirólise rápida, cujo principal
produto é um combustível líquido, chamado de bio-óleo.

Como a reação necessita da completa ausência de gases reativos (oxigênio),


utilizou-se sistemas de completo isolamento com tubulações canalizando um gás
inerte (N2), impedindo que ocorresse a combustão do material. O sistema de
isolamento de troca térmica possui fundamental importância em reações de
decomposição térmica, visto que são utilizadas temperaturas elevadas para o
processo. O sistema é isolado geralmente por lã de rocha (~10 cm de espessura), um
material incombustível produzido com fibras minerais de rochas basálticas. Esse
sistema previne a perda de calor do reator, evitando gradientes de temperatura
durante a reação.

2.2 Determinar a conversão em char do processo através da seguinte


expressão:

𝑋 = (𝑊0 − 𝑊𝑐) / (1 − 𝐴)*𝑊0

onde:

W0 → massa inicial da amostra (g);

Wc → massa de char medida ao final da amostra (g);

A → teor de cinzas da amostra de Pinus Elliottii (inerte). Para esse caso, A = 0,001.
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Tem-se, como resultados da pirólise do Pinus Elliottii, que a massa de char no


final foi de 20,67 g. Sabe-se que a massa inicial foi de 100,25 g.

𝑋 = (100,25 − 20,67) / (1 − 0,001)*100,25

𝑋 = 0,7946

A partir do cálculo realizado, determinou-se que a conversão no processo de


pirólise foi de aproximadamente 0,79, ou seja, 79%.

2.3 Determinar a conversão em bio-óleo do processo através da seguinte


expressão:

𝑋 = (𝑊0 − 𝑊𝑏𝑜)/ (1 − 𝐴)*𝑊0

onde:

Wbo→ massa final de bio-óleo medida ao final do processo (g). É a diferença entre a
massa final e a inicial do borbulhador e a massa adicionada de álcool isopropílico.

Já o rendimento pode ser calculado pela seguinte fórmula:

R = ((𝑊𝑏𝑜)/𝑊0)*100%

Na prática da pirólise foram usados 10 borbulhadores, pesados antes do


processo iniciar e no final. A Tabela 1 mostra as massas obtidas.

Tabela 1 - Massas dos borbulhadores antes e depois da realização da pirólise

Borbulhador Massa Inicial (g) Massa Final (g)

1 264,35 311,70

2 365,81 356,39

3 337,29 339,46

4 335,40 336,04
7

5 345,20 338,07

6 339,02 339,18

7 338,13 338,22

8 330,35 330,44

9 337,90 337,81

10 266,98 267,07

Mangueiras 255,62 258,32

Total = 3516,05 Total = 3552,37

Fonte: Autores (2019)

Para o cálculo do Wbo, fez-se a massa final total dos borbulhadores menos a
massa inicial total dos mesmos. Assim:

Wbo = 3552,37 - 3516,05 = 36,32 gramas de bio-óleo

Com a quantidade bio-óleo, calcula-se a sua conversão e o seu rendimento.

𝑋 = (100,25 − 36,32)/ (1 − 0,001)*100,25

𝑋 = 0,6383

R = (36,32/100,25)*100%

R = 36,23%

A conversão de bio-óleo obtida foi de aproximadamente 64%, sendo que o


rendimento foi de 36,23%.

2.4 Discutir a influência da taxa de aquecimento no processo na


conversão.

Considerando a taxa de aquecimento, a reação de pirólise pode ser classificada


como rápida (tempo de aquecimento >> tempo de reação) ou lenta (tempo de
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aquecimento << tempo de reação). Na pirólise lenta, o tempo de residência dos


vapores formados é da ordem de minutos e o principal produto obtido é o char. Já na
pirólise rápida, o tempo de residência é da ordem de poucos segundos, produzindo
principalmente gases e bio-óleo.

A temperatura do processo de pirólise tem influência no rendimento de char da


reação. Basu (2010), por meio de experimentos, determinou o rendimento de char
pela temperatura da reação (Figura 5) e constatou que o seu rendimento reduzia
conforme a temperatura da pirólise aumentava.

Figura 5 - Rendimento de char (% massa) em função da temperatura da reação de


pirólise.

Fonte: Basu, 2010.

Basu (2010) verificou também que a taxa de aquecimento segue a mesma


lógica da temperatura. Elevadas temperaturas irão favorecer a formação de líquidos
e gases, enquanto que taxas de aquecimento menores proporcionarão a maior
formação de produtos sólidos, como o bio-char. Isto ocorre porque, uma taxa de
aquecimento mais lenta está associada com a remoção mais lenta dos compostos
voláteis da amostra e isso promove a segunda reação de formação de char,
aumentando o rendimento de produtos sólidos.
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CONCLUSÃO

A reação de pirólise realizada no laboratório pode ser classificada como rápida


(60 minutos), com taxa de aquecimento (128 oC/min) e temperatura (900 oC) elevadas.
Tais fatores favorecem a conversão da matéria orgânica em gás e bio-óleo,
observando as massas dos produtos obtidas, que foram de 36,32 g de bio-óleo e 20,67
g de char.

Conclui-se que a técnica de pirólise é uma poderosa aliada na geração de


energia. Como demonstrado através de cálculos, obteve-se um grande rendimento de
óleo (36,23%) durante o procedimento, o qual era o objetivo.

Os resultados expressos em termos de conversão, indicam 79% de char e 64%


de bio-óleo. Ademais, a conversão de gás não foi calculada, uma vez que a massa
desse produto não pode ser medida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASU, P. Biomass gasification and pyrolysis. Burlington: Academic Press, 2010.

COLLETTA, Letícia de Oliveira Silva Della. Estudo do dimensionamento e


modelagem em CFD de um gaseificador de leito fluidizado borbulhante. 2018.
129 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Energia) – Universidade Federal de
Itajubá, Itajubá, 2018.

FOGLER, H. Scott. Elementos de engenharia das reações químicas. 4. ed. Rio de


Janeiro, RJ:LTC, 2009.

MARTINS, Cláudia Livina. Comportamento de Reator de Leito Fluidizado


Trifásico Aeróbico Utilizando Diferentes Materiais Suporte. 2003. Dissertação
(mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2013. Disponível em :
<http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86382>. Acesso em: 7 jun. 2019.
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LEVENSPIEL, Octave. Engenharia das reações químicas. São Paulo: E. Blücher,


2000.

WOLF, Delmira Beatriz. Estudo da Tratabilidade de um Efluente Têxtil por


Biomassa Fixa através de um Leito Fluidizado Trifásico Aeróbio. Tese de
Mestrado em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina, 90
p.;1997.

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