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FUNDAMENTAL
RESUMO
ABSTRACT
This article is one of the prerequisites for the evaluation of the subject "Environment and
Society" which is part of the Graduate Program in Society and Culture in the Amazon /
UFAM. Covers the National Curriculum Parameters - NCP'S and cross-cutting themes more
accurately presents a theoretical analysis on the topic of environment and how it is treated
through environmental education in schools. The proposed text is developed from three main
themes: - introductory remarks on the NCP'S, - the Cross-cutting Themes and topics of the
Environment and - The approach to Environmental Education, where we will make some
remarks about a theoretical framework necessary because the future the Amazon.
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Pedagogo com mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia/UFAM
1. INTRODUÇÃO
As discussões sobre o "meio ambiente" têm se tornado cada vez mais freqüente na
escola e na sociedade, ações pontuais sobre esta questão são vistas com certa cautela por parte
de especialistas no assunto tanto no ambiente escolar quanto na sociedade. No Estado do
Amazonas debates como a "Semana do Meio Ambiente", que apesar de todos os esforços por
parte das Secretarias Estaduais, Gestores, Pedagogos e Professores, pouco ou quase nada têm
deixado de legado no sentido de promover mudanças significativas e duradouras a respeito da
relação que o homem vem travando cotidianamente com o Meio Ambiente, principalmente,
porque estas mudanças estão atreladas as raízes da educação formal, onde a criança, através
de ações pedagógicas promovidas no espaço da sala de aula, adquire um comportamento
“consciente” pautado num discurso sobre Educação Ambiental equivocado.
Este artigo busca discutir a pratica pedagógica no espaço escolar e sua relação com a
Educação Ambiental tendo como base os documentos oficiais que legitimam essa pratica, ou
seja, os PCN’S – Parâmetros Curriculares Nacionais e os Temas Transversais. A discussão
traz a tona a seguinte problematização: Como a escola vem promovendo ações pedagógicas
qualitativas no contexto escolar que despertem na criança pequena atitudes proativas
relacionadas a conservação do meio ambiente a partir dos pressupostos teóricos contidos nos
PCN’S e nos Temas Transversais, de modo que possa ser evidenciado os limites e as
possibilidades deste tema face a singularidade da Amazônia.
O texto proposto se desenvolve a partir de três eixos temáticos: primeiro apresentamos
considerações introdutórias sobre os PCN’S, exclusivamente em relação a Educação
Ambiental, em seguida relacionaremos essas considerações com os Temas Transversais para a
partir daí estabelecer novos traços configurativos de uma matriz teórica necessária em razão
do futuro amazônica.
Portanto, é importante destacar o que está estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDBN 9394/96, Título V, Cap. II “da educação básica”, Sessão III,
“do ensino fundamental” art. 32 – tópico II “a compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, da tecnologia, das artes dos valores em que se fundamenta a sociedade;”.
Sobre a “compreensão do ambiente natural” que é a centralidade dessa discussão, Morin
(2000, p. 93) adverte: “o problema da compreensão tornou-se crucial para os humanos. E por
este motivo, deve ser uma das finalidades da educação do futuro.”, ou seja, estar em sintonia
com a questão ambiental se tornou uma necessidade para que o homem possa tomar
consciência a respeito do seu papel como indivíduo capaz de compreender a necessidade de
mudança de comportamento em relação a conservação do ambiente natural do hoje e do
futuro.
Assim, a citação acima evidencia a “credibilidade” que o governo atribuiu aos PCN’S
e o tratamento dado ao referido documento como “redentor” da educação, desse modo estaria
garantida a qualidade da educação formal com a chegada as mãos do professor de tão
importante aparato didático-pedagógico cuja finalidade é mediar ações no espaço da sala de
aula e demonstrando a preocupação do governo com a qualidade da educação no Brasil. De
acordo com seus idealizadores:
Então o documento passou a ser adotado nas escolas públicas e “aceito” pelos
professores, porém cabe ressaltar que desde o ano de sua chegada no âmbito das escolas
municipais e estaduais como referencial à pratica pedagógica, tem suscitado, por parte
daqueles que se apropriam de suas orientações, questionamentos, inquietações e
discordâncias, haja vista não ter sido realizadas as discussões, reflexões e debates necessários
a sua consolidação como verdade por aqueles que labutavam nesta pratica. Novamente
recorreremos a Auad.
Vale notar que, os PCNs não foram elaborados a partir de uma convocação
dos docentes e pesquisadores das universidades, mas por professores e
professoras de uma escola privada de São Paulo e por César Coll, um
consultor espanhol. Tal processo de elaboração torna nula a propaganda que
o documento de introdução aos PCNs faz, ao afirmarem que eles resultam de
“pesquisas nacionais e internacionais, dados estatísticos sobre desempenho de
alunos do ensino fundamental e experiências de sala de aula difundidas em
encontros seminários e publicações. (1999, p.2)
Inicialmente constatamos que os PCN´S surgem como documento gerado pelo
representantes do governo, num processo acelerando de cumprimento de uma agenda política,
cuja formulação foi circunscrita a um grupo de pessoas, o que impediu a discussão aberta da
temática e portanto, o pensar coletivo e amplo sobre a temática ambiental nos níveis
propostos, tais como : conteúdo didático das diferentes disciplinas, que traz embutido
definição de conceitos e a adoção de comportamentos; a tratativa da temática no campo
político que envolve a fiscalização da ação publica por parte do Estado; o estudo da
interdisciplinaridade necessária para a tratativa da temática ambiental e finalmente a adoção
de medidas de impacto no cotidiano da escola, do aluno e da sociedade. Por conseqüência:
Enfim, embora a proposta dos PCN’S tenham tido abrangência no campo ideológico
“a preocupação com a qualidade da educação no Brasil”, passado 14 anos de sua
implementação no espaço publico escolar, evidenciamos a partir de nossa vivência, que o
referido documento parece ter se tornado um objeto “decorativo” nas prateleiras das
bibliotecas das escolas públicas, denotando pouca aplicabilidade de seus conteúdos na prática
e no dia-a-dia as escolas.
Os Temas Transversais estão inseridos nos PCN’S como uma proposta de discussão
que atravessa os componentes curriculares tradicionais, haja vista serem temas que fazem
parte do cotidiano da sociedade no tempo em que a própria sociedade se apresenta como
diversa, heterogênea e pluricultural, são eles: Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural,
Saúde e Orientação Sexual.
[...] a principal função do trabalho com o tema Meio ambiente é contribuir para a
formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade
socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um
e da sociedade local e global. (BRASIL, 1997, p. 29)
Nessa perspectiva, e de acordo com o enunciado acima, a criança matriculada nos anos
iniciais do ensino fundamental estaria envolvida com ações que possibilitassem o aprendizado
sobre o meio ambiente, sua conservação e utilização sustentável, bem como a aquisição de
uma ética, por assim dizer, ambiental. Assim, a escola promoveria a oportunidade de se
estabelecer relações sociais consigo, com o outro e ao mesmo tempo com o ambiente físico
em que vive, pois essa relação requer por parte da família e, sobretudo da escola novas formas
aprendizagens, mudanças de comportamento e de atitudes que possam transformar o ambiente
vivido em expectativas de qualidade de vida. Oportunamente, citamos a mídia como meio de
potencializar esse aprendizado junto com as instituições responsáveis pela transmissão de
informações a respeito do Meio Ambiente para a criança.
Para esta ultima sessão buscaremos traçar uma aproximação entre o que está posto
como fundamento teórico na temática do Meio Ambiente verificada através da Constituição
Federal de 1988 – CF-1988, a Política Nacional do Meio Ambiente e os PCN’S através dos
Temas Transversais, onde se inclui por necessidade o estudo sobre a singularidade da
Amazônia, e como estas leis são implementadas no espaço escolar pelo viés da Educação
Ambiental.
Existem também no texto sobre o Meio Ambiente, indicativos a respeito dos termos
que comumente são empregados pelos órgãos oficiais, como no caso da Legislação
Ambiental, que trata especificamente do assunto, são eles: proteção, preservação,
conservação, recuperação e degradação. Vale destacar, que não será somente a escola a
responsável pelo vivenciar desta nova concepção de vida, que perpassa por todas as esferas
sociais, mas de uma interação continua onde se aprende e se ensina, tendo as instituições
governamentais e privadas o poder de promover ações de vivência que inclua a escola, o
aluno, a família e a sociedade.
Nesses termos, a Educação Ambiental tratada pelo Tema Transversal do Meio
Ambiente passa então a tomar fôlego no espaço escolar, pois se aproxima do contexto em que
o aluno está inserido, podendo ser discutida pelo viés dos diferentes termos acima descritos
estabelecendo conexões com os componentes curriculares das disciplinas tradicionais que são
ministradas pelo professor, logo “[...] quando bem realizada a Educação Ambiental leva a
mudanças de comportamento pessoal e a atitudes de valores de cidadania que podem ter fortes
conseqüências sociais.” (BRASIL, 1997, p.27)
Nesse sentido, podemos perceber que apesar do currículo escolar ter uma “base
nacional comum”, a legislação deixa “em aberto” o trabalho pedagógico, e que a escola deva
direcionar o tratamento relacionado às especificidades regionais, até porque “ O trabalho com
a realidade local possui qualidade de oferecer um universo acessível e conhecido e, por isso,
passível de se campo de aplicação do conhecimento.” (BRASIL, 1997, p. 48)
Assim, concluímos que as discussões sobre o "Meio Ambiente" requerem uma
abordagem maior do que a que esta sendo dada. As ações pontuadas tanto por parte do
governo, quanto por parte da sociedade tornam-se inócuas quando desarticuladas de um
pensamento sistêmico sobre o tema proposto e seu impacto nas ações econômica e sociais.
A Escola deve desenvolver ações pedagógicas de maior articulação e solidez com o
apoio e colaboração de órgãos públicos e privados. Desse modo, elas se moldam em um
“corpo único entrelaçado” do mesmo modo propiciam mudanças significativas e duradouras
onde o homem possa vir a se relacionar de forma integrada com a Educação Ambiental,
através do pleno exercício consciente e do comportamento racional em relação ao Meio
Ambiente.
Somente assim, compreendemos que a singularidade da Amazônia poderá ser estudada
e apreendida pelos que nela vivem e pelos que dela dependem, tornando este, um ato
revelador dos silenciamentos que nela se impõem.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O texto que ora apresentamos trouxe como proposta uma breve discussão teórica a
respeito dos Parâmetros Curriculares Nacionais, academicamente conhecimento como
PCN’S, e buscou estabelecer pontos de reflexão fortalecidos com a inclusão dos Temas
Transversais, a fim de dar ênfase ao debate que se coloca no mundo contemporâneo sobre a
questão do “Meio Ambiente”, e como esta temática é trabalhada no espaço escolar tendo a
Educação Ambiental como eixo norteador para uma prática pedagógica e que possa estimular
o exercício da cidadania no Ensino Fundamental.
Sabemos dos desafios e das inquietudes que esta temática enseja para além do espaço
escolar, pois envolve a academia, a sociedade e do mundo, visto que não há como pensarmos
um mundo onde as pessoas possam viver com qualidade de vida desarticulado de ações
voltadas para a proteção, preservação, conservação e recuperação do Meio Ambiente, uma
vez que essas ações devem caminhar em sinergia para o bem estar individual e coletivo da
população.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS