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A filosofia de Schopenhauer possui várias facetas.

Uma delas é seu aspecto prático


baseado na experiência vivida. O objetivo principal deste trabalho é fazê-lo uma exposição
pormenorizada do terceiro livro de Schopenhauer, da obra magna O mundo como vontade e
representação. Schopenhauer prolata:

Consideramos no livro primeiro o mundo como mera REPRESENTAÇÃO, objeto para um


sujeito. Em seguida, complementamos essa consideração mediante o conhecimento do outro
lado do mundo, encontrado na VONTADE, que é a única coisa que o mundo revela para além da
representação, ou seja, como a coisa-em-si. Em conformidade com isso, nomeamos o mundo
visto como representação, tanto em seu todo quanto em suas partes, OBJETIDADE DA
VONTADE, ou seja, Vontade que se tornou objeto, isto é, que se tornou representação.
Lembramos ainda que semelhante objetivação da Vontade tem muitos e bem específicos graus,
nos quais a essência da vontade aparece gradualmente na representação com crescente nitidez
e completude, ou seja, expõe-se como objeto. (SCHOPENHAUER, 2005, p.235)

Ora, sabemos que a filosofia de Schopenhauer é uma gnosiologia, isto é; podemos


entende-la como uma teoria do conhecimento. A dicotomia entre sujeito e objeto ainda se
conserva dentro da filosofia de Schopenhauer. O sujeito cognoscente é aquele que apreende o
mundo, descreve-o e representa-o. Um ponto nevrálgico podemos salientar é que a filosofia de
Schopenhauer transpõe a visão racionalista de procurar conceber o mundo. A filosofia de
Schopenhauer é perfilhada por um fio de Ariadne que leva a uma visão irracionalista.

Schpenhauer faz o aditamento:

A pluralidade desses indivíduos só pode ser representada por meio do tempo e espaço,
enquanto o seu nascimento e morte só o são pela causalidade. ( SCHOPENHAUER, 2005, p. 235)

Entramos na questão sobre a unidade, a pluralidade, o tempo e o espaço. O texto menciona a


ideia de Pluralidade sendo adjacente ao conceito de espaço e tempo. Aquilo que percebemos
como espaço e tempo, aquilo que trazemos a vista, que torna-se conspícuo, tão-somente o é,
porquanto temos conosco a noção de espaço e tempo. Podemos fazer uma prospecção sobre a
filosofia de Schopenhauer em relação àquilo que representa a pluralidade. Na realidade,
encontramos em Schopenhauer uma visão de uma unidade da vontade que se multiplica em
cada ser vivo. O aspecto da Vontade Cósmica ser uma força irracional, não restringe o fato de
esta Vontade manifestasse no espaço cósmico. Poderíamos repetir a seguinte indagação: Esta
Vontade é aquilo de mais subjacente que existe no mundo? O mundo é expressão da totalidade
dessa vontade, uma expressão dela em múltiplos graus.
Mais a frente também deparamos sobre uma questão importante. Schopenhauer
profere:

Enquanto os indivíduos, nos quais a Ideia se expõe, são inumeráveis e irrefreavelmente vêm-a-
ser e perecem, ela permanece imutável, única, a mesma, o princípio de razão não tendo
significação alguma para ela. ( SCHOPENHAUER, 2004. P. 236)

Ora, sabemos que existe um liame, uma linha que perpassa cada indivíduo e que
também essa ideia – Para Schopenhauer – se expõe em inumeráveis formas que aparecem e
que despois se exaurem. A vontade cósmica em Schopenhauer possuem diversas rostos, cada
um, representa uma forma do incessante querer, isto é; o querer que não cessa, a
insaciabilidade amiúde que constituem cada indivíduo. Esta insaciabilidade é o eterno querer,
uma insatisfação à qual nunca acaba. De acordo com Schopenhauer o universo inteiro é esse
ímpeto, o desejar sem ser satisfeito. Isso suscita diversas reflexões sobre a nossa condição
humana perante a um universo de característica fortuita, a qual predomina um imenso
sofrimento, fazendo o ser humano ter uma condição trágica.

Podemos encontrar repetidas vezes a ideia de que a Vontade sendo uma força universal
irracional, cega, sem sentido, que aqui e acolá, se manifesta em cada indivíduo e que mesmo
outrossim após perecimento, esta vontade se permanece intacta. Neste aspecto encontramos
a indestrutibilidade da Vontade Cósmica. Encontramos nele uma forma simples de que a
Vontade manifestasse vários indivíduos, sendo congênita desde do reino mineral até o
homem,suprassumo da Vontade.

Se para nós a Vontade é a COISA-EM-SI e as IDEIAS a sua objetidade imediata num grau
determinado, encontramos, todavia, a coisa-em-si de Kant e a Ideia de Platão – único ontwç
on -, estes dois grandes e obscuros paradoxos dos dois maiores filósofos do Ocidente, de fato
não como idênticas, mas como intimamente aparentadas e diferentes apenas em uma única
determinação. ( SCHOPENHAUER, 2004, p. 236-237)
Entendemos que a coisa-em-si para Schopenhauer interpretando Kant nada mais é do
que a Vontade. A própria Vontade é a sua mais pura manifestação. Essa sua manifestação foi
expressa tanto por Kant, embora permaneça obscurecida e também não foi trazida de forma
prospecta; também encontrasse de forma conspícua em Platão. Para Schopenhauer a coisa-em-
si se degenerou a mão de Kant, fazendo-lhe não explorar o verdadeiro sentido desta
terminologia. A coisa-em-si para Schopenhauer é a Vontade, isto é; aquilo que mostra o lado
oculto do mundo. Schopenhauer entendia que tinha solucionado o enigma da existência, aquilo
que estava escondido sobre o véu de maia. Este mesmo véu que encobria o enigma da
existência; sendo este enigma da existência – a Vontade – a força imanente que perpassa todas
às coisas. Aquilo que é subjacente, que reside no imo e exterior de tudo.

Adiante Schopenhauer redargui:

“O tempo é meramente a visão esparsa e fragmentada que um ser individual tem das Ideias, as
quais estão fora do tempo, portanto são ETERNAS. Por isso Platão diz que o tempo é a imagem
móvel da eternidade”. ( SCHOPENHAUER, 2004, p.243)
Entendemos que o tempo na concepção schopenhaueriana exprime uma visão em
fragmentos, tendo cada parcela um ser individual às ideias. Em cada indivíduo expressa uma
parcela da moção do tempo. Na concepção de Schopenhuaer a moção do tempo é a imagem da
eternidade. O tempo é uma questão filosófica e sempre os filósofos trataram esta questão e
fizeram suas especulações. Não é também diferente dentro da filosofia de Schopenhauer.
Podemos considerar que o escopo principal da filosofia de Schopenhauer é sua preocupação
metafísica sobre o tempo, o espaço e a natureza subjacente de todas as coisas.
Schpenhauer expressa outrossim:

A partir do livro precedente pode-se lembrar que o conhecimento em geral pertence ele mesmo
à objetivação da Vontade em seu grau mais elevado, e que a sensibilidade, os nervos e o cérebro
são, tanto quanto as outras partes do ser orgânico, expressões da Vontade nesse grau de sua
objetidade. (SCHOPENHAUER, 2004, p.243)

Então, podemos concebermos que a Vontade reside imanente conosco e que constituí a
característica principal de nosso ser. Essa vontade aparece no átimo como uma força que
modela nossa realidade. Cada homem é uma representação onírica desta vontade, que surge
com inumeráveis características. A Vontade Cósmica é a arché, isto é a substância primordial e
que à qual tudo torna-se originário em nosso universo.

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