Beleza e bem-estar

CASO DE SUCESSO
MAIO | 2018

De farmácia de manipulação à indústria de cosméticos

A Dermavita cresce no mercado nacional com pesquisa e
desenvolvimento de novas tendências

Fundada como uma farmácia de manipulação pelo empresário Wanderlei Willrich, em 1992, a
Dermavita surgiu para suprir uma necessidade de medicamentos personalizados na cidade de
Brusque e região. Após se estabelecer no mercado ao longo dos primeiros anos, os clientes
passaram a solicitar produtos diferenciados, que motivaram a empresa a criar, em 2000, uma
divisão industrial.

Assim, surgiu uma marca catarinense que se destaca pela qualidade e personalização de cosméticos que aten-
de desde pequenas empresas a grandes marcas distribuidoras. Ao completar 25 anos de atividade, começa a
planejar a expansão para outros mercados.

O diferencial da Dermavita, afirma seu fundador, é “tra-

balhar para atender o sonho dos clientes”. E para co-
nhecer o que há de novidades no mercado, Wanderlei
se dedica a estudar o mercado, as novas tendências e
usa como aliados os boletins produzidos pelo Sistema
de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae-SC:

Ao ver as tendências apresentadas

pelo SIS, temos a certeza que estamos
no caminho certo. Estamos fazendo,
há alguns anos, ações inovadoras no
mercado local, como os cosméticos
livres de conservantes e de derivados
de petróleo, apostando na substituição
por óleos e glicerina vegetal. É muito
importante ficar atento ao mercado.
Wanderlei Willrich, empresário e
fundador da Dermavita, em entrevista
ao Sistema de Inteligência Setorial.

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Da faculdade para uma oportunidade
de negócio

Wanderlei Willrich começou a empreender

muito cedo, um ano após se formar no cur-
so de Farmácia e Bioquímica, na Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC), em 1991. Mas o foco inicial
era trabalhar com o pai, Heinz Willrich, que fundou, no
início da década de 1960, um laboratório de análises
clínicas que até hoje é referência em Brusque.

Depois da formatura e de fazer um estágio, Wander-

lei foi incentivado pelo empresário Gerson Appel -
fundador da Dermus Manipulação e Homeopatia, de
Florianópolis - a abrir sua própria farmácia na cidade
natal. Havia outro ponto em comum entre eles: o dr.
Heinz fora professor de Química de Gerson.

Nós tínhamos uma grande afinidade e Gerson foi um grande incentivador quando eu fundei a
minha farmácia de manipulação”, lembra Wanderlei.

Apesar do momento ruim na economia brasileira na-
quele início dos anos 1990, o mercado local deu su-
porte para o crescimento da Dermavita.
Chegamos a ter 22 funcionários, desde
o atendimento à produção, dedicados à
fármácia”, diz o empreendedor.
Com o tempo e a demanda em alta, Wanderlei optou
por investir em uma planta industrial de medicamen-
tos e fitoterápicos, inaugurada em 2000. Só não con-
tava com uma determinação do governo federal que
impactaria os negócios nesta área: a partir de então,
todas as empresas que trabalhavam com produtos à
base de plantas e fitoterápicos (guaraná em pó e cáp-
sulas até alguns tipos de chá) precisariam ter registro
de medicamento. Enquanto questões burocráticas
dificultavam de um lado, o empresário passou a abrir
outro caminho: a produção de cosméticos.

Começamos aos poucos, produzindo

com marca própria e fornecendo para
supermercados da região”.

Mas a pressão para que a empresa reduzisse drastica-

mente o preço, o que impactaria na qualidade do pro-
duto, fez Wanderlei novamente repensar a estratégia:

Não via vantagem de trabalhar por menor

preço. Nós seríamos mais um no mercado
e poderíamos quebrar a qualquer momento.
Minha visão sempre foi trabalhar em função
da qualidade, mesmo que isso significasse um
volume menor de vendas”.

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Personalização
Diferencial reconhecido
pelos clientes

Além da marca própria, a Dermavita cresceu com o

modelo de terceirização de produtos. Hoje, 80% do
que a fábrica produz são encomendas feitas por ou-
tras empresas. O leque de clientes é variado e passa
por distribuidores, farmácias, salões de beleza, este-
ticistas, barbearias e grandes lojas de departamento
que trabalham com aromatizantes como estratégia
de “marketing sensorial”:

Meu foco é atender todos que desejam

oferecer cosméticos de qualidade com
sua própria marca”.

Como destaca Wanderlei, o diferencial deste modelo

é a personalização:

Cada cliente tem seus diversos ideais de

produção. Quando sentamos com o cliente,
acrescentamos ideias, aromas, cheiros, essências e
extratos até gerarmos produtos inovadores”.

Missões empresariais e associativismo: receita para o crescimento

O ano de 2014 foi um divisor de águas para a Dermavita, que participa, desde então, do Programa SEBRAE
Beleza & Bem Estar Santa Catarina. Neste mesmo ano, a entidade convidou a empresa a expor em uma das
maiores feiras do setor - a Hair Brasil, em São Paulo - e a partir de então o volume de encomendas teve um
aumento significativo.

Nós ganhamos muito mercado a partir

desta exposição. Tínhamos mais presença
no mercado regional aqui no sul, mas hoje
temos clientes em todos os estados do país,
comenta Wanderlei. Na última edição da
Hair Brasil, ele encontrou vários clientes
expondo produtos que saíram de sua
fábrica, em Brusque.

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Só em 2017, a empresa cresceu 30% em volume de vendas, beneficiada por um mercado que sofreu com o
aumento do dólar (o que prejudicou os produtos importados) e a dificuldade das distribuidoras, que passaram
a procurar alternativas no mercado para seus consumidores - um espaço que a Dermavita acabou ocupando.

Além do apoio na participação de feiras e eventos, Wanderlei embarcou em missões internacionais organiza-
das pelo Sebrae/SC para alguns dos principais polos europeus de cosméticos e aromas, a França.

Fizemos muitas pesquisas de mercado, visitamos feiras em Paris e trouxemos

uma série de ideias e inovações para composição, comunicação e rotulagem.
Conhecer o mercado europeu nos ajudou muito a crescer”,

comenta o empreendedor, que também passou a

conhecer - e acompanhar - os relatórios do Sistema
de Inteligência Setorial nas reuniões do Sebrae/SC.

Hoje, Wanderlei se dedica totalmente à produção de

cosméticos, enquanto a farmácia de manipulação é
gerenciada pela esposa Renata Prata Willrich, que li-
dera uma equipe de farmacêuticos e químicos.

Investimos em grandes tanques, aumento

de produção e automação de processos.
Temos 20 colaboradores hoje na indústria e
estamos procurando uma nova sede, maior, para
dar conta da expansão”.

O sucesso, segundo ele, se deve a uma série de fa-

tores: trabalho sério, investimentos constantes em
tecnologia e um olhar atento para as tendências
de mercado.

Trabalhamos para entender e atender os sonhos de nossos clientes”, resume.

Coordenador: Fábio Burigo Zanuzzi

Dúvidas ou sugestões sobre o
Gestor do Projeto: Leandro Silveira Kalbusch
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Beleza e Conteudista: Fabricio Umpierres Rodrigues
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Supervisora de Conteúdo: Marina Elena
bem-estar Miggiolaro Barbieri
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CASO DE SUCESSO SEBRAE Santa Catarina

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