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23/09/2018 Retenção de impostos na fonte: sua empresa é obrigada a recolhê-los?

Retenção de
impostos na fonte:
sua empresa é
obrigada a recolhê-
los?
Publicado dia 12 de abril de 2018
DANIELA PEREIRA FERNANDES

Quando falamos em reter dinheiro na fonte, uma imagem


que vem logo à cabeça é a Fontana di Trevi, em Roma, na
Itália, onde milhões de turistas jogam moedas e fazem
pedidos todos os anos. Os pedidos devem ser os mais
diversos, mas arriscamos dizer que, se esses turistas
forem profissionais de finanças, os desejos mais comuns
são: que a burocracia diminua e o processo de retenção de
impostos na fonte fique mais simples de fazer.

Deixando Roma de lado, a retenção na fonte que falamos


aqui é bem diferente da brincadeira praticada no famoso
monumento. Na verdade, ela é bem parecida com

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a antecipação de recebíveis, um assunto que já tratamos


aqui no blog. Nesta atividade, as empresas adiantam os
vencimentos futuros para resolver uma situação
emergencial, como o pagamento de uma dívida ou a
obtenção de capital de giro. A retenção de impostos na
fonte pelo governo funciona de modo parecido, uma vez
que a função dessa norma tributária é cobrar uma parte
dos impostos que devem ser pagos pelos contribuintes de
forma adiantada, garantindo, assim, uma redução na
sonegação e um melhor controle da arrecadação.

Falando assim parece algo bem simples, mas os


profissionais que trabalham com impostos retidos na fonte
sabem que é necessária muita atenção em cada um dos
cálculos, pois dependem de detalhes relacionados
diretamente ao regime tributário em que a empresa está

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inserida. Além disso, uma conta errada pode influenciar de


modo negativo tanto o resultado financeiro quanto a
segurança jurídica do negócio. Para que nem sua empresa
e nem os profissionais da área financeira e contábil se
vejam em maus lençóis, neste artigo esclarecemos
algumas dúvidas sobre retenção de impostos na fonte.

O que você vai encontrar neste artigo:


O que significa fazer a retenção de impostos na fonte?
Quais empresas precisam fazer a retenção na fonte?
Como funciona a retenção de impostos?
Como são feitos os cálculos de retenção
Retenção de INSS: quando fazer?
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): o que é e quem
deve fazer?
Conclusão
Talvez você também queira ler um destes:

O que significa fazer a retenção


de impostos na fonte?
A retenção de impostos na fonte é um mecanismo
usado pelo governo para antecipar uma parte dos
valores dos impostos que devem ser pagos pelas
empresas. Assim como a substituição tributária, essa
norma foi criada para assegurar o recolhimento dos
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impostos de forma antecipada, dando uma previsibilidade


maior ao governo sobre o montante da arrecadação.

O imposto retido é aquele que precisa ser pago sobre


o valor bruto do produto ou do serviço comercializado
pela empresa e deve ser lançado e descontado
diretamente na nota fiscal. Quer dizer que, pelo
recolhimento ter sido feito de maneira antecipada, ao invés
de emitir a nota com o valor integral do que foi vendido, ela
deve ser emitida com os descontos desses impostos, cujo
valor é variável, pois depende do tributo e de sua
respectiva alíquota.

Especificamente sobre esta obrigação, o comprador ou o


tomador de serviço também é responsável pela retenção.
Isso significa que, além de você, o seu cliente também
deve recolher os impostos. Porém, fica sob sua
responsabilidade declarar à Receita Federal tudo o que foi
pago pelos dois.

Essas retenções são chamadas de Contribuições


Sociais Retidas na Fonte (CSRF) e recaem sobre os
seguintes impostos federais: PIS (Programa de
Integração Social); COFINS (Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social)
e CSLL(Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido).
Além disso, também há uma parcela descontada para

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o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e o INSS


(Instituto Nacional de Seguridade Social).

A retenção do ISS (Imposto Sobre Serviços), que é um


imposto municipal, também pode ocorrer na emissão da
nota fiscal, mas somente em casos determinados na
legislação específica de cada município.

Quais empresas precisam fazer


a retenção na fonte?
Nem todas as empresas precisam fazer a retenção de
imposto na nota fiscal. A obrigatoriedade está diretamente
ligada à atividade desempenhada por ela e ao regime
tributário em que está inserida.

Os microempreendedores individuais (MEIs), as


microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional estão isentos de fazer a
retenção de impostos na nota fiscal. No caso deles, o
recolhimento dos tributos ocorre de uma vez só, por meio
do Documento de Arrecadação do Simples Nacional
(DAS), normalmente, após o fechamento mensal. A
exceção aqui fica por conta do ISS, que pode ser exigido
de maneira antecipada mesmo para as empresas do
Simples.

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A obrigatoriedade de fazer a retenção de impostos


federais sobre prestação de serviços e venda de
produtos na nota fiscal é das empresas enquadradas
nos regimes tributários de Lucro Real e Lucro
Presumido. A regra vale para negócios de diferentes
segmentos, como: limpeza, manutenção, conservação,
segurança, vigilância, auditoria, assessoria, consultoria,
ensino, arquitetura e engenharia, locação de mão de obra,
contabilidade e advocacia.

Porém, nem toda prestação de serviço precisa reter


imposto. De acordo com a legislação, a retenção do PIS,
COFINS, CSLL e IRPJ deve ocorrer quando valor da nota
fiscal for superior a R$ 215,05 (de acordo com a Lei nº
13.137/2015). Cada um dos tributos possui uma alíquota
base, mas algumas variam conforme a atividade da
empresa.

Na hora de prestar contas ao governo sobre os impostos


retidos na fonte, um ponto precisa de bastante
atenção. Todo imposto retido deve ser recolhido junto
ao governo, ou seja, se a empresa fizer o registro da
retenção, mas o dinheiro não for repassado ao
governo, ela estará cometendo o crime de apropriação
indébita (Artigo 168-A, do Código Penal).Nem sempre
isso ocorre por má fé, porém, é um comportamento que
acaba colocando os negócios em risco.
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Como funciona a retenção de


impostos?
Para cumprir essa obrigação e descontar os tributos na
nota fiscal é necessário calcular cada um dos impostos
sobre o valor da venda. Um ponto de atenção é que,
mesmo que sejam contabilizados todos de uma vez,
cada um é recolhido em momentos diferentes. Por
exemplo, enquanto o Imposto de Renda é descontado no
pagamento, o INSS é recolhido na emissão da nota fiscal.

Quando há retenção na fonte, o valor retido no


momento da emissão da nota é deduzido do seu valor
bruto. Assim, o montante que resta é o valor líquido a
ser recebido pelo serviço. Neste caso, a fonte
pagadora (o tomador do serviço) passa a ser o
responsável pelo pagamento de uma parcela dos
impostos. Contudo, a parcela que não for retida precisa
ser paga pelo prestador de serviço.

Como são feitos os cálculos de


retenção
Agora que entendemos a parte teórica, vamos ver como
calcular o valor das contribuições sociais retidas na
fonte. Para facilitar os nossos cálculos, vamos pegar como
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exemplo a empresa Alfa, que prestou um serviço para a


empresa Delta no valor de R$ 10.000,00. Como vimos,
quando o valor é superior a R$ 215,05, deve ocorrer
retenção na fonte de PIS, COFINS, CSLL e IRPJ.

Cálculo do PIS:
Alíquota total: 0,65%

Quando retido na fonte, a responsabilidade sobre o


pagamento do PIS passa integralmente para o tomador. O

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valor da retenção do PIS fica, então, em R$ 65,00 (R$


10.000,00 x 0,65%) — que a empresa Delta deve pagar.

Cálculo da COFINS:
Alíquota total: 3%

Quando retido na fonte, a responsabilidade sobre o


pagamento da COFINS passa integralmente para o
tomador. O valor da retenção da COFINS fica, então, em
R$ 300,00 (R$ 10.000,00 x 3%) — que a empresa Delta
deve pagar.

Cálculo da CSLL:
Alíquota total: 2,8%

Com a retenção, a CSLL fica 1% para o tomador e 1,8%


para o prestador do serviço. O valor da retenção da CSLL
fica, então, em R$ 100,00 (R$ 10.0000,00 x 1%) para a
empresa Delta e em R$ 180,00 (R$ 10.000,00 x 1,8%)
para a empresa Alfa pagarem.

Cálculo do IRPJ:
Alíquota total: 4,8%

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Com a retenção, o IRPJ fica 1,5% para o tomador e 3,3%


para o prestador do serviço. O valor da retenção do IRPJ
fica, então, em R$ 150,00 (R4 10.000,00 x 1,5%) para a
empresa Delta e em R$ 330,00 (R$ 10.000,00 x 3,3%)
para a empresa Alfa pagarem.

O total retido neste cenário foi R$ 65,00 + R$ 300,00 +


R$ 100,00 + R$ 150,00, totalizando uma retenção de R$
615,00. Isso significa que a empresa Delta pagará à
empresa Alfa o valor líquido de R$ 9.385,00 (R$
10.000,00 – R$ 615,00). A empresa Delta estabeleceu,
assim, o compromisso de realizar o pagamento dos R$
615,00 retidos, ficando à empresa Alfa a responsabilidade
de pagar os tributos que não foram retidos — que, neste
caso, somaram R$ 510,00 (R$ 180,00 da CSLL + R$
330,00 do IRPJ).

Retenção de INSS: quando


fazer?
A retenção do INSS ocorre quando uma empresa
contrata o serviços de outra mediante a cessão de mão
de obra ou por empreitada, mesmo que em regime de
trabalho temporário. A alíquota é de 11% sobre o valor
bruto da nota fiscal. Este valor deve ser recolhido à
Previdência Social em documento de prestação de

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serviços identificado com o nome social e o CNPJ da


empresa contratada até o dia 20 do mês subsequente ao
da emissão da nota.

Assim como as demais retenções, há serviços específicos


que estão sujeitos à retenção na fonte de INSS. Entre eles,
podemos destacar:

Limpeza, conservação ou zeladoria;


Vigilância ou segurança
Construção civil;
Natureza rural;
Digitação;
Preparação de dados para processamento;
Coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos;
Entrega de contas e de documentos.

Para ver a lista completa dos serviços sujeitos à retenção


se contratados mediante cessão de mão de obra ou
empreitada, confira os artigos 117 e 118 da Instrução
Normativa RFB 971, de 13 de novembro de 2009.

Imposto de Renda Retido na


Fonte (IRRF): o que é e quem
deve fazer?

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Além da retenção de impostos federais sobre prestação de


serviços e venda de produtos, ainda há uma retenção feita
sobre o pagamento dos trabalhadores assalariados com
carteira assinada. O Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF), de modo geral, é a antecipação do pagamento
do imposto sobre os salários que as pessoas físicas
precisam fazer anualmente à Receita Federal. O
desconto é obrigatório e feito todo mês diretamente no
salário do trabalhador, assim, ele não precisa se
preocupar em recolher a sua contribuição mensalmente.

Neste caso, antes de fazer o pagamento do funcionário, o


próprio empregador subtrai e envia à Receita o valor
devido pelo trabalhador com base em seu salário, sempre
usando como referência a tabela de alíquota do IR, que
indica o valor do imposto de acordo com a renda mensal. É
preciso deixar claro que a obrigação de apurar o valor
IRRF é do empregador, que deve efetuar os cálculos de
acordo com os rendimentos do funcionário e realizar o
recolhimento até o 10º dia do mês seguinte ao do
respectivo pagamento.

É importante destacar que não são todos os valores que


têm a alíquota paga na própria fonte pagadora. Em todo
caso, não é apenas quem trabalha de carteira assinada
que pode ter o Imposto de Renda Retido na Fonte.

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Também podem ser recolhidos IR de rendimentos


provenientes de trabalho não assalariado pago por
pessoas jurídicas, de aluguéis, de royalties pagos por
pessoa jurídica e de ganhos decorrentes de negócios feitos
entre pessoas jurídicas, incluindo os de caráter
profissional, como corretagem, propaganda e publicidade.

Quando não há o vínculo empregatício, cabe ao


trabalhador identificar quando o imposto não é retido para
ele mesmo fazer o pagamento do valor devido, evitando
uma eventual pendência com o Fisco.

Conclusão
Bom, deu para perceber que entender, calcular e fazer com
que todos os detalhes da legislação tributária sejam
respeitados é trabalho de especialista, certo? Por isso, é
importante sempre estar atualizado em relação à
legislação e sua mudanças ― há quem diga que no Brasil
a legislação fiscal e tributária sofre alterações no mesmo
ritmo em que trocamos de roupa: todos os dias. E contar
com ferramentas que possam auxiliar neste trabalho, como
um bom software de gestão financeira e contábil é
essencial.

Esperamos que você aproveite bastante este conteúdo e


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