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Uma das Perspectivas sobre a Educação em Sócrates e Platão

Volmir Lindholz dos Santos Júnior

Seguindo sob uma das perspectivas etimológicas da palavra Educação,


pode-se ter uma visão interessante e um pouco diferente do que comumente se
tem do significado que ela traz. Primeiramente Educação pode ser dividido em
Educar + ação. O verbo educar provém do latim educare, que é uma flexão do
verbo educere, este por sua vez é um verbo que consiste na ação do outro e não
necessariamente do sujeito. Assim, como por exemplo, o verbo fugere, que
significa fugir, e uma flexão sua é fugare, que significa fuja, ou seja que o outro
exerça a ação de fugir.

O verbo educere é prefixado com ex- (de, desde, fora de, a partir de) e
ducere é um verbo que significa conduzir ou guiar, associado ao protoindo-
europeu deuk (conduzir, levar). Portanto educação, pode ser vista como a ação
do outro em conduzir para fora. Mas conduzir o que? Então, com isso pode se
associar o que Sócrates tinha por uma de suas intenções, conduzir as ideias
para fora, trazê-las à luz do dia.

Sócrates apresentou um grande, distinto e interessante “método”


chamado de Maiêutica donde maieutike que significa “arte de partejar”.
Denominado assim por analogia sua mesma, na qual se compara ao serviço de
sua mãe que era parteira. Ela quando realiza tais partos, não trazia um bebê
pronto à presente mãe, ou construía esse bebê e lhe dava. Ela simplesmente
conduzia à luz do dia o bebê. Ajudava no ato de parir a criança. Essa
comparação por analogia fazia Sócrates em relação às ideias nos homens. Estes
eram ajudados a parir suas próprias ideias. Não era Sócrates quem trazia ideias
prontas e mostrava aos homens. E sim, eles mesmo construíram, e agora as
trazem à luz por si mesmos.

Ele dizia sobre retirar os excessos para que se revelem e se expandam


as potencialidades jazentes no ser humano. Comparação que pode ser feita com
um exemplo relacionado ao artista Michelangelo que ao ser perguntado como
construiu tal bela obra como a estatua “Davi” que tem proporções perfeitas e foi
feita em pedra única. Diz que ele respondeu, “Pois bem, é muito fácil! Eu apenas
prestei atenção na pedra até que visse Davi nela, então apenas retirei aquilo que
não era Davi”. Ou seja, apenas retirou os excessos revelando a obra oculta.

Através de perguntas era feita a condução até a verdade. Ao longo do


percurso, os excessos, o efêmero, se esvanecia, dando lugar a manifestação e
o esclarecimento do que é perene.

É interessante a questão da oralidade na maiêutica, pois Sócrates nada


escreveu. Numa oralidade que traz espontaneidade, percepções intuitivas e
pontuais, diálogos, mesmo que com temas iguais, são únicos para a situação
momentânea e para os envolvidos nela. Isso possibilita um rompimento com o
pensamento engessado, inerte, com aquelas respostas prontas, assim trazendo
movimento de construção de pensamento, que vai além de simples lembranças.
Podendo assim, realmente “educir” as ideias dos homens com suas legítimas
autenticidades.

E Platão seguiu até certo ponto, assim como Sócrates, não escrevendo.
Mas quando escreve, o faz na forma através de diálogos, ou melhor, nos
apresenta a dialética, que diferentemente, se caracteriza pela etimologia diá +
lec + tikós, onde diá (através de),lec (é uma redução de logos que significa
palavra ou discurso) e tikós que é relacionado a técnica ou arte, por tanto
entende-se como arte do discurso.

A dialética que mesmo sendo escrita, o que faz que seja estática, e não
única, com aquele movimento no momento presente. Ainda assim, é capaz de
proporcionar a desconstrução de meias-verdades ou ilusões para construir e
desenvolver as verdades ou manifestar as ideias. Pois é uma forma de escrita
que ao mesmo tempo que traz exemplo da prática da maiêutica, elucida
questões das quais qualquer ser humano se porá em frente num real
desenvolvimento e evolução. Entretanto, Platão não responde essas questões,
dando-lhes um fim, mas sim incitando o leitor a construir suas respostas.
Referências

Etimologias encontradas em: http://etimologias.dechile.net/. Acessado jul. 2019

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