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Concentrações intra e extracelulares e potenciais de equilíbrio de cada cátion:
Na microscopia eletrônica, o sarcômero é limitado por discos Z.
Titina mantém os filamentos de Miosina em seus lugares, que por sua vez ligam-se aos filamentos de
miosina.
Mecanismo Geral da Contração Muscular:
1. Potencial de ação corre pelo nervo motor até as fibras musculares.
2. O nervo, que não tem no coração, secreta acetilcolina
3. Acetilcolina abre múltiplos canais de cátion, no caso, regulados pela acetilcolina
4. A acetilcolina leva ao influxo de sódio para o interior da membrana das células musculares →
despolarização local, que então leva a abertura de mais canais de sódio, mas dependentes de voltagem.
5. O potencial se propaga e faz com que o retículo sarcoplasmático libere cálcio.
6. O cálcio no citoplasma ativa filamentos de actina e miosina, levando ao processo contrátil.
7. Por fim, os íons de cálcio são bombardeados de volta para o retículo sarcoplasmático, por bombas de
Ca2+. A remoção do cálcio relaxa o músculo.
ATP como fonte de energia para a contração: durante a contração, há o gasto de grandes quantidades de ATP,
convertidas em ADP.
1. As pontes cruzadas encontram-se ligadas ao ATP, que cliva o ATP e transforma em ADP + Pi. Contudo,
ainda se mantém o ADP ligado à cabeça de miosina mas com a cabeça em movimento perpendicular.
2. Formação do complexo troponina - tropomiosina e cálcio tornam a actina ativa, as cabeças de miosina
então se ligam a eles.
3. A interação realiza o movimento de puxar o filamento de actina.
4. Há a liberação de ADP e então a substituição por ATP.
5. A nova molécula de ATP é clivada e se inicia um novo ciclo.
O grau de superposição dos filamentos de actina e miosina determina a tensão que é desenvolvida.
O Músculo Cardíaco, o Coração como uma Bomba e a Função das Valvas
Cardíacas
Introdução:
O coração é uma bomba pulsátil de duas câmaras que apresenta um ritmo cardíaco, sendo o átrio uma
bomba fraca comparada ao ventrículo.
Coração direito → sangue para os pulmões
Coração esquerdo → sangue para órgãos periféricos
- Quando a célula é excitada, através do deslocamento de íons, o potencial de ação se espalha para todas
as células interconectadas pelas gap junctions.
- Os discos intercalares permitem a aproximação dos sarcoplasma, o que favorece a troca de K, ATp, IP3
entre outras substâncias.
- Entre os átrios e ventrículos, há um tecido fibroso que circunda as valvas atrioventriculares. Ela funciona
como barreira isolante aos potenciais que vem dos átrios e partem para os ventrículos. Para que essa
transmissão ocorra, antes deve-se passar pelo feixe atrioventricular que faz parte das fibras condutoras.
Melhores vistas na histologia.
Potenciais de Ação no Músculo Cardíaco:
A fibra ventricular cardíaca - possui um ∆ de 105 mV durante sua contração, sendo a variação de -85mV à
+20mV. Após o potencial em ponta, logo após ocorre um platô de aproximadamente 0,2 segundo de duração,
devido a presença de canais de cálcio lentos, após isso, há uma abrupta repolarização devido sua própria inibição.
- Potencial de ação do músculo esquelético: a súbita despolarização é causada por canais rápidos de sódio,
assim como ocorre no músculo esquelético em milésimos de segundo. Platô: Canais lentos de cálcio
canais cálcio e sódio, ficam abertos por vários décimos de segundo, que permite a entrada de cálcio
responsáveis pela contração muscular.
- Potencial prolongado em platô: no miocárdio, após o potencial de ação, a permeabilidade aos íons de
potássio diminui em 5x, devido o influxo de cálcio e aumento da concentração intracelular, o que diminui
a saída de potássio e impede a repolarização. Este atraso permite o equilíbrio em platô por mais tempo.
Ao cessar o influxo de cálcio pelo fechamento dos canais lentos de cálcio, logo a permeabilidade ao
potássio aumenta, o que bruscamente polariza e retorna o potencial de membrana ao estado de repouso.
-
Resumo das fases do potencial de ação do miocárdio: elas são concebidas em fases, contudo isso é para efeito
didático, lembrar que tudo ocorre de forma dinâmica, mas algumas ações são mais preponderantes.
- Despolarização - Fase 0: Canais rápidos de sódio se abrem, é rápido porque é rápido
- A estimulação da célula leva a despolarização para um potencial de membrana positivo em forma
de pico, o potencial vai de "-90mV para +20mV". Lembre-se que o potencial varia de acordo com
a função da célula, meio externo, região sendo observada entre vários fatores, nesse caso
estamos considerando uma célula muscular do ventrículo cardíaco.
- Despolarização inicial - fase 1: canais de sódio se fecham e ficam em sua fase latente e canais de potássio
permitem o efluxo de potássio.
- Ocorre uma pequena queda do potencial, dando a característica em ponta.
- Platô - fase 2: canais de cálcio abrem e canais de potássio se fecham
- Um platô positivo é atingido devido abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem com e
diminuição da permeabilidade de potássio.
- Platô ocorre então por despolarização por influxo de cálcio e menor repolarização por redução de
efluxo de potássio.
- A abertura dos canais de cálcio ocorre de forma dinâmica entre a fase 0 e 1.
- A primeira entrada de cálcio ativa outros canais de l iberação de cálcio acoplados a receptores de
rianodina, que então leva a esse grande influxo de cálcio para o sarcoplasma, que interage com
troponinas e leva à efetiva contração do coração. Elas são voltagem e tempo dependentes.
- Polarização rápida - Fase 3: fechamento dos canais de cálcio e novamente a abertura dos canais de
potássio.
- O fechamento dos canais de cálcio aumenta a permeabilidade à potássio, o que permite a sua
rápida saída e brusca repolarização.
- Ao fim, temos que o influxo de cálcio é bruscamente interrompido e o cálcio é bombardeado para
o retículo sarcoplasmático por meio de bomba cálcio-ATPase e jogado para o líquido extracelular
dos túbulos T por meio do trocador sódio-cálcio.
- A concentração de potássio é regenerado pela bomba de Na+/K+-ATPase
- Potencial de membrana em repouso - Fase 4: repouso em -90mV, basal
- Kir: O canal de K+ funciona como um retificador de influxo de potássio (I K1)
- Ele será retomado mais a baixo:
Velocidade da condução do sinal no miocárdio:
Velocidade de condução do sinal excitatório do potencial de ação das fibras musculares A e V é de 0,5m/s,
que é muito mais lento que o impulso das fibras nervosas e das fibras musculares esqueléticas.
Em contraposição, a velocidade de condução nas Fibras de Purkinje é de 4m/s, que então passa a ser
rápida / ok, acima da velocidade de condução nas fibras musculares.
Período refratário do Miocárdio: Período refratário é o intervalo de tempo durante o potencial de ação, onde o
impulso/estímulo nervoso normal não pode reexcitar a área que encontra-se já excitada.
Todo o músculo cardíaco possui um período refratário durante o seu potencial de ação, que dura então
em torno de 0,25 segundos, que corresponde a um pouco mais que o período de platô.
O Período refratário Relativo equivale a uma janela de 0.05 segundos, próximo do final do platô, é uma
janela difícil de excitar mas que quando excitado intensamente/fora do normal pode causar uma contração
prematura.
Período refratário absoluto, equivale a uma janela de 0,3s, tempo em que não é possível realizar uma
nova contração.
- A grande importância desse período refratário é garantir a incapacidade de contratura muscular
como ocorre em músculos esqueléticos, assim, impedindo um tônus permanente/somação
temporal, ou então o tétano cardíaco.
O Período refratário total do ventrículo = 0,3 segundos, átrio = 0,15 segundos.
Acoplamento Excitação-Contração - Função dos Íons de Cálcio e Túbulos Transversos
O potencial de ação provoca contração de miofibrilas ela se difunde para o interior da fibra muscular e
para os túbulos transversos T.
Similar ao músculo esquelético, os potenciais atingem o as membranas dos túbulos sarcoplasmáticos
longitudinais, o que provoca a liberação de íons de cálcio pelo o retículo sarcoplasmático para → sarcoplasma
muscular → miofibrilas, leva ao deslizamento dos filamentos de actina e miosina e então contração muscular.
Diferente do músculo esquelético, junto da liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático, temos íons
de cálcio que também vão dos túbulos T, que por sinal são 25x maiores que em músculos esqueléticos, para o
sarcoplasma, através de canais de cálcio dependente de voltagem.
Os efluxos somado permitem uma maior força na contração miocárdica.
- A força de contração cardíaca depende da concentração de íons de cálcio do meio extracelular, é
de se esperar, já que vemos que o túbulo T possui contato direto com o meio extracelular ao
redor das células.
- No músculo esquelético, por mais que exista uma moderada alteração da concentração de cálcio
do meio extracelular, como um todo não provoca uma grande alteração na força de contração,
pois o cálcio mais importante vem do retículo sarcoplasmático no interior da própria célula.
Sim, repeti a imagem
Ciclo cardíaco: Eventos cardíacos entre o início de um batimento e o início do
próximo
Iniciado pelo nodo sinusal - parede lateral superior do átrio direito, próximo da abertura da veia cava
superior, ocorre um retardo de 0,1 segundo entre o impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos.
Átrios funcionam como "bomba de escova"/ primer pump (termo estranho), ao meu ver é uma região
complacente que comporta o sangue, para os ventrículos. Os ventrículos são quem realmente fazem a força para
propelir o sangue (obs: fibrilação atrial é "ok", fibrilação ventricular é "deu ruim")
3 curvas de p: aorta, VE e AE, 1 curva de variação do volume VE, fonocardiograma e eletrocardiograma
Efeito da alteração da frequência cardíaca na duração do ciclo cardíaco:
Aumento da frequência cardíaca
- diminuição do ciclo cardíaco
- diminuição das fases de contração e relaxamento
- diminuição do período de potencial de ação e de contração
À 72bpm, sístole = 40% do ciclo cardíaco, à 210bpm, sístole = 65% do ciclo cardíaco, nota-se que a fração
de relaxamento não se mantém constante, ou seja, não permite tempo suficiente em diástole para o enchimento
completo das câmaras.
Onda a, c e v da variação de pressão atrial, que giram em torno de 4 à 8 mmHg.
- Onda a é causada pela contração atrial, um pouco antes da contração ventricular, ela faz parte da
diástole.
- Onda c, ocorre devido contração dos ventrículos, que causa regurgitamento do sangue e fechamento e
abaulamento das valvas A-V para o átrio, ela faz parte da sístole
- Onda v, entre o término da onda c e início da onda v, há um lento aumento de pressão pelo enchimento
venoso. A onda corre no final da contração ventricular onde há a abertura das valvas A-V (note que valvas
está em plural pois temos a D tricúspide e E mitral), ela faz parte da sístole.
Valvas Atrioventriculares - Valvas AV, a tricúspide e bicúspide evitam o refluxo de sangue dos ventrículos
para os átrios durante a sístole.
- Elas são finas e membranosas, não necessitam de grande pressão retrógrada.
Valvas semilunares, pulmonar e aórtica, impede o refluxo durante a diástole
- São mais parrudas e pesadas, requer o fluxo retrógrado rápido.
- Músculos papilares: músculos cárnea do tipo papilar estão ligados aos folhetos pelas cordoalhas
tendíneas, por mais que contraia com a sístole o músculo não ajudam no processo de fechamento das
valvas, elas possuem a função de segurar os folhetos para evitar que as valvas fiquem excessivamente
abauladas em direção aos átrios evitando o refluxo.
- Quando disfuncional, pode ocasionar um grave refluxo levando a uma grave insuficiência
cardíaca.
- Valvas das artérias pulmonar e aórtica, as valvas semilunares possuem diferenças das valvas AV
- Ao fim da sístole, a alta pressão arterial de retorno leva ao fechamento repentino das valvas.
vs
- A sístole leva a um fechamento mais suave das valvas AV
- Valvas semilunares possuem uma menor abertura, assim, o fluxo é muito maior nessas valvas que
na valva AV. Ocorre uma abrasão mecânica bem maior nas semilunares.
- Valvas AV possuem as cordoalhas tendíneas enquanto as semilunares são feitas de um tecido
fibroso forte.
A área dentro desse ciclo representa o trabalho realizado no bombeamento de sangue.
- Ao bombear mais sangue, o diagrama tende a se alargar para:
- direita, com o Ventrículo se enchendo mais durante a diástole
- cima, com o aumento da força de contração,
- esquerda, o ventrículo passa a contrair até um menor volume,
geralmente devido maior atividade simpática.
Eficiência cardíaca:
A maior parte da contração do músculo cardíaco é convertida em calor e uma parte em trabalho.
A eficiência máxima do coração normal oscila de 20 - 25%, na IC, pode cair para 5-10%, levando a uma
quadro consumptivo.
Regulação do Bombeamento cardíaco:
Geralmente o coração bombeia de 4 a 6L por minuto, mas esse valor pode aumentar de 4 - 7x.
Regulação cardíaca intrínseca, em resposta ao volume sanguíneo que chega no coração e controle da
frequência cardíaca e força de bombeamento pelo sistema autônomo são os principais mecanismos de regulação.
Há também mais um efeito associado: com a distensão das paredes do coração, há um leve aumento, em
10-20% da frequência cardíaca, que ajuda a aumentar a quantidade de sangue bombeada por minuto.
Há o aumento da pressão, do volume sistólica e também aumento da frequência cardíaca em episódios
de aumento do retorno venoso.
Efeitos do cálcio: Faz-se o efeito quase oposto do potássio:
- O aumento da contração do cálcio propicia o maior influxo de cálcio provenientes dos túbulos T. Na
primeira etapa da entrada do cálcio, o que aumenta a força de deflagração para o influxo do retículo
sarcoplasmático.
- Sua deficiência causa flacidez cardíaca. A menos que haja problemas com paratormônio e calcitonina, a
concentração de cálcio geralmente é mantida em níveis bem estreitos.
O Sistema Excitatório e Condutor Especializado do Coração - SISTEMA de PURKINJE:
Nodo Sinusal - Nodo Sinoatrial - Nodo SA: sistema condutor e EXCITATÓRIO do coração, controla a
contração. Gera-se impulsos rítmicos normais 100 - 60bpm, mas não tão rítmicos assim.
Vias internodais: conduzem o estímulo do nodo SA, que vem dos átrios para nodo AV.
Nodo AV: os impulsos vindo dos átrios pelas vias internodais são retardados e vão para os feixes AV
Feixes AV: conduz os impulsos do átrio para os ventrículos + ramo direito e esquerdo.
Feixes de fibras de Purkinje: conduz os impulsos para todas as partes.
Há diferenças de potenciais de ação entre o miocárdio de trabalho e as regiões nodais SA e VA
Para as células da fibra sinusal, o potencial basal é de -55mV assim, o potencial de ação nodal atrial
ocorre mais lentamente que o potencial de ação do músculo ventricular.
Temos que os canais rápidos de sódio nesse potencial estão no seu estado "inativado" em -55mV, esse
canais em situações de potenciais maiores que -55mV encontram-se constitutivamente fechados em seu estado
inativado/inúteis/ que não conseguem abrir. Se ocorre uma pequena redução do potencial, os canais rápidos
mantém-se ainda inúteis, e apenas canais lentos de sódio-cálcio conseguem se abrir e deflagra o potencial de
ação. Caso o potencial estivesse em -90mV, os canais de sódio estariam em repouso, mas prontos para serem
abertos.
Canal de sódio rápidos, regulados pela voltagem -O canal de sódio possui 3 estados: repouso, ativo e
inativo.
- Ativação do canal de sódio: potencial de membrana torna-se menos negativo que o potencial de
membrana basal, altera-se a conformação e causa abertura do canal de sódio, induzindo a
conformação de estado ativado o que aumentando em milhares a permeabilidade à sódio por
alguns milésimos e causa uma despolarização abrupta.
- Inativação do canal de sódio: o aumento da ddp causa também a i nativação do canal após a sua
abertura, que somente poderá entrar novamente no estado de repouso se a célula retornar ao
estado de repouso, de -90mV com a repolarização da célula.
Automatismo cardíaco - Auto Excitação das fibras do Nodo sinusal:
1. A alta concentração dos íons de sódio em líquido extracelular na região da fibra nodal e junto da ação de
canais lentos de sódio e cálcio abertos, cria-se a tendência de entrada de sódio nas célula e causa a
despolarização lenta do potencial de membrana.
2. Quando o potencial atinge -40mV, os canais de Na+/Ca2+ se abrem e então causa a autoexcitação.
3. Após 100-150 milissegundos da abertura desses canais esses canais se fecham e junto, a membrana
torna-se muito permeável à potássio com a abertura dos canais de K+.
4. A membrana retoma ao seu potencial de ação.
5. Os canais de potássio se mantém aberto por mais tempo, levando a uma hiperpolarização das fibras, que
leva ao potencial de membrana de repouso em até -55 à -60 mV e não -40mV, quando cessa o potencial
de ação.
6. Ao chegar em -55mV, os canais lentos de sódio e cálcio mais uma vez passam a lentamente a despolarizar
a célula, até atingir o limiar de -40mV e ter novamente a rápida despolarização.
- Concomitante a esse processo, há também a corrente chamada de funny, uma pequena corrente de
efluxo de Cálcio e de Potássio por canal não seletivo e ativada durante a despolarização.
As vias internodais e a transmissão do impulso cardíaco pelos átrios:
As fibras que saem do nodo sinusal conectam-se e mandam potenciais de ação ao tecido muscular atrial
circundante. Por fim, chega até o nodo AV, a despolarização ocorre sempre um pouco antes da contração
muscular e as fibras se assemelham às fibras de Purkinje.
- Banda interatrial anterior ou feixe de Bachmann:localiza-se na parede anterior do átrio, no sentido do
nodo para o átrio esquerdo.
- Vias internodais anterior, média e posterior: três outras vias condutoras que encontram-se na parede
anterior, lateral e posterior do átrio direito, que caminham para o nodo AV.
Nodo Atrioventricular e o Retardo da condução do impulso dos átrios para os ventrículos:
O sistema condutor atrial é organizado para que o impulso cardíaco se propague dos átrios para os
ventrículos de forma lenta. O retardo é feito pelo nodo AV e permite que os átrios tenha o seu conteúdo
esvaziado.
- Localização do Nodo AV: parede posterior do átrio direito, atrás da valva tricúspide
- O retardo é de aproximadamente 0,13 segundos.
- Nas fibras: transicionais, nodais e do feixes penetrantes do AV, a condução lenta é causada pela
ocorrência de uma menor quantidade de Gap Junctions entre as células, aumentando a resistência de
despolarização das células.
- Fibras transicionais → Nodo AV → Porção penetrante do feixe AV → porção distal do feixe AV ou Feixe
de HISS → ramo direito e esquerdo
Impulso Cardíaco pelo músculo ventricular - sincronia pelas fibras de Purkinje:
O músculo cardíaco encontra-se disposto em espiral dupla. O impulso segue a disposição das fibras, não
caminhando necessariamente de dentro para fora.
A caminho que o impulso faz demora em torno de 0,3s, igual ao tempo necessário para a transmissão do
impulso por toda a porção ventricular, ou seja, todo o impulso cardíaco demora 0,6 segundos. O equivalente a
dizer que a contração dos ventrículos ocorre ao mesmo tempo, entregando um bombeamento eficaz.
O nodo sinusal em condições normais é quem manda na parada! O impulso é gerado mais rapidamente
que em fibras do nodo AV e Purkinje, pois o nodo sinusal atinge o limiar de autoexcitação antes desses dois.
Como vocês estão pensando, o nodo AV e Purkinje é excitado precocemente.
Controle da ritmicidade cardíaca e condução de impulsos pelos Nervos Cardíacos: Nervos
simpáticos e parassimpáticos:
Os nervos parassimpáticos / vagos inervam principalmente nos átrios, estimulando os nodos SA e AV,
enquanto os nervos simpáticos inervam todas as porções do coração, principalmente o músculo ventricular.
A estimulação vagal pode reduzir e bloquear o ritmo e a condução, sendo chamado Escape Ventricular:
O neurotransmissor acetilcolina liberada leva a diminuição do ritmo do nodo sinusal e da capacidade de
transmissão do impulso cardíaco para os ventrículos.
A acetilcolina é capaz de induzir a hiperpolarização com o aumento da permeabilidade à potássio, como
visto láaaaa em cima no músculo esquelético. O que torna esses tecidos menos excitáveis; de -55mV vai para
-65mV, o que faz demorar muito mais tempo para os canais lentos de sódio e cálcio possam induzir a
despolarização, chegando ao ponto de interromper a autoexcitação.
Escape Ventricular = Uma estimulação intensa pode bloquear a transmissão do impulso cardíaco pelo
nodo AV. O batimento é interrompido por 5 - 20 segundos e após esse tempo, a fibra de Purkinje passa a
desenvolver um ritmo de 15 a 40 bpm. Até aí você já desmaiou durante esses 20 segundos.
Você agora deve estar se perguntando por que a onda T de repolarização dos ventrículos é
positiva, sendo que a despolarização QRS dos ventrículos também é majoritariamente positiva → por isso
é importante lembrar que o sinal depende do sentido de repolarização das fibras musculares.
- Veremos que a base tem a capacidade de repolarizar mais rápido que o ápice do coração.
- Superfície da região da base do coração fica rapidamente negativa (repolariza), enquanto
o ápice se mantém ainda positivo (despolarizado)
- Assim temos eletrodo - no lugar - e eletrodo + no lugar + = eletrocardiograma POSITIVO.
- Veremos também uma bugada no QRS, pois há regiões negativas, o que "não faz sentido", ainda.
- Temos que só a contração do coração possui o desenho bonitinho do eletrocardiograma e que as
fibras de forma unitária possuem aquele platô de ação monofásico.
Relação entre o potencial de ação monofásico do músculo ventricular e ondas QRS e T do
eletrocardiograma padrão:
O potencial de ação ventricular dura em torno de 0,3 segundos e a contração ventricular dura por
volta de 0,6s.
Para o eletrodo mostrando uma célula contraindo em relação de seu meio interno e externo,
temos:
- Deflexão íngreme pela repolarização, atingindo seu máximo no pico
- Cuidado, repolarização como a descida, sendo ela mais gradual.
Já no eletrocardiograma, temos que nenhum potencial 0 é registrado quando o músculo
encontra-se totalmente despolarizado ou repolarizado, visto que ele avalia apenas a superfície, ao pé da
letra, o potencial gerado na superfície da pele causado pelo bipolarização do coração como um todo.
- O registro eletrocardiográfico é feito somente quando o músculo está EM PARTE despolarizado e
polarizado, criando-se assim uma corrente.
Relação entre a contraçåo Atrial e a ventricular do eletrocardiograma:
Características normais do eletrocardiograma normal - para decorar:
- Onda P
- Onda de despolarização dos Átrios
- Complexo QRS = onta Q + onda R + onda S
- Ocorre cerca de 0,15-0,20 segundos após a onda P
- Início das ondas de despolarização dos Ventrículos
- Manutenção da contração até que ocorra a onda T
- Onda T
- Ocorre cerca de 0,20 segundos após o complexo e se estende até 0,35 segundos, dando o
formato de morro para a repolarização, se estendendo por um período de 0,15 segundos com
uma ddp bem menor.
- Onda de repolarização dos Ventrículos.
Para saber:
- Onda T atrial, similar a onda T, é onde ocorre a repolarização atrial, contudo, sobrepõe-se ao complexo
QRS, que representa o ventrículo com uma massa se despolarizando muito maior.
Derivações eletrocárdicas:
As três principais derivações Bipolares dos Membros:
Derivações bipolares padrão/standard dos membros são utilizadas na obtenção dos registros
eletrocardiográficos, entre os 3 membros. Forma-se desta forma um triângulo, que então faz um plano que corta
o coração.
Esse plano é chamado de Triângulo de Einthoven: tipo beethoven, com bases no sentido da base do
coração e ápice no sentido do ápice do coração.
- São derivações BIPOLARES pois são utilizados 2 pontos para a o registro, posicionados em sentidos
opostos.
Derivações: vemos que o braço direito sempre é negativo e perna esquerda é sempre positiva
- Derivação I: Braço direito ( – ) e braço esquerdo ( + )
- Se tórax esquerdo é despolarizado (+) antes do direito (mantem – ), temos que esquerdo fica + e
+ e direito fica - e -, fazendo um sinal positivo no eletrocardiograma, como visto anteriormente.
- Derivação II: Braço direito ( – ) e braço esquerdo ( + )
- Derivação III: Braço esquerdo ( – ) e perna esquerda ( + )
Lei de Einthoven: Assim como em um circuito, se soubermos o ddp gerando entre dois dos 3 pontos do coração a
partir das derivações, ao fecharmos o circuito e igualarmos a 0, como aprendemos no EM, conseguimos encontrar
o valor de todas as 3 derivações.
temos que I + III resulta em II, II - I = III e II - III = I
Para condições que não provocam alterações no padrão PQRST, como arritmias , não importa muito qual
derivação será analisada, contudo, em casos de lesões, algumas derivações pode não ser alteradas significamente,
sendo importante então saber que derivação olhar.
Com mais eletrodos como mostrado pelos número na figura logo acima do coração, no tórax e junto da
aplicação de eletrodos que funcionarão como um fio terra, chamado de eletrodos indiferentes e de sinal negativo,
temos aquelas derivações de V1 à V6
- V1 e V2 possuem QRS invertido negativo, ficando o eletrodo positivo próximo da grande massa
despolarizada das bases e então negativa.
- Já em V3 à V6, o ápice logo é repolarizado, voltando a ficar + e assim gerando um gráfico positivo.
Derivações aVRight, aVLeft e aVFeet são semelhantes ao registrado pelas derivações Bipolares.
- Eles representam onde o eletrodo positivo foi parar em relação aos outros dois eletrodos que sobraram
ligados no negativo
- Vemos que aVR é invertido: o braço direito passa a ser o positivo e perna esquerda + braço esquerdo
negativo! Já que o eletrodo positivo foi parar no braço direito.
- No Ainthoveen o braço direito sempre é negativo e perna esquerda é sempre positiva.
Talvez isso, sem alguma explicação, passe a fazer um pouco mais de sentido.
A parte de formação do padrão QRST do eletrocardiograma não foi resumida, mas ele é reflexo da forma
que o coração caminha com a despolarização.