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Serviço Florestal Brasileiro - SCEN, Trecho 02, Edifício Sede do IBAMA, Asa Norte, CEP 70.818-900, Brasília, DF, Brasil
2
King Mongkut's of Technology Thonburi, Chatuchak, 10900, Bangkok, Thaïland
3
Universidade de Brasília, Campus Universitário Darcy Ribeiro, CEP 70.910-900, Brasília, DF, Brasil
*
Autor correspondente: Resumo - O objetivo do trabalho foi avaliar a influência da composição da biomassa
luceliamac@yahoo.com.br
(teores de cinzas, materiais voláteis, carbono fixo, carbono, hidrogênio, oxigênio,
Termos para indexação: lignina, holocelulose e extrativos) no rendimento em condensáveis da torrefação
Composição química de casca de arroz (Oryza sativa L.), da casca de pinhão-manso (Jatropha curcas
Tratamento térmico L.), do capim elefante (Pennisetum purpureum Schum. var. mineiro), do bagaço de
Análise imediata
cana (Saccharum officinarum L.) e do bambu (Bambusa vulgaris ex J.C. Wendl. var.
vulgaris). As biomassas, com partículas entre 0,5 mm e 1,0 mm, foram submetidas
Index terms:
Chemical composition à torrefação em um gradiente de temperatura variando de 250 °C a 300 °C, taxa de
Thermal treatment aquecimento de 20 °C min-1 e tempo de residência de 15 minutos. Foram realizados
Liquid by-product 5 ensaios por biomassa e obtidos os rendimentos em líquido, sólido e gás. O teor de
holocelulose e o teor de voláteis das biomassas apresentaram correlação positiva e
Histórico do artigo: significativa com o rendimento em condensáveis. O teor de cinzas apresentou correlação
Recebido em 14/07/2014 negativa e significativa com o rendimento em condensáveis. Não houve correlação
Aprovado em 24/10/2014
significativa entre a composição química elementar e o rendimento em condensáveis.
Publicado em 31/12/2014
doi: 10.4336/2014.pfb.34.80.747
Effect of biomass composition on the condensable gas yield from
torrefaction of plant residues
Abstract - This work assessed the effect of biomass composition (ash, volatile matter
and fixed carbon content, carbon, hydrogen and nitrogen content, lignin, extractives and
holocellulose content) on the condensable gas yield from the torrefaction of rice husk
(Oryza sativa L.), jatropha seed husk (Jatropha curcas L.), elephant grass (Pennisetum
purpureum Schum. var. mineiro); sugarcane bagasse (Sacharum officinarum L.) and
bamboo (Bambusa vulgaris ex J.C. Wendl. var. vulgaris). Biomasses with a particle size
between 0.5 mm and 1.0 mm were subjected to torrefaction process using a temperature
gradient varying from 250 °C to 300 °C, for 15 min, with a heating rate of 20 °C min-1. Five
trials were conducted for each biomass and solid, liquid and gas yields were obtained. The
holocellulose and the volatile matter content of biomass showed a positive and significant
correlation with condensable yield. The ash content showed a negative and significant
correlation with condensable yield. There was no significant correlation between the
elementary chemical composition and the condensable yield.
418 L. A. de Macedo et al.
Paper Industry, 1996a) e TAPPI T-211 om-93 (Technical A massa de condensáveis foi obtida pela pesagem do
Association of the Pulp and Paper Industry, 1996b). condensador antes e após o experimento. O rendimento em
O conteúdo de lignina foi determinado de acordo condensáveis totais (RC) foi obtido pela expressão 1. O teor
com o método NREL LAP 003 descrito por Templeton de água presente na fração condensável foi determinado de
& Ehrman (1995) para lignina insolúvel e NREL LAP acordo com o método de titulação Karl Fisher.
004 descrito por Ehrman (1996), para lignina solúvel. RC (%) = (MC / MB0%) x 100 (1)
As análises foram realizadas em amostras livres de Onde: MC = massa de condensáveis totais (g);
extrativos. O teor de lignina total é a soma das frações MB0% = massa seca inicial da biomassa (g).
solúvel e insolúvel. O teor de holocelulose foi obtido A massa do sólido torrificado foi obtida imediatamente
por diferença, subtraindo da massa inicial da amostra após os ensaios. O rendimento em subproduto sólido
(livre de extrativos), o teor de lignina total e de cinzas. (RS) foi obtido pela expressão 2.
RS (%) = (MBT / MB0%) x 100 (2)
Reator de torrefação
Onde: MBT = massa de biomassa torrificada (g);
Os experimentos foram conduzidos em um reator
MB0%= massa seca inicial da biomassa (g).
de torrefação tubular de aço aquecido por resistências
O rendimento em gases não condensáveis (RG) foi
elétricas, provido de um sistema de condensação de
obtido por diferença, pela expressão 3.
gases. O equipamento é composto de dois tubos de
RG = 100 – (RC + RS) (3)
aço, sendo que o externo é fechado na parte superior,
Correlações entre composição da biomassa e o
possuindo uma abertura para entrada do termopar de
rendimento em condensáveis
controle.
Foi feita correlação de Pearson entre as variáveis,
O tubo interno possui um compartimento para
buscando encontrar correlações entre a composição da
acomodar a biomassa em sua porção superior, que
biomassa e o rendimento em condensáveis.
consiste de uma placa microperfurada, permitindo a
circulação de gases. A injeção de nitrogênio foi feita
durante todo o processo, com fluxo de 0,1L min-1, Resultados e discussão
utilizando-se o controlador de fluxo Brooks, Série
Smart, modelo 5850S. O sistema de condensação foi Composição da matéria-prima
imerso em banho criogênico à cerca de -3 °C. Os gases Os resultados referentes à composição das biomassas
condensáveis ficaram retidos no condensador tipo constam na Tabela 1.
serpentina e os gases não condensáveis foram eliminados Houve grande variação na composição das biomassas
pela saída lateral do condensador. analisadas, quanto aos teores de cinzas, voláteis e
carbono fixo, com todas as médias estatisticamente
Preparação das amostras para os ensaios de diferentes. Os teores de cinza variaram de 2,1% a 26,4%
torrefação e os de voláteis de 55,9% a 78,3%, respectivamente, para
As amostras foram trituradas e classificadas de modo a casca de arroz e para o bambu. Os teores de carbono
a se obter partículas entre 0,5 mm e 1,0 mm. Para cada fixo variaram de 13,9% a 21,3%, respectivamente, para
espécie, foram obtidas 5 amostras de biomassa de o bagaço de cana e para a casca de pinhão-manso.
aproximadamente 3,5 g. As amostras foram secas em O teor de cinzas de uma biomassa pode variar em
estufa a 102 ± 3 oC, até massa constante à umidade de 0%. função de tratos culturais, de contaminações decorrentes
Parâmetros do processo de torrefação do manuseio e armazenamento, além de diferenças
Os ensaios foram conduzidos em um gradiente de relacionadas à idade e partes da planta. O menor teor
temperatura varinado de 250 °C no topo do leito a 300 oC de cinzas encontrado para o capim elefante, quando
na base deste, com taxa de aquecimento de 20 °C min-1, comparado aos 11% encontrados por Seye et al. (2000) e
durante 15 minutos, para todas as biomassas. Pérez et al. (2002), pode ser atribuído à idade do material. O
capim utilizado neste estudo apresentava um ano de idade e,
Obtenção dos rendimentos dos subprodutos
neste caso, a razão colmo/folha é maior do que a encontrada
Os rendimentos dos subprodutos da torrefação (gases
em capins mais jovens, possuindo, portanto, menos cinzas,
condensáveis totais, sólido torrificado e gases não
visto que o teor de cinzas nas folhas do capim é maior do
condensáveis) foram reportados como um percentual
que aquele encontrado no colmo (Vamvuka et al., 2010).
da massa inicial seca da biomassa.
Tabela 1. Valores médios dos teores de cinza (CZ), materiais voláteis (MV), carbono fixo (CF), carbono (C), hidrogênio (H),
nitrogênio (N) oxigênio (O), lignina total (LIG), extrativos solúveis em etanol tolueno (EXT) e holocelulose (HOL).
% %* %
Biomassa
CZ MV CF C H N O ** LIG EXT HOL **
Casca de arroz 26,4 a 55,9 e 17,7 c 47,3 d 6,1 b 0,9 b 45,7 a 27,0 a 1,6 e 55,83 c
Bagaço de cana 11,0 b 75,0 c 13,9 e 48,1 c 5,9 c 0,5 c 45,5 a 24,9 ab 6,9 b 70,31 b
Casca de pinhão-manso 9,4 c 69,3 d 21,3 a 50,8 a 6,5 a 1,5 a 41,3 c 26,0 a 7,8 a 70,26 b
Capim elefante 5,2 d 77,6 b 17,2 d 49,2 b 6,1 b 1,1 b 43,6 b 23,2 b 6,2 c 74,15 a
Bambu 2,1 e 78,3 a 19,6 b 49,6 b 6,1 b 0,4 c 44,0 b 25,8 a 5,5 d 73,67 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. * Base seca e livre de cinzas. ** Obtido
por diferença.
80
Capim
75
elefante
Teor de holocelulose (%)
R² = 0,9638
Bambu Bagaço de
70 Casca de cana
pinhão-manso
65
60
55
Casca de arroz
50
0 5 10 15 20 25 30
Teor de Cinzas (%)
Figura 1. Relação entre o teor de holocelulose e o teor de cinzas das biomassas.
O fato de a lignina apresentar maior tendência incluindo os gases condensáveis totais (líquidos orgânicos
à formação de subproduto sólido e a holocululose e água), o subproduto sólido e os gases não condensáveis.
(celulose + hemiceluloses) tenderem a se decompor em Os rendimentos médios encontrados para os
produtos voláteis (Di Blasi, 1993) poderia explicar a condensáveis totais, sólido e gases não condensáveis
alta correlação encontrada entre o teor de holocelulose para as cinco biomassas foram 27,0%, 52,3% e 20,7%,
e o teor de materiais voláteis das biomassas (Figura 2). respectivamente. O rendimento em gases condensáveis
variou de 20,2% a 32,7%, respectivamente para a casca
Rendimentos dos subprodutos
de arroz e bambu. Os rendimentos da casca de pinhão-
Na Figura 3 são apresentados os rendimentos dos
manso, do capim elefante e do bagaço de cana não
produtos da torrefação para as biomassas analisadas,
diferiram estatisticamente entre si.
80
R² = 0,9448
75 Capim
60
55 Casca de arroz
50
50 60 70 80 90
Teor de materiais voláteis (% )
Figura 2. Relação entre os teores de holocelulose e materiais voláteis das biomassas.
100
18,1 cd
16,6 d
GNC¹
21,1 bc
21,4 b
26,3 a
80 Sólido
Rendimento (% b.s)
Condens.
60 totais
46,3 d
54,2 b
50,6 c
63,2 a
47,5 cd
Líquidos
orgânicos
40
Água
15,3
12,1
8,6
16,2
20
32,7 a
28,0 b
27,7 b
26,2 b
10
20,2 c
17,6
17,4
15,6
11,9
10,3
0
Bambu Bagaço Capim Casca Casca
cana elefante pinhão arroz
Figura 3. Rendimentos dos subprodutos da torrefação (base seca). GNC = gases não condensáveis. ¹Obtido por diferença.
Médias seguidas pela mesma letra em cada categoria não diferem estatisticamente a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
A maior perda de massa, com a consequente redução A casca de arroz, no entanto, apresentou alto teor de
do rendimento em subproduto sólido e mais alto lignina, baixo teor de holocelulose e elevado teor
rendimento em condensáveis totais do bambu, também de cinzas, levando a uma menor perda de massa das
foi observada por Chen et al. (2011) estudando a amostras, maior rendimento em subproduto sólido e
torrefação de uma espécie de bambu e duas espécies menor rendimento em condensáveis.
de madeiras. Esses autores verificaram que o bambu Em relação à composição da fração condensável,
apresentou maior taxa de degradação, independente da em média, 50% dos gases condensáveis é composta de
temperatura utilizada, e atribuíram esse fato ao maior água (Figura 3). Em um processo industrial, onde haja
teor de hemiceluloses do bambu em relação às outras interesse na valorização química dos condensáveis da
biomassas utilizadas. De acordo com Butler et al. torrefação, é desejável que o teor de água na fração
(2011), a formação de gases na pirólise de gramíneas e condensável seja reduzido, portanto, é necessário estudar
palhas é mais acentuada, uma vez que essas biomassas os fatores relacionados à formação de água durante
normalmente possuem altos teores de hemiceluloses. o processo. Wannapeera et al. (2011) observaram um
incremento do teor de água na fração condensável durante a pirólise pode estar relacionada à quantidade
de 6,1% para 9,5% quando aumentaram de 0 para 30 de materiais voláteis da biomassa.
minuto o tempo de residência da torrefação da madeira Nos processos de pirólise rápida, o teor de cinzas
de leucena. Desse modo, utilizar tempos de residência e os seus componentes desempenham um papel
curtos pode ser uma alternativa para reduzir o teor de importante nos rendimentos e na qualidade dos produtos
água na fração condensável do processo de torrefação. gerados, influenciando negativamente a produção de
bioóleo (Oasmaa et al., 2010; Tröger et al., 2012).
Composição da biomassa e rendimento em
No presente estudo, durante o processo de torrefação
condensáveis
das biomassas, essa influência dos materiais minerais
A correlação de Pearson entre as variáveis estudadas
também foi observada. Quanto maior a quantidade de
é apresentada na Tabela 2. Observou-se a ocorrência de
materiais minerais na biomassa, menor o rendimento em
correlações positivas e significativas entre o rendimento
condensáveis obtido.
em condensáveis e os teores de materiais voláteis e
A correlação positiva entre o rendimento em
holocelulose e uma correlação negativa e significativa
condensáveis e o teor de holocelulose parece refletir
entre o rendimento em condensáveis e o teor de cinzas
o efeito do teor de hemiceluloses das biomassas,
das biomassas. Não foram observadas correlações
uma vez que na faixa de temperatura da torrefação,
significativas entre o rendimento em condensáveis
as hemiceluloses, principal fonte de voláteis, são os
e a composição química elementar das biomassas
polissacarídeos mais degradados (Prins et al., 2006;
analisadas.
Arias et al., 2008).
A correlação positiva entre o teor de materiais voláteis
A influência da composição das biomassas analisadas
e o rendimento em condensáveis mostrou-se coerente
no rendimento em gases condensáveis é mostrada na
com estudos desenvolvidos na faixa de temperatura
Figura 4. Observa-se pela figura que a produção de
da pirólise, como o de Oasmaa et al. (2010), que
condensáveis na torrefação é favorecida por altos teores
encontraram correlação positiva entre o rendimento em
de holocelulose e materiais voláteis e baixos teores de
bioóleo e teor de materiais voláteis das biomassas. Chen
cinzas na matéria-prima.
et al. (2012) mencionam que a formação de alcatrão
Tabela 2. Correlação de Pearson para rendimento em condensáveis totais (RC), teores de materiais voláteis (MV), cinzas
(CZ), carbono fixo (CF), holocelulose (HOL), lignina total (LIG), extrativos solúveis em etanol/tolueno (EXT), carbono (C),
hidrogênio (H), nitrogênio (N) e oxigênio (O).
RC MV CZ CF HOL LIG EXT C H N O
RC¹ 1 0,92* -0,94* 0,08 0,89* -0,43 0,61 0,52 -0,15 -0,48 -0,25
MV 1 -0,96* -0,11 0,97* -0,73 0,73 0,49 -0,18 -0,33 -0,26
CZ 1 -0,19 -0,98* 0,61 -0,75 -0,70 -0,08 0,18 0,48
CF 1 0,07 0,39 0,10 0,73 0,87 0,51 -0,78
HOL 1 -0,71 0,83 0,67 0,05 -0,12 -0,47
LIG 1 -0,51 -0,17 0,22 0,00 0,10
EXT 1 0,75 0,30 0,21 -0,65
C 1 0,75 0,46 -0,95*
H 1 0,85 -0,90*
N 1 -0,70
25
20
Cinzas
15
0 5 10 15 20 25 30
Teor de cinzas (%)
Figura 4. Relações entre o rendimento em condensáveis totais e os teores de holocelulose, materiais voláteis e cinzas das
biomassas estudadas.¹ Base seca.
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