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LIVRAMENTO CONDICIONAL

Matheus Henrique Ribeiro Silva – R.A: 001.1.13.407

Resumo

Este artigo tem o objetivo de explicar o que é o livramento condicional, substantivo


posto em nosso Código Penal, sua aplicação, seus pressupostos e sua concessão.

Palavras chave: Livramento Condicional.

1. Conceito

É a reabilitação do condenado a sociedade, quando se verifica que a


finalidade da prisão – a recuperação do sentenciado – já se fez, ainda que reste tempo
de pena a ser cumprido, embora seja submetido a certas condições. Portando, o
livramento condicional é “a concessão, pelo poder jurisdicional, da liberdade
antecipada ao condenado, mediante a existência de pressupostos, e condicionada a
determinadas exigências durante o restante da pena que deveria que deveria cumprir
preso” (NORONHA, E. MAGALHÃES. Direito Penal. 15. Ed. São Paulo: Saraiva, 1978.
V. 1, p. 308).

O livramento condicional é um direito do condenado, desde que


preenchidos os pressupostos.

2. Pressupostos Objetivos

O art. 83, incisos e parágrafo único do Código Penal traçam os requisitos necessários
à concessão do livramento condicional, verbis:

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade
igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons
antecedentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no


trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente
específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais
que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

O primeiro pressuposto indispensável para à concessão do livramento


condicional. Só pode ser concedido o benefício ao condenado que, o total das penas
privativas de liberdade aplicadas a ele, seja igual ou superior a dois anos, mesmo que
para chegar a esse quantum sejam somadas todas as penas correspondentes as
diversas infrações penais praticadas, nos termos do art. 84 do Código Penal.

O segundo requisito objetivo é ter o sentenciado cumprido mais de um terço


da pena, se não for reincidente em crime doloso (art. 83, inciso I), e mais de metade,
se o for (art. 83, inciso II). Por força do inciso V, do art. 83, tratando-se de crimes
hediondos, o livramento condicional só pode ser concedido cumpridos mais de dois
terços da pena, exigindo-se, ainda, que o agente não seja reincidente especifico em
crimes dessa natureza. Porém, se for reincidente específico em crimes hediondos ou
equiparados, não se concede a liberdade condicional.

O último pressuposto objetivo é ter o sentenciado reparado, salvo efetiva


impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração (art. 83, IV). Não pode
requerer o benefício o sentenciado que, não demonstrando haver satisfeito as
obrigações civis resultantes do crime, igualmente não faça a prova da impossibilidade
de reparar o dano causado pelo delito.

3. Pressupostos Subjetivos

O primeiro deles é ter o sentenciado “bons antecedentes” (art. 83, I, segunda parte).
Refere-se o dispositivo aos antecedentes anteriores ao cumprimento da pena. Assim,
se o condenado não tiver bons antecedentes, exige-se que, como o reincidente,
cumpra mais da metade da pena para obter o livramento.
O segundo pressuposto subjetivo, diz que deve o sentenciado comprovar
“comportamento satisfatório durante a execução da pena” (art. 83, III, primeira parte).

Como último pressuposto subjetivo, deve o sentenciado comprovar


“aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto” (art. 83, III,
última parte). Refere-se não só ao trabalho, mas também a possibilidade de cursos
profissionalizantes, presume-se que, com o esforço do condenado, pode ele deixar a
prisão em condições de proves a subsistência própria no desemprenho de atividade
laborativa honesta.

4. Concessão e condições

Preenchendo os requisitos objetivos e subjetivos, o juiz deverá concede-lo,


pois trata-se de direito subjetivo do condenado, mediante cumprimento de
determinadas condições, a serem especificadas na sentença (art. 85 do CP).

Nos termos do § 1º do art. 132 da Lei de Execução Penal, serão sempre


impostas ao liberado condicional as seguintes obrigações: a) obter ocupação licita,
dentro do prazo razoável, se for apto para o trabalho; b) comunicar periodicamente ao
juiz sua ocupação; c) não mudar do território da comarca do Juízo da Execução sem
prévia autorização deste. O § 2º traz condições facultativas ao juiz impor: a) não mudar
de residência sem comunicação ao juiz e a autoridade incumbida da observação
cautelar e de proteção; b) recolher-se à habitação em hora fixada; c) não frequentar
determinados lugares.

5. Procedimento do livramento condicional

Concedido o benefício, será expedida a carta de livramento com cópia


integral da sentença em duas vias, remetendo-a à autoridade administrativa
incumbida da execução e outra ao Conselho Penitenciário (art. 136 da LEP).

Em seguida será designada data para a cerimônia do livramento.


Referências bibliográficas:

MIRABETE, Julio Fabrini. Manual de Direito Penal. 26. Ed. São Paulo: Editora Atlas
S.A., 2010.

GRECO, Rogerio. Curso de Direito Penal, Parte Geral. 10. Ed. Rio de Janeiro: Editora
Impetus, 2008.

NORONHA, E. MAGALHÃES. Direito Penal. 15. Ed. São Paulo: Saraiva, 1978.

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