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SUMÁRIO PÁGINA
1. Diferença entre frase, período e oração e a pontuação 1
2. Diferença entre coordenação e subordinação 12
3. Estrutura básica do período composto por coordenação 14
4. Comentário do autor 35
5. O que devo tomar nota como mais importante? 38
6. Lista das questões apresentadas 39
7. Gabarito 52
Olá, pessoal!
Socorro! Ajude-me!
C. ( ) V, V, V, F.
D. ( ) V, V, F, V.
Comentário: Frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo.
Assim, “O silêncio dos inocentes.” é uma frase nominal e devemos considerar
a afirmação como verdadeira (V).
Oração é um segmento com verbo. Como tem sentido completo, é
também um período. Quando o período é constituído de apenas uma oração é
chamado de período simples. Assim, “O homem é produto do meio.” é uma
oração absoluta, ou seja, um período simples. Assim, devemos considerar a
afirmação como verdadeira (V).
Como frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo e o
enunciado “O silêncio vale ouro.” possui o verbo “vale”, é uma frase verbal,
uma oração, um período simples. Assim, devemos considerar a afirmação
como falsa (F).
Como a oração é um segmento com verbo e o segmento “Pedro chegou
motorizado e saiu a pé.” apresenta dois verbos, há orações, portanto, um
período composto. Assim, devemos considerar a afirmação como verdadeira
(V).
Assim, a sequência correta é V, V, F, V
Gabarito: D
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar”
do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte
quando necessário.
Veja:
Discurso direto:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Discurso indireto:
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.
Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o
uso das aspas, o que nos ajudará bastante nas questões que envolvem
citações.
Aspas
As aspas são empregadas:
a. Em citações textuais diretas:
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.”
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?”
Alguém comentou: “Não acredito!”
Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser
usadas quando se quer dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em
particular:
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou
destaque)
O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras
usadas pelo Ministro)
Reticências
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso
sobretudo literário), para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar
a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos casos, são usadas:
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está
incompleta:
Se o projeto será aprovado? Bem...
b. Para indicar hesitação:
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo.
c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos,
quando o orador é interrompido):
– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração)
– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe)
– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da
declaração, após a interrupção. Em
seguida, foi concedida a palavra a outrem)
d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida,
recomendando-se neste caso o seu emprego entre colchetes:
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.” (CF, art. 182)
Questão 8: CODESP 2012 Agente Comunitário (banca Consulplan)
Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco.
Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi
pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez
uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus
dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em
suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda
pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-
a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós,
seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam
a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de
produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos
educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser
sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são
dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta.
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
C) acrescentar uma reflexão.
Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto
nos mostra que não houve expressão de indignação, explicação ou
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Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 2
interrogativa.
Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas
perceba que é o parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não
o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a correta, pois a esposa
recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências,
houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de
serem expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor.
Gabarito: E
Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há
várias orações em um período composto.
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que
alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a
prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas
possuem o mesmo valor: condição.
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.
Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas
em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no
concurso”.
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra
para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?
1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar
calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE.
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que
as outras (subordinadas) tenham sentido.
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de
oração inicial).
Questão 11: CRA AC 2016 Assistente Administrativo (banca Quadrix)
Em “Sabemos que este ano será difícil e precisamos ter um cuidado especial
nos investimentos”:
(A) há apenas orações coordenadas entre si, já que as ideias são
sintaticamente independentes.
(B) ocorre período misto, já que há relações de coordenação e de
subordinação.
(C) ocorrem apenas relações de subordinação entre as orações, já que todas
são sintaticamente dependentes entre si.
(D) há apenas uma oração que, portanto, classifica-se como “absoluta”.
(E) ocorre período simples, já que, apesar de haver mais de uma forma
verbal, trata-se simplesmente de locuções de verbos.
Comentário: No período, há três orações (“Sabemos”, “que este ano será
difícil” e “precisamos ter um cuidado especial nos investimentos”).
Há uma relação de coordenação entre as duas últimas orações. Porém,
essas duas orações dependem sintaticamente da oração principal, que é a
primeira delas: “Sabemos”.
Assim, a primeira oração é a principal e as duas seguintes são
subordinadas a ela e coordenadas entre si. Assim, há um período composto
misto, pois há a mistura de orações coordenadas com subordinadas.
A alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B
Questão 12: Pref Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan)
Fragmento do texto: As diversas formas de manipulação da linguagem
parecem indicar que existem duas realidades bastante diferentes: a realidade
objetiva e a realidade reconstruída pelo discurso da comunicação.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Enumeração de adjetivos:
2
Achei a pintura clara, intrigante, linda!
Sequência de ações:
3 Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e
voltou para casa.
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar
a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3,
respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que
o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor
faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula
em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não
inserir a conjunção “e”.
Questão 13: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)
Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o
motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía
conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”.
A) Separar uma enumeração.
B) Separar expressões retificativas.
C) Separar uma aposição explicativa.
D) Separar termos que serão retomados por pronome.
Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados
“conversação entre iguais”, “a polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”.
Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta.
Gabarito: A
Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico
de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções
COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o
esquema a seguir:
Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima,
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.
Ele não caminha nem corre.
Josefina não trabalha, tampouco estuda.
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:
a) quando o sujeito for diferente:
Ana estudou, e Jucélia trabalhou.
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é
facultativa.
b) quando o sentido for de contraste, oposição:
Estudei muito, e não entendi nada.
Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste
caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode
ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas
podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula.
c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:
Enumeração subjetiva:
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da
vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões
internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor.
Exemplo:
A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do
processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por
funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se
adaptam ao novo.
2) Adversativas:
O 2º§ é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal
entre as informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser
substituído sem qualquer prejuízo semântico por:
a) Todavia.
b) Porquanto.
c) Desde que.
d) Consoante.
Comentário: A conjunção sublinhada só pode ter valor coordenativo
adversativo. Assim, pode ser substituída por “Todavia”.
A conjunção “Porquanto” tem valor explicativo, “Desde que” tem valor
adverbial condicional e “Consoante” tem valor adverbial de conformidade.
Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A
3) Alternativas:
4) Conclusivas:
______________________, portanto ____________________. (conclusiva)
oração inicial oração coordenada sindética
5) Explicativas:
______________________, pois ____________________. (explicativa)
oração inicial oração coordenada sindética
1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
Grande abraço!!!
Professor Terror
a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de
produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos
educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser
sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são
dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta.
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
C) acrescentar uma reflexão.
Questão 12: Pref Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan)
Fragmento do texto: As diversas formas de manipulação da linguagem
parecem indicar que existem duas realidades bastante diferentes: a realidade
objetiva e a realidade reconstruída pelo discurso da comunicação.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O período é constituído de: quatro orações, uma principal e três subordinadas.
(A) “porém”.
(B) “portanto”.
(C) “contudo”.
(D) “entretanto”.
(E) “todavia”.
de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a”
aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar se maciamente no
ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus,
queríamos menos que comê la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse
fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de
perder a esperança:
– É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...
– Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com
ferocidade.
– Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei
sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz.
Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a
empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da
esperança.
O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa
esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer.
Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.
Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho
verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto
de pegar nas coisas, nunca tentei pegá la.
As palavras, de acordo com sua classificação morfológica e funções
comunicativas, podem apresentar diferentes efeitos discursivos. De acordo
com o exposto, analise dois segmentos a seguir.
I. “Mas ela vai esmigalhar a esperança!”
II. “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...”
Sobre os dois segmentos destacados anteriormente, é correto afirmar que
a) expressam uma relação de contraste entre dois fatos e/ou ideias.
b) demonstram realce a todas as alternativas do enunciado expresso.
c) demonstram a continuidade lógica do raciocínio iniciado anteriormente.
d) expressam relações diferentes tendo em vista o período anterior a cada
um.
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
Os conectivos sublinhados constroem uma estrutura que não se repete em:
(A) Consertem se os sinais ou o trânsito vai ficar caótico.
(B) Ora a culpa é da natureza, ora a culpa é das autoridades.
(C) A situação se repete seja por acaso, seja por inépcia.
(D) Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
(E) Já se reclama da chuva, já se protesta contra o prefeito.
A) já que.
B) em vista disso.
C) no entanto.
D) mas ainda.
E) assim como.
comprovadamente eficientes”.
No caso desse segmento do texto, o segundo período, em relação ao primeiro,
funciona como
(A) retificação do que foi dito anteriormente.
(B) explicação de um dos termos anteriores.
(C) exemplificação de campanhas educativas.
(D) citação de casos motivadores de acidentes graves.
(E) enumeração de novas campanhas a serem feitas.
1E 2D 3B 4A 5B 6C 7A 8E 9B 10 A
11 B 12 E 13 A 14 B 15 C 16 A 17 E 18 B 19 D 20 A
21 D 22 E 23 D 24 B 25 E 26 D 27 E 28 B 29 C 30 B
31 B 32 B 33 D 34 C 35 D 36 D 37 B