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Aula 02

Português p/ TERRACAP (Todos os Cargos) - Com videoaulas


Professor: Décio Terror
Português TERRACAP
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 2

Aula 2: Domínio da estrutura morfossintática do período. Relações de


coordenação entre orações. Emprego dos sinais de pontuação.
Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Diferença entre frase, período e oração e a pontuação 1
2. Diferença entre coordenação e subordinação 12
3. Estrutura básica do período composto por coordenação 14
4. Comentário do autor 35
5. O que devo tomar nota como mais importante? 38
6. Lista das questões apresentadas 39
7. Gabarito 52
Olá, pessoal!

A banca Quadrix não explora muito questões somente do assunto


orações coordenadas, mas este assunto ajuda bastante no entendimento da
próxima aula, alem de várias questões dessa banca mesclarem o
conhecimento de orações subordinadas e coordenadas.

Nesta aula, trabalharemos o período composto por coordenação,


abordando o princípio gramatical de frase, período e oração, o uso das
conjunções e da pontuação.

Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a


diferença entre frase, período e oração.

Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase.


Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem
quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a
próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula.

Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação.

O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A


frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa:

As aulas terminaram mais cedo.

O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um


sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase
exclamativa:

Socorro! Ajude-me!

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O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:

Por que você não veio ontem?

Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção


do leitor:
O rombo da corrupção? O povo paga.
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma
bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção.
Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo
que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima.

Questão 1: Prefeitura Cascavel 2016 Agente (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Estudos de vários países têm demonstrado a crescente
ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente, as taxas de
novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos
novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos.
Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se
que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma
vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.
“Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade
entre 15 e 24 anos.” No trecho anterior, o ponto final ( . ) foi utilizado para
A) marcar uma transcrição. D) indicar dúvida ou incerteza.
B) enfatizar uma expressão. E) marcar pausa de longa duração.
C) anteceder uma explicação.
Comentário: Típica questão da Consulplan! Note que o ponto final marca
uma pausa maior. Assim, a alternativa (E) é a correta.
Na alternativa (A), o que marca uma transcrição são as aspas.
Na alternativa (B), pode-se enfatizar uma expressão por meio de aspas.
Na alternativa (C), pode-se anteceder uma explicação com vírgula,
travessão ou dois pontos.
Na alternativa (D), pode-se marcar dúvida ou incerteza com reticências.
Gabarito: E

Questão 2: PMMG 2013 Assistente Administrativo (banca CRS PMMG)


Nas afirmativas abaixo, marque “V” se for verdadeira ou “F” se for falsa. Em
seguida, marque a alternativa que contém a sequência de respostas
CORRETA:
( ) O silêncio dos inocentes. (frase nominal),
( ) O homem é produto do meio. (oração / período simples)
( ) O silêncio vale ouro. (frase nominal)
( ) Pedro chegou motorizado e saiu a pé. (oração / período composto)
A. ( ) F, V, V, V.
B. ( ) V, F, V, V.

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C. ( ) V, V, V, F.
D. ( ) V, V, F, V.
Comentário: Frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo.
Assim, “O silêncio dos inocentes.” é uma frase nominal e devemos considerar
a afirmação como verdadeira (V).
Oração é um segmento com verbo. Como tem sentido completo, é
também um período. Quando o período é constituído de apenas uma oração é
chamado de período simples. Assim, “O homem é produto do meio.” é uma
oração absoluta, ou seja, um período simples. Assim, devemos considerar a
afirmação como verdadeira (V).
Como frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo e o
enunciado “O silêncio vale ouro.” possui o verbo “vale”, é uma frase verbal,
uma oração, um período simples. Assim, devemos considerar a afirmação
como falsa (F).
Como a oração é um segmento com verbo e o segmento “Pedro chegou
motorizado e saiu a pé.” apresenta dois verbos, há orações, portanto, um
período composto. Assim, devemos considerar a afirmação como verdadeira
(V).
Assim, a sequência correta é V, V, F, V
Gabarito: D

Questão 3: CODESP 2012 Artesão (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Pensaram mal do que viram e o mataram a flechadas.
Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.
Em “Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.”, o ponto final ( . ) foi utilizado
para
A) marcar surpresa ou espanto. D) inserir uma explicação.
B) marcar uma maior pausa. E) acrescentar uma reflexão.
C) realizar um questionamento.
Comentário: O ponto final marca uma pausa maior. Assim a alternativa
correta é a (B).
Gabarito: B

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente


cobrados nas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase.
Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas.
Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de
alguém, o recorte de um outro texto. Veja:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que
transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza
palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.
Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’
seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.

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Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar”
do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte
quando necessário.
Veja:
Discurso direto:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Discurso indireto:
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.
Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o
uso das aspas, o que nos ajudará bastante nas questões que envolvem
citações.

Aspas
As aspas são empregadas:
a. Em citações textuais diretas:
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.”
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?”
Alguém comentou: “Não acredito!”
Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser
usadas quando se quer dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em
particular:
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou
destaque)

O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras
usadas pelo Ministro)

O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica


numa palavra, sobressaindo uma ideia)

b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra:


O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da
carga tributária, arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra...
Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso
de pronunciamento oral, indicarão a ironia ou impropriedade.
c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras
estrangeiras ainda não incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o
seu uso no texto:
Essa manobra tem ar de “maracutaia”.
O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria
dos presentes, que era de leigos.
Favor dar um “feedback” confirmando sua presença.

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d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições,


exemplificações e assemelhados:
Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de
reitores.
O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um
conjunto é o “máximo divisor comum”.
Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-,
“contra”.
Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”...
Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma
real”.
Questão 4: DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio)
A Associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a
bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São
cem, cento e vinte senhoras, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no
velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de
alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como
você está bonita, como você está conservada.”
Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens
de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o
avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a
aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com entusiasmo
os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo
para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de
esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da
aviação, todas se lançarão de paraquedas.
Alguns não abrirão. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria
possível sem um mínimo de titilantes incertezas.
SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras,
1995, p. 211. Adaptado.
O emprego das aspas em alguns trechos do texto desempenha principalmente
a função de
(A) indicar discurso de pessoa diferente do narrador.
(B) iniciar apresentação de textos desconhecidos do leitor.
(C) destacar elementos do enredo importantes para o leitor.
(D) sugerir importância das falas do cotidiano para a narrativa.
(E) demonstrar crítica do narrador ao conteúdo das frases.
Comentário: Note que as aspas sinalizam as falas das aeromoças, como
“Como você está bonita, como você está conservada.”; “Posso lhe oferecer um
lanche, senhora?”; “Algo para beber, senhora?” e até a voz das aeromoças
cantando o hino: “Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam
lembranças, por nós embaladas”.
Assim, está correta a alternativa (A), pois realmente as aspas indicam
discurso de pessoa diferente do narrador.
Gabarito: A

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Questão 5: Termobahia 2012 Técnico de Administração (banca Cesgranrio)


Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU
O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo
tratado de forma adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de
População das Nações Unidas, Michael Herrmann.
“O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande
e em crescimento, ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável
dos recursos naturais” [...] “As questões relacionadas à população estão
sendo tratadas de forma adequada nas negociações atuais? Eu acho que não.
O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-lo. Mas nós estaremos
enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de
desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no
planeta, onde estaremos vivendo e que estilo de vida teremos”, afirmou.
No Texto, as aspas são usadas para
(A) indicar desvio de significado original
(B) citar falas de especialista em uma área
(C) assinalar exposição de crítica irônica
(D) destacar dados de estudos científicos
(E) inserir trechos de publicação especializada
Comentário: Os termos entre aspas são seguidos de expressões, como
segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas,
Michael Herrmann e afirmou, as quais confirmam a fala de um especialista.
Assim, a alternativa (B).
Gabarito: B

Questão 6: CODEG 2013 Auxiliar-Administrativo (banca Consulplan)


Fragmento do texto: E isso pode criar uma situação inusitada – por instituir
uma pena branda demais, a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi-
lo. “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que
uma cesta básica”, diz Opice Blum. Aos criminosos, cometer o delito, ser pego
e ter de pagar pelo crime de invasão, pode compensar.
O uso da vírgula em “‘Tem muito computador por aí com informação que vale
muito mais do que uma cesta básica’, diz Opice Blum.” justifica-se por
A) separar um vocativo.
B) separar um adjunto adverbial anteposto.
C) acrescentar oração justaposta para registro de ato de fala.
D) antecipar um termo que será retomado por um pronome.
E) separar um adjunto adverbial na sua ordem natural para realçá-lo.
Comentário: A expressão entre aspas “Tem muito computador por aí com
informação que vale muito mais do que uma cesta básica” é o recorte da fala
de Opice Blum, conforme se observa com a vírgula, seguida da oração “diz
Opice Blum”. Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

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Questão 7: PM TO 2013 Nível médio (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Não é difícil para um hacker, com o conhecimento
técnico certo, invadir um computador pessoal e colher dali fotos e informações
que possa usar para denegrir a imagem da vítima na Internet ou chantageá-
la. Mas para alcançar seu objetivo, o criminoso depende da ajuda do usuário:
o clique em um link desconhecido, enviado na maioria das vezes por e-mail.
“O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente
favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou
mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo”, explica, ao
site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho.
O uso das aspas no texto indica
(A) citação textual.
(B) expressão em evidência.
(C) interrupção do pensamento.
(D) movimento ou continuação de um fato.
Comentário: Citação é o recorte da fala de alguém ou das expressões de leis,
de livros etc. A expressão entre aspas “O criminoso encontra uma forma de
entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso acontece quando você
clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para acesso
ao e-mail, por exemplo” é o recorte da fala de Wanderson Castilho, conforme
se observa com a expressão “explica, ao site de VEJA, o especialista em
crimes virtuais, Wanderson Castilho”. Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em


diversas situações, as quais serão vistas adiante.
Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a
declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando
recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres
e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e...
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe
ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais
nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema.
Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também
pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a
qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que
a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação
necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte.
Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre
o uso deste sinal de pontuação:

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Reticências
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso
sobretudo literário), para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar
a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos casos, são usadas:
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está
incompleta:
Se o projeto será aprovado? Bem...
b. Para indicar hesitação:
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo.
c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos,
quando o orador é interrompido):
– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração)
– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe)
– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da
declaração, após a interrupção. Em
seguida, foi concedida a palavra a outrem)

d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida,
recomendando-se neste caso o seu emprego entre colchetes:
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.” (CF, art. 182)
Questão 8: CODESP 2012 Agente Comunitário (banca Consulplan)
Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco.
Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi
pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez
uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus
dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em
suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda
pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-
a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós,
seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam
a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de
produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos
educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser
sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são
dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta.
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
C) acrescentar uma reflexão.
Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto
nos mostra que não houve expressão de indignação, explicação ou
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interrogativa.
Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas
perceba que é o parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não
o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a correta, pois a esposa
recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências,
houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de
serem expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor.
Gabarito: E

Questão 9: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Administrativo (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu
quisesse saber das novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu
tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do Kennedy,
em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém
que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular
ou internet, e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de
escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar
com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.”
No trecho anterior, as reticências (...) foram utilizadas para:
A) Separar palavras da mesma classe gramatical.
B) Indicar continuação do pensamento.
C) Abreviar.
D) Suprimir, intencionalmente o verbo.
E) Destacar termos explicativos enfáticos.
Comentário: As reticências marcam aí uma pausa no discurso para uma
interpretação a mais do leitor: fazê-lo comparar, aprofundar no tema, naquilo
que foi dito. Esse recurso é muito utilizado em crônicas, pois o autor quer
chamar a atenção de quem está lendo sobre o assunto.
Assim, entendemos que há uma continuação do pensamento, e a
alternativa correta é a (B).
De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo
valor, usamos a enumeração por meio de vírgulas.
De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para
abreviar. Isto depende muito do contexto, e não cabe esta interpretação neste
trecho do texto.
De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é
chamada de elipse verbal. Neste caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo
Matemática; você, Português.
A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido
para evitar repetição de palavra.
De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos
enfáticos, podemos separar por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja:
No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática
brasileira).
Gabarito: B
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Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.

Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.


Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois
terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período
obrigatoriamente terá.
Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período.
Veja:
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.
Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo.
Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de
frase nominal.
Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve
ser a mesma da frase: . ! ? : ...
Questão 10: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ)
Classifica-se como frase nominal:
A) “E por quê, amorzinho?” B) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.”
C) “Detesto!” D) “– Não me diga!”
E) “Tá todo cheio de buracos!”
Comentário: A frase nominal é o enunciado de sentido completo sem verbo. A
frase verbal é o enunciado de sentido completo com verbo. Assim, a
alternativa (A) é a correta, pois é o único enunciado sem verbo.
Gabarito: A

Agora veremos a oração.


A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há
período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações,
porque cada oração terá um verbo diferente.
Assim, vejamos:
1. “Socorro!” (apenas frase)
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)
3. “Olá!” (apenas frase)
4. “Você está bem?” (frase, período e oração)
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e
orações)

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Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este


enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”,
“Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração
absoluta.
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período
composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de
vendas.”.
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que
período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma
pontuação final de uma frase: . ! ? : ...
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores
de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por
isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser
sucedida por: ,; e às vezes não receberá nenhuma pontuação.
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por
coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se
inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando
um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque
sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante
da conjunção e da pontuação.
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:
1 2 3

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar


4
calmo durante a prova, passará no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há
várias orações em um período composto.
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que
alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a
prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas
possuem o mesmo valor: condição.
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.
Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas
em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no
concurso”.

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Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra
para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?
1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar
calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE.
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que
as outras (subordinadas) tenham sentido.
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de
oração inicial).
Questão 11: CRA AC 2016 Assistente Administrativo (banca Quadrix)
Em “Sabemos que este ano será difícil e precisamos ter um cuidado especial
nos investimentos”:
(A) há apenas orações coordenadas entre si, já que as ideias são
sintaticamente independentes.
(B) ocorre período misto, já que há relações de coordenação e de
subordinação.
(C) ocorrem apenas relações de subordinação entre as orações, já que todas
são sintaticamente dependentes entre si.
(D) há apenas uma oração que, portanto, classifica-se como “absoluta”.
(E) ocorre período simples, já que, apesar de haver mais de uma forma
verbal, trata-se simplesmente de locuções de verbos.
Comentário: No período, há três orações (“Sabemos”, “que este ano será
difícil” e “precisamos ter um cuidado especial nos investimentos”).
Há uma relação de coordenação entre as duas últimas orações. Porém,
essas duas orações dependem sintaticamente da oração principal, que é a
primeira delas: “Sabemos”.
Assim, a primeira oração é a principal e as duas seguintes são
subordinadas a ela e coordenadas entre si. Assim, há um período composto
misto, pois há a mistura de orações coordenadas com subordinadas.
A alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 12: Pref Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan)
Fragmento do texto: As diversas formas de manipulação da linguagem
parecem indicar que existem duas realidades bastante diferentes: a realidade
objetiva e a realidade reconstruída pelo discurso da comunicação.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

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O período é constituído de: quatro orações, uma principal e três subordinadas.


Comentário: Cada oração é constituída de um verbo. Assim, primeiro
devemos apontá-los:
Há apenas três orações, baseadas na locução verbal “parecem indicar” e
nos verbos “existem” e “reconstruída”.
As diversas formas de manipulação da linguagem parecem indicar que
existem duas realidades bastante diferentes: a realidade objetiva e a
realidade reconstruída pelo discurso da comunicação.
Veremos na aula de orações adjetivas que a palavra “reconstruída”
pode ser entendida como um verbo iniciando uma oração reduzida de
particípio. Mas isso é assunto para outra aula, ok!!!
Por enquanto, não temos que achar as orações subordinadas. Devemos
apenas entender que há três (e não quatro) orações.
Gabarito: E

A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos.


Veja:
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os


substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A
enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração
(mais de um núcleo).
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados,
coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres),
adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos
demonstrar uma sequência de ações).
Veja:
Enumeração de substantivos:
1 Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

Enumeração de adjetivos:
2
Achei a pintura clara, intrigante, linda!

Sequência de ações:
3 Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e
voltou para casa.
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar
a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3,
respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que
o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor

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faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula
em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não
inserir a conjunção “e”.
Questão 13: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)
Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o
motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía
conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”.
A) Separar uma enumeração.
B) Separar expressões retificativas.
C) Separar uma aposição explicativa.
D) Separar termos que serão retomados por pronome.
Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados
“conversação entre iguais”, “a polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”.
Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta.
Gabarito: A
Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico
de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções
COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o
esquema a seguir:

Esquema do período composto por coordenação


______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações


coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”,
“mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e
síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela
é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor
semântico, conforme apontado nesse esquema.

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Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste


caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante
reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido.
Exemplo:
Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)
Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)
Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e
a possibilidade de troca de conjunções de mesmo sentido.
Vejamos os principais valores:
1) Aditivas:
______________________ e ____________________. (aditiva)
oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear


enumeração dentro de uma lógica. As principais são:
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também,
senão também, tanto...como, tanto...quanto.
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.

Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima,
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.
Ele não caminha nem corre.
Josefina não trabalha, tampouco estuda.
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:
a) quando o sujeito for diferente:
Ana estudou, e Jucélia trabalhou.
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é
facultativa.
b) quando o sentido for de contraste, oposição:
Estudei muito, e não entendi nada.
Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste
caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode
ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas
podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula.

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c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:
Enumeração subjetiva:
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se


calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.
A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações.
Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção
para se aumentar a força nos argumentos.
Agora, vejamos a enumeração objetiva:
Enumeração objetiva:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante.
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor
simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem
transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração
subjetiva.

Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas


são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da
enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante.
A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a
entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula.
Mas as duas construções estão corretas.
Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou
vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses
elementos por ponto e vírgula. Veja:
Uso do ponto e vírgula:
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

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Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição


leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala;
realizaram a prova; e saíram confiantes.

Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por


ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do
ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na
enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une
os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o
penúltimo (5) como apenas um.
Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da
vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões
internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor.
Exemplo:
A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do
processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por
funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se
adaptam ao novo.

Questão 14: AGU 2014 Agente Administrativo (banca IDECAN)


Ainda acerca da manchete "Luta domina Rio e estudantes vão continuar", é
correto afirmar que sua estrutura é composta por

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a) três orações, sendo uma principal e duas subordinadas.


b) duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime adição.
c) uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa
acréscimo.
d) uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa
conclusão.
e) duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime uma
explicação.
Comentário: No período acima, há o verbo “domina” e a locução verbal “vão
continuar”. Assim, há duas orações.
Como a conjunção que as une é “e”, sabemos que há um período
composto por coordenação, em que a oração “Luta domina Rio” é a inicial e
“estudantes vão continuar” é coordenada sindética aditiva.
Assim, sabemos que a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

Questão 15: UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN)


Fragmento do texto: Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer
coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a
frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno
vaso com terra e transplantou para ele a mudinha.
Em “... mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou.”
A partícula “e”, sublinhada nessa estrutura, estabelece entre as orações uma
ideia de
a) oposição.
b) conclusão.
c) acréscimo.
d) proporção.
Comentário: A conjunção “e” nunca poderá ter valor de proporção. Assim, já
eliminamos a alternativa (D). O contexto também não permite o valor de
conclusão.
Vimos que a conjunção “e” possui valor de adição (acréscimo), além de
valor adversativo, o qual transmite contraste.
Assim, nesse contexto, sabemos que houve uma quebra de expectativa,
pois uma pessoa foi atender o telefone e de repente houve falha na
comunicação: a frase não se completou.
Dessa forma, entendemos que a conjunção “e”, além de transmitir a
noção de acréscimo de informação, traduz também um valor adversativo, de
contraste.
Mas a banca quis que você não confundisse contraste com oposição.
Note que o fato de ir atender não é exatamente antagônico, oposto, em
relação ao fato de a frase não se completar. O oposto de atender é não
atender, concorda? O personagem foi atender, mas a frase não se completou.
Se a alternativa apresentasse a palavra “contraste”, esta seria a
resposta correta.
Como ficamos entre oposição e acréscimo, esta última está de acordo

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com o contexto, pois a conjunção “e”, além de transmitir acréscimo, traduz


valor de contraste. Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 16: Banco do Brasil 2015 Escriturário (banca Cesgranrio)


Na última frase do texto, é transcrita a opinião de um empresário, para quem
“conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus
fornecedores”.
Considerando-se o conteúdo dessa opinião, que outra estrutura frasal poderia
representá-la?
(A) Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus
fornecedores.
(B) Conhecer bem o CDC é vital em especial para os lojistas assim como para
seus fornecedores.
(C) Conhecer bem o CDC é vital nem tanto para os lojistas como para seus
fornecedores.
(D) Conhecer bem o CDC é vital inclusive para os lojistas sem falar em seus
fornecedores.
(E) Conhecer bem o CDC é vital não tanto para os lojistas bem como para
seus fornecedores.
Comentário: A estrutura original possui a expressão correlativa de adição
“não só...mas também”.
A reescrita deve possuir expressão que mantenha o sentido de adição.
A alternativa (A) é a correta, pois houve simplesmente a substituição da
expressão correlativa “não só...mas também” pela expressão de igual valor
“tanto...quanto”. Compare:
“conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus
fornecedores”.
Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus
fornecedores.
A alternativa (B) está errada, pois houve acréscimo da expressão “em
especial” e da expressão comparativa “assim como”, as quais de certa forma
fazem mudar o sentido.
As alternativas (C) e (E) estão erradas, porque as expressões “nem
tanto” e “não tanto” negam a necessidade de conhecer bem o CDC, o que faz
mudar o sentido.
A alternativa (D) está errada, pois o vocábulo “inclusive” faz mudar o
sentido, pois dá a noção de que não era de se esperar que os lojistas
conhecessem bem o CDC. Note que podemos substituir tal palavra por “até
mesmo”, o que reforça a mudança de sentido.
Gabarito: A

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Questão 17: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV)


O segmento abaixo em que a conjunção E tem valor adversativo, e não
aditivo, é:
(A) “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais
rápida expansão”;
(B) “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros
impressionantes, influência política e prestígio”;
(C) “São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o
figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam”;
(D) “Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados
Unidos,..”;
(E) “Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e enormes prejuízos
para os clientes”.
Comentário: Fica patente o emprego da conjunção “e”, com valor
adversativo, na alternativa (E), pois há a oposição “grande lucros” e “enormes
prejuízos”.
Gabarito: E

2) Adversativas:

______________________ , mas ____________________. (adversativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva,


compensação. As principais são:
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a
valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao
passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em
todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas
memorizar as conjunções.

Ex.: Estudou muito, mas não passou.


Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.
Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos
conhecimentos básicos.
Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a
sustentabilidade do planeta.
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

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Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da


oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a
capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final
da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O
posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível
ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela
conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto,
contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições
vistas acima.
Uso do ponto e vírgula:
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-
se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula,
quando há divisão interna. Veja:
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.
Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções
deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração,
é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja:
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.
Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode
posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda
será vista adiante.
Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

Questão 18: CRA AC 2016 Assistente Administrativo (banca Quadrix)

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Para fazer uma alteração sem mudança significativa de sentido, a palavra


"mas”, que aparece no quadrinho, só não poderia ser substituída por:
(A) “porém”.
(B) “portanto”.
(C) “contudo”.
(D) “entretanto”.
(E) “todavia”.
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, mesmo valor das
conjunções “porém”, “contudo”, “entretanto”, “todavia”. Já a conjunção
“portanto” é a única diferente, por transmitir valor de conclusão. Assim, a
alternativa que deve ser marcada é a (B).
Gabarito: B

Questão 19: UFPB 2016 Técnico Segurança do Trabalho (banca IDECAN)


“Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser
adaptadas em pouco tempo. No entanto, como os casos surgem de forma
esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo pelos
custos e pela inutilidade de imunizar milhões de pessoas em regiões poupadas
pelo vírus.”
O termo sublinhado, de acordo com o contexto, pode ser substituído por:
a) Portanto.
b) Porquanto.
c) Além disso.
d) Não obstante.
Comentário: A expressão sublinhada só pode ter valor coordenativo
adversativo. Assim, pode ser substituída por “Não obstante”.
A conjunção “Portanto” tem valor conclusivo, “Porquanto” tem valor
explicativo e “Além disso” tem valor aditivo.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 20: UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN)


Fragmento do texto: O princípio de que, para enfrentar a exclusão, é
preciso compreendê-la como processo que ocorre em várias circunstâncias, é
também adotado neste texto, acrescentando-se que a percepção no contexto
mais abrangente em que se situam: o da diversidade. O enfrentamento da
exclusão necessita do empenho acadêmico, social e político em decisões e
movimentos pela inclusão, justiça e autonomia dos sujeitos, respeitando-se
suas diferenças socioculturais e identitárias.
Contudo, ressalva-se que não se entende ou propõe o acolhimento à
diversidade como subalternização do outro, do diferente, como forma de
colonização, mas sim garantindo-se seus direitos à vida cidadã e, nesse
sentido, a sua efetiva participação nas decisões políticas e a sua afirmação
como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e
perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus
vários contornos. [...]

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O 2º§ é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal
entre as informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser
substituído sem qualquer prejuízo semântico por:
a) Todavia.
b) Porquanto.
c) Desde que.
d) Consoante.
Comentário: A conjunção sublinhada só pode ter valor coordenativo
adversativo. Assim, pode ser substituída por “Todavia”.
A conjunção “Porquanto” tem valor explicativo, “Desde que” tem valor
adverbial condicional e “Consoante” tem valor adverbial de conformidade.
Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

Questão 21: SEARH-RN 2016 Professor (banca IDECAN)


Fragmento do texto: Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu
de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a”
aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar se maciamente no
ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus,
queríamos menos que comê la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse
fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de
perder a esperança:
– É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...
– Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com
ferocidade.
– Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei
sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz.
Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a
empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da
esperança.
O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa
esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer.
Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.
Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho
verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto
de pegar nas coisas, nunca tentei pegá la.
As palavras, de acordo com sua classificação morfológica e funções
comunicativas, podem apresentar diferentes efeitos discursivos. De acordo
com o exposto, analise dois segmentos a seguir.
I. “Mas ela vai esmigalhar a esperança!”
II. “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...”
Sobre os dois segmentos destacados anteriormente, é correto afirmar que
a) expressam uma relação de contraste entre dois fatos e/ou ideias.
b) demonstram realce a todas as alternativas do enunciado expresso.

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c) demonstram a continuidade lógica do raciocínio iniciado anteriormente.


d) expressam relações diferentes tendo em vista o período anterior a cada
um.
Comentário: A palavra “mas”, na primeira ocorrência, realmente é uma
conjunção adversativa, haja vista que transmite contraste entre a informação
de que alguém vai esmigalhar a esperança e não se matar aranha, porque
traz sorte.
Porém, na segunda ocorrência, há a palavra denotativa de realce “Mas”.
Isso ocorre em expressões como “Mas não é que ela não veio hoje?”, “Mas
como você está linda!!!”
Em frases deste tipo, podemos excluir a palavra denotativa “mas” e isso
não traz prejuízo ao entendimento da informação. Veja:
Como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e
tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar
nas coisas, nunca tentei pegá la.
Como são valores diferentes da mesma palavra, a alternativa correta é a
(D).
Gabarito: D

Questão 22: CREFITO-8ª R 2013 Assistente Administrativo (banca IDECAN)


No período “Os Doutores da Alegria despertam o desejo pela vida através do
humor e riso, entretanto eles não conseguem melhorar o caos da saúde no
Brasil”, a oração sublinhada é classificada como oração coordenada sindética
a) aditiva.
b) conclusiva.
c) explicativa.
d) alternativa.
e) adversativa.
Comentário: A conjunção “entretanto” inicia a oração sublinhada. Tal
conjunção só pode ter valor coordenativo adversativo, por isso a alternativa
(E) é a correta.
Gabarito: E

3) Alternativas:

______________________ ou ____________________. (alternativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em


cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas
normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima.

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Veja as principais conjunções:


ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.
A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo
de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre
substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula de concordância.
Inclusão:
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual
dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro
possuem as características de bons candidatos.
Exclusão:
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)
Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá
Pedro e vice-versa.
Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem
valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer,
seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações
alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores
separando orações cujo conectivo é repetido:
Ora narrava, ora comentava.
Questão 23: Detran 2013 – Analista (banca FGV)
“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
Os conectivos sublinhados constroem uma estrutura que não se repete em:
(A) Consertem se os sinais ou o trânsito vai ficar caótico.
(B) Ora a culpa é da natureza, ora a culpa é das autoridades.
(C) A situação se repete seja por acaso, seja por inépcia.
(D) Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
(E) Já se reclama da chuva, já se protesta contra o prefeito.
Comentário: Os conectivos “quer”, “quer” transmitem uma ideia
coordenativa alternativa. Para confirmar, poderíamos reescrever essa
construção com a conjunção alternativa “ou”.
Veja:
“É verdade que os moradores estão sofrendo além da conta, circulando pela
cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, ou em casa ou no trabalho”.
A questão pede a alternativa em que não haja valor coordenativo
alternativo.

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A alternativa (A) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da


conjunção “ou”.
A alternativa (B) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da
expressão correlativa “ora...ora”.
A alternativa (C) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da
expressão correlativa “seja...seja”.
A alternativa (E) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da
expressão correlativa “Já...já”.
Assim, a alternativa (D) é a única com valor semântico diferente. Não há
valor alternativo, mas valor coordenativo aditivo, por causa do uso da
expressão correlativa “Tanto...quanto”.
Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
Gabarito: D

Questão 24: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.

O segmento sublinhado indica que os problemas dos habitantes da cidade de


São Paulo

(A) são mais graves que os das outras capitais brasileiras.


(B) atingem igualmente a todos os habitantes.
(C) perturbam mais gravemente as atividades produtivas.
(D) incomodam prioritariamente as classes mais pobres.
(E) permanecem durante todos os dias do ano.
Comentário: A expressão correlativa “quer...quer” transmite um sentido
coordenativo de inclusão, isto é, perante o caos originado pela chuva em São
Paulo, indistintamente as pessoas que circulam pela cidade de carro, ônibus
ou metrô ou as pessoas que estejam em casa ou no trabalho sofrem além da
conta. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 25: AL MA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.
a) "É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover
crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive
de recuperação diante de deslizes sociais".
b) "Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o
certo e o errado à luz das regras sociais".

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c) "Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o


viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que
cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger".
d) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar
a lei".
e) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar
a lei".
Comentário: Para acharmos o processo de coordenação, basta nos
lembrarmos dos conectivos. A alternativa (E) é a correta, porque a conjunção
“ou” tem valor coordenativo alternativo.
Na alternativa (A), a oração sublinhada tem valor subordinativo
substantivo. Veremos esse valor na próxima aula.
Na alternativa (B), a oração sublinhada tem valor subordinativo
adjetivo. Veremos esse valor na próxima aula.
Na alternativa (C), a oração sublinhada tem valor subordinativo
adverbial. Veremos esse valor na próxima aula.
Na alternativa (D), a oração sublinhada tem valor subordinativo
adjetivo. Veremos esse valor na próxima aula.
Gabarito: E

4) Conclusivas:
______________________, portanto ____________________. (conclusiva)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados
exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a
obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode
ocorrer, é o registro mais aceitável.
As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos
dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento
conclusivo e dedução. As principais são:

logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por


isso, então, assim, em vista disso.

Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas.


O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo
economicamente.
Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria.

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Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.


Estudou, então passou.
Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas
conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar
no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):

Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.


Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.

Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula


pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda
é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior.
Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este
tipo de oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção.
Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais explorada
adiante.
O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica
ascensional.
As questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida
em desenvolvida, com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”.
Neste caso, essa conjunção, além de ter valor adicional, terá também o de
conclusão. Veja:
O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória
econômica ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória
econômica ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica
ascensional.

Questão 26: PRODEB 2015 Assistente (banca IDECAN)


Fragmento do texto: A neurociência busca determinar como o cérebro afeta
o comportamento, e o Direito se preocupa em regular o comportamento.
Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um
peso cada vez maior nas leis. No Reino Unido, porém, existe uma enorme
brecha entre os avanços dos laboratórios e o dia a dia dos tribunais. Não há
fóruns de discussão para que cientistas e profissionais da Justiça explorem
temas de interesse comum. Em países como o Brasil, não é diferente. E isso
traz grandes consequências para a sociedade.
“Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um
peso cada vez maior nas leis."

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O conectivo “assim" introduz uma


a) causa.
b) adição.
c) condição.
d) conclusão.
Comentário: A palavra “assim” é um conectivo que traduz um efeito, um
resultado da informação que ela antecede e a anterior. Para confirmar,
podemos até trocar pela conjunção “portanto”. Veja:
“Portanto, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham
um peso cada vez maior nas leis."
Dessa forma, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 27: SSP AM 2015 Assistente Operacional (banca FGV)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que
lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros
está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente
esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o
“Você sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor público,
prendendo o guarda”.
(DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1990)
“... identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”; a oração
reduzida “prendendo o guarda” pode ser reescrita, em forma desenvolvida
adequada, do seguinte modo:
(A) quando prende o guarda;
(B) por isso prende o guarda;
(C) porém prendeu o guarda;
(D) portanto prendeu o guarda;
(E) e prende o guarda.
Comentário: Inseri esta questão neste ponto da aula, porque aqui falamos da
redução de gerúndio da oração.
Note que o fato de prender o guarda se deu depois que o homem se
identificou como promotor público. Mas a ação de prender o guarda não é o
resultado, o efeito, a consequência de ter se identificado como promotor
público. Assim, as alternativas (B) e (D), relativas ao valor de conclusão, estão
erradas.
Também fica patente que não cabe um valor de contraste. Assim,
eliminamos a alternativa (C).
A conjunção “quando”, neste contexto, dá ideia de simultaneidade: uma
ação ocorrendo ao mesmo tempo da outra. Porém, isso não ocorreu e
eliminamos a alternativa (A).
Portanto, sobra a alternativa (E) como correta. Houve apenas a adição
de duas ações: uma após a outra.
Gabarito: E

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Questão 28: CEPISA 2012 Assistente Administrativo (banca Consulplan)


“E nós sabemos que não estamos tratando da Terra como deveríamos. Por
isso os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) preocupam-se
com o meio ambiente.”
O termo em destaque, no fragmento anterior, pode ser substituído sem que
haja prejuízo de sentido por
A) já que.
B) em vista disso.
C) no entanto.
D) mas ainda.
E) assim como.
Comentário: Primeiro, note que o termo destacado encontra-se no início do
período e por isso está iniciado com letra maiúscula. A banca se descuidou e
colocou todos os conectivos das alternativas com letra minúscula. Porém, isso
não fará diferença, porque a questão se ateve exclusivamente ao sentido.
Assim, desconsidere as iniciais minúsculas das alternativas.
Vimos que o conectivo “Por isso” tem valor conclusivo. Assim, pode ser
substituído pela expressão “Em vista disso” (alternativa B).
Gabarito: B

5) Explicativas:
______________________, pois ____________________. (explicativa)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece
uma declaração anterior ou ameniza uma ordem.
As principais conjunções são:
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é
natural a banca pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma
vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir as conjunções.
Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:
a) Esclarecimento de uma informação anterior:
Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados.
Choveu muito, pois o chão está alagado.
Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias.
A vírgula neste caso é facultativa.
b) Amenização de uma ordem:

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Estudem, que o concurso não é fácil.


Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui.
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada
oração. A primeira oração expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.
Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa
explicativa com a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-
se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto. Veja os exemplos:
Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o
vocábulo “Sua” mude a inicial maiúscula para minúscula. Veja:
Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os
preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:
Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de
independentes. Isso porque geralmente elas não dependem de outra para
fazer sentido.
Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um
único período composto e vice-versa.

Questão 29: DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças
(“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós
embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas
nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente,
disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um
lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de
poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando
os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas.
No trecho do Texto “disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir”, o
sinal de dois-pontos pode ser substituído por um conectivo, mantendo-se a
mesma relação de sentido entre as orações.
Esse conectivo é
(A) todavia (B) embora (C) porque (D) então ( E) enquanto
Comentário: Nesta estrutura, veja novamente que há uma explicação
sinalizada pelos dois-pontos. Assim, podemos trocar os dois-pontos pela
conjunção coordenativa explicativa “porque”. Compare:
“disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir.”
“disputam com entusiasmo os carrinhos porque querem servir.”
Gabarito: C

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Questão 30: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Felizmente, a inteligência nos permite encontrar
soluções e nos possibilita criar alternativas. O pensamento liberta! Não nos
contentamos em conhecer, não nos basta possuir, não somos seres passivos.
Nossos projetos buscam conectar-se à realidade e ampliá-la. Por exemplo,
milhares de pessoas leem livros de autoajuda, pois desejam mudar sua própria
realidade, ainda que os resultados sejam pequenos. Então, por que continuam
lendo? Porque a simples ideia de que “se pode” mudar enche o coração de
esperança.
“Não nos contentamos em conhecer, / não nos basta possuir, / não somos
seres passivos”; nesse trecho do texto há três segmentos destacados e, entre
eles, as conjunções adequadas seriam:
(A) mas – já que;
(B) e – pois;
(C) pois – e;
(D) já que – logo;
(E) porém – dado que.
Comentário: Pelo contexto, podemos entender que os dois primeiros
segmentos juntam-se por transmitirem negações de ações (“não nos
contentamos em conhecer, não nos basta possuir”). Assim, cabe, no lugar da
vírgula, a conjunção aditiva “e”.
Em seguida, ocorre a justificativa disso: pois não somos seres passivos.
Veja que o terceiro segmento, apesar de também iniciar-se com a
negação, refere-se a uma negação de uma característica negativa, isto é,
negamos a passividade (característica negativa), para que possamos agir
(característica positiva). Esta última ação é justamente a ideia de não se
contentar em conhecer apenas, não possuir apenas.
Dessa forma, a alternativa (B) é a correta. Veja:
“Não nos contentamos em conhecer e não nos basta possuir, pois não somos
seres passivos”
Gabarito: B

Questão 31: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


Fragmento do texto: Particularmente, após o desastre da Região Serrana
(RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou se o Centro
Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força Tarefa
de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou se o
Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas
ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos
desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.
“Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e
respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos”.
Com relação aos dois períodos desse segmento do texto, o segundo deles, em
relação ao primeiro, indica
(A) uma retificação.

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(B) uma explicação.


(C) uma consequência.
(D) uma conclusão.
(E) uma concessão.
Comentário: Note que podemos entender que estas iniciativas ainda estão
concentradas somente no monitoramento, alerta e respostas aos desastres,
porque faltam políticas mais eficientes, isto é, políticas integradas para
redução de riscos. Assim, o segundo período transmite valor de explicação e
alternativa correta é a (B).
A alternativa (A) está errada, porque retificação significa correção do
que foi afirmado anteriormente e sabemos que isso não ocorreu.
A alternativa (C) está errada, porque não houve uma consequência, isto
é, um efeito em razão de uma ação anterior. Esse valor semântico será visto
nas aulas posteriores.
A alternativa (D) está errada, porque não houve uma conclusão. Note
que não podemos subentender o início de tal período com a conjunção
“Portanto” ou “Por conseguinte”.
A alternativa (E) está errada, porque não houve uma concessão, isto é,
contraste. Esse valor semântico será visto nas aulas posteriores.
Gabarito: B

Questão 32: INEA 2013 – Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: 1. A década de 70 foi marcada pelo despertar das
preocupações ambientais. Até o início dos anos 80, as questões relacionadas
ao uso da água (geração de energia, abastecimento doméstico e industrial,
coleta de esgoto, lazer) e seu manuseio não levaram em conta as
consequências ambientais.
A reflexão 1 informa ao leitor que a década de 70 foi marcada pelo despertar
das preocupações ambientais. O segundo período dessa reflexão mostra
(A) uma contradição em relação ao que foi dito anteriormente.
(B) uma repetição, em outras palavras, do já informado.
(C) uma conclusão a partir dos dados antes fornecidos.
(D) uma retificação de uma informação equivocada.
(E) uma explicação de um termo de difícil compreensão.
Comentário: Veja que o primeiro período afirma que a década de 70 foi
marcada pelo despertar das preocupações ambientais. Veja bem: despertar.
Assim, começou-se a pensar numa conscientização ambiental, mas isso não
quer dizer que medidas tenham sido efetivadas naquela época. Aliás, até hoje
ainda temos muito a aprender, concorda?!
Bom, o segundo período mostra como isso foi importante, pois até o
início dos anos 80 (perpassando a década de 70), as questões relacionadas ao
uso da água e seu manuseio não levaram em conta as consequências
ambientais. Daí a importância de nesta década de 70, as pessoas passarem a
se preocupar. Então, veja que o segundo período ambienta o leitor,
confirmando a afirmação anterior, explicando e desenvolvendo essa

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informação. Agora, vamos às alternativas:


A alternativa (A) está errada, porque contradição significa oposição e
sabemos que isso não ocorreu.
A alternativa (C) está errada, porque não houve uma conclusão. Note
que não podemos subentender o início de tal período com a conjunção
“Portanto” ou “Por conseguinte”. Veja também que o primeiro período não
transmite uma ideia que desencadeou a outra como um resultado, um efeito.
Assim, seguramente, não houve conclusão.
A alternativa (D) está errada, porque retificação significa correção do
que foi afirmado anteriormente e sabemos que isso não ocorreu.
A alternativa (E) está errada. Houve, sim, uma explicação do que foi
afirmado anteriormente, porém não foi uma explicação de um termo de difícil
compreensão. O recurso da explicação a que se refere esta alternativa ocorre
quando há um termo altamente técnico, o qual não entra no domínio da
população em geral. Assim, para o texto ficar compreensível, o autor lança
mão de explicações extras.
Assim, resta a alternativa (B) como a correta, pois realmente o autor do
texto repete informação anterior, porém a desenvolve de uma maneira mais
didática, de forma a elucidar o leitor quanto à afirmação anterior. Assim, ele
explica com outras palavras.
Gabarito: B

Questão 33: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa
cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem
“onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da
violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante
depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
O segundo período do primeiro parágrafo, em relação ao anterior, tem valor de
(A) conclusão. (B) retificação. (C) consequência.
(D) explicação. (E) oposição.
Comentário: Note que entre os dois primeiros períodos sintáticos, podemos
inserir a conjunção “pois”, haja vista que a informação de que os milhões de
brasileiros são reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da
precariedade dos serviços públicos explica a informação de que eles sabem
“onde o sapato aperta”. Veja:
Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de
brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”,
pois são reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da
precariedade dos serviços públicos.
Gabarito: D

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Comentários do autor/orações parentéticas


Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes
as orações intercaladas. Elas não fazem parte do grupo de orações
coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com desprendimento
sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou
parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou
comentário do autor e transmite certos valores semânticos:
a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um
dos meus melhores amigos.
b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a
brincadeira da garotada. (Machado de Assis)
c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom
ou mau:
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da
classe.
d) escusa: o falante se desculpa:
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por
que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa
frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis)
e) permissão: o falante solicita algo:
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu
espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis)
f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um
enunciado:
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo
repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco)
Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.
g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:
“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos
outros homens.” (Machado de Assis)
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner
Andressen)

Questão 34: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


“A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos
números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas

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alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são


comprovadamente eficientes”.
No caso desse segmento do texto, o segundo período, em relação ao primeiro,
funciona como
(A) retificação do que foi dito anteriormente.
(B) explicação de um dos termos anteriores.
(C) exemplificação de campanhas educativas.
(D) citação de casos motivadores de acidentes graves.
(E) enumeração de novas campanhas a serem feitas.
Comentário: Veja que o segundo período inicia-se com a palavra
“Campanhas”. Assim, essas campanhas “de mobilização pelo uso de cinto de
segurança”, “das práticas positivas na direção”, “da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir”, “do uso da faixa de pedestres” são os exemplos de
instrumentos de educação e conscientização, mencionados na afirmação
anterior.
Gabarito: C

Questão 35: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Galileu, maio 2009
“Alguns alimentos têm as características modificadas quando entram em
contato com o ar porque ocorre uma troca de umidade. Os pães ficam duros
porque têm muita água, e os biscoitos amolecem devido ao fato de quase não
levarem água”.
Em relação ao primeiro período do texto, o segundo período funciona como:
(A) oposição a uma afirmação anterior;
(B) retificação de algo afirmado;
(C) repetição, em outras palavras, de algo já dito;
(D) exemplificação de um fato;
(E) explicação de um conceito.
Comentário: Observe que o segundo período apresenta exemplos de alguns
alimentos que têm características modificadas quando entram em contato com
o ar, como “pães” e “biscoitos”.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Talvez você ficasse na dúvida entre as alternativas (C) e (E), porém
deve observar que o segundo não repetiu as informações com outras
palavras, não se quis reproduzir a informação anterior por meio de sinônimos.
Na alternativa (E), veja que não houve conceito no primeiro período, mas
apenas uma afirmação. Um exemplo de conceito seria: “Alimentos são todas
as substâncias e proteínas utilizadas pelos seres vivos como fontes de
energia.”. Além disso, vê-se que não houve uma simples explicação, mas
exemplos como confirmação da informação anterior.
Gabarito: D

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Questão 36: Prefeitura Uberlândia-SP 2012 Advogado (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Proteção, sim; violação de privacidade, não. Esse é o
desejo dos consumidores brasileiros que navegam na Internet. E esse é o
mote – mais que o mote, o alerta – que orienta a campanha lançada pelo
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira,
contra o Projeto de Lei 84/99, que trata de crimes cibernéticos.
O uso de travessões no parágrafo acima indica
A) uma citação textual.
B) introdução de uma enumeração.
C) dúvida e hesitação referentes às ideias do texto.
D) atribuição de expressividade ao trecho que eles separam.
E) destaque de palavras não características da linguagem padrão.
Comentário: O trecho entre travessões é um comentário à parte do autor, o
qual tem como finalidade intensificar o sentido do vocábulo “mote”. Assim,
entendemos que houve uma nova atribuição de expressividade ao trecho “E
esse é o mote ... que orienta a campanha lançada pelo Instituto Brasileiro de
Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira, contra o Projeto de Lei
84/99, que trata de crimes cibernéticos.”
Por isso, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 37: Prefeitura Riachuelo 2010 Aux. Adm. (banca Consulplan)


Fragmento do texto: O povo da cidade, que é o propriamente civilizado –
porque civilização significa, essencialmente, viver na cidade –, é feito de gente
sem cara, descaracterizada. Gente que perdeu a noção de suas origens,
esqueceu suas tradições, e que se deixa levar por qualquer novidade; seja um
sacerdote milagreiro, seja um programa de televisão. Sua qualidade principal
é a sua inconstância. Estão sempre mudando os seus modos e as suas modas.
No trecho “O povo da cidade, que é o propriamente civilizado – porque
civilização significa, essencialmente, viver na cidade – , é feito de gente sem
cara, descaracterizada.” O duplo travessão (− −) foi utilizado para:
A) Indicar que parte de uma citação foi omitida.
B) Dar ênfase ou destaque ao termo intercalado.
C) Marcar mudança de interlocutor no diálogo.
D) Isolar expressões populares.
E) Separar itens de numeração.
Comentário: A oração “porque civilização significa, essencialmente, viver na
cidade” é coordenada sindética explicativa. Normalmente não se intercala
oração coordenada. Neste caso, fazemos a interpretação de que o autor
inseriu um comentário explicativo para nortear o leitor a respeito do vocábulo
“civilização”.
Assim, como houve a inserção do comentário do autor, este trecho pode
ficar separado por dupla vírgula, duplo travessão ou parênteses.
Gabarito: B

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O que devo tomar nota como mais importante?

 Esquema do período composto por coordenação

______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


 Principais conjunções e seus valores semânticos (coordenadas)
1) Aditivas: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como
também, senão também, tanto...como.
2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do
verbo), por isso, então, assim, em vista disso.
5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

 Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna:



1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

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1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Grande abraço!!!
Professor Terror

Questão 1: Prefeitura Cascavel 2016 Agente (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Estudos de vários países têm demonstrado a crescente
ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente, as taxas de
novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos
novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos.
Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se
que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma
vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.
“Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade
entre 15 e 24 anos.” No trecho anterior, o ponto final ( . ) foi utilizado para
A) marcar uma transcrição. D) indicar dúvida ou incerteza.
B) enfatizar uma expressão. E) marcar pausa de longa duração.
C) anteceder uma explicação.

Questão 2: PMMG 2013 Assistente Administrativo (banca CRS PMMG)


Nas afirmativas abaixo, marque “V” se for verdadeira ou “F” se for falsa. Em
seguida, marque a alternativa que contém a sequência de respostas
CORRETA:
( ) O silêncio dos inocentes. (frase nominal),
( ) O homem é produto do meio. (oração / período simples)
( ) O silêncio vale ouro. (frase nominal)
( ) Pedro chegou motorizado e saiu a pé. (oração / período composto)
A. ( ) F, V, V, V.
B. ( ) V, F, V, V.
C. ( ) V, V, V, F.
D. ( ) V, V, F, V.

Questão 3: CODESP 2012 Artesão (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Pensaram mal do que viram e o mataram a flechadas.
Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.
Em “Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.”, o ponto final ( . ) foi utilizado
para

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A) marcar surpresa ou espanto. D) inserir uma explicação.


B) marcar uma maior pausa. E) acrescentar uma reflexão.
C) realizar um questionamento.

Questão 4: DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio)


A Associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a
bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São
cem, cento e vinte senhoras, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no
velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de
alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como
você está bonita, como você está conservada.”
Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens
de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o
avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a
aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com entusiasmo
os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo
para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de
esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da
aviação, todas se lançarão de paraquedas.
Alguns não abrirão. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria
possível sem um mínimo de titilantes incertezas.
SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras,
1995, p. 211. Adaptado.
O emprego das aspas em alguns trechos do texto desempenha principalmente
a função de
(A) indicar discurso de pessoa diferente do narrador.
(B) iniciar apresentação de textos desconhecidos do leitor.
(C) destacar elementos do enredo importantes para o leitor.
(D) sugerir importância das falas do cotidiano para a narrativa.
(E) demonstrar crítica do narrador ao conteúdo das frases.

Questão 5: Termobahia 2012 Técnico de Administração (banca Cesgranrio)


Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU
O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo
tratado de forma adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de
População das Nações Unidas, Michael Herrmann.
“O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande
e em crescimento, ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável
dos recursos naturais” [...] “As questões relacionadas à população estão
sendo tratadas de forma adequada nas negociações atuais? Eu acho que não.
O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-lo. Mas nós estaremos
enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de
desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no
planeta, onde estaremos vivendo e que estilo de vida teremos”, afirmou.
No Texto, as aspas são usadas para
(A) indicar desvio de significado original
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(B) citar falas de especialista em uma área


(C) assinalar exposição de crítica irônica
(D) destacar dados de estudos científicos
(E) inserir trechos de publicação especializada

Questão 6: CODEG 2013 Auxiliar-Administrativo (banca Consulplan)


Fragmento do texto: E isso pode criar uma situação inusitada – por instituir
uma pena branda demais, a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi-
lo. “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que
uma cesta básica”, diz Opice Blum. Aos criminosos, cometer o delito, ser pego
e ter de pagar pelo crime de invasão, pode compensar.
O uso da vírgula em “‘Tem muito computador por aí com informação que vale
muito mais do que uma cesta básica’, diz Opice Blum.” justifica-se por
A) separar um vocativo.
B) separar um adjunto adverbial anteposto.
C) acrescentar oração justaposta para registro de ato de fala.
D) antecipar um termo que será retomado por um pronome.
E) separar um adjunto adverbial na sua ordem natural para realçá-lo.

Questão 7: PM TO 2013 Nível médio (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Não é difícil para um hacker, com o conhecimento
técnico certo, invadir um computador pessoal e colher dali fotos e informações
que possa usar para denegrir a imagem da vítima na Internet ou chantageá-
la. Mas para alcançar seu objetivo, o criminoso depende da ajuda do usuário:
o clique em um link desconhecido, enviado na maioria das vezes por e-mail.
“O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente
favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou
mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo”, explica, ao
site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho.
O uso das aspas no texto indica
(A) citação textual.
(B) expressão em evidência.
(C) interrupção do pensamento.
(D) movimento ou continuação de um fato.

Questão 8: CODESP 2012 Agente Comunitário (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco.
Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi
pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez
uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus
dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em
suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda
pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-
a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós,
seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam
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a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de
produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos
educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser
sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são
dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta.
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
C) acrescentar uma reflexão.

Questão 9: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Administrativo (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu
quisesse saber das novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu
tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do Kennedy,
em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém
que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular
ou internet, e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de
escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar
com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.”
No trecho anterior, as reticências (...) foram utilizadas para:
A) Separar palavras da mesma classe gramatical.
B) Indicar continuação do pensamento.
C) Abreviar.
D) Suprimir, intencionalmente o verbo.
E) Destacar termos explicativos enfáticos.

Questão 10: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ)


Classifica-se como frase nominal:
A) “E por quê, amorzinho?” B) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.”
C) “Detesto!” D) “– Não me diga!”
E) “Tá todo cheio de buracos!”

Questão 11: CRA AC 2016 Assistente Administrativo (banca Quadrix)


Em “Sabemos que este ano será difícil e precisamos ter um cuidado especial
nos investimentos”:
(A) há apenas orações coordenadas entre si, já que as ideias são
sintaticamente independentes.
(B) ocorre período misto, já que há relações de coordenação e de
subordinação.
(C) ocorrem apenas relações de subordinação entre as orações, já que todas
são sintaticamente dependentes entre si.
(D) há apenas uma oração que, portanto, classifica-se como “absoluta”.
(E) ocorre período simples, já que, apesar de haver mais de uma forma
verbal, trata-se simplesmente de locuções de verbos.
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Questão 12: Pref Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan)
Fragmento do texto: As diversas formas de manipulação da linguagem
parecem indicar que existem duas realidades bastante diferentes: a realidade
objetiva e a realidade reconstruída pelo discurso da comunicação.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O período é constituído de: quatro orações, uma principal e três subordinadas.

Questão 13: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)


Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o
motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía
conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”.
A) Separar uma enumeração.
B) Separar expressões retificativas.
C) Separar uma aposição explicativa.
D) Separar termos que serão retomados por pronome.

Questão 14: AGU 2014 Agente Administrativo (banca IDECAN)


Ainda acerca da manchete "Luta domina Rio e estudantes vão continuar", é
correto afirmar que sua estrutura é composta por
a) três orações, sendo uma principal e duas subordinadas.
b) duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime adição.
c) uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa
acréscimo.
d) uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa
conclusão.
e) duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime uma
explicação.

Questão 15: UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN)


Fragmento do texto: Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer
coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a
frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno
vaso com terra e transplantou para ele a mudinha.
Em “... mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou.”
A partícula “e”, sublinhada nessa estrutura, estabelece entre as orações uma
ideia de
a) oposição.
b) conclusão.
c) acréscimo.
d) proporção.

Questão 16: Banco do Brasil 2015 Escriturário (banca Cesgranrio)

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Na última frase do texto, é transcrita a opinião de um empresário, para quem


“conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus
fornecedores”.
Considerando-se o conteúdo dessa opinião, que outra estrutura frasal poderia
representá-la?
(A) Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus
fornecedores.
(B) Conhecer bem o CDC é vital em especial para os lojistas assim como para
seus fornecedores.
(C) Conhecer bem o CDC é vital nem tanto para os lojistas como para seus
fornecedores.
(D) Conhecer bem o CDC é vital inclusive para os lojistas sem falar em seus
fornecedores.
(E) Conhecer bem o CDC é vital não tanto para os lojistas bem como para
seus fornecedores.

Questão 17: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV)


O segmento abaixo em que a conjunção E tem valor adversativo, e não
aditivo, é:
(A) “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais
rápida expansão”;
(B) “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros
impressionantes, influência política e prestígio”;
(C) “São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o
figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam”;
(D) “Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados
Unidos,..”;
(E) “Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e enormes prejuízos
para os clientes”.

Questão 18: CRA AC 2016 Assistente Administrativo (banca Quadrix)

Para fazer uma alteração sem mudança significativa de sentido, a palavra


"mas”, que aparece no quadrinho, só não poderia ser substituída por:

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(A) “porém”.
(B) “portanto”.
(C) “contudo”.
(D) “entretanto”.
(E) “todavia”.

Questão 19: UFPB 2016 Técnico Segurança do Trabalho (banca IDECAN)


“Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser
adaptadas em pouco tempo. No entanto, como os casos surgem de forma
esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo pelos
custos e pela inutilidade de imunizar milhões de pessoas em regiões poupadas
pelo vírus.”
O termo sublinhado, de acordo com o contexto, pode ser substituído por:
a) Portanto.
b) Porquanto.
c) Além disso.
d) Não obstante.

Questão 20: UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN)


Fragmento do texto: O princípio de que, para enfrentar a exclusão, é
preciso compreendê-la como processo que ocorre em várias circunstâncias, é
também adotado neste texto, acrescentando-se que a percepção no contexto
mais abrangente em que se situam: o da diversidade. O enfrentamento da
exclusão necessita do empenho acadêmico, social e político em decisões e
movimentos pela inclusão, justiça e autonomia dos sujeitos, respeitando-se
suas diferenças socioculturais e identitárias.
Contudo, ressalva-se que não se entende ou propõe o acolhimento à
diversidade como subalternização do outro, do diferente, como forma de
colonização, mas sim garantindo-se seus direitos à vida cidadã e, nesse
sentido, a sua efetiva participação nas decisões políticas e a sua afirmação
como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e
perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus
vários contornos. [...]
O 2º§ é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal
entre as informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser
substituído sem qualquer prejuízo semântico por:
a) Todavia.
b) Porquanto.
c) Desde que.
d) Consoante.

Questão 21: SEARH-RN 2016 Professor (banca IDECAN)


Fragmento do texto: Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu

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de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a”
aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar se maciamente no
ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus,
queríamos menos que comê la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse
fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de
perder a esperança:
– É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...
– Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com
ferocidade.
– Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei
sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz.
Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a
empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da
esperança.
O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa
esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer.
Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.
Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho
verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto
de pegar nas coisas, nunca tentei pegá la.
As palavras, de acordo com sua classificação morfológica e funções
comunicativas, podem apresentar diferentes efeitos discursivos. De acordo
com o exposto, analise dois segmentos a seguir.
I. “Mas ela vai esmigalhar a esperança!”
II. “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...”
Sobre os dois segmentos destacados anteriormente, é correto afirmar que
a) expressam uma relação de contraste entre dois fatos e/ou ideias.
b) demonstram realce a todas as alternativas do enunciado expresso.
c) demonstram a continuidade lógica do raciocínio iniciado anteriormente.
d) expressam relações diferentes tendo em vista o período anterior a cada
um.

Questão 22: CREFITO-8ª R 2013 Assistente Administrativo (banca IDECAN)


No período “Os Doutores da Alegria despertam o desejo pela vida através do
humor e riso, entretanto eles não conseguem melhorar o caos da saúde no
Brasil”, a oração sublinhada é classificada como oração coordenada sindética
a) aditiva.
b) conclusiva.
c) explicativa.
d) alternativa.
e) adversativa.

Questão 23: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os

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moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
Os conectivos sublinhados constroem uma estrutura que não se repete em:
(A) Consertem se os sinais ou o trânsito vai ficar caótico.
(B) Ora a culpa é da natureza, ora a culpa é das autoridades.
(C) A situação se repete seja por acaso, seja por inépcia.
(D) Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
(E) Já se reclama da chuva, já se protesta contra o prefeito.

Questão 24: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
O segmento sublinhado indica que os problemas dos habitantes da cidade de
São Paulo
(A) são mais graves que os das outras capitais brasileiras.
(B) atingem igualmente a todos os habitantes.
(C) perturbam mais gravemente as atividades produtivas.
(D) incomodam prioritariamente as classes mais pobres.
(E) permanecem durante todos os dias do ano.

Questão 25: AL MA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.

a) "É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover


crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive
de recuperação diante de deslizes sociais".
b) "Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o
certo e o errado à luz das regras sociais".
c) "Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o
viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que
cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger".
d) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar
a lei".
e) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas

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organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar


a lei".

Questão 26: PRODEB 2015 Assistente (banca IDECAN)


Fragmento do texto: A neurociência busca determinar como o cérebro afeta
o comportamento, e o Direito se preocupa em regular o comportamento.
Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um
peso cada vez maior nas leis. No Reino Unido, porém, existe uma enorme
brecha entre os avanços dos laboratórios e o dia a dia dos tribunais. Não há
fóruns de discussão para que cientistas e profissionais da Justiça explorem
temas de interesse comum. Em países como o Brasil, não é diferente. E isso
traz grandes consequências para a sociedade.
“Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um
peso cada vez maior nas leis."
O conectivo “assim" introduz uma
a) causa.
b) adição.
c) condição.
d) conclusão.

Questão 27: SSP AM 2015 Assistente Operacional (banca FGV)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que
lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros
está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente
esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o
“Você sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor público,
prendendo o guarda”.
(DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1990)
“... identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”; a oração
reduzida “prendendo o guarda” pode ser reescrita, em forma desenvolvida
adequada, do seguinte modo:
(A) quando prende o guarda;
(B) por isso prende o guarda;
(C) porém prendeu o guarda;
(D) portanto prendeu o guarda;
(E) e prende o guarda.

Questão 28: CEPISA 2012 Assistente Administrativo (banca Consulplan)


“E nós sabemos que não estamos tratando da Terra como deveríamos. Por
isso os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) preocupam-se
com o meio ambiente.”
O termo em destaque, no fragmento anterior, pode ser substituído sem que
haja prejuízo de sentido por

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A) já que.
B) em vista disso.
C) no entanto.
D) mas ainda.
E) assim como.

Questão 29: DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças
(“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós
embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas
nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente,
disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um
lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de
poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando
os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas.
No trecho do Texto “disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir”, o
sinal de dois-pontos pode ser substituído por um conectivo, mantendo-se a
mesma relação de sentido entre as orações.
Esse conectivo é
(A) todavia (B) embora (C) porque (D) então ( E) enquanto

Questão 30: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Felizmente, a inteligência nos permite encontrar
soluções e nos possibilita criar alternativas. O pensamento liberta! Não nos
contentamos em conhecer, não nos basta possuir, não somos seres passivos.
Nossos projetos buscam conectar-se à realidade e ampliá-la. Por exemplo,
milhares de pessoas leem livros de autoajuda, pois desejam mudar sua própria
realidade, ainda que os resultados sejam pequenos. Então, por que continuam
lendo? Porque a simples ideia de que “se pode” mudar enche o coração de
esperança.
“Não nos contentamos em conhecer, / não nos basta possuir, / não somos
seres passivos”; nesse trecho do texto há três segmentos destacados e, entre
eles, as conjunções adequadas seriam:
(A) mas – já que;
(B) e – pois;
(C) pois – e;
(D) já que – logo;
(E) porém – dado que.

Questão 31: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


Fragmento do texto: Particularmente, após o desastre da Região Serrana
(RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou se o Centro
Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força Tarefa
de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou se o
Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas

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ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos


desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.
“Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e
respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos”.
Com relação aos dois períodos desse segmento do texto, o segundo deles, em
relação ao primeiro, indica
(A) uma retificação.
(B) uma explicação.
(C) uma consequência.
(D) uma conclusão.
(E) uma concessão.

Questão 32: INEA 2013 – Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: 1. A década de 70 foi marcada pelo despertar das
preocupações ambientais. Até o início dos anos 80, as questões relacionadas
ao uso da água (geração de energia, abastecimento doméstico e industrial,
coleta de esgoto, lazer) e seu manuseio não levaram em conta as
consequências ambientais.
A reflexão 1 informa ao leitor que a década de 70 foi marcada pelo despertar
das preocupações ambientais. O segundo período dessa reflexão mostra
(A) uma contradição em relação ao que foi dito anteriormente.
(B) uma repetição, em outras palavras, do já informado.
(C) uma conclusão a partir dos dados antes fornecidos.
(D) uma retificação de uma informação equivocada.
(E) uma explicação de um termo de difícil compreensão.

Questão 33: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa
cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem
“onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da
violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante
depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
O segundo período do primeiro parágrafo, em relação ao anterior, tem valor de
(A) conclusão. (B) retificação. (C) consequência.
(D) explicação. (E) oposição.

Questão 34: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


“A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos
números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são

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comprovadamente eficientes”.
No caso desse segmento do texto, o segundo período, em relação ao primeiro,
funciona como
(A) retificação do que foi dito anteriormente.
(B) explicação de um dos termos anteriores.
(C) exemplificação de campanhas educativas.
(D) citação de casos motivadores de acidentes graves.
(E) enumeração de novas campanhas a serem feitas.

Questão 35: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Galileu, maio 2009
“Alguns alimentos têm as características modificadas quando entram em
contato com o ar porque ocorre uma troca de umidade. Os pães ficam duros
porque têm muita água, e os biscoitos amolecem devido ao fato de quase não
levarem água”.
Em relação ao primeiro período do texto, o segundo período funciona como:
(A) oposição a uma afirmação anterior;
(B) retificação de algo afirmado;
(C) repetição, em outras palavras, de algo já dito;
(D) exemplificação de um fato;
(E) explicação de um conceito.

Questão 36: Prefeitura Uberlândia-SP 2012 Advogado (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Proteção, sim; violação de privacidade, não. Esse é o
desejo dos consumidores brasileiros que navegam na Internet. E esse é o
mote – mais que o mote, o alerta – que orienta a campanha lançada pelo
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira,
contra o Projeto de Lei 84/99, que trata de crimes cibernéticos.
O uso de travessões no parágrafo acima indica
A) uma citação textual.
B) introdução de uma enumeração.
C) dúvida e hesitação referentes às ideias do texto.
D) atribuição de expressividade ao trecho que eles separam.
E) destaque de palavras não características da linguagem padrão.

Questão 37: Prefeitura Riachuelo 2010 Aux. Adm. (banca Consulplan)


Fragmento do texto: O povo da cidade, que é o propriamente civilizado –
porque civilização significa, essencialmente, viver na cidade –, é feito de gente
sem cara, descaracterizada. Gente que perdeu a noção de suas origens,
esqueceu suas tradições, e que se deixa levar por qualquer novidade; seja um
sacerdote milagreiro, seja um programa de televisão. Sua qualidade principal
é a sua inconstância. Estão sempre mudando os seus modos e as suas modas.
No trecho “O povo da cidade, que é o propriamente civilizado – porque
civilização significa, essencialmente, viver na cidade – , é feito de gente sem

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cara, descaracterizada.” O duplo travessão (− −) foi utilizado para:


A) Indicar que parte de uma citação foi omitida.
B) Dar ênfase ou destaque ao termo intercalado.
C) Marcar mudança de interlocutor no diálogo.
D) Isolar expressões populares.
E) Separar itens de numeração.

1E 2D 3B 4A 5B 6C 7A 8E 9B 10 A
11 B 12 E 13 A 14 B 15 C 16 A 17 E 18 B 19 D 20 A
21 D 22 E 23 D 24 B 25 E 26 D 27 E 28 B 29 C 30 B
31 B 32 B 33 D 34 C 35 D 36 D 37 B

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