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PREPARE

sua EMPRESA para a


Lei Geral de
PROTEÇÃO
de DADOS
Realização
A essa altura, você provavelmente já
ouviu falar sobre a Lei Geral de
Proteção de Dados (LGPD). Aprovada
em agosto de 2018, a LGPD é a
resposta brasileira a um movimento
global de países que reconheceram a
necessiapara as novas relações que se
estabelecem em uma sociedade cada
vez mais movida a dados (data-driven
society). Esse movimento começou há
décadas em outros países e blocos
econômicos e ganhou força em 2018,
com a vigência da nova regulação de
proteção de dados da União Europeia
- a General Data Protection Regulation
(GDPR).

Agora, o Brasil não só superou o atraso nessa pauta,


como soube se valer desse atraso, aprovando
uma regulação equilibrada, que conjuga a garantia
de direitos com o fomento à inovação. A LGPD, porque a lei traz uma série de exigências
assim como a GDPR, tem a função de proteger a relacionadas à segurança da informação no
privacidade e outras liberdades fundamentais dos sentido não só de prevenir o “vazamento” de
cidadãos, ao mesmo tempo em que promove o dados, mas, também, de remediá-los da forma
estímulo a modelos de negócios e políticas públicas
mais eficientes caso ocorram. Certamente,
que são viabilizadas através do tratamento de organizando esses quesitos, será mais fácil
dados pessoais e/ou a monetização dessas identificar e remediar qualquer tipo de
informações. incidente. Tratam-se de medidas cujo saldo
final pode agregar valor e competitividade
Apesar de uma nova regulação causar receios a uma organização.
em relação aos custos de conformidade
(o “Custo Brasil”), a LGPD representa uma Em agosto de 2020, todo negócio que fizer o uso de
janela de oportunidades. Primeiro, porque dados pessoais já deverá estar em conformidade
as organizações terão que colocar “ordem na com as novas premissas. Por isso, o processo de
casa”, na medida em que terão que conhecer adequação precisa se iniciar agora. Para te ajudar
Prepare sua empresa para a Lei Geral de Proteção de Dados

melhor todas as suas bases de dados e lhes com isso, este material faz um sobrevoo sobre a
atribuir uma finalidade específica. É um LGPD, explicando quais são seus objetivos, quais são
exercício que poderá trazer insights para se os seus pilares, as penalidades envolvidas e o que
repensar o próprio modelo de negócio e até você, como gestor em uma empresa, precisa fazer
mesmo para lançar novos produtos e serviços. para se adequar às exigências e canalizá-las como
Segundo, a adequação à legislação de dados um benefício para sua respectiva organização.
pessoais pode melhorar a reputação da
empresa, na medida em que o tratamento
adequado dos dados pode ser explorado no
Acompanhe conosco e
seu plano de comunicação para reforçar a
boa leitura!
4 confiança com o titular da informação. Terceiro,
LGPD
para quê?
Cada vez mais, organizações e iniciativas, aprendem a agregar valor e
otimizar as suas atividades a partir do uso de dados pessoais do seu
público alvo. Em muitos casos, isso implica, repetindo um mantra
ecoado há décadas, na “melhoria da experiência” de usuários-clientes,
que passam a contar com serviços mais personalizados e oferecidos em
momentos mais oportunos. Por outro lado, preocupações emergem à
medida que as pessoas passam a ser enxergadas e julgadas através dos
seus dados pessoais. Isso porque esses dados podem não só revelar
muito sobre a vida de seus titulares, mas também embasar
decisões a serem tomadas a seu respeito - como conferir
ou não crédito, conseguir ou não um emprego,
aprovar ou não a contratação de um plano de
saúde, etc.

Nesse contexto, a LGPD


estabelece o direito de cada
pessoa ter o controle dos seus
dados pessoais, ao mesmo
tempo em que procura oferecer
aos responsáveis pelos
tratamentos de dados a
segurança jurídica necessária
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para que possam investir em


suas atividades com a
tranquilidade de que estão
conduzindo uma atividade legal.

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A quem?
se aplica LGPD
Como o próprio nome diz, a LGPD é uma lei Nesse sentido, considerando que a LGPD
“geral”, ou seja, ela não se restringe a um se aplica, em regra, a qualquer uma das
único setor. Não atinge somente negócios atividades acima descritas, a organização
que exercem atividade na internet, mas como um todo terá que se preparar,
também os setores mais tradicionais da desde o departamento de recursos
economia (como o de saúde, automobilístico, humanos ao time de marketing.
energia elétrica, varejo, etc.).
Além disso, a LGPD, a exemplo do que
Na verdade, a LGPD aplica-se sempre que fez a GDPR europeia, estabeleceu um
for feito algum tipo de tratamento de dados vínculo de solidariedade entre quem é
pessoais, dentro ou fora da internet, uma espécie de gestor da cadeia de
utilizando ou não de meios automatizados. tratamento de dados – o controlador – e
Dessa forma, aplica-se às atividades online quem é o seu terceirizado, parceiro
e offline, tanto do setor público como do comercial – o processador. Assim, se
privado. houver um dano causado pelo
terceirizado, o gestor poderá ser acionado
Considera-se tratamento toda operação diretamente a repará-lo. Nesse sentido,
realizada com dados pessoais, o que inclui: obriga-se, diretamente ou indiretamente,
que controladores contratem apenas
processadores que estejam em
conformidade com as regras de proteção
de dados pessoais. Com isso, os próprios
atores da cadeia de tratamento de dados
mais do que fiscalizar uns aos outros,
tendem a escantear aqueles não
•coleta, produção, recepção, conformidade. Portanto, quem estiver
classificação, utilização, aces- em conformidade passa a ter uma
so, reprodução, transmissão, vantagem competitiva frente aos seus
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distribuição, processamento, pares retardatários, o que pode se


arquivamento, armazena- traduzir, inclusive, na valorização dos
mento, eliminação, avaliação seus serviços e produtos.
ou controle da informação,
modificação, comunicação, Por fim, é importante dizer que a lei
transferência, difusão ou ex- deverá se aplicar não somente aos
tração, entre outros. tratamentos de dados pessoais dentro
do território brasileiro, mas também aos
que são realizados fora do país, quando:

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Mas o que
são dados
• Os dados pessoais forem
coletados no Brasil;

• os dados forem relacionados a


indivíduos localizados no território
pessoais?
brasileiro;
Em uma regulação de proteção de dados, o conceito
• o tratamento tiver por objetivo a de dado pessoal tem um papel central, na medida
oferta de produtos e/ou serviços em que define a abrangência desta lei. Tudo que for
ao público brasileiro; entendido como dado pessoal deverá ser manipula-
do de acordo com as regras da LGPD.

O conceito adotado pela lei é bastante amplo: dado


pessoal é toda informação relacionada a pessoa
Por todos esses motivos, o seu natural identificada ou identificável. Assim, dados
impacto regulatório será maior pessoais são toda e qualquer informação que iden-
do que já experimentamos com tifique uma pessoa (como o nome, RG, CPF ou a bi-
o Código de Defesa do ometria) ou que permita a sua identificação, por
Consumidor na década de 90. É estabelecerem um vínculo indireto com ela (como
uma regulação que vai muito apelidos, fotos, endereços de e-mail, endereços
residenciais e endereços de IP).
além da relação do setor privado
com seus consumidores na Para alguns desses dados pessoais, a lei reserva um
“ponta”, mas, também, que regramento ainda mais cuidadoso. Isso porque en-
abraça seus vínculos com tende que esses podem ser usados com fins dis-
parceiros comerciais, com seus criminatórios. Nesse sentido, dados que revelem a
colaboradores e, por fim, com a origem racial ou étnica, a convicção religiosa, opinião
política ou mesmo dados referentes à saúde ou à
administração pública e seus vida sexual do seu titular, entre outros elencados na
concessionários que lidam com lei, são chamados de dados pessoais sensíveis.
os dados pessoais dos cidadãos
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Como saber se a minha empresa
pode ou não realizar determinados
tratamentos de dados?
Tendo sempre em conta os princípios na lei, constam também as hipóteses
e direitos previstos na LGPD, as de exercício regular de direitos,
organizações públicas e privadas só proteção da vida, formulação de
poderão tratar dados pessoais quando políticas públicas, proteção ao crédito
identificarem uma base legal que e da incolumidade física do titular.
justifique esse tratamento. Dessa
forma, a partir da intenção de se Há, em especial, uma base legal que
realizar um tratamento, é preciso tem sido apontada como a mais
buscar na lei a fundamentação mais flexível: o legítimo interesse. É uma
adequada para que esse tratamento hipótese que não constava das
seja legal. primeiras versões do anteprojeto de
lei, a qual foi incluída com o propósito
Na linha da GDPR, a LGPD reconheceu de não engessar a inovação, servindo
que a “regra de ouro” do consentimento de “apoio e promoção das atividades
não poderia mais ser a única a legitimar do controlador”. Contudo, o bônus do
um tratamento de dados. Assim, em legítimo interesse vem acompanhado
determinados casos, outras bases de um ônus, que é a documentação
legais como o cumprimento de uma dessa atividade de tratamento de
obrigação legal ou obrigação contratual dados que deve passar no teste de 4
serão mais adequadas para permitir o fases que a própria LGPD propõe, com
tratamento, e não será necessário respostas afirmativas para as
requerer o consentimento do titular. seguintes perguntas:
Entre as 10 (dez) bases legais previstas

1° 2° 3° 4°
Existe uma Está sendo tratado o A ação proposta é Serão implementados
finalidade legítima mínimo de dados compatível com a mecanismos de
para esse necessário para legítima expectativa mitigação de riscos,
tratamento, baseada atingir os fins do titular em relação bem como de garantias
em uma situação propostos? ao tratamento dos de transparência e
mecanismos de
concreta? seus dados?
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oposição para o titular?


A finalidade não Deve-se refletir se É necessário um
deve ser proibida com menos dados exercício de Um dos principais
por lei e não deve eu ainda consigo empatia, pelo qual a pontos a ser
ser especulativa, alcançar meu organização se observado é conferir
devendo ser objetivo: “menos é coloca no lugar da visibilidade ao
articulada da forma mais”. pessoa cujos dados tratamento de
mais detalhada estão sendo dados realizado com
possível. acessados e reflete essa base legal,
como ela se sentiria viabilizando que o
caso suas titular manifeste sua
informações fossem eventual
manipuladas de discordância.
8 determinada forma.
Como deve se dar o
É importante tratamento de dados?
destacar, no entanto,
que a base legal do A privacidade dos usuários deve ser
legítimo interesse considerada pela empresa desde a fase
não pode ser de concepção de um serviço ou produto
utilizada para até a sua execução (privacy by design). De
legitimar o maneira geral, só se pode tratar dados se
tratamento de dados isso servir a uma finalidade na prestação
sensíveis. Outros de serviços e desde que eles sejam
pontos de destaque necessários e adequados para esse fim.
da lei que precisam Os dados devem ser corretos e atualizados
ser levados em e os titulares devem ter livre acesso a eles,
consideração são: bem como a empresa deve ter uma
política mecanismos de transparência, no
sentido de que o titular de dados saiba
exatamente como seus dados estão
• Os dados de crianças sendo tratados e utilizados. Por fim, a
(até 11 anos) só empresa deve garantir a segurança dos
poderão ser tratados
dados, prevenindo vulnerabilidades, bem
com consentimento
como se responsabilizar por eles e prestar
dos pais ou
responsáveis legais; contas sobre suas ações.

• Se houver mudança Além dos princípios mencionados, os


de finalidade ou a direitos dos titulares também devem ser
intenção de realizar levados em conta e instrumentalizados
um novo tratamento pelos controladores e operadores. Entre
para os mesmos as garantias que a lei prevê, estão as de:
dados, deverá ser
identificada a base
legal mais adequada a
autorizar esse
tratamento específico, • pedir a eliminação, bloqueio ou
que pode ou não anomização (desidentificação) dos dados;
coincidir com a base
legal que autorizou o • ter seus dados armazenados de forma
segura e ser avisado em caso de violações;
primeiro tratamento.
• acessar e modificar dados incompletos,
incorretos e desatualizados;
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• pedir a portabilidade dos dados para


outros fornecedores;
• saber onde, por quanto tempo e por que
os dados são usados;

• revogar o consentimento de uso das


informações e se opor ao tratamento de
dados tratados com base em outras bases
legais (e.g., legítimo interesse);

• obter informações sobre as entidades


com quem o controlador compartilha os
dados.

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ação
Entrando
em

Para iniciar um projeto de estabelecer uma estratégia áreas de tecnologia da


conformidade, é de gerenciamento desses informação, recursos
importante estar aberto à riscos. Trata-se, portanto, humanos, marketing, etc.
necessidade de criar uma de um tripé: cognição, terão diferentes
nova cultura de mensuração e controle atribuições para a
privacidade na sua dos riscos. execução de um trabalho
empresa, alinhada com os coletivo. Enquanto o
princípios da LGPD, Assim, tendo em mente jurídico precisará
considerando sobretudo todo o conjunto de normas desenvolver atividades
a possibilidade de realizar que se aplica às atividades como a revisão dos
treinamentos para os desenvolvidas pela sua contratos, políticas de
colaboradores. Tão empresa, será importante proteção de dados e
importante quando criar um programa de códigos de conduta. O RH,
soluções tecnológicas, é o governança de privacidade, por exemplo, deve
elemento humano para que deverá envolver toda colaborar com a
que, holisticamente, a a instituição. implementação do
organização tenha uma programa em relação aos
mudança de mentalidade. É recomendável que se dados dos funcionários e
estabeleça um comitê alinhar com eles suas
De maneira geral, será interno de privacidade, expectativas de
preciso entender a que precisa ser escalonável privacidade.
própria organização e os para atender as diferentes
tratamentos de dados áreas da empresa e os A seguir, apresentaremos
envolvidos em suas respectivos dados pessoais uma possível metodologia a
atividades para avaliar os tratados. Nesse sentido, a ser adotada para dar início
riscos envolvidos. Em diretoria, a gerência, o a um processo de
seguida, será preciso jurídico/compliance, as conformidade:

1° 2° encarregado
Nomear um
Fazer um primeiro
inventário dos dados da
empresa (data mapping)

O primeiro passo é saber o que você Uma vez mapeados os fluxos de dados envolvidos
tem. É preciso mapear os dados nas atividades da empresa, é importante apontar
pessoais em posse sua empresa, os funcionários relacionados ao programa de
como nomes, endereços, endereços governança de privacidade ou mesmo um comitê.
IP e outros identificadores eletrônicos, A LGPD estabelece a necessidade de nomeação de
dados de geolocalização, dados de pessoa que será o canal de comunicação entre o
pagamento etc. Da mesma forma, controlador, os titulares de dados e a Autoridade
precisarão ser identificados eventuais Nacional de Proteção de Dados: o encarregado.
dados pessoais sensíveis ou de Não há a necessidade de ser uma pessoa física,
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crianças. Será preciso entender de podendo ser, por exemplo, o próprio Comitê
onde eles vêm, como a empresa os Interno de Privacidade ou uma entidade externa.
acessa, utiliza, descarta, enfim, o ciclo No entanto, em todos os casos, é necessário
de vida desses dados. Esse conhecer bem as regras de proteção, bem como
mapeamento dos dados e de seus desempenhar atividades importantes como
fluxos dentro da estrutura de coordenar as práticas educacionais e elaborar o
processamento da empresa permitirá relatório de impacto à proteção de dados pessoais.
que se consiga enxergar eventuais
pontos de desconformidade e a Já com a fotografia dos dados dentro da empresa e
necessidade de readequação. a atribuição de responsabilidades a quem vai atuar
no programa de governança de privacidade, é
recomendável que se elabore um relatório de
impacto à proteção de dados pessoais.
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Elaborar relatório(s)
3° de impacto
Elaborado com a ajuda de diferentes setores da empresa, o relatório de impacto à proteção
de dados (RIPD) tem a função de documentar os três processos principais em que uma
organização precisa se engajar para estar em conformidade com a lei ou sempre que inicie
um novo tratamento de dados por conta de um novo produto, serviço ou revisão do seu
modelo de negócio:

Avaliar os riscos Mitigação e Gerencia-


Entender
mento de riscos

A partir do mapeamento Analisar o risco em Nessa etapa, devem


de dados (data mapping), relação às atividades de ser apresentadas as
identificar quais são os tratamento de dados em medidas que a
pontos de desconformidade com a organização vai
desconformidade legislação de dados, empregar para estar
regulatória, o que vai classificando-os, por em conformidade com
desde o tratamento de exemplo, como de baixo, a lei e diminuir as
dados lastreado em uma médio ou alto risco, bem chances de incidentes
base legal não apropriada como a sua com os dados.
até questões de segurança probabilidade de
da informação. concretização.

A LGPD não define o “passo a passo” do do e modificado para se adequar à lei.


relatório de impacto, cabendo a cada or- Apesar de não ser, via de regra, um docu-
ganização definir o formato de documento mento obrigatório, considerando os
que melhor se adeque à sua realidade. Da benefícios que o RIPD pode trazer,
mesma forma, não precisa existir apenas recomenda-se a sua elaboração de manei-
um relatório de impacto. Muitas vezes, ra regular, independente de determinação
será mais adequado elaborar diferentes da ANPD. Além de ser uma ferramenta
relatórios para diferentes tipos de trata- pelo qual a organização presta contas so-
mentos de dados ou mesmo para difer- bre o seu estado de conformidade com a
entes produtos ou serviços ofertados pela legislação, é um exercício que pode trazer
empresa. insights para o seu modelo de negócio e
Segundo a LGPD, a ANPD (Autoridade Na-
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ser um gatilho de inovação da maneira


cional de Proteção de Dados) poderá exigir com que são manipulados os dados.
esse(s) documento(s) do controlador de da- Ao final, representa uma ação preventiva
dos em algumas situações, como nos casos diante da possibilidade de futuros ques-
em que uma organização realiza determina- tionamentos por órgãos reguladores e
do tratamento de dados valendo-se da base também de alinhamento e consolidação
legal do legítimo interesse. Dessa forma, o das próprias políticas de tratamento de
objetivo do legislador foi prever uma ferra- dados dentro da organização. Nesse senti-
menta de compliance que espelhasse o di- do, recomenda-se até mesmo a sua publi-
agnóstico e prognóstico de uma organização cação, quando possível, por gerar fiabili-
em relação ao tratamento de seus dados, dade e confiança junto ao seus respectivo
especialmente o que foi constatado, avalia- público-alvo.
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Mão na
massa
A partir do programa de governança elaborado,
é preciso garantir que as atividades de controle
e tratamento correto dos dados sejam
incorporadas em todos os níveis da empresa.
Isso deve incluir, em especial, o treinamento
de todo o time de colaboradores e dos usuários
de TI, fazendo uso, sempre que possível, de
soluções tecnológicas que possam contribuir
com essa adequação. Esse é um dos pontos
mais críticos, sendo necessário o engajamento
de toda a organização para uma efetiva
mudança de mentalidade com relação ao uso
de dados pessoais.

E se ocorrer um incidente com os dados?


É preciso ter em mente que as de medidas corretiva), a
empresas estarão sempre necessidade de tornar pública a
passíveis a incidentes, por mais infração, o bloqueio dos dados
que se engajem no processo de pessoais envolvidos no
adequação à LGPD e da tratamento indevido e até
promoção de seus valores. mesmo a eliminação desses
Existem riscos de destruição dados. Isso sem falar nas multas,
acidental ou ilegal, perda, que poderão representar até
alteração, divulgação não 2% do faturamento da empresa
autorizada ou acesso indevido a limitada, com o limite de R$ 50
dados pessoais. Por esse motivo, milhões por infração.
a LGPD oferece ferramentas
para mitigar esses incidentes. De qualquer forma, a postura
habitual da empresa em
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Se ocorrer uma violação de relação aos seus tratamentos


dados, essa deverá ser de dados será levada em
comunicada a ANPD e aos consideração para o
titulares dos dados atingidos em estabelecimento de
um prazo razoável, o que deverá penalidades pela Autoridade
ser precisado em regulação Nacional de Proteção de Dados
posterior. Em relação às (ANDP). Esse é um outro motivo
possíveis penalidades aplicáveis, pelo qual é tão importante
a LGPD prevê advertências (com implementar um bom
indicação de prazo para adoção programa de conformidade.

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A LGPD tem um enorme impacto econômico e
regulatório. Isso porque é quase impossível
pensar em uma empresa que não realize
nenhum tipo de tratamento de dados pessoais.
Para um processo de implementação eficiente,
é imprescindível que a empresa esteja aberta
à criação de uma nova cultura de privacidade,
engajando e criando sinergia entre os mais
diversos setores nessa tarefa.

É claro que uma mudança de cultura traz


consigo anseios e dificuldades. No entanto,
além da mera adequação à lei para evitar
multas e punições, a implementação de um
plano de conformidade representa a
oportunidade de experimentar bons “efeitos
colaterais”, que decorrem da reorganização
dos processos internos e novos insights sobre
os produtos e serviços oferecidos. A partir da
conformidade com o novo marco legal, se
pode projetar a sua empresa a um novo
patamar, alinhado com a nova realidade do
mercado e as crescentes expectativas dos
clientes em relação à proteção de seus dados.

Fique de olho nos próximos


conteúdos da Ingram Micro
para ficar por dentro das
atualizações!
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