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Ar te

tema 4 O texto teatral


6
tema 5 A música
tema 6 A dança

PEDRO GONZALEZ CASTILLO/LATINCONTENT/GETTY IMAGES


Bailarinos da companhia
chinesa Beijing Dance Thaeater.
México, outubro de 2012.

1 • 2 • 3 • 4

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Tema
4 O texto teatral

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

o.
iz Felipe Botelh
Trancoso, de Lu
edo da arca de
Cena da peça O segr

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Professor: A atividade de abertura tem por objetivo promover
uma discussão de aquecimento sobre o tema e levantar os

BOTELHO
conhecimentos prévios dos alunos. Deixe que eles apresentem
respostas livres às questões, individualmente ou em grupo.

LUIZ FELIPE
Converse com os colegas e o professor.

1 O que essa imagem mostra? O que mais


chamou sua atenção?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2 É possível identificar as personagens por


seus trajes?
3 Você consegue perceber qual é a história
da peça?
4 O que é necessário para a encenação de
uma peça de teatro?
Professor: Utilize a imagem de abertura para instigar nos alu-
nos a relação entre realidade e magia. Será que as personagens
criadas são reais? Imaginárias? Incentive a classe a pensar sobre
como o teatro transforma as ideias.

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O nascimento do teatro
Foi com os gregos, no final do século VI a.C., que o teatro assumiu uma
forma parecida com a que conhecemos hoje, com divisão de cenas, persona-
gens, conflito e localização. Antes ele já era praticado por egípcios, indianos e
chineses.
Uma das teorias mais aceitas diz que o teatro, na Grécia, nasceu das fes-
tas de celebração ao deus Dionísio. Nelas, as pessoas se fantasiavam e, em
procissão, cantavam músicas que narravam a vida do deus da fertilidade.
Coro. Grupo que
canta ou representa
No início do teatro havia apenas música e coro. Mais tarde surgiu o ator,
em uníssono o texto que dialogava com o coro e o público.
teatral. Apenas os homens podiam participar do teatro grego e faziam tanto
papéis masculinos como femininos. Como as peças eram encenadas em
grandes espaços, os atores usavam máscaras e coturnos, um tipo de sapato
que os deixava mais altos, para que o público os enxergasse melhor. As

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
máscaras, além de indicar o papel que o ator representava, ajudavam a
projetar a voz pela abertura localizada na altura da boca. Ao bater nas pa-
redes de pedra do teatro, a voz do ator era amplificada.

Os textos da tragédia grega faziam as pessoas


refletir sobre seus problemas e, a partir deles, ob-
ter ensinamentos para aplicar na vida cotidiana. As
tragédias sempre se inspiravam em temas mitoló-
gicos. Sofrimento e morte eram os castigos que as
personagens tinham de enfrentar para se redimir
dos erros cometidos. Textos trágicos como Édipo
INSTOCK

rei
rei, de Sófocles, e Medeia, de Eurípides, encanta-
RBIS/LAT

ram os gregos nos festivais dramáticos do século


SON/CO

V a.C. Já a comédia grega criticava os costumes


da sociedade e nem sempre se baseava em temas
M. WIL

mitológicos. Apenas as comédias do dramaturgo Aristófa-


PETER

Teatro de Dionísio, nes são conhecidas. Sua comédia mais famosa é Lisístrata, que abor-
em Atenas, Grécia. da os obstáculos provocados pela Guerra do Peloponeso, confronto
entre as cidades de Atenas e Esparta.

Professor: Lisístrata era


uma ateniense cansada
Agora, responda às questões.
das desavenças entre as ci-
dades de Atenas e Esparta 5 É correto afirmar que o teatro nasceu na Grécia? Por quê?
na Guerra do Peloponeso.
Ela decidiu liderar uma O teatro, como o conhecemos hoje, teve origem na Grécia, porém é possível encontrar formas
greve de sexo em Atenas
para que os homens pa-
diferenciadas de teatro em outras regiões e culturas da Antiguidade.
rassem a luta e estabele-
cessem a paz.
6 Você já foi ao teatro? Em sua opinião, a encenação teatral atual é muito diferente
da realizada na Grécia antiga? Converse com os colegas e com o professor.
Professor: Você pode utilizar a questão para um debate ou pedir aos alunos que escrevam ou desenhem as
diferenças entre a encenação do teatro contemporâneo e a do grego.
4

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Fique por Professor: Enredo é a história que será desenvolvida na peça. Pode ser realizado sem
o apoio de um texto dramático, como na mímica ou no teatro físico, mas aqui vamos

dentro partir do enredo como fio condutor para a construção do texto teatral.

O texto no teatro
Você viu a imagem de uma cena da peça O segredo da arca de Trancoso,
do dramaturgo e ator pernambucano Luiz Felipe Botelho. O espetáculo
teatral é sustentado por uma história a ser contada. O enredo dessa peça
teve por base o texto do autor português do século XVI Gonçalo Fernandes
Trancoso, que ficou famoso por suas histórias de mistério e ação, repletas
de animais falantes e seres fantásticos e inspiradas em contos orais.
O segredo da arca de Trancoso conta a história de um menino encarrega-
do, por uma misteriosa senhora, de levar a arca até seu dono. Despertando
a curiosidade do menino e de todos que a veem, a arca revela um conteúdo
diferente a cada pessoa que a abre.
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Observe a primeira cena dessa peça.

Cena I
De como K’Temeré escolhe uma criança para levar a arca ao seu destino
(Em sua velhice imponente, K’Temeré sai de casa varrendo as redondezas com
o olhar. Localizado o escolhido, a voz da anciã sai clara e decidida.)
K’Temeré – Menino! Menino! É você mesmo? Venha cá!
(O pirralho chega às pressas, prestativo, resfolegante. Botilde e Matilde obser- Anciã. Mulher idosa,
mais velha.
vam tudo, às escondidas.)
Menino – Senhora?
K’Temeré – Preciso de você para fazer um trabalho muito importante.
Menino – A senhora precisa de mim?
K’Temeré – Sim.
Menino – Então me diga, dona K’Temeré, o que é que eu tenho que fazer?
K’Temeré – Devolva esta arca a quem ela pertence. Siga pelo Caminho das
Cachoeiras. O dono da arca estará esperando no fim da estrada. Aí, é só entregar
a encomenda e a tarefa estará encerrada.
Menino – Não é muito longe?
K’Temeré – A distância é bobagem.
Menino – Sou muito criança. Não sei se vou conseguir chegar se for longe
demais.
K’Temeré – Já tem idade suficiente. Agora pegue a arca e vá!
Menino (pegando a arca) – O que tem aqui dentro?
K’Temeré – Isso não lhe interessa.
Menino – É que se for alguma coisa de valor talvez eu corra perigo.
K’Temeré – Perigo é se perder com o que não é da sua conta. Não tente abri-la
para ver o que tem dentro, entendeu? Sua missão é devolver a arca e nada mais.
Menino – Não posso nem dar uma olhadinha de nada?

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Professor: 1. Faça uma leitura dramática da cena com os alunos. Para isso, você poderá dividi-los em duplas.
2. O texto integral da peça está no livro de mesmo nome, cuja capa está reproduzida nesta página.

K’Temeré – Este é o perigo. Não se atreva! É bom que você saiba


REPRODUÇÃO

de uma coisa: a partir de agora, enquanto essa arca não chegar aonde
tem que chegar, você não conseguirá encontrar o caminho de sua casa.
Ouviu bem?
Menino – Ouvi... E se tentarem me atacar para levar a arca?
K’Temeré (saindo) – Use a inteligência.
Menino – Ah, dona K’Temeré, a quem é que vou entregar a enco-
menda? A senhora não disse.
K’Temeré – Entregue ao dono, ora essa.
Menino – Sim, mas quem é o dono? Qual é o nome dele? Como
eu vou saber quem é?
K’Temeré – Saberá na hora certa, no fim da estrada. Quando
você se encontrar com ele, saberá quem é.
Menino – Mas, dona K’Te...
K’Temeré (enérgica) – Vá embora! Faça o que tem que fazer!
(O Menino hesita alguns instantes, olha para o caminho a ser
percorrido, respira fundo e sai, num rompante. Botilde e Matilde

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saem com cautela do lugar onde estavam e avançam para o ponto
Capa do livro O em que o Menino estava.)
segredo da arca de
Trancoso.
Matilde – Uma caixa de surpresas, Botilde.
Botilde – O que será que tem dentro?
Matilde – Peças finas de algum mascate. Perfumes, sedas, coisas de mulher.
Botilde – Ou então ouro, joias, pedras preciosas.
Matilde – Moedas! Dinheiro de alguma herança.
Botilde – Estamos ricas, irmãzinha!
Hesitar. Estar Matilde – Riquíssimas! Vamos atrás dele antes que se distancie demais.
indeciso, confuso.
(Saem.)
Mascate. Vendedor
ambulante, BOTELHO, Luiz Felipe. O segredo da arca de Trancoso.
negociante. Ilustrações de André Neves. São Paulo: Paulinas, 2007.

Rompante. Reação
rápida ou violenta.
Agora que você já leu uma parte da história, responda às questões e faça a ativi-
dade a seguir.

7 Qual foi a base do enredo da peça O segredo da arca de Trancoso?


O enredo foi baseado no texto do autor português Gonçalo Fernandes Trancoso, que ficou

famoso por suas histórias de mistério e ação, repletas de animais falantes e seres fantásticos.

8 Qual é a história da peça?


A peça conta a história de um menino encarregado, por uma senhora, de levar uma misteriosa

arca até seu dono.

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9 Quais personagens aparecem na primeira cena?
K’Temeré, o Menino, Botilde e Matilde.

10 Com base no texto, como é a personagem K’Temeré?


É uma senhora idosa, decidida e enérgica. Não parece má, mas exerce seu poder com

autoridade.

Professor: O autor da peça


não informa especificamen-
11 Em que lugar se passa essa cena? te o local da cena. É possível
deduzir que o diálogo entre
Resposta pessoal. K’Temeré e o Menino se pas-
sa em uma rua ou floresta.
Vale lembrar que a conversa
entre os dois é acompanha-
da por Botilde e Matilde,
que estavam escondidas em
algum lugar próximo ao local
da ação, e que o Menino,
12 Um dos grandes mistérios da peça é o conteúdo da arca. No enredo, cada perso- após o diálogo, não sabe
exatamente que direção
nagem vê o que gostaria de encontrar no interior dela. Em sua opinião, o que há tomar para entregar a arca
dentro da arca? Desenhe em uma folha de papel sulfite. ao dono.
Professor: Se desejar, o aluno poderá utilizar a técnica de colagem.

O gênero dramático
Gênero dramático é a literatura escrita especialmente para o teatro, com
cenas e falas de cada personagem. Para o diretor montar a peça, o texto deve
conter as informações necessárias, com características específicas, tais como:
divisão de cenas: facilita os ensaios da peça e indica mudanças de cená-
rio e/ou entrada de personagens;
rubricas: são frases entre parênteses; indicam as ações das personagens
ou as emoções de cada fala;
personagens: são as condutoras da história. Sem elas, uma peça de tea-
tro não pode ser montada. São representadas por atores escolhidos pelo
autor ou diretor da peça;
conflito: a partir dele se cria o enredo da peça teatral, é sua trama central;
localização: indica onde e quando a história está situada. Às vezes, o
dramaturgo não fornece informações precisas sobre a localização. Nesse
caso, o diretor escolhe o lugar mais apropriado para a encenação, pois
conhece toda a história.

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Professor: Os três elementos básicos do teatro são texto, público

Leia as e atores. Os outros elementos, como cenário e figurino, comple-


mentam e ampliam a encenação teatral. Explique aos alunos que

imagens o texto teatral não precisa ser necessariamente falado. Texto,


em teatro, é também a ação e o jogo cênico (gestos, mímicas,
imagens), elementos que fazem parte do enredo de uma peça.

O teatro é uma manifestação artística coletiva que precisa do esforço e da


criatividade de diferentes profissionais. A partir do texto da peça e da ideia
do diretor do espetáculo, são criados os cenários, os figurinos, a maquiagem
das personagens, a música e a iluminação.

A maioria dos espetáculos teatrais envolve o trabalho destes profissionais:


Diretor ou encenador: responsável pela direção do espetáculo, orienta os
atores nos ensaios e os demais profissionais que trabalham na montagem.
Dramaturgo: escreve a peça.
Cenógrafo: cria os cenários utilizados na peça teatral.
Figurinista: desenha os figurinos (vestimentas utilizadas pelos atores)
e coordena o trabalho das costureiras que confeccionam as roupas das
personagens.

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Maquiador: responsável pela caracterização dos atores. A maquiagem
ajuda os espectadores a identificar características físicas e psicológicas das
personagens.
Sonoplasta: escolhe as músicas da peça e os sons que fazem parte do
espetáculo, como portas se abrindo, trovões ou buzinas.
Iluminador: cria o projeto de luz do espetáculo. A iluminação ajuda a
estabelecer o clima emocional da cena.

As duas imagens a seguir registram diferentes espetáculos teatrais.


GIL GROSSI

A/ZUCCA PRODUÇÕES
JULIO AUGUSTO ZUCC

us,
Shakespeare, da Cia. Pia Fra
Cena do espetáculo 100
São Paulo, 2007.
Cena do espetáculo O peq
uenino grão de areia, esc
Falcão e dirigido por Ma rito por João
rcelo Mello, Rio de Janeiro
, 2006.

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Considerando as duas cenas reproduzidas, responda às questões. Professor: O uso de per-
sonagens animadas não
descarta a presença dos
13 Uma história é contada com personagens interpretadas por atores, mas, às vezes, atores. São eles que ma-
nipulam os bonecos, em
pode ser apresentada utilizando-se outro recurso. Qual é esse recurso e em qual uma transferência do mo-
dos dois espetáculos ele é usado? delo de interpretação. Em
vez de seu próprio rosto e
Uma história pode ser contada por personagens animadas, como bonecos, fantoches ou corpo, os atores/manipu-
ladores utilizam o corpo
marionetes. O espetáculo que usa esse recurso é 100 Shakespeare, da Cia. Pia Fraus. dos bonecos como canal
expressivo. A manipulação
de bonecos é uma técnica
diferenciada e bastante
apurada.
14 Quais elementos teatrais facilitam a identificação das personagens e o trabalho
dos atores?
Os atores dão vida às personagens da peça teatral; portanto, a caracterização, composta de

figurino e maquiagem, ajuda na criação e facilita a compreensão pelo público.

Professor: Estimule os
alunos a participar da
discussão contando ex-
15 Se pudesse assistir a um desses dois espetáculos, qual escolheria? Por quê? Con- periências teatrais como
verse com os colegas e com o professor. Resposta pessoal. espectadores e atores.

O teatro de animação
No teatro de animação, o foco está no objeto inanimado e não no ator.
Objeto inanimado é qualquer matéria sem vida que, em cena, representa a
personagem, as ideias abstratas ou os conceitos.
Esses objetos inanimados podem ser:

O
REPRODUÇÃ
fantoches: bonecos que ganham vida com os movimentos da
mão ou dos dedos do ator;
marionetes: bonecos manipulados por fios invisíveis presos
na mão de uma pessoa. Às vezes é preciso mais de uma pes-
soa para manipulá-los, dependendo de seu tamanho ou mo-
vimentos.
LUIZ COSTA/SMCS

Cena de um es
petáculo da Ci
de Marionetes a. de Teatro
Yukiza. Essa co
existe desde o mpanhia
século XVII.
Curitiba, grupo que usa
Fantoches da Guarda Municipal de
es de cidad ania às crianças.
bonecos para ensinar noçõ
9

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O dramaturgo Luiz Felipe Botelho nas-

TELHO
ceu no Recife em 1959. Também trabalha

IZ FELIPE BO
como roteirista e diretor de vídeos. É formado
em arquitetura e, desde pequeno, é fascinado

LU
pelo universo da arte. O autor tem diversos

CORTESIA DE
textos publicados e encenados no Brasil.

Luiz Felipe Botelho.

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I. Criando fantoches de meia
Uma história pode ser contada por personagens inanimadas. Vamos
criar uma personagem com uma meia?

Material
uma meia de adulto;
papelão;
cola quente ou de tecido;
adereços (lantejoulas, miçangas, purpurina);
botões de vários tipos e tamanhos;
palha de aço;
algodão;
canudinhos plásticos;
tinta para tecido.

Procedimentos
1 Pensem nas características físicas do boneco: homem, mulher, adulto
ou criança.
2 Coloquem um pedaço de papelão dentro da meia para um lado não
grudar no outro.
3 Colem os adereços para formar cabelos, olhos, nariz, boca e orelhas do
boneco. Usem a tinta para tecido para criar os detalhes, se preferirem.
Os materiais devem ser usados de acordo com as características da
personagem a ser criada. Os cabelos podem ser feitos com palha de aço,

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lã, algodão, canudinhos plásticos ou retalhos de tecidos. Para os olhos,
usem botões, tampinhas de garrafa, lantejoulas ou miçangas. Quanto
mais materiais tiverem, mais criativo será o boneco.
4 Ao finalizar a confecção do boneco, vejam a produção dos outros
colegas e pensem na possibilidade de criar uma pequena história em
que todos os bonecos criados pela turma sejam as personagens.
Professor: Caso a tinta para tecido não esteja disponível, use guache, embora a cor não fique intensa.
Aproveite os bonecos criados para dar continuidade à atividade, explorando enredos e situações
dramáticas.

II. Criando desenhos de


figurinos para peça teatral
Um dos profissionais envolvidos em uma peça teatral é o figurinista,
responsável pela criação das roupas que dão vida às personagens. A partir
da cena do espetáculo O segredo da arca de Trancoso ou de outra história
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sugerida pelo grupo, crie propostas de figurino para as personagens.

Material
papel sulfite ou Canson;
lápis de cor, giz de cera ou canetinha;
lápis 6B;
papel color set para servir de moldura e expor os desenhos.
Professor: Criar figurinos
não é apenas desenhar
as personagens; é com-
Procedimentos preender o que o texto
teatral transmite. Portan-
1 A partir da cena ou peça escolhida, criem desenhos de figurinos que to, a partir dessa atividade,
poderiam ser usados pelos atores do espetáculo. Lembrem-se de que trabalhe com os alunos a
compreensão e a interpre-
o figurino deve estar de acordo com o estilo do texto teatral, o local tação de textos.
de encenação da peça e as características da personagem.
2 Antes de começar a desenhar e a pintar, analisem bem essas
informações.

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Tema
5 A música

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instrumentos.
um grup o de jazz e seus
Integrantes de

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Professor: A atividade de abertura tem por objetivo promover
uma discussão de aquecimento sobre o tema e levantar os
conhecimentos prévios dos alunos. Deixe que eles apresentem

ERSTOCK
respostas livres às questões, individualmente ou em grupo.

YAKOV/SHUTT
STAVCHANSKY

Converse com os colegas e o professor.

1 O que a imagem mostra?


2 Você identifica os instrumentos que as
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pessoas estão tocando? Quais são?


3 Qual é a origem da música?
4 Que estilos musicais você conhece?
Professor: Investigue o que os alunos conhecem sobre música,
se algum deles sabe tocar um instrumento, o tipo de música
de que gostam. Essas informações poderão ajudá-lo no desen-
volvimento do tema.

13

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O surgimento da música e
os instrumentos musicais

ES
AG
IM
ER
H
Os registros históricos mostram que, desde os

OT
N/
M
I/R
primórdios, os seres humanos homenageavam os

SK
W
DO
deuses e celebravam seus feitos cotidianos por meio

AN
W
LE
da música e da dança. Assim, as civilizações antigas

É
RV
HE
utilizavam a música como elemento essencial da vida co-
Glossário munitária e da expressão de emoções. Ânfora grega que
Técnica. Processo Na Grécia, a música consolidou-se como arte e retrata músicos
tocando lira e flauta.
de transmissão de técnica. Para os filósofos gregos, ela influenciava o com- Atenas, Grécia, 440-
conhecimentos,
habilidade prática.
portamento das pessoas. A educação musical era forte- -430 a.C. Museu do
Louvre, Paris, França.
mente estimulada, por ser um dos pilares da cidadania.
A música é um tema bastante recorrente na mitologia

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grega. Basta lembrar de Orfeu, músico que encantava os
animais selvagens com o som da lira, e das musas, deusas
do conhecimento e dos trabalhos artísticos. A voz das musas era tão bela
e harmoniosa que serviu de inspiração para a criação da palavra música.
Os instrumentos musicais são a base sonora de muitas culturas. A lira e a
harpa, instrumentos de cordas estendidas, remetem à cultura greco-romana.
Os tambores e outros instrumentos de percussão estão relacionados à cultura
africana.
As culturas tradicionais da África são diversas e cada grupo étnico tem
peculiaridades e costumes que influenciam a música que produzem. É
interessante destacar que a palavra ritmada e a relação da música com
o cotidiano africano são caracterís-
ticas presentes em quase todos os
grupos desse continente.
A música foi apenas uma das
heranças que os africanos trou-
xeram para o Brasil. A tradição
musical africana dividiu-se em
ritmos que se tornaram muito
populares, como o maracatu, o
jongo e o samba.
E VERGER RR
FUNDAÇÃO PIE

rger.
afia de Pierre Ve ileira.
no Brasil, fotogr na música bras
Três tambores ça de rit m os af ric an os
es en
É marcante a pr

14

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A
PAULO PEREIR
O maracatu é um ritmo de origem africana, proveniente
da região do Congo. É típico do Nordeste brasileiro e consis-
te em um desfile ritmado de coroação da rainha e do rei ne-
gros seguidos por sua corte. Os instrumentos musicais usa-
dos no maracatu são o agogô, as caixas, os ganzás e as alfaias.
O jongo é uma das origens do samba e foi trazido de
Angola no período da escravidão no Brasil. Trata-se de uma
dança e música em que homens e mulheres participam, em
círculo. Eles giram, cantam e batem palmas, acompanhando
a canção entoada pelo jongueiro, aquele que puxa a cantoria,
enquanto os outros respondem. O jongueiro pode ficar no
centro da roda, onde entram e saem os casais que dançam,
revezando os pares, ou no próprio círculo, assim como os
instrumentistas. Os tambores de diversos tamanhos, tocados
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

com as mãos, são os instrumentos mais característicos do jon-


go. O maior se chama tambu e o menor se chama candon-
gueiro. Além deles, há a puíta, uma espécie de cuíca, e o guiá,
chocalho feito de folhas de flandres ou latas. Grupo Cultural Jongo da
Serrinha apresentando-se
em São Paulo.

Agora que você conheceu um pouco sobre a origem da música, seus instrumentos
e suas influências, responda às questões e faça a atividade.

5 Quais deusas da mitologia grega inspiraram a criação da palavra música? Por quê?
As musas, deusas do conhecimento e dos trabalhos artísticos, inspiraram a criação da palavra

música. Segundo a mitologia, tinham uma voz bela que encantava os ouvintes.

6 Por que a música brasileira tem influência africana marcante? Explique. Professor: É importante
que os alunos compreen-
O sistema escravocrata marcou a sociedade brasileira. O Brasil consolidou-se economicamente dam que as tradições de
origem africana funda-
à custa do trabalho de negros capturados no continente africano e trazidos para cá a partir de mentam muitos de nos-
sos costumes e hábitos
e podem ser facilmente
1559. Esses povos africanos, bem como os indígenas e os colonizadores portugueses, formam identificadas em nossa
música.
a base do que conhecemos como cultura brasileira.

7 Desenhe uma roda de jongo em uma folha de papel sulfite.

15

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Os instrumentos musicais
Um instrumento musical é um objeto que produz sons e é criado pelo
homem. É preciso bater, sacudir, friccionar, soprar ou tocar o instrumento
para que ele produza sons harmoniosos. Os instrumentos musicais podem ser
classificados em três famílias: corda, sopro e percussão. Um exemplo de ins-
trumento de corda é o violino; de sopro, a flauta; e de percussão, os atabaques
(de origem africana e utilizados em diversos ritmos brasileiros).
Os instrumentos da família de cordas que têm cordas friccionadas por um
arco (viola, violino, violoncelo, contrabaixo) pertencem à subfamília dos arcos.
Os instrumentos de sopro produzem som com o sopro humano e podem
ser divididos em duas subfamílias: madeiras e metais. Todos os instrumentos
de sopro, mesmo os de metal, que têm palheta de madeira, são da subfamília
das madeiras. Palheta (ou bico do instrumento) é uma lâmina que vibra quan-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Professor: É chamado de do o músico assopra.
arco o instrumento que
produz som ao ser friccio- Nos instrumentos da subfamília dos metais, o esforço para produzir som
nado nas cordas. A flauta
transversal não tem palheta
é maior. Os músicos movimentam os lábios, e as bochechas incham de ar. É
de madeira. Ela faz parte necessário muito fôlego e técnica para produzir o som e as notas pretendidas.
da subfamília das madeiras
porque originalmente era
feita desse material.

Flauta
transversal

Clarinete
Instrumentos de
sopro da subfamília
das madeiras.
Fagote

Violino

Trompete Trompa
Violoncelo

Instrumentos de corda da subfamília dos arcos.

Trombone
Instrumentos de sopro da subfamília de vara
dos metais.

16

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Leia as
imagens
O artista carioca Heitor dos Prazeres (1898-1966) retratou cenas da dança e da
música brasileiras em obras bastante coloridas e luminosas. Veja duas delas.
ERES
A
ERES – SU
DOS PRAZ

A ARTE
S PRAZERES
DOS PRAZ

ERES – SU
ITORZINHO

RZINHO DO
RO HEITOR

DOS PRAZ
DE HE

O, DE HEITO
ÃO DO LIV
O,

RO HEITOR
U TEMP
ARTE E SE

E SEU TEMP
REPRODUÇ

ÃO DO LIV
REPRODUÇ
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Heitor dos
m ba no as falto, 1959, de × 59 cm. Pastora e do
is sambistas
Sa , 33 , 1963, de H
o sobre tela , Bélgica.
Prazeres. Óle eitor dos
Prazeres. Óle ch ed jian, Bruxelas Coleção Dr.
o sobre tela
, 37 × 45 cm
an ie l A Ary Ferreira, .
Coleção D Rio de Janeiro
.

Considerando o que você aprendeu sobre os tipos de instrumento musical e as


obras de Heitor dos Prazeres, responda às questões.

8 Em qual obra vemos um instrumento de corda?


Na obra Samba no asfalto, há um músico tocando cavaquinho.
9 De que família são os instrumentos retratados na obra Pastora e dois sambistas?
Pertencem à família dos instrumentos de percussão.
10 Que estilo musical você acha que as pessoas retratadas estão tocando?
Por quê?
Resposta pessoal.
SUA
S PRAZERES
PRAZERES –
ITORZINHO DO
HEITOR DOS
TEMPO, DE HE

Heitor dos Prazeres nasceu no Rio de


O DO LIVRO

Janeiro em 1898. Foi um grande compo-


REPRODUÇÃ
ARTE E SEU

sitor e pintor brasileiro. Sambista e ferre-


nho defensor da cultura popular, parti-
cipou da criação das grandes escolas de
samba do Rio de Janeiro, como a Estação
Primeira de Mangueira. O artista morreu
em sua cidade natal aos 68 anos. Heitor dos Praz
eres pintando
(1965). Cartaz em seu ateliê
comemorativo
de nascimento do centenário
do artista.

17

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I. Apreciando os sons
Vocês conheceram algumas características dos instrumentos musicais.
Agora vamos escutar os sons que eles produzem e depois desenhá-los.

Material
papel sulfite;
lápis;
CDs diversos;
aparelho de som;
régua.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Procedimentos
1 Com a régua, dividam a folha de papel sulfite em quatro espaços
iguais.
2 Vocês ouvirão quatro músicas que utilizam diferentes instrumentos
musicais, escolhidas pelo professor.
3 Quando a primeira música começar a tocar, tentem identificar o
instrumento que se destaca.
4 Quando a música acabar, desenhem em dois minutos o instrumento
identificado.
5 Repitam essa sequência até a quarta música.
6 Após ouvirem as músicas e desenharem os instrumentos, formem um
círculo para verificar se acertaram.
O desenho não precisa ficar perfeito, pois o objetivo da atividade é
apenas identificar os instrumentos.

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II. Brincando com os sons
dos instrumentos Professor: Você poderá
realizar essa atividade com
ritmos diferentes. Para
outras sugestões, consulte
Música é som e criatividade. Nessa atividade, vocês terão de criar sons o Plano de Aulas.
de instrumentos com a boca ou o corpo.

Material
pedacinhos de papel;
roupas confortáveis.

Procedimentos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1 Sentem-se em círculo. O professor colocará no centro vários


pedacinhos de papel com o nome de diversos instrumentos musicais
para serem sorteados.
2 Cada um de vocês deve retirar um pedacinho de papel.
3 O aluno deverá imitar o som do instrumento escrito no papel
sorteado. Caso não saiba, poderá convidar um colega a ajudá-lo.
4 Os alunos deverão identificar o instrumento imitado. Aquele que
acertar deverá escolher o próximo pedacinho de papel ou indicar
um colega para sortear.
Além de divertida, essa atividade ajuda a usar a criatividade e
desenvolver a audição.

19

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Tema
6 A dança

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2,60 × 3,90 m.
eo sobre tela,
19 10 , de He nri Matisse. Ól ia.
A dança, urgo, Rúss
ge, São Petersb
Museu Hermita
20

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Professor: A atividade de abertura tem por objetivo promover
uma discussão de aquecimento sobre o tema e levantar os
conhecimentos prévios dos alunos. Deixe que eles apresentem

ASIL, 2013
respostas livres às questões, individualmente ou em grupo.

R AUTUIS, BR
ENCIADO PO
BURGO – LIC
, SÃO PETERS

Converse com os colegas e o professor.


HERMITAGE

1 O que mais chama sua atenção na ima-


S MATISSE –

gem?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2 Que tipo de dança é ilustrada pelo artista?


LES HÉRITIER

Por que você acha isso?


3 Onde e quando surgiu a dança? Por que
as pessoas dançam?
4 Você gosta de dançar? Quais são seus
ritmos preferidos?
Professor: A linguagem corporal está muito presente no
cotidiano das crianças, embora a dança não seja comum nos
programas escolares. Aproveite esse momento para investi-
gar o conhecimento dos alunos sobre o tema. É importante
reforçar que a linguagem da dança é apropriada tanto para
meninas quanto para meninos e que há diversos estilos e
ritmos de dança.

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O nascimento da dança
O ser humano já dançava desde
a Pré-História. Antes mesmo de ar-
ticular palavras ou produzir sons,
ele movimentava o corpo para ex-
Glossário
pressar emoções e necessidades.

AGENS
Apreciação. Os primeiros registros de dan-

ULSAR IM
Observação
atenciosa,
ça datam dos períodos Paleo-

/P
lítico e Neolítico e mostram

MBARINI
valorização.
homens e mulheres dançando

GA
Cortejo. Desfile,

ADRIANO
procissão. desordenadamente até formar um
Disseminação.
círculo. É possível que o pintor francês Henri Arte rupestre encontrada
Difusão, Matisse (1905-1954) tenha se inspirado nesses no Parque Nacional
Serra da Capivara, Piauí.
espalhamento. registros para criar uma de suas obras mais co-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A imagem mostra uma
Erudito. Sofisticado, nhecidas: A dança. dança circular.
sábio. O ser humano das cavernas utilizava a dança
Reverência. como forma de se relacionar com a natureza, acreditando, inclusive, no
Saudação, poder de influência dessa expressão nos fenômenos naturais. Ele dançava
homenagem. em volta de uma fogueira para mostrar sua reverência ao poder da luz e para
que o sol continuasse a brilhar. Dançava também para imitar os movimentos
dos animais, com a finalidade de atraí-los para o abate na caça.
Nas grandes civilizações antigas, como a egípcia, a grega, a romana e
a indiana, ou nos reinos africanos, muitas vezes se usava a dança na ex-
pressão dos ritos religiosos ou nas grandes comemorações. No Egito, os
dançarinos faziam parte de uma
classe especial, e suas roupas,
quando usavam, eram bastante
TOCK

simples. Os movimentos eram


AKG-IMAGES/LATINS

geralmente simétricos, acompa-


nhados por palmas e realizados
em duplas ou grupos (figura).
Para os gregos, a dança tinha
função religiosa, mas também
era utilizada no treinamento
militar, na educação infantil e
Possível representação de dança realizada
em banquete da 18 Dinastia, entre 1550 e 1295 a.C.,
a nas festas. Os movimentos da
Mural da Tumba de Nebamun, Tebas, Egito. British dança seguiam regras da fun-
Museum, Londres, Reino Unido.
ção a que se destinavam. As
danças religiosas eram reali-
zadas em cortejo, com movi-
mentos ágeis e, às vezes, bruscos. As danças dionisíacas, em homenagem
ao deus Dionísio, eram realizadas por mulheres. Nas danças de Apolo, os
saltos e movimentos de luta eram realizados por homens.

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Antonio Canova, escultor italiano do século XVIII, retratou em diversas
obras cenas das prováveis danças gregas a partir de um rigoroso estudo
sobre a cultura clássica desse povo.
Atualmente, algumas cul-
turas ainda relacionam a
dança a rituais religiosos,

STOCK
como as indianas e africa-

ERAPHOTO/LATIN
nas. Outras culturas usam
a dança como arte e lazer.

/CAM
A disseminação dos estilos

ALBUM/AKG-IMAGES
e das técnicas de dança am-
pliou tanto a apreciação
dos espetáculos como o
acesso ao universo da dan-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ça. Do erudito ao popu-


lar, todos podem explorar
o prazer do movimento e Antonio Cano
va retrata, nesse relevo
do ritmo. os gregos antigos. , uma dança masculina
entre

Responda às questões com base no que você aprendeu sobre a dança. Depois,
faça a atividade 7.

5 De quando datam os primeiros registros sobre a dança? O que esses registros


relatam?
Os primeiros registros datam dos períodos Paleolítico e Neolítico. Relatam que existiam danças

circulares que mostravam o desejo do ser humano de influenciar os fenômenos naturais ou

obter ajuda nas situações cotidianas, como a caça.

6 Qual é a relação da dança de um povo com o lugar onde ele vive? Explique.
Resposta pessoal.
Professor: As práticas artísticas e cotidianas estão totalmente voltadas às crenças e à sua cultura de origem.
É importante os alunos compreenderem que as diferenças culturais são criadas pelos seres humanos em sociedade.

Professor: Os alunos já
trabalharam com as cul-
turas grega e egípcia e os
7 Crie uma ilustração a partir de uma dança da Antiguidade. Para enriquecer seu elementos estéticos que
desenho, aproveite as informações adquiridas sobre a civilização escolhida. as diferenciam.

23

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Fique por
dentro

S IMAGEN
Dança e cidadania

IGA/ABRIL
Aprendemos que os gregos utilizavam a

BRUNO VE
dança para educar jovens e crianças. Hoje, vá-
rias companhias de dança ou coreógrafos bra-
sileiros e estrangeiros utilizam a dança para que
crianças, jovens e adultos exerçam plenamente
sua cidadania.
Na região metropolitana de Belo Horizon-
te, o renomado Grupo Corpo criou o Projeto
Sambalelê, que atende mais de 600 crianças e
jovens que nunca tiveram acesso ao mundo
da dança. Em São Paulo, o Ballet Stagium
desenvolve diversas ações utilizando a dança

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
como instrumento de inclusão social.
O coreógrafo paulistano Ivaldo Bertazzo criou o Pro-
Espetáculo com Corpo de Dança de moradores jeto Cidadão Dançante. Seu objetivo é conscientizar e re-
de favelas do complexo da Maré, Rio de Janeiro. educar as pessoas sobre seus movimentos mais corriquei-
Coreografia de Ivaldo Bertazzo.
ros, mostrando que todos podem dançar e usar o corpo de
forma expressiva, artística e saudável.

Ivaldo Bertazzo desenvolve projetos de in-


PRESS

clusão social por meio da dança desde os anos


APP/FOLHA

1970. Pessoas de diferentes classes sociais e


KN

profissões podem desenvolver o ritmo e a


EDUARDO

conscientização corporal. Além do Cidadão


Dançante, Bertazzo criou, em 2002, o Pro-
jeto Dança Comunidade, em parceria com
o Sesc-SP. Na ocasião, recrutou jovens da
periferia de São Paulo para uma oficina de
dança e cultura, que logo resultou no es-
petáculo Samwaad, rua do encontro. Hoje,
esse grupo continua trabalhando e produ-
zindo outros espetáculos de dança a partir
de experiências culturais distintas.

Ivaldo Bertazzo e um de seus grupos de dança.

24

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Leia as

/FOLHAPRESS
imagens

DES
CAROLINA FERNAN
O universo da dança é muito vasto.
Cada país tem danças específicas, que
contam um pouco da origem e da cultura
de seu povo. O Brasil tem muitas danças
populares, por ser um país de grande di-
versidade cultural. Desfile do bloco Bac
alhau do Batata, em
As manifestações artísticas que chama- Olinda, Pernambuco
.
mos de populares são criadas pelo povo

I
LUCIANA CATTAN
ou inspiradas nele. Cada região do país
e seus respectivos habitantes têm danças
próprias e características. Elas têm origens
diferentes: religiosas, profanas (não religio-
sas), folclóricas, tradicionais ou modernas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Na região Nordeste, há uma grande va-


riedade de ritmos, como o frevo, que surgiu
em Pernambuco. A região Sul tem as danças
gauchescas, como o xote, uma manifestação
cultural típica da região.

Apresentação do xote,
dança típica da região
Sul do Brasil, no Festival
8 Quais tipos de movimento caracterizam o frevo e o xote? Explique. de Olímpia, São Paulo.

Resposta pessoal.
Professor: O frevo exige equilíbrio, por isso os dançarinos utilizam uma pequena sombrinha. Os movimentos
dessa dança são rápidos, com muitos saltos e uso constante da força dos pés, tanto para sustentar o corpo como
criar novos passos. O xote, dança gaúcha, é mais calmo e bailado. As pessoas ora dançam em pares, ora rodopiam
umas em volta das outras.

9 Como é a música que embala essas danças?


Resposta pessoal.
Professor: O frevo tem um ritmo constante e frenético. O xote pode alternar momentos suaves com mais inten-
sos. Como talvez os alunos não conheçam esses estilos músicais, peça para tentarem perceber o que as imagens
transmitem. Mas, após o exercício, seria interessante apresentar um CD com esses diferentes tipos de música.

10 Cada dança apresenta figurinos característicos. Faça uma colagem com recortes
de revista criando uma dessas roupas.
Professor: Os alunos podem criar imagens próximas às roupas usadas nas danças. Não precisam ser idênticas
às mostradas nas imagens. O interessante seria os alunos criarem outras propostas a partir das imagens.
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Explorando elementos espaciais
Seja qual for o ritmo, a dança sempre fará uso de movimentos
e direções no espaço. Nessa atividade, vamos explorar as sete
possibilidades de direção na dança. Antes, vamos conhecê-las.
O movimento pode ser dirigido: (1) para frente; (2) para trás; (3) para
os lados; (4) na diagonal; (5) em círculo; (6) para cima; (7) para baixo.
Ou ainda em combinações desses padrões (zigue-zague, ângulos retos,
quadrados, arcos etc.).

Material
roupas e calçados confortáveis, apropriados para atividades físicas;

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
aparelho de som;
CDs diversos.

Procedimentos
1 Formem grupos de sete pessoas. Esse número facilitará a realização
da tarefa. Cada aluno ficará com uma possibilidade de direção do
movimento.
2 Cada integrante poderá inventar um tipo de movimento, desde que a
direção definida seja respeitada.
3 Todos terão um tempo maior para mostrar e ensinar aos outros
integrantes do grupo os movimentos criados.
4 Vocês apresentarão o resultado das criações à turma. Portanto, serão
artistas e espectadores.
5 O professor escolherá uma música apropriada para acompanhar a
apresentação dos grupos. No primeiro ensaio, não se preocupem
com o ritmo da música, apenas tentem acertar a sequência dos
movimentos criados.
6 Após o ensaio inicial, cada grupo terá mais tempo para adaptar a
sequência coreográfica ao ritmo da música da apresentação.
7 Realizem a última apresentação, agora com movimentos e música no
mesmo ritmo.

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Explorando elementos
espaciais em um desenho
Você aprendeu que os movimentos de dança podem ter sete direções.
Nessa atividade, vamos explorá-los de outra forma.

Material
papéis diversos para recorte e colagem;
papel sulfite ou Canson;
tesoura;
cola;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

lápis de cor, canetinha ou giz de cera.

Procedimentos
1 Crie uma imagem com recortes de revista, pintura com lápis, giz ou
canetinha, explorando as possibilidades de movimento em dança,
como zigue-zagues, ângulos retos, quadrados e arcos.
2 Como você usará papel e não o corpo, tente fazer uma imagem
que passe a sensação de movimento. Para isso, use linhas curvas,
inclinadas e onduladas.

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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

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Sugestões de leitura

O segredo da arca de Trancoso, de Luiz Felipe Botelho. Ilustrações de André


Neves. São Paulo: Paulinas, 2007.
Inspirada no universo dos contos orais brasileiros, a peça conta a história de um menino
encarregado de levar uma misteriosa arca de madeira até um local distante. A arca tem
o poder de transformar a vida de todos os que tentam abri-la. Em uma sucessão de
surpresas, homens, mulheres, animais falantes e criaturas fantásticas aparecem na história
para tentar tomar a arca do menino. Depois de muitas aventuras, ele descobre
o verdadeiro segredo da arca de Trancoso.

Pequena viagem pelo mundo da dança, de Lenira Rengel e Rosana van


Langendonck. São Paulo: Moderna, 2006.
O livro leva a uma fascinante viagem pelo universo da dança, expressão artística que,
com os movimentos do corpo, expressa sentimentos e ideias. Começa pelos primeiros
registros dessa manifestação artística, passando pelas danças antigas do Egito, da
Grécia e da Índia até chegar às variações atuais. Fartamente ilustrado com reproduções
de obras de arte.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO

978-85-8247-613-0
49015454
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