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Aula 08

Curso de Teoria e Ques-. Co


Aula 08 - Prof. Fábio Dutra

AULA 08: Suspensão e Exclusão do Crédito


Tributário

SUMÁRIO PÁGINA
Observac;ões sobre a aula 01
Considerac;ões Iniciais 02
Suspensão da Exiqibilidade do Crédito Tributário 04
Exclusão do Crédito Tributário 28
Lista das Questões Comentadas em Aula 47
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 58
Legislação Pertinente 59
Súmulas Abordadas Durante a Aula 64
Principais Jurisprudências Abordadas Durante a Aula 65
Resumo da Aula 66

Observações sobre a Aula

Olá amigo (a), tudo bem?

É com muita satisfação que chegamos até aqui! Já estamos


começando a caminhar para o final do curso! Posso afirmar que se você
chegou até aqui, é um grande vencedor! Muitas pessoas desistem e não
chegam no final da jornada. Mas o resultado é muito compensador! Pode
acreditar que sim! ©

Embora não pareça tão complicado para você, e esse é o nosso grande
desafio como professor, o conteúdo estudado neste curso é extremamente
complexo e muito rico em detalhes, os quais devem ser memorizados!

Em relação à aula de hoje, o tema é bastante relevante para a prova!


Trata-se da suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário. Como se
trata de assunto bastante extenso, vamos estudar a suspensão e a exclusão
nesta aula, restando a extinção do crédito tributário para a próxima aula! A
assimilação certamente será maior!

Vamos começar!

"A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço."

Sun Tzu

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Caro aluno, ao estudarmos o crédito tributário, é essencial conhecer as


causas de sua suspensão, extinção e exclusão. São diversas situações
específicas e elencadas no Código Tributário Nacional. Na aula de hoje,
estudaremos minuciosamente as hipóteses de suspensão e exclusão do crédito
tributário, deixando o estudo da extinção para a próxima aula.

É importante ressaltar, contudo, que diversas questões cobram tão


somente o conhecimento básico deste assunto, de forma que o candidato deve
conseguir memorizar todas as hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do
crédito tributário. Dessa forma, neste momento, acredito que seja essencial
visualizarmos de antemão quais são essas hipóteses, para que você tenha
condições de responder a questões desta aula, ainda que estejam
relativamente ligadas à próxima aula. Tudo bem? Vamos lá?

Moratória

Depósito do seu montante integral


Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
tributário administrativo
Concessão de medida liminar em mandado de segurança
Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de
a ão ·udicial
Parcelamento

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Pagamento
Compensação

Transação
Remissão
Prescrição e Decadência
Conversão do depósito em renda
Pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
dis osto no arti o 150 e seus 1 o e 40
Consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2° do artigo 164
Decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa ue não mais ossa ser ob ·eto de a ão anulatória
Decisão judicial passada em julgado
Dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas
em lei

Isenção

Anistia

Observação: Reiteramos que apenas estamos conhecendo as causas de


suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário. É uma visão totalmente
generalizada sobre o assunto, que será detidamente estudado nesta e na
próxima aula.

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2 - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Nós já aprendemos que a obrigação tributária se torna exigível com a


constituição do crédito tributário, e que isso ocorre por meio do lançamento.
Correto?

Portanto, com a notificação ao sujeito passivo do lançamento efetuado,


este pode pagar ou impugnar. Mas o que ocorre caso o sujeito passivo não
pague ou mesmo se não lograr êxito na impugnação ( decisão desfavorável) e
deixar de pagar?

Da mesma forma que um comerciante não pode obrigar o seu cliente a


pagar o carnê vencido, a Fisco também não pode forçar a cobrança. Nesse
caso, a Fazenda Pública deve buscar o adimplemento da obrigação nas vias do
Poder Judiciário, com base na ação de execução fiscal.

Observação: Para o ajuizamento de uma ação de execução fiscal, é


necessário que o crédito tributário tenha sido inscrito em dívida ativa. Trata­
se de tema que ainda será estudado em outra aula.

No entanto, em alguns casos a Fazenda fica impedida de levar a cabo os


atos de cobrança. Isso se dá, pois o CTN estabeleceu algumas hipóteses,
denominadas "Suspensão do Crédito Tributário" pelo Código. A maioria dos
autores prefere denominar suspensão da exigibilidade do crédito
tributário. Tanto faz, pois na prova isso não muda nada.

As hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário são as


seguintes:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do


processo tributário administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras


espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

VI - o parcelamento. (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento


das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo
crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.

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Antes de estudarmos cada uma das modalidades de suspensão do


crédito tributário, temos de associar ao assunto de hoje algo que vimos na
aula sobre interpretação e integração da legislação tributária.

Estudamos em aula anterior que a legislação tributária que disponha


sobre suspensão do crédito tributário deve ser interpretada
literalmente. Com essa aula, você será capaz de responder com maior
segurança as questões sobre interpretação da legislação tributária.

Nessa linha de entendimento, o art. 141 do CTN estabeleceu que o


crédito tributário regularmente constituído só pode ter sua
exigibilidade suspensa nos casos previstos no próprio CTN.

Ademais, também deve ser destacado que o par. único do art. 151
assevera que a suspensão do crédito não implica dispensa de cumprimento das
obrigações acessórias. Logo, ainda que não seja exigida do contribuinte a
obrigação tributária principal, deve continuar cumprindo com as obrigações
acessórias estabelecidas na legislação tributária.

Tanto as pessoas imunes ou isentas, como aquelas que


venham a ter a exigibilidade do crédito tributário
ão suspensa, devem continuar cumprindo com as
obrigações acessórias. Guarde isso!

Por fim, outro ponto relevante é a discussão acerca da possibilidade de o


contribuinte tomar alguma medida, buscando a suspensão da exigibilidade do
crédito tributário, antes mesmo da sua constituição.

Nesse caso, deve ser lembrado que o que se suspende é a


exigibilidade do crédito tributário, e não o dever de lançar. Portanto, a
autoridade constitui o crédito, mas fica impedida de realizar a
cobrança do tributo ou penalidade.

Isso é bem lógico, pois se o Fisco ficasse impedido de efetuar o


lançamento, correria o risco de ser atingido pela decadência, perdendo o
direito de constituir o crédito tributário.

Guarde assim:

Suspensão antes do lançamento � É possível constituir o lançamento, mas


não pode ser feita a exigibilidade.

Suspensão depois do lançamento -+ A exigibilidade se suspende.

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Observação: Quando a causa suspensiva ocorre antes do lançamento, fica


estranho suspender algo que nem chegou a ser exigido. Portanto, na sua
prova, pode ser dito que quando a causa suspensiva ocorre antes do
lançamento, a exigibilidade do crédito tributário fica impedida de
ocorrer.

Vamos esquematizar as hipóteses da seguinte forma para facilitar a


memorização:

MOR
1 MORatória
1
DE
1 DEpósito do montante integral
1
R Reclamações e Recursos administrativos

LIM LIMinares em M.S. ou Liminar ou tutela antecipada em outras ações

Espero que com esse mnemon,co não fique difícil memorizar as


hipóteses. É claro que decorar por completo cada hipótese só é possível se
você souber o que significa. E é exatamente isso que iremos fazer de
agora em diante.

Vamos lá!

2.1 - Moratória

A moratória consiste em nada mais do que a dilatação do prazo para


cumprimento da obrigação. Ou seja, altera-se o prazo para pagamento do
tributo ou penalidade.

Com efeito, se houve a dilatação do prazo para pagamento das


obrigações, há suspensão temporária da exigibilidade do crédito tributário.
Deve, então, a Fazenda Pública aguardar o prazo previsto na lei que concedeu
a moratória para promover a exigência.

Uma leitura do art. 152 do CTN permite inferir que há dois tipos de
moratória: individual e geral. Vejamos:

Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:

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I - em caráter geral:

a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o


tributo a que se refira;

b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito


Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto
aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado;

II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa,


desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.

ão
11111!!====�=
Em qualquer caso, é necessária a edição de lei.

A moratória concedida em caráter individual ocorre quando o


benefício é restrito a determinadas pessoas, que preencham os
requisitos estabelecidos pela lei. Dessa forma, para que as pessoas gozem
da moratória, é necessário que comprovem à autoridade administrativa que
estão entre aquelas às quais a lei restringiu. Fica, então, a moratória
concedida pelo despacho da autoridade.

A moratória concedida em caráter geral, por outro lado, ocorre


quando a lei generaliza os sujeitos passivos que serão beneficiados. Não há,
portanto, necessidade de comprovação, nem despacho individual por
parte da autoridade administrativa.

Em relação à moratória geral, podemos dividi-la em dois tipos:


moratória autônoma (ou autonômica) e moratória heterônoma.

A moratória autônoma é aquela concedida pelo ente que detém a


competência tributária para instituir o tributo objeto do benefício. Por
exemplo: o Município de São Paulo concede moratória sobre o IPTU referente
aos imóveis situados em seu território.

A moratória heterônoma, por seu turno, é aquela concedida pela


União, quanto aos tributos de competência dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios. Por exemplo: a União concede moratória sobre o
IPTU referente aos imóveis situados no território do Município de São Paulo.

Há forte controvérsia doutrinária sobre a moratória heterônoma, sob a


alegação, em alguns casos, de que tal medida afetaria a autonomia dos entes
federativos. Frise-se que não há registros de que a moratória heterônoma
tenha sido concedida até hoje.

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Um dos motivos que podem ter levado à União não conceder a moratória
heterênoma é a forte restrição contida no art. 152, I, b, o qual estabelece que
se tal benefício for criado, deve ser concedido simultaneamente:

• Aos tributos de competência da União (todos os que ela já instituiu);


• Às obrigações de direito privado (contratos civis, empresariais e
trabalhistas).

Diante do exposto, percebe-se a natureza excepcionalíssima da


moratória heterênoma. A União só utilizaria dessa moratória em situações de
extrema relevância nacional.

Enfim, você já deve estar se perguntando: "e como eu faço na prova?"

O candidato deve ter em mente que há estudiosos do Direito defendendo


e atacando a moratória heterônoma. Nesse sentido, poderia surgir uma
questão dissertando sobre a existência da controvérsia doutrinária, o que está
correto. Por outro lado, não há posicionamento dos tribunais sobre o tema. Por
último, caindo a típica questão "segundo o CTN... ", você pode considerar
correta.

ão O mais importante é guardar as duas exigências


11111-========- que foram feitas à União.

É relevante também conhecer a redação do parágrafo único do art. 152,


do CTN, a seguir transcrito:

Art. 152: (. . .)

Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever


expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da
pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe
ou categoria de sujeitos passivos.

O dispositivo em epígrafe permite que a moratória seja concedida de


modo total, isto é, para todo o território do ente tributante (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), ou parcial, se estendendo apenas a parte do
referido território. Ricardo Lobo Torres1 explica que a moratória concedida de
modo parcial ''justifica-se em casos de calamidade pública, enchentes e
catástrofes que dificultem aos contribuintes o pagamento dos tributos.

1
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário, 12ºEdição. Pág. 285.

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Também encontra justificativa nas conjunturas desfavoráveis a certos ramos


de atividade."

Cumpre-nos destacar, ainda, que o CTN trouxe uma regra que, de certa
forma, restringe os créditos que serão abrangidos pela moratória. Vejamos:

Art.154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória


somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data
da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já
tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado
ao sujeito passivo.

Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo,


fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em
benefício daquele.

Em suma, o que se quis dizer no caput do art. 154 foi que a moratória
somente abrange os créditos tributários constituídos (após o lançamento)
e aqueles que já estão em fase de lançamento, mas ainda não concluídos. É
claro que, como está estampado no referido dispositivo, tudo isso ocorre
"salvo disposição de lei em contrário".

Portanto, é possível, por exemplo, que a lei preveja que a moratória


abrange também os fatos geradores ocorridos a pós a data da lei concessória,
mas que ainda não tenham sido objeto de lançamento.

Para finalizar, indo ao encontro dos objetivos da moratória, que é ajudar


quem realmente precisa, o CTN inibiu a extensão da benesse aos casos
de dolo, fraude ou simulação de sujeito passivo ou terceiros em
benefício daquele.

MORATORIA r
Salvo
disposição de
-1
...1 Créditos lançados 1
lei em contrário �: Créditos em fase de lançamento 1

� Não aproveita dolo, fraude


ou simulação

2.1.1 - Requisitos para concessão da moratória e moratória parcelada

No art. 153, o legislador estabeleceu os requisitos que devem estar


contidos na lei que venha a conceder a moratória. Perceba que é uma norma
direcionada ao legislador. Vejamos:

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Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua
concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros
requisitos:

I - o prazo de duração do favor;

II - as condições da concessão do favor em caráter individual;

III - sendo caso:

a) os tributos a que se aplica;

b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a


que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à
autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter
individual;

c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de


concessão em caráter individual.

Os requisitos se referem basicamente aos prazos, tributos a que se


aplica, e condições e garantias em se tratando de concessão em caráter
individual.

Na concessão da moratória em caráter individual


i1111-======º
ã
==- podem ser exigidas garantidas do sujeito passivo.

Perceba que na alínea "b", do inciso III, foi mencionado o número de


prestações e seus vencimentos. Trata-se da moratória parcelada, que
consiste na quitação da dívida tributária em parcelas.

Alguns entendem que esse é o texto que permite a concessão do


parcelamento, como suspensão do crédito tributário. No entanto, veja que o
parcelamento foi inserido, em 2001, como uma modalidade autônoma de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, VI). Portanto,
no inciso I, temos a previsão da moratória, e no inciso VI, a previsão do
parcelamento.

Portanto, em termos mais simples, a moratória parcelada não se


confunde com o parcelamento.

Os institutos possuem algumas distinções, como o caráter excepcional


da moratória, concedida como medida reparatória de desastres naturais ou
mesmo fatores econômicos e sociais. O parcelamento, por sua vez, é medida

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comum, destinada aos contribuintes que se encontram inadimplentes


( com dívidas vencidas).

Além disso, o parcelamento, salvo disposição de lei em contrário


(SDC), não exclui a incidência de juros e multas, algo que não condiz com
a natureza da moratória, que é concedida em função de fatos alheios à
vontade do contribuinte. Destaque-se que o próprio CTN não mencionou a
cobrança de juros na moratória, como o fez com o parcelamento.

Segue abaixo um quadro que sintetiza o que acabamos de ver:

MORATÓRIA PARCELADA PARCELAMENTO


Medida Excepcional Medida comum
Beneficia aqueles que sofrem com os Beneficia contribuintes inadimplentes,
efeitos de algum fenômeno natural, com objetivo de receber as dívidas,
econômico ou social. ainda que parceladamente.
Não há incidência de iuros e multas SDC. não exclui iuros e multas

2.1.2 - Moratória individual

Acabamos de estudar os aspectos gerais da moratória. Vimos que existe


a moratória concedida em caráter individual e aquela concedida em caráter
geral.

Para a concessão da moratória em caráter individual, como já foi dito, é


necessário que beneficiário preencha as condições e os requisitos estabelecidos
pela lei. Caso não sejam cumpridos ou o deixem de ser, as consequências
foram previstas no art. 155 do CTN, cuja redação é a seguinte:

Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera


direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o
beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou
não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a
concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de
mora:

I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação


do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele;

II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.

Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido


entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para
efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II
deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido
direito.

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Observação: O art. 155 também se aplica a outros benefícios fiscais


previstos no CTN, quando concedidos de modo individual. São eles:
parcelamento (art. 155-A, § 2º), remissão (art. 172, par. único), isenção
(art. 179, § 2º) e anistia (art. 182, par. único). Todos serão estudados
em momento oportuno.

Grave o mnemônico: M (Moratória), A (Anistia), R (Remissão), I (Isenção)


e PA ( Parcelamento) = MARIPA

Moratória em caráter individual: não gera direito


ão adquirido.
i!!!!!!::===�::,
Moratória em caráter geral: gera direito adquirido.

Você deve saber que a moratória individual não gera direito


adquirido. Por isso, em alguns casos, basta que o sujeito passivo comprove
que faz parte do rol daqueles alcançados pela moratória. Em outros, no
entanto, o sujeito passivo pode ter que comprovar sua regularidade durante o
prazo em que gozar do benefício (manter as prestações da moratória parcelada
"em dia").

De qualquer modo, não estando satisfeitos os requisitos ou as condições,


a moratória é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o
crédito tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que
houve dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar
ilicitamente da moratória, haverá, ainda, imposição de penalidade.

Cabe ressaltar também que há outra consequência em se tratando da


revogação da moratória: a contagem do prazo de prescrição. Se houve dolo ou
simulação, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação
não é contado para fins de prescrição. Por outro lado, se não houve dolo ou
simulação, a revogação da moratória só pode ocorrer antes de findar o prazo
prescricional.

Observação: O prazo prescricional é aquele que a Fazenda tem, após a


constituição definitiva do crédito tributário, para propor a ação de execução
fiscal, a fim de receber o valor devido, caso não haja pagamento por parte do
sujeito passivo. O tema ainda será estudado no curso.

2.2 - Parcelamento

Nós vimos que no tópico anterior que o parcelamento não se confunde


com a moratória parcelada. O parcelamento é uma medida criada para
que os devedores inadimplentes tenham condições de cumprir com as
obrigações tributárias.

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Com o advento da Lei Complementar 104/2001, foi incluído o art. 155-A


ao CTN, o qual sofreu alterações com a LC 118/2005. Vamos explicar tudo isso
a partir de agora. Vejamos a redação do dispositivo citado:

Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição


estabelecidas em lei específica. (Incluído pela Lcp n ° 104, de
10.1.2001)

§ lo Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do


crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas.
(Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta


Lei, relativas à moratória. (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento


dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial.
(Incluído pela Lcp n ° 118, de 2005)

§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo


importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da
Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste
caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei
federal específica. (Incluído pela Lcp n ° 118, de 2005)

Em primeiro lugar, deve-se ter em mente que o parcelamento só pode


ser concedido com base em lei específica. Portanto, se o Estado da Bahia
desejar conceder parcelamento para os créditos tributários relativos ao IPVA,
deve disciplinar o assunto em lei específica estadual, obedecidas as normas
gerais do CTN.

No caso específico do ICMS, com base no art. 10, da LC


24/75, exige-se autorização para concessão de
ão parcelamento, a ser definida nos convênios realizados no
âmbito do CONFAZ.

Além disso, por se tratar de situação corriqueira (não é excepcional,


como a moratória), o parcelamento do crédito tributário, salvo disposição de
lei em contrário, não exclui a incidência de juros e multas.

Observação: Lembre-se que o STJ já decidiu que o parcelamento não


equivale ao pagamento do tributo, não sendo suficiente para configurar a
denúncia espontânea.

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Destaque-se também que ao parcelamento aplicam-se as disposições do


CTN, relativas à moratória. Tendo em vista a semelhança entre os dois
institutos, faz muito sentido o legislador não repetir tudo o que disse em
relação à moratória. Lembre-se do mnemônico MARIPA!

Outro aspecto a ser estudado sobre o parcelamento é a previsão contida


no § 3 º do art. 155, do CTN, para que cada ente federativo venha criar uma
"segunda lei específica", dispondo sobre as condições de parcelamento
dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. O objetivo
é criar meios diferenciados para que a empresa supere a crise econômico­
financeira pela qual está passando.

Desse modo, cada ente terá duas leis específicas, uma versando sobre
as regras genéricas do parcelamento, e outra definindo regras especiais para o
parcelamento da dívida tributária das empresas em recuperação judicial.

Se, porventura, o ente não possuir a lei sobre o parcelamento dos


débitos do devedor em recuperação judicial, prevê o § 4°, do art. 155,
aplicam-se as regras genéricas de parcelamento daquele ente, não podendo
esta ter prazo de parcelamento inferior à lei específica sobre
parcelamento em recuperação judicial.

Vamos exemplificar: imaginemos que o Município de Curitiba não tenha


editado lei específica sobre o parcelamento de crédito tributário para
devedores em recuperação judicial. Considere também as seguintes
informações:

Prazo máximo de parcelamento da lei geral de parcelamento de Curitiba: 60


meses.

Prazo máximo de parcelamento da lei geral de parcelamento da União: 48


meses.

Prazo máximo de parcelamento da lei específica de parcelamento para


devedores em recuperação judicial da União: 72 meses.

Pergunta-se: qual o prazo deve ser aplicado ao parcelamento de tributo


municipal, quando o devedor se encontra em recuperação judicial? 72 meses.

2.3 - Reclamações e recursos no âmbito do processo administrativo


fiscal

Diante de lançamento efetuado com o qual não concorda, o sujeito


passivo pode impugná-lo tanto na via administrativa como na via judicial. Ao
optar pela via administrativa, o sujeito passivo goza de algumas vantagens,
dentre as quais se destaca a suspensão da exigibilidade do crédito
tributário.

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Palavras que podem ser cobradas na prova como causas


de suspensão do crédito tributário: impugnação,
ão processo administrativo, reclamação e recursos
administrativos.

Como ainda será explicado, na via judicial, o mero ajuizamento da ação


não suspende, por si só, a exigência do crédito tributário, sendo necessário
que o sujeito passivo tome medidas como o depósito do montante exigido pelo
fisco. Diferentemente, no âmbito administrativo, instaurado o processo
administrativo, a exigência do crédito tributário fica suspensa.

Vale salientar que, anteriormente, o STF possuía o entendimento de ser


possível a exigência de depósito como condição de procedibilidade para recurso
interposto em processo administrativo fiscal. Entretanto, esse entendimento
mudou, culminando na edição da seguinte súmula vinculante:

Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou


arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso
administrativo.

Ademais, cabe destacar que esse também é o entendimento do STJ:

Súmula STJ 373 - É ilegítima a exigência de depósito prévio para


admissibilidade de recurso administrativo.

Por fim, deve-se ter em mente que a suspensão do crédito tributária, em


se tratando de instauração de processo administrativo fiscal, é temporária,
ocorrendo apenas durante o litígio. Com a decisão administrativa final
favorável ao sujeito passivo, o crédito tributário fica extinto (CTN, art.
156, IX). Por outro lado, se a decisão for desfavorável, o crédito volta a
se tornar exigível.

Vale ressaltar também que, no caso de decisão desfavorável ao sujeito


passivo na órbita administrativa, sempre será possível ingressar com ação
judicial, tendo em vista o princípio da inafastabilidade de jurisdição
(CF/88, art. 5°, XXXV).

Se a decisão final do processo administrativo for


desfavorável ao contribuinte, este deverá arcar
ão também com os encargos moratórios porventura
devidos.

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2.4 - Liminar em mandado de segurança ou liminares ( ou tutela


antecipada) em outras ações judiciais

O CTN estabelece duas modalidades de suspensão da exigibilidade do


crédito tributário, originadas de decisões proferidas no âmbito do Poder
Judiciário:

• Concessão de medida liminar em mandado de segurança (Art. 151, IV);


• Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies
de ação (Art. 151, V).

Inicialmente, deve-se entender, a grosso modo, o que vem a ser o


mandado de segurança. Trata-se de uma ação judicial, que tem por objetivo
defender direito líquido e certo ameaçado, na seara do Direito Tributário,
pela autoridade fiscal. O direito líquido e certo é aquele que pode ser provado
sem a necessidade de produção de provas em juízo.

Ocorre que em alguns casos, o juiz entende que deve ser tomada
alguma medida contra o ato praticado pela autoridade fiscal, para que
suspendê-lo até que se decida o mérito da ação judicial. Fica, então,
concedida a medida liminar no mandado de segurança.

Destaque-se que para a concessão da medida liminar são necessanos


dois requisitos essenciais: o perigo da demora ou pericu/um in mora e a
relevância do fundamento ou fumus boni juris. Portanto, o juiz somente
deve conceder liminar se ficar claro que o decorrer do tempo pode prejudicar a
eficácia da ação, caso seja concedida no mérito da ação, e se houver
fundamento relevante.

Finalmente, concedida a liminar em sede de mandado de segurança, a


exigibilidade do crédito tributário fica suspensa até a decisão. Isso não significa
que o contribuinte deixará de pagar o tributo. Caso o juiz venha decidir que o
ato da autoridade administrativa (lançamento, neste caso específico) não
descumpriu a lei, o sujeito passivo deve pagar o tributo. Por outro lado, caso a
decisão judicial final seja em favor do contribuinte, o crédito tributário
fica extinto.

Crédito tributário fica suspenso até a decisão final,


que pode ser:

ão Em favor do contribuinte: extingue-se o crédito


-====�=
11111
tributário.

Em favor da Fazenda Pública: volta a ser exi ível.

Um típico exemplo que justifica a concessão de medida liminar, deixando


clara a existência do fumus bonis juris e do pericu/um in mora (vamos nos
acostumando com esses termos) ocorre quando o contribuinte é alvo de

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cobrança ilegal de um tributo, ficando impedido de participar de licitações


públicas, por estar em débito com o fisco. Se a medida liminar não for
concedida, e, ao final da ação, ficar comprovado que a exigência era mesmo
ilegal, de nada adiantou a ação judicial. Ficou claro?

Deve-se destacar também o entendimento do STJ (RMS 3.881/SP), no


sentido de que, se o juiz condiciona a concessão da medida liminar à
realização do depósito do montante integral (causa suspensiva a ser
estudada ainda nesta aula), está, na realidade, indeferindo a liminar. A
justificativa para esse entendimento é que o depósito pode ser feito em
qualquer caso, sendo direito do contribuinte. Se a liminar fica condicionada ao
depósito, o contribuinte está suspendendo o crédito tributário por outra via.

Vejamos a ementa desse julgado:

EMENTA DA DECISÃO DE 01.09.1997: TRIBUTARIO. SUSPENSÃO DA


EXIGIBILIDADE DO CREDITO TRIBUTARIO. DISTINÇÃO ENTRE MEDIDA
LIMINAR E DEPOSITO DO TRIBUTO CONTROVERTIDO. A medida liminar em
mandado de segurança suspende a exigibilidade do credito tributário,
independentemente do deposito do tributo controvertido; se o juiz
condiciona a concessão da medida liminar a realização do deposito,
está, na verdade, indeferindo a medida liminar. Recurso ordinário
provido em parte.

(STJ, Segunda Turma, RMS 3.881/SP, Rei. Min. Ari Pargendler, Julgamento
em 01/09/1997)

A respeito do mandado de segurança, você deve ter percebido que há


algumas restrições, como, por exemplo, a necessidade de comprovar a
existência de direito líquido e certo. Ademais, a ação só pode ser impetrada
dentro de 120 dias, a contar da ciência do interessado do ato praticado pela
autoridade (notificação do lançamento, por exemplo).

"E se o contribuinte perder o prazo, por exemplo, o que deve fazer para
impugnar judicialmente o ato ilegal?"

Nesse caso, é possível recorrer a outras espec1es de ações judiciais


diversas do mandado de segurança, obtendo liminares ou tutelas antecipadas,
que, da mesma forma como a liminar no mandado de segurança, suspendem a
exigibilidade do crédito tributário.

Observação: A medida liminar e a tutela antecipada são semelhantes, mas


não se confundem. Enquanto a liminar tem por objetivo acautelar o direito do
autor da ação já no momento do ajuizamento da ação, a tutela antecipada
consiste na antecipação da própria pretensão do autor atendida antes da
sentença.

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2.5 - Depósito do montante integral

O depósito do montante integral é direito subjetivo do


contribuinte, podendo ser realizado tanto na via judicial quanto na
administrativa, embora nesta seja bastante atípico.

11111!!====�=
ão O depósito deve ser do valor exigido pela Fazenda.

Como você já deve ter visto, não se inclui nas modalidades de


suspensão da exigibilidade do crédito tributário o ajuizamento de ação
judicial. Portanto, se o contribuinte ingressa com uma ação judicial com o
intuito de discutir a legitimidade da cobrança que está sendo feita, nada
impede que o fisco, durante o curso da ação, entre com outra ação de
execução fiscal.

Surgem, então, duas opções para o sujeito passivo: tentar obter


liminar ou tutela antecipada (CTN, art. 151, IV e V) ou realizar o depósito
do montante integral (CTN, art. 151, II). Como a concessão de uma liminar
está condicionada à comprovação do perigo da demora e da relevância do
fundamento, nem sempre resta outra saída para o sujeito passivo a não ser o
depósito do montante integral.

Cabe destacar que o depósito é facultativo, ou seja, mesmo que não


efetue o depósito do montante integral, o sujeito passivo tem o direito de
contestar o lançamento no Judiciário. A única diferença, neste caso, é que
não haverá suspensão da exigibilidade do crédito. Vejamos o que diz a
Súmula Vinculante 28 do STF:

Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio


como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda
discutir a exigibilidade de crédito tributário.

Ainda que a liminar seja concedida, o sujeito


passivo pode efetuar o depósito, com o objetivo de
ão impedir a fluência dos juros de mora, caso o crédito
-====�=
11111
volte a ser exigível posteriormente, se a decisão de
mérito for favorável à Fazenda Pública.

Sobre o depósito integral, o STJ entende que para suspender a


exigibilidade do crédito tributário deve ser feito integralmente e em dinheiro:

Súmula STJ 112 - O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito

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tributário se for integral e em dinheiro.

Até aí, tudo bem. Mas o que ocorre posteriormente, no final da decisão
judicial?

Sendo a decisão favorável à Fazenda Pública, ou seja, se o


lançamento for legítimo, o depósito é convertido em renda (ver CTN,
art. 156, VI), e o crédito tributário é extinto. Nessa linha, de acordo com o
STJ (EREsp 767 .328/RS), em relação aos tributos lançados por
homologação, o depósito judicial em dinheiro equivale ao recolhimento da
exação tributária, ocorrendo o lançamento tácito (constituição do crédito
tributário). Não há que se falar, portanto, em decadência:

(...)
2. A Segunda Turma, ao julgar o REsp 804.415/RS (15/02/2007) adotou o
entendimento da Primeira Turma de que, com relação aos tributos
lançados por homologação, o depósito judicial em dinheiro, efetuado
pelo contribuinte com o intuito de suspender a exigibilidade do crédito
tributário, equivale ao recolhimento da exação, cuja conversão em renda
fica condicionada à improcedência da demanda. Na hipótese, não
transcorre o prazo decadencial, já que houve constituição do crédito
tributário por lançamento tácito.

(STJ, Primeira Seção, EREsp 767.328/RS, Rei. Min. Herman Benjamin,


Julgamento em 11/04/2007)

Por outro lado, se a decisão de mérito for favorável ao sujeito


passivo, ou seja, se o lançamento ou o valor lançado for ilegítimo,
caberá ao sujeito passivo proceder ao levantamento do depósito realizado.

Observação: Levantamento significa resgatar o valor depositado em juízo.

No que se refere ao depósito do montante na via administrativa, a


própria instauração do processo administrativo fiscal tem o condão de
suspender a exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, III). O
depósito integral do montante exigido pelo fisco, no âmbito administrativo,
tem como única finalidade evitar a fluência dos juros de mora.

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Objetivos do depósito do montante integral:

ão Via Judicial 7 suspender exigibilidade do crédito


:::!::
i!!!!!!::=== = tributário.

Via Administrativa 7 evitar fluência dos juros de mora.

HORA OE
raticar!

Questão 01 - CESPE/TCE-PR-Analista de Controle Externo/2016

A concessão de medida liminar em mandado de segurança não suspende nem


extingue o crédito tributário.

Comentário: A concessão de medida liminar em mandado de segurança


suspende a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 151, IV, do
CTN. Questão errada.

Questão 02 - CESPE/TCE-PR-Analista de Controle Externo/2016

O depósito integral do montante do crédito tributário resulta em sua extinção.

Comentário: O depósito do montante integral suspende a exigibilidade do


crédito tributário, nos termos do art. 151, II, do CTN. Questão errada.

Questão 03 - CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016

A concessão de parcelamento tributário não dá ensejo à extinção dos créditos


tributários parcelados, pois não ocorre o fenômeno da nevação.

Comentário: Primeiramente, há que se entender que nevação significa a


substituição da nova obrigação (parcelamento), extinguindo a obrigação
anterior (crédito tributário). Isso não ocorre, como afirma a questão, já que,
durante o parcelamento, o crédito tributário subsiste, porém permanece com
sua exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151, VI, do CTN. Questão
correta.

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Questão 04 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Com base nas normas do CTN, julgue o item subsecutivo, relativo à suspensão
do crédito tributário: Se a União conceder moratória, poderá definir, por lei,
que essa moratória se aplique apenas a determinada região do país.

Comentário: Deveras, o ente tributante que estiver concedendo a moratória


pode o fazer de modo total ou parcial, ficando, neste caso, estendida apenas a
determinada região do seu território. No caso da União, a moratória ficaria
restrita a determinada região do país. Questão correta.

Questão OS - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Com base nas normas do CTN, julgue o item subsecutivo, relativo à suspensão
do crédito tributário: Uma das formas legais de o contribuinte obter a
suspensão é a concessão de antecipação dos efeitos da tutela de mandado de
segurança.

Comentário: Esta questão pretendia ludibriar o candidato, se atendo à


literalidade do CTN. De acordo com o seu art. 151, a concessão de tutela
antecipada só suspende a exigibilidade do crédito tributário quando
determinada no âmbito das outras ações judiciais, que não o mandado de
segurança. Portanto, a questão está errada.

Questão 06 - CESPE/ Câmara dos Deputados-Analista Leg./2014

Julgue o próximo item, referente a exigibilidade do crédito tributário, isenção,


lançamento e princípios tributários: A carta de fiança bancária é modalidade de
garantia idônea para conferir a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

Comentário: Não se iluda com essas pegadinhas da banca examinadora! O


crédito tributário somente tem a sua exigibilidade suspensa nas restritas
hipóteses do art. 151, do CTN. Não confunda carta de fiança bancária com
depósito do montante integral (uma das hipóteses de suspensão), já que a
Súmula 112 do STJ estabelece que o depósito somente suspende a
exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. Questão errada.

Questão 07 - CESPE/ MPE-AC-Promotor de Justiça/2014

Considerando a concessão, por lei, de parcelamento de débitos tributários e a


aplicação das regras da moratória à concessão do parcelamento, assinale a
opção correta.

a) Caso o tributo devido seja o ICMS, o parcelamento deve ser autorizado por
convênio firmado entre os estados e o Distrito Federal no âmbito do CONFAZ,
antes da edição da lei de concessão do parcelamento.

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b) Por estar previsto em lei complementar federal, o parcelamento, causa de


suspensão do crédito tributário, não pode ser concedido em âmbito estadual.

c) O parcelamento poderá ser concedido a contribuinte que tenha praticado


conduta fraudulenta contra o fisco, dada a aplicação das regras da moratória.

d) A moratória, por ser causa de extinção do crédito tributário, não pode servir
de base para a concessão do parcelamento.

e) O parcelamento pode ser concedido por lei específica ordinária estadual,


ainda que se contrariem as regras previstas na lei complementar federal, dada
a competência tributária exclusiva dos entes da Federação.

Comentário:

Alternativa A: No caso específico do ICMS, a LC 24/75 exigiu a realização de


convênios no âmbito do CONFAZ, a fim de autorizar a concessão de
parcelamento. Alternativa correta.

Alternativa B: O que foi previsto em lei complementar federal é a previsão de


que o parcelamento é uma hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário. Isso não significa que não pode ser concedido em âmbito estadual
ou municipal. Alternativa errada.

Alternativa C: Dispõe o par. único, do art. 154, do CTN, que a moratória não
aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou de
terceiro em benefício daquele. Além disso, o CTN ainda estabeleceu que se
aplicam subsidiariamente ao parcelamento as disposições relativas à
moratória. Alternativa errada.

Alternativa D: A moratória constitui causa de suspensão da exigibilidade do


crédito tributário, e não a extinção deste. Alternativa errada.

Alternativa E: A lei complementar federal que prevê o parcelamento como


causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário é lei de normas gerais
em matéria tributária, devendo ser obedecida por todos os entes federativos.
Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

Questão 08 - CESPE/ PGE-BA-Procurador do Estado /2014

Determinado contribuinte solicitou parcelamento de dívida logo após a


lavratura do auto de infração pelo Fisco contra ele, no qual lhe fora imputada
fraude em razão de práticas fiscais que acarretaram a supressão de tributos.
Com base nessa situação hipotética, julgue: Na situação apresentada, o
parcelamento gera a suspensão da obrigação tributária.

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Comentário: De imediato, pode-se considerar a assertiva incorreta, pois o


parcelamento gera a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, e não a
suspensão da obrigação tributária. A questão também não pode ser
considerada correta, pois o parcelamento não aproveita os casos de fraude.
Dessa forma, a questão está errada.

IQuestão 09 - CESPE/JUIZ FEDERAL-1 ª REGIÃ0/2009

A concessão de medida liminar em ação judicial suspende a exigibilidade do


crédito tributário, mas não a possibilidade de sua constituição pelo fisco.

Comentário: Como estudamos, as hipóteses de suspensão do crédito


tributário não impedem que o Fisco promova a sua constituição, por intermédio
do lançamento. Questão correta.

IQuestão 10 - CESPE/DPE-T0/2013

A moratória geral concedida pela União nunca alcançará os tributos de


competência dos estados, do DF nem dos municípios, pois sempre se limita aos
tributos de competência federal.

Comentário: Nós vimos que a moratória heterônoma é aquela concedida pela


União, quanto aos tributos de competência dos Estados, do DF e dos
Municípios, prevista no art. 152, I, b, do CTN. Questão errada.

IQuestão 11 - CESPE/DPE-T0/2013

A suspensão da exigibilidade do crédito tributário também suspende as demais


obrigações vinculadas ao tributo, dispensando-se o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal dela consequentes.

Comentário: De acordo com o par. único do art. 151, do CTN, a suspensão da


exigibilidade do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações
assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou
dela conseqüentes. Questão errada.

IQuestão 12 - CESPE/DPE-T0/2013

A moratória individual não se inclui no âmbito da reserva legal, pois, tendo


natureza de ato administrativo que independe de lei, é concedida por portaria
da autoridade fiscal competente.

Comentário: Ainda que a moratória seja concedida em caráter individual, por


meio de despacho da autoridade administrativa, continua sendo necessária a
edição de lei autorizativa. Questão errada.

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IQuestão 13 - CESPE/DPE-T0/2013

A concessão de medida liminar em mandado de segurança configura hipótese


de extinção do crédito tributário.

Comentário: Trata-se de hipótese de suspensão - e não de extinção - do


crédito tributário, conforme prevê o art. 151, IV, do CTN. Questão errada.

IQuestão 14 - CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃ0/2013

Suspenderá a exigibilidade do crédito tributário o depósito do valor que o


sujeito passivo considera devido, mesmo que seja inferior ao montante integral
do crédito.

Comentário: O depósito deve ser do montante integral do crédito tributário,


ou seja, do valor exigido pelo Fisco, para que seja suficiente para suspender a
exigibilidade do crédito tributário. Questão errada.

IQuestão 15 - CESPE/DPE-R0/2012

Concedida moratória, estará extinto o crédito tributário.

Comentário: Conforme está previsto no art. 151, I, do CTN, a moratória é


causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Questão errada.

IQuestão 16 - CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

A especificação do prazo de duração do favor não se inclui entre os requisitos


previstos na lei que concede a moratória em caráter geral.

Comentário: A lei que concede a moratória em caráter geral ou autoriza a sua


concessão em caráter individual de especificar, entre outros requisitos, o prazo
de duração do favor (CTN, art. 153, I). Questão errada.

IQuestão 17 - CESPE/DPE-R0/2012

Os recursos e reclamações decorrentes do lançamento administrativo do débito


tributário não têm o efeito de suspender ou extinguir o crédito tributário.

Comentário: De acordo com o art. 151, III, do CTN, as reclamações e os


recursos administrativos possuem como consequência a suspensão da
exigibilidade do crédito tributário, mas não a extinção deste. Questão errada.

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IQuestão 18 - CESPE/DPE-R0/2012

Parcelado regularmente o crédito tributário, não pode a fazenda pública


propor execução fiscal, dada a consequente suspensão da exigibilidade do
referido crédito.

Comentário: A suspensão da exigibilidade do crédito tributário, ocorrida com


o parcelamento, impede que o fisco promova a ação de execução fiscal.
Questão correta.

IQuestão 19 - FGV /Advogado-BADESC/2010-Adaptada

O crédito tributário tem sua exigibilidade suspensa no caso de o contribuinte


efetuar o depósito do seu montante integral.

Comentário: De fato, o deposito do montante integral é uma das causas de


suspensão do crédito tributário, prevista no art. 151, II, do CTN. Questão
correta.

Questão 20 - FGV /Fiscal de Rendas-RJ/2010

As alternativas a seguir apresentam modalidades de suspensão da


exigibilidade do crédito tributário, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) A moratória.
(B) As reclamações e os recursos, consoante a legislação que regula o
processo administrativo.
(C) A liminar em mandado de segurança.
(D) A compensação.
(E) O parcelamento.

Comentário:

Alternativa A: É uma hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito


tributário, conforme art. 151, I, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa B: É uma hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito


tributário, conforme art. 151, III, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa C: É uma hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito


tributário, conforme art. 151, IV, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa D: É uma hipótese de extinção do crédito tributário, conforme art.


156, II, do CTN. Alternativa correta.

Alternativa E: É uma hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito


tributário, conforme art. 151,VI, do CTN. Alternativa errada.

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Gabarito: Letra D

IQuestão 21 - ESAF/ACE-MDIC/2012

Assinale a opção que, a teor do disposto no Código Tributário Nacional, não


constitui hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
a) Recurso interposto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
b) Adesão, por parte do contribuinte, a parcelamento.
c) Depósito de montante integral para garantia do juízo.
d) Consignação em pagamento.
e) Concessão de antecipação de tutela em ação judicial.

Comentário: A única alternativa que não se refere a uma causa de suspensão


da exigibilidade do crédito tributário é a consignação em pagamento, já que
constitui hipótese de extinção do crédito tributário, conforme preceitua o art.
156, VIII, do CTN. Portanto, a resposta da questão é a Letra D.

Questão 22 - ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010

Apenas a concessão do parcelamento suspende a exigibilidade do crédito


tributário, e não o seu simples requerimento.

Comentário: De fato, o que consta no art. 151, VI, incluído no CTN pela LC
104/2001, é que o parcelamento, e não o seu simples requerimento, suspende
a exigibilidade do crédito tributário. Questão correta.

1Questão 23 - ESAF/TRF/2000

A impugnação de um lançamento carece de efeito suspensivo para a


exigibilidade do crédito tributário, isto é, o crédito tributário impugnado pode
ser executado na pendência da impugnação.

Comentário: De acordo com o que foi visto durante a aula, a impugnação do


lançamento é causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário,
consoante o disposto no art. 151, III, do CTN. Questão errada.

1 Questão 24 - ESAF/TRF/2003

O parcelamento suspende a exigibilidade das obrigações acessórias do crédito


tributário e impede lançamentos de tributos e penalidades relacionados com as
suas obrigações principais e acessórias.

Comentário: A questão está totalmente errada. Em primeiro lugar, o


parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário, não influenciando
na obrigatoriedade de cumprir com as obrigações acessórias. Além disso, com

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o parcelamento, não se impede que a autoridade fiscal promova o lançamento,


mas sim a exigência do tributo. Questão errada.

1 Questão 25 - ESAF/AFTE-RN/2005

O depósito em títulos da dívida agrária suspende a exigibilidade do crédito


tributário da União.

Comentário: De acordo com a Súmula 112 do STJ, o depósito somente


suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro.
Questão errada.

1 Questão 26 - ESAF/TRF/2002

Segundo os termos do CTN, na redação vigente a partir de 11 de janeiro de


2002, a lei pode circunscrever a aplicabilidade do parcelamento a determinada
região ou a determinada categoria de contribuintes ou responsáveis.

Comentário: De acordo com o par. único do art. 152, do CTN, a lei concessiva
de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à
determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a
expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. Como as
disposições da moratória são aplicáveis ao parcelamento, nos termos do § 2º
do art. 155-A, do CTN, pode-se dizer que a lei que concede o parcelamento
também pode fazer tal restrição. Questão correta.

IQuestão 27 - ESAF/SEFAZ-CE/2007

A moratória pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa,


desde que em condições específicas.

Comentário: A moratória concedida por despacho da autoridade


administrativa, sempre autorizada por lei, é a moratória individual, extensível
a quem comprove as condições previstas na lei concessória. Questão correta.

IQuestão 28 - ESAF/SEFAZ-MG/2005

Portaria do Secretário de Estado pode declarar suspensa a exigibilidade de


determinado tributo regularmente constituído.

Comentário: De acordo com o art. 141 do CTN, o crédito tributário somente


tem sua exigibilidade suspensa nos casos previstos no próprio CTN (art. 151).
A portaria de Secretário de Estado não foi prevista no dispositivo do CTN como
causa suspensiva. Questão errada.

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IQuestão 29 - ESAF/SEFAZ-RN/2005

É vedado conceder, mediante lei, moratória que abranja obrigação tributária


cujo lançamento do respectivo crédito não tenha sido iniciado até a data de
início de vigência da lei concessiva.

Comentário: De fato, a regra prevista no art. 154 do CTN é que a moratória


somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do
despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela
data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Contudo, o dispositivo
é aplicável salvo disposição de lei em contrário. Portanto, não há vedação, se a
lei dispuser expressamente em sentido contrário. Questão errada.

1Questão 30 - ESAF/TRF/2003

O parcelamento suspende a exigibilidade das obrigações acessórias do crédito


tributário e impede lançamentos de tributos e penalidades relacionados com as
suas obrigações principais e acessórias.

Comentário: A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não impede


que a autoridade fiscal efetue o lançamento, para evitar que ocorra o
fenômeno da decadência. Questão errada.

3 - EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Com a ocorrência do fato gerador, surge a obrigação tributária, sendo


esta o liame ente o sujeito passivo e o fisco. Contudo, nem sempre a dívida
chega a se tornar exigível pelo lançamento. Isso ocorre porque a exclusão
do crédito tributário tem a função de impedir a sua constituição.

Nesse sentido, veja que o crédito tributário não chega a ser


constituído. Ilustrando a situação, conforme a linha do tempo por nós
disponibilizada em aulas anteriores, teríamos algo da seguinte forma:

Instituição Ocorrência da situação


EXCLUSÃO
do Tributo prevista em lei
••

••
:
Hipótese de Fato Gerador Isenção ou
Incidência (Surge Obrigação Tribut.) Anistia

Estudamos em aula anterior que a legislação tributária que disponha


sobre exclusão do crédito tributário deve ser interpretada literalmente.

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Reforçamos que, com essa aula, você também será capaz de responder as
questões sobre interpretação da legislação tributária.

Também é verdade que o art. 141 do CTN estabeleceu que o crédito


tributário regularmente constituído só pode ter sua exigibilidade
excluída nos casos previstos no próprio CTN.

Vale frisar que a exclusão do crédito tributário não dispensa o


cumprimento das obrigações acessórias. Ou seja, ainda que se deixe de
arcar com a obrigação principal, a obrigação acessória subsiste.

Ainda em relação à exclusão do crédito tributário, o CTN estipulou duas


modalidades, quais sejam: a isenção e a anistia.

A distinção básica entre os institutos gira em torno da obrigação que está


sendo excluída. Se a obrigação excluída se refere a um tributo, temos um
caso de isenção; se a obrigação excluída se referir a uma multa, temos a
anistia.

Nesse ponto, é importante citar o § 6°, do art. 150, da CF/88:

Art. 150 - (...):

§ 6. 0 Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,


concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante
lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente
tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2. 0, XII,
g.

Concessão de subsídio, isenção, redução de base de


ão cálculo, crédito presumido, anistia ou remissão deve
-====�=
11111
ser feita somente por lei específica.

Daí, podemos concluir que se o Município deseja isentar certo


contribuinte do pagamento do IPTU, deve editar lei específica, que regule
exclusivamente sobre a isenção ou sobre o IPTU. O mesmo raciocínio deve ser
aplicado aos tributos federais e estaduais e também às multas (anistia).

Feitas tais observações passemos ao estudo isolado da isenção e da


anistia.

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3.1 - Isenção

Como foi visto, a isenção é a dispensa legal do pagamento de


tributo devido, sendo considerada uma decisão política. Portanto, a isenção é
um típico benefício ou incentivo fiscal. Lembre-se sempre de que a lei que
concede isenção deve sempre ser específica.

De início, o CTN (art. 176, caput) assevera que a isenção, ainda


quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se
aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

O que nos chama atenção nesse momento é a isenção prevista em


contrato. O que vem a ser isso? Trata-se dos casos em que o ente federado
celebra contrato, com o intuito de conceder incentivos fiscais para atrair
empresas para o seu território.

No entanto, com base no art. 176, caput, do CTN e no art. 150, § 6°, da
CF/88, a isenção deve ser concedida por lei. Nesse sentido, ainda que seja
celebrado contrato, para o Direito Tributário a isenção deve estar prevista
em lei.

Observação: Nada impede que as regras contratuais sejam exigidas pela


empresa no âmbito do Poder Judiciário, caso a lei não venha ser editada.
Neste caso, não se trata da isenção.

Outro aspecto previsto no par. único do art. 176 é a possibilidade de a


isenção ser restrita a determinada região do território da entidade tributante,
em função de condições a ela peculiares.

No que se refere à União, sabemos que, via de regra, é vedado instituir


tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, conforme
preceitua o princípio da uniformidade geográfica. Contudo, devemos
lembrar que o legislador constituinte permitiu que haja concessão de
incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

Portanto, no tocante à União, a isenção pode ser restrita a determinada


região do País, desde que tenha como objetivo a promoção do equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

Dando continuidade ao estudo da isenção, vejamos o que foi


estabelecido no art. 177 do CTN:

Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é


extensiva:

I - às taxas e às contribuições de melhoria;

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II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.


Como regra, a isenção não é aplicável às taxas e às contribuições de
melhoria, por serem tributos de caráter contraprestacional, ou seja, há a
realização de alguma atividade estatal que justifique a cobrança. Soaria
estranho prestar o serviço e não tributá-lo.

No entanto, veja que tudo isso ocorre, salvo disposição de lei em


contrário, o que torna perfeitamente possível a isenção de taxas, por
exemplo, desde que a lei assim preveja.

A restrição do art. 177, II, do CTN, tem por objetivo evitar que a isenção
se estenda a tributos que ainda não foram instituídos (não houve exercício da
competência tributária). No entanto, cabe ressaltar que o dispositivo também é
aplicável, salvo disposição de lei em contrário.

ão Se cair em prova que a isenção nunca é extensiva aos


i!!!!!!::===:::!::= tributos que ainda não foram instituídos, está errado!

Em relação à isenção, assim como ocorre com os demais incentivos


fiscais, esta pode ser concedida em caráter individual ou em caráter geral.

A isenção concedida em caráter individual ocorre quando o


benefício é restrito a determinadas pessoas, que preencham os
requisitos estabelecidos pela lei. Dessa forma, para que as pessoas gozem
da moratória, é necessário que comprovem à autoridade administrativa que
estão entre aquelas às quais a lei restringiu. Fica, então, a isenção efetivada
pelo despacho da autoridade (CTN, art. 179, caput).

Exemplo: Isenção de IPI concedida aos deficientes físicos. Deve comprovar


que é deficiente.

A isenção concedida em caráter geral, por outro lado, ocorre quando


a lei generaliza os sujeitos passivos que serão beneficiados. Não há,
portanto, necessidade de comprovação, nem despacho individual por
parte da autoridade administrativa.

Exemplo: Isenção de IPTU a todos os moradores do Município de Vitória da


Conquista. Alcança todos proprietários de imóveis urbanos,
independentemente de qualquer comprovação.

No que se refere à isenção concedida em caráter individual, quando se


tratar de tributos lançados por período certo de tempo, o despacho que
efetivou a isenção deve ser renovado antes da expiração de cada
período. Se não o for, cessam os efeitos da isenção a partir do primeiro dia do

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período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do


reconhecimento da isenção (CTN, art. 179, § 1 °).

Nesse momento, é importante relembrar do mnemonico MARIPA.


Aplicam-se as regras da moratória concedida em caráter individual (CTN, art.
155) à isenção, quando também estiver sendo concedida individualmente.

Vamos, então, relembrar como funciona: você deve saber que a isenção
individual não gera direito adquirido. Por isso, em alguns casos, basta que
o sujeito passivo comprove que faz parte do rol daqueles alcançados pela
isenção. Em outros, no entanto, o sujeito passivo pode ter que comprovar que
continua sendo alcançado pela lei, ou seja, continua isento.

De qualquer modo, não estando satisfeitos os requisitos ou as condições,


a isenção é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o
crédito tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que
houve dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar
ilicitamente da isenção, haverá, ainda, imposição de penalidade. Veja,
pois, que será aplicado, quando cabível, o art. 155, que se refere à moratória
individual.

Por fim, vamos entender o que diz a texto do art. 178 do CTN, abaixo
citado:

Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em


função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada
por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.

Nós vimos que a isenção decorre de opção política. Portanto, as isenções


possuem caráter precário, permitindo que, a qualquer tempo, novas leis
venham revogar as isenções anteriormente concedidas. Essa é a regra:
precariedade.

No entanto, as denominadas isenções onerosas não podem ser


livremente suprimidas. As isenções onerosas são aquelas concedidas com
prazo certo e em função de determinadas condições.

As isenções possuem prazo certo quando a lei concessiva estabelece um


período para fruição do benefício fiscal ( 5 anos, por exemplo). As isenções são
concedidas em função de determinadas condições quando se exige do
contribuinte uma contraprestação, como condição para que goze do incentivo
fiscal (construção de uma escola, por exemplo).

Nesse sentido, quem cumpre com as determinações da lei para gozar da


isenção, possui direito adquirido ao benefício, ainda que a lei
concessória venha a ser revogada.

É nessa linha que o STF entendeu, ao editar a Súmula 544:

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Súmula STF 544 - Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa,


não podem ser livremente suprimidas.

Isenções onerosas: prazo certo e condições.


ão
Isenções onerosas: direito adquirido.

3.2 - Anistia

Da mesma forma como ocorre com a isenção, por se causa de exclusão


do crédito tributário, a anistia impede a constituição do crédito tributário. No
entanto, neste caso, estamos tratando do perdão de infrações.

Ora, a multa é consequência de uma infração à legislação tributária,


correto? Sendo assim, somente é possível conceder anistia em relação às
infrações cometidas antes da vigência da lei que a concede. Caso
contrário, se fosse possível perdoar uma infração que ainda poderia ser
cometida, certamente seria um estímulo à sua prática, concorda?

É importante ressaltar que, em alguns casos, a anistia não se aplica. São


eles (CTN, art. 180, I e II):

• Aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que,


mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
• Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre
duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

Veja que quando os ilícitos se configuram crimes ou contravenções não é


possível conceder anistia, ou seja, quando, além de infringir a lei tributária,
são caracterizados como delitos penais.

Do mesmo modo, também não é possível anistiar os atos que, mesmo


não sendo caracterizados como crimes ou contravenções, sejam praticados
com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
benefício daquele.

Destaque-se que as infrações resultantes do conluio entre duas ou mais


pessoas, sejam elas naturais ou jurídicas, também não podem ser anistiadas,
salvo disposição de lei em contrário.

Observação: Conluio é o ajuste entre duas ou mais pessoas que praticam


atos com o intuito de ludibriar a Fazenda Pública.

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Observe que o legislador comete uma grave imprecisão. Vimos que as


infrações cometidas com dolo (intencionais) não podem ser anistiadas.
Contudo, as infrações resultantes de conluio são inegavelmente infrações
dolosas.

Da mesma forma que a isenção, o CTN também previu que a anistia


pode ser concedida em caráter geral ou individual:

Art. 181. A anistia pode ser concedida:

I - em caráter geral;

II - limitadamente:

a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;

b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado


montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;

c) a determinada região do território da entidade tributante, em


função de condições a ela peculiares;

d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei


que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à
autoridade administrativa.

Dessa forma, é possível que a anistia se restrinja às infrações relativas a


determinado tributo (alínea "a"), como o imposto de renda. Também podemos
ter perdão de infrações até certo montante (alínea "b"), acima do qual os
infratores continuam obrigados a pagar.

A anistia pode se limitar a determinada reg1ao do território do ente


tributante (alínea "c") ou mesmo ficar condicionada ao pagamento do tributo
dentro do prazo estabelecido pela lei ou pela autoridade administrativa se a ela
a lei atribuir tal dever (alínea "d").

Ainda no que concerne à anistia concedida individualmente, lembre-se


que, da mesma forma como ocorre com a isenção, o perdão é concedido por
meio de despacho da autoridade administrativa, devendo o interessado
comprovar que preenche as condições legais, formulando o requerimento
(CTN, art. 182).

Lembra-se do mnemônico MARIPA? À anistia concedida individualmente


aplicam-se, quando cabível, as regras relativas à moratória (art. 155), quando
concedida de forma semelhante.

Vamos, novamente, relembrar? Volte ao art. 155 e faça nova leitura,


adaptando, é claro, o texto à anistia.

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DICA DE PROVA: Para acertar as questões que cobram hipóteses de


suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário, o mais simples é
memorizar as modalidades de suspensão (MORDER e LIMPAR) e as de
exclusão, isenção e anistia. Feito isso, e tendo uma noção razoável das
hipóteses de extinção, será bem mais simples "matar" a questão.

HORA OE
raticar!

Questão 31 - CESPE/TCE-PR-Analista de Controle Externo/2016

A exclusão do crédito tributário dispensa o cumprimento das obrigações


acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou
dela consequente.

Comentário: De acordo com o art. 175, par. único, do CTN, a exclusão do


crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela
consequente. Questão errada.

Questão 32 - CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016

Situação hipotética: Mesmo ocorrendo o fato gerador de obrigação tributária, o


Estado, por meio de lei, exclui a possibilidade de se exigir o pagamento do
crédito tributário relativo a tal obrigação.
Assertiva: Essa situação configura hipótese de isenção de tributo.

Comentário: De fato, a isenção consiste na dispensa legal do pagamento do


tributo devido. Ainda que o fato gerador ocorra, o crédito tributário é excluído,
nos termos do art. 175, I, do CTN. Questão correta.

Questão 33 - CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2015

Julgue o seguinte item com base nas normas gerais de direito tributário: A
moratória e a concessão de medida liminar em mandado de segurança são
casos de suspensão do crédito tributário, ao passo que a anistia e a isenção
são casos de extinção do crédito tributário.

Comentário: Realmente, a moratória e a concessão de medida liminar em


mandado de segurança são casos de suspensão do crédito tributário. Contudo,
a anistia e a isenção são casos de exclusão, e não extinção, do crédito
tributário. Questão errada.

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Questão 34 - CESPE/TCE-PB-Procurador/2014

O instituto do parcelamento do crédito tributário pode ser regulamentado pelo


estado, desde que o pagamento integral do crédito ocasione a sua exclusão.

Comentário: Não há óbice à regulamentação do parcelamento pelo estado,


obedecidas as regras prevista no CTN. Contudo, já vimos que são hipóteses de
exclusão apenas a isenção e a anistia. O pagamento integral do crédito
ocasiona a extinção do crédito tributário e não a sua exclusão. Questão errada.

IQuestão 35 - CESPE/ANTAQ/2014

Em relação ao crédito tributário e o respectivo procedimento de cobrança,


julgue o próximo item: O crédito tributário é excluído pela isenção, que, salvo
disposição de lei em contrário, não é extensiva às taxas e tampouco poderá
ser revogada em prejuízo do contribuinte beneficiário se for concedida sob
condição.

Comentário: Para uma análise minuciosa da questão, dividiremos a assertiva


em três partes:

Parte I: O crédito tributário é excluído pela isenção. Está correto, com base no
art. 175, I, do CTN.

Parte II: A isenção, salvo disposição de lei em contrário, não é extensiva às


taxas. Está correto, com base no art. 177, I, do CTN.

Parte III: A isenção não poderá ser revogada em preJu1zo do contribuinte


beneficiário se for concedida sob condição. A isenção somente se torna
irrevogável se for concedida sob condição e por prazo certo. É o que consta no
art. 178, do CTN. Como a questão não mencionou esta última característica,
deve ser considerada errada.

Questão 36 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

No que diz respeito à aplicação da lei tributária e à vigência da legislação


tributária, julgue o próximo item: É correto afirmar que isenção pessoal não
onerosa, que foi concedida por despacho de autoridade fiscal, pode ser, por ato
administrativo, cancelada a qualquer tempo, caso o beneficiário deixe de
observar o que está previsto em lei.

Comentário: A isenção individual (pessoal), concedida por despacho da


autoridade fiscal, realmente pode ser cancelada a qualquer tempo, caso o
beneficiário deixe de observar o que está previsto em lei. É o que prevê o art.
179, § 2 ° , c/c art. 155, do CTN. Questão correta.

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Questão 37 - CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014

A isenção, norma tributária que dispensa o pagamento de determinado tributo,


deve estar prevista em lei específica e ser interpretada restritivamente,
inviabilizando-se a utilização de métodos integrativos da legislação tributária,
como a analogia.

Comentário: De acordo com o disposto no art. 150, § 6 ° , da CF/88, a isenção


deve ser concedida mediante edição de lei específica. Ademais, o CTN assevera
em seu art. 111, II, que a legislação que disponha sobre outorga de isenção
deve ser interpretada literalmente, o que inviabiliza a utilização de métodos
integrativos da legislação tributária. Questão correta.

Questão 38 - CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014

A anistia consiste na liberação graciosa, por expressa autorização legal, da


obrigação tributária principal surgida com a realização do fato gerador pelo
contribuinte.

Comentário: A anistia consiste na exclusão do crédito tributário decorrente de


penalidades pecuniárias. É a dispensa do pagamento de multas resultantes de
infrações à legislação tributária. Da forma como foi elaborada, a banca tentou
confundir a isenção com a anistia. Questão errada.

Questão 39 - CESPE/TJ-SE-Titular de Serviços de Notas e de


Registros /2014

Considera-se causa de exclusão do crédito tributário a


a) anistia.
b) compensação.
c) transação.
d) prescrição.
e) conversão do depósito em renda.

Comentário: Sabe-se, pela redação do art. 175, do CTN, que apenas a


isenção e a anistia consistem em causas de exclusão do crédito tributário.
Dessa forma, a única alternativa que responde o enunciado da questão é a
Letra A.

IQuestão 40 - CESPE/AGU/2012

Lei genérica municipal, estadual ou federal pode determinar a concessão de


subsídio ou isenção fiscal.

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Comentário: A concessão de subsídio, isenção ou anistia deve ser efetivada


por meio de lei específica municipal, estadual ou federal, a depender do ente
competente. Questão errada.

IQuestão 41 - CESPE/JUIZ FEDERAL-3 ª REGIÃ0/2011

Uma lei que crie determinada anistia tributária atenderá ao que dispõe o CTN
se, expressamente, anistiar A infrações resultantes de conluio.

Comentário: Deve-se ficar muito atento ao fato de que a anistia não se aplica
aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo
sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele. Contudo, em relação às
infrações resultantes de conluio, é possível aplicar a anistia, caso a lei o faça
expressamente. Questão correta.

IQuestão 42 - FGV/AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que a isenção, uma das modalidades de extinção do crédito
tributário, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos
exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o
prazo de sua duração.

Comentário: A isenção é hipótese de exclusão - e não de extinção - do


crédito tributário. Portanto, a questão está errada.

1 Questão 43 - ESAF/ATRFB/2009

A isenção exclui o crédito tributário, ou seja, surge a obrigação, mas o


respectivo crédito não será exigível; logo, o cumprimento da obrigação
principal, bem como das obrigações acessórias dela decorrentes, fica
dispensado.

Comentário: Ainda que haja isenção, as obrigações acessonas dela


decorrentes devem continuar sendo cumpridas. Questão errada.

IQuestão 44 - ESAF/ATRFB/2009

A anistia fiscal é capitulada como a exclusão do crédito (gerado pela infração)


e não como extinção (caso de remissão), pois se trata de créditos que
aparecem depois do fato violador, abrangendo apenas infrações cometidas
anteriormente à vigência da lei que a concede.

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Comentário: A anistia só pode ser criada depois de ter surgido o fato violador,
abrangendo apenas infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a
concede. Questão correta.

1 Questão 45 - ESAF/AFRFB/2009

A isenção é causa de não-incidência tributária.

Comentário: A isenção é causa de dispensa legal do pagamento de tributo.


Ou seja, o tributo incide, mas o crédito tributário não chega a ser constituído.
Questão errada.

1 Questão 46 - ESAF/AFRFB/2009

As isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, podem ser


suprimidas por conveniência da Administração.

Comentário: As isenções onerosas são aquelas concedidas com prazo certo e


em função de determinadas condições. Tais isenções não podem ser
livremente suprimidas. Questão errada.

IQuestão 47 - ESAF/ATRFB/2012

Analise os itens a seguir e assinale a opção correta.


1. A isenção, desde que concedida por prazo certo, e independentemente de
ser condicionada a contrapartidas por parte do contribuinte, não poderá
ser revogada por lei.
II. A anistia só abrange as infrações cometidas a partir da sua vigência, devido
ao princípio da irretroatividade das leis.
III. A anistia dos crimes, concedida em lei penal, não estende seus efeitos à
matéria tributária.
a) Somente o item I está correto.
b) Somente o item II está correto.
c) Somente o item III está correto.
d) Estão corretos os itens I e III.
e) Estão corretos os itens II e III.

Comentário:

Item I: As isenções ditas onerosas não podem ser livremente suprimidas. As


isenções onerosas são aquelas concedidas com prazo certo e em função de
determinadas condições. Item errado.

Item II: De acordo com o que estabelece o caput do art. 180, do CTN, a
anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concede. Item errado.

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Item III: Os efeitos da lei penal não necessariamente se estendem às


relações jurídico-tributárias. Item correto.

Gabarito: Letra c

Questão 48 - ESAF/Agente Tributário-MT/2002

Entre as formas de exclusão do crédito tributário, pode ser mencionada a


concessão de medida liminar em mandado de segurança

Comentário: A medida liminar em mandado de segurança é causa suspensiva


da exigibilidade do crédito tributário. Questão errada.

IQuestão 49 - ESAF/AFTM-Recife/2003

A isenção e a remissão excluem o crédito tributário.

Comentário: A isenção exclui o crédito tributário. Contudo, a remissão é


modalidade de extinção, e não de exclusão, do crédito tributário. Questão
errada.

Questão 50 - FCC/TCM-RJ-Procurador/2015

A anistia de caráter geral


a) pode alcançar infrações cometidas posteriormente à vigência da lei que a
concedeu, desde que concedida em caráter específico.
b) somente tem lugar diante da denúncia espontânea da infração, sendo
dispensada lei para sua concessão, pois refere-se à obrigação tributária
acessória.
c) tem lugar para perdoar crédito tributário cujo fato gerador foi praticado com
dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício
daquele, desde que expressamente veiculada por lei do ente competente para
instituir o tributo.
d) se concede apenas mediante requerimento comprovando preenchimento de
determinados requisitos legais já discriminados no Código Tributário Nacional e
despacho da autoridade administrativa competente.
e) não se aplica a atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos
que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele.

Comentário:

Alternativa A: De acordo com o art. 180, caput, do CTN, a anistia abrange


exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a
concede. Alternativa errada.

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Alternativa B: A anistia não necessita de denúncia espontânea pelo sujeito


passivo, devendo sempre haver edição de lei específica para sua concessão.
Alternativa errada.

Alternativa C: De acordo com o art. 180, I, do CTN, a anistia não se aplica


aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo
sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele, ainda que haja lei
veiculando expressamente esta situação. Alternativa errada.

Alternativa D: Primeiramente, cumpre destacar que nem sempre é necessário


que o sujeito passivo solicite a concessão da anistia mediante requerimento.
Tal regra aplica-se apenas aos casos de anistia concedida em caráter
individual. Ademais, os requisitos são previstos na lei que a concede, já que
não foram discriminados no CTN. Alternativa errada.

Alternativa E: Conforme comentado, de acordo com o art. 180, I, do CTN, a


anistia não se aplica aos atos qualificados em lei como crimes ou
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com
dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício
daquele. Alternativa errada.

Gabarito: Letra E

Questão 51 - FCC/TRF-4 ª Região-Analista Judiciário/2014

Sobre a anistia, considere:


I. É causa de extinção do crédito tributário, somente podendo ser concedida
por lei do ente político competente para instituir o tributo.
II. Anistia e remissão são institutos jurídicos sinônimos e significam a extinção
do crédito tributário pelo perdão, somente podendo ser concedidos por lei e
desde que haja preenchimento de certos requisitos legais.
III. Enquanto causa de exclusão do crédito tributário, é o perdão da infração à
legislação tributária, ou seja, quando do lançamento tributário, em tendo
havido anistia, não serão aplicadas as penalidades decorrentes da infração.
IV. Não se aplica a atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e
aos que, mesmo que não tenham esta qualificação, sejam praticados com dolo,
fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele.
V. Não se aplica às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais
pessoas, salvo disposição da lei instituidora em contrário.
É correto o que consta APENAS em:

a) II, IV e V.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) III, IV e V.
e) I e IV.

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Aula 08 - Prof. Fábio Dutra

Comentário:

Item I: Na realidade, a anistia é causa de exclusão do crédito tributário. Item


errado.

Item II: Embora a remissão se caracterize como extinção do crédito


tributário, a anistia foi definida pelo art. 175, II, do CTN, como causa de
exclusão do crédito tributário. Item errado.

Item III: Sendo a anistia uma hipótese de exclusão do crédito tributário, não
há a constituição do crédito tributário, relativamente às penalidades anistiadas.
Logo, não serão aplicadas as penalidades decorrentes da infração. Item
correto.

Item IV: De acordo com o art. 180, I, do CTN, a anistia não se aplica aos atos
qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito
passivo ou por terceiro em benefício daquele. Item correto.

Item V: Conforme estabelece o art. 180, II, do CTN, a anistia, salvo


disposição em contrário, não se aplica às infrações resultantes de conluio entre
duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. Item correto.

Gabarito: Letra D

Questão 52 - FCC/ AL-PB-Procurador/ 2013

Com relação à exclusão do crédito tributário é correto afirmar:


a) Nos casos de exclusão de crédito tributário são dispensadas as obrigações
acessórias relativas à obrigação principal cujo crédito seja excluído.
b) Lei tributária estadual pode conceder isenção para taxas e contribuições de
melhoria.
c) Despacho de autoridade administrativa concedendo isenção em caráter
individual gera direito adquirido para o beneficiário desta modalidade de
exclusão de crédito tributário insuscetível de posterior fiscalização.
d) Isenção pode ser concedida por contrato, mesmo na ausência de lei
específica, não sendo causa de responsabilidade funcional.
e) São causas excludentes do crédito tributário: isenção, anistia e moratória.

Comentário:

Alternativa A: De acordo com o art. 175, par. único, a exclusão do crédito


tributário (pela anistia ou isenção) não dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou
dela consequente. Alternativa errada.

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Alternativa B: Em regra, a isenção não é extensiva às taxas e contribuições


de melhoria, salvo se assim dispuser a lei. Portanto, é possível a concessão de
tal isenção. Alternativa correta.

Alternativa C: Conforme estabelece o art. 179, § 2°, do CTN, o despacho de


autoridade administrativa concedendo isenção em caráter individual não gera
direito adquirido para o beneficiário. Alternativa errada.

Alternativa D: Na realidade, a isenção, ainda quando prevista em contrato, é


sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos
para a sua concessão. Alternativa errada.

Alternativa E: Apenas a isenção e a anistia excluem o crédito tributário. A


moratória constitui hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário. Alternativa errada.

Gabarito: Letra B

Questão 53 FCC/AL-SP-Agente Técnico Legislativo


Especializado/2010

A concessão de isenção de certo tributo para um determinado setor produtivo,


que esteja passando por dificuldades de mercado, em detrimento de outros
setores produtivos,
a) é inconstitucional, por violar o princípio da capacidade contributiva.
b) pode ser feita pela União relativamente a tributos estaduais, desde que
também esteja concedendo isenção para um tributo federal.
c) é ilegal, pois o Código Tributário Nacional só prevê isenção em caráter geral.
d) é inconstitucional, por violar o princípio da uniformidade geográfica.
e) é constitucional, atendendo, em tese, ao princípio da isonomia.

Comentário:

Alternativa A: Não há que se falar em violação do princ1p10 da capacidade


contributiva, pois o que se buscou na verdade é justamente atendê-lo.
Alternativa

Alternativa B: O art. 151, III, impede que a União conceda isenção relativa
aos tributos estaduais ou municipais. Alternativa errada.

Alternativa C: O CTN também prevê a isenção em caráter individual.


Alternativa errada.

Alternativa D: O princípio da uniformidade geográfica admite a concessão de


incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
sócioeconômico entre as diferentes regiões do País. Alternativa errada.

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Alternativa E: Está sendo conferido tratamento diferenciado a um setor


produtivo que se encontra em dificuldades de mercado. Logo, a referida
isenção atende ao princípio da isonomia, ao tratar desigualmente os desiguais.
Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

Questão 54 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Isenção pode ser restrita à determinada região do território da entidade


tributante, em função de condições a ela peculiares, a anistia não.

Comentário: Tanto a isenção com a anistia podem se restringir à determinada


região do território da entidade tributante, em função de condições a ela
peculiares. Questão errada.

Questão 55 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Isenção é extensiva aos tributos instituídos antes ou depois da sua concessão


e se, por prazo incerto, pode ser revogada por despacho da autoridade, a
qualquer tempo.

Comentário: Primeiramente, temos que lembrar do que consta no art. 177,


II, do CTN, salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva aos
tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Ademais, a revogação por
despacho da autoridade só pode ocorrer quando a isenção é concedida
individualmente. Questão errada.

Questão 56 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Anistia se aplica somente em caráter geral e ilimitadamente às taxas e às


contribuições de melhoria.

Comentário: A anistia aplica-se tanto em caráter geral como limitadamente


às situações previstas no art. 181, II, do CTN. Além disso, como se refere a
infrações, não se aplica às taxas e às contribuições de melhoria. Questão
errada.

Questão 57 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que


especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os
tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

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Comentário: Trata-se da transcrição do caput do art. 176, do CTN: a isenção,


ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique
as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se
aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Questão correta.

Questão 58 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas posteriormente à sua


vigência, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinados
tributos.

Comentário: A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas


anteriormente à vigência da lei que a concede, não havendo que se falar na
exceção citada na questão. Questão errada.

Questão 59 - FCC/AL-SP-Procurador/2010

Em tema de exclusão do Crédito tributário, é correto afirmar:


a) A anistia abrange as infrações cometidas antes ou depois da vigência da lei
que a concede, aplicando-se aos atos qualificados em lei como crimes ou
contravenções.
b) A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei
que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os
tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.
c) A anistia somente pode ser concedida em caráter geral e ilimitadamente às
infrações da legislação relativa a determinado tributo, porém com prazo certo
e determinado.
d) A isenção não pode, em qualquer caso, ser restrita a determinada região do
território da entidade tributante, sob pena de violação do princípio da
igualdade tributária.
e) A exclusão do crédito tributário dispensa ilimitadamente o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela consequente.

Comentário:

Alternativa A: A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas


anteriormente à vigência da lei que a concede. Além disso, não se aplica aos
atos qualificados em lei como crimes ou contravenções. Alternativa errada.

Alternativa B: De acordo com o art. 176, caput, do CTN, a isenção, ainda


quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se
aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Alternativa correta.

Alternativa C: A anistia pode ser concedida limitadamente às infrações da


legislação relativa a determinado tributo. Alternativa errada.

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Alternativa D: O art. 176, par. único, do CTN, permite que a isenção seja
restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função
de condições a ela peculiares. Alternativa errada.

Alternativa E: De acordo com o art. 175, par. unico, a exclusão do crédito


tributário (pela anistia ou isenção) não dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou
dela consequente. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B

1 Questão 60 - FCC/ICMS-SP/ 2009

Nos termos do Código Tributário Nacional, a isenção e a anistia constituem


causas de
a) extinção do crédito tributário.
b) exclusão do crédito tributário.
c) moratória do crédito tributário.
d) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
e) imunidade.

Comentário: A isenção e a anistia constituem causas de exclusão do crédito


tributário, conforme dispõe o art. 175, do CTN. Portanto, a alternativa correta
é a Letra B.

Gabarito: Letra B

Chegamos ao final de mais uma aula!

Um abraço e até a próxima!

Prof. Fábio Outra


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4 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01 - CESPE/TCE-PR-Analista de Controle Externo/2016

A concessão de medida liminar em mandado de segurança não suspende nem


extingue o crédito tributário.

Questão 02 - CESPE/TCE-PR-Analista de Controle Externo/2016

O depósito integral do montante do crédito tributário resulta em sua extinção.

Questão 03 - CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016

A concessão de parcelamento tributário não dá ensejo à extinção dos créditos


tributários parcelados, pois não ocorre o fenômeno da novação.

Questão 04 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Com base nas normas do CTN, julgue o item subsecutivo, relativo à suspensão
do crédito tributário: Se a União conceder moratória, poderá definir, por lei,
que essa moratória se aplique apenas a determinada região do país.

Questão 05 - CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014

Com base nas normas do CTN, julgue o item subsecutivo, relativo à suspensão
do crédito tributário: Uma das formas legais de o contribuinte obter a
suspensão é a concessão de antecipação dos efeitos da tutela de mandado de
segurança.

Questão 06 - CESPE/ Câmara dos Deputados-Analista Leg./2014

Julgue o próximo item, referente a exigibilidade do crédito tributário, isenção,


lançamento e princípios tributários: A carta de fiança bancária é modalidade de
garantia idônea para conferir a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

Questão 07 - CESPE/ MPE-AC-Promotor de Justiça/2014

Considerando a concessão, por lei, de parcelamento de débitos tributários e a


aplicação das regras da moratória à concessão do parcelamento, assinale a
opção correta.

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a) Caso o tributo devido seja o ICMS, o parcelamento deve ser autorizado por
convênio firmado entre os estados e o Distrito Federal no âmbito do CONFAZ,
antes da edição da lei de concessão do parcelamento.

b) Por estar previsto em lei complementar federal, o parcelamento, causa de


suspensão do crédito tributário, não pode ser concedido em âmbito estadual.

c) O parcelamento poderá ser concedido a contribuinte que tenha praticado


conduta fraudulenta contra o fisco, dada a aplicação das regras da moratória.

d) A moratória, por ser causa de extinção do crédito tributário, não pode servir
de base para a concessão do parcelamento.

e) O parcelamento pode ser concedido por lei específica ordinária estadual,


ainda que se contrariem as regras previstas na lei complementar federal, dada
a competência tributária exclusiva dos entes da Federação.

Questão 08 - CESPE/ PGE-BA-Procurador do Estado /2014

Determinado contribuinte solicitou parcelamento de dívida logo após a


lavratura do auto de infração pelo Fisco contra ele, no qual lhe fora imputada
fraude em razão de práticas fiscais que acarretaram a supressão de tributos.
Com base nessa situação hipotética, julgue: Na situação apresentada, o
parcelamento gera a suspensão da obrigação tributária.

IQuestão 09 - CESPE/JUIZ FEDERAL-1 ª REGIÃ0/2009

A concessão de medida liminar em ação judicial suspende a exigibilidade do


crédito tributário, mas não a possibilidade de sua constituição pelo fisco.

IQuestão 10 - CESPE/DPE-T0/2013

A moratória geral concedida pela União nunca alcançará os tributos de


competência dos estados, do DF nem dos municípios, pois sempre se limita aos
tributos de competência federal.

IQuestão 11 - CESPE/DPE-T0/2013

A suspensão da exigibilidade do crédito tributário também suspende as demais


obrigações vinculadas ao tributo, dispensando-se o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal dela consequentes.

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IQuestão 12 - CESPE/DPE-T0/2013

A moratória individual não se inclui no âmbito da reserva legal, pois, tendo


natureza de ato administrativo que independe de lei, é concedida por portaria
da autoridade fiscal competente.

IQuestão 13 - CESPE/DPE-T0/2013

A concessão de medida liminar em mandado de segurança configura hipótese


de extinção do crédito tributário.

IQuestão 14 - CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃ0/2013

Suspenderá a exigibilidade do crédito tributário o depósito do valor que o


sujeito passivo considera devido, mesmo que seja inferior ao montante integral
do crédito.

IQuestão 15 - CESPE/DPE-R0/2012

Concedida moratória, estará extinto o crédito tributário.

IQuestão 16 - CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

A especificação do prazo de duração do favor não se inclui entre os requisitos


previstos na lei que concede a moratória em caráter geral.

IQuestão 17 - CESPE/DPE-R0/2012

Os recursos e reclamações decorrentes do lançamento administrativo do débito


tributário não têm o efeito de suspender ou extinguir o crédito tributário.

IQuestão 18 - CESPE/DPE-R0/2012

Parcelado regularmente o crédito tributário, não pode a fazenda pública


propor execução fiscal, dada a consequente suspensão da exigibilidade do
referido crédito.

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IQuestão 19 - FGV /Advogado-BADESC/2010-Adaptada

O crédito tributário tem sua exigibilidade suspensa no caso de o contribuinte


efetuar o depósito do seu montante integral.

Questão 20 - FGV /Fiscal de Rendas-RJ/2010

As alternativas a seguir apresentam modalidades de suspensão da


exigibilidade do crédito tributário, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) A moratória.
(B) As reclamações e os recursos, consoante a legislação que regula o
processo administrativo.
(C) A liminar em mandado de segurança.
(D) A compensação.
(E) O parcelamento.

IQuestão 21 - ESAF/ACE-MDIC/2012

Assinale a opção que, a teor do disposto no Código Tributário Nacional, não


constitui hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
a) Recurso interposto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
b) Adesão, por parte do contribuinte, a parcelamento.
c) Depósito de montante integral para garantia do juízo.
d) Consignação em pagamento.
e) Concessão de antecipação de tutela em ação judicial.

Questão 22 - ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010

Apenas a concessão do parcelamento suspende a exigibilidade do crédito


tributário, e não o seu simples requerimento.

1 Questão 23 - ESAF/TRF /2000

A impugnação de um lançamento carece de efeito suspensivo para a


exigibilidade do crédito tributário, isto é, o crédito tributário impugnado pode
ser executado na pendência da impugnação.

1 Questão 24 - ESAF/TRF /2003

O parcelamento suspende a exigibilidade das obrigações acessórias do crédito


tributário e impede lançamentos de tributos e penalidades relacionados com as
suas obrigações principais e acessórias.

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1 Questão 25 - ESAF/AFTE-RN/2005

O depósito em títulos da dívida agrária suspende a exigibilidade do crédito


tributário da União.

1 Questão 26 - ESAF/TRF/2002

Segundo os termos do CTN, na redação vigente a partir de 11 de janeiro de


2002, a lei pode circunscrever a aplicabilidade do parcelamento a determinada
região ou a determinada categoria de contribuintes ou responsáveis.

IQuestão 27 - ESAF/SEFAZ-CE/2007

A moratória pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa,


desde que em condições específicas.

IQuestão 28 - ESAF/SEFAZ-MG/2005

Portaria do Secretário de Estado pode declarar suspensa a exigibilidade de


determinado tributo regularmente constituído.

IQuestão 29 - ESAF/SEFAZ-RN/2005

É vedado conceder, mediante lei, moratória que abranja obrigação tributária


cujo lançamento do respectivo crédito não tenha sido iniciado até a data de
início de vigência da lei concessiva.

1 Questão 30 - ESAF/TRF/2003

O parcelamento suspende a exigibilidade das obrigações acessórias do crédito


tributário e impede lançamentos de tributos e penalidades relacionados com as
suas obrigações principais e acessórias.

Questão 31 - CESPE/TCE-PR-Analista de Controle Externo/2016

A exclusão do crédito tributário dispensa o cumprimento das obrigações


acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou
dela consequente.

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Questão 32 - CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016

Situação hipotética: Mesmo ocorrendo o fato gerador de obrigação tributária, o


Estado, por meio de lei, exclui a possibilidade de se exigir o pagamento do
crédito tributário relativo a tal obrigação.
Assertiva: Essa situação configura hipótese de isenção de tributo.

Questão 33 - CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2015

Julgue o seguinte item com base nas normas gerais de direito tributário: A
moratória e a concessão de medida liminar em mandado de segurança são
casos de suspensão do crédito tributário, ao passo que a anistia e a isenção
são casos de extinção do crédito tributário.

Questão 34 - CESPE/TCE-PB-Procurador/2014

O instituto do parcelamento do crédito tributário pode ser regulamentado pelo


estado, desde que o pagamento integral do crédito ocasione a sua exclusão.

IQuestão 35 - CESPE/ANTAQ/2014

Em relação ao crédito tributário e o respectivo procedimento de cobrança,


julgue o próximo item: O crédito tributário é excluído pela isenção, que, salvo
disposição de lei em contrário, não é extensiva às taxas e tampouco poderá
ser revogada em prejuízo do contribuinte beneficiário se for concedida sob
condição.

Questão 36 - CESPE/ ANATEL-Especialista em Regulação/2014

No que diz respeito à aplicação da lei tributária e à vigência da legislação


tributária, julgue o próximo item: É correto afirmar que isenção pessoal não
onerosa, que foi concedida por despacho de autoridade fiscal, pode ser, por ato
administrativo, cancelada a qualquer tempo, caso o beneficiário deixe de
observar o que está previsto em lei.

Questão 37 - CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014

A isenção, norma tributária que dispensa o pagamento de determinado tributo,


deve estar prevista em lei específica e ser interpretada restritivamente,
inviabilizando-se a utilização de métodos integrativos da legislação tributária,
como a analogia.

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Questão 38 - CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014

A anistia consiste na liberação graciosa, por expressa autorização legal, da


obrigação tributária principal surgida com a realização do fato gerador pelo
contribuinte.

Questão 39 - CESPE/TJ-SE-Titular de Serviços de Notas e de


Registros /2014

Considera-se causa de exclusão do crédito tributário a


a) anistia.
b) compensação.
c) transação.
d) prescrição.
e) conversão do depósito em renda.

IQuestão 40 - CESPE/AGU/2012

Lei genérica municipal, estadual ou federal pode determinar a concessão de


subsídio ou isenção fiscal.

IQuestão 41 - CESPE/JUIZ FEDERAL-3 ª REGIÃ0/2011

Uma lei que crie determinada anistia tributária atenderá ao que dispõe o CTN
se, expressamente, anistiar A infrações resultantes de conluio.

IQuestão 42 - FGV /AFRE-RJ/2011

O CTN expressamente estabelece, no que diz respeito à extinção do crédito


tributário, que a isenção, uma das modalidades de extinção do crédito
tributário, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos
exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o
prazo de sua duração.

1Questão 43 - ESAF /ATRFB /2009

A isenção exclui o crédito tributário, ou seja, surge a obrigação, mas o


respectivo crédito não será exigível; logo, o cumprimento da obrigação
principal, bem como das obrigações acessórias dela decorrentes, fica
dispensado.

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1 Questão 44 - ESAF/ATRFB/2009

A anistia fiscal é capitulada como a exclusão do crédito (gerado pela infração)


e não como extinção (caso de remissão), pois se trata de créditos que
aparecem depois do fato violador, abrangendo apenas infrações cometidas
anteriormente à vigência da lei que a concede.

1 Questão 45 - ESAF/AFRFB/2009

A isenção é causa de não-incidência tributária.

1 Questão 46 - ESAF/AFRFB/2009

As isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, podem ser


suprimidas por conveniência da Administração.

1 Questão 47 - ESAF/ATRFB/2012

Analise os itens a seguir e assinale a opção correta.


1. A isenção, desde que concedida por prazo certo, e independentemente de
ser condicionada a contrapartidas por parte do contribuinte, não poderá
ser revogada por lei.
II. A anistia só abrange as infrações cometidas a partir da sua vigência, devido
ao princípio da irretroatividade das leis.
III. A anistia dos crimes, concedida em lei penal, não estende seus efeitos à
matéria tributária.
a) Somente o item I está correto.
b) Somente o item II está correto.
c) Somente o item III está correto.
d) Estão corretos os itens I e III.
e) Estão corretos os itens II e III.

Questão 48 - ESAF/Agente Tributário-MT/2002

Entre as formas de exclusão do crédito tributário, pode ser mencionada a


concessão de medida liminar em mandado de segurança

IQuestão 49 - ESAF/AFTM-Recife/2003

A isenção e a remissão excluem o crédito tributário.

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Questão 50 - FCC/TCM-RJ-Procurador/2015

A anistia de caráter geral


a) pode alcançar infrações cometidas posteriormente à vigência da lei que a
concedeu, desde que concedida em caráter específico.
b) somente tem lugar diante da denúncia espontânea da infração, sendo
dispensada lei para sua concessão, pois refere-se à obrigação tributária
acessória.
c) tem lugar para perdoar crédito tributário cujo fato gerador foi praticado com
dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício
daquele, desde que expressamente veiculada por lei do ente competente para
instituir o tributo.
d) se concede apenas mediante requerimento comprovando preenchimento de
determinados requisitos legais já discriminados no Código Tributário Nacional e
despacho da autoridade administrativa competente.
e) não se aplica a atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos
que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele.

Questão 51 - FCC/TRF-4 ª Região-Analista Judiciário/2014

Sobre a anistia, considere:


1. É causa de extinção do crédito tributário, somente podendo ser concedida
por lei do ente político competente para instituir o tributo.
II. Anistia e remissão são institutos jurídicos sinônimos e significam a extinção
do crédito tributário pelo perdão, somente podendo ser concedidos por lei e
desde que haja preenchimento de certos requisitos legais.
III. Enquanto causa de exclusão do crédito tributário, é o perdão da infração à
legislação tributária, ou seja, quando do lançamento tributário, em tendo
havido anistia, não serão aplicadas as penalidades decorrentes da infração.
IV. Não se aplica a atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e
aos que, mesmo que não tenham esta qualificação, sejam praticados com dolo,
fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele.
V. Não se aplica às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais
pessoas, salvo disposição da lei instituidora em contrário.
É correto o que consta APENAS em:

a) II, IV e V.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) III, IV e V.
e) I e IV.

Questão 52 - FCC/AL-PB-Procurador/2013

Com relação à exclusão do crédito tributário é correto afirmar:

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a) Nos casos de exclusão de crédito tributário são dispensadas as obrigações


acessórias relativas à obrigação principal cujo crédito seja excluído.
b) Lei tributária estadual pode conceder isenção para taxas e contribuições de
melhoria.
c) Despacho de autoridade administrativa concedendo isenção em caráter
individual gera direito adquirido para o beneficiário desta modalidade de
exclusão de crédito tributário insuscetível de posterior fiscalização.
d) Isenção pode ser concedida por contrato, mesmo na ausência de lei
específica, não sendo causa de responsabilidade funcional.
e) São causas excludentes do crédito tributário: isenção, anistia e moratória.

Questão 53 FCC/AL-SP-Agente Técnico Legislativo


Especializado/2010

A concessão de isenção de certo tributo para um determinado setor produtivo,


que esteja passando por dificuldades de mercado, em detrimento de outros
setores produtivos,
a) é inconstitucional, por violar o princípio da capacidade contributiva.
b) pode ser feita pela União relativamente a tributos estaduais, desde que
também esteja concedendo isenção para um tributo federal.
c) é ilegal, pois o Código Tributário Nacional só prevê isenção em caráter geral.
d) é inconstitucional, por violar o princípio da uniformidade geográfica.
e) é constitucional, atendendo, em tese, ao princípio da isonomia.

Questão 54 - FCC/TRF-4ª Região-Técnico Judiciário/2010

Isenção pode ser restrita à determinada região do território da entidade


tributante, em função de condições a ela peculiares, a anistia não.

Questão 55 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Isenção é extensiva aos tributos instituídos antes ou depois da sua concessão


e se, por prazo incerto, pode ser revogada por despacho da autoridade, a
qualquer tempo.

Questão 56 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Anistia se aplica somente em caráter geral e ilimitadamente às taxas e às


contribuições de melhoria.

Questão 57 - FCC/TRF-4ª Região-Técnico Judiciário/2010

Isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que


especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os
tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

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Questão 58 - FCC/TRF-4 ª Região-Técnico Judiciário/2010

Anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas posteriormente à sua


vigência, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinados
tributos.

Questão 59 - FCC/AL-SP-Procurador/2010

Em tema de exclusão do Crédito tributário, é correto afirmar:


a) A anistia abrange as infrações cometidas antes ou depois da vigência da lei
que a concede, aplicando-se aos atos qualificados em lei como crimes ou
contravenções.
b) A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei
que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os
tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.
c) A anistia somente pode ser concedida em caráter geral e ilimitadamente às
infrações da legislação relativa a determinado tributo, porém com prazo certo
e determinado.
d) A isenção não pode, em qualquer caso, ser restrita a determinada região do
território da entidade tributante, sob pena de violação do princípio da
igualdade tributária.
e) A exclusão do crédito tributário dispensa ilimitadamente o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela consequente.

1 Questão 60 - FCC/ICMS-SP/2009

Nos termos do Código Tributário Nacional, a isenção e a anistia constituem


causas de
a) extinção do crédito tributário.
b) exclusão do crédito tributário.
c) moratória do crédito tributário.
d) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
e) imunidade.

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5 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

�Gabarito
1 Errada 21 Letra D 41 Correta
2 Errada 22 Correta 42 Errada
3 Correta 23 Errada 43 Errada
4 Correta 24 Errada 44 Correta
5 Errada 25 Errada 45 Errada
6 Errada 26 Correta 46 Errada
7 Letra A 27 Correta 47 Letra c
8 Errada 28 Errada 48 Errada
9 Correta 29 Errada 49 Errada
10 Errada 30 Errada 50 Letra E
11 Errada 31 Errada 51 Letra D
12 Errada 32 Correta 52 Letra B
13 Errada 33 Errada 53 Letra E
14 Errada 34 Errada 54 Errada
15 Errada 35 Errada 55 Errada
16 Errada 36 Correta 56 Errada
17 Errada 37 Correta 57 Correta
18 Correta 38 Errada 58 Errada
19 Correta 39 Letra A 59 Letra B
20 Letra D 40 Errada 60 Letra B

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6 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

�Art. 150, § 6 °: exigência constitucional de lei específica para


concessão de subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão:

Art. 150 - (. . .):

§ 6. 0 Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,


concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem
prejuízo do disposto no art. 155, § 2. 0, XII, g.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

�Art. 151: causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do


processo tributário administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies


de ação judicial; (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

VI - o parcelamento. (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das


obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
suspenso, ou dela conseqüentes.

�Arts. 152 a 155: regras sobre moratória:

Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:

I - em caráter geral:

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a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a


que se refira;

b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito


Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos
tributos de competência federal e às obrigações de direito privado;

II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde


que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.

Parágrafo un,co. A lei concessiva de moratória pode circunscrever


expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da
pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada
classe ou categoria de sujeitos passivos.

Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua
concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros
requisitos:

I - o prazo de duração do favor;

II - as condições da concessão do favor em caráter individual;

III - sendo caso:

a) os tributos a que se aplica;

b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se


refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade
administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual;

c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de


concessão em caráter individual.

Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente


abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do
despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado
àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou


simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.

Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera


direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o
beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não
cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do
favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:

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I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do


beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele;

II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.

Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a


concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da
prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a
revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.

�Art. 155-A: regras sobre parcelamento:

Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas


em lei específica. (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

§ lo Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito


tributário não exclui a incidência de juros e multas. (Incluído pela Lcp n °
104, de 10.1.2001)

§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei,


relativas à moratória. (Incluído pela Lcp n ° 104, de 10.1.2001)

§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos


créditos tributários do devedor em recuperação judicial. (Incluído pela
Lcp n ° 118, de 2005)

§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa


na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor
em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de
parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. (Incluído
pela Lcp n ° 118, de 2005)

�Art. 175: causas de exclusão do crédito tributário:

Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo umco. A exclusão do crédito tributário não dispensa o


cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação
principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.

�Arts. 176 a 179: regras sobre isenção:

Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre


decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a

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sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua


duração.

Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território


da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.

Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:

I - às taxas e às contribuições de melhoria;

II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.

Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de


determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a
qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação
dada pela Lei Complementar n ° 24, de 1975)

Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em


cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o
qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do
cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.

§ 1 ° Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho


referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período,
cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período
para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do
reconhecimento da isenção.

§ 2 ° O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando­


se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

�Arts. 180 a 182: regras sobre anistia:

Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas


anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:

I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que,


mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação
pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;

II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre


duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

Art. 181. A anistia pode ser concedida:

I - em caráter geral;

II - limitadamente:

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a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;

b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado


montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;

c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de


condições a ela peculiares;

d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a


conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade
administrativa.

Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em


cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a
qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do
cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.

Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito


adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

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7 - SÚMULAS ABORDADAS DURANTE A AULA

Súmula Vinculante 21: O STF possui jurisprudência vinculante, no sentido da


inconstitucionalidade da exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo, os
qual tem o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário:

Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou


arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso
administrativo.

Súmula STJ 373:

Súmula STJ 373 É ilegítima a ex1gencia de depósito prévio para


admissibilidade de recurso administrativo.

Súmula Vinculante 28: De acordo com o STF, também é inconstitucional a


exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade para
discutir a exigibilidade do crédito tributário judicialmente:

Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prev10


como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda
discutir a exigibilidade de crédito tributário.

Súmula STJ 112: A jurisprudência do STJ é no sentido de que, para


suspender a exigibilidade do crédito tributário, o depósito deve ser feito
integralmente e em dinheiro:

Súmula STJ 112 - O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito


tributário se for integral e em dinheiro.

Súmula STF 544: As isenções concedidas por prazo certo e em função de


determinadas condições (isenções onerosas) não podem ser livremente
suprimidas:

Súmula STF 544 - Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa,


não podem ser livremente suprimidas.

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8 - PRINCIPAIS JURISPRUDÊNCIAS ABORDADAS DURANTE A AULA

• O STJ já decidiu que, se o juiz condiciona a concessão da medida


liminar à realização do depósito do montante integral (causa
suspensiva a ser estudada ainda nesta aula), está, na realidade,
indeferindo a liminar:

EMENTA DA DECISÃO DE 01.09.1997: TRIBUTARIO. SUSPENSÃO DA


EXIGIBILIDADE DO CREDITO TRIBUTARIO. DISTINÇÃO ENTRE MEDIDA
LIMINAR E DEPOSITO DO TRIBUTO CONTROVERTIDO. A medida liminar em
mandado de segurança suspende a exigibilidade do credito tributário,
independentemente do deposito do tributo controvertido; se o juiz
condiciona a concessão da medida liminar a realização do deposito,
está, na verdade, indeferindo a medida liminar. Recurso ordinário
provido em parte.

(STJ, Segunda Turma, RMS 3.881/SP, Rei. Min. Ari Pargendler, Julgamento
em 01/09/1997)

• O STJ já decidiu que, em relação aos tributos lançados por


homologação, o depósito judicial em dinheiro equivale ao recolhimento
da exação tributária, ocorrendo o lançamento tácito (constituição do
crédito tributário). Não há que se falar, portanto, em decadência:

(. . .)
2. A Segunda Turma, ao julgar o REsp 804.415/RS (15/02/2007) adotou o
entendimento da Primeira Turma de que, com relação aos tributos
lançados por homologação, o depósito judicial em dinheiro, efetuado
pelo contribuinte com o intuito de suspender a exigibilidade do crédito
tributário, equivale ao recolhimento da exação, cuja conversão em renda
fica condicionada à improcedência da demanda. Na hipótese, não
transcorre o prazo decadencial, já que houve constituição do crédito
tributário por lançamento tácito.

(STJ, Primeira Seção, EREsp 767.328/RS, Rei. Min. Herman Benjamin,


Julgamento em 11/04/2007)

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9 - RESUMO DA AULA

9.1 - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

• Suspender a exigibilidade do crédito tributário significa não permitir


que a Fazenda Pública promova a ação de execução fiscal, para exigir
judicialmente o cumprimento da obrigação tributária.

• A suspensão da exigibilidade do crédito tributário, não impede que a


Fazenda realize o lançamento, com o objetivo de prevenir a decadência,
caso a medida suspensiva ocorra antes deste.

• A legislação que disponha sobre suspensão da exigibilidade do crédito


tributário deve ser interpretada literalmente.

• A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não dispensa o


cumprimento das obrigações assessórias.

• Vamos esquematizar as hipóteses da seguinte forma para facilitar a


memorização:

MOR I MORatória

DE I DEpósito do montante integral

R Reclamações e Recursos administrativos

LIM LIMinares em M.S. ou Liminar ou tutela antecipada em outras ações

PAR PARcelamento

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9.1.1 - Moratória

• Moratória -+ Dilatação do prazo para pagamento da obrigação


tributária. Pode ser concedida em caráter geral ou individual.

• A moratória concedida em caráter geral ocorre quando a lei generaliza


os sujeitos passivos que serão beneficiados. Não há, portanto,
necessidade de comprovação, nem despacho individual por parte da
autoridade administrativa.

• A moratória concedida em caráter individual ocorre quando o


benefício é restrito a determinadas pessoas, que preencham os
requisitos estabelecidos pela lei. A concessão ocorre por meio de
despacho da autoridade administrativa.

• A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua


aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de
direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria
de sujeitos passivos.

• A moratória somente abrange os créditos esquematizados a seguir:

MORATORIA -
.....
Salvo
disposição de
.. 1
....1 Créditos lançados
1
lei em contrário :.: Créditos em fase de lançamento 1

� Não aproveita dolo, fraude


ou simulação

• A moratória individual não gera direito adquirido. Não estando satisfeitos


os requisitos ou as condições para sua concessão, a moratória individual
é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o crédito
tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que houve
dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar
ilicitamente da moratória, haverá, ainda, imposição de penalidade.

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9.1.2 - Parcelamento

• Parcelamento -+ medida criada para que os devedores


inadimplentes tenham condições de cumprir com as obrigações
tributárias. Deve ser concedido por meio de lei específica.

• Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito


tributário não exclui a incidência de juros e multas.

• O CTN prevê que outra lei específica disporá sobre parcelamento


diferenciado para os créditos tributários do devedor em recuperação
judicial. Na inexistência desta lei, aplicam-se as leis gerais de
parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial,
não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido
pela lei federal específica.

9.1.3 - Reclamações e recursos no âmbito do processo administrativo


fiscal

• Ao impugnar o lançamento administrativamente, o crédito tributário tem


a sua exigibilidade suspensa durante o litígio administrativo,
independentemente de depósito realizado pelo sujeito passivo.

• Com a decisão administrativa final favorável ao sujeito passivo, o crédito


tributário fica extinto (CTN, art. 156, IX). Por outro lado, se a decisão for
desfavorável, o crédito volta a se tornar exigível.

9.1.4 - Liminar em mandado de segurança ou liminares (ou tutela


antecipada) em outras ações judiciais

• O CTN estabelece duas modalidades de suspensão da exigibilidade do


crédito tributário, originadas de decisões proferidas no âmbito do Poder
Judiciário:

• Concessão de medida liminar em mandado de segurança (Art. 151,


IV);
• Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação (Art. 151, V).

Com o trânsito em julgado da decisão judicial, sendo favorável ao sujeito


passivo, o crédito tributário fica extinto (CTN, art. 156, X). Por outro lado,
se a decisão for desfavorável ao sujeito passivo, o crédito volta a ser
exigível.

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9.1.5 - Depósito do montante integral

• O depósito do montante integral é direito subjetivo do contribuinte,


podendo ser realizado tanto na via judicial quanto na administrativa.

• Ao final do litígio, sendo a decisão favorável à Fazenda Pública, ou


seja, se o lançamento for legítimo, o depósito é convertido em renda
(ver CTN, art. 156, VI), e o crédito tributário é extinto.

• Por outro lado, se a decisão de mérito for favorável ao sujeito


passivo, ou seja, se o lançamento ou o valor lançado for ilegítimo,
caberá ao sujeito passivo proceder ao levantamento do depósito realizado.

9.2 - EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

• Excluir o crédito tributário significa não permitir que este seja


constituído pelo lançamento.

• A exclusão do crédito tributário pode ser ilustrada pela linha do tempo a


seguir:

Instituição Ocorrência da situação


EXCLUSÃO
do Tributo prevista em lei
i•
••
:
Hipótese de Fato Gerador Isenção ou
Incidência (Surge Obrigação Tribut.) Anistia

• Existem apenas duas modalidades de exclusão do crédito tributário: a


isenção (tributos) e a anistia (multas).

• A legislação que disponha sobre exclusão do crédito tributário deve ser


interpretada literalmente.

• A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das


obrigações assessórias.

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9.2.1 - Isenção

• Isenção -+ Dispensa legal do pagamento de tributo, considerada como um


benefício fiscal. A isenção deve ser concedida por meio de lei
específica. Pode ser concedida em caráter geral ou individual.

• Ainda quando prevista em contrato, a isenção é sempre decorrente de


lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão,
os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

• Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas


e às contribuições de melhoria bem como aos tributos instituídos
posteriormente à sua concessão.

• A isenção concedida em caráter geral ocorre quando a lei generaliza os


sujeitos passivos que serão beneficiados. Não há, portanto, necessidade
de comprovação, nem despacho individual por parte da autoridade
administrativa.

• A isenção concedida em caráter individual ocorre quando o benefício


é restrito a determinadas pessoas, que preencham os requisitos
estabelecidos pela lei. A concessão ocorre por meio de despacho da
autoridade administrativa.

• A isenção individual não gera direito adquirido. Não estando satisfeitos


os requisitos ou as condições para sua concessão, a isenção individual é
revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o crédito
tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que houve
dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar
ilicitamente da isenção, haverá, ainda, imposição de penalidade.

• A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de


determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a
qualquer tempo.

• É considerada onerosa a isenção concedida por prazo certo e em função


de determinadas condições, hipótese em que não pode ser livremente
suprimida.

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9.2.2 - Anistia

• Anistia -+ Refere-se ao perdão de infrações, isto é, excluindo o crédito


tributário decorrente de penalidades pecuniárias (multas). A anistia deve
ser concedida por meio de lei específica. Pode ser concedida em caráter
geral ou individual.

• A anistia aplica-se apenas às infrações cometidas antes da vigência da lei


que a concede.

• A anistia não se aplica:

• Aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que,


mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;

• Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio


entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

• A anistia concedida em caráter individual não gera direito adquirido. Não


estando satisfeitos os requisitos ou as condições para sua concessão, a
anistia é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o
crédito tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado
que houve dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se
beneficiar ilicitamente da anistia, haverá, ainda, imposição de
penalidade.

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