Vous êtes sur la page 1sur 5

Aspectos econômicos do

governo Collor
(1990-1992)
Trabalho de Economia
Professora: Dra. Lilia Soares

Componentes:
Caio Miller
Letícia Niquini
Juliana Oliveira
Thais Medeiros
Victoria Rocha
Introdução

O governo Collor de Mello marcou a volta da democracia com a eleição


direta para presidente após 21 anos de ditadura militar. Numa campanha
marcada pelo fortíssimo apelo de marketing, Fernando Collor de Mello
tomou posse a presidência da república com apenas 40 anos e ganhando
de figuras tradicionais como Lula, Brizola, Ulisses Guimarães e Mario
Covas.

O caçador de marajás, como ficou conhecido, iniciou seu governo


causando grande impacto na economia do país e logo atingiu grande
rejeição popular, que culminou com o fracasso dos planos implantados e
as gravíssimas denúncias de corrupção que envolviam ministros e a
primeira dama, eclodindo com a denúncia de seu irmão sobre esquemas
de corrupção de sua campanha, liderados por PC Farias.

Collor de Mello colecionou marcas históricas: foi primeiro presidente


eleito diretamente após a ditadura militar, o mais jovem e também o
primeiro a sofrer impeachment e interromper seu governo na metade,
sem que houvesse algum tipo de golpe de Estado.

Contexto Histórico:
O Brasil vivia momentos de euforia política, pois em 1989 seriam
celebradas as primeiras eleições diretas e pluripartidárias para presidente,
após o fim da ditadura militar.
Por outro lado, a inflação e a estagnação econômica eram os principais
problemas que o país enfrentava.
Após 30 anos sem poder eleger um presidente, o brasileiro sentia que
reconquistava seus direitos políticos que haviam sido suspensos pela
ditadura militar. Uma nova Constituição fora promulgada e novos direitos
trabalhistas e sociais haviam sido incluídos na Carta Magna, o que deixava
a população confiante.
Durante a campanha, lideranças históricas como Lula da Silva, da
esquerda, ou Uliysses Guimarães, da direita, se apresentaram como
opções. Entretanto foi o jovem governador de Alagoas, Fernando Collor de
Mello, que soube conquistar os eleitores com sua imagem moderna,
atlética e de combate aos corruptos.
O cenário externo não era dos melhores. A década de 80 foi dominada
pela implementação do neoliberalismo em países como os Estados Unidos
e o Reino Unido.
Desta maneira, estava na ordem do dia privatizar e reduzir o gasto
público. O neoliberalismo no Brasil seria posto em prática pelo governo
Collor.

Medidas do Plano Collor 1


 Poupança retida para quem tivesse depósitos acima de 50.000 cruzeiros
novos (atualmente, 5000 a 8000 reais);
 os preços deveriam voltar aos valores de 12 de março;
 mudança da moeda: de cruzados novos para cruzeiros, sem alterações de
zeros;
 início do processo de privatização de estatais;
 reforma administrativa com o fechamento de ministérios, autarquias e
empresas públicas;
 demissão de funcionários públicos;
 abertura do mercado brasileiro ao exterior com a extinção de subsídios do
governo;
 flutuação cambial sob controle do governo.

A medida mais polêmica do Plano Collor foi a retenção das poupanças nos
bancos, para os correntistas que tivessem depósitos acima de 50.000
cruzeiros. Rapidamente, isto foi chamado de “confisco” pela população.

O governo retinha os depósitos acima deste valor e pretendia devolvê-los


em 18 meses com correção e juros de 6% ao ano. Com isto, visava conseguir
liquidez para financiar projetos econômicos.

Segundo a Ministra Zélia Cardoso de Mello, 90% das contas de poupança


brasileiras eram abaixo deste valor e esta retenção não prejudicaria a
economia nacional. Igualmente afirmava que o governo ressarciria os
depósitos dentro do prazo estipulado.

Tal fato nunca ocorreu e milhares de correntistas tiveram que entrar na


Justiça para reaver seu dinheiro.
Plano Collor 2
O plano Collor 1 foi um fracasso. Embora tivesse conseguido diminuir a
inflação no primeiro mês, nas semanas seguintes os preços continuariam a
aumentar e os salários a diminuir.

Também por medida provisória publicada em 1º de fevereiro de 1991, o


presidente instituiu mais normas econômicas que seriam conhecidas como
o Plano Collor 2.

Dentre elas estavam:

 Aumento de tarifas públicas para os Correios, energia e transporte


ferroviário;
 fim do overnight e criação do Fundo de Aplicações Financeiras (FAF);
 criação Taxa de Referência de Juros (TR).

Consequências

Os planos Collor 1 e 2 não conseguiram salvar a economia brasileira e


tampouco conter a inflação. Alguns economistas afirmam que o Brasil
quebrou, pois os créditos ficaram mais caros e difíceis de obter. Outros
estudiosos apontam que foi apenas uma recessão muito profunda.

Isso deixou vários pequenos empresários e investidores falidos, acarretando


suicídio e morte de várias pessoas por enfarte.

Em seguida, o desemprego aumentou substancialmente, a indústria


nacional foi sucateada e algumas estatais foram vendidas abaixo do preço
de mercado.

Somente em São Paulo, no primeiro semestre de 1990, 170 mil postos de


trabalho deixaram de existir. O PIB(Produto Interno Bruto) diminuiu de US$
453 bilhões em 1989 para US$ 433 bilhões em 1990. Da mesma forma,
houve desmonte das ferrovias e cortes de investimento em infraestrutura
por parte do governo federal.

Posteriormente, Collor de Mello se veria envolvido e acusado de corrupção


pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello. A população foi às ruas e
exigiu o impeachment para o presidente.
Caras Pintadas:
Protestos ocupavam as ruas com milhares de pessoas, em uma
demonstração da revolta contra Collor. Os movimentos sociais e os
partidos políticos também se juntaram ao “Movimento pela Ética na
Política” e fizeram grandes comícios em várias cidades, sob o slogan “Fora
Collor!”. Após a instauração da CPI, Collor convocou os brasileiros para
que o apoiassem, indo às ruas vestidos de verde e amarelo. A fala foi
tomada como provocação. Multidões, com jovens na maior parte, foram
às ruas pelo país vestindo preto, com o rosto pintado de verde e amarelo,
gritando pelo seu impeachment. Com a queda, o vice Itamar Franco
completou o mandato.

O impeachment
Os últimos meses de 1989 foram marcados por um importante momento
político: depois de quase três décadas, o Brasil elegia um presidente por
meio de voto direto.
Collor já se encontrava em situação de instabilidade política, sem o apoio
da população nem do Congresso. Em maio de 1992, ocorreu um episódio
que expôs a fragilidade de Collor à luz do dia: o irmão do presidente,
Pedro Collor, concedeu uma entrevista à revista VEJA na qual acusava
Paulo César (PC) Farias, tesoureiro da campanha de Collor, de comandar
um grande esquema de corrupção, com o envolvimento direto do
presidente. Iniciou-se, então, um processo de investigação, por meio de
uma comissão parlamentar de inquérito, conhecida como CPI do PC. O
crime consistia em usar a campanha eleitoral de Collor como caixa 2.
Assim, muito dinheiro foi desviado das verbas públicas através de criação
de empresas fantasmas e contas no exterior.
O esquema de corrupção e o envolvimento direto de Collor foram
confirmados, e entidades civis entraram com o pedido de impeachment
do presidente. A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de
impeachment por 441 votos a 38. Collor, condenado por crime de
responsabilidade, foi afastado. Em 2 de outubro, o vice-presidente, Itamar
Franco, assume a Presidência. Em dezembro, Collor renuncia, antes de ser
condenado no Senado.

Vous aimerez peut-être aussi