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CAPÍTULO 6 e 7 (Moléculas do MHC; Apresentação do Antígeno aos Linfócitos T

e Receptores Imunolégicos e Transdução de Sinal)

 Apresentação do Antígeno para o Linfócito T

Para que um linfócito T seja ativado, o antígeno deve ser apresentado a ele por
células apresentadores de antígeno (APCs), que incluem as células dendríticas, os
macrófagos e as células B.

As células dendríticas são as mais efetivas para ativar células T virgens,


enquanto os macrófagos e células B atuam principalmente na apresentação aos
linfócitos Th CD4.

As regiões variáveis das cadeias α e β do TCR contém regiões hipervariáveis


(CDR), onde se concentra a maior taxa de variabilidade. Três CDR da cadeia α e três
da cadeia β formam, em conjunto, a parte do TCR que reconhece o complexo peptídeo-
MHC especificamente.

 MHC

Os linfócitos T reconhecem somente antígenos ligados às moléculas do


complexo principal de histocompatibilidade (MHCs) na superfície das células do
hospedeiro via TCR, e não diretamente antígenos do microorganismo ou antígenos
solúveis na circulação, esta característica é denominada restrição de MHC. Os MHCs
ligam-se apenas à peptídeos, por isso, a maioria dos linfócitos T reconhece apenas
peptídeos lineares curtos.

As moléculas de MHC são possuem genes extremamente polimórficos,


apresentando grande variedade entre indivíduos, o que representa a base da rejeição a
transplantes. O MHC não é feito de rearranjo gênico, mas sim de vários segmentos
gênicos herdados pelos pais, codificando genes diferentes entre as pessoas. Cada
classe de MHC tem 3 genes que o codifica.

O MHC de classe I está presente em todas as células nucleadas do corpo.


Apresenta cadeia α, a qual possui a fenda em que se aloja os peptídeos e uma pequena
cadeia β que possui maior função estrutural. É formado pelos genes HLA-A, HLA-B e
HLA-C, que codificam três moléculas com o mesmo nome. Os linfócitos CD8
reconhecem MHC de classe I. Quando uma célula não apresenta MHC de classe I na
superfície, ela é morta pelas células natural killers (NK).
O MHC de classe II está presente nas APCs. A fenda é formada pela cadeia α e
pela cadeia β. Apresenta os genes HLA-DP, HLA-DQ e HLA-DR. Os linfócitos CD4
reconhecem MHC de classe II.

A expressão de determinados alelos de MHC de classe II em um indivíduo que


determina a sua capacidade de gerar resposta para antígenos específicos.

Os resíduos de aminoácidos polimórficos estão localizados na fenda de ligação


ao peptídeo e adjacentes a ela. A fenda do MHC é formada por duas α-hélices e uma
lâmina-β pregueada. As α-hélice constituem a parede da fenda e contactam as regiões
CDR1 e CDR2 do TCR; a lâmina-β pregueada constitui a base da fenda e é onde há
ligação do antígeno. Devido à variabilidade dessa região, os diferentes MHCs ligam-se
e apresentam diferentes antígenos. As regiões variáveis

O interferons IFN-α, IFN-β e IFN-γ aumentam o nível de expressão de MHC de


classe I, que são citocinas produzidas na fase inicial da resposta imune inata. O IFN-γ
é a principal citocina estimuladora da expressão de MHC de classe II, que pode ser
produzida pelas células NK durante a resposta imune inata e pelos linfócitos T ativados
por antígenos na resposta imune adaptativa.

CAPÍTULO 8 (Desenvolvimento dos Linfócitos e Rearranjo dos Genes dos


Receptores de Antígenos)

 Desenvolvimento de Linfócitos e Rearranjo do Genes dos Receptores de


Antígenos

Os progenitores dos linfócitos (células que não expressam receptores de antígenos)


no timo e na medula óssea passam por um processo de desenvolvimento em que se
diferenciam em linfócitos maduros. Esses linfócitos expressam receptores de antígeno
altamente diversos que tem a capacidade de reconhecer uma grande variedade de
substancias estranhas. A maturação é iniciada por sinais de receptores de superfície
celular que tem duas funções principais: eles promovem a proliferação de progenitores
e iniciam o rearranjo dos genes receptores de antígenos.

 Visão geral do desenvolvimento de linfócitos: Eventos de maturação de linfócitos


que ocorrem nos órgãos linfóides:
 O comprometimento de células progenitoras com a linhagem linfoide B ou T.
 Células-tronco hematopoiéticas no fígado fetal e na medula óssea, dão origem aos
linfócitos.
 A maturação das células B a partir dos progenitores comprometidos com essa
linhagem ocorre principalmente na medula óssea e, antes do nascimento, no fígado
fetal. Os precursores dos linfócitos T deixam o fígado fetal antes do nascimento e a
medula óssea durante a vida e circulam até o timo, onde completam sua maturação.
 O comprometimento com a linhagem B ou T depende das instruções recebidas de
vários receptores de superfície celular, que induzem reguladores de transcrição
específicos que levam um progenitor linfoide comum a assumir, de modo específico,
o destino de uma célula B ou uma célula T. No caso de células B em
desenvolvimento, o lócus da cadeia pesada da imunoglobulina (Ig), inicialmente em
uma configuração inacessível à cromatina, é aberto, de modo que torna-se acessível
às proteínas que medeiam o rearranjo e expressão dos genes das Ig. No
desenvolvimento de células Tαβ, o lócus do gene β do receptor de células T (TCR)
é o primeiro a se tornar disponível.

 A proliferação de células progenitoras e células imaturas comprometidas em


estágios iniciais específicos de desenvolvimento.
 Durante o desenvolvimento das células B e T, as células progenitoras proliferam-se,
primeiramente, em resposta às citocinas e, posteriormente, em resposta a sinais
gerados por um pré-receptor de antígeno, que seleciona as células que rearranjaram
de maneira efetiva o primeiro conjunto de genes dos receptores de antígenos.

 O rearranjo sequencial e ordenado dos genes dos receptores de antígenos e a


expressão de proteínas dos receptores de antígenos.
 Cada clone de linfócito B ou T produz um receptor de antígeno com uma estrutura
única de ligação a antígenos. Em qualquer um dos linfócitos em desenvolvimento,
os genes que codificam os diversos receptores de antígeno são gerados pelo
rearranjode diferentes segmentos gênicos da região variável (V) com segmentos
gênicos de diversidade (D) e junção (J). Diversos receptores de antígenos são
gerados e expressos antes de entrar em contato com os antígenos.
 Recombinação V(D)J: O processo de recombinação V(D)J em qualquer lócus de Ig
ou TCR envolve a seleção de um gene V, um segmento D (quando presente) e um
segmento J em cada linfócito e o rearranjo de um desses segmentos, de modo a
formar um único éxon V(D)J que codificará para a região variável uma proteína do
receptor de antígeno. Nos loci da cadeia leve das Ig e das cadeias α e γ do TCR,
nas quais faltam segmentos D, um único rearranjo junta um gene V selecionado
aleatoriamente a um segmento J, também selecionado aleatoriamente. Os loci das
cadeias H das Ig e β e δ do TCR contêm segmentos D, e nesses loci, dois eventos
de rearranjo distintos devem ser iniciados separadamente, juntando um primeiro D
a um J e, em seguida, um segmento V para ser fundido a um segmento DJ.

 Etapas sequênciais no processo de rearranjo gênico:


 Abertura da cromatina em regiões específicas do cromossomo para tornar os
segmentos gênicos de receptores de antígenos acessíveis às enzimas que medeiam
a recombinação.
 Dois seguimentos gênicos selecionados devem ser aproximados um do outro,
atravessando uma distância cromossômica considerável.
 Quebras são introduzidas na dupla fita nas extremidades codificadoras destes dois
segmentos;
 Nucleotídeos são acrescentados ou removidos nas extremidades quebradas;
 As extremidades processadas são ligadas para produzir genes receptores de
antígenos clonais únicos, porém diversos, que podem ser transcritos de maneira
eficiente.

A utilização de diferentes combinações dos segmentos V, D, e J e a adição e remoção


de nucleotídeos nas junções contribuem para a diversidade tremenda dos receptores
de antígeno. A maior contribuição para a diversidade de receptores de antígeno é feita
pela remoção ou adição de nucleotídeos nas junções de segmentos V e D, D e J ou V
e J no momento em que esses segmentos são unidos. Devido à diversidade juncional,
anticorpos e moléculas do TCR mostram a maior variabilidade nas junções das regiões
V e C, que formam a terceira região hipervariável ou CDR3.

 Eventos de seleção que preservam as células que produziram receptores


funcionais e eliminam células potencialmente perigosas que reconhecem
fortemente antígenos próprios.
 O processo de desenvolvimento de linfócitos contém numerosas etapas intrínsecas,
denominadas pontos de controle, nas quais as células em desenvolvimento são
testadas e somente continuam a amadurecer se a etapa anterior do processo tiver
sido concluída de maneira eficaz.
 Seleção positiva: processo pelo qual células T em desenvolvimento no timo
(timócitos) cujos TCRs se ligam às próprias moléculas de MHC são salvas da morte
celular programada, ao passo que os timócitos cujos receptores não reconhecem as
próprias moléculas de MHC morrem. A seleção positiva garante que as células T
maduras são restritas ao próprio MHC e as células T CD8+ são específicas para
complexos de peptídeos com moléculas de MHC de classe I e células T CD4+ para
complexos de peptídeos com moléculas de MHC de classe II. As células T maduras
cujos precursores tenham sido selecionados positivamente por moléculas de MHC
próprio no timo são capazes de reconhecer antígenos de peptídeos estranhos
apresentados pelas mesmas moléculas de MHc próprio em células apresentadoras
de antígenos em tecidos periféricos.
 Seleção Negativa: É o processo que elimina ou altera os linfócitos em
desenvolvimento cujos receptores de antígenos (autorreativos) ligam-se fortemente
a antígenos próprios presentes nos órgãos linfóides geradores. Esse processo
contribui para a manutenção da autotolerância. As células T em desenvolvimento
com uma alta afinidade por antígenos próprios são eliminadas por apoptose, um
fenômeno conhecido como deleção clonal. Células B imaturas altamente
autoreativas podem ser induzidas a realizar mais rearranjos no gene das Ig e, assim,
evitar a autoreatividade. Fenômeno conhecido como edição do receptor. Se a
edição falha, as células B auto reativas morrem. A seleção negativa de linfócitos
imaturos é um mecanismo importante para a manutenção da tolerância a muitos
antígenos próprios; isso também é denominado tolerância central porque se
desenvolve nos órgãos linfóides centrais (geradores).

 A imunidade humoral e a imunidade celular são subdivisões da imunidade


adquirida.

 A Imunidade Humoral é o tipo de defesa imunológica que atua no


líquido extracelular usando proteínas (anticorpos), produzidas
pelos linfócitos B.

 Os anticorpos são importantes por combaterem patógenos impedindo-os que


penetrem o tecido conjuntivo. Portanto os linfócitos B secretam os anticorpos
na circulacão e nos líquidos das mucosas para os micro-organismos
e toxinas microbianas serem neutralizados e destruídos ainda no meio
extracelular, combatendo assim as infecções.

 Os anticorpos não tem acesso aos micro-organismos que vivem dentro das
células infectadas, a imunidade celular é responsável por combater estes
microorganismos.

 Na resposta imune humoral, o linfócito B reconhece como antígeno, qualquer


substância química, seja carboidrato, proteína e lipídio. o linfócito B não faz
acepção, ele é mais universal, é uma célula menos exigente quanto ao tipo
de antígeno, o contrário da resposta imune celular mediada por linfócitos T,
que são muito exigentes, exigem que o antígeno seja peptídeo.

 A importância da resposta imune humoral é combater patógenos


extracelulares, ou seja, que não estão dentro das células, que estão nos
líquidos externos e também produzir o famoso anticorpo.

 São basicamente dois tipos de respostas produtoras de anticorpos: a Timo


independente e a Timo dependente.

 Diferenciação das células B e T em subpopulações funcionalmente e


fenotipicamente distintas: (B: células foliculares, da zona marginal, B-1) (T: αβ CD4+
e CD8+, células NKT e células γδ).

 Resposta mediada pelos linfócitos B


 Existem dois tipos de respostas:
 T dependente
 T independente
 Memória: Capacidade de uma segunda resposta de maior magnitude e rapidez
frente a um segundo encontro com um antígeno específico.
 Antigenos T-independentes do tipo I são tidos por aqueles que são reconhecidos
pela imunidade inata, ou seja, LPS que independe da especificidade e se liga a
Toll 4, e também CPG que são fragmentos bacterianos ligantes de Toll 9. Já os
antigenos T-independentes do tipo II são carboidratos (apresentam cadeias
repetitivas)
 Respostas humorais T-independentes quando ativadas na ausência de citocinas
iniciam apenas a secreção de IgM. Na presença de citocinas podem sofrer troca
de classe. A célula que passa a secretar IgG não volta a secretar IgM.
 O linfócito B se forma a partir de progenitores (células indiferenciadas) com o
auxílio de células estromais na medula óssea. Sua função é produzir anticorpos.
O BCR, anticorpo de membrana, é a molécula que caracteriza o linfócito B.
 Isotipos diferentes de imunoglobulina são expressos na superfície da membrana
do linfócito B. O primeiro isotipo sempre a ser expresso na medula óssea é o
IgM. Além desse, o linfócito B também expressa outro isotipo de membrana, o
IgD, e com isso já tem condições de sair da medula óssea de forma madura.
 Ao sair da medula, o linfócito B tem dois destinos. Pode virar uma célula de
memória ou atingir um estágio de plasmócito. O plasmócito é a fase secretora
do linfócito B onde ele está produzindo anticorpos. O linfócito B sai da medula
em direção aos órgãos linfoides secundários e tecidos.
 Fases da resposta imune humoral: A ativação de célula B é iniciada pelo
reconhecimento específico de antígenos por meio de receptores Ig de superfície
das células. O antígeno, além de outros estímulos, incluindo células T auxiliares,
estimulama proliferação e a diferenciaçãode clones específicos de células B. A
progênie do clonepode se diferenciar em plasmócitos secretores de anticorpos,
pode sofrer maturação da afinidade ou pode persistir como células de memória.
A gigantesca expansão é necessária para manter o mesmo ritmo dos
microrganismos que se dividem rapidamente.
 O linfócito B atua como célula apresentadora de antígeno, participa também da
supressão de respostas imunes e secreção de anticorpos. Os linfócitos B
maduros após a estimulação antigênica povoam os órgãos linfóides periféricos,
que são locais onde os linfócitos interagem com antígenos estranhos. O antígeno
se liga às imunoglobulinas M e igD de membrana nas células B virgens maduras
e as ativa. Algumas células B ativadas começam a produzir outros tipos de
anticorpos além da IgM e IgDpelo processo denominado troca de isotipo
(classe) de cadeia pesada.

 Maturação de Afinidade: Conforme uma resposta imune humoral se desenvolve,


células B ativadas produtoras de anticorpos que se ligam a antígenos om afinidade
crescente passam a dominar progressivamente a resposta.
 As respostas de anticorpos a antígenos proteicos requerem que o antígeno seja
internalizado por células B específicas, processados e seus peptídeos
apresentados aos linfócitos T auxiliares CD4+, que por sua vez ativam as células
B. Por isso as proteínas são classificadas como antígenos T-dependentes. O
termo linfócito T auxiliar se deve ao fato de as células T estimulam ou auxiliam
os linfócitos T a produzir anticorpos.
 A troca de isotipo e a maturação da afinidade são caracteristicamente
observadas em respostas imunes humorais T dependentes a antígenos
proteicos.
 A célula T auxiliar folicular, facilita a formação de centros germinativos, os quais
são estruturas geradas em órgãos linfóides, onde ocorrem vários eventos
relacionados às respostas imunitárias humorais T-dependentes.
 Em respostas T-dependentes, os plasmócitos migram dos centros germinativos
em órgãos linfóides periféricos, onde são produzidos, para a medula óssea, pode
podem viver por muitos anos. Esses plasmócitos de vida longa secretam
continuamente anticorpos que proporcionam proteção imediata sempre que um
microrganismo que pode ser reconhecido por esses anticorpos infecta o
indivíduo.
 Algumas linhagens de célula B ativadas de forma T dependente podem se
diferenciar em células de memória, que sobrevivem em um estado de repouso,
sem secretar anticorpos, mas montam respostas rápidas em encontros
posteriores com o antígeno.
 As células dendríticas apresentam muitos MHCs e moléculas co-estimulatórias
(por exemplo o par CD28 – B7 (1e 2)). Ela permite que o pH no interior do
fagolisossomo seja básico e com isso consegue armazenar antígenos de forma
eficiente e assim apresenta-los. O linfócito B naive não é bom APC quanto as
CD pois apresentam poucos MHCs e moléculas co-estimulatórias. O processo
de ativação do linfócito B faz com que ele expresse em sua membrana mais
MHCs e moléculas co-estimulatórias habilitando-o a ser APC.
 As respostas de anticorpos a antígenos multivalentes (cada molécula com vários
epítopos idênticos) não proteicos com determinantes repetitivos, tais como
polissacarídeos, alguns lipídeos e ácidos nucleicos, não requerem a participação
de linfócitos T auxiliares antígeno-específicos. São denominados antígenos T-
independentes.

 A estrutura do complexo protéico BCR


 Imunorreceptores ativadores baseados em tirosina (ITAM)
 Complexo BCR: O corpo humano produz milhões de diferentes tipos de células
B a cada dia que circulam no sangue e linfa que têm um papel importante na
vigilância imune. Elas não produzem anticorpos até serem completamente
ativadas. Cada célula B tem um único receptor de proteína (chamado de receptor
célula B ou BCR) em sua superfície que irá ligar-se a um antígeno particular. O
BCR é uma ligação entre a membrana celular e a imunoglobulina, e esta molécula
permite a distinção das células B entre outros tipos de linfócitos, e também é a
principal proteína envolvida na ativação da célula B. Uma vez que a célula B
encontra seu antígeno e recebe um sinal adicional da célula T auxilar, ela pode se
diferenciar em uma dos dois tipos de células B listadas abaixo.
• Tipos de Células B

 Plasmócitos (também chamada de células plasmáticas) são grandes células B


que foram expostas ao antígeno e produzem e secretam grandes quantidades
de anticorpos, que ajudam na destruição dos microorganismos ligando-se a elas
e tornando-os alvo para fagócitos e ativando o sistema complemento. Em
microscopia eletrônica estas células revelam uma grande quantidade de retículo
endoplasmático rugoso, responsável pela síntese de anticorpos.
 Células de memória B são formadas através da ativação de células B no
encontro com antígeno específico durante a resposta imune primária. Estas
células são capazes de uma vida longa, e podem responder rapidamente a uma
segunda exposição ao mesmo antígeno.
 Células B-1 expressam IgM em grande quantidade maior que IgG e seus
receptores mostram poliespecificidade o que significa que elas têm pouca
afinidade para muitos antígenos, mas têm uma preferência para outras
imunoglobulinas, antígenos próprios e polissacarídeos de bactérias. Células B-
1 estão presentes em baixo número nos linfonodos e baço e em grande número
nas cavidades peritonial e pleural.
 Células B-2

 As IGM e IGD de membrana apresentam caudas citoplasmáticas curtas e não


transduzem sinais gerados após o reconhecimento de antígeno. Os sinas
mediados por Ig são transduzidos por duas outras moléculas chamadas Igα e Igβ
e estão associadas às Ig de forma não covalente. Essas proteínas contem um
motivo ativatório ITAM cada nas suas caudas citoplasmáticas que apresenta
resíduos de tirosinas que são alvos de fosforilações mediadas por quinases. A
fosforilação dos resíduos de tirosina dos ITAMs aciona todos os eventos de
sinalização subseqüentes do BCR. Igα e Igβ são frouxamente ligadas a
tirosinoquinases da família Src tais como Lyn, Fyn Blk, que quando fosforilados
ativam uma segunda enzima sinal, SyK, que migra para o núcleo e promove a
transcrição de genes relacionados com a ativação da célula B.
 O linfócito B apresenta um correceptor que reconhece fragmentos do complemento
covalentemente ligados ao antígeno ou fazem parte dos imunocomplexos
contendo o antígeno. Esse receptor aumenta a força de ativação do linfócito B,
potencializando em até 10 vezes. O correceptor CD2I reconhece o fragmento do
complemento C3d que opsoniza o antígeno, levando a ativação da cascata de PI3K
que é um amplificador do BCR. Há outros dois correceptores, o CD19, que é usado
como marcador de linfócito B e também o CD81, cuja a sua função não é bem
elucidada.
 Os receptores inibitórios do linfócito B apresentam motivo ITIM que recruta
fosfatases que geram defosforilações nos resíduos de tirosina que servem como
sinal inibitório para a célula. Um receptor inibitório do linfócito B é o FCYRII, que é
receptor inibitório que se liga a porção FC de IgG produzida no decorrer da
resposta imune.

 Função dos receptores de ativação (ITAM) e inibição (ITIM) na fisiologia das células
NK. Interação da célula NK com uma célula normal do organismo que expressa MHC
de classe I, com consequente inibição da indução de citólise NK dependente .
Interação de célula NK com célula infectada por vírus, com consequente perda de
expressão de MHC de classe I, o que resulta na ativação da célula NK, com
concomitante liberação dos produtos letais.

CAPÍTULO 9 (Ativação dos Linfócitos T)

ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T

O objetivo da ativação é gerar a partir de um pequeníssimo número de linfócitos


T virgens com o receptor específico para o antígeno e questão, um grande número de
células efetoras funcionais assim como de uma população de células de memória, que
sejam capazes de reagir rapidamente em um segundo encontro com esse antígeno.

 APC

As APCs apresentam o complexo peptídeo-MHC às células T através do


reconhecimento do complexo pelo TCR (1º sinal) e enviam coestímulos adicionais (2º
sinal), necessários para a completa ativação do linfócito T. Esses coestimuladores são
moléculas presentes na membrana das APCs. Além disso, secretam citocinas
essenciais para que a célula T se torne efetora. Ao ocorrer a apresentação às células
T, as APCs recebem sinais desse linfócito que intensificam a sua função de
apresentação de antígeno.

Na presença de microorganimos, as APCs aumentam a expressão de MHC de


classe II e de coestimuladores, aumentando a eficiência na apresentação de antígenos
e elevando a secreção de citocinas. Esses eventos amplificam a capacidade das APCs
em ativar a resposta de células T.

 Células dendríticas

É a APC mais profissional por se localizarem estrategicamente nas portas de


entrada de patógenos; ter capacidade de migração dos tecidos para as zonas de células
T nos órgãos linfoides secundários; apresentar grande densidade de MHC em sua
superfície uma vez detectado o antígeno; por apresentar coestímulo; e ter capacidade
de manter o pH do fagolisossomo mais básico, permitindo que a degradação do
antígeno seja lenta, o que faz com a que a apresentação perdure mais.

Os antígenos que cruzam as barreiras epiteliais ou são produzidos nos tecidos são
capturados por células dendrítica imaturas; os antígenos circulantes são capturados por
células dendríticas do baço. Ao reconhecerem um antígeno ligado a um PAMP via
receptores PRRs e endocitá-lo, esse antígeno é degradado pelas enzimas do lisossomo
e adentram o MHCIIC, que é um compartimento contendo os MHCs de classe II em
formação. Então uma enzima é responsável por degradar toda a cadeia invariante,
deixando apenas o peptídeo CLIP na fenda. O HLA-DM possui alta afinidade por esse
peptídeo, logo, ele se liga ao peptídeo CLIP instabilizando o MHC. Para que o MHC se
estabilize novamente, o peptídeo do antígeno liga-se a ele na fenda em uma
conformação estendida. Dessa maneira, os MHCs de classe II contendo o antígeno são
levados à superfície das células dendríticas por meio de vacúolos.

Além de expor os MHCs de classe II na superfície, as células dendríticas maduras


passam a expressar o receptor de quimiocinas CCR7, que reconhece duas quimiocinas,
a CCL19 e CCL21, produzidas nas zonas de célula T no linfonodo. Desse modo, a célula
dendrítica madura migra do tecido para o linfonodo através da linfa pelos vasos linfáticos
aferentes. As células T virgens também expressam CCR7, por isso, elas migram para a
mesma região do linfonodo através da veia de endotélio alto (HEV), onde estão
concentradas as células dendríticas com o antígeno. Isso maximiza a probabilidade do
encontro entre a dendrítica com o antígeno e a célula T virgem com o receptor específico
para aquele antígeno. Uma vez ocorrido o reconhecimento do antígeno pelo TCR, o
receptor CD28 do linfócito T reconhece as moléculas coestimuladoras B7-1 e B7-2
(CD80 e CD86), expressas em altos níveis na célula dendrítica madura, gerando o 2º
sinal. Isso leva à completa ativação do linfócito T CD4. As células Th CD4 ativadas
expressam o CD40L, que se liga ao CD40 expresso na célula dendrítica, enviando sinais
que aumentam a expressão de B7 na superfície. Essa alça de retroalimentação serve
para amplificar a resposta da célula T. As proteínas responsáveis pela transdução do
sinal são a CD3, que fazem parte do TCR (receptor propriamente dito + CD3).

OBS: Apenas linfócitos T virgens apresentam selectina (= CD62L) que permite o


processo de rolamento. Ele não recircula para o tecido periférico pois não apresenta as
moléculas de adesão. *Na ausência de coestimulação, a célula T entra em um estado
de anergia, se tornando não-responsiva.

 Apresentação cruzada: ocorre a fusão do fagossomo contendo os antígenos ingeridos


com o retículo endoplasmático, e então, esses peptídeos são translocados do RE para
o citosol através de vias pouco conhecidas, onde ocorre a degradação dos peptídeos
marcados com ubiquitina no citoplasma pelo proteossoma. Esses peptídeos são
bombeados para o retículo endoplasmático através da proteína TAP. No RE há o
dobramento de MHC de classe I e nesse processo há interação com os peptídeos.
Então, esses MHCs de classe I já ligados ao peptídeo são transportados para a
superfície por meio de vesículas do Golgi. Desse modo, as células dendríticas são aptas
a ativar linfócitos CD8 virgens via MHC de classe I.

 Macrófagos

Na resposta imune celular, os macrófagos fagocitam o antígenos e o apresentam


à célula Th1 efetora. Essa células diferenciadas expressam o CD40L e secretam IFN-ɣ
que ativam o macrófago intensificando a ação microbicida dos macrófagos,
caracterizando a via clássica de ativação dos macrófagos. Os macrófagos ativados
matam os microorganismos fagocitados principalmente pelas ações das espécies
reativas de oxigênio, óxido nítrico e enzimas lisossômicas. Todos esses agentes
microbicidas são produzidos dentro do lisossomo. Esses macrófagos ativados também
estimulam a inflamação por meio da secreção de citocinas e mediadores lipídicos de
curta duração.

Os macrófagos ativados pela Th2 contribuem para o remodelamento tecidual e


formação de tecido fibroso. Isto pois a IL-4 e IL-13 ativam os macrófagos para expressar
enzimas que promovem a síntese de colágeno e fibrose (via alternativa). As citocinas
da Th2 suprimem a ativação dos macrófagos pela via clássica.

 Células B
Na resposta imune humoral, os linfócitos B internalizam os antígenos e apresentam
peptídeos derivados desse antígeno à célula T helper. Essa apresentação é essencial
para a produção de anticorpos de dependentes de células Th.

 Respostas funcionais dos linfócitos T

1) Alterações na expressão de moléculas de superfície

Dentro de algumas horas após a ativação, as células T aumentam a expressão de


CD69, que é uma proteína de membrana. Essa proteína é a responsável por reduzir a
expressão do receptor S1PR1, que reconhece o gradiente de concentração do lipídio
S1P. A consequência disso é que as células T ativadas permanecem tempo suficiente
no órgão linfoide para receber os sinais que ativam sua proliferação e diferenciação em
células efetoras e de memória. Depois da proliferação, o nível de expressão de CD69
diminui e as células T voltam a expressar altos níveis de S1PR1, permitindo que as
células efetoras e de memória saiam dos órgãos linfoides.

Dentro de 24 a 48 horas após a ativação, as células T expressam altos níveis de


CD40L que permite que elas executem sua função efetora, que é a de ajudar os
macrófagos e células B. Além disso, levam à retroalimentação positiva que amplifica a
resposta celular do linfócito T.

Após a ativação, as células T reduzem a expressão de moléculas que o conduzem


até os órgãos linfoides, como a L-selectina e o receptor CCR7.

A expressão de CTLA-4 também aumenta no curso de 24 a 48 horas após a ativação


do linfócito T. O CTLA-4 é o receptor inibidor do coestimulador B7. O CD28 possui o
mesmo ligante, porém, sua afinidade pelo B7 é de 20 a 50 vezes menor, sendo assim,
ele se acopla ao B7 apenas quando este se encontra em altos níveis. Uma vez que as
APCs não estão mais expostas ao antígeno e os níveis de B7 são diminuídos, o CTLA-
4 liga-se ao B7 preferencialmente, levando ao bloqueio do coestímulo.

2) Secreção de citocinas de IL-2 e expressão do receptor de IL-2 (IL-2R)

Essa citocina é um fator de crescimento, sobrevivência e diferenciação dos linfócitos


T CD4. As células que reconhecem o antígeno, produzem IL-2. Ela age nas mesmas
células que a produzem e nas células adjacentes, isso garante que as células T
específicas para o antígeno sejam as que mais proliferem, caracterizando a expansão
clonal.
 Sinapse Imunológica

Quando o complexo TCR reconhece peptídeos ligados ao MHC na APC, várias


proteínas de superfícies e moléculas de sinalização intracelular das células T são
rapidamente mobilizadas para o ponto de contato entre essas células e a APC,
permitindo um contato estável. Essa região de contato físico é conhecida como sinapse
imunológica. As integrinas LFA-1 da superfície da célula T permanecem na periferia da
sinapse, onde atuam estabilizando e prolongando o contato entre as duas células
através da ligação ao ICAM-1 da APC. Isto ocorre pois a célula T precisa superar os
problemas de baixa afinidade do TCR pelo antígeno e da reduzida disponibilidade de
moléculas de MHC disponíveis com o antígeno específico. A sinapse constitui o local
em que o acoplamento repetido do TCR pode ser sustentado por esse número de
peptídeo-MHC reduzido, isso facilita a sinalização eficaz e prolongada da célula T.

 Diferenciação das células T CD4

As citocinas atuam sobre as células T estimuladas pelo antígeno, induzindo a


transcrição de genes de citocinas características de algum subtipo. A medida que ocorre
a ativação, os genes que codificam as citocinas do subtipo se tornam mais acessíveis,
enquanto os demais genes se tornam mais inacessíveis. Desse modo, essas células se
tornam cada vez mais polarizada.

As citocinas que induzem a diferenciação da células T CD4 em um determinado


subtipo são produzidas pelas APCs. O processo de diferenciação das células CD4 é
chamado de polarização.

As características que caracterizam o subtipo da células CD4 efetora são as


citocinas que produzem:

 Th1: produção de IL-12, IL-18 e IFN-ɣ.


 Th2: produção de IL-4, IL-5 e IL-13.
 Th17: produção de IL-17 e IL-22.

*As células efetoras tendem a sair dos órgãos linfoides e migrar para os sítios de
infecção onde estão presentes os microorganismos.

 Células de memória

Algumas células T podem se diferenciar em células de memória. Possuem


capacidade de sobreviver por longos períodos em um estado quiescente depois que o
antígeno é eliminado e montar respostas mais eficientes e mais rápidas em um segundo
encontro com esse antígeno quando comparado às células T virgens, pois as células
específicas para esse antígeno já se encontram em maior quantidade. Além disso, as
células de memória possuem altos níveis de receptor para IL-7, pois é a citocina mais
importante para a sua sobrevivência.

CAPÍTULO 10 (Mecanismos Efetores da Imunidade Celular)

 MECANISMOS EFETORES DA IMUNIDADE CELULAR

Os linfócitos T CD8 se proliferam e se diferenciam em linfócitos T citotóxicos


(CTL), que apresentam grânulos citotóxicos que podem matar células que expressam
peptídeos derivados dos antígenos citosólicos (ex.: peptídeos virais) que são
apresentados ligados ao MHC de classe I. Os CTL CD8 matam bactérias intracelulares
causando a morte da célula infectada. Quando expostas à células infectadas, elas
liberam grânulos com citotoxinas como perforinas e granzimas. A perforina facilita a
entrada da granzima na célula-alvo, e a granzima deflagra várias vias de apoptose. A
especificidade à células infectadas é possível devido a sinapse imunológica, visto que
essas moléculas só são secretadas no contato do CTL e da célula-alvo.

As células Th1 ocorrem em resposta aos microorganismos que ativam


macrófagos, células dendríticas e células NK. O IFN-ɣ é a principal citocina de ativação
dos macrófagos para matarem os microorganismos fagocitados (via clássica). É
produzido pelas células Th1, NK (em resposta ao IL-12) e T CD8 (em resposta ao
reconhecimento do antígeno e à produção de IL-12 e IL-18).

As células Th2 ocorrem em resposta a helmintos e alérgenos. Estimula a


produção de IgE e ativa os eosinófilos e mastócitos para a eliminação dos helmintos. A
IL-4 secretada promove o switch de isotipos da célula B e produção de IgE; a IL-5
secretada ativa eosinófilos para liberarem o conteúdo dos grânulos e destruir os
helmintos, porém, também pode lesionar o tecido do hospedeiro; a IL-4 e IL-13 juntas
promovem proteção nas barreiras epiteliais e estimulam a ativação de macrófagos pela
via alternativa.

As células Th17 ocorrem em resposta a bactérias e fungos. Tem importante


papel na infecção intestinal. Tem função silenciadora de Th2. Recruta neutrófilos, que
ingerem e matam o microorganismo.
CAPÍTULO 11 (Ativação da Célula B e Produção de Anticorpos)

 Ativação do Linfócito B no Sistema Imune

 Respostas de anticorpos dependentes de células T-auxiliares a antígenos


protéicos
 O antígeno, em sua conformação nativa, intacta, e não processado por APCS é
apresentado às células B. A ligação do antígeno ao receptor libera sinais
bioquímicos às células B, que iniciam o processo de ativação. O receptor internaliza
o antígeno ligado em vesículas endossomais e, se o antígeno for uma proteína ele
é processado em peptídeos que podem ser apresentados via molécula MHC classe
II na superfície da célula B para o reconhecimento por células T auxiliares. O par
de moléculas CD40 (presente no linfócito B) e ligante CD40L (presente no linfócito
T auxiliar) fornece sinal para a ativação do linfócito B (induz a proliferação e
diferenciação da célula B, inicialmente nos focos extrafoliculares e, depois nos
centros germintivos). Citocinas produzidas pelo linfócito T são importantes para a
ativação do linfócito B contribuindo para processos de troca de classe.
 A interação entre as células T auxiliares e os linfócitos B é iniciada pelo
reconhecimento do mesmo antígeno protéico pelos dois tipos celulares e segue uma
sequência precisa de eventos. As células T CD4 imaturas são ativadas pelo
antígeno (sob a forma e peptídeos processados) nas zonas das células T por meio
da apresentação por células dendríticas e, então, diferenciam-se em células T
auxiliares. As células B imaturas são ativadas nos folículos pelo mesmo antígeno
(em sua conformação nativa) que foi transportado para lá. As células T auxiliares e
as células B ativadas migram em direção uma à outra e interagem nas bordas dos
folículos para formar os centros germinativos, nos quais uma resposta de anticorpos
mais especializada é montada.
 As células T auxiliares e as células B ativadas pelo antígeno movem-se uma em
direção à outra em resposta aos sinais de quimiocinas (CXCR5).
 A ativação T-dependente de células B nos focos extrafolículares produz anticorpos
de baixa afinidade que podem circular e limitar a propagação de uma infecção. A
resposta extra-folicular também auxilia na geração de células T auxiliares foliculares
(TFH) que migram para o folículo e são necessárias para a formação do centro
germinativo. Algumas células B ativadas pelo antígeno no foco extrafolicular também
retornam ao folículo, participam na formação do centro germinativo e sofrem
alterações que resultam em uma resposta humoral mais potente e de longa duração.
 Os eventos característicos das respostas humorais dependentes de células T
auxiliares, incluindo a maturação da afinidade, troca de isotipo, e a geração de
plasmócitos e células B de memória de vida longa, ocorrem principalmente em
estruturas organizadas denominadas centros germinativos, que são criados dentro
dos folículos linfóides durante as respostas imunes T-dependentes. Cada centro
germinativo completamente formado contém células derivadas de um único clone,
ou de poucos, de células B específicas para o antígeno.
 Na região escura dos centros germinativos ocorre intensa proliferação de células B.
A região clara apresenta mais linfócitos e também células dendríticas foliculares que
não se assemelham com as convencionais pois não apresentam antígenos via MHC.
Elas são especializadas na retenção de antígeno por apresentar imunecomplexos
associados. A associação de imunecomplexos leva a ativação do complemento que
se fixam na porção FC do anticorpo. As células dendríticas foliculares têm muitos
receptores para FC de anticorpo e complemento e com isso retém complexos que
contém o antígeno.

 Troca de Isotipo (Classe) da Cadeia Pesada


 Algumas vezes ocorrem trocas de isotipo em células B que se encontram nos focos
extracelulares devido a ação das células T auxiliares extrafoliculares lá presentes;
no entanto, isso ocorre com mais freqüência em centros germinativos, sob a
influencia das TFH. A habilidade das células B de produzir diferentes isotipos de
anticorpos proporciona uma notável plasticidade nas respostas imunes humorais por
meio da geração de anticorpos que exercem funções efetoras distintas e estão
envolvidos na defesa contra diferentes tipos de agentes infecciosos.
 As células T auxiliares foliculares produzem IL-21 que induz a ativação e troca de
classe do linfócito B. Citocinas produzidas por TFH, associadas a IL-21 induzem a
troca de classe que ocorre na zona clara: IFN-γ induz a troca para a classe IgG e a
IL-4 induz a troca para IgE. A mudança para IgA é estimulada pelo fator
transformante de crescimento-β.
 Ordem dos Isotipos nas trocas de classe: IgM – IgG3 – IgG1 –IgG2b – IgG2a – IgE
– IgA.

 Maturação de Afinidade é o processo que conduz a um aumento da afinidade de


anticorpos a um determinado antígeno, conforme progride a resposta humoral T-
dependente e é o resultado da mutação somática dos genes Ig seguida pela
sobrevivência seletiva das células B produtoras de anticorpos com maior afinidade.
As células T auxiliares e as interações CD40:CD40L são necessárias para que se
inicie a hipermutação somática nas células B em proliferação nos centros
germinativos que se caracteriza como mutações pontuais nas regiões variáveis das
imunoglobulinas. A presença de mutações está relacionada ao aumento da
afinidade dos anticorpos ao antígeno que induziu a resposta. As células que sofrem
nenhuma ou mutações de baixa afinidade morrem. A estimulação repetida por
antígenos protéicos dependentes de células T leva ao aumento do número de
mutações nos genes Ig das células B específicas a esses antígenos no centro
germinativo. Alguma dessas mutações são mais prováveis de se mostrarem úteis
uma vez que produzirão anticorpos de alta afinidade. No entanto, muitas das
mutações podem gerar uma diminuição ou até mesmo uma perda da capacidade de
ligação ao antígeno.

A ligação das células B ao antígeno apresentado pelas células dendríticas foliculares é


necessária para impedir a morte programada das células B. As células B também
apresentam antígeno para as células TFH do centro germinativo, que por sua vez
promove a sobrevivência da célula B. As células B que se ligam a antígenos com alta
afinidade são selecionadas para sobreviver.

A enzima chave necessária para a troca de isotipo e maturação de afinidade é a


deaminase induzida por ativação (AID) cuja expressão é ativada principalmente por
sinais de CD40 nas células THF. A enzima desamina citosinas em moldes de DNA de
fita simples, convertendo resíduos de citosina (c) em resíduos de uracila (u).

 Funções das Igs


 IgM: É o BCR na superfície da membrana do linfócito B. Quando secretada é
pentamérica e possui 10 sítios ativos de ligação a antígeno (são boas para
reações de aglutinação). Na forma solúvel pode estar aberta ou na forma de
grampo. Quando se encontra na superfície de um microrganismo favorece a
ativação do complemento.
 IgD: é uma Ig de membrana e não existe na forma secretada.
 IgG: é abundante no soro. Atravessam placenta que apresenta receptores para
a sua porção FC. Também ativam complemento porém são menos eficientes
que IgM nessa função.
 IgA: Apresentam concentrações baixas no soro. São encontradas em regiões de
mucosa, rica em TGF-α e IL-10 indutoras de IgA. É dimérica ligada pela proteína
J na forma secretada. É transocitada para o lúmen do intestino (região de
mucosa) e ali neutraliza bactérias.
 IgE: Apresentam concentrações baixas e quando em concentrações mais
elevadas servem como indício de processos alérgicos e infecção por verme.

Receptores FC: As células principalmente da imunidade inata expressa esses


receptores onde os anticorpos se ligam e induzem ações microbicidas (por exemplo no
macrófago).

CAPÍTULO 12 (Mecanismos Efetores da Imunidade Humoral)

 Diferenciação e Funções das Células T CD8+ Efetoras

Os vírus evoluíram para utilizar várias moléculas da superfície celular para obter
entrada nas células do hospedeiro e para usar a maquinaria genética e de síntese
protéica das células do hospedeiro para se replicar e disseminar de uma célula para
outra. Os vírus não podem ser destruídos se as células infectadas não possuírem
mecanismos microbicidas intrínsecos, ou se os vírus estiverem no citosol onde são
inacessíveis a esses mecanismos de morte. Nessas situações, a única maneira de
erradicar a infecção estabelecida é matando a célula infectada, liberando o vírus para o
meio extracelular e paralisando a sua capacidade de sobreviver e se replicar. Essa
função de promoção de morte de células com vírus nem seu citosol é mediada por
linfócitos T citotóxicos CD8+. As citocinas produzidas por essas células também
contribuem para a eliminação de uma variedade de microrganismos intracelulares. A
segunda função importante das células CTLs CD8+ é a erradicação de diversos
tumores.

Células CD8+ imaturas reconhecem antígenos (vírus ou antígenos de tumores),


mas precisam se proliferar e se diferenciar para gerar um conjunto suficientemente
grande de CTLs para destruir a origem do antígeno. Dentro do citoplasma de CTLs
diferenciados, existem numerosos lisossomos modificados (grânulos) que contém
proteínas, incluindo perforinas e grazimas, cuja função é matar outras células. Além
disso, os CTLs diferenciados são capazes de secretar citocinas, principalmente IFN-γ,
que tem a função de ativar fagócitos. O fator de transcrição t-Bet contribui para o nível
elevado da expressão dests proteínas lisossomais e IFN-γ.

As células dendríticas apresentam antígenos via MHC de classe I a células T


CD8+. Esta via de apresentação requer que os antígenos protéicos estejam presentes
no citosol de células infectadas de modo que estas proteínas possam degradar em
proteossomas, para, em seguida, entrar no retículo endoplasmático por meio do
transportador TAP. As células dendríticas especializadas ingerem as células infectadas,
células tumorais ou proteínas expressadas por essas células, transferem os antígenos
protéicos para o citosol e processam os antígenos para a entrada na via de
apresentação de antígenos por MHC de classe I para o reconhecimento por células T
CD8+.

A ativação completa de células T CD8+ imaturas e sua diferenciação em CTLs


funcionais e células de memória podem requerer a participação de células CD4+
auxiliares. Quando ativadas as células CD4+ auxiliares expressão o ligante CD40L que
se liga ao CD40 d células dendríticas carregadas com antígenos. Essa interação ativa
as APCs para torná-las mais eficientes em estimular a diferenciação das células T CD8+,
em parte, induzindo a expressão de coestimuladores.

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