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Obs.: Vale ressaltar que os Direitos Fundamentais não devem ser entendidos como
relevantes somente se constarem na Constituição, pois, além dos Direitos Fundamentais
em sentido formal, existem também aqueles em sentido material que, apesar de não
estarem no texto da Magna Carta, são admitidos por ela devido ao seu conteúdo de
relevância.
1. Histórico
- Dignidade da Pessoa Humana:
a. Religião: a noção de dignidade da pessoa humana tem
origem nos principais documentos religiosos, os quais, em certa
medida, fazem referência à uma essência divina (sagrada) do ser
humano.
b. Filosofia: quando a Filosofia surge, também começa a discutir
e divergir sobre essa essência do ser humano, no entanto,
diferentemente das religiões, livre de dogmas.
c. Direito: eleva a dignidade da pessoa humana à condição de
direito, a partir da possibilidade de o indivíduo exigir respeito à sua
essência em juízo.
Dimensões
- Subjetiva: refere-se aos indivíduos. Nessa esfera, é dado ao seu titular o
direito de exigir aos órgãos estatais ou a qualquer outra pessoa que seja
eventualmente obrigada, o respeito e a efetivação de seus direitos fundamentais.
- Objetiva: nessa visão, tem-se o entendimento de que os direitos
fundamentais devem ser compreendidos também como valores objetivos básicos de
conformação do Estado Democrático de Direito. Assim sendo, estabelecem
diretrizes para a atuação dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Eficácia
- Vertical: é a observância dos direitos fundamentais nas relações entre o
Estado e o particular.
- Horizontal: significa que as relações privadas, isto é, as relações entre
indivíduos, também devem ser limitadas pelos direitos fundamentais. Existem três
teorias que tratam da eficácia horizontal: (i) Teoria Negativa: não admite a eficácia
dos direitos fundamentais nas relações privadas, reconhecendo apenas a eficácia
vertical; (ii) Teoria Indireta: entende que só há eficácia dos direitos fundamentais nas
relações interpessoais se houver prévia autorização do legislador; e (iii) Teoria
Imediata: defende que os direitos fundamentais produzem efeitos e devem ser
respeitados nas relações privadas, independentemente de decisão legislativa.
- Diagonal: eficácia observada numa relação entre particulares em que haja
uma hierarquia entre os dois pólos. Ex.: relação entre patrão e empregado.
Direito à Vida
3. Composição
4. Aborto
O aborto consiste em interromper a gravidez antes de o feto ter capacidade de
sobreviver fora do útero da mãe, dando causa à morte deste. No Brasil, aborto é crime.
Comete crime não só a mulher grávida, como também o médico que realiza o
procedimento. A Constituição Federal, assim como o Código Penal, permite a realização do
aborto somente em dois casos: quando a gestação causar riscos à mãe (estado de
necessidade) e em casos de gravidez oriunda de relação não consentida (estupro). Além
disso, de acordo com jurisprudência do STF, o aborto é permitido também em casos de
fetos anencéfalos.
5. Eutanásia
A eutanásia consiste em antecipar a morte de um indivíduo em estágio grave de
doença, visando atenuar os sofrimentos do enfermo e de seus familiares, haja vista a sua
inevitável morte do ponto de vista médico. A eutanásia é proibida pelo ordenamento jurídico
brasileiro. Ou seja, é vedado ao indivíduo, mesmo que em estágio grave de doença, abrir
mão de sua própria vida, bem como é proibido a terceiros interromper a vida de um enfermo
em estágio grave, mesmo que os procedimentos médicos sejam ineficazes e causem
sofrimento ao paciente.
- Eutanásia ativa voluntária: consiste na administração de
medicamentos ou realização de algum procedimento com o intuito de levar o
paciente à morte, após o seu consentimento.
- Eutanásia ativa involuntária: é a administração de medicamentos
ou realização de procedimentos para levar o paciente à morte, em situação
na qual o paciente não consentiu previamente. Esta prática é ilegal em todos
os países.
- Suicídio assistido: é o ato realizado quando o médico fornece
medicamentos para que o próprio paciente possa abreviar a vida.
- Ortotanásia: consiste em promover uma morte natural, digna, sem
que sejam feitos tratamentos considerados fúteis, invasivos e artificiais para
manter a pessoa viva e prolongar a morte, como a respiração por aparelhos,
por exemplo. É praticada por meio de cuidados paliativos, que não vão ter a
eficácia de manter o enfermo vivo, mas também não vão lhe gerar dores e
sofrimentos, de modo que o indivíduo possa ter uma morte tranquila. É
permitida pelo ordenamento jurídico, desde que tenha o consentimento da
família ou do próprio enfermo.
- Distanásia: é o ato de adiar o dia da morte de uma pessoa,
prolongando, com isto, a dor e o sofrimento. Assim, a distanásia é
considerada uma má prática médica, pois promove uma morte lenta, através
de tratamentos considerados fúteis e sem benefícios para a pessoa em fase
terminal de vida.
6. Suicídio
Do ponto de vista jurídico, nem o suicídio nem a tentativa de suicídio são
considerados crimes pelo Código Penal. Já o induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio de terceiro é tipificado como crime.
Art. 122, CP: “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio
para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão,
de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de
natureza grave.”
Princípio da Igualdade
5. Tipos de Igualdade
- Aritmética: justo seria distribuir os bens igualmente.
- Geométrica: justo seria distribuir na proporção da contribuição.
- Formal: igualdade perante a lei.
- Material: igualdade de acesso aos bens.
6. Dimensões da Igualdade
- Estado Liberal: igualdade formal, perante a lei.
- Estado Social: vai promover a igualdade na lei.
- Dimensão Democrática: quando as Constituições passam a tratar
das discriminações positivas.
Liberdade
Obs.: Art. 5°, VIII, CF: “Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou
de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.”
Obs.: Neste inciso, inclusive, há uma ênfase para o fato de que a liberdade de consciência
não pode se sobrepor ao fixado pela lei. Ex.: alegar que minha religião não permite que eu
pague imposto de renda não é um argumento aceito pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Art. 19, CF: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes
o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse público;”
Obs.: A liberdade religiosa e a liberdade de culto não se sobrepõem a nenhum outro direito,
ou seja, não podem interferir na liberdade dos demais cidadãos.
Obs.: ADI 3714: Versa sobre a data do ENEM e a questão dessas liberdades.
7.2. Decisões
- HC 83996 - Gerald Thomas.
- ADI 4451 - Humor em período eleitoral.
- ADPF 130 - Ilegalidade da Lei de Imprensa.
- ADPF 187 - Marcha da Maconha.
Habeas Corpus: é uma ação que visa a proteção da liberdade de locomoção dos
indivíduos, isto é, serve para fazer parar ou prevenir qualquer restrição ilegal ao direito de ir
e vir livremente. Na prática, é usado para a soltura de pessoas presas ilegalmente ou para
prevenir uma possível prisão ilegal.
Art. 5º, LXVIII, CF: “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;”
Obs.: Doutrina brasileira do Habeas Corpus: Ruy Barbosa defendia que a eficácia do
Habeas Corpus deveria ser ampliada para proteger outros direitos líquidos e certos, para
além da liberdade de locomoção. Isso foi aplicado no Brasil até o ano de 1926.
Tipos
- Preventivo: é aquele impetrado quando há uma ameaça de cerceamento ao
direito de locomoção. Pede-se um salvo conduto. É muito comum nas CPIs.
- Repressivo: é aquele impetrado quando o indivíduo já está indevidamente
preso. Pede-se um alvará de soltura.
- Suspensivo: é aquele impetrado quando há uma ordem de prisão, mas a
prisão efetivamente ainda não ocorreu. É um contra mandado de prisão.
- Profilático: é aquele impetrado por conta de um ato que poderá gerar uma
prisão ilegal, ainda que as chances sejam remotas. Ex.: situação em que um defensor
público tenha seu acesso aos elementos de investigação policial preliminar (inquérito)
negado, em um delito de furto simples. Poderá ocorrer a prisão, ainda que seja muito
difícil, de modo que caberia HC profilático. Não é pacífico na doutrina.
Requisitos
- Idioma português;
- Escrito;
- Assinado;
- Atualidade: tem que tratar de uma violação atual.
Obs.: Pode ser impetrado por pessoas de qualquer idade, inclusive, crianças; não tem
custas; pode ser em favor de si mesmo ou de terceiros; pode ser escrito em qualquer tipo
de papel; o que importa é comunicar, passar a mensagem sobre um cerceamento ilegal à
liberdade de locomoção de alguém.
Obs.: Quando a prisão está relacionada a uma relação trabalhista, quem julga o HC é o juiz
do trabalho.
Limitações
- Estado de sítio (guerra): na vigência de estado de sítio em decorrência de
guerra, o manejo de habeas corpus pode ser limitado.
- Punições disciplinares: não cabe impetração de habeas corpus em relação
a punições disciplinares militares.
Obs.: A punição disciplinar deve estar prevista no Código Penal Militar, e se houver excesso
na aplicação da punição, haverá a possibilidade de se impetrar um habeas corpus.
Direitos Políticos
Art. 14, CF: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.”
Plebiscito: consiste numa consulta prévia à população acerca de algum projeto de lei ou
algum assunto de grande interesse popular. Ex.: plebiscito acerca da forma (Monarquia x
República) e sistema (Presidencialismo x Parlamentarismo) de governo em 1993.
Referendo: consiste numa consulta posterior à aprovação de algum projeto de lei ou
medida de grande relevância social, para apurar se o povo concorda ou não. Ex.: referendo
do Estatuto do Desarmamento em 2005.
Iniciativa Popular: refere-se à possibilidade de o povo propor leis, tanto ordinárias quanto
complementares. Para isso, são necessários três requisitos:
- Mínimo de 1% do eleitorado nacional;
- Esse percentual deve estar distribuído por, no mínimo, 5 estados federados;
- Cada estado deve estar representado por, ao menos, 0,3% do seu eleitorado.
Ex.: Lei da Ficha Limpa.
3. Direitos Políticos
- Ativos: direito de votar.
- Passivos: direito de ser votado.
- Positivos: são o conjunto de normas jurídicas que asseguram a
participação do povo no cenário eleitoral do Estado.
- Negativos: são o conjunto de normas que impedem a participação da
pessoa no processo eleitoral, como os casos de inelegibilidade, perda ou
suspensão dos direitos políticos.
Art. 14, § 8º, CF: “O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.”
Obs.: Súmula Vinculante 18: Caso ocorra a separação ainda no curso do mandato, a
inelegibilidade reflexa não será afastada, pois isso poderia ser um mecanismo para fraudes.
5. Condições de elegibilidade
- Nacionalidade brasileira;
- Alistamento eleitoral: significa que o indivíduo está cadastrado
eleitoralmente, ou seja, ele tem título de eleitor.
- Pleno exercício dos direitos políticos: é quando o indivíduo faz uso
dos direitos políticos.
- Domicílio eleitoral na circunscrição: o indivíduo só pode se
candidatar onde ele vota.
- Filiação partidária: no Brasil, não se admite políticos independentes.
- Idade mínima para o cargo:
● Presidente, Vice-Presidente e Senador - 35 anos.
● Governador e Vice-Governador - 30 anos.
● Deputado Federal, Estadual, Distrital, Prefeito e Vice-Prefeito -
21 anos.
● Vereador - 18 anos.
Obs.: É possível que uma pessoa esteja alistada eleitoralmente, porém não esteja no pleno
exercício dos direitos políticos. Ex.: indivíduo condenado no cumprimento da pena.
7. Sistema
- Majoritário: busca garantir a eleição de candidatos que conseguem
arrecadar mais votos. Maioria absoluta (1º turno) - considera eleito o
candidato que alcançar metade dos votos dos integrantes do corpo eleitoral
mais um. Maioria simples (2º turno) - considera eleito o candidato que
alcançar o maior número de votos em relação aos seus concorrentes.
- Proporcional: busca garantir que os cargos sejam distribuídos de
forma proporcional em relação à quantidade de votos recebidos pelos
partidos.
Habeas Data
1. Histórico: está relacionado ao pós regime militar, pois durante esse período
muitas pessoas desapareceram. As famílias dessas pessoas reivindicavam o acesso
aos documentos dos parentes desaparecidos, o que culminou na criação do habeas
data na constituinte de 1987. Está disciplinado na Lei n° 9.507/1997.
3. Fases:
- Administrativa: pode durar 10 dias, se for acesso à informação, ou
15 dias, se for retificação ou anotação. Ex.: um motorista que vai no Detran
para saber quantas multas ele tem e o servidor diz que o sistema está fora
do ar. Com isso, o sujeito pode pedir uma certidão de que ele esteve no
órgão e não teve acesso aos dados naquele dia, ou pode redigir um termo
declaratório com assinatura de duas testemunhas, pois só assim o prazo
contará. Se, após o prazo de 10 dias, o cidadão não conseguir acessar os
seus dados, ele poderá entrar com um habeas data.
- Judicial: o cidadão vai fazer uma petição, vai instruí-la com a
certidão comprobatória, e o juiz vai analisar o mérito da ação e julgar. Num
mesmo habeas data, a pessoa pode requerer tanto o acesso quanto a
retificação e a anotação de dados.
Obs.: Súmula 02, STJ: não cabe a impetração de um habeas data se não houver recusa da
informação por parte da administração pública.
Obs.: O habeas data é uma ação personalíssima, ou seja, só pode ser impetrado com
relação à pessoa do impetrante.
Obs.: O habeas data é uma ação gratuita, ou seja, não há custas judiciais. Porém, os
honorários do advogado devem ser pagos.
Obs.: O habeas data é uma ação imprescritível e não decai.
Mandado de Segurança
Art. 5º, LXIX, CF: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;”
Obs.: O STF vai além e entende que o Mandado de Segurança serve para proteger
qualquer direito líquido e certo não amparado por outros remédios constitucionais. Ou seja,
o Mandado de Segurança é residual.
Obs.: A prova testemunhal, ainda que documentada, não poderá embasar a petição inicial
de um Mandado de Segurança.
6. Tipos
- Preventivo: não tem prazo.
- Repressivo: tem um prazo de 120 dias contados da ciência do ato.
Art. 5º, LXX, CF: “o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados;”
Obs.: Basta que o partido político tenha representantes na Câmara dos Deputados ou no
Senado Federal.
Obs.: O Mandado de Segurança individual não necessariamente vai ser impetrado por uma
única pessoa; pode ser impetrado por um grupo de pessoas que não se enquadrem nos
legitimados do MS coletivo.
Mandado de Injunção
Art. 5º, LXXI, CF: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”
Obs.: O Mandado de Injunção trata de normas de eficácia limitada, ou seja, aquelas que,
para terem seu exercício pleno, necessitam de regulamentação infraconstitucional.
Ação Popular
Art. 5º, LXXIII, CF: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;”
Obs.: A Ação Popular é gratuita, salvo comprovada má-fé do autor. Necessita de advogado.
Tem prazo prescricional de 5 anos.
Obs.: A regra é que a Ação Popular deve ser julgada no local do dano, por um juiz de 1º
grau. Se a autoridade coatora for federal, quem vai julgar é um juiz federal; se for estadual
ou municipal, quem vai julgar é um juiz de direito.
Direito de Petição
Art. 5º, XXXIV, CF: “são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;”
Direito de Propriedade
1. Histórico
- Revolução Francesa: reconhece a propriedade como um direito
absoluto e fundamental.
2. Conceito: é o direito que indivíduos ou organizações têm de controlar o
acesso a bens de que são titulares. O proprietário tem, sobre sua propriedade, o
direito de uso, gozo e disposição.
Obs.: A função social da propriedade não constitui uma limitação ao direito de propriedade,
pois faz parte do conceito deste.
Art. 5º, XXV, CF: “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;”
Obs.: Art. 5º, XXVI, CF: “a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes
de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento;”
Direitos Sociais
Art. 6º, CF: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”
Dica: Edu mora la. Saú trabalha ali no transporte. Assis pro seg pre so.
Obs.: Os direitos sociais são direitos de 2ª geração, ou seja, aqueles em que o Estado deve
agir para garanti-los.
Direitos Trabalhistas
Art. 7º, CF: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
[...]
Sindicatos: cabe aos sindicatos a defesa dos direitos e interesses, individuais ou coletivos,
de determinada categoria profissional, inclusive no âmbito judicial ou administrativo. A
criação de um sindicato independe de autorização estatal, mas necessita registro em órgão
competente. É vedada a intervenção intervenção estatal na organização sindical.
- Princípio da Unicidade Sindical: é vedada a criação de mais de um
sindicato, representando uma mesma classe profissional, na mesma base territorial,
a qual não pode ser inferior à área de um município.
Ordem Econômica
1. Princípios
Art. 170, CF: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de
elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as
leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Art. 175, CF: “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.”
3. Política Urbana e Plano Diretor: o plano diretor vai dizer como a cidade vai
crescer, quais as regiões em que deve existir parque, vai definir o controle da
poluição e proteção do meio ambiente, etc. A política urbana vai permitir que o
município realize desapropriação sanção, quando o proprietário não observar a
função social da propriedade.
Art. 186, CF: “A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos
seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.”
Art. 183, CF: “Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.”