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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA

CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM – PA.

Ana Beatriz, brasileira, estado civil xxxxxx, empresária, inscrita no RG de nº


xxxxxxxxx, CPF sob o nº xxxxxxxxxxxxxx, residente e domiciliada na Rua xxxxxx –
bairro xxxxxxxxxxx – Belém/PA – CEP: xxxxxxxxx, vêm perante Vossa Excelência,
por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Av. Xxxxxxx, sala
xxxxx, Bairro xxxxxxxxx – Belém/PA – CEP: xxxxxxxxxxx, onde recebe citações e
intimações propor

CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO

em face de Banco Dindin, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
xxxxxxxxxxx, com sede na xxxxxxxxxxxx, nº xxxxxxxxxxx – CEP: xxxxxxxxxx,
Belém/PA, TELEFONE: xxxxxxxxxx, pelo fatos e fundamentos a seguir expostos.

1. DOS FATOS:

A parte autora é cliente do requerido Banco Dindin e no mês de Janeiro de 2010


contraiu um empréstimo no valor de R$ 50.000, 00 (Cinquenta mil reais) junto ao
mesmo, devendo pagar este valor em 36 parcelas. Todavia, e por motivos alheios à sua
vontade, em razão de dificuldades financeiras, não conseguiu arcar com o
convencionado no contrato, tendo quitado apenas as 12 primeiras parcelas. Mediante o
ocorrido, o Banco inseriu o nome da autora nos cadastros de restrição ao crédito.

Desde o mês de Janeiro de 2019, encontra-se a autora com seu nome inscrito no SPC e
SERASA a requerimento da empresa ré, em virtude de todo o ocorrido.

Causa espécie, Excelência, que até o presente momento esteja o nome do autor presente
nos cadastros de inadimplente por uma dívida que ainda não prescreveu.

Não são novidade os efeitos negativos advindos da inscrição do consumidor nos


serviços de informação de crédito, especialmente no que tange a atos da vida civil em
que existam concessão e aquisição de crédito como empréstimos, compras por meio de
crediário e outros da espécie.
Tendo em vista o que fora explanado, em virtude da má conduta da empresa ré em
inserir indevidamente o nome do autor em cadastro restritivo de crédito, bem como por
todo o constrangimento em que se envolveu o demandante, busca-se a tutela
jurisdicional para a solução dos conflitos.

A indenização mede-se fundamentalmente pela extensão do dano, devendo ser


observada a gravidade das lesões e os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade na fixação do patamar reparatório.

Acontece que a simples manutenção indevida do nome da parte autora no


SPC/SERASA, com o débito prescrito, já configura, por si só, ato ilícito sujeito à
reparação, considerando o dano potencial e o abalo de crédito presumido em razão da
publicidade de tal restrição independente da comprovação da negativa de venda supra
citada.

2. DO DIREITO:

Preconiza o Código de Defesa do Consumidor:

Art. 6º do CDC: São direitos básicos do consumidor:

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais


coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos e serviço

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,


coletivos e difuso

Art. 14 do CDC: O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.

Da Decadência e da Prescrição:

Art. 26 do CDC: O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação


caduca em:
I – trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não-duráveis;

II – noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis.

§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou


do término da execução dos serviços.

Art. 27 do CDC: Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos


causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo,
iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

Não cabem maiores considerações sobre o direito do autor. Provados os fatos, o direito
tornar-se-á certo, qual seja, obter indenização por danos morais resultantes da
injustificável conduta do promovido que manteve injusta restrição de crédito em nome
da autora, diante do pagamento em dia de acordo não estando inadimplente. A regra
matriz da reparação civil, pela qual todo aquele que causa dano a outrem fica obrigado a
repará-lo, encontra-se no arts. 186 e 927, do Código Civil e art. 14 do CDC.

Conferindo à reparação de danos contra o patrimônio, intimidade e honra hierarquia


normativa superior, a Constituição em seu art. 5º, incisos V e X, elenca-os como
garantias e direitos individuais, oponíveis de imediato contra quem os tenha violado, tal
como no presente caso.

Sob outro aspecto, verifica-se a particular relação entre as partes, colocando-se de um


lado, a promovente, como consumidor, e de outro, a empresa fornecedora de serviços
e/ou produtos. Assim delineada a relação de consumo, deve-se observar o estipulado
pelo CDC para casos desta espécie, que presume contra o fornecedor a culpa pela falta e
falha do serviço prestado. Mesmo que assim não fosse, pelo exame da documentação se
comprovaria, de modo cabal, a culpa dos promovidos, que de forma negligente deram
ensejo a mantença do nome da promovente em cadastro do SERASA disponíveis em
todo o Brasil.

Assim, pois, o simples exame desses documentos força a conclusão de que o


promovente jamais deveria ter sido interpelado da maneira que o foi, tampouco ter seu
nome mantido em rol de devedores. Ali está evidenciado que a autora não pode ser
penalizada por pagamento de divida nos termo do acordo, sendo a restrição inexistente,
injusta e indevida.

Assim, a injusta restrição, por obra e requerimento do promovido, sujeitaram o


promovente aos dissabores da restrição de seu crédito na praça Belém e de todo o
Brasil, de se constituir num ilícito absolutamente indenizável, espécie de dano moral.
Do ponto de vista do STJ e dos tribunais, a jurisprudência inclina-se para reconhecer
nessas condutas potencial lesividade e, em decorrência, a obrigação de indenizar.

Veja, Douto Magistrado, que o nome da autora se encontra injustificadamente nos


cadastros de restrição de crédito, sofrendo grave abalo do seu crédito, o
impossibilitando de realizar compras de matéria prima, sendo assim, vem a parte autora
requerer a tutela de urgência face dos fatos alegados na inicial e nos documentos
juntados.

ISTO POSTO,

3. DOS PEDIDOS:

A) Pelo exposto, a promovente requer se digne V. Exa., julgar procedente seu pleito,
condenando o promovido ao pagamento da quantia de 10.000,00 (dez mil reais) a título
de indenização por danos morais, oriundos da injustificável mantença de seu nome em
cadastro de devedores, levando-se em consideração ainda a capacidade econômica da
requerida, o longo período de manutenção indevida do nome da autora no Serasa, bem
como a extensão dos danos agravados conforme acima exposto.

B) O deferimento do pedido de antecipação mediante “TUTELA DE URGÊNCIA” com


a expedição de ofícios junto ao réu para a retirada da restrição cadastral do nome da
requerente do banco de dados negativados em caráter de urgência sob pena de
cominação de multa diária no valor de 200,00 (duzentos reais).

Requer ainda a V. Ex.ª:


C) A notificação citatória das rés por correio e com AR, para que compareçam em
audiência a ser designada por V. Exa., apresentando as defesas que tiverem, sob pena de
revelia e confissão

D) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente


documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal das rés, sob pena de confissão

E) Sejam finalmente, os presentes pedidos julgados procedentes com a condenação da


ré ao pagamento das verbas ante focadas, acrescidas de juros, correção monetária, bem
como a confirmação do pedido de antecipação de tutela de urgência em sentença

F) A inversão do ônus de prova a teor do art. 6º, VIII da Lei 8.078/90 por tratar-se de
típica relação de consumo

Dá-se a presente causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Belém/PA, 30 de Abril de 2019.

__________________________________

Advogado

OAB/PA xxxxxx/xx

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