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ÊXODO RURAL

Um dos principais tipos de migração existentes é o êxodo rural, e esse fluxo migratório que
corresponde à saída do campo para a cidade, se intensificou na metade do século XX no
Brasil gerando uma série de transformações no espaço geográfico brasileiro em diversas
esferas.

Atualmente, segundo o IBGE, 84% da população brasileira vivem em áreas urbanas. Mas
nem sempre foi assim, e essa mudança socioespacial no Brasil teve início com a mudança
econômica da agroexportação para a industrialização, processo que ocorreu em razão da
crise de 1929 e que prejudicou bastante o setor cafeeiro. Esse processo de industrialização
se deu principalmente na região Sudeste devido a presença do mercado consumidor e da
mão de obra disponível nessa região (principalmente em SP). Além disso, houve a
modernização tecnológica no campo, e com a intensa mecanização do campo, a área rural
acabou se transformando em uma área de repulsão para milhares de brasileiros que viam
na cidade a possibilidade de melhorar suas vidas, dando assim início a um dos fluxos
populacionais mais importantes da nossa história e que alteraria significativamente a
distribuição populacional no território brasileiro. Isso é refletido nos números da tabela a
seguir:

O processo de modernização do campo somada à falta de uma política agrária que


permitisse que o pequeno trabalhador rural pudesse ter acesso à terra ou alguma forma de
assegurar seu sustento resulta diretamente no aumento do desemprego e na miséria do
trabalhador rural.

Como é perceptível na tabela, a população urbana cresceu consideravelmente em poucos


anos, porém, o meio urbano não estava preparado para receber um número tão expressivo
e com isso surgem muitos problemas socioeconômicos na cidade.

O meio urbano sofre com a falta de um planejamento urbano fazendo com que a cidade
cresça de forma desordenada e desorganizada. Há escassez em serviços como
saneamento, saúde, energia elétrica e educação. Além disso, houve dificuldade com a
moradia e emprego para todos que migraram, intensificando o processo de favelização no
meio urbano.
O excesso de demanda fez aumentar o preço do terreno no perímetro urbano, fazendo com
a população com menor poder aquisitivo se deslocasse para as regiões mais periféricas,
que normalmente apresenta baixa qualidade de vida e escassez de bens públicos privados.

O êxodo rural gera mudanças significativas no campo também. Com o processo de


desterritorialização do campo, o espaço ocupado pelas famílias de pequenos agricultores
dá lugar ao agronegócio com a mecanização da produção agrícola e resultando em uma
perda de identidade e vínculos com o espaço.

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