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Português para TST

Teoria e exercícios comentados


Prof. Décio Terror Aula 6

Aula 6: Regência nominal e verbal (+ colocação


pronominal). Ocorrência de crase.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Regência Nominal 1
2. Regência de verbos importantes 2
3. Reconhecimento dos tipos de complemento 8
4. Regência com pronomes oblíquos 15
5. Colocação dos pronomes oblíquos átonos 17
6. Regência com pronomes relativos 29
7. A estrutura-padrão da crase 48
8. Crase Facultativa 54
9. O que devo tomar nota como mais importante? 62
10. Lista das questões apresentadas 63
11. Gabarito 77

Olá!
Ao analisar várias provas da FCC, vemos que a quantidade de questões
de regência normalmente é maior que a de concordância; por isso esse
assunto deve ser visto com muita cautela.
Bom, a regência é cobrada normalmente da seguinte forma:
a) reconhecimento dos tipos de complemento;
b) uso dos pronomes oblíquos átonos;
c) transitividade com pronome relativo e com conjunção integrante.
Além disso, ela é um elemento muito importante para entendermos a
crase, a qual será vista adiante.
É importante uma consideração. A banca Fundação Carlos Chagas não
costuma cobrar questões de regência pura, isto é, sem se considerar um
pronome relativo, ou uma oração substantiva, ou o uso de um pronome.
Mesmo assim, cabe listar alguns nomes e verbos que podem transmitir dúvidas
quanto à inserção ou não de preposição.

Comecemos pela Regência Nominal.


Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação para seu sentido precedida de preposição.

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acostumado a, com curioso de


afável com, para desgostoso com, de
afeiçoado a, por desprezo a, de, por
aflito com, por devoção a, por, para, com
alheio a, de devoto a, de
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de
amizade a, por, com empenho de, em, por
amor a, por falta a, com, para
ansioso de, para, por imbuído de, em
apaixonado de, por imune a, de
apto a, para inclinação a, para, por
atencioso com, para incompatível com
aversão a, por junto a, de
ávido de, por preferível a
conforme a propenso a, para
constante de, em próximo a, de
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para
contemporâneo a, de situado a, em, entre
contente com, de, em, por último a, de, em
cruel com, para único a, em, entre, sobre
Agora os verbos...

Regência de verbos importantes


Agradar: transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”.
Ela agradou o filho.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”.
O assunto não agradou ao homem.
Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com
a preposição a.
Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências.
Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar,
visitar: transitivos diretos.
Estimo o colega. Adoro meu filho.
Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos
pulmões”: Aspiramos o ar frio da manhã.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”:
Ele aspira ao cargo.
Assistir: transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.
O médico assistiu o paciente.
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste
mesmo sentido: O médico assistiu ao paciente.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.
Meu filho assistiu ao jogo.

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Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.
Esse direito assiste ao réu.
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.
Seu tio assistia em um sítio. (o termo grifado é o adjunto adverbial de lugar)
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde
moro).
Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar: são normalmente
transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções.
Avisei o gerente do problema.
Avisei-o do problema.
Avisei ao gerente o problema.
Avisei-lhe o problema.
Avisei o gerente de que havia um problema.
Avisei ao gerente que havia um problema.
Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.
Atender: transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido
de dar atenção a, receber alguém, seguir, acatar:
Não costuma atender os meus conselhos.
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.
Não atendeu a observação que lhe fizeram.
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:
Os bombeiros atenderam a muitos chamados.
O médico atendeu aos afogados na praia.
Atribuir: transitivo direto e indireto:
O professor atribuiu nota máxima aos alunos.
Caber: transitivo indireto, no sentido de ser compatível, pertencer:
Cabe a você esperar pelo melhor.
Note que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a pessoa: “a você”.
Normalmente é encontrado nas provas na ordem invertida. Ordenando de
maneira mais clara a oração, teremos:
Esperar pelo melhor cabe a você. (Isso cabe a você)
Pode ser também intransitivo, no sentido de ficar dentro ou ter cabimento:
O ônibus coube naquela garagem.
Neste momento, não cabem palavras duras.
Os termos sublinhados são adjuntos adverbiais de lugar e tempo,
respectivamente.
Chegar: intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a
preposição “a”. Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a
preposição “de”. Deve-se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem
coloquial, mas não é admitida na norma culta.
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza.

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Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não
admitindo apenas “onde”.
Obs.: Os termos sublinhados são adjuntos adverbiais de lugar.
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.
Convir: transitivo indireto, no sentido de ser útil, proveitoso:
Convém a todos lutar pela igualdade.
Note que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a pessoa: “a todos”.
Normalmente é encontrado nas provas na ordem invertida. Ordenando de
maneira mais clara a oração, teremos:
Lutar pela igualdade convém a todos. (Isso convém a todos)
Pode ser também intransitivo, no sentido de ser conveniente:
Não convém essa atitude. (“essa atitude” é o sujeito)
Chamar: transitivo direto com o sentido de “convocar”.
Chamei-o aqui.
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”,
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto),
introduzido ou não pela preposição de.
Chamei-o louco. Chamei-o de louco.
Chamei-lhe louco. Chamei-lhe de louco.
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto;
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto.
Custar: intransitivo, quando indica preço, valor.
Os óculos custaram oitocentos reais.
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”;
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo:
Custou ao aluno entender a explicação do professor.
Obs: “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao aluno” é o
objeto indireto. (Isso custou ao aluno)
Esquecer, lembrar, recordar: transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos
átonos (me, te, se, nos, vos):
Ele esqueceu o livro. Lembrou a situação. Recordou o fato.
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.
Ele se esqueceu do livro. Lembrou-se da situação. Recordou-se do fato.
No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo
"esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa:
Esqueceram-me as palavras de elogio.

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Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro
de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à
lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de
esperá-la) não me veio à lembrança.
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e
indiretos: Lembrei ao aluno o dia do teste.
Implicar: transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.
Seu estudo implicará aprovação.
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.
Implicaram o servidor no processo.
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar
antipatia”, “perturbar”.
Sempre implicava com o vizinho.
Morar, residir, situar-se, estabelecer-se: pedem adjuntos adverbiais com a
preposição em, e não a: Morava na Rua Onofre da Silva.
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com
este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto
é: onde moro.
Namorar: transitivo direto: Ela namorou aquele artista.
Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a.
Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei.
Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a
(mais raramente, para): Pediu ao dirigente uma solução.
Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou
sinônimos), clara ou oculta.
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para)
Perdoar e pagar: transitivos diretos, se o complemento é coisa.
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado.
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e
indireto: O Brasil pagou a dívida ao FMI.
O FMI perdoará a dívida aos países pobres.
Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e
inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o
termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o
núcleo deste termo. Veja:
O FMI perdoará a dívida dos países pobres.
VTD + OD
Preferir: transitivo direto: Prefiro biscoitos.
Transitivo direto e indireto, com a preposição a: Prefiro vinho a leite.

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Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de
intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como
“Prefiro mais vinho do que leite”.
Presidir: transitivo direto ou indireto:
O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia.
Proceder: intransitivo, com o sentido de “agir”: Ele procedeu bem.
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”: Isso não procede.
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de.
A balsa procedia de Belém.
Neste sentido, admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”:
Venho de onde ficou minha infância. (=donde)
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar
andamento”: Ele procedeu ao inquérito.
Querer: transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer
o favor de": Ele quer a verdade.
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma
coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é
exigida a preposição a: A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho)
Referir-se: transitivo indireto, com a preposição a:
O palestrante referiu-se ao problema.
Transitivo direto, no sentido narrar, contar: Ele referiu o ocorrido.

Responder: transitivo direto, em relação à própria resposta dada.


Responderam que estavam bem.
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.
Respondi ao telegrama.

Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:


Respondemos aos parentes que iríamos.
Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem
pronome oblíquo: Simpatizo com Madalena.
A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver
pronome oblíquo átono.
Visar: transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”:
Ela visou as folhas.
Transitivo direto quando significa “mirar”: Visavam um ponto na parede.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”,
“almejar”: Visava à felicidade de todos.
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se,
assim, as formas "a ele" e "a ela".
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.”

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Observações importantes:
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não
admitem o pronome lhe como objeto.
Veja alguns importantes.
Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo)
Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo)
Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo)
Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo)
Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo)
Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo)
Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo)
b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes
devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e
voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige
a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto,
deveremos corrigir para: “Fui a Salvador e voltei de lá”
Veja outros casos:
Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei.
Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele.

Construção viciosa Construção gramaticalmente correta


Questão 1: DPE RS 2011 – Superior (banca FCC)
Qual das alternativas expressa linguagem culta e a linguagem informal,
respectivamente?
(A) "Assistir à televisão" e "visar a um objetivo".
(B) "Atender o telefone" e "responder a pergunta".
(C) "Responder à pergunta" e "assistir à televisão".
(D) "Responder a pergunta" e "visar um objetivo".
(E) "Visar a um objetivo" e "atender o telefone".
Comentário: A linguagem informal é aquela que não segue os rigores das
normas gramaticais, isto é, algo comumente falado, mas não deve ser escrito
por fugir à norma culta. Assim, elencamos abaixo as expressões da norma
culta e da linguagem informal. Veja:
culta informal
“Assistir à televisão” “Atender o telefone”
“Visar a um objetivo” “Responder a pergunta”
“Responder à pergunta” “Visar um objetivo”
Portanto, a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E

Questão 2: TST 2012 Analista Judiciário – Área Judiciária (banca FCC)


“O que definia o século XIX era a mudança: mudança em termos de e em
função dos objetivos das regiões dinâmicas do Atlântico norte, que eram, à
época, o núcleo do capitalismo mundial.”
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Estrutura que considera, como a destacada acima, corretamente as regências,
encontra-se em frases que seguem, com EXCEÇÃO desta única:
(A) Comprovou que e alegou de que os documentos eram originais.
(B) Segurou o menino com e pela mão esquerda.
(C) Por conta de e para saldar as dívidas, penhorou seu único imóvel.
(D) Necessitava de e exigia os documentos que haviam ficado retidos
indevidamente.
(E) Os estados se unificaram em e por uma sólida confederação.
Comentário: Na frase original, percebemos que o substantivo “mudança”
rege dois termos: “em termos de” e “em função dos”, cada um com um
sentido diferente.
A alternativa (A) é a errada, pois tanto o verbo “Comprovou” quanto o
verbo “alegou” são transitivos diretos. Dessa forma, não cabe a preposição
“de”. Além disso, por possuírem a mesma regência, não há necessidade da
repetição da conjunção integrante “que”. Veja a forma correta:
Comprovou e alegou que os documentos eram originais.
A alternativa (B) está correta, pois há dois adjuntos adverbiais de modo,
iniciados por duas preposições de valores diferentes. Veja:
Segurou o menino com e pela mão esquerda.
A alternativa (C) está correta, pois há uma locução prepositiva que inicia
oração subordinada adverbial de causa (“Por conta de saldar as dívidas”) e há
uma preposição que inicia oração subordinada adverbial de finalidade (“para
saldar as dívidas”). Veja:
Por conta de e para saldar as dívidas, penhorou seu único imóvel.
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “Necessitava” é transitivo
indireto e exige a preposição “de” (Necessitava dos documentos), e o verbo
“exigia” é transitivo direto, por isso não é seguido de preposição. Veja:
Necessitava de e exigia os documentos que haviam ficado retidos
indevidamente.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “unificaram” admite tanto a
preposição “em” (se unificaram em uma sólida confederação), iniciando o
objeto indireto, quanto a preposição “por” iniciando um adjunto adverbial de
causa (se unificaram por uma sólida confederação). Veja:
Os estados se unificaram em e por uma sólida confederação.
Gabarito: A

Reconhecimento dos tipos de complemento


Esse é um tema já visto na aula de sintaxe da oração. Para este tipo de
questão, basta analisarmos a estrutura da oração e entendermos as formas
como aparecem os complementos verbais e nominal.

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Como percebi que neste ponto alguns alunos estão com dúvida, inseri
mais algumas questões, mesmo já tendo feito um pouco delas naquela aula.
Antes de entrar nestes exercícios, leia atentamente a estrutura básica da
sintaxe. Note, ainda, que praticamente o que cai em prova é o reconhecimento
do verbo transitivo direto e seu objeto direto. Este é o termo sem preposição.
Então, basta você achar o verbo, procurar o sujeito e perceber o termo sem
preposição. É ele o objeto direto.
Nas escolas, aprendemos que, para achar o objeto direto, basta fazer a
pergunta “o quê?”; e, para achar o sujeito, basta fazer a pergunta “quem?”.
Isso funciona muito bem quando temos como sujeito uma pessoa e como
objeto direto uma coisa. Veja:
O delegado iniciou o inquérito. O juiz declarou que o réu é culpado.
É fácil perceber “quem” iniciou e “quem” declarou: os termos “O
delegado” e “O juiz” são claramente os sujeitos.
Sabemos também o que o delegado iniciou e o que o juiz declarou.
Assim, “o inquérito” é o objeto direto do verbo “iniciou”, e a oração “que o réu
é culpado” tem valor de objeto direto (oração subordinada substantiva objetiva
direta).
Mas você deve tomar cuidado com verbos, como “caber”, “convir”,
“assistir”, “importar”, “bastar”, “urgir”, “custar” etc; pois admitem o sujeito
como uma coisa e a pessoa como o objeto indireto. Isso atrapalha muita gente
que decora aquelas perguntas. Veja estes exemplos:
Aos adolescentes basta uma palavra de motivação.
Aos amigos basta a cooperação.
Aqui nestes dois exemplos, não cabe a pergunta “quem?” para acharmos
o sujeito; também não cabe a pergunta “o quê?” para acharmos o objeto
direto. Isso ocorre porque a regência deste e dos outros verbos elencados
acima faz com que o sujeito seja uma coisa, e o complemento verbal, uma
pessoa. Tanto assim que os termos “Aos adolescentes” e “Aos amigos” são
iniciados por preposição.
sujeito OI
Dessa forma, sabemos que algo basta a alguém.
Aos adolescentes basta uma palavra de motivação.
objeto indireto + VTI + sujeito

Aos amigos basta a cooperação.


objeto indireto+VTI + sujeito
Anote esses verbos, você os verá algumas vezes nas questões tanto de
regência, quanto de crase, além de ter passado por eles na aula de
concordância.
Bom! Então, vamos praticar, para espantar as dúvidas!!!!!!
Questão 3: ManausPrev 2015 Técnico Previdenciário (banca FCC)
Encontra-se o mesmo tipo de complemento que o sublinhado no segmento
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da
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Amazônia... em:
(A) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em
preto e vermelho.
(B) ... que dispunha de diversas peças...
(C) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia...
(D) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909.
(E) ...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”...
Comentário: O verbo “vasculharam” é transitivo direto e “áreas
arqueológicas da Amazônia” é o objeto direto. Assim, devemos encontrar,
dentre as alternativas, a que possui o mesmo tipo de complemento.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “apresentava” é transitivo
direto e “curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho” é o objeto
direto.
Na alternativa (B), o verbo “dispunha” é transitivo indireto e “de
diversas peças” é o objeto indireto.
Na alternativa (C), o verbo “existem” é intransitivo e a expressão
“regiões ocultas” é o sujeito.
Na alternativa (D), o verbo “faleceu” é intransitivo e “em 1909” é o
adjunto adverbial de tempo.
Na alternativa (E), o verbo “continua” é de ligação e “inexistente” é o
predicativo.
Gabarito: A

Questão 4: TRE RR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


O jogador busca o sucesso pessoal ...
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sublinhados acima,
está em:
(A) É indiscutível que no mundo contemporâneo...
(B) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas ...
(C) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano.
(D) A solução para muitos é a reconversão em técnico ...
(E) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros.
Comentário: O verbo “busca” é transitivo direto e “o sucesso pessoal” é o
objeto direto. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, a que possui
o mesmo tipo de complemento.
Na alternativa (A), o verbo “é” é de ligação e “indiscutível” é o
predicativo.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “tem” é transitivo direto e
“implicações e significações psicológicas coletivas” é o objeto direto.
Na alternativa (C), o verbo “funciona” é intransitivo e “como escape” é o
adjunto adverbial de modo.
Na alternativa (D), o verbo “é” é de ligação e “a reconversão em
técnico” é o predicativo.
Na alternativa (D), o verbo “depende” é transitivo indireto e “das
qualidades pessoais de seus membros” é o objeto indireto.
Gabarito: B
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Questão 5: TRT 19ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do grifado acima está em:
(A) ... a perda de ambientes naturais é maior numa região...
(B) ... a maior parte está no Brasil...
(C) ... as florestas de várzea sofrem mais com a ocupação humana.
(D) ... que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats...
(E) ... que detém 69% da área coberta pela floresta.
Comentário: O verbo “tem” é transitivo direto e “a maior bacia fluvial do
mundo” é o objeto direto. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, a
que possui o mesmo tipo de complemento.
Na alternativa (A), o verbo “é” é de ligação e “maior” é o predicativo.
Na alternativa (B), o verbo “está” é intransitivo e “no Brasil” é o adjunto
adverbial de lugar.
Na alternativa (C), o verbo “sofrem” é transitivo indireto e “com a
ocupação humana” é o objeto indireto.
Na alternativa (D), o verbo “levam” é transitivo indireto e “à perda de
hábitats” é o objeto indireto.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “detém” é transitivo direto e
“69% da área coberta” é o objeto direto.
Gabarito: E

Questão 6: TRT 19ª R 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase
acima está em:
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras...
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador.
Comentário: O verbo “acompanham” é transitivo direto e “as fronteiras
ocidentais chinesas” é o objeto direto. Assim, devemos encontrar, dentre as
alternativas, a que possui o mesmo tipo de complemento.
Na alternativa (A), o verbo “foi” é de ligação e “uma rota única” é o
predicativo.
Na alternativa (B), o verbo “floresceram” é intransitivo e “durante os
primórdios da Idade Média” é o adjunto adverbial de tempo.
Na alternativa (C), o verbo “viajavam” é intransitivo e “por cordilheiras”
é o adjunto adverbial de lugar.
Na alternativa (D), o verbo “cair” é intransitivo e “em desuso” é o
adjunto adverbial de modo.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “empurra” é transitivo direto e
“a manopla do acelerador” é o objeto direto.
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Gabarito: E

Questão 7: ALEPA 2013 Consultor Legislativo (banca FCC)


Havia por esse tempo a revolução de São Paulo ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está empregado em:
(A) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e
Amélia do Rego Cavalcanti, seus pais ...
(B) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra ...
(C) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio.
(D) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens ...
(E) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores.
Comentário: O verbo “Havia” encontra-se no sentido de existir. Por isso, é
transitivo direto e o termo “a revolução de São Paulo” é o objeto direto. O
mesmo ocorre na alternativa (E), pois o verbo “conheceu” é transitivo direto,
o termo “sua obra” é o sujeito e “interrupções maiores” é o objeto direto.
A alternativa (A) está errada, pois “vinham” é transitivo indireto e “de
João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti” é o objeto indireto.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “é” é de ligação e o termo
“chave de uma obra” é o predicativo.
A alternativa (C) está errada, pois a locução verbal “foi vendida”
encontra-se na voz passiva e o termo “Uma edição de 2000 exemplares” é o
sujeito paciente.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “confluíram” é intransitivo,
seu sujeito é o termo “caminhos de diversas origens” e o termo “em seus
livros” é o adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: E

Questão 8: DPE RS 2013 Técnico-Administrativo (banca FCC)


... o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua
popularidade.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
(A) Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada
de certos personagens ...
(B) Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932 ...
(C) ... o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação
do seu Estado natal.
(D) Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905 ...
(E) A obra do ficcionista [...] abrange duas etapas ...
Comentário: O verbo “marca” é transitivo direto e o termo “o início” é o
objeto direto. Ressalta-se que o termo “da sua popularidade” não completa o
sentido do verbo, mas do substantivo “início”. Portanto, é um complemento
nominal. Além disso, os termos “muito” e “bem” não são regidos pelo verbo,
por serem adjuntos adverbiais de intensidade e modo, respectivamente.
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Assim, devemos perceber que devemos nos ater na transitividade direta deste
verbo e seu complemento.
A alternativa (A) está errada, pois “é determinado” é uma locução verbal
da voz passiva e em seguida há o agente da passiva “pela presença contínua e
entrelaçada de certos personagens”.
A alternativa (B) está errada, pois “apareceram” é verbo intransitivo e
os termos “em livro” e “em 1932” são adjuntos adverbiais de lugar e tempo,
respectivamente.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo pronominal “preocupa-se” é
seguido do objeto indireto “com a investigação”.
A alternativa (D) está errada, pois “nasceram” é verbo intransitivo e os
termos “no Rio Grande do Sul (Cruz Alta)” e “em 1905” são adjuntos
adverbiais de lugar e tempo, respectivamente.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “abrange” é transitivo direto e
“duas etapas” é o objeto direto.
Gabarito: E

Questão 9: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)


E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade
empenhada?
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está empregado em:
(A) Houve um sonho monumental...
(B) Nada superará a beleza...
(C) Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família...
(D) No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil.
(E) Brasília [...] resultara em alguma decepção.
Comentário: O verbo “corresponder” é transitivo indireto e termo “à
modernidade empenhada” é o objeto indireto. O mesmo ocorreu na
alternativa (E), pois o verbo “resultara” é transitivo indireto e “em alguma
decepção” é o objeto indireto.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “Houve” é transitivo direto e
“um sonho monumental” é o objeto direto.
A alternativa (B) está errada, pois “superará” é transitivo direto e “a
beleza” é o objeto direto.
A alternativa (C) está errada, pois “fora” é um verbo de ligação.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “construíra” é transitivo
direto e “a identidade escultural do Brasil” é o objeto direto.
Gabarito: E

Questão 10: SERGIPE GÁS S.A. 2013 Administrador (banca FCC)


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
(A) ... astros que ficam tão distantes ...

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(B) ... que a astronomia é uma das ciências ...
(C) ... que nos proporcionou um espírito ...
(D) ... cuja importância ninguém ignora ...
(E) ... onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...
Comentário: O verbo “facilitou” é transitivo direto e o termo “a obra das
outras ciências” é o objeto direto. O mesmo tipo de complemento encontra-se
na alternativa (D), porque o pronome “ninguém” é o sujeito, o verbo “ignora”
é transitivo direto e o termo “cuja importância” é o objeto direto.
A alternativa (A) está errada, porque “ficam” é um verbo de ligação e
“distantes” é o predicativo do sujeito.
A alternativa (B) está errada, porque “é” é um verbo de ligação e “uma
das ciências” é o predicativo do sujeito.
A alternativa (C) está errada, porque o pronome relativo “que” é o
sujeito, o verbo “proporcionou” é transitivo direto e indireto, o termo “um
espírito” é o objeto direto e “nos” é o objeto indireto.
A alternativa (E) está errada, porque “seu corpo” é o sujeito, o verbo
“passa” é transitivo indireto e o termo “de um ponto obscuro” é o objeto
indireto.
Gabarito: D

Questão 11: DPE SP 2013 Administrador de Redes (banca FCC)


... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
(A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza.
(B) ... eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais
robustos.
(C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro,
quem...
(D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí...
(E) ... em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e
colaborador...
Comentário: O verbo “constava” é transitivo indireto e o termo “de uma
vareta” é o objeto indireto. Tal termo foi estendido pela oração subordinada
adjetiva restritiva reduzida de particípio “quebrada em partes desiguais”. Tal
oração e o advérbio “simplesmente” não são complementos verbais, por isso
devem ser ignorados para resolver esta questão.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “chegavam” é transitivo
indireto e o termo “a extremos de sutileza” é o objeto indireto. Algumas
pessoas podem ter ficado na dúvida quanto à possibilidade de este verbo ser
intransitivo, pois muitas vezes o vemos sendo empregado com ideia de
destino a algum lugar (chegar ao trabalho, chegar ao destino). Nesse caso,
devemos subentender a pergunta “aonde?”, algo que não ocorre nesta
alternativa, pois podemos subentender a pergunta “a quê?” (chegavam a
quê?). Note ainda que a expressão “em alguns casos” é um adjunto adverbial
e não é um complemento do verbo e deve ser excluído na resolução da

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questão.
Na alternativa (B), o verbo “eram” é de ligação.
Na alternativa (C), o verbo “desorientam” é transitivo direto e o termo
“quem” é o objeto direto.
Na alternativa (D), o verbo “viu” é transitivo direto e o termo “uma
dessas marcas de caminho” é o objeto direto.
Na alternativa (E), o verbo “revelam” é transitivo direto, o pronome “se”
é apassivador e o termo “suas afinidades” é o sujeito paciente. Para termos
certeza de que realmente há o pronome apassivador, devemos transformar a
voz passiva sintética em analítica. Veja:
tão bem se revelam suas afinidades
tão bem são reveladas suas afinidades
Gabarito: A

Acredito que, com esses exercícios, tenhamos percebido melhor este tipo
de questão. Agora, veremos alguns pronomes importantes na regência.

Regência com pronomes oblíquos


Pronomes são palavras que servem para fazer referências a outras
palavras, com coesão entre ideias. Esses pronomes podem acompanhar um
nome ou substituí-lo. Veja:
Rodolfo adquiriu sua casa própria. Ele a comprou à vista.
O pronome “sua” está acompanhando a palavra “casa”, caracterizando-a,
por isso se flexiona de acordo com ela. Dizemos neste caso que esse é um
pronome adjetivo.
Os pronomes “Ele” e “a” retomam nomes já referenciados anteriormente
no texto (Ele=Rodolfo; a=casa). Dizemos, então, que são pronomes
substantivos, pois substituem os nomes anteriores.
Esse recurso é chamado de coesão referencial, o pronome não tem valor
sozinho, ele depende de uma palavra expressa anteriormente. São vários os
pronomes com essa característica, mas vamos restringir aos pronomes
oblíquos átonos.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos são “me, te, se, o, a, lhe, nos,
vos, os, os lhes”. Porém, cabe aqui trabalharmos apenas os pronomes pessoais
oblíquos átonos “o, a, os, as, lhe, lhes”, por serem exigidos pela regência no
tipo de questão que veremos a seguir.
Os pronomes “o, a, os, as” serão os objetos diretos. Veja no exemplo
anterior que “comprou” é verbo transitivo direto e “a” é o objeto direto, o qual
retomou o substantivo “casa”. Mudando o referente para o masculino, temos:
Ana comprou um livro (comprou-o). Ana comprou uns livros (comprou-os).
Quando esse verbo transitivo direto terminar com “r”, “s” ou “z”, o
pronome átono “o” e suas variações receberão “l”. Veja:

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Vou cantar uma música. Vou vender o carro. Vou compor uma música.
VTD + OD VTD + OD VTD + OD

Vou cantá-la. Vou vendê-lo. Vou compô-la.


VTD+ OD VTD+ OD VTD + OD

Note que os verbos “cantar”, “vender” e “compor” são palavras oxítonas.


Ao perderem o “r”, passam a receber acento gráfico, por serem oxítonas
terminadas em “a”, “e”, “o”.
Mas, com verbo terminado em “ir”, a retirada do “r” não faz com que
haja acento, pois não se acentua oxítona terminada em “i”:
Vou partir o bolo. Vou parti-lo.
VTD + OD VTD + OD

Porém, acentua-se a palavra que possua hiato em que a segunda vogal


seja “i”. Veja:
A prefeitura vai construir uma ponte. A prefeitura vai construí-la.
VTD + OD VTD + OD

Vamos agora a exemplos com “s” e “z”:


Solicitamos o documento. Solicitamo-lo.
VTD + OD VTD + OD

Refiz o documento. Refi-lo.


VTD + OD VTD + OD

Quando o verbo transitivo direto terminar com “m” ou sinal de


nasalização (~), recebe “n”:
Cantam a música. Cantam-na. Põe a música! Põe-na!
VTD + OD VTD + OD VTD + OD VTD + OD

Os pronomes “lhe, “lhes” ocupam as funções sintáticas de objeto


indireto, complemento nominal, além de poderem possuir valor de posse.
Objeto indireto: Complemento nominal:
Paguei ao músico. Paguei-lhe. Sou fiel a você. Sou-lhe fiel.
VTI + OI VTI + OI VL + predicativo + CN VL+CN+
predicativo

Valor de posse:
Há gramáticos que entendem este pronome como objeto indireto, outros
como adjunto adnominal; mas isso, para a Fundação Carlos Chagas, não
importa. O que interessa é o valor de posse.

As pernas dela doem. Roubaram a sua bolsa.


Sujeito + VI VTD + OD

Doem-lhe as pernas. Roubaram-lhe a bolsa.


VI + sujeito VTD + OD

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a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³,
conjunções subordinativas4 e, normalmente, as negações5:
Sempre¹ se encontram.
É a pessoa que² nos orientou.
Quem³ te disse isso?
Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão.
Não5 me falaram nada a respeito disso.

b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-


pontos etc), a atração perde força e o pronome deve posicionar-se após o
verbo:
Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade.
Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade.

c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa:


“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.”

d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os


autores modernos têm optado pela próclise, mesmo não havendo palavra
atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja:
O marceneiro feriu-se com a lâmina.
O marceneiro se feriu com a lâmina.

Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do


presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver
palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a colocação é a
próclise:
Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade?
Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade.
Agora, veja essas regras com uma locução verbal:
O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três
formas a seguir:
infinitivo gerúndio particípio
1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado.
2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado.
3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. —
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há


ênclise ao verbo auxiliar; na 2 há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise
ao verbo principal. Note que não pode haver ênclise com verbo no particípio.
Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição
do pronome oblíquo átono. Outra importante observação: via de regra, com
palavra atrativa, o pronome oblíquo átono ficará proclítico ao auxiliar ou ao
principal, e enclítico ao principal:

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infinitivo gerúndio particípio


1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado.
2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado.
3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. —
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não


devem ser vistas como preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos,
subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da
expressão.
Questão 12: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)
Em 1949, quando o pai morreu, Manoel herdou suas terras em Corumbá.
Pensou inicialmente em vender as terras, mas a mulher convenceu Manoel a
restabelecer raízes no Pantanal. Por ocasião do lançamento de "O Guardador
das Águas", que daria a Manoel o seu primeiro Prêmio Jabuti, afirmou: "Entre
o poeta e a natureza ocorre uma eucaristia”.
Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
(A) vendê-las − convenceu-o − lhe daria
(B) vender-lhes − convenceu-lhe − daria-lhe
(C) as vender − convenceu-lhe − o daria
(D) vendê-las − lhe convenceu − daria-no
(E) vender-lhes − o convenceu − lhe daria
Comentário: O verbo “vender” é transitivo direto e “as terras” é o objeto
direto. Assim, pode ser substituído pelo pronome “as”, e não “lhes”. Assim,
eliminamos as alternativas (B) e (E).
O verbo “convenceu” é transitivo direto e indireto, a oração “a
restabelecer raízes no Pantanal” é subordinada substantiva objetiva indireta e
o termo “Manuel” é o objeto direto. Assim, pode ser substituído pelo pronome
“o”, e não “lhe”. Assim, também eliminamos as alternativas (C) e (D).
Assim, sobra a alternativa (A) é a correta.
Basta confirmarmos com o terceiro termo, pois o verbo “daria” é
transitivo direto e indireto, o termo “o seu primeiro Prêmio Jabuti” é o objeto
direto e “a Manoel” é o objeto indireto.
Gabarito: A

Questão 13: ManausPrev 2015 Analista (banca FCC)


Considere:
recuperar esse valor intrínseco
mostram numerosas oportunidades
compreender seus mecanismos
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
(A) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes
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(B) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los
(C) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender
(D) o recuperar − mostram-lhes − os compreender
(E) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los
Comentário: Note que os verbos “recuperar”, “mostram” e “compreender”
são transitivos diretos. Assim, não cabe em nenhuma alternativa o pronome
“lhe”. Por isso, eliminamos as alternativas (A), (C), (D) e (E).
Na alternativa (B), que é a correta, o verbo “recuperar” perde o “r” e o
pronome oblíquo átono “o” recebe “l”. O verbo “mostram” termina em “m”,
por isso o pronome “as” recebe “n”. O verbo “compreender” perde o “r” e o
pronome oblíquo átono “os” recebe “l”.
Gabarito: B

Questão 14: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não
é uma orientação formal; o que constitui esses grupos, o que traça os
contornos desses grupos, são as afinidades individuais.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por
(A) lhes determina − lhes constitui − traça-lhes os contornos
(B) os determina − constitui-lhes − os traça seus contornos
(C) os determina − os constitui − lhes traça os contornos
(D) determina-lhes − os constitui − traça a seus contornos
(E) determina-os − constitui-os − os traça contornos
Comentário: O verbo “determina” é transitivo direto e o termo “esses
grupos” é o objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso
eliminamos as alternativas (A) e (D).
O verbo “constitui” é transitivo direto e o termo “esses grupos” é o
objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso eliminamos
também a alternativa (B).
O verbo “traça” é transitivo direto e o termo “os contornos desses
grupos”, cujo núcleo é “contornos” e o adjunto adnominal “desses grupos”
transmite valor de posse. Assim, cabe o pronome em sua substituição. Assim,
eliminamos a alternativa (E), sobrando a (C) como a correta.
Gabarito: C

Questão 15: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)


As leis? Ora, como são os homens que elaboram as leis, eles usam essas leis a
seu favor, dão a essas leis um caráter coercitivo, tornam essas leis um
instrumento de penalização das mulheres adúlteras.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
(A) elaboram-nas − usam-lhes − dão-lhes − tornam-lhes
(B) as elaboram − usam-nas − dão-nas − as tornam
(C) elaboram-lhes − as usam − lhes dão − lhes tornam

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(D) elaboram-nas − lhes usam − dão a elas − tornam-lhes
(E) as elaboram − usam-nas − dão-lhes − tornam-nas
Comentário: O verbo “elaboram” é transitivo direto e o termo “as leis” é o
objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso eliminamos a
alternativa (C).
O verbo “usam” também é transitivo direto e o termo “essas leis” é o
objeto direto. Assim, não admite o pronome “lhes” e com isso eliminamos
também as alternativas (A) e (D).
O verbo “dão” é transitivo direto e indireto, e o termo “a essas leis” é o
objeto indireto, o qual deve ser substituído pelo pronome “lhes”. Assim,
eliminamos a alternativa (B), sobrando a (E) como a correta.
Gabarito: E

Questão 16: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


A educação para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem essa
educação para a cidadania os que pretendem praticar a educação para a
cidadania sem dotar a educação para a cidadania da visibilidade das atitudes
públicas.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os segmentos
sublinhados, respectivamente, por:
(A) comprometem-lhe − praticá-la − dotar-lhe
(B) comprometem ela − praticar-lhe − dotá-la
(C) comprometem-na − praticá-la − dotá-la
(D) comprometem a mesma − a praticar − lhe dotar
(E) comprometem a ela − lhe praticar − a dotar
Comentário: A primeira coisa a observar é que todas as expressões
sublinhadas “essa educação para a cidadania” e “a educação para a cidadania”
são objetos diretos dos verbos “comprometem”, “praticar” e “dotar”. Assim,
eliminamos as alternativas que apresentem o pronome “lhe”, sobrando a
alternativa (C) como a correta.
Note que o verbo “comprometem” termina em “m”. Como é seguido do
pronome “a”, deve receber a letra “n” (comprometem-na). Os verbos
“praticar” e “dotar” terminam em “r”. Como são seguidos do pronome “a”,
devemos excluir a letra “r” e inserir junto ao pronome a letra “l” (praticá-la e
dotá-la). Aqui devemos notar que a palavra “sem” tem valor negativo, por
isso naturalmente atrairia tal pronome diante do último verbo. Mas note que a
FCC não se preocupa, neste tipo de questão, com a colocação pronominal,
mas tão somente com o emprego dos pronomes “o”, “a”, “os”, “as”, “lhe”,
“lhes”.
Gabarito: C

Questão 17: TRT 19ªR 2014 Analista Judiciário Área Judiciária (banca FCC)
cruzando os desertos do oeste da China − que contornam a Índia − adotam
complexas providências

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Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em:
(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
Comentário: O verbo “cruzando” é transitivo direto e “os desertos do oeste
da China” é o objeto direto, por isso pode ser substituído por “os”, e não
“lhes”. Assim, podemos eliminar as alternativas (B) e (E).
O verbo “contornam” é transitivo direto e “a Índia” é o objeto direto, por
isso pode ser substituído por “a”, e não “lhe”. Assim, podemos eliminar as
alternativas (A) e (C), restando a alternativa (D) como correta.
Note que o verbo “adotam” é transitivo direto e “complexas
providências” é o objeto direto, por isso pode ser substituído por “as”. Como
tal verbo termina em “m”, devemos inserir “n”: adotam-nas.
Gabarito: D

Questão 18: TRF 3ª R – 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.
... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça...
... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
(A) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
(B) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
(C) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
(D) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
(E) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
Comentário: O verbo “devoravam” é transitivo direto e “os tripulantes” é o
objeto direto, por isso pode ser substituído por “os”, e não “lhe” ou “lhes”.
Assim, podemos eliminar as alternativas (A) e (D).
Como esse objeto direto é plural, também não cabe a substituição por
“o” (-no). Assim, eliminamos a alternativa (B).
O verbo “impedir” é transitivo direto e “a tripulação” é o objeto direto,
por isso pode ser substituído por “a”, e não “lhe”. Assim, podemos eliminar a
alternativa (C).
Como o objeto direto é singular, também não cabe a substituição por
“as” (-las). Assim, também eliminamos a alternativa (A), restando a
alternativa (E) como correta.
Note que o verbo “convencer” é transitivo direto e “os tripulantes” é o
objeto direto, por isso pode ser substituído por “os”, e não “lhes”. Como o
verbo termina em “r”, exclui-se esta letra e insere-se “l”: “los”.
Gabarito: E

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Questão 19: TRT 2ª R – 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... (3º
parágrafo)
A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das
frases abaixo, quando o termo nela sublinhado for substituído pelo pronome
que lhe corresponde. Essa frase é:
(A) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial
colaboração.
(B) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem.
(C) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário.
(D) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os
rapazes.
(E) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção.
Comentário: O verbo “distinguir” é transitivo direto, por isso admite o
pronome “o”. Como tal verbo termina com “r”, exclui-se esta letra e insere-se
“l”. Agora, devemos encontrar, dentre as alternativas, a que possui termo
sublinhado na função de objeto direto e permite a substituição por “los”.
Na alternativa (A), o verbo “agradecer” é transitivo indireto e “a eles” é
o objeto indireto. Assim, cabe a substituição por “lhes”. Veja:
Convocou todos os funcionários para agradecer-lhes a especial colaboração.
Na alternativa (B), a locução verbal “tem enfrentado” é transitiva direta
e “seu adversário” é o objeto direto. Como o pronome pessoal oblíquo átono
não pode se posicionar após o particípio, deve-se encontrar após o verbo
auxiliar “tem”. Se este verbo termina em “m”, naturalmente o pronome
recebe “n”. Veja:
O sagaz lutador tem-no enfrentado com coragem.
Na alternativa (C), o verbo “cumprimentou” é transitivo direto e “o
menino” é o objeto direto. Assim, pode-se substituir tal termo por “o”. Veja:
Viu o filho da vizinha e não cumprimentou-o pelo seu aniversário.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “encontrar” é transitivo direto
e “os rapazes” é o objeto direto. Assim, admite o pronome “os”. Como tal
verbo termina com “r”, exclui-se esta letra e insere-se “l”. Veja:
Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrá-los.
Na alternativa (E), o verbo “indicaram” é transitivo direto e “o jovem” é
o objeto direto. Se este verbo termina em “m”, naturalmente o pronome
recebe “n”. Veja:
Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram-no para promoção.
Gabarito: D

Questão 20: TRT 2ªR – 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma
argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um
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princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma
instância caprichosa.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados por, respectivamente,
(A) substituir-lhe - atribuindo-o - tomá-lo
(B) substituí-la - atribuindo-lhe - tomá-lo
(C) substituí-la - lhe atribuindo - tomar-lhe
(D) substituir a ela - atribuindo a ele - lhe tomar
(E) substituir-lhe - atribuindo-lhe - tomar-lhe
Comentário: O verbo “substituir” é transitivo direto e “uma argumentação” é
o objeto direto, por isso pode ser substituído por “a”, e não “lhe” ou “a ela”.
Assim, podemos eliminar as alternativas (A), (D) e (E).
O verbo “atribuindo” é transitivo direto e indireto, o termo “o valor de
um princípio inteiramente defensável” é o objeto direto, e o termo sublinhado
“ao gosto” é o objeto indireto, por isso pode ser substituído por “lhe”, e não
“o”. Assim, podemos eliminar a alternativa (A), restando a alternativa (B)
como correta.
Note que o verbo “tomar” é transitivo direto e o termo “o gosto” é o
objeto direto, por isso pode ser substituído por “o”, e não “lhes”. Como o
verbo termina em “r”, exclui-se esta letra e insere-se “l”: “lo”.
Gabarito: B

Questão 21: TRT 16ªR – 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria
reger as leis humanas.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os
elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) desrespeitam a elas − destituem-nas − deveria reger-lhes
(B) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las
(C) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
(D) lhes desrespeitam − destituem-lhes − deveria regê-las
(E) desrespeitam-nas − destituem-nas − as deveria reger
Comentário: O verbo “desrespeitam” é transitivo direto e “as leis humanas” é
o objeto direto, por isso pode ser substituído por “as”, e não “lhes” ou “a
elas”. Assim, podemos eliminar as alternativas (A), (B) e (D).
O verbo “destituem” é transitivo direto e “as leis humanas” é o objeto
direto, por isso pode ser substituído por “as”, e não “lhes”. Assim, podemos
eliminar a alternativa (C), restando a alternativa (E) como correta. Note que o
verbo “destituem” termina com “m”, por isso devemos inserir “n” diante do
pronome: destituem-nas.
Note que o verbo “reger” é transitivo direto e o termo “as leis humanas”
é o objeto direto, por isso pode ser substituído por “as”, e não “lhes”.
Gabarito: E

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Questão 22: ALEPA 2013 Consultor Legislativo (banca FCC)


A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada corretamente em:
(A) uma editora desconhecida [...] publicaria a novela = uma editora
desconhecida lhe publicaria
(B) o que consolidou sem dúvida a posição do estreante = o que sem dúvida
lhe consolidou
(C) seus livros trazem [...] uma nova e definitiva chancela editorial = seus
livros trazem-la
(D) que iria acrescentar a essas heranças = que lhes iria acrescentar
(E) o livro mereceu [...] o prêmio = o livro mereceu-no
Comentário: Lembre-se de que o objeto direto pode ser substituído pelos
pronomes oblíquos átonos “o”, “a”, “os”, “as”; e o objeto indireto pelos
pronomes oblíquos átonos “lhe”, “lhes”.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “publicaria” é transitivo direto
e “a novela” é o objeto direto. Assim, não cabe “lhe”, mas sim “a”. Como o
verbo se encontra no futuro do pretérito do indicativo, cabe mesóclise, ou,
mesmo não havendo palavra atrativa, por eufonia, cabe próclise. Veja:
... uma editora desconhecida publicá-la-ia...
... uma editora desconhecida a publicaria...
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “consolidou” é transitivo
direto e “a posição do estreante” é o objeto direto. Assim, não cabe “lhe”, mas
sim “a”. Veja:
... o que sem dúvida a consolidou...
... o que sem dúvida consolidou-a...
A alternativa (C) está errada. O verbo “trazem” é transitivo direto e
“uma nova e definitiva chancela editorial” é o objeto direto. Já que o núcleo
deste termo é o substantivo “chancela”, está correto o pronome “a”, porém o
verbo termina em “m” e assim devemos inserir a letra “n”, junto ao pronome.
Veja:
... seus livros trazem-na...
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “acrescentar” é transitivo
direto e indireto, o termo sublinhado “a essas heranças” é o objeto indireto,
por isso está correta sua substituição por “lhes”. Note que a questão omitiu o
objeto direto.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “mereceu” é transitivo direto
e o pronome “o” é o objeto direto. O problema na alternativa é que não deve
haver a letra “n”, tendo em vista que o verbo não termina com “m” ou com o
sinal til. O correto é somente o uso do pronome. Veja:
... o livro mereceu-o...
Gabarito: D

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Questão 23: DPE RS 2013 Técnico-Administrativo (banca FCC)
A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada corretamente em:
(A) contingência de ocupar empregos medíocres = contingência de lhes
ocupar
(B) que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento = que recebeu-
na
(C) passou a exercer uma intensa atividade literária = passou a exercê-la
(D) demonstram a solução ideal = demonstram-la
(E) outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento = outra que
lhe compreende
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “ocupar” é transitivo
direto e “empregos medíocres” é o objeto direto. Assim, tal termo deve ser
substituído por “os”. Como o verbo termina em “r”, tal letra deve ser excluída
e deve se inserir a letra “l”, junto ao pronome oblíquo átono: contingência de
ocupá-los. Vale ressaltar que, mesmo não havendo palavra atrativa, a
próclise também pode ocorrer: contingência de os ocupar.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “recebeu” é transitivo direto,
o termo “a denominação geral de O tempo e o vento” é o objeto direto, o qual
pode ser substituído por “a”. Como o pronome relativo “que” é palavra
atrativa, deve haver próclise: que a recebeu.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “exercer” é transitivo direto, o
termo “uma intensa atividade literária” é o objeto direto e pode ser
substituído, sim, por “a”. Como o verbo termina em “r”, tal letra deve ser
excluída e deve ser inserida a letra “l”, junto ao pronome, como ocorreu nesta
alternativa. Note que, com a retirada da letra “r”, passamos a ter uma palavra
oxítona terminada em “e”, a qual deve ser acentuada: exercê-la.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo transitivo direto
“demonstram” termina com “m”, por isso o objeto direto “a” deve receber “n”:
demonstram-na.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “compreende” é transitivo
direto e “o romance cíclico O tempo e o vento” é o objeto direto. Assim, tal
termo deve ser substituído por “o”. Como há a palavra atrativa “que”, o
pronome pessoal oblíquo átono “o” deve se posicionar imediatamente antes
do verbo. Veja:
outra que o compreende
Gabarito: C

Questão 24: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)


A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) acreditava incutir o ardor = acreditava incuti-lo
(B) Nada superará a beleza = Nada lhe superará
(C) não correspondera a seu sonho = não lhe correspondera
(D) resolve o problema da vida = resolve-o
(E) para ilustrar essa perplexidade = para ilustrá-la
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Comentário: A alternativa (A) está correta, porque o verbo “incutir” é
transitivo direto e o objeto direto “o ardor” foi substituído pelo pronome “o”.
Como o verbo terminar em “r”, tal letra foi excluída e foi inserida a letra “l”:
“incuti-lo”.
A alternativa (B) é a errada, pois não cabe o pronome “lhe”. Como o
verbo “superará” é transitivo direto e o termo “a beleza” é o objeto direto,
cabe o pronome “a”: “Nada a superará”.
A alternativa (C) está correta, porque o verbo “correspondera” é
transitivo indireto e o objeto indireto “a seu sonho” foi substituído pelo
pronome “lhe”.
A alternativa (D) está correta, porque o verbo “resolve” é transitivo
direto e o objeto direto “o problema da vida” foi substituído pelo pronome “o”.
A alternativa (E) está correta, porque o verbo “ilustrar” é transitivo
direto e o objeto direto “essa perplexidade” foi substituído pelo pronome “a”.
Como o verbo terminar em “r”, tal letra foi excluída e foi inserida a letra “l”:
“ilustrá-la”.
Gabarito: B

Questão 25: DPE SP 2013 Oficial de Defensoria Pública (banca FCC)


A substituição do termo grifado por um pronome, com as necessárias
alterações, foi efetuada de modo INCORRETO em:
(A) facilitaram a ida das pessoas ao campo = facilitaram-na
(B) fazer o novo = fazê-lo
(C) revela uma nova beleza = revela-a
(D) usar objetos do cotidiano = usá-los
(E) os que tomaram esse rumo = os que tomaram-lhe
Comentário: Sabendo-se que o objeto direto pode ser substituído pelos
pronomes “o”, “a”, “os”, “as”; e o objeto indireto pode ser substituído por
“lhe”, “lhes”, percebemos que a alternativa errada é a (E), pois o verbo
“tomaram” é transitivo direto e o termo “esse rumo” é o objeto direto. Assim,
o pronome correto é “o”. Como há palavra atrativa “que”, tal pronome deve
ficar antes do verbo.

Veja:
...os que o tomaram...
Os verbos “facilitaram”, “fazer”, “revela” e “usar” também são
transitivos diretos. Assim, os termos sublinhados são os seus respectivos
objetos diretos. Por isso, devemos apenas observar a terminação verbal.
Quando o verbo terminar em “r”, devemos excluir esta letra e inserir “l”, como
corretamente foi feito nas alternativas (B) e (D).
Quando verbo termina em “m”, o pronome oblíquo átono “a” deve
receber “n”, como foi corretamente empregado na alternativa (A).
Quando o verbo termina em vogal, basta inserir o pronome átono, como
ocorreu na alternativa (C).
Gabarito: E

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Questão 26: DPE SP 2013 Administrador de Redes (banca FCC)


A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) mostrando o rio = mostrando-o.
(B) como escolher sítio = como escolhê-lo.
(C) transpor [...] as matas espessas = transpor-lhes.
(D) Às estreitas veredas [...] nada acrescentariam = nada lhes
acrescentariam.
(E) viu uma dessas marcas = viu uma delas.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “mostrando” é
transitivo direto, o termo “o rio” é o objeto direto e pode ser substituído por
“o”.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “escolher” é transitivo direto
e o termo “sítio” é o objeto direto e pode ser substituído por “o”. Como o
verbo termina em “r”, devemos excluir tal consoante e incluir “l”.
A alternativa (C) é a errada, pois o verbo “transpor” é transitivo direto e
o termo “as matas espessas” é o objeto direto, por isso não pode ser
substituído por “lhes”, mas por “as”. Como o verbo termina em “r”, devemos
excluir tal consoante e incluir “l”: “transpô-las”.
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “acrescentariam” é transitivo
direto e indireto, o termo “nada” é o objeto direto e o termo “Às estreitas
veredas” é o objeto indireto, o qual pode ser substituído por “-lhes”. Note que
o sujeito é o pronome “aqueles”, o qual não ficou explícito na questão, mas se
encontra no segundo parágrafo do texto.
A alternativa (E) está correta, pois o adjunto adnominal “dessas marcas”
pode ser substituído pelo pronome pessoal oblíquo tônico “elas”, porque está
precedido da preposição “de” (delas).
Gabarito: C

Questão 27: SERGIPE GÁS 2013 S.A. Administrador (banca FCC)


Considerados os necessários ajustes, a substituição do elemento grifado pelo
pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) Atingimos [...] a consciência de nossa força = Atingimo-la.
(B) cada eclipse acarreta [...] despesas suplementares = cada eclipse as
acarreta.
(C) que são [...] estranhos às nossas lutas = que lhes são estranhos.
(D) jamais desempenharão qualquer papel = jamais o desempenharão.
(E) Mas isso seria abordar a questão = Mas isso seria abordar-lhe.
Comentário: Neste tipo de questão, a primeira preocupação é observar que o
pronome oblíquo átono “o” (e suas variações) deve substituir o objeto direto,
e o pronome oblíquo átono “lhe” deve substituir o objeto indireto ou o
complemento nominal.
A alternativa (A) está correta, porque o termo “a consciência de nossa
força” é o objeto direto, por isso pode ser substituído pelo pronome oblíquo
átono “a”. Como o verbo termina em “s”, devemos excluir tal letra e inserir

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“l”, junto ao pronome: Atingimo-la.
A alternativa (B) está correta, porque o termo “despesas suplementares”
é o objeto direto, por isso pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono
“as”.
A alternativa (C) está correta, porque “às nossas lutas” é o
complemento nominal, pois é o adjetivo “estranhos” que exigiu tal
complemento. Por isso, pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono
“lhes”.
A alternativa (D) está correta, porque o termo “qualquer papel” é o
objeto direto, por isso pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono “o”.
A alternativa (E) é a incorreta, porque o termo “a questão” é o objeto
direto, por isso deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “a”, e não
“lhe”. Como o verbo termina em “r”, devemos excluir tal letra e inserir “l”,
junto ao pronome: abordá-la.
Gabarito: E

Regência com pronomes relativos

O pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas


adjetivas e pode estar antecedido de preposição. Isso depende do verbo da
oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é
importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados.
que: retoma coisa ou pessoa
o/a qual: retoma coisa ou pessoa
quem: retoma pessoa
cujo: relação de posse
onde: retoma lugar
quando: retoma tempo
Os pronomes relativos e suas funções sintáticas.

Sujeito:
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros.
oração subordinada adjetiva
oração principal

Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos


termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo,
falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se
“homem”, então se pode ter a seguinte estrutura:
O homem é um ser social.
Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações,
dependendo da palavra que foi retomada, teremos:
O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros.
Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas
possibilidades de substituição:
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Objeto direto: Objeto indireto:


Esta é a casa que amamos. Esta é a casa de que gostamos.
a qual amamos. (de + a qual)
OD VTD da qual gostamos.
OI VTI

Objeto indireto: Complemento nominal:


Esta é a casa a que nos referimos. Esta é a casa a que fizemos referência.
(a + a qual) (a + a qual)
à qual nos referimos. à qual fizemos referência.
OI VTI CN VTD + OD

Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser


preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais,
normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode
também ser substituído pelo pronome relativo “onde”.
A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite
processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se
transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para
algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de
algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser
regido pela preposição “por” (passar por algum lugar). Veja:
Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”):
Esta é a casa onde moramos.
em que moramos.
(em + a qual)
na qual moramos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”):


Esta é a casa aonde chegamos.
a que chegamos.
(a + a qual)
à qual chegamos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”):


Esta é a casa para onde vamos.
---------------
(para + a qual)
para a qual vamos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com


duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações.

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e) A mim convém aquilo de que gostas.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)

f) Consideraram que o trabalho foi ruim.


(oração subordinada substantiva objetiva direta)

g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.


(oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito)

h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.


(oração subordinada substantiva objetiva indireta)

i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.


(oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto)

j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.


(oração subordinada substantiva completiva nominal)

k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.


(oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto)

l) A verdade é que precisamos muito de estudo.


(oração subordinada substantiva predicativa)

m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.


(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)

Agora, vamos à regência nas orações adjetivas. Verifique se as frases


estão corretas.
a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas.
b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a
greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa em que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro aonde moro não proporciona segurança.

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Agora, veja as frases já corrigidas.
a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas.
b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a
greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa a que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro onde moro não proporciona segurança.
Agora, vamos às questões da FCC!!!!

Questão 28: TRT 14ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


Considere o texto abaixo.
O rio Madeira banha os estados de Rondônia e do Amazonas. I esse nome,
pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície
florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta. É um dos principais
rios da bacia do Amazonas e II já foram dedicados textos literários, muitos
III possuem grande valor artístico.
As lacunas I, II e III do texto acima devem ser preenchidas, correta e
respectivamente, com:
I II III
(A) Deram-no para ele os quais
(B) Deram-lhe a ele dos quais
(C) Deram-lhe ante ele aos quais
(D) Deram-no dele pelos quais
(E) Deram-lhe nele nos quais
Comentário: O verbo “Deram” é transitivo direto e indireto. Como o termo
“esse nome” é o objeto direto, o pronome oblíquo deve ocupar a função de
objeto indireto, por isso não cabe o pronome “o” e devemos eliminar as
alternativas (A) e (D).
O adjetivo “dedicados” rege a preposição “a”, por isso a alternativa (B) é
a correta.
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Quanto ao número III, o verbo “possuem” tem como sujeito o pronome
indefinido “muitos” e o termo “dos quais” é o adjunto adnominal. Veja:
O rio Madeira banha os estados de Rondônia e do Amazonas. Deram-lhe esse
nome, pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da
planície florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta. É um dos
principais rios da bacia do Amazonas e a ele já foram dedicados textos
literários, muitos dos quais possuem grande valor artístico.
Gabarito: B

Questão 29: ManausPrev 2015 Técnico Previdenciário (banca FCC)


O elemento em destaque está empregado corretamente em:
(A) As obras de arte de que se tenta retratar a natureza, emprestam-lhe voz
humana.
(B) A árvore é símbolo recorrente com que fazemos uso para falar de meio
ambiente.
(C) A natureza, por cuja preservação lutamos, nega-se, no entanto, a ser
domesticada.
(D) Natureza e arte não são elementos estanques, esta faz a que melhor
compreendamos aquela.
(E) Cada vez mais o mundo tecnológico nos afasta da natureza em que
fazemos parte.
Comentário: Para descobrir a função sintática do pronome relativo e verificar
se cabe ou não a preposição, devemos sempre achar a oração adjetiva,
sublinhá-la, observar o verbo e sua relação com o pronome relativo.
Na alternativa (A), entendemos que se tenta retratar a natureza nas
obras de arte ou pelas obras de arte. Assim, cabe a preposição “em” ou
“por”. Veja:
As obras de arte em que se tenta retratar a natureza, emprestam-lhe voz
humana.
As obras de arte por que se tenta retratar a natureza, emprestam-lhe voz
humana.
As obras de arte pelas quais se tenta retratar a natureza, emprestam-lhe voz
humana.
Observação: A vírgula após “natureza” está errada, mas a banca não cobrou
nada de pontuação, ok?!
Na alternativa (B), entendemos que fazemos uso do símbolo. Assim, o
pronome relativo deve receber a preposição “de”.
A árvore é símbolo recorrente de que fazemos uso para falar de meio
ambiente.
A alternativa (C) é a correta, pois entendemos que lutamos pela
preservação da natureza. Assim, sabemos que há valor de posse em relação
ao substantivo posterior “preservação” e o anterior “natureza”. Além disso, o
termo “por cuja preservação” é o objeto indireto do verbo “lutamos”. Veja:

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A natureza, por cuja preservação lutamos, nega-se, no entanto, a ser
domesticada.
A alternativa (D) está errada. Note que não há oração subordinada
adjetiva, mas tão somente a subordinada substantiva objetiva direta. O verbo
“faz” é transitivo direto. Assim, a oração posterior não seria iniciada por
preposição. Porém, admite-se que o verbo “faz” seja, por estilo de linguagem,
seguido da preposição “com”. Assim, nas orações sublinhadas abaixo, teremos
a subordinada substantiva objetiva direta. A segunda, precedida da preposição
“com”, é considerada oração subordinada substantiva objetiva direta
preposicionada. Não é objetiva indireta, porque o verbo não exige, mas se
admite a inserção da preposição “com”. Veja:
Natureza e arte não são elementos estanques, esta faz que melhor
compreendamos aquela.
Natureza e arte não são elementos estanques, esta faz com que melhor
compreendamos aquela.
A alternativa (E) está errada, pois entendemos que fazemos parte da
natureza. Assim, cabe a preposição “de”, e não “em”.
Cada vez mais o mundo tecnológico nos afasta da natureza de que fazemos
parte.
Gabarito: C

Questão 30: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


A expressão a que preenche adequadamente a lacuna da seguinte frase:
(A) Garantir uma educação de boa qualidade é quase tão importante quanto
garantir a pureza do ar ...... aspiramos.
(B) Há quem ainda ache que os valores ...... os jovens são submetidos no
convívio familiar tenham mais peso que os cultivados por seus colegas.
(C) A influência ...... exercem os jovens entre si, no interior dos grupos,
acaba sendo fundamental para a formação de todos.
(D) Muito leitor do texto ficará curioso para saber como era a formação ......
se propagava nas comunidades ancestrais.
(E) Poucos são os jovens ...... venham aproveitar-se dos benefícios de uma
boa formação escolar num estabelecimento privado.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “aspiramos”, no
sentido de sorver, aspirar, é transitivo direto e não rege preposição. Veja:
Garantir uma educação de boa qualidade é quase tão importante quanto
garantir a pureza do ar que aspiramos.
A alternativa (B) é a correta, pois “submetidos” rege a preposição “a”.
Veja:
Há quem ainda ache que os valores a que os jovens são submetidos no
convívio familiar tenham mais peso que os cultivados por seus colegas.

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A alternativa (C) está errada, pois “exercem” é transitivo direto e o
pronome relativo “que” é apenas o objeto direto. Veja:
A influência que exercem os jovens entre si, no interior dos grupos, acaba
sendo fundamental para a formação de todos.
A alternativa (D) está errada, pois “se propagava” se refere ao sujeito
“que”, o qual retoma “formação”. Veja:
Muito leitor do texto ficará curioso para saber como era a formação que se
propagava nas comunidades ancestrais.
A alternativa (E) está errada, pois “venham” se refere ao sujeito “que”,
o qual retoma “jovens”. Veja:
Poucos são os jovens que venham aproveitar-se dos benefícios de uma boa
formação escolar num estabelecimento privado.
Gabarito: B

Questão 31: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na
seguinte frase:
(A) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa
que retrata é uma das características nas quais seus filmes se
distinguem.
(B) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se
agarram para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha
mostrado qualquer inclinação.
(C) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou,
são chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento
mais apressado.
(D) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo
a ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.
(E) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não
mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a
singularidade de cuja as pessoas são portadoras.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome relativo “onde” só
pode retomar lugar. Assim, neste contexto, o ideal seria “com que” ou “com a
qual”, haja vista estar sendo emprego como adjunto adverbial de modo. O
verbo “distinguem” rege a preposição “por”, pois entendemos que seus filmes
se distinguem por algumas características. Veja:
A perspectiva ética com que Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa
que retrata é uma das características pelas quais seus filmes se distinguem.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “agarrar-se” rege a
preposição “a”. No segundo elemento sublinhado, devemos notar novamente
que o pronome relativo “onde” só pode retomar lugar. Assim, neste contexto,
o ideal seria “a que” ou “às quais”, haja vista que o substantivo “inclinação”
rege o complemento nominal iniciado pela preposição “a”.

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O paternalismo e o sentimentalismo, posições às quais muitos se agarram
para tratar o outro, não são atitudes a que Coutinho tenha mostrado qualquer
inclinação.
A alternativa (C) está errada, pois o pronome relativo “cujo” deve
concordar com o substantivo posterior. Além disso, deve transmitir valor de
posse, o que não ocorreu neste contexto. Assim,devemos trocar “cujas” por
“que”. No segundo termo sublinhado, notamos que o verbo “impressionar”
rege a preposição “com”, pois entendemos que as pessoas se deixam
impressionar com chavões.
As expressões coletivistas, com que Coutinho jamais se entusiasmou, são
chavões com que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais
apressado.
A alternativa (D) é a correta. Note que os verbos “interessasse” e
“atrair” regem a preposição “por”. Assim, entendemos que Coutinho se
interessava por algumas pessoas e que ele se deixara atrair pelos atributos.
Veja:
As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a ter
destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “nortear” rege a preposição
“por”, pois entendemos que muitos se deixam nortear por paradigmas já
mecanizados. Além disso, o pronome relativo “cuja” deve concordar com o
substantivo posterior, não deve ser seguido de artigo e deve transmitir valor
de posse. Assim, devemos substituir “cuja” por “que”. Veja:
Os paradigmas já mecanizados, pelos quais muitos se deixam nortear, não
mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade
de que as pessoas são portadoras.
Gabarito: D

Questão 32: TRE 3ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


Está correto o emprego do elemento sublinhado na seguinte frase:
(A) Os museus e os monumentos são instituições aonde algum aprendizado
da história sempre se dá.
(B) Os debates da Assembleia Nacional, à que se refere o autor, foram
calorosos.
(C) As casas dos nobres de cujas se lançaram os revoltosos foram
saqueadas.
(D) O tempo com que frequentemente nos importamos não é o passado, mas
o futuro.
(E) Há no passado muitas lições históricas em cujas podemos aprender.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dá”, neste contexto,
não rege a preposição “a”. Veja a correção:
Os museus e os monumentos são instituições onde algum aprendizado da
história sempre se dá.

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A alternativa (B) está errada, pois não cabe artigo “a” diante de “que”,
apenas a preposição “a”. Assim, não pode haver acento indicativo de crase.
Veja:
Os debates da Assembleia Nacional, a que se refere o autor, foram calorosos.
A alternativa (C) está errada, pois o pronome relativo “cujas” não deve
ser imediatamente seguido de pronome. O verbo “lançaram”, neste contexto,
rege a preposição “a”. Veja:
As casas dos nobres a que se lançaram os revoltosos foram saqueadas.
A alternativa (D) é a correta. Veja que o verbo “importamos” rege a
preposição “com”, pois entendemos que nós nos importamos com alguma
coisa. Veja:
O tempo com que frequentemente nos importamos não é o passado, mas o
futuro.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome relativo “cujas” não deve
ser imediatamente seguido de verbo. O verbo “aprender”, neste contexto, é
transitivo direto e o pronome relativo “que” é o objeto direto. Veja a correção:
Há no passado muitas lições históricas que podemos aprender.
Gabarito: D

Questão 33: TRT 19ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


E são estes poemas mesmo um canto comovido à terra de que ele esteve
segregado.
A expressão grifada acima deverá preencher corretamente a lacuna existente
em:
(A) Na época ...... o poeta esteve preso a regras, seus versos perderam
muito em emoção lírica.
(B) O artificialismo ...... se prendem alguns poetas compromete a sincera
expressão de seus sentimentos.
(C) A obra ...... se fala contém versos que demonstram o verdadeiro lirismo
de seu autor.
(D) Os estímulos ...... um poeta compõe sua obra se originam na realidade
vivida e transformada por ele.
(E) Despertam emoção aqueles versos ...... traduzem a sensibilidade de um
reconhecido poeta.
Comentário: No texto original, o pronome relativo “que” está precedido da
preposição “de”, formando o complemento nominal “de que”. Assim, devemos
encontrar, dentre as alternativas, a que pode ser preenchida por “de que”.
A alternativa (A) está errada, pois o pronome relativo “que” deve ser
precedido da preposição “em”, formando o adjunto adverbial de tempo. Note
que o sujeito é “o poeta”, o verbo de ligação “esteve” é seguido do predicativo
“preso” e do complemento nominal “a regras”. Veja:
Na época em que o poeta esteve preso a regras, seus versos perderam muito
em emoção lírica.

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A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “que” deve ser
precedido da preposição “a”, formando o objeto indireto. Note que o sujeito é
“alguns poetas”, o verbo “prendem” é transitivo direto e indireto, e o pronome
“se” é reflexivo, na função de objeto direto. Veja:
O artificialismo a que se prendem alguns poetas compromete a sincera
expressão de seus sentimentos.
A alternativa (C) é a correta, pois o pronome relativo “que” deve ser
precedido da preposição “de”, formando o adjunto adverbial de assunto. Note
que o verbo “fala”, neste contexto, é intransitivo e o pronome “se” é o índice
de indeterminação do sujeito. Veja:
A obra de que se fala contém versos que demonstram o verdadeiro lirismo de
seu autor.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome relativo “que” deve ser
precedido da preposição “com”, formando o adjunto adverbial de modo. Note
que o sujeito é “um poeta”, o verbo “compõe” é transitivo direto, e o objeto
direto é “sua obra”. Veja:
Os estímulos com que um poeta compõe sua obra se originam na realidade
vivida e transformada por ele.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome relativo “que” não deve
ser precedido de preposição, pois ocupa a função de sujeito. Note que o verbo
“traduzem” é transitivo direto, e o objeto direto é “a sensibilidade de um
reconhecido poeta”. Veja:
Despertam emoção aqueles versos que traduzem a sensibilidade de um
reconhecido poeta.
Gabarito: C

Questão 34: TRF 3ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio
de ação das sereias...
Sem prejuízo para a correção e o sentido original, o segmento grifado acima
pode ser corretamente substituído por:
(A) à qual
(B) em que
(C) cuja
(D) a que
(E) da qual
Comentário: Como sabemos que “na qual” apresenta a contração da
preposição “em” com o artigo “a” de “a qual” e esta última expressão pode ser
substituída por “que”, a alternativa (B) é a correta. Veja:
Quando a embarcação em que ele navegava entrou inadvertidamente no raio
de ação das sereias...
Gabarito: B

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Questão 35: TRT 2ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


Quando se dizia "livro", todos entendiam um objeto de peso e volume,
composto de folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro, nas quais
se gravavam a tinta palavras ou imagens.
A expressão acima destacada é equivalente à sublinhada na seguinte frase:
(A) As folhas rubricadas, as quais entreguei à secretária, foram anexadas ao
prontuário.
(B) As urnas em que foram depositados os votos foram lacradas pela
diretoria do clube.
(C) Os rapazes de quem foram gravados os depoimentos foram entrevistados
ontem.
(D) O livro de onde retirei a citação está emprestado.
(E) As janelas sob as quais foram gravadas as cenas eram pintadas de verde.
Comentário: Nesta questão, todos os pronomes relativos estão bem
empregados. Apenas se cobra a alternativa que mantenha a mesma função
sintática de “nas quais”, com preposição “em”, a qual marca permanência em
algum lugar .
No texto original, a expressão pronominal “nas quais” ocupa a função
sintática de adjunto adverbial de lugar, pois entendemos que palavras ou
imagens eram gravadas a tinta nas folhas encadernadas.
A alternativa (A) está errada, pois a expressão pronominal relativa “as
quais” ocupa a função sintática de objeto direto. Note que o sujeito é oculto e
subentende “eu”, o verbo “entreguei” é transitivo direto e indireto e “à
secretária” é o objeto indireto. Veja:
As folhas rubricadas, as quais entreguei à secretária, foram anexadas ao
prontuário.
A alternativa (B) é a correta, a expressão “em que” ocupa a função
sintática de adjunto adverbial de lugar e possui a preposição “em”, pois
entendemos que os votos foram depositados nas urnas. Veja:
As urnas em que foram depositados os votos foram lacradas pela diretoria do
clube.
A alternativa (C) está errada, pois a expressão “de quem” ocupa a
função sintática de adjunto adnominal, pois entendemos que os depoimentos
dos rapazes foram gravados. Assim, a expressão “de quem” faz parte do
sujeito “os depoimentos” e o caracteriza. Veja:
Os rapazes de quem foram gravados os depoimentos foram entrevistados
ontem.
A alternativa (D) está errada, pois a expressão “de onde” só pode
ocupar a função sintática de adjunto adverbial de lugar. Porém, esta não pode
ser a alternativa correta, porque tal expressão é iniciada pela preposição “de”,
e não “em”, como pedia a questão. Veja:
O livro de onde retirei a citação está emprestado.

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A alternativa (E) está errada, pois a expressão “sob as quais” ocupa a
função sintática de adjunto adverbial de lugar. Porém, esta não pode ser a
alternativa correta, porque tal expressão é iniciada pela preposição “sob”, e
não “em”, como pedia a questão. Veja:
As janelas sob as quais foram gravadas as cenas eram pintadas de verde.
Gabarito: B

Questão 36: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


A construção da frase eu pressuponho esse futuro com o qual nada me
autoriza a contar permanecerá correta caso se substitua o elemento
sublinhado por
(A) de cujo pouco posso prever.
(B) por quem nada posso antecipar.
(C) do qual nada me é dado esperar.
(D) perante o qual não sei avaliar.
(E) em cujo nada posso desconfiar.
Comentário: Na frase original, a expressão “com o qual” é o objeto indireto
do verbo transitivo indireto “contar”, pois entendemos da frase que nada me
autoriza contar com esse futuro.
Devemos encontrar a alternativa cuja regência esteja correta.
A alternativa (A) está errada, pois o pronome relativo “cujo” não pode
ser imediatamente seguido do advérbio “pouco”. Assim, devemos substituir tal
pronome por “que”. Além disso, como o verbo “prever” é transitivo direto,
devemos excluir a preposição “de”. Veja a reescrita correta:
eu pressuponho esse futuro que pouco posso prever.
A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “quem” deve
retomar uma pessoa, mas retoma o substantivo “futuro”. Assim, devemos
substituí-lo pelo pronome relativo “que”. Como o verbo “antecipar” é transitivo
direto, devemos excluir a preposição “por”. Veja a reescrita correta:
eu pressuponho esse futuro que nada posso antecipar.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “esperar” é transitivo indireto
e rege a preposição “de”, a qual se encontra no objeto indireto “do qual”.
Dessa forma, entendemos da nova estrutura que nada me é dado esperar do
futuro. Veja:
eu pressuponho esse futuro do qual nada me é dado esperar.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “avaliar” é transitivo direto,
por isso devemos excluir a preposição “perante” do objeto direto “o qual”.
Veja a reescrita correta:
eu pressuponho esse futuro o qual não sei avaliar.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome relativo “cujo” não pode
ser imediatamente seguido do advérbio “nada”. Assim, devemos substituir tal
pronome por “que”. Além disso, o verbo “desconfiar” é transitivo indireto e
rege a preposição “de”, e não “em”. Veja a reescrita correta:

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eu pressuponho esse futuro de que nada posso desconfiar.
Para que a construção fique mais clara, podemos ainda reescrever da
seguinte forma:
eu pressuponho esse futuro do qual nada posso desconfiar.
Gabarito: C

Questão 37: TRT 16ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


As lacunas da frase Um prefácio ...... nossa inteira atenção esteja
voltada certamente conterá qualidades ...... força é impossível resistir
preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos seguintes elementos:
(A) para o qual − a cuja
(B) ao qual − de cuja a
(C) com o qual − por cuja
(D) aonde − de que a
(E) por onde − das quais a
Comentário: Na estrutura, há uma oração principal (“Um prefácio...
certamente conterá qualidades...”), seguida de duas orações subordinadas
adjetivas restritivas, as quais devem ser iniciadas por expressões que se
encontram numa das alternativas.
Assim, observando a primeira oração adjetiva, notamos que “nossa
inteira atenção” é o sujeito, “esteja” é o verbo de ligação e “voltada” é o
predicativo. O adjetivo “voltada” rege as preposições “a” ou “para”, uma das
quais iniciará o complemento nominal, formado pelo pronome relativo. Assim,
eliminamos as alternativas (C) e (E).
Como o pronome relativo “onde” só pode ocupar a função sintática de
adjunto adverbial de lugar, também devemos excluir a alternativa (D).
Agora, observando a segunda oração adjetiva e percebendo que
devemos escolher entre as alternativas (A) e (B), notamos que o pronome
relativo “cuja” não pode ser imediatamente seguido de artigo, por isso
eliminamos a alternativa (B), restando a (A) como correta.
É interessante notar que o verbo “resistir” é transitivo indireto e rege a
preposição “a”, por isso há o objeto indireto “a cuja força”. Veja:
Um prefácio para o qual nossa inteira atenção esteja voltada certamente
conterá qualidades a cuja força é impossível resistir.
Gabarito: A

Questão 38: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)


“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) a que recorreu - que fez notável.
(B) do qual incorreu - com que se afamou.
(C) a cujo recorreu - o qual celebrizou.

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(D) em que fez uso - em cujo deu notabilidade.
(E) em cujo incorreu - com o qual se propagou.
Comentário: No pedido da questão, veja que “se valeu” rege a preposição
“de”, a qual inicia o objeto indireto “do qual”. A expressão “pelo qual” é o
adjunto adverbial de causa (o escritor se notabilizou por causa do estilo
retórico). Agora, devemos verificar qual das alternativas, ao trocarmos verbo
e termo regido, mantém a correção gramatical.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “recorreu” rege a preposição
“a” e o termo “a que” é o objeto indireto. O pronome relativo “que” é o
sujeito, “fez” é o verbo transitivo direto, “escritor baiano” é o objeto direto e
“notável” é o predicativo do objeto: o estilo retórico fez o escritor baiano
notável.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “incorreu” rege a preposição
“em”. Veja:
“Ruibarbosismo” é um neologismo no qual incorreu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico com que se afamou o escritor baiano.
A alternativa (C) está errada, pois o pronome “cujo” só pode ser usado
quando houver valor de posse e estiver entre substantivos. Assim, o correto é
sua substituição por “que”:
“Ruibarbosismo” é um neologismo a que recorreu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico o qual celebrizou o escritor baiano.
A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “uso” rege a preposição
“de”. Além disso, o pronome “cujo” só pode ser usado quando houver valor de
posse e estiver entre substantivos. Assim, o correto é sua substituição por
“que”. Como o pronome relativo “que” é o sujeito, não pode ser
preposicionado, e o verbo “deu” rege a preposição “a”, a qual inicia o objeto
indireto “ao escritor baiano”:
“Ruibarbosismo” é um neologismo de que fez uso o autor do texto para
lembrar o estilo retórico que deu notabilidade ao escritor baiano.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome “cujo” só pode ser usado
quando houver valor de posse e estiver entre substantivos. Assim, o correto é
sua substituição por “que”:

“Ruibarbosismo” é um neologismo em que incorreu o autor do texto para


lembrar o estilo retórico com o qual se propagou o escritor baiano.
Gabarito: A

Questão 39: TRT-RJ 9ªR 2013 – Analista Judiciário (banca FCC)


Em 1992, a indústria cinematográfica do país entrou numa crise ...... só
começou a se recuperar na segunda metade da década de 1990. (Adaptado de
Eduardo Bueno, op.cit.)
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
(A) a qual
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Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o
substantivo posterior admitir artigo “a”, haverá crase. Além disso, se houver a
preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “a”
(=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase.
Veja as frases abaixo e procure entendê-las com base no nosso
esquema.
1. Obedeço à lei.
2. Obedeço ao código.
3. Tenho aversão à atividade manual.
4. Tenho aversão ao trabalho manual.
5. Refiro-me àquela casa.
6. Refiro-me àquele livro.
7. Refiro-me àquilo.
8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita.
9. Esta é a casa à qual me referi.

Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição


“a”, e o substantivo “lei” é feminino e admite artigo “a”, por isso há crase.
Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo
posterior é masculino, por isso não há crase.
Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a
preposição “a” e o substantivo “atividade” admitiu o artigo feminino “a”.
Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo
masculino, por isso não há crase.
Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes
demonstrativos “aquela”, “aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é
artigo), por isso há crase.
Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a”
inicial (não é artigo) e “a” tem valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências
de crase.
Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a
qual” é iniciado por artigo “a”, por isso há crase.
Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral,
estando no singular ou plural, e por isso não admite artigo “a”. Outras vezes
esse substantivo recebe palavra que não admite artigo antecipando-a, por isso
não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto
exige o objeto indireto:

Os substantivos “leis”, “lei” estão em


Obedeço a leis. sentido geral, por isso não recebem
artigo “as”, “a” e não há crase. Na
Obedeço a lei e a regulamento.
segunda frase, o que ratificou o sentido
geral foi o substantivo masculino
“regulamento” não ser antecedido do
artigo “o”.

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Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o
verbo (que exige a preposição “a”) por outro que exija preposição diferente;
para evitar a confusão da preposição com o artigo. Veja:
Fui à Bahia. Fui a Sergipe. Fui a Roma.
Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”.
Veja:
Vim da Bahia. Vim de Sergipe. Vim de Roma.
Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer
somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também
permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe Fui a Sergipe).
Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é
sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à”
(Vim da Bahia Fui à Bahia).
Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar,
determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando
colocamos uma locução adjetiva ou algum outro determinante que o
caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a
preposição “a”, ocorrerá a crase. Veja:
Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo.
(Viemos de Brasília ... de São Paulo)

Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.


(Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa)
Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros
casos.
c. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa
de meus sonhos; pintei a casa de azul etc). Porém, quando há um sentido de
deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo. Mas isso não
será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá:
Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”?
Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”?
Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”.
Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-
se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo.
Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja:
Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”?
Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”?
Naturalmente usamos as segundas opções, correto?
Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a
preposição “para” tem o mesmo valor da preposição “a”; na sua substituição,
podemos ter crase.

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Veja:

Vou para casa. Vou para a casa da Amélia.


a+a
Vou a casa. Vou à casa da Amélia.
O bom filho volta a casa todos os dias.
O bom filho volta à casa dos pais todos os dias.
Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial
maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo
de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma,
poderá ocorrer a crase:
Prestar à Casa as devidas homenagens.
d. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo
normalmente.
A terra é boa! Ele vive da terra!
Assim, haverá crase:
O agricultor dedica-se à terra.
Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”.
Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão:
Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)
Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e,
consequentemente, crase. Veja:
Viajou em visita à terra dos antepassados.
Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)
e. Na locução à uma, significando “unanimemente, conjuntamente”, haverá
crase. Veja:
Os sindicalistas responderam à uma: greve já!
Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição “a”.
Agora, veremos a locução adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui
a estrutura interna com a preposição.
Exemplo: Estive aqui de manhã.
Note que a locução adverbial “de manhã” ocorreu sem exigência do
verbo, pois poderíamos dizer “Estive aqui.” Esta locução tem uma composição
própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por preposição “a”
seguida de nome feminino que admitisse artigo “a”, haveria crase.
Exemplo: Estive aqui à noite.

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Assim, vamos à estrutura da locução adverbial:


preposição + artigo + nome

à noite
à tarde à noite à direita às claras
às escondidas à toa à beça à esquerda
às vezes às ocultas à chave à escuta
à deriva às avessas às moscas à revelia
à luz à larga às ordens às turras

Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que


especificam o momento de um evento, com o núcleo expresso com o
substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido “a”, “as”.
à meia-noite, à uma hora às duas horas às três e quarenta.
Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo
futuro:
Isso acontece a qualquer hora. Estarei lá daqui a duas horas.
Veja a diferença nas frases abaixo:
A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala)
A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada)
A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes)
No último caso, não há locução adverbial, o verbo “há” marca tempo
decorrido. Vimos isso na concordância, lembra?
Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve
ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo
também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase:
A reunião será de 9 a 10 horas. A reunião será das 9 às 10 horas.
Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também não
receberá. (de 9 a 10 horas).
Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9
às 10 horas).
Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode
estar expressa ou subentendida; por isso, deve-se tomar muito cuidado:
Pedimos uma pizza à moda da casa.
Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de)
Pedimos arroz à grega. (à moda)
Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo,
as quais não possuem crase por não transmitirem modo.

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Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre
nocionais e iniciam locução adverbial:
à beira de à sombra de à exceção de à força de
à frente de à imitação de à procura de à semelhança de
O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam
meio ou instrumento, desde que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela;
escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta a (à) chave;
repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem
a crase. Tudo isso depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o
meio podem ser especificados ou não com o artigo “a”.
Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois
os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido:
cara a cara; frente a frente, etc.
A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à
medida que, à proporção que:
À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria.
À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando.
Perceba uma diferença muito importante: “às vezes” e “as vezes”.
Às vezes você me olha diferente.
Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez
em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de
tempo e há crase.
Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma
especificação do momento:
As vezes que te vi, fiquei extasiado.
Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou
oração adjetiva. Portanto, tome cuidado!
Crase Facultativa
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é
opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino.
Casos em que a crase é facultativa:
a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”:
O visitante foi até a sala do Diretor.
O visitante foi até à sala do Diretor.
A sessão prolongou-se até à meia-noite.
A sessão prolongou-se até a meia-noite.
b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a
crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular.
Refiro-me à minha amiga.
Crase facultativa
Refiro-me a minha amiga.
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Refiro-me às minhas amigas. Crase obrigatória
Refiro-me a minhas amigas. Crase proibida

c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome


for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa:
Refiro-me à Madalena.
Refiro-me a Madalena.
Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha
intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase,
salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo.
O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz.
O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze.
Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida.
Para isso, basta apenas relembrarmos a estrutura-padrão da crase.
Agora, vamos praticar!
Questão 43: TRE SP 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)
O Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP foi criado em agosto de 1999 e tem
por objetivo a execução de ações...
O segmento sublinhado estará corretamente substituído, com o sentido
preservado, por:
(A) visa à
(B) propõe-se da
(C) promove à
(D) reivindica à
(E) promulga a
Comentário: A expressão “tem por objetivo” tem a mesma intenção
comunicativa e mesmo sentido da expressão “visa à”. Além disso, devemos
notar que o verbo “visa”, neste sentido, é transitivo indireto e rege a
preposição “a”. Como o substantivo “execução” é precedido do artigo “a”,
ocorre a crase.
Assim, a alternativa (A) é a correta.
A alternativa (B) está errada, pois não tem o mesmo sentido e o verbo
“propõe” não rege a preposição “de”.
As alternativas (C) e (D) estão erradas, pois os verbos são transitivos
diretos e não regem a preposição “a”.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “promulga” não apresenta o
mesmo sentido da expressão em destaque.
Gabarito: A

Questão 44: TRT 11ªR 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


Atente para as frases abaixo, redigidas a partir de frases do texto
modificadas.
I. O Brasil não figura entre os países mais suscetíveis à catástrofes
naturais.
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II. Em alguns locais, existe uma suscetibilidade natural à ocorrência de
desastres, como secas, enchentes e deslizamentos.
III. Certas atitudes relacionadas à cultura humana podem impactar o
desfecho final de uma situação de risco.
O sinal de crase está empregado corretamente APENAS em
(A) II.
(B) III.
(C) II e III.
(D) I e III.
(E) I e II.
Comentário: A frase I está errada, pois “suscetíveis” rege a preposição “a”,
mas “catástrofes” não está precedido de artigo “as”. Assim, há apenas
preposição e não cabe crase. Dessa forma, excluímos as alternativas (D) e
(E).
A frase II está correta, pois “suscetibilidade” rege a preposição “a” e o
substantivo “ocorrência” é precedido do artigo “a”. Assim, há crase e
eliminamos também a alternativa (B).
A frase III está correta, pois “relacionadas” rege a preposição “a” e o
substantivo “cultura” é precedido do artigo “a”. Assim, há crase e eliminamos
também a alternativa (A) e sabemos que a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 45: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: 1º§: Além disso, do manual de instruções de um
aparelho eletrônico à numeração das linhas de ônibus, passando pelo desenho
das vias urbanas, pelos impostos escorchantes e pelas regras que somos
obrigados a obedecer – inclusive nos atos mais simples, como o de andar a pé
−, há uma evidente arbitrariedade, às vezes melíflua, às vezes violenta, que
se insinua no cotidiano.
(...)
3º§: Para nós, o progresso transformou as cidades em confusas
aglomerações, nas quais a opressão viceja.
Atente para as afirmações abaixo.
I. A vírgula colocada imediatamente após o travessão (1º parágrafo) pode
ser suprimida, sem prejuízo da correção e do sentido.
II. Sem prejuízo da correção, o segmento nas quais (3º parágrafo) pode
ser substituído por “em que”.
III. A crase é facultativa no segmento do manual de instruções de um
aparelho eletrônico à numeração das linhas de ônibus. (1º parágrafo)
Está correto o que consta APENAS em
(A) III.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) II.

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Comentário: A primeira afirmação está errada, pois a expressão entre
travessões “– inclusive nos atos mais simples, como o de andar a pé –” é um
comentário à parte do autor e a vírgula em seguida fecha uma estrutura
adverbial intercalada iniciada pelo gerúndio “passando”. Assim, não se pode
excluir essa vírgula. Veja:
Além disso, do manual de instruções de um aparelho eletrônico à numeração
das linhas de ônibus, passando pelo desenho das vias urbanas, pelos impostos
escorchantes e pelas regras que somos obrigados a obedecer – inclusive nos
atos mais simples, como o de andar a pé −, há uma evidente arbitrariedade,
às vezes melíflua, às vezes violenta, que se insinua no cotidiano.
A segunda afirmação está correta, pois, na oração “nas quais a opressão
viceja”, o pronome relativo “as quais” pode ser substituído por “que”. A
contração “nas” mostra que a preposição “em” precede tal pronome.
A terceira afirmação está errada, pois a crase é obrigatória no segmento
do manual de instruções de um aparelho eletrônico à numeração das linhas de
ônibus. Note que a contração “do”, em “do manual”, apresenta a preposição
“de”, que marca o início de uma transição, e o artigo “o”, o qual determina o
substantivo “manual”. Em “à numeração”, há a fusão “à”, a qual apresenta a
preposição “a”, que marca limite de uma transição.
Assim, por paralelismo, se o substantivo “manual” admitiu o artigo “o”,
o substantivo “numeração” também admitirá artigo.
Dessa forma, a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E

Questão 46: TRT 23ªR 2016 Técnico-Judiciário (banca FCC)


O acento indicativo de crase está empregado corretamente em:

(A) A assinatura digital atende à várias finalidades, das quais se destaca a


verificação da autoria do documento.
(B) À esta assinatura eletrônica que usa algoritmos de criptografia
assimétrica, dá-se o nome de assinatura digital.
(C) Destinada à resguardar a integridade de um documento, a assinatura
digital usa a criptografia.
(D) A assinatura digital destina-se à preservação da autoria de documentos
eletrônicos.
(E) A assinatura digital é útil à todas as pessoas que desejam proteger seus
documentos eletrônicos.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “atende” rege a
preposição “a”, mas o substantivo “finalidades” encontra-se no plural e não
está precedido do artigo “as”. Assim, há apenas preposição. Veja a correção:
A assinatura digital atende a várias finalidades, das quais se destaca a
verificação da autoria do documento.
A alternativa (B) está errada, porque o pronome demonstrativo “esta”
não admite ser precedido de artigo. Veja a correção:

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A esta assinatura eletrônica que usa algoritmos de criptografia assimétrica,
dá-se o nome de assinatura digital.
A alternativa (C) está errada, porque verbo não admite ser precedido de
artigo “a”, por isso não pode haver crase.
Veja a correção:
Destinada a resguardar a integridade de um documento, a assinatura digital
usa a criptografia.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo pronominal “destina-se” rege
a preposição “a” e o substantivo “preservação” é precedido do artigo “a”.
Assim, há crase.
A assinatura digital destina-se à preservação da autoria de documentos
eletrônicos.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome indefinido “todas” não
admite ser precedido de artigo, por isso não pode haver crase. Veja a
correção:
A assinatura digital é útil a todas as pessoas que desejam proteger seus
documentos eletrônicos.
Gabarito: D

Questão 47: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados
em:
(A) Ele não se dispõe à abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e meia fica
atento às histórias que lhe narram.
(B) Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos
eletrônicos com cujos se entretêm.
(C) A conexão da qual eles permanecem interligados permite-lhes
conversarem todo o tempo à muita distância.
(D) As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos,
competem com os meios da informática.
(E) Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da
narração em cuja se acha envolvida.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver crase diante
de verbo. Na segunda ocorrência, o adjetivo “atento” rege a preposição “a” e
o substantivo “histórias” é precedido do artigo “as”.
Ele não se dispõe a abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e meia fica
atento às histórias que lhe narram.
A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “cujo” não admite
ser imediatamente seguido de pronome. Assim, o pronome relativo correto
deve ser “que”. Quanto ao emprego do acento grave em “àqueles”, ele está
correto, haja vista que o verbo “falta” é transitivo indireto e rege a preposição
“a”. O segundo “a” é a vogal que inicia o pronome demonstrativo “aqueles”.
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Lembre-se de que o sujeito é “tempo” e o objeto indireto é “àqueles meninos
estudiosos”.
Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos
eletrônicos com que se entretêm.
A alternativa (C) está errada, pois, na oração “da qual eles permanecem
interligados”, o adjetivo “interligados” rege a preposição “em” ou “a”, e não
“de”. Além disso, o pronome indefinido “muita” não permite ser precedido do
artigo “a”.
A conexão na qual eles permanecem interligados permite-lhes conversarem
todo o tempo a muita distância.
A alternativa (D) é a correta. Na oração adjetiva “a cuja mágica
oralidade sentimo-nos presos”, há o sujeito oculto “nós”, o verbo transitivo
direto “sentimos”, o objeto direto “nos” e o predicativo do objeto “presos”, o
qual rege a preposição “a”, que precede o complemento nominal “a cuja
mágica oralidade”. O verbo intransitivo “competem” é seguido do adjunto
adverbial de meio “com os meios da informática”. Confirme:
As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos,
competem com os meios da informática.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome relativo “cuja” não pode
ser imediatamente seguido de pronome. Assim, cabe o pronome relativo
“que”. Quanto ao emprego do acento grave em “à plateia”, há correção, haja
vista que o verbo “Cabe” é transitivo indireto e rege a preposição “a” e o
substantivo “plateia” é precedido do artigo “a”.
Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da narração
em que se acha envolvida.
Gabarito: D

Questão 48: TRF 3ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


O sinal indicativo de crase está empregado corretamente em:
(A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma brisa de
contentamento.
(B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de abraçar uma
árvore gigante.
(C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que me propusera
para o dia.
(D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas que hoje vivem
em São Paulo.
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradição de se
abraçar árvore.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o artigo indefinido “uma” não
admite ser precedido do artigo definido “a”. Veja a correção:
Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais a uma brisa de
contentamento.

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A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “induziu” rege a preposição
“a” e o pronome demonstrativo “aquela” inicia-se com a vogal “a”, por isso o
emprego do acento indicativo de crase está correto.
A alternativa (C) está errada, pois não pode haver crase diante de
verbo.
Veja a correção:
Antes do fim da manhã, dediquei-me a escrever tudo o que me propusera
para o dia.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome “todas” é seguido
somente do artigo “as”, por isso não cabe crase. Veja a correção:
A paineira sobreviverá a todas as 18 milhões de pessoas que hoje vivem em
São Paulo.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome demonstrativo “essa” não
admite ser precedido do artigo definido “a”. Veja a correção:
Acho importante esclarecer que não sou afeito a essa tradição de se abraçar
árvore.
Gabarito: B

Questão 49: TRT 14ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


No que se refere ao emprego do acento indicativo de crase e à colocação do
pronome, a alternativa que completa corretamente a frase O palestrante deu
um conselho... é:
(A) à alguns jovens que escutavam-no.
(B) à estes jovens que o escutavam.
(C) àqueles jovens que o escutavam.
(D) à juventude que escutava-o.
(E) à uma porção de jovens que o escutava.
Comentário: As alternativas (A), (B) e (E) estão erradas, pois os pronomes
“alguns”, “estes” e o artigo indefinido “uma” não admitem serem precedidos
do artigo definido “a”ou “as”. Assim, não cabe crase.
Além disso, o verbo “deu” rege a preposição “a” e o pronome
demonstrativo “aqueles” é iniciado pela vogal “a”, e o substantivo feminino
“juventude” admite ser precedido do artigo “a”. Assim, cabe crase.
Porém, a alternativa (D) deve ser excluída, pois o pronome relativo
“que” é palavra atrativa e força a próclise. Veja as alternativas que precisam
da devida correção:
O palestrante deu um conselho a alguns jovens que o escutavam.
O palestrante deu um conselho a estes jovens que o escutavam.
O palestrante deu um conselho à juventude que o escutava.
O palestrante deu um conselho a uma porção de jovens que o escutava.
Gabarito: C

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Questão 50: ManausPrev 2015 Técnico Previdenciário (banca FCC)
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido em:
(A) ...nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos...
(B) ...não está à mercê dos botânicos...
(C) ...não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados...
(D) ...incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade...
(E) Renunciamos assim às árvores...
Comentário: Se a questão pede o sinal indicativo de crase que pode ser
suprimido, facilmente subentendemos que se quer a crase facultativa.
Na alternativa (A), a crase é obrigatória, haja vista que a locução
prepositiva “à feição de” é precedida da preposição “a” e o substantivo
“feição” é precedido do artigo “a”.
Na alternativa (B), a crase é obrigatória, haja vista que a locução
prepositiva “à mercê de” é precedida da preposição “a” e o substantivo
“mercê” é precedido do artigo “a”.
Na alternativa (C), a crase é obrigatória, pois o verbo “incorpora” rege a
preposição “a” e o substantivo “atmosfera” é precedido do artigo “a”.
A alternativa (D) apresenta o pronome possessivo feminino e singular
“nossa”. Assim, a crase é facultativa.
Na alternativa (E), a crase é obrigatória, pois o verbo “Renunciamos”
rege a preposição “a” e o substantivo “árvores” é precedido do artigo “as”.
Gabarito: D

Questão 51: TRT 19ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


... que podem representar uma das principais ameaças à conservação do
ecossistema ...
O sinal indicativo de crase deverá permanecer, como no exemplo acima, caso
o segmento grifado seja substituído por:
(A) cada componente da biodiversidade.
(B) alguma das espécies ameaçadas.
(C) qualquer ser vivo da floresta.
(D) respeito das condições do ambiente.
(E) recente pesquisa de medicamentos.
Comentário: O substantivo “ameaças” rege a preposição “a” e “à
conservação do ecossistema” é o complemento nominal, cujo núcleo é o
substantivo feminino “conservação”, o qual é precedido de artigo “a”. Assim,
há crase.
A questão pede para substituirmos o complemento nominal (com
exceção de “à”) por uma expressão dentre as alternativas. Assim, devemos
saber que só haverá acento indicativo de crase se o núcleo deste novo
complemento nominal for um substantivo feminino e que admita o artigo “a”.
As alternativas (A) e (C) estão erradas, porque, além de os pronomes
indefinidos “cada” e “qualquer” não admitirem ser precedidos de artigo, os
substantivos “componente” e “ser” são masculinos.
A alternativa (B) está errada, porque o pronome indefinido “alguma” não
admite ser precedido de artigo.
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A alternativa (D) está errada, porque o substantivo “respeito” é
masculino.
A alternativa (E) é a correta, pois o substantivo “pesquisa” é feminino e
admite o artigo “a”. Assim, há crase. Veja:
... que podem representar uma das principais ameaças à recente pesquisa de
medicamentos ...
Gabarito: E

Questão 52: TRT 19ª R 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem prejuízo
para a correção e o sentido original do texto, em:
(A) ... à opressão e ao obscurantismo...
(B) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade.
(C) ... em continuidade à miséria...
(D) ... e a submetê-la à sua vontade.
(E) ... que impõe à sociedade um padrão único...
Comentário: A questão cobra a crase facultativa, a qual ocorre diante do
pronome possessivo feminino singular “sua”, na alternativa (D). Tal pronome
admite a omissão do artigo “a”. Assim, cabem as duas construções:
... e a submetê-la à sua vontade.
ou
... e a submetê-la a sua vontade.
Gabarito: D

Observação: Nesta aula, não houve possibilidade de inserção de questões


cumulativas de revisão, tendo em vista não aumentar ainda mais a aula.

O que devo tomar nota como mais importante?

 Objeto direto “o, a, os, as”; objeto indireto “lhe, lhes”.


 Estrutura VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI.
 Entender o uso de “cujo” e suas variações.
 Diferenciar as funções sintáticas do pronome relativo.
 A estrutura-base da crase!

Grande abraço!!!
Professor Terror

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Questão 1: DPE RS 2011 – Superior (banca FCC)


Qual das alternativas expressa linguagem culta e a linguagem informal,
respectivamente?
(A) "Assistir à televisão" e "visar a um objetivo".
(B) "Atender o telefone" e "responder a pergunta".
(C) "Responder à pergunta" e "assistir à televisão".
(D) "Responder a pergunta" e "visar um objetivo".
(E) "Visar a um objetivo" e "atender o telefone".

Questão 2: TST 2012 Analista Judiciário – Área Judiciária (banca FCC)


“O que definia o século XIX era a mudança: mudança em termos de e em
função dos objetivos das regiões dinâmicas do Atlântico norte, que eram, à
época, o núcleo do capitalismo mundial.”
Estrutura que considera, como a destacada acima, corretamente as regências,
encontra-se em frases que seguem, com EXCEÇÃO desta única:
(A) Comprovou que e alegou de que os documentos eram originais.
(B) Segurou o menino com e pela mão esquerda.
(C) Por conta de e para saldar as dívidas, penhorou seu único imóvel.
(D) Necessitava de e exigia os documentos que haviam ficado retidos
indevidamente.
(E) Os estados se unificaram em e por uma sólida confederação.

Questão 3: ManausPrev 2015 Técnico Previdenciário (banca FCC)


Encontra-se o mesmo tipo de complemento que o sublinhado no segmento
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da
Amazônia... em:
(A) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em
preto e vermelho.
(B) ... que dispunha de diversas peças...
(C) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia...
(D) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909.
(E) ...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”...

Questão 4: TRE RR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


O jogador busca o sucesso pessoal ...
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sublinhados acima,
está em:
(A) É indiscutível que no mundo contemporâneo...
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(B) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas ...
(C) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano.
(D) A solução para muitos é a reconversão em técnico ...
(E) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros.

Questão 5: TRT 19ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do grifado acima está em:
(A) ... a perda de ambientes naturais é maior numa região...
(B) ... a maior parte está no Brasil...
(C) ... as florestas de várzea sofrem mais com a ocupação humana.
(D) ... que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats...
(E) ... que detém 69% da área coberta pela floresta.

Questão 6: TRT 19ª R 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase
acima está em:
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras...
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador.

Questão 7: ALEPA 2013 Consultor Legislativo (banca FCC)


Havia por esse tempo a revolução de São Paulo ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está empregado em:
(A) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e
Amélia do Rego Cavalcanti, seus pais ...
(B) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra ...
(C) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio.
(D) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens ...
(E) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores.

Questão 8: DPE RS 2013 Técnico-Administrativo (banca FCC)


... o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua
popularidade.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
(A) Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada
de certos personagens ...
(B) Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932 ...

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(C) ... o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação
do seu Estado natal.
(D) Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905 ...
(E) A obra do ficcionista [...] abrange duas etapas ...

Questão 9: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)


E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade
empenhada?
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está empregado em:
(A) Houve um sonho monumental...
(B) Nada superará a beleza...
(C) Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família...
(D) No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil.
(E) Brasília [...] resultara em alguma decepção.

Questão 10: SERGIPE GÁS S.A. 2013 Administrador (banca FCC)


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
(A) ... astros que ficam tão distantes ...
(B) ... que a astronomia é uma das ciências ...
(C) ... que nos proporcionou um espírito ...
(D) ... cuja importância ninguém ignora ...
(E) ... onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

Questão 11: DPE SP 2013 Administrador de Redes (banca FCC)


... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
(A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza.
(B) ... eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais
robustos.
(C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro,
quem...
(D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí...
(E) ... em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e
colaborador...

Questão 12: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


Em 1949, quando o pai morreu, Manoel herdou suas terras em Corumbá.
Pensou inicialmente em vender as terras, mas a mulher convenceu Manoel a
restabelecer raízes no Pantanal. Por ocasião do lançamento de "O Guardador
das Águas", que daria a Manoel o seu primeiro Prêmio Jabuti, afirmou: "Entre

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o poeta e a natureza ocorre uma eucaristia”.
Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
(A) vendê-las − convenceu-o − lhe daria
(B) vender-lhes − convenceu-lhe − daria-lhe
(C) as vender − convenceu-lhe − o daria
(D) vendê-las − lhe convenceu − daria-no
(E) vender-lhes − o convenceu − lhe daria

Questão 13: ManausPrev 2015 Analista (banca FCC)


Considere:
recuperar esse valor intrínseco
mostram numerosas oportunidades
compreender seus mecanismos
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
(A) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes
(B) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los
(C) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender
(D) o recuperar − mostram-lhes − os compreender
(E) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los

Questão 14: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não
é uma orientação formal; o que constitui esses grupos, o que traça os
contornos desses grupos, são as afinidades individuais.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por
(A) lhes determina − lhes constitui − traça-lhes os contornos
(B) os determina − constitui-lhes − os traça seus contornos
(C) os determina − os constitui − lhes traça os contornos
(D) determina-lhes − os constitui − traça a seus contornos
(E) determina-os − constitui-os − os traça contornos

Questão 15: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)


As leis? Ora, como são os homens que elaboram as leis, eles usam essas leis a
seu favor, dão a essas leis um caráter coercitivo, tornam essas leis um
instrumento de penalização das mulheres adúlteras.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
(A) elaboram-nas − usam-lhes − dão-lhes − tornam-lhes
(B) as elaboram − usam-nas − dão-nas − as tornam
(C) elaboram-lhes − as usam − lhes dão − lhes tornam

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(D) elaboram-nas − lhes usam − dão a elas − tornam-lhes
(E) as elaboram − usam-nas − dão-lhes − tornam-nas

Questão 16: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


A educação para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem essa
educação para a cidadania os que pretendem praticar a educação para a
cidadania sem dotar a educação para a cidadania da visibilidade das atitudes
públicas.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os segmentos
sublinhados, respectivamente, por:
(A) comprometem-lhe − praticá-la − dotar-lhe
(B) comprometem ela − praticar-lhe − dotá-la
(C) comprometem-na − praticá-la − dotá-la
(D) comprometem a mesma − a praticar − lhe dotar
(E) comprometem a ela − lhe praticar − a dotar

Questão 17: TRT 19ªR 2014 Analista Judiciário Área Judiciária (banca FCC)
cruzando os desertos do oeste da China − que contornam a Índia − adotam
complexas providências
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em:
(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam

Questão 18: TRF 3ª R – 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.
... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça...
... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
(A) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
(B) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
(C) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
(D) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
(E) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los

Questão 19: TRT 2ª R – 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... (3º
parágrafo)

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A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das
frases abaixo, quando o termo nela sublinhado for substituído pelo pronome
que lhe corresponde. Essa frase é:
(A) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial
colaboração.
(B) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem.
(C) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário.
(D) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os
rapazes.
(E) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção.

Questão 20: TRT 2ªR – 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma
argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um
princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma
instância caprichosa.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados por, respectivamente,
(A) substituir-lhe - atribuindo-o - tomá-lo
(B) substituí-la - atribuindo-lhe - tomá-lo
(C) substituí-la - lhe atribuindo - tomar-lhe
(D) substituir a ela - atribuindo a ele - lhe tomar
(E) substituir-lhe - atribuindo-lhe - tomar-lhe

Questão 21: TRT 16ªR – 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria
reger as leis humanas.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os
elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) desrespeitam a elas − destituem-nas − deveria reger-lhes
(B) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las
(C) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
(D) lhes desrespeitam − destituem-lhes − deveria regê-las
(E) desrespeitam-nas − destituem-nas − as deveria reger

Questão 22: ALEPA 2013 Consultor Legislativo (banca FCC)


A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada corretamente em:
(A) uma editora desconhecida [...] publicaria a novela = uma editora
desconhecida lhe publicaria
(B) o que consolidou sem dúvida a posição do estreante = o que sem dúvida
lhe consolidou

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(C) seus livros trazem [...] uma nova e definitiva chancela editorial = seus
livros trazem-la
(D) que iria acrescentar a essas heranças = que lhes iria acrescentar
(E) o livro mereceu [...] o prêmio = o livro mereceu-no

Questão 23: DPE RS 2013 Técnico-Administrativo (banca FCC)


A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada corretamente em:
(A) contingência de ocupar empregos medíocres = contingência de lhes
ocupar
(B) que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento = que recebeu-
na
(C) passou a exercer uma intensa atividade literária = passou a exercê-la
(D) demonstram a solução ideal = demonstram-la
(E) outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento = outra que
lhe compreende

Questão 24: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)


A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) acreditava incutir o ardor = acreditava incuti-lo
(B) Nada superará a beleza = Nada lhe superará
(C) não correspondera a seu sonho = não lhe correspondera
(D) resolve o problema da vida = resolve-o
(E) para ilustrar essa perplexidade = para ilustrá-la

Questão 25: DPE SP 2013 Oficial de Defensoria Pública (banca FCC)


A substituição do termo grifado por um pronome, com as necessárias
alterações, foi efetuada de modo INCORRETO em:
(A) facilitaram a ida das pessoas ao campo = facilitaram-na
(B) fazer o novo = fazê-lo
(C) revela uma nova beleza = revela-a
(D) usar objetos do cotidiano = usá-los
(E) os que tomaram esse rumo = os que tomaram-lhe

Questão 26: DPE SP 2013 Administrador de Redes (banca FCC)


A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os
necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) mostrando o rio = mostrando-o.
(B) como escolher sítio = como escolhê-lo.
(C) transpor [...] as matas espessas = transpor-lhes.
(D) Às estreitas veredas [...] nada acrescentariam = nada lhes
acrescentariam.
(E) viu uma dessas marcas = viu uma delas.

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Questão 27: SERGIPE GÁS 2013 S.A. Administrador (banca FCC)
Considerados os necessários ajustes, a substituição do elemento grifado pelo
pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) Atingimos [...] a consciência de nossa força = Atingimo-la.
(B) cada eclipse acarreta [...] despesas suplementares = cada eclipse as
acarreta.
(C) que são [...] estranhos às nossas lutas = que lhes são estranhos.
(D) jamais desempenharão qualquer papel = jamais o desempenharão.
(E) Mas isso seria abordar a questão = Mas isso seria abordar-lhe.

Questão 28: TRT 14ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


Considere o texto abaixo.
O rio Madeira banha os estados de Rondônia e do Amazonas. I esse nome,
pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície
florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta. É um dos principais
rios da bacia do Amazonas e II já foram dedicados textos literários, muitos
III possuem grande valor artístico.
As lacunas I, II e III do texto acima devem ser preenchidas, correta e
respectivamente, com:
I II III
(A) Deram-no para ele os quais
(B) Deram-lhe a ele dos quais
(C) Deram-lhe ante ele aos quais
(D) Deram-no dele pelos quais
(E) Deram-lhe nele nos quais

Questão 29: ManausPrev 2015 Técnico Previdenciário (banca FCC)


O elemento em destaque está empregado corretamente em:
(A) As obras de arte de que se tenta retratar a natureza, emprestam-lhe voz
humana.
(B) A árvore é símbolo recorrente com que fazemos uso para falar de meio
ambiente.
(C) A natureza, por cuja preservação lutamos, nega-se, no entanto, a ser
domesticada.
(D) Natureza e arte não são elementos estanques, esta faz a que melhor
compreendamos aquela.
(E) Cada vez mais o mundo tecnológico nos afasta da natureza em que
fazemos parte.

Questão 30: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


A expressão a que preenche adequadamente a lacuna da seguinte frase:
(A) Garantir uma educação de boa qualidade é quase tão importante quanto
garantir a pureza do ar ...... aspiramos.
(B) Há quem ainda ache que os valores ...... os jovens são submetidos no
convívio familiar tenham mais peso que os cultivados por seus colegas.
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(C) A influência ...... exercem os jovens entre si, no interior dos grupos,
acaba sendo fundamental para a formação de todos.
(D) Muito leitor do texto ficará curioso para saber como era a formação ......
se propagava nas comunidades ancestrais.
(E) Poucos são os jovens ...... venham aproveitar-se dos benefícios de uma
boa formação escolar num estabelecimento privado.

Questão 31: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na
seguinte frase:
(A) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa
que retrata é uma das características nas quais seus filmes se
distinguem.
(B) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se
agarram para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha
mostrado qualquer inclinação.
(C) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou,
são chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento
mais apressado.
(D) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo
a ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.
(E) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não
mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a
singularidade de cuja as pessoas são portadoras.

Questão 32: TRE 3ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


Está correto o emprego do elemento sublinhado na seguinte frase:
(A) Os museus e os monumentos são instituições aonde algum aprendizado
da história sempre se dá.
(B) Os debates da Assembleia Nacional, à que se refere o autor, foram
calorosos.
(C) As casas dos nobres de cujas se lançaram os revoltosos foram
saqueadas.
(D) O tempo com que frequentemente nos importamos não é o passado, mas
o futuro.
(E) Há no passado muitas lições históricas em cujas podemos aprender.

Questão 33: TRT 19ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


E são estes poemas mesmo um canto comovido à terra de que ele esteve
segregado.
A expressão grifada acima deverá preencher corretamente a lacuna existente
em:
(A) Na época ...... o poeta esteve preso a regras, seus versos perderam
muito em emoção lírica.
(B) O artificialismo ...... se prendem alguns poetas compromete a sincera
expressão de seus sentimentos.
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(C) A obra ...... se fala contém versos que demonstram o verdadeiro lirismo
de seu autor.
(D) Os estímulos ...... um poeta compõe sua obra se originam na realidade
vivida e transformada por ele.
(E) Despertam emoção aqueles versos ...... traduzem a sensibilidade de um
reconhecido poeta.

Questão 34: TRF 3ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio
de ação das sereias...
Sem prejuízo para a correção e o sentido original, o segmento grifado acima
pode ser corretamente substituído por:
(A) à qual
(B) em que
(C) cuja
(D) a que
(E) da qual

Questão 35: TRT 2ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


Quando se dizia "livro", todos entendiam um objeto de peso e volume,
composto de folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro, nas quais
se gravavam a tinta palavras ou imagens.
A expressão acima destacada é equivalente à sublinhada na seguinte frase:
(A) As folhas rubricadas, as quais entreguei à secretária, foram anexadas ao
prontuário.
(B) As urnas em que foram depositados os votos foram lacradas pela
diretoria do clube.
(C) Os rapazes de quem foram gravados os depoimentos foram entrevistados
ontem.
(D) O livro de onde retirei a citação está emprestado.
(E) As janelas sob as quais foram gravadas as cenas eram pintadas de verde.

Questão 36: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


A construção da frase eu pressuponho esse futuro com o qual nada me
autoriza a contar permanecerá correta caso se substitua o elemento
sublinhado por
(A) de cujo pouco posso prever.
(B) por quem nada posso antecipar.
(C) do qual nada me é dado esperar.
(D) perante o qual não sei avaliar.
(E) em cujo nada posso desconfiar.

Questão 37: TRT 16ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


As lacunas da frase Um prefácio ...... nossa inteira atenção esteja
voltada certamente conterá qualidades ...... força é impossível resistir
preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos seguintes elementos:

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(A) para o qual − a cuja
(B) ao qual − de cuja a
(C) com o qual − por cuja
(D) aonde − de que a
(E) por onde − das quais a

Questão 38: TRT 1ªR 2013 Técnico Judiciário (banca FCC)


“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) a que recorreu - que fez notável.
(B) do qual incorreu - com que se afamou.
(C) a cujo recorreu - o qual celebrizou.
(D) em que fez uso - em cujo deu notabilidade.
(E) em cujo incorreu - com o qual se propagou.

Questão 39: TRT-RJ 9ªR 2013 – Analista Judiciário (banca FCC)


Em 1992, a indústria cinematográfica do país entrou numa crise ...... só
começou a se recuperar na segunda metade da década de 1990. (Adaptado de
Eduardo Bueno, op.cit.)
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
(A) a qual
(B) a que
(C) na qual
(D) onde
(E) da qual

Questão 40: DPE RS 2013 Analista (banca FCC)


O elemento sublinhado constitui uma falha de redação na frase:
(A) O espírito de competição pelo qual se deixa empolgar acabará levando-o
à loucura.
(B) Trata-se de um artista de cujas qualidades ninguém deixa de acreditar.
(C) Parecia-lhe preferível perder a competição com dignidade a ganhá-la com
desonra.
(D) Manuel Bandeira, cuja poesia logo me encantou, foi um lírico
originalíssimo.
(E) Durante a competição, a vitória da qual ele estava confiante escapou-lhe
inteiramente das mãos.

Questão 41: DPE SP 2013 Oficial de Defensoria Pública (banca FCC)


Durante uma exposição dos impressionistas no Salão de Paris, o pintor Claude
Monet apresentou um quadro .... nome era "Impressão: Sol nascente".

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Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
(A) onde o
(B) no qual
(C) cujo
(D) o qual
(E) do qual

Questão 42: SERGIPE GÁS 2013 Administrador (banca FCC)


Investir nas redes sociais, ...... participam mais de 500 milhões de usuários,
tem se mostrado uma estratégia positiva para a sobrevivência da indústria
fonográfica.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
(A) na qual
(B) de que
(C) com que
(D) a qual
(E) que

Questão 43: TRE SP 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


O Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP foi criado em agosto de 1999 e tem
por objetivo a execução de ações...
O segmento sublinhado estará corretamente substituído, com o sentido
preservado, por:
(A) visa à
(B) propõe-se da
(C) promove à
(D) reivindica à
(E) promulga a

Questão 44: TRT 11ªR 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


Atente para as frases abaixo, redigidas a partir de frases do texto
modificadas.
I. O Brasil não figura entre os países mais suscetíveis à catástrofes
naturais.
II. Em alguns locais, existe uma suscetibilidade natural à ocorrência de
desastres, como secas, enchentes e deslizamentos.
III. Certas atitudes relacionadas à cultura humana podem impactar o
desfecho final de uma situação de risco.
O sinal de crase está empregado corretamente APENAS em
(A) II.
(B) III.
(C) II e III.
(D) I e III.
(E) I e II.

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Questão 45: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto:
1º§: Além disso, do manual de instruções de um aparelho eletrônico à
numeração das linhas de ônibus, passando pelo desenho das vias urbanas,
pelos impostos escorchantes e pelas regras que somos obrigados a obedecer –
inclusive nos atos mais simples, como o de andar a pé −, há uma evidente
arbitrariedade, às vezes melíflua, às vezes violenta, que se insinua no
cotidiano.
(...)
3º§: Para nós, o progresso transformou as cidades em confusas
aglomerações, nas quais a opressão viceja.
Atente para as afirmações abaixo.
I. A vírgula colocada imediatamente após o travessão (1º parágrafo) pode
ser suprimida, sem prejuízo da correção e do sentido.
II. Sem prejuízo da correção, o segmento nas quais (3º parágrafo) pode
ser substituído por “em que”.
III. A crase é facultativa no segmento do manual de instruções de um
aparelho eletrônico à numeração das linhas de ônibus. (1º parágrafo)
Está correto o que consta APENAS em
(A) III.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) II.

Questão 46: TRT 23ªR 2016 Técnico-Judiciário (banca FCC)


O acento indicativo de crase está empregado corretamente em:
(A) A assinatura digital atende à várias finalidades, das quais se destaca a
verificação da autoria do documento.
(B) À esta assinatura eletrônica que usa algoritmos de criptografia
assimétrica, dá-se o nome de assinatura digital.
(C) Destinada à resguardar a integridade de um documento, a assinatura
digital usa a criptografia.
(D) A assinatura digital destina-se à preservação da autoria de documentos
eletrônicos.
(E) A assinatura digital é útil à todas as pessoas que desejam proteger seus
documentos eletrônicos.

Questão 47: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados
em:
(A) Ele não se dispõe à abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e meia fica
atento às histórias que lhe narram.
(B) Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos
eletrônicos com cujos se entretêm.
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(C) A conexão da qual eles permanecem interligados permite-lhes
conversarem todo o tempo à muita distância.
(D) As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos,
competem com os meios da informática.
(E) Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da
narração em cuja se acha envolvida.

Questão 48: TRF 3ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


O sinal indicativo de crase está empregado corretamente em:
(A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma brisa de
contentamento.
(B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de abraçar uma
árvore gigante.
(C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que me propusera
para o dia.
(D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas que hoje vivem
em São Paulo.
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradição de se
abraçar árvore.

Questão 49: TRT 14ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


No que se refere ao emprego do acento indicativo de crase e à colocação do
pronome, a alternativa que completa corretamente a frase O palestrante deu
um conselho... é:
(A) à alguns jovens que escutavam-no.
(B) à estes jovens que o escutavam.
(C) àqueles jovens que o escutavam.
(D) à juventude que escutava-o.
(E) à uma porção de jovens que o escutava.

Questão 50: ManausPrev 2015 Técnico Previdenciário (banca FCC)


O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido em:
(A) ...nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos...
(B) ...não está à mercê dos botânicos...
(C) ...não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados...
(D) ...incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade...
(E) Renunciamos assim às árvores...

Questão 51: TRT 19ª R 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


... que podem representar uma das principais ameaças à conservação do
ecossistema ...
O sinal indicativo de crase deverá permanecer, como no exemplo acima, caso
o segmento grifado seja substituído por:
(A) cada componente da biodiversidade.
(B) alguma das espécies ameaçadas.
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Português para TST
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 6
(C) qualquer ser vivo da floresta.
(D) respeito das condições do ambiente.
(E) recente pesquisa de medicamentos.

Questão 52: TRT 19ª R 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem prejuízo
para a correção e o sentido original do texto, em:
(A) ... à opressão e ao obscurantismo...
(B) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade.
(C) ... em continuidade à miséria...
(D) ... e a submetê-la à sua vontade.
(E) ... que impõe à sociedade um padrão único...

1. E 2. A 3. A 4. B 5. E 6. E 7. E 8. E 9. E 10. D
11. A 12. A 13. B 14. C 15. E 16. C 17. D 18. E 19. D 20. B
21. E 22. D 23. C 24. B 25. E 26. C 27. E 28. B 29. C 30. B
31. D 32. D 33. C 34. B 35. B 36. C 37. A 38. A 39. E 40. B
41. C 42. B 43. A 44. C 45. E 46. D 47. D 48. B 49. C 50. D
51. E 52. D

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