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A cidade é um verdadeiro mosaico, o tecido urbano é marcado por lutas e por

interesses diversos esse processo cria “lugares” e “silêncios”. Provido disso este
trabalho tem como objetivo compreender a construção do espaço “periférico” de
Itabuna, cidade no interior sul baiano. Com as experiências e as memórias dos
moradores dos bairros Fátima, João Soares e Parque Boa Vista, procuraremos debater o
processo de “urbanização” e “modernização” bem como os processos de ocupação
territorial da “periferia”. Com conceito de espaço e prática de Certeau tentaremos
confrontar os “projetos” modernizantes da prefeitura de Itabuna, composto pelos
códigos de obras (1979), lei de parcelamento do solo (1984), código de posturas urbanas
(1985), com as práticas populares na periferia, especificamente alguns lugares “anti-
modernos”: a feira livre, o bar e os prostíbulos. Esses lugares são fundamentais para a
dinâmica do espaço cotidiano, a feira livre é o lugar da troca, de cultura popular e de
resistência, usaremos a feira para debater a cidade legal x cidade ilegal, a fim de
compreender a historicidade da cidade e o sistema fundiário urbano. Com o bar nossa
problemática são as metamorfoses desses estabelecimentos, que ora aparentam ser
mercearias ou mercadinhos e aos domingos um ponto de lazer e sociabilidade, com o
bar em evidência, buscaremos confrontar as posturas ditas pela prefeitura como
“civilizadas” e as práticas cotidianas desse espaço, nesse mesmo tom nos enveredamos
na noite periférica, onde os “bregas” tornam-se os lugares de lazer e divertimento dando
aos próprios bares novas configurações. Escolhemos como temporalidade o período de
1980 a 2000, esse período de vinte anos acontece diversos entrecruzamentos
importantes para a pesquisa, do ponto de vista nacional temos a nova república e a
constituição de 1988, a nível regional temos os projetos urbanizantes, a crise do cacau e
o êxodo rural. Toda essa mudança coloca o espaço urbano novamente em disputa. Para
abordar essa disputa cotidiana da cidade nos utilizamos de entrevistas orais, jornais de
circulação municipal e dos planos urbanos supracitados. As fontes orais são nossas
principais fontes para compreender o cotidiano urbano dos moradores periféricos, esses
sujeitos são providenciais, afinal é na trajetória de cada um que podemos compreender
os espaços sociais e, consequentemente, o espaço urbano. A pesquisa tentará retratar as
sociabilidades juntamente com “táticas” aplicadas pelos moradores dos bairros,
exemplificando o uso do espaço público, por meio das práticas cotidianas e o uso dos
espaços privados, por meios das formas de vivência construídas nesse cotidiano. Desta
maneira procuraremos descortinar mais uma pequena peça desse mosaico urbano

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