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Prémio Leaders & Achievers-Flecha Diamante 2017 PMR Africa

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Manuel de Araújo ao SAVANA:

Naíta Ussene

Centrais

Relatório final Kroll e os contornos da burla


A máfia dos pagamentos da EMATUM Pág. 2 e 3
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TEMA DA SEMANA
2 Savana 08-09-2017

Amadorismo ou truque para esconder dívidas?

MAM não encontrou nadadores – revela Kroll


O
relatório completo da Como já era possível vislumbrar
firma de investigação no sumário executivo do relatório
Kroll às dívidas ocultas da auditoria independente, o rela-
expõe o amadorismo tório completo sugere que foram
grosseiro com que os projectos cometidos graves ilícitos crimi-
financiados pelos dois biliões de nais, administrativos e civis pelos
dólares avalizados pelo anterior agentes da operação, incluindo
Governo moçambicano foram pelos bancos estrangeiros, nome-
montados. adamente o Credit Suisse.

Numa das passagens do documen- As contas da EMATUM


to, na posse de algumas entidades Numa análise feita à situação fi-
e a que o SAVANA teve acesso, nanceira da Ematum, a equipa
podem ler-se situações hilariantes de auditoria revela que a empresa
como a falta de pessoas que sabem dispõe de pelo menos nove contas
nadar para receberem formação. bancárias, duas das quais no BIM,
Citando uma correspondência cinco no BCI, e uma cada no BNI
trocada entre a MAM, que be- e Mozabanco. Estas contas foram
neficiou de USD535 milhões abertas entre 12 de Setembro de
das chamadas dívidas ocultas, e o 2013 e 3 de Março de 2015.
fornecedor, a Prinvivest (sedeada A equipa de auditoria diz que fez
em Abu Dhabi e pertencente ao uma análise dos saldos de todas
franco-libanês Iskandar Safa, um as contas bancárias, fazendo uma
empresário na esfera das relações Vista frontal das instalações da MAM em Pemba, que nunca chegaram a funcionar
comparação com os extractos for-
da família Guebuza), a Kroll diz necidos pela empresa. “As contas
que a formação de pessoal que iria estão a ser geridas por um peque- sivos, nos primeiros meses do ano expõe à incerteza em relação ao denominadas em meticais reflec-
conduzir os navios não avançou no grupo de agentes do SISE, que, seguinte. reembolso desse dinheiro. tem fielmente os dados compara-
porque aquela empresa não en- liderados por António Carlos do A Kroll diz que não encontrou ra- De todos eles, o BCI é o que mais tivos dos extractos fornecidos pela
controu ninguém capaz de nadar. Rosário, foram contratar créditos zões para que a MAM e a EMA- dinheiro emprestou ao envelope empresa”, diz o relatório.
“Para os 12 cursos básicos que o ao arrepio das normas e na cala- TUM contratassem sem concurso das dívidas ocultas, entregando 55 Acrescenta, contudo, que a conta
fornecedor devia realizar na Es- da das instituições que deveriam a Privinvest para o fornecimento domiciliada no Mozabanco não
milhões de dólares, seguindo do
cola Naval de Pemba, a MAM ter tomado conhecimento de uma do equipamento que as três em- consta dos livros da empresa, ape-
Moza Banco, com 46 milhões de
só apresentou candidatos para operação de tal envergadura. presas acordaram, optando pelo sar do facto de duas prestações so-
dólares.
três cursos. Os candidatos que a A MAM falhou sucessivamen- ajuste directo. bre o empréstimo da Ematum te-
O BIM emprestou 37,200 mi-
MAM apresentava para formação te na indicação de pessoal para A Kroll diz também que o indiví- rem sido pagas a partir de fundos
lhões de dólares e o ABC, sete desta conta em Março e Setembro
não preenchiam os requisitos de formação, apesar de o fornecedor duo “A” não deu nenhuma expli- milhões de dólares. Contudo, os
ingresso, incluindo conhecimento ter enviado formadores a Maputo cação sobre as razões que levaram de 2014.
números não jogam com os apu- A tabela 48 do relatório de audi-
da língua inglesa, não sabendo se- para o efeito. à selecção da Privinvest para os
rados pelo SAVANA. Apurámos toria documenta entradas de mais
quer nadar”, diz o relatório com- O documento é peremptório fornecimentos que esta efectuou
que o Moza antes de ser inter- de 96 milhões de dólares para as
pleto, com 254 páginas. quando diz que as três empresas nem se mais empresas terão sido
vencionado tinha 30 milhões de diversas contas da Ematum, in-
Um email enviado por um re- não geraram nenhuma receita contactadas para o efeito.
operacional, desde que iniciaram “A Kroll entende que todo o pro- dólares da Ematum e Proíndicus e cluindo mais de 55 milhões de dó-
presentante do fornecedor ao
indivíduo “A” (António Carlos as suas actividades depois de 2013. cesso de contratação dos forne- o BIM tem 50 milhões de dólares lares provenientes do SISE, e
do Rosário) explica que a MAM Durante a auditoria, foram iden- cedores foi conduzido contra a da MAM. acima de 11 milhões de dóla-
devia indicar 100 candidatos para tificadas inúmeras falhas de gestão legislação moçambicana”, lê-se no
formação, mas tal não aconteceu, e a violação flagrante da legislação texto.
devido à incapacidade da empresa. moçambicana. As auditorias levadas a cabo pela
Por outro lado, a MAM não ga- A Kroll diz que encontrou difi- Ernest & Young às contas da
rantiu o acesso e a reabilitação da culdades na obtenção de infor- Ematum e MAM de 2013 e 2014
Escola Naval de Pemba, onde as mação e documentos de suporte, não ficaram completas, porque o
acções formativas iriam decorrer. o que demonstra, por exemplo, a indivíduo “A” e as direcções das
A empresa falhou sucessivamen- violação do artigo 42 do Código duas empresas não forneceram os
te na indicação de pessoal para Comercial. documentos necessários para esse
formação, apesar de o fornecedor As facturas entregues pelas três fim.
ter enviado formadores a Maputo empresas à Kroll não dão infor- O mesmo aconteceu para os exer-
para o efeito. mação suficiente que permita ve- cícios de 2015 e 2016, desta vez
rificar a fiabilidade dos preços e envolvendo as contas da Proíndi-
Gestores leigos serviços e não permitem uma con- cus. Tabela 48: Análise de fundos recebidos pela EMATUM
A Kroll diz que a MAM, EMA- tabilidade correcta O indivíduo “A” alegou muitas ve-
TUM e Proíndicus são geridas Alguns activos, como os navios zes que as informações solicitadas
por pessoas que não parecem pos- Ocean Eagles, não estão regis- pela Kroll sobre despesas eram
suir as qualificações e habilidades
necessárias para assegurar a viabi-
lização dos projectos confiados às
tados na contabilidade da Ema-
tum e duas empresas subsidiárias
da MAM, nomeadamente a MS
classificadas, não podendo ser dis-
ponibilizadas.
As três empresas não entregaram
Compra-se
Um (espaço) terreno, vivenda ou
três companhias. Pemba e PS Maputo, não estão aos auditores documentos sobre
Por exemplo, o indivíduo “A” afir- inscritas na contabilidade da em- contratos de crédito, ou quando o
mou aos auditores que não tem presa fizeram, não tinham data, assina-
nenhuma experiência para a im-
plementação de uma infra-estru-
Por outro lado, as empresas não
deram informação suficiente para
tura e eram incompletos.
A Kroll também não conseguiu
geminada nas zonas da coop, central,
tura da natureza atribuída às três provar que possuem um inven- obter os contratos de fornecimen-
empresas. tário dos seus activos, conforme to e os que conseguiu não tinham Polana, Museu, Malhangalene Alto-
Ademais, o pessoal responsável exigido pelo Código Comercial data, assinatura e eram incomple-
pelas operações correntes das três
firmas também tem falta de co-
moçambicano.
Nenhuma das três empresas for-
tos.
O documento refere ainda que Mae e sommerschield. Pagamento
nhecimento sobre a actividade que neceu registos de balanço credí- quatro bancos moçambicanos
deve desenvolver.
A análise dos documentos das três
veis, contrariando o artigo 30 do
Código Comercial que exige ba-
também foram aliciados para a
aventura, emprestando 145,2 mi-
imediato. Contacto 847256171.
empresas indica que as mesmas lanços anuais com activos e pas- lhões de dólares, operação que os
TEMADA
TEMA DASEMANA
SEMANA
Savana 08-09-2017 3

dólares foram pagos àquilo que o


relatório identifica como “entida-
des não identificadas”. Negócio Eni-Exxon Mobil

Governo já espreita
A tabela 50 contém uma lista de
11 indivíduos não identificados
no relatório, que beneficiaram dos
395.670 dólares acima referidos.
Os pagamentos a estes indivíduos
variam entre 95.050 e 5.922 dó-
lares. É preciso lembrar que, no
os USD354,4 milhões

O
quadro da auditoria às chamadas Conselho de Ministros deu o sim ao negócio entre as multi-
dívidas ocultas, a Procuradoria nacionais italiana ENI e norte-americana Exxon Mobil, no
Tabela 49: Análise de pagamentos feitos pela Ematum Geral da República (PGR) solici- valor de USD2,8 biliões, sobre a Área 4 da Bacia do Rovuma.
tou a quebra do sigilo bancário do Em conferência de imprensa que se seguiu à sessão semanal
antigo Presidente da República, do Conselho de Ministros, a ministra da Energia e Recursos Minerais,
Armando Guebuza, e de outras Letícia Klemens, disse que para a viabilização do negócio, aquele ór-
17 figuras ligadas ao seu gabine- gão aprovou alterações ao contrato de concessão da exploração de gás
te, incluindo também dois filhos, natural da área 4 da Bacia do Rovuma.
Letícia Klemens afirmou que o Estado moçambicano espera arreca-
nomeadamente, Mussumbuluco
dar até final do ano USD354,4 milhões em mais-valias, confirmando
Guebuza e Dambi Guebuza.
informações que vinham sendo veiculadas desde o início do ano em
“Um conjunto de pagamentos curso.
foi feito a indivíduos identifica- “Para que entrassem no mercado moçambicano, era preciso que o Go-
dos, incluindo o indivíduo A”, diz verno aprovasse este acordo. As grandes vantagens estão relacionadas
o relatório. “Pagamentos foram com a robustez da nova empresa que entra para a exploração do gás,
igualmente feitos a favor de uma visto ser detentora de uma larga experiência técnico-financeira”, de-
conta bancária em nome do in- clarou Klemens.
divíduo AG, que é possivelmente Ao abrigo do acordo que as duas empresas rubricaram em Março do
(cônjuge) do titular Z, indivíduo ano em curso, a ENI cedeu à Exxon 37,3% das acções que detinha na
Z. A PGR explicou que a conta concessão da Área 4 da Bacia do Rovuma.
7DEHOD&RQWpPXPDOLVWDGHLQGLYtGXRVQmRLGHQWLÀFDGRVQRUHODWyULRTXH
EHQHÀFLDUDPGRVGyODUHV em nome do indivíduo AG seria A arrecadação das mais-valias será um balão de oxigénio para o Go-
verno moçambicano, acossado por uma aguda escassez de tesouraria,
res provenientes do Tesouro, entre gamentos num valor ascendente a possivelmente uma conta conjun-
provocada por uma multiplicidade de factores e exacerbada pela des-
19 de Setembro de 2013 e 20 de 99 milhões de dólares. ta com o indivíduo Z”.
coberta no ano passado de dívidas de dois biliões de dólares que o
Janeiro de 2017. Existem várias Deste montante mais de 2,1 mi- Pela descrição do papel de cada anterior Governo moçambicano avalizou secretamente entre 2013 e
notas que explicam as circunstân- lhões de dólares foram gastos em um dos intervenientes, deduz-se 2014.
cias em que tais montantes foram salários. Um total de 395.670 que o indivíduo “A” seja António As garantias foram prestadas à revelia da Assembleia da República e
transferidos para as contas da em- dólares foram pagos a indivíduos Carlos do Rosário, na altura Di- dos principais doadores do Orçamento do Estado, que suspenderam
presa. identificados pelos auditores, mas rector de Inteligência Económica a ajuda ao país, condicionamento o reatamento do apoio a uma audi-
Por outro lado, durante o mesmo cujos nomes foram omitidos no do SISE, o actor principal de todo toria independente.
período, a Ematum fez vários pa- relatório. Mais de 7,2 milhões de o negócio das dívidas ocultas.
TEMA DA SEMANA
4 Savana 08-09-2017

Depois que a ditadura de voto da Frelimo voltou a emperrar no Parlamento

Conselho Constitucional posto à prova


Por Armando Nhantumbo


Resta aguardar, tranqui- resolução que a aprova” refere a Pri-
lamente, pela decisão do meira Comissão, que sublinha que
Conselho Constitucional”. a correcção efectuada pelo Gover-
É assim como o Fórum de no está de acordo com as normas
internacionais, a legislação interna
Monitoria do Orçamento (FMO)
aplicável, bem como os princípios
reage ao parecer desfavorável à ve-
contabilísticos.
rificação da constitucionalidade da
Conta Geral do Estado (GCE) de CC é incompetente
2014, emitido, esta terça-feira, pela A Comissão dos Assuntos Consti-
Assembleia da República (AR), tucionais, Direitos Humanos e de
com ditadura de voto da bancada Legalidade foi mais longe ao afirmar
maioritária da Frelimo. que não compete ao CC apreciar
questões prejudiciais relativas à va-
É o mais recente capítulo das cha- lidade de Contratos Internacionais
madas dívidas ocultas. Na semana do Estado Moçambicano, mas sim
em que as atenções estavam viradas apreciar e declarar a inconstitucio-
ao relatório integral da Kroll sobre nalidade das leis e a ilegalidade dos
as chamadas dívidas ocultas, que até actos normativos dos órgãos do Es-
aqui circula em círculos bastante res- tado.
tritos, a AR veio a público, através “O Contrato de Mútuo, celebrado
do porta-voz da Comissão Perma- entre a EMATUM, SA e os seus
nente, Mateus Katupha, se pronun- credores, o Grupo Credit Suisse, fir-
ciar sobre a notificação do FMO em mado no estrangeiro, entre o Estado
relação à dívida da Empresa Mo- Moçambicano e entidades privadas,
çambicana de Atum (EMATUM). com nacionalidade estrangeira, é
Deputados da Frelimo na AR acabam de dar mais um voto a favor da dívida da EMATUM um contrato jurídico-privado inter-
É preciso recuar para 5 de Julho de
2017, quando o FMO, uma plata- Frelimo não recua constitucionais, pois a resolução que EMATUM, avales de um emprésti- nacional regulado pelo Direito dos
forma de monitoria da gestão das formaliza a dívida da EMATUM mo acima do limite fixado no artigo conflitos – o Direito Internacional
Antes de se posicionar sobre a peti-
finanças públicas, que congrega 19 se conforma com a Constituição da 11 da Lei nº 1/2013 (Lei que aprova Privado” argumenta o órgão, acres-
ção do FMO, com duas mil assina-
organizações da sociedade civil, sub- centando que, “no caso em apreço,
turas [conforme a lei] o CC pediu República e o quadro legal vigente o Orçamento do Estado para 2013)
meteu, ao Conselho Constitucional constata-se a existência duma ques-
ao Parlamento para que se posicio- no país. e sem prévia autorização da AR, mas
(CC), uma petição requerendo a tão prejudicial que consiste em ave-
nar sobre o requerimento e, com 12 “A Comissão considera que o pedi- vêem razões para declaração de in-
riguar da validade do controvertido
fiscalização da constitucionalidade votos da Frelimo, contra cinco da do de declaração de inconstitucio- constitucionalidade, alegadamente, Contrato Internacional de Mútuo,
ou legalidade do artigo 1, da reso- Renamo e do MDM, a Primeira nalidade ou ilegalidade … é impro- porque a inclusão desse empréstimo sendo certo que, neste tipo de con-
lução nº 11/2016, de 22 de Agosto Comissão, a dos Assuntos Consti- cedente, pois não se considerando a na CGE de 2014 é por mera correc- tratos internacionais do Estado, os
de 2016, da AR, que aprova a CGE tucionais, Direitos Humanos e de CGE de 2014 nula … entendemos ção e registo contabilístico, à luz da privados dispõem de garantias inter-
referente ao exercício económico de Legalidade voltou a emitir um voto não ser nula a resolução que a apro- Lei nº 9/2002, de 12 de Fevereiro, nacionais, incluindo foros especiais
2014, inscrevendo a dívida da EMA- favorável, tal como fez em outras va” refere o parecer da Comissão que cria o Sistema de Administração arbitrais, que os protegem da possi-
TUM. ocasiões, como em sede da Comis-
presidida pelo deputado Edson Ma- Financeira do Estado (SISTAFE). bilidade de o Estado contratante in-
Com um empréstimo de USD 850 são Parlamentar de Inquérito (CPI)
cuácua. “Não se considerando a CGE de vocar o seu Direito público interno,
milhões contraído no banco suíço sobre a dívida pública e na aprovação
da resolução que aprova a CGE de Os deputados da Frelimo reco- 2014 nula, face aos argumentos para não cumprir as suas obrigações
Credit Suisse, a EMATUM é uma nhecem que o executivo cometeu apresentados, entende a Comissão jurídico-privadas internacionais,
das três empresas moçambicanas 2014, com a dívida da EMATUM
inclusa. É preciso lembrar que a infracção financeira ao conceder, à que, por conseguinte, não é nula a como pretendem os Requerentes”.
que contraíram dívidas calculadas
em mais de USD 2 mil milhões, em- Primeira Comissão é dirigida por

Ninguém deve pagar dívidas ilegais


purrando o país à maior crise finan- Edson Macuácua, antigo porta-voz
ceira dos últimos 25 anos. do Presidente Armando Guebuza.
Macuácua, que participou nesta de-
Com a petição de Julho último, o

N
liberação, foi forçado a abandonar a
FMO pretende é a declaração de
Comissão Parlamentar de Inquérito, o princípio da tarde des- sucessiva submetido pelo FMO, é convincente a compreensão da
inconstitucionalidade da inscrição
que investigava as dívidas ocultas, ta quarta-feira, o SA- senão vejamos: o número 2 do ar- AR que aponta para o facto de
da dívida da EMATUM na GGE
por incompatibilidade. É que no VANA contactou De- tigo 245 da Constituição da Re- a Resolução não constituir acto
de 2014 por entender que o emprés-
período em que as dívidas foram nise Namburete, cabeça pública de Moçambique (CRM) normativo por não estar sujeito à
timo é ilegal, visto que foi contraí-
contraídas, Macuácua era porta-voz de lista da notificação submetida refere que compete ao CC, entre promulgação pelo Presidente da
do pelo Governo à revelia e por ser do então Presidente Guebuza e a ao CC, que não escondeu o seu outros, fiscalizar actos normati- República (PR)” disparou.
superior ao tecto máximo de garan- oposição entendia que esteve ligado inconformismo com o parecer da vos.    O artigo 143 da CRM re- No seu posicionamento, emitido
tias e avales autorizados para aquele ao centro das decisões, pelo que não AR. Sem entrar em detalhes, por- fere que as Resoluções da AR são 24 horas depois de a Comissão
ano (2013), que estava fixado em devia fazer parte das investigações. que o FMO ainda se encontrava actos normativos. Aliás, o número Permanente da AR ter se pro-
183.500 mil Meticais, qualquer coisa Em parecer n° 15/2017, de 25 de a preparar o posicionamento, 1 do artigo 144 diz que os actos nunciado, publicamente, sobre
como USD 5 milhões. Agosto, a Primeira Comissão decla- Namburete lamentou, ao nosso jurídicos devem ser publicados o assunto, o FMO lembra que o
“As constatações [na altura do sumá- ra improcedente do pedido do FMO Jornal, que o Parlamento tives- sob pena de ineficácia jurídica.  E Parlamento foi ouvido, em sede
rio executivo da auditoria às dívidas por entender que, ao aprovar a Reso- se reeditado os mesmos erros do na alínea a) do mesmo artigo 144, de contraditório e, naturalmente,
ocultas] levaram as organizações lução nº 11/2016, de 22 de Agosto, passado sobre as dívidas ocultas. número 1 da CRM, diz que Re- manteve as posições que tinha
membros do FMO a formular uma a AR não violou as suas obrigações E seis horas depois, recebíamos o solução da AR só tem eficácia tomado em sede de CPI sobre a
petição, que tem como objectivo exi- posicionamento no qual o FMO jurídica quando publicada. Logo Dívida Pública, e na Resolução
gir a fiscalização do acto legislativo mantém a sua convicção de que os é um acto jurídico” contra-ataca que é atacada, pelo que, estranho
que levou à inscrição das dívidas actos que foram postos em causa o FMO, para quem, o parecer n° seria se agora viesse reconhecer as
ilegais na Conta Geral do Estado” e a resolução que os pretendeu 15/2017 da AR só vem confirmar suas fragilidades.
disse, na ocasião, Denise Namburete, “branquear” são inconstitucionais. que houve, de facto, violação da “O FMO reafirma que nenhum
em representação do FMO. Para aquela plataforma da socie- lei no processo de avalização da moçambicano deve estar sujeito
Namburete explicou que o FMO dade civil, resta é aguardar, tran- dívida da EMATUM. a pagar dívidas contraídas sem a
requereu apenas a fiscalização da quilamente, pela decisão do Con- O Fórum pronunciou-se, ainda observância das normas vigentes
inscrição da dívida da EMATUM selho Constitucional. “Esse sim, do entendimento da AR, segun- da República de Moçambique
por ser a única que já foi publica- com competência para se pro- do o qual uma Resolução repre- e, sobretudo, que esse financia-
da no Boletim da República (BR), nunciar sobre a matéria contro- senta apenas um “acto político”. mento tenha sido contratado sem
a publicação oficial do país. Mas vertida” diz, contrariando a AR Para aquela plataforma, esse pa- uma consulta prévia aos cidadãos
aquela plataforma da sociedade civil que, no seu parecer, precisou que rece um olhar selectivo à jurispru- nacionais, através dos seus repre-
prometeu requerer também a fiscali- o CC é incompetente na matéria. dência. sentantes na Assembleia da Re-
zação de constitucionalidade da ins- “Contrariamente à leitura feita “Parece-nos problemático e, so- pública” assinala aquele conjunto
crição das dívidas da Proindicus e da Edson Macuácua, o antigo porta- pela AR, o CC é competente para bretudo, resultado de uma inter- de 19 organizações da sociedade
MAM, logo que as respectivas CGE voz de Guebuza que hoje preside a apreciar o pedido de fiscalização pretação criativa. Ao FMO não civil.
forem publicadas no BR. Primeira Comissão
Savana 08-09-2017 5
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SOCIEDADE
6 Savana 08-09-2017

0RQRSyOLRGD/$0SRUXPÀR"
Por Abílio Maolela e Sheila Magumane

O
monopólio das Linhas e aeródromos disponíveis para que suscitaram o interesse das trans-
Aéreas de Moçambique qualquer operador registado possa portadoras, faltando ainda adjudi-
(LAM) e da sua subsidi- operar e desenvolver o seu negócio. car 64 trajectos.
ária, Moçambique Ex- “As ferramentas estão cá e as bar- Nas rotas alocadas, destaca-se a
presso (MEX), no transporte aéreo reiras foram removidas”, sublinhou. expansão do mercado da LAM,
de passageiros, ao nível interno, que pretende voar para as cidades
parece ter os dias contados. Competitividade à vista brasileiras de São Paulo e Rio de
A Ethiopian Airlines é uma das Janeiro, assim como para Istambul,
Pela primeira vez, na história do maiores e prestigiadas companhias na Turquia.
país, duas companhias aéreas es- africanas, voando para mais de 100 O regulador da aviação civil mo-
trangeiras poderão operar no mer- destinos, com destaque para cida- çambicana prometeu lançar mais
cado nacional, em concorrência des europeias e asiáticas. um concurso, dentro de 60 dias,
com a companhia de bandeira. Em 2016 foi considerada a quar- para a alocação destas rotas.
A gigante africana Ethiopian Air- ta melhor companhia de África, Analisando o número de passagei-
lines e a recém-criada Malawi Air- atrás da South African Airways, ros que embarcam nos aeroportos
lines (na sequência da liquidação Air Seychelles e da Air Mauritius, nacionais por ano (cerca de um
da Air Malawi) são as transporta- numa avaliação feita pela consulto- milhão), o vice-director executivo
ra britânica Skytrax. da CTA diz haver necessidade de
doras internacionais seleccionadas
Até Agosto deste ano, a companhia se criarem mais condições para que
para operarem em Moçambique.
tinha uma frota de 79 aeronaves, as empresas operem, pois o núme-
Ethiopian Airlines controla 49%
entre Airbus, Boeings e Bombar- ro ainda é bastante reduzido para
da Malawi Airlines, contra 51% do diers e é considerada a maior esco- atrair mais empresas.
Estado malawiano. la de formação de pilotos ao nível
A companhia etíope poderá ter continental.
carreiras em todo o território na- Entra Malawi Airlines e sai
A entrada desta companhia no Fly Africa
cional, enquanto a malawiana vai mercado doméstico é vista como Se a transportadora etíope é uma
operar alguns destinos. um teste à capacidade de gestão, as-
João Abreu anunciando a abertura do mercado nacional para outras gigante africana, o mesmo não se
A novidade foi tornada pública, sim como de criatividade da LAM
companhias aéreas pode dizer da companhia malawia-
esta semana, pelo Presidente do num mercado concorrencial. de Moçambique (CTA), Casti- mendável que, numa viagem de na.
Conselho de Administração do A companhia de bandeira, que go Nhamane, a entrada de novas uma hora, a passagem não ultrapas- A Malawi Airlines é a mais recente
Instituto de Aviação Civil de Mo- opera com sete aeronaves, tem sido companhias aéreas no mercado sasse um determinado valor (USD companhia aérea daquele país vizi-
çambique (IACM), João Abreu, alvo de muitas críticas por parte doméstico irá “aliviar o sufoco do 60 a USD 70, nos mercados inter- nho, criada, em 2013, na sequência
quando anunciava os resultados do dos utentes, devido à baixa quali- passageiro moçambicano que, para nacionais, equivalente a 3600 MT da dissolução da Air Malawi.
concurso lançado por aquela insti- dade de serviços prestados, que vai além de pagar caro, os serviços da ou 4200 MT)”, disse Abreu. A companhia é detida em 51% pelo
tuição em Abril passado. desde os atrasos dos voos até à per- companhia de bandeira deixam a Quanto mais operadores aparece- Estado malawiano e em 49% pela
João Abreu revelou ainda que três da de bagagens. desejar”. rem com custos estruturais mais Ethiopian Airlines e voa para sete
companhias nacionais foram apu- O caso mais gritante deu-se em Por sua vez, o director-executivo da baixos, continuou, o serviço será destinos.
radas no concurso, nomeadamente, Março último, quando centenas de agremiação dos empresários, Edu- mais económico. É preciso notar Internamente, a companhia can-
os CFM-Transportes e Trabalhos passageiros permaneceram mais de ardo Sengo, entende que a entra- que um dos itens que concorrem didatou-se para explorar sete rotas
14 horas em terra, nos Aeroportos da da companhia etíope permitirá para o aumento dos custos das pas- (Beira, Chimoio, Tete, Quelimane,
Aéreos, a Transportes e Trabalhos
de Maputo, Lichinga e Nampula, o aumento de fluxo de turistas no sagens aéreas é o sistema dos “scan- Nacala, Lichinga e Pemba), todas
Aéreos e a Solenta.
devido aos problemas mecânicos país, pois “poderá operar com cus- ners” não intrusivos da Kudumba, com partida na cidade de Maputo.
As três companhias vão operar nas Até 2016, a companhia operava
nas aeronaves. tos competitivos”. uma firma detida em 35% pela SPI,
chamadas rotas selectivas. A LAM Na altura, das sete aeronaves, três é com menos de cinco aeronaves,
e a MEX também concorreram, o braço empresarial do partido Fre-
que se encontravam operacionais, Preços competitivos limo.
porém, esse facto não assusta João
tendo-lhes sido alocadas todas as facto que levou muitos passageiros Os constantes atrasos e adiamentos Abreu que afirma estar em condi-
No entanto, as novas companhias
carreiras nacionais disponíveis. a pedirem o reembolso do valor dos dos voos da LAM não são os úni- ções de operar, no país.
devem ainda suprir algumas exi- “Das 17 companhias que operam
João Abreu considerou ser um ga- bilhetes. cos problemas que a companhia de gências, para começarem a operar no país, estas são as que têm mus-
nho para o país a entrada de novos Treze dias depois desse episódio, bandeira enfrenta. no mercado doméstico. culatura operacional e financeira”,
operadores aéreos, assinalando que o Presidente da República, Fili- A maior barreira está relacionada “A Ethiopian Airlines e a Malawi revelou João Abreu.
irá contribuir na melhoria da quali- pe Nyusi, visitou a empresa, onde com as tarifas cobradas pela com- Airlines deverão efectuar o registo Com o anúncio destas companhias,
dade dos serviços prestados. manifestou o seu desagrado com a panhia nacional que são bastante como empresas nacionais e licen-
gestão da companhia, tendo subli- o SAVANA quis saber em que es-
“É nossa expectativa que outras altas, chegando, em alguns casos, a ciarem-se como operadoras aéreas tágio estava o licenciamento da Fly
empresas venham. A nossa expec- nhado a necessidade de se “negociar superar as pagas nas viagens inter- nacionais. Os CFM e a TTA, por Africa, uma operadora de capitais
tativa é abrir cada vez mais o mer- a bandeira” para que a mesma “não nacionais. seu turno, deverão regularizar o seu da Nova Zelândia que, até Março,
cado, atrair as companhias para dar rebente”. Curiosamente, o concur- João Abreu explicou que as tarifas licenciamento”, diz o IACM. estava na quarta fase do processo.
uma melhor oportunidade de esco- so público foi lançado 13 dias após estão liberalizadas no território na- As transportadoras têm 180 dias O Presidente do IACM revelou
lha ao utente”, disse aquele gestor, esta visita. cional, estando ao critério dos ope- que aquela companhia se propunha
para o efeito.
mostrando-se também preocupado radores. “A certificação e o licenciamen- a voar com três boeings, faliu.
com a pouca participação das em- Patrões satisfeitos “Elas têm a ver com a estrutura to não levam 180 dias e para as “A Fly Africa faliu. Pesa-me o fac-
presas. Para o vice-presidente da Confede- da própria companhia e os custos companhias estruturadas, como a to de ter feito a publicidade dessa
O país, prosseguiu, tem aeroportos ração das Associações Económicas agregados. Por exemplo, era reco- Ethiopian Airlines, a documenta- companhia. No nosso país ficou
ção exigida, em três meses, estará na fase quatro, mas no Zimbabwe
pronta para operar”, esclareceu a e na Namíbia voava. Os dados que
fonte, sublinhado a necessidade de temos indicam que ela não está a
registo nacional. operar”, disse.
Não será a primeira vez que a LAM
Aliás, a falta de registo nacional fez
terá um concorrente no mercado
com que a companhia malawiana
doméstico.
não fosse apurada no concurso de
Em 2004, a chamada companhia
alocação de rotas regionais e inter- de bandeira contou com a concor-
nacionais, ganho pela LAM, MEX, rência da Air Corridor, uma trans-
CFM e TTA. portadora nacional que estava base-
A Malawi Airlines deve ser regis- ada em Nampula.
tada em Moçambique, para passar A companhia que operava com
a ser uma empresa de direito mo- dois Boeings 737-200 aterrou pela
çambicano. última vez, em 2008, após uma es-
“É justo que as companhias se tranha avaria, provocada por um
instalem em Moçambique e não embate de uma das suas aeronaves
vir buscar o negócio e os impos- com um pássaro gigante.
tos serem pagos no exterior”, disse Entretanto, nos bastidores fala-se
Abreu. de uma sabotagem à empresa pela
Das 114 rotas regionais e interna- elite política que nunca quis saber
Nove anos depois, a LAM terá concorrência cionais disponíveis, apenas 50 é que de concorrência para a LAM.
Savana 08-09-2017 7
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8 Savana 08-09-2017

&RPEDWHjH[SORUDomRLOHJDOGRVUHFXUVRVÁRUHVWDLV

Chega de impunidade!
A
Procuradoria Geral da cio, os órgãos da administração
República (PGR), ór- da justiça decidiram abraçar esta
gão do Estado respon- grande luta, cuja vitória só pode
sável pelo controlo da ser alcançada com o envolvimen-
protecção dos bens públicos, veio to de todos.
a terreiro reconhecer que há fran- Rito Mabunda sublinhou que
quezas no combate contra os de- esta iniciativa enquadra-se nos
vastadores dos recursos florestais esforços da WWF visando sal-
devido às fragilidades do sistema vaguardar a boa governação flo-
do controlo de Estado. restal.
Recordar que 550 mil metros cú-
Segundo Albino Macamo, direc- bicos de madeira são retiradas do
tor do Gabinete dos Interesses país anualmente, o que prejudica
Difusos e Colectivos da PGR, o Estado em mais de USD50 mi-
essas fraquezas foram exterioriza- lhões/ano.
das pela “Operação Tronco” uma No total, são 1200 operadores
mega ofensiva desencadeada pelo florestais que estão oficialmente
governo, através do Ministério da registados. Destes, apenas 100 é
Terra, Ambiente e Desenvolvi- que são detentores de licenças de
mento Rural, em Março passado, exploração de concessões flores-
e que colocou em evidência a de- tais e o grosso é constituído por
lapidação do património florestal licenças simples.
por parte de alguns operadores 0DJLVWUDGRVGR0LQLVWpULR3~EOLFRLQWHLUDQGRVHGRSURFHVVRGHJHVWmRGRVUHFXUVRVÁRUHVWDLV
que actuavam à margem da lei, (Raul Senda)
muitas vezes com conivência Albino Vasco, que falava ao SA-
dos servidores públicos ligados VANA, à margem da formação
de 29 procuradores dos níveis

PATRIMÓNIO E SUBÚRBIO
à fiscalização florestal. Também
mostrou que os órgãos da admi- distritais e provinciais das regi-
nistração da justiça não estavam ões centro e norte do país, evento
devidamente preparados para que decorreu há dias, no distri-
tratar matérias do género, não to de Cheringoma, província de
obstante a lei penal moçambicana Sofala, disse que o MP entendeu
preconizar a punição com penas que, como guardião da legalidade,
de prisão a todo o sujeito que se deve assumir o seu papel de fiscal
envolve na exploração ilegal de
recursos florestais.
principal de todo o bem público e
as florestas estão no leque desses SEMINÁRIO SOBRE O
bens, sendo que para se exercer
Albino Macamo, que também é
Procurador Geral da República esse controlo é preciso ter domí- PATRIMÓNIO CULTURAL
Adjunto, contou ao SAVANA nio das coisas porque só se pode
que, para além das fraquezas aci- analisar aquilo que se conhece. SUBURBANO DE MAPUTO
ma descritas, esta operação mos- Rito Mabunda, coordenador do
trou que há muitas lacunas na in- projecto Governação Florestal – a
terpretação da lei florestal e uma Urgência do Momento na WWF, CHAMADA DE ARTIGOS
enorme desconexão institucional. referiu que os 29 magistrados ca-
Seminário sobre o Património Cultural Suburbano de Maputo de 2017, a ser organiza-
Segundo Macamo, uma das me- pacitados nesta empreitada estão
do pela Associação IVERCA, irá decorrer de 07 a 09 de Novembro, em Maputo, com o
didas tomadas ao nível da PGR dotados de elementos que lhes
seguinte tema:
permitam conduzir processos re-
foi a aproximação das partes en-
volvidas na governação florestal e lacionados com crimes ambien- A valorização e gestão do património
juntos identificar os pontos fracos tais com mais conhecimentos cultural suburbano pelas comunidades
e fortes e daí procurar soluções. técnicos.
Foi nessa senda que a PGR criou, Sublinhou que a partir desta ini- Áreas temáticas:
internamente, uma unidade para ciativa foi possível levar os ma- 1. Valorização, Gestão de Patrimónios de Periferia e planificação urbana;
gistrados a conciliar a teoria e a 2. Politicas culturais municipais, Educação, Ambiente e Juventude;
se dedicar à questão dos crimes
prática. Além da legislação que 3. Museulogia Social, Memória e Recreação.
ambientais.
Perante essa realidade, a PGR ar- regula o sector florestal, os ma-
gistrados do MP acompanharam O seminário irá decorrer sob a forma de comunicação.
rancou com jornadas de formação
e capacitação dos magistrados do todo o processo de licenciamento,
Os resumos deverão ter cerca de 250 palavras e quatro palavras-chave. Deverão ser
MP em matérias atinentes à go- corte, arresto, transporte, moni-
submetidos até:
vernação florestal. Esta emprei- toria nos postos de fiscalização,
serração, empoçamento e a ex-
15 de Setembro de 2017
tada é realizada em parceria com
portação. Email: associacao.iverca@gmail.com com o seguinte assunto - Resumo Seminário
algumas organizações da socieda-
Trata-se de uma experiência sa- sobre o Património Cultural Suburbano de Maputo 2017.
de civil, com maior realce para o
Fundo Mundial para a Natureza tisfatória na medida em que,
(WWF). depois de muitos anos de silên-

Produção Patrocinadores Parceiros Institucionais

Ministério da Cultura
União Europeia e Turismo

Parceiros Apoio

Rito Mabunda Albino Macamo


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10 Savana 08-09-2017
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V CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO IESE: DESAFIOS DA INVESTIGAÇÃO SOCIAL


E ECONÓMICA EM TEMPOS DE CRISE
V IESE INTERNACIONAL CONFERENCE: CHALLENGES OF SOCIAL
AND ECONOMIC RESEARCH IN TIMES OF CRISIS
Datas/Dates: 19-21 de Setembro de 2017
Local/Venue: Indy Village (Girassol Indy Congress Hotel & Spa, Rua Makombe Nongué-Nongué, R.1.373), Maputo
(Entrada livre)

Por ocasião do seu 10º aniversário, o Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) convida-lhe a participar na sua V Conferência Internacional Académica, de 19
DGH6HWHPEURGHHP0DSXWRLQWLWXODGD´'HVDÀRVGDLQYHVWLJDomRVRFLDOHHFRQyPLFDHPWHPSRVGHFULVHµ
7HQGRHPFRQWDTXH0RoDPELTXHHRUHVWRGRPXQGRWrPYLQGRDHQIUHQWDUGLIHUHQWHVWLSRVGHFULVHQRPHDGDPHQWHÀQDQFHLUDHFRQyPLFDSROtWLFDHVRFLDODFRQIH-
UrQFLDLUiGHEUXoDUVHVREUHRFRQWULEXWRTXHR,(6(HRXWUDVLQVWLWXLo}HVGHSHVTXLVDQDFLRQDLVHHVWUDQJHLUDVWrPGDGRQmRVyQDSURGXomRGRFRQKHFLPHQWRFRPR
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1º Dia/1st Day: 19 de Setembro de 2017

Horas/Time Actividades/Activities

Sessão de Abertura da conferência/Conference Opening Session

08:00-08:30 Chegada e registo dos participantes/Registration of participants

08:30-08:45 Abertura da Conferência: Salvador Forquilha (Director do IESE/IESE Director)

08:45-09:00 Intervenção dos parceiros do IESE

09:00-10:30 Comunicação Académica de abertura: Keynote Speech: Michel Cahen (Sciencespo Bordeaux) & Intervenção de Carlos Fernandes (CEA/UEM)

10:30-10:45 Intervalo/Break
10:45-12:45 Módulo A: Módulo B: Módulo C:
Crises, desafios e avanços na investigação e Modos de acumulação, padrões de crescimento e Paradoxos e tendências da economia mundial
ensino crises
SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)
Painel A1: Desafios das Ciências Sociais em África I Painel B1: Crises e sistemas de acumulação Painel C1: Corredores e transformação agrícola

Moderador: Moderador: Moderador:


Uma Universidade Popular pela transformação emancipatória: Crises e a sua lógica histórica na economia moçambicana (Carlos Corridors, commercialisation and agricultural change: political
experiências desde Moçambique e Zimbabwe (Boa Monjane) Nuno Castel-Branco) economy dynamics, (Ian Scoones)

Fazer investigação em Moçambique: algumas dinâmicas Crises, rupturas e continuidade no mundo e na África subsaariana State visions for productive peripheries: the case of LAPSSET
sociopolíticas de produção de conhecimento (João Feijó) (Carlos Pimenta; Óscar Afonso & Ricardo Fonseca) in Kenya, (Ngala Chome)

Confronting hegemony in Africa social science: the challenges Bolha económica em Moçambique - entre razões estruturais e Nacala and Beira Agricultural Development Corridors: a view
and prospects for Africa´s development in the 21st century conjunturais (Oksana Mandlate) from the centre (Euclides Gonçalves)
(Alouis Chilunjika & Percyslage Chigora)

Construir, problematizar, investigar as identidades nacionais: The politics of agricultural growth corridor of Tanzania
reflexões heterodoxas e apontamentos em torno da(s) (Emmanuel Sulle)
moçambicanidade(s) (Marçal de Menezes Paredes)

12:45 - 13:45 Intervalo/Break

13:45-15:45 Módulo E: Módulo B: Módulo C:


Formação e transformação do Estado Modos de acumulação, padrões de crescimento e Paradoxos e tendências da economia mundial
crises

Painel E1: Partidos, Eleições e Democracia Painel B2: Finanças, Financeirização e Crises Painel C2: Economia Politica dos direitos e recursos
naturais em Moçambique

Moderador: Moderador: Moderador:


Balanço dos estudos eleitorais em Moçambique (Luís de Brito) A policy response to the intra-Eurozone crises (Francisco Louçã) Resettlements and large-scale investments: the case of
Mualadzi (Nikkie Wiegink)

Estudos Eleitorais em África: Desafios TeóricoMetodológicos Política Monetária e sistema financeiro (Fernanda Massarongo) Fostering Structural Transformation through Economic
(Zefanias Matsimbe) Upgrading in Sub-Saharan Africa: An Analysis of Drivers and
Stumbling Blocks for Economic Upgrading in Mozambique
(Christina Saulich)
Polícia e Violência Eleitoral: as eleições autárquicas de 2013 em Reorganização financeira e concentração bancária: Espanha e Linkage Formation and Development in the Mozambique’s
Quelimane e no Chókwè (Lázaro Mabunda) Portugal no período pós-crise (Monika Meireles) Coal-Mining Sector: A Political Economy Perspective (Celso
Monjane)

15:45 - 16:00 Intervalo/Break

16:00 - 18:00 Módulo E: Módulo B: Módulo C:


Formação e transformação do Estado Modos de acumulação, padrões de crescimento e Paradoxos e tendências da economia mundial
crises
SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)
Painel E2: Estado, Cidadãos e Participação Politica Painel B3: Desafios de industrialização e Sistemas de Painel C4: Economia Politica dos direitos e recursos
Acumulação naturais em Moçambique

Moderador: Moderador: Moderador:

Capital Equipment and related industries in Mozambique (Maria The politics of LNG: local state power and contested demands
The Mozambican polity as a complex system (Marc de Nkonjera e Epifânia Langa) for land acquisitions (Padil Salimo)
Tollenaere)
Relação entre o Estado e o cidadão: algumas notas a partir da The financialisation of Mozambique’s Road Concessions (Basani The Political Economy of Pockets of Efficiency in the Context of
“Geração do 8 de Março (Lúcio Posse) Baloyi) an Emerging Natural Resources Economy (José Jaime
Macuane & Lars Buur)

A imprensa e as revoltas de fome de 2008 e 2010 em Maputo New drivers of BRICS economic cooperation: Corporate The Next White Gold? The political economy of rights to land
(Crescêncio Pereira) restructuring and value chains (Seeraj Mohamed) and resources in rice investments in Mozambique (Carlota M.
Tembe , Lars Buur, Kathrine Beykirch & Pi Arnth)

18:00 - 19:00 Cerimónia alusiva aos 10 anos do IESE e lançamento do livro “Desafios para Moçambique 2017”

2º Dia/2nd Day: 20 de Setembro

08:00 - 08:30 Chegada e registo dos participantes/Registration of Participants

08:30 - 10:30 Módulo E: Módulo B: Módulo D:


Formação e transformação do Estado Modos de acumulação, padrões de crescimento e Pobreza e Desafios da transição demográfica
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crises
SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)

Painel E3: Repensando Descentralização e Governação local Painel B4: Emprego e dinâmicas de acumulação Painel D1: Migrações e Urbanização

Moderador Moderador Moderador


Descentralização e governação local em Angola e Moçambique Integração da força de trabalho no sistema de acumulação de Padrões, processos migratórios e mecanismos de
(Aslak Orre) capital em Moçambique (Rosimina Ali & Carlos Muianga) inserção/integração sócio-económica dos zambezianos na
cidade de Maputo (Jorge Palamussa)

Descentralização e conflito em Moçambique (Salvador The experience of the “Arrebenta Mina”: public works, labor and The future of the illegal African Migrant in Africa: Open border
Forquilha) social welfare in rural Mozambique (Ruth Castel-Branco) trending and the question of social security (Christal Spel)

Crises políticas numa era de soluções standardizadas. Um Constructing Labor: TVET for Employment in Infrastructure and Creating new urbanism in Africa-urban-to-rural migration in
enfoque na Descentralizção (Egídio Guambe & Egídio Extractives (Mollie Gleiberman) Angola and Mozambique (Cristina Rodrigues)
Chaimite)

Que cenários de descentralização para Moçambique? (Fernando Poverty, Employment and Social Security Dynamics in Pre and
Abrúcio & Natália Fingermann) Post Independent Zambia ( Edna Kabala Litana & John
Lungu)
10:30 - 10:45 Intervalo/Break

10:45 - 12:45 Módulo E: Módulo C: Módulo D:


Formação e transformação do Estado Paradoxos e tendências da economia mundial Pobreza e Desafios da transição demográfica
SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)

Intervalo
Painel E4: Descentralização fiscal em países em Painel C3: Agricultura, investimento e intervenção estatal Painel D2: População e transição demográfica
desenvolvimento

Moderador: Moderador: Moderador:


The determinants of municipal revenue mobilization in Mozambique A organização do espaço produtivo diante da expansão da Mais filhos ou menos filhos? Uma contribuição para a
(Armin Von Schiller) agricultura empresarial no nordeste do Brasil compreensão da relação entre pobreza e número de filhos
(Benjamim Alvino de Mesquita & José de Ribamar Sá da Silva) (Ana Pires de Carvalho)

Urbanização, serviços públicos e recursos fiscais – os desafios Commodities agrícolas e produção capitalista de espaço: Gerontocrescimento' e Envelhecimento Populacional em África:
principais das autarquias moçambicanas (Bernhard Weimer & experiências no Brasil e em Moçambique (Welbson do Vale Relevância da Pesquisa do IESE (António Francisco)
Abdul Ilal) Madeira & Selma Sousa Pires)
As implicações da descentralização no âmbito de gestão das Economia extractiva e políticas educacionais: educando para a Política de população em Moçambique: porquê e para quê?
unidades sanitárias: um olhar para o caso do minicípio de Maputo ( dependência (Inny Accioly) (Carlos Arnaldo & Roger Hansine)
José Carlos Ombe & Lucas Eugénio Catique)

Who delivers? Explaining local public goods provision in Empirical Research on Food Supply Chain Management: A Kenya’s Demographic Transition and Implications for Informed
Mozambique and South Africa (Zack Zimbalist) Background of Mozambican Agriculture and Case Studies in Social and Economic Policy (Kwame Owino)
Japanese Agriculture (Arsénio Mutatisse)

12:45 - 13:45 Intervalo/Break

13:45 -15:45 Módulo E: Módulo B: Módulo D:


Formação e transformação do Estado Modos de acumulação, padrões de crescimento e Pobreza e Desafios da transição demográfica
crises
SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)
Painel E5: Guerra Civil em Moçambique Painel B5: Crise, dívida interna e relações internacionais Painel D3: Pobreza e Protecção Social

Moderador: Moderador: Moderador:

A Renamo: Um assunto também para os historiadores (Michel Endividamento Interno do Orçamento de Estado e Jogos de Ponzi Evolution of Poverty and Well-Being in Mozambique, 1996/97-
Cahen) em Moçambique (António Francisco; Moisés Siúta & Ivan 2014/15 (Vincenzo Salvucci et al.)
Semedo)

The civil wars of the 20th and 21st century: Global war as seen The historic role of lenders and donors in Mozambique's current Amarelecimento Letal do Coqueiro e Meios de Vida das
from Mozambique (Bjørn Enge Bertelsen) crisis (Joseph Hanlon) Comunidades de Madal, Província da Zambézia (Arrissis
Mudender)

Nem guerra, nem paz? A violência em contextos de paz formal: O A Politica Externa de Mocambique no Contexto da Crise The Changing Nature of the State-Citizen Relationship? The
caso de Moçambique, 1992 – 2016 (Ricardo Raboco) Economica (Loide Sambo & Egna Sidumo) Case of Reproductive Work in the Context of the
Multidimensional Crisis (Donna Andrews; Suzall Timm &
Lauren Paremoer)

A Zambézia e os movimentos anti-Frelimo, 1976 – 1992 (Sérgio


Chichava)

15:45 - 16:00 Intervalo/Break

16:00 - 18:00 Módulo E: Módulo B: Módulo D:


Formação e transformação do Estado Modos de acumulação, padrões de crescimento e Pobreza e Desafios da transição demográfica
crises
SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)
Painel E6: O Estado em África no contexto Neoliberal Painel B6: Economia e ideologia Painel D4: Pobreza e Protecção Social (continuação)

Moderador: Moderador: Moderador:


The Nurse and the Judge as the materiality of a apparent absence Da Irracionalidade Económica (Carlos Pimenta) Desigualdades de género em contextos rurais em
of State in neoliberal Mozambique: An Ethnography of civil Moçambique: Estudos de caso em comunidades na província
servants in a post-war Mozambique (Régio Conrado) de Nampula (Aleia Agy)
INTERNACIONAL
SOCIEDADE
12 Savana 08-09-2017
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Vacinar é legitimar: práticas sanitárias e administração do Estado Trajectória Intelectual da análise do sistema de acumulação de Informalidade e recomposição do Estado. O tratamento de
em Moçambique (Carlos Bavo) capital em Moçambique: dialéctica entre pensamento e desafios pobreza urbana no município da Beira (Egídio Guambe)
económicos reais (Carlos Castel-Branco)

Crisis, socio-ecological fixes and the intensification of neoliberal Economia e ideologia em contexto moçambicano (João Mosca) Os factores críticos no acesso a alimentação dos estratos
nature in Mozambique (Chris Buscher) pobres nas zonas urbanas: a experiência das revoltas da fome
2008-2012 em Moçambique (Oksana Mandlate)
Coordenação, integração e sustentabilidade dos Agentes
Polivalentes Elementares – APEs em Moçambique (Maria Isabel
Cambe; Sérgio Chicumbe & Carlos Botão)

18:00 - 19:00 Lançamento de livros:


Emprego e transformação económica e social em Moçambique
Economia política da descentralização em Moçambique

3º Dia/3rd Day: 21 de Setembro de 2017

08:00 - 08:30 Chegada e registo dos Participantes/Registration of Participants


08:30 - 10:30 Módulo E: Módulo C: Módulo F:
Formação e transformação do Estado Paradoxos e tendências da economia mundial Novas e velhas forças na arena internacional

SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)


Painel E7: Políticas Públicas, cultura e desenvolvimento Painel C4: Agricultura e sistemas de irrigação Painel F1: BRICS e cooperação sul-sul

Moderador: Moderador: Moderador:

"The statue of the snake woman": reinterpreting a WWI memorial in Taking-up and leaving behind of knowledge; A historical Limits and possibilities of non-interference: implications for
Maputo city" perspective on interactive irrigation design approaches for Chinese “soft-power” in Angola and Mozambique (Sérgio
(Anézia Asse) smallholder farmers in Southern Africa (Wouter Beekman & Alex Chichava & Alak Orre)
Bolding)

How to make Psikhelekedana: producing social commentary in State responses to farmers’ irrigation initiatives: a comparison The wolf and the bull in the palanca’s realm - Chinese
Maputo’s handicraft market (Anésio Manhiça) between bureaucracies and policy processes in Tanzania and telecommunication companies in Angola (Aslak Orre & Shubo
Mozambique (Phil Woodhouse; Gert Jan Veldwisch & Dan Ali)
Brockington)
Liberation and development politics: notes on heritage policy in “Irrigation is made complex”: Understanding the limited impact of Cooperação internacional pra desenvolvimento e processos de
Mozambique (Albino Jopela) social science and the logic of state interventions in farmer-led financeirização da terra: apontamentos a partir do programa
irrigation development in Mozambique (Janwillem Liebrand & ProSavana (Vanessa Perin)
Wouter Beekman)

Sites and Boundaries: Policy and practice of archaeology in post- Descobrindo Moçambique: Agricultura, Investimento e ciência na What does an (South) African Economics look like? (Sean
colonial Mozambique (Énio Tembe) África do Leste (Wendy Wolford) Muller)

10:30 - 10:45 Intervalo/Break

10:45 - 12:45 Módulo E: Módulo C: Módulo F:


Formação e transformação do Estado Paradoxos e tendências da economia mundial Novas e velhas forças na arena internacional
SALA 1 (Chanfuta) SALA 2 (Embondeiro) SALA 3 (Umbila)
Painel E8: Religião e Política Painel C5: Agricultura e sistemas de irrigação (continuação) Painel F2: BRICS e cooperação sul-sul (continuação)

Moderador: Moderador: Moderador:

Religious actors’ influence on political regime change: a conceptual Good neighbourliness? Interactions between large-scale public and The BRICS re-scramble Africa (Patrick Bond)
framework (Julia Leininger) farmer-led irrigation in Lower Moshi, Tanzania (Gert Jan
Veldwisch & Hans Komakech)

O Islão e o diálogo inter-religioso em Moçambique (Chapane The social life of water pumps in Africa (Kei Otsuki) BRICS and the Promise of new models of cooperation and
Muitiua) development: Case studies of South African, Brazilian and
Indian mining projects in Mozambique

Missões católicas e o Estado em Moçambique (Benedito Marime) Farmers’ irrigation initiatives in response to contract farming offered Acordos de Protecção de Investimento dos BRICS na África:
by an agro-export company: a comparison of the Messica and mais do mesmo? (Ana Garcia)
Vanduzi cases (Ângela Manjichi; Phil Woodhouse & Gert Jan
Veldwisch)
Fabricando novos espaços de governação? Complexo dos
recursos e a economia política da mineração de larga-escala
em Moçambique e no Canadá (Isabella Lamas)

12:45 - 13:45 Intervalo/Break

13:45 - 15:45 Painel E9: Activismo e movimentos sociais Painel C6: Agricultura e mecanização Painel F3: Relações Brasil e Moçambique

Moderador: Moderador: Moderador:

Poaching Rhinos in the Great Limpopo Transfrontier Park. Wildlife Mechanisation and South-South relations in transforming African A transferência de tecnologia do Brasil para Moçambique para
Smuggling and social protest along the border between South Africa agriculture: an overview of history and intellectual debates (Lidia a fabricação local de medicamentos genéricos: condições
and Mozambique (Albert Ventura) Cabral) práticas de uma cooperação em saúde e tecnologia (Alila
Antonielli)
Música RAP, ativismo digital e o Direito à Liberdade de Expressão e Agricultural mechanisation strategies in Ghana and international Da euforia à constatação de fragilidade: as relações entre o
Moçambique (Tirso Sitoe) agricultural cooperation (Kojo Amanor) Brasil e os países africanos em momento de crise (Elga Lesssa
de Almeida e Elsa Sousa Kraychete)

Land reform, tractors and patronage politics in Zimbabwe Cooperação Sul-Sul: Uma análise da CSS brasileira sob a ótica
Movimentos Sociais no campo: uma análise dos conflitos sociais no (Toendepi Shonhe) moçambicana (Natália Fingerman)
sector do Açúcar em Moçambique (Uacitissa Mandamule)

Fiscalidade, Cidadania e Democracia: o caso do ativismo fiscal na Agrarian Service Centres, tractor-led mechanisation and agrarian
África Subsaariana (Alice Soares Guimarães) transitions in central Mozambique (Yasser Dadá)

15:45 - 16:45 Encerramento da conferência/Conference Closing Session: momento cultural


DIVULGAÇÃO
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Savana 08-09-2017 13
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NO CENTRO DO FURACÃO
14 Savana 08-09-2017 Savana 08-09-2017 15

Manuel de Araújo ao SAVANA:

MDM precisa de democratizar-se


Por Raul Senda (texto) e fotos de Naita Ussene

O
Presidente do Município teriais, humanos e financeiros para a Claro que sim. Estes problemas come- bém vou aceitar, porque não posso re- Acho que o partido teria gerido aquele O edil de Nampula disse ainda que esse adjectivo?
de Quelimane, Manuel operacionalização desses planos. çam com a política das nacionalizações cusar o pedido do meu povo. assunto de outra maneira. alguns membros da direcção do Achei aquilo normal. Sou uma pessoa
de Araújo, concedeu uma Há várias leis e regulamentos que, em adoptada pela Frelimo pouco depois da Se avançar para a recandidatura será Qual seria a melhor estratégia de MDM queriam aproveitar-se do mu- madura. A minha educação, a minha
entrevista ao SAVANA, princípio, deviam regular o processo de independência. pelo MDM? gestão na sua óptica? nicípio de Nampula para proveitos forma de estar e o meu ser não me per-
em que defende que o MDM (Mo- criação, construção e crescimento das No período colonial, para viver na ci- Até ao momento não vejo razões para Primeiro, é importante que o MDM pessoais, mas ele recusou. Aconteceu mite concentrar nesses aspectos.
vimento Democrático de Moçambi- cidades, mas que, infelizmente, não são dade, tinha de preencher certos requi- não concorrer pelo MDM. Já recebi tivesse um espaço de interacção dos consigo também? A minha experiência de vida permitiu-
que) precisa de se democratizar, por- postos em prática. sitos. Com a independência, aboliram- convites de outros partidos, mas nes- quatro edis. Um meio em que os qua- Isso acontece em qualquer organiza- -me aprender a aturar malucos, loucos,
que corre o risco de frustrar os seus Deixemos Quelimane, que é uma pe- -se esses impedimentos e não se edu- te momento sou do MDM e é pelo tro edis se reunissem regularmente. ção e não apenas com a direcção do intelectuais e filósofos. Isso me permi-
membros e o eleitorado que deposi- quena cidade, e nos focalizemos no cou os cidadãos. A consequência foi MDM que vou concorrer. Esse espaço não existe dentro partido. MDM. Isso acontece na Frelimo e na te relacionar-me com todos.
tou esperança na organização, como município de Maputo, que é a capital a invasão das cidades por pessoas que Pode citar nomes desses partidos? É esse espaço que nos permitiria dis- Renamo, no nosso sistema político os Onde é que coloca Amurane nesse
possível alternativa à Frelimo. do país e compara como estava a ci- não sabiam como se vive num meio Não interessa mencionar, mas os par- cutir muitos assuntos de ordem inter- partidos não têm meios de sobrevivên- grupo?
Diz que a necessidade de aprofun- dade em 1970 e como é que está hoje. urbano. tidos que têm domínio do espaço po- na e evitar que as nossas questões ou cia e a espectativa é que os membros Eu compreendo que o edil de Nampu-
Hábitos rurais foram levados para as lítico nacional são sobejamente conhe- inquietações furassem paredes. que estão nos órgãos de direcção da la foi imaturo. Ele está a fazer política
damento da democracia interna é a Sem esforço nenhum, conclui que
No caso de Nampula, houve erros de administração pública sustentem a so- há três anos e eu faço política há mais
mensagem que levará ao congresso Maputo de hoje é mais rural que de cidades e as infra-estruturas urbanas cidos.
de 22 anos. Portanto, mesmo que não
do partido, a realizar-se em Dezem- 1970, porque, o que está a acontecer não estavam adequadas para tal. Está a falar da Renamo? ambas as partes e a consequência foi brevivência dos partidos.
concorde, respeito a opinião dele.
bro próximo, na cidade de Nampula. nas nossas urbes é que hábitos rurais Por exemplo, a cidade de Quelimane Não falei de partido, mas de partidos e aquilo que o povo assistiu. Se tivesse Como é que geriu?
O edil de Nampula caracterizou o
Araújo analisa a crise entre a direc- invadiram as cidades. foi concebida para 50 mil pessoas e não vou mencionar nomes. havido uma boa gestão, sobretudo da Mandei-os passear...
líder do MDM como ditador. Acha
ção do MDM e o edil de Nampula, O edil está a dizer que as pessoas que hoje vivem 400 mil pessoas. Como irá reagir, caso o partido opte direcção do partido, não teríamos che- No início caracterizou as diver- que o partido é dirigido de forma au-
Mahamudo Amurane, e diz não con- vivem nas cidades não estão a con- A cidade de Maputo foi projectada por um outro candidato? gado àqueles níveis. gências entre o edil de Nampula e toritária?
cordar com a forma como foi gerido seguir adaptar-se aos hábitos urba- para 250 mil habitantes e hoje alberga Desobedecer a vontade dos muníci- Numa organização, os conflitos são a direcção do MDM como sinal de A opinião é dele. Aliás, a nossa Cons-
o conflito. nos... mais de dois milhões de pessoas. De lá pes seria um grande erro do partido, coisas normais, fazem parte do cres- crescimento do partido. Ao que tudo tituição abre espaço para cada moçam-
Lamenta a escassez de espaço de É verdade. Há uma diferença muito a esta parte, nenhuma infra-estrutura porque isso seria um sinal de que os cimento, agora, a forma como esses indica, estamos perante uma grave bicano dizer aquilo que pensa e o edil
diálogo dentro da organização e as- grande entre o habitante e o munícipe. foi construída para responder a essa órgãos do partido desprezam as bases, conflitos são geridos é que marca a crise interna que poderá redundar de Nampula não podia ser excepção.
sume que se vai candidatar às próxi- O que acontece nas cidades moçambi- demanda. não escutam a base. diferença. numa cisão. Que lhe parece essa lei- Agora, uma coisa é certa, precisamos
mas eleições autárquicas, se essa for canas é que estão povoadas por habi- Agora diga, como é possível gerir uma Qualquer órgão que não escuta a von- Explique-se melhor senhor presi- tura? de aprofundar a democracia no nosso
a vontade dos munícipes. O edil de tantes e não por munícipes. cidade nestas condições, que infra-es- tade da base é um órgão ilegítimo e dente. Qual é que seria a melhor for- O MDM não está dividido. Vai às partido.
Quelimane debruça-se igualmente Explique melhor essa diferença. trutura pode aguentar uma pressão de não deve ser obedecido. ma de gerir esse conflito? eleições autárquicas com uma dissi- Como é que avalia o encontro Nyusi-
sobre as dívidas ocultas e acusa o ac- Munícipe é uma categoria de habitan- 400 mil pessoas, enquanto foi concebi- Em Dezembro, teremos o II Con- O diálogo. É o diálogo que nos per- dência. Contudo, não podemos deixar -Dhlakama? Acha que o actual pro-
tual chefe de Estado, Filipe Nyusi e te que possui certos atributos. Um mu- da para 50 mil. gresso do MDM. O que espera que mite prever, prevenir, gerir e resolver de frisar que qualquer dissidência fra- cesso negocial vai colocar termo de-
o seu sucessor Armando Guebuza de nícipe está consciente dos seus deveres Numa das entrevistas ao SAVANA, Manuel de Araújo diz que o MDM deve abrir mais espaço de diálogo interno para evitar esta magna reunião traga de mais- conflitos. Se numa organização falta giliza, a união é que faz a força. Con- finitivo às crises políticas cíclicas que
o edil disse que um dos seus sonhos que questões do partido sejam discutidas na rua -valia para o partido? espírito de diálogo, os conflitos serão tinuo a ver esta situação como própria o país tem vindo a viver?
venderem a soberania do país. e direitos, tem princípios e compor-
Nas linhas abaixo segue a entrevista, era transformar Quelimane numa Espero maior democratização inter- regulares e o fim será desastroso para de crescimento. Estou muito feliz com os últimos de-
tamentos urbanos, está ciente de que estamos de braços cruzados, enquanto cem a sua actividade dentro do muni- anos e nós tivemos de reconstruir.
cidade moderna. Contudo, o cenário na do partido. O MDM precisa de as partes. Para além da dissidência de Amura- senvolvimentos. Tive a oportunidade
que também analisou a governação viver na cidade tem custos. O mesmo o governo central não se pronuncia, es- cípio. Esses estão fora do nosso con- A imagem que se tem do edil é de
que acima descreveu mostra que esse se democratizar mais ao nível interno Ao pronunciar-se sobre a crise, o edil ne, a Renamo aposta em concorrer de falar com os dois líderes e congra-
de Manuel de Araújo no município já não acontece com o habitante. A ur- tamos à busca de financiamentos. trolo, mas não podemos impedi-los de uma pessoa ausente e que está sem-
desejo está prestes a terminar num e espero que isso se materialize neste de Nampula relatou uma situação nas próximas autárquicas. A presen- tulei-os pelas conquistas.
de Quelimane. banidade tem custos e poucas pessoas Qual é orçamento anual do municí- exercer a actividade, porque também pre no avião? Porém, justifica-se di- Agora, é importante termos na mente
têm capacidade para custear o preço de sonho... zendo que está à busca de parceiros. Congresso. que também aconteceu com o senhor ça do MDM em Nampula não estará
pio e quanto é que seria necessário estão à busca de sobrevivência. que esta não é uma paz segura, porque
O município de Quelimane cele- viver numa cidade. O sonho continua e estamos no ca- Em termos concretos, pode nos re- E se o teu desejo falhar? num passado não distante. Estou a ameaçada?
para uma gestão ideal? Outro problema que aflige a cidade não tem bases sólidas. Precisámos de
brou, recentemente, a passagem dos A retórica do senhor presidente leva- minho certo. Nos últimos seis anos, a sumir os ganhos do município nessas Se falhar, será uma grande frustração falar de uma espécie de linchamento O MDM já existia antes de Nampula
Temos um orçamento de cerca de 300 de Quelimane e que foi motivo de uma paz transparente e conclusiva,
75 anos após a elevação à categoria de -nos a crer que o município de Que- cidade que mais infra-estruturas er- viagens? para mim, para os restantes membros e público por parte da direcção do par- se libertar da colonização frelimista.
milhões de meticais, mas para o nosso reparo por parte do chefe de Estado visto que a paz não é só ausência de
cidade. Contudo, nota-se que o cres- limane tem mais habitantes que mu- gueu no país foi Quelimane. Depois Muita coisa. O problema de vocês, jor- para o povo moçambicano, isso porque tido. Como é que geriu a situação. Isso foi graças ao MDM. Portando, guerra.
pleno funcionamento, precisaríamos tem a ver com a gestão de resíduos
cimento é mais nos assentamentos nícipes... de 40 anos de destruição, em seis anos, nalistas, é que não lêem o meu mani- o povo depositou muita esperança no Maturidade. manter Nampula era uma mais-valia Por várias vezes, tivemos o calar das
de cerca de 1.500 milhões de meticais, sólidos. O município de Quelimane
informais do que uma urbanização. Quelimane não podia ser uma ilha. É conseguimos erguer várias estradas, festo. O meu programa centra-se em MDM como uma possível alternativa De quem? para o partido, mas perder não pode armas, mas não tivemos paz, porque
cinco vezes mais do que o nosso actual não consegue recolher lixo?
O que está a falhar? bom saber que aquele grupo de pessoas mercados, unidades sanitárias e outras muita coisa, mas o meu foco é tirar à eterna colonização da Frelimo. Da minha parte. ser visto como o fim do MDM. faltou reconciliação entre os moçam-
orçamento. A nossa capacidade de recolha de lixo
Este fenómeno não se regista ape- que está a ruralizar as cidades moçam- infra-estruturas de interesse social. Quelimane do buraco. Veja que o edil Se essa democratização interna não Quer dizer que o edil de Nampula é O presidente do município de Nam- bicanos.
Quais são as fontes de financiamento melhorou muito. Nos últimos meses,
nas em Quelimane. É uma realidade bicanas também dominou Quelimane Estamos ainda na linha, contudo, há de Quelimane é dos poucos, se não o se materializar, aventa a possibilida- um principiante? pula acusou-o de cobardia, aparente- A reconciliação passa por cada mo-
do município? investiu-se muito em meios materiais.
de todo o país, incluindo a cidade de por mais de 40 anos até à sua liberta- grandes desafios conjunturais, sobretu- único, que movimentou vários embai- de deixar o partido? O que eu disse é que se não fosse ma- mente por assumir uma postura mais çambicano aceitar o pensamento do
Cerca de 35% vem de receitas próprias O problema está na mentalidade das
Maputo. Em Moçambique, as cidades ção em Dezembro de 2011 [vitória de do na vertente política. xadores para a sua autarquia, homens Não sou pessoa de abandonar o barco duro, Quelimane estaria na mesma si- defensiva em relação à direcção do outro. Todos os moçambicanos são
e o resto vem de fontes externas. pessoas (voltando ao debate de muní-
registam a ruralização da urbanidade e Manuel de Araújo nas eleições inter- Nos últimos cinco anos, Moçambique de negócios de vários quadrantes do no meio do caminho. Luto pela defe- tuação de Nampula. MDM. Que comentário lhe merece iguais.
teve duas guerras intercaladas, que ti- Os 35% significam crescimento ou cipe e habitante). Os munícipes tei- sa das minhas ideias. Desistir é arma
não a urbanização das ruralidades. Isso calares]. queda em relação à gestão anterior? mam em não acatar os nossos apelos. mundo escalaram Quelimane, firmá-
é fruto da falta de planos ao nível de Nós chegámos há seis anos e esse tem- raram por completo a confiança dos mos parcerias com várias entidades predilecta dos fracos. Apesar de todas
investidores e Quelimane não podia Estamos a subir. Quando chegamos, as Outra questão tem a ver com um de- as fragilidades que ele exibe, o general
planeamento urbano resultantes das po é pouco para inverter o cenário, mas pósito municipal de resíduos sólidos internacionais. Hoje, Quelimane está

5D]DNHVWiDVHUVDFULÀFDGR
ser excepção. Depois tivemos a situa- receitas internas cobriam apenas 20% Alberto Chipande me ensinou alguma
fraquezas da política nacional da ges- estamos a virar o barco para o rumo que não temos. Ao nível da cidade de no mapa do mundo. Isso é resultado
ção das dívidas ocultas, que levaram o do nosso orçamento. coisa. Na Frelimo, o general Chipande
tão das cidades. certo. Quelimane, não temos espaço. Pedi- dessas viagens.
país ao precipício. As bicicletas são a espinha dorsal do engoliu sapos desde 1962 até hoje, re-
Os planos e políticas de urbanização Portanto, a ruralização que caracte-

A
mos espaço ao governo provincial para Fala-nos em termos materiais
Estes factores fizeram com que todo o sector de transportes em Quelima- sistiu e acabou vencendo.
nacional efectiva, desenhadas pelo go- riza Quelimane não deriva do fraco a construção do nosso aterro sanitário. Os ganhos não são imediatos. Antes, relação institucional entre nha boas relações com Manuel de não recebeu os embaixadores que
trabalho que estava a ser feito no senti- ne e várias correntes entendem que Se o general Chipande tivesse desis-
verno central, não passam de simples desempenho da governação local, O próprio governador, Abdul Razak, tínhamos de colocar Quelimane nas os edis da oposição e os go- Araújo. Ademais, o primeiro secre- foram assistir ao dia da cidade. Isso
do de trazer parceiros que nos possibi- se perdeu durante o seu mandato tido da luta, Filipe Nyusi não seria
papéis. O governo não tem meios ma- mas do problema geral do país... montras internacionais. Ninguém co- vernadores da Frelimo foi tário da Frelimo na Zambézia es- não era comum da parte de Abdul
litasse dar um passo mais rápido rumo a oportunidade de disciplinar esta prometeu, mas, até hoje, a promessa Presidente de Moçambique. Portanto,
ainda não foi materializada. Tivemos nhecia Quelimane e um dia teremos sempre problemática. Como está perava mordomias de Estado por Razak.
ao desenvolvimento, acabaram ficando actividade e torná-la mais eficiente há que aprender alguma coisa desse
ganhos. Roma não foi construído num a sua relação com o governador parte do governo da Zambézia. O primeiro secretário da Frelimo
prejudicados. Hoje, todo o investidor, economicamente. Que resposta dá a um financiamento dos países nórdicos exemplo de resistência e perseverança.
dia. Portanto, peço que me exijam as
Nyusi e Guebuza venderam a esse entendimento? para a construção de uma lixeira muni- Abdul Razak? Abdul Razak está isolado dentro na Zambézia disse recentemente
quando olha para Moçambique, só lhe omeletes no fim do meu mandato. É preciso saber esperar, é preciso saber
Isso não é verdade. Juntamente com os cipal e acabamos perdendo essa opor- Abdul Razak é uma figura que res- da Frelimo na Zambézia e quase que Manuel de Araújo estava a
aparece a imagem de um país inseguro Agora estou à procura de ovos. lutar, não limitar a sua visão a resulta-
peito bastante, foi uma pessoa que que não manda. Não tem nenhum
soberania do país e gerido por um grupo de mafiosos e taxistas, estamos a mudar o cenário, te- tunidade, porque o governo provincial dos imediatos, mas a longo prazo. trazer colonos de volta a Queli-
está a recusar ceder o espaço. quando chegou, tinha alto sentido poder...quem manda é o primeiro
corruptos. mos campanhas de educação e sensibi- Espero que o Congresso Como é que analisa a crise entre a mane. Qual é o seu comentário?

C
A geografia de Quelimane faz com lização sobre normas de trânsito, com Quelimane celebrou 75 anos, dos democratize o MDM direcção do MDM e o edil de Nam- de Estado, mas mudou de postura. secretário e os seus pupilos que es-
Aquele indivíduo é ignorante. O
omo é que vê a forma como o Estado está a gerir a questão que alguns bairros se separem através o nosso apoio, os taxistas criaram uma quais seis sob administração do Está disponível para recandidatar- pula? Isso porque foi isolado dentro do tão no governo provincial.
meu pai ensinou-me a não res-
das chamadas dívidas ocultas? de riachos. Porém, com as cheias de associação. Neste momento, estamos MDM. Quando olha para a cidade o -se? A minha posição é do domínio da di- partido dele. Na última reunião da Eu não me entendia com os ante-
ponder a ignorantes. Ademais, a
Acho que o governo está comprometido com aqueles que 2015, muitas das “pontecas” que esta- no processo de registos e oficialização que lhe magoa? Isso não depende de mim. Depende recção do partido. Manifestei o meu Frelimo na Zambézia, ele concor- riores governadores, porque não ti-
ignorância é uma doença e todo o
venderam a soberania do país. Houve um acto de traição à beleciam a ligação desabaram e a co- das actividades. Fico triste cada vez que olho para a ci- dos munícipes de Quelimane. Se dis- ponto de vista através de uma carta reu para o Comité Central, mas nham postura de Estado. Tinham
dade e lembro que ficou 40 anos aban- teve de retirar a sua candidatura, postura partidária. O actual gover- ignorante deve ir ao hospital para
pátria da parte de Armando Guebuza e de Filipe Nyusi, porque o ac- municação entre os bairros virou um serem avança, irei me recandidatar, que fiz ao presidente do partido, com
Gestão de resíduos sólidos donada, viveu 40 anos de destruição porque não tinha apoio. nador tinha postura de Estado e é se curar. O que aconselho àquele
tual chefe de Estado fez parte desse governo que hipotecou a nossa martírio. Como é que o município para além de que estou disponível para o conhecimento da Comissão Política.
soberania. Nyusi e Guebuza traíram a pátria, venderam a soberania está a atenuar esse sofrimento?. Há Quantos “táxis-bicicleta” operam na contínua. Fico triste quando me recor- mais um mandato porque há necessi- O que diz a carta? Há um conflito entre o governador por isso que me entendia com ele, senhor é ir à escola, porque ele não
que conquistamos com sangue dos nossos compatriotas. planos de reposição das “pontecas”? cidade de Quelimane? do que a cidade foi saqueada durante dade de terminar o trabalho que co- Manifestei a minha indignação com e o primeiro secretário da Frelimo mas isso lhe custou isolamento. estudou. Por vezes, não percebo
Durante muitos anos, Guebuza apregoou-nos a auto-estima, mas ele, Temos quatro “pontecas” fundamen- Os números variam entre 1.000 a 40 anos. Triste quando me lembro mecei. É que, neste momento, se vier a forma como o partido geriu a ques- na Zambézia, há uma crise interna Para salvar a sua pele, está a dis- como é que um partido com tantos
depois, vendeu o país e hoje estamos reféns da vontade de estrangeiros. tais na ligação entre bairros e todos 1.500. Agora, o grande problema é que a única estrada pavimentada em outra pessoa, há sérios riscos de Que- tão do conflito. Disse ao presidente do dentro da Frelimo e uma das víti- tanciar-se de Araújo. Por exemplo, quadros de qualidade admite ter
O Presidente Filipe Nyusi reúne condições para se recandidatar? desabaram nas cheias de 2015. Não te- dos compatriotas que vêm de fora da 40 anos é a que dava acesso ao local limane voltar ao buraco onde esteve partido e aos membros da Comissão mas é o governador. pela primeira vez, Abdul Razak um primeiro secretário ignoran-
Do ponto de vista moral, não, mas como é um partido de ladrões, claro mos uma solução definitiva, porque os cidade de Quelimane. Temos taxistas do congresso da Frelimo, realizado em durante 40 anos e isso iria doer-me Política que me distanciava da estraté- Abdul Razak está a ser sacrificado, não participou nas festividades dos te numa província tão estratégica
que vão pôr um outro ladrão para poder lhes proteger. custos de reposição estão muito acima que vêm dos distritos de Quelimane, 2006. Fico triste quando me recordo bastante. gia do partido em relação à gestão do porque tem sentido de Estado, ti- 75 anos da cidade de Quelimane, como Zambézia.
das nossas capacidades. Contudo, não Inhassunge e Nicoadala, mas que exer- que essa estrada só resistiu apenas dois Porém, se o desejo for contrário, tam- conflito de Nampula.
16 Savana 08-09-2017
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INTERNACIONAL
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Savana 08-09-2017 17

João Lourenço é o novo Presidente

&1(FRQÀUPD
YLWyULDGR03/$
O
s resultados finais das tos, cujos resultados provisórios
eleições gerais de An- dão uma vitória de 61% ao partido
gola, que se realiza- MPLA, “não foi desenvolvido, na
ram  a 23 de Agosto, maioria dos casos, em conformi-
foram divulgadas pela dade com a lei”. “O presente es-
Comissão Eleitoral. Confirmam a crutínio apenas se restringiu à veri-
vitória do MPLA por 61% dos vo- ficação dos votos nulos, brancos e
tos, o que significa que João Lou- reclamados. O processo ficou ainda
renço, o cabeça de lista do partido, mais ensombrado com o desapare-
é o Presidente eleito. cimento de urnas, o surgimento de
novas urnas, o desaparecimento de
A UNITA é a segunda força políti- votos, entre outras irregularidades”,
ca do país, tendo obtido 26,67% dos lê-se no documento. 
votos, seguindo-se a coligação de Os partidos da oposição estão a
partidos CASA-CE, com 9,44%. fazer um escrutínio paralelo da
Os resultados definitivos por votação e afirmam ter resultados
província já estão publicados no diferentes dos dados provisórios
site da Comissão Eleitoral. que garantem vitória ao MPLA –
Antes da divulgação dos resultados, liderado por João Lourenço –, que
soube-se que houve um reforço de apontam para uma maioria qualifi-
segurança. Fontes em Angola dis- cada no Parlamento, com 61% dos
seram que a segurança foi refor- votos, ainda que isso leve a uma
çada em algumas áreas do centro perda de 25 deputados face aos
da capital, Luanda, para o caso de resultados anteriores. Numa men-
haver protestos após a divulgação - sagem divulgada no dia do 75.º
por exemplo, junto à Praça 1.º de aniversário do último Presidente
Maio. Em alguma fotografias que de Angola, José Eduardo dos San-
circulavam nas redes sociais via-se tos, o MPLA garantia que “acaba
um forte aparato policial. Porém, de vencer, convincentemente, as
acrescentam as fontes, não havia eleições gerais de 2017”. 
nada até ao início da tarde que in- A Comissão Eleitoral analisou os
dicasse a existência de um protesto protestos dos partidos UNITA,
organizado. FNLA, PRS, APN e CASA-CE,
Uma nota do Ministério do Inte- que consideraram ter havido ir-
rior angolano do início de Setem- regularidades na contagem dos vo-
bro para os comandos provinciais tos e na divulgação dos resultados
da polícia, a que o PÚBLICO parciais - que deram a vitória ao
teve acesso, diz quais as medidas a MPLA mas sem maioria qualifica-
adoptar ao “avizinhar-se” a data da da (mais de dois terços), o partido
divulgação dos resultados eleitorais, no poder e do Presidente cessante,
“tendo em conta os pronuncia- José Eduardo dos Santos, que de-
mentos dos partidos da oposição”, pois de 37 anos no poder não se
que  contestaram os resultados recandidatou. Os  protestos foram
provisórios anunciados. considerados sem fundamento.
Recorde-se que os líderes de qua- Diz a nota do Ministério do Interi-
tro forças da oposição em Angola or que deve ser reforçado o policia-
(UNITA, Casa-Ce, FNLA e PRS) mento nos locais de maior concen-
consideram que as eleições foram tração populacional, como praças
ilegais e inconstitucionais e pedem públicas onde decorrem habitual-
a recontagem dos votos. Os parti- mente manifestações; que deve ser
dos afirmam que “vão declarar o feita segurança reforçada às insta-
processo institucional e ilegal”, não lações da Comissão Eleitoral, que
vão “aceitar quaisquer resultados a polícia deve “assegurar as sedes
produzidos à margem da lei” e rec- das forças políticas concorrentes e
lamam ainda um “novo escrutínio seus líderes” e que as forças devem
provincial”, que seja feito com base informar rapidamente os serviços
na lei e na Constituição. sobre “tentativas de manifestações
Nessa nota, a oposição considera ou outros actos relevantes”.
que o processo de contagem de vo- (Publico.pt)

João Lourenço sucede a José Eduardo dos Santos. A tomada de posse está
marcada para 20 de Setembro.
OPINIÃO
18 Savana 08-09-2017

Cartoon
EDITORIAL
OPINIÃO DE MADURO PARA VENEZUELANOS
A carnificina rodoviária
A
tragédia registada domingo último no distrito de Zava-
la, província de Inhambane, resultando na morte de doze
pessoas, deve obrigar as autoridades nacionais a assumir a
ausência de segurança nas nossas estradas como uma si-
tuação de calamidade que requer intervenções que levem a que se
ultrapasse o actual estado de rotina com que esta matéria tem sido
tratada.
Todos ficamos chocados quando se verifica este tipo de chacinas,
mas depois voltamos ao nosso normal, e prosseguimos com a vida
como se nada tivesse acontecido. De tanto banalizarmos a morte
que mais uma dúzia de esqueletos carbonizados não provocam a
nossa consciência colectiva. Quantas dúzias de pessoas precisam de
perecer para nos apercebermos de que estamos perante um estado
de luto nacional?
Se não houver uma acção para se reverter o cenário, a sinistralida-
de rodoviária pode muito brevemente vir a tornar-se na principal
causa de morte em Moçambique, muito acima de doenças como o
SIDA, a tuberculose e o cancro.
Dados oficiais disponibilizados pela Polícia da República de Mo-
çambique (PRM) indicam que, só nos primeiros três meses deste
ano, pelo menos 256 pessoas perderam a vida em todo o país como $JXHUUDQD&RUHLDHVWHÀPGHVHPDQD
consequência de acidentes de viação. Nos primeiros seis meses do
ano, as seguradoras pagaram 2,1 biliões de Meticais em compensa- Por João Carlos Barradas

O
ções relacionadas com acidentes de viação.
s mais que prováveis dispa- de terrorismo na Coreia do Sul e no adoptar regimes de substituição de
O que torna estas tragédias mais trágicas ainda é que elas não são estrangeiro ou provocações militares
ros de mísseis de Pyongyang combustíveis e racionamento duran-
inevitáveis. Actuando com alguma prudência, respeitando as mais no próximo sábado vão selar para intimidação. te pelo menos um ano sem risco de
elementares regras de trânsito, e ainda verificando com regularida- o destino da guerra na pe- Kim Jong-il, por exemplo, em Mar- perturbações graves.
de as condições mecânicas de uma viatura são elementos essenciais nínsula coreana e o futuro da Ásia ço de 2010, durante a presidência do A seca redundará em más colheitas
para garantir que os utentes da via pública cheguem aos seus desti- Oriental. conservador Roh Moo-hyun, torpe- de arroz, milho, batatas e soja em
nos em perfeitas condições de segurança. Na eventualidade de um Para assinalar a proclamação da Re- deou uma corveta sul-coreana ma- Outubro e Novembro, nas estimati-
pública Democrática Popular por tando 46 militares e, meses depois, vas da FAO, do Programa Alimen-
acidente como este do último domingo, não há nenhum benefício
Kim Il-sung a 9 de Setembro de em Novembro, bombardeou a ilha tar Mundial e do Departamento de
que se possa obter em tentar procurar culpados; o que importa é 1948, o neto Kim Jong-un tem opor- de Yeonpyeong, numa zona disputa-
que há algo que deveria ter sido feito para evitar o acidente ou pelo Agricultura dos Estados Unidos, e,
tunidade de testar a credibilidade da da entre os dois estados, causando a
à semelhança do ocorrido em 2015,
menos minimizar os danos, mas que não foi feito. capacidade de contenção militar dos morte de mais dois militares e, ainda,
a produção de cereais ficará bastante
E há motivos de sobra para defender que, para além das precauções Estados Unidos, Coreia do Sul e Ja- dois civis.    
aquém das necessidades estimadas
que devem ser tomadas pelos motoristas, uma rigorosa e efectiva pão. O impasse reina a favor de Kim
de 5,2 a 5,5 milhões de toneladas
fiscalização rodoviária podem contribuir para poupar preciosas vi- Consoante a rota, classe e número de dadas as objecções da China e da
mísseis lançados, Pyongyang poderá Rússia a sanções mais duras contra métricas para 2017/2018.
das humanas. A expansão da produção e comercia-
obrigar a tentativas de intercepção Pyongyang e os sinais contraditórios
Um dos factores para a alta incidência de acidentes nas nossas es- pelos sistemas de defesa em terra e da Casa Branca empenhada em subir lização de produtos alimentares por
tradas é a fraca fiscalização realizada pelas autoridades, para além mar THAAD, Aegis e Patriot (PAC a parada nas hostilidades comerciais privados, acompanhado a expansão
da corrupção que grassa no seio da polícia. Temos muitos agentes -3). contra Seul e Pequim ao mesmo do “sector cinzento” tolerado pelo
da polícia na estrada, mas estes estão, muitas vezes, dispostos a dei- Fracassos pontuais de intercepção só tempo que ameaça a Coreia do Norte Estado que equivale 30% a 50% do
xar passar uma transgressão desde que tal resulte num rendimento irão contribuir para o retorno célere com “uma resposta militar massiva”, PIB, exclui, contudo, no imediato, o
de armas nucleares tácticas norte- apesar de ainda não ter posicionado risco de fome generalizada que entre
adicional para o agente fiscalizador. É essa a razão de todo o con-
-americanas retiradas da Coreia do forças suficientes para um ataque que 1996 e 1999 causou 500 a 600 mil
flito que se instalou, por exemplo, na cidade de Maputo, entre a
Sul pela administração George W. abra uma guerra preventiva. mortes.
Polícia de Trânsito e os agentes da polícia camarária. Bush, em 1991, e reforço acelerado 800 mil cidadãos chineses residentes A repatriação forçada ou o cancela-
Na componente da fiscalização nas principais auto-estradas, im- dos arsenais militares de Seul e Tó- na Coreia do Sul - uma comunida- mento das transferências de salários
porta que a polícia considere a necessidade de introduzir unidades quio. de herdeira da emigração de finais dos cerca de 100 mil trabalhadores
móveis, com viaturas equipadas com sistemas de controlo de velo- Uma ou mais intercepções bem-su- do século XIX e afectada pelo boi- norte-coreanos no estrangeiro, so-
cidade. Este será um factor de dissuasão, que obrigará os motoristas cedidas assumem carácter de urgên- cote económico imposto este ano bretudo na Rússia, privariam Pyon-
a respeitar os limites de velocidade, se souberem que a qualquer cia para credibilizar a capacidade de por Pequim a Seul na sequência da gyang de mais de mil milhões de eu-
defesa de pouco valendo a eventual instalação do sistemas antimísseis ros de divisas por ano, mas tal como
momento podem ser detectados e autuados.
explosão ou queda prematuras de THAAD - e a presença de 180 mil no caso de cortes de receitas nas ven-
Há outras medidas adicionais, que incluem um rigoroso escrutínio mísseis norte-coreanos e menos ain- norte-americanos, além de mais de
sobre as habilidades dos motoristas, em especial aqueles que se de- das ilegais de armamento, drogas e
da a inacção face a testes de mísseis 20 mil militares, são um dos cons-
outros tráficos, o impacto demoraria
dicam ao transporte de passageiros. Vezes sem conta estes são tri- balísticos de médio ou longo alcance. trangimentos com que joga Pyon-
a fazer-se sentir.
pulantes dos chamados “chapas”, que em ocasiões anteriores terão Kim poderia optar por deixar correr gyang.
A conjuntura favorável, no entanto,
cometido irregularidades graves, mas que não obstante continuam o seu curso a discórdia patente entre Um corte parcial ou total, progres-
não se prolongará por muito tempo,
na posse das suas cartas de condução. Washington, Seul, Tóquio, Pequim e sivo ou abrupto, nos fornecimen-
tos chineses de crude (cerca de 500 e Kim quer forçar a aceitação do es-
Moscovo, mas, considerando as ati-
Ao nível em que está, a sinistralidade rodoviária no nosso país exige tatuto de potência nuclear.
tudes provocatórias que tem vindo a mil toneladas/ano) e refinados de
a tomada de medidas extraordinárias e deve ser uma questão de tomar, o mais certo é que vise cavar petróleo (aproximadamente 200 Este fim-de-semana Kim joga tudo,
tomada de políticas ao mais alto nível da nossa governação. Na pre- ainda mais fundo as divergências. mil toneladas/ano) não afectaria os outra vez, em mais uma ofensiva na
servação de vidas humanas não deve haver lugar a meias medidas Para Kim, o próximo lançamento de programas nucleares e o desenvolvi- guerra que seu avô iniciou na madru-
ou qualquer tipo de contemplações. mísseis não exclui, de resto, o recur- mento de mísseis balísticos, estando gada de 25 de Junho de 1950.
so, à semelhança de avô e pai, a actos a Coreia do Norte em condições de *Jornaldegocios.pt

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OPINIÃO
Savana 08-09-2017 19

A contagem dos votos em Angola


“Favas contadas”
Por Onofre dos Santos*

O
s votos são como as favas... rados em cada uma das Comissões que somados darão o cômputo dos tagem, se forem diferentes dos pro- anunciados pela Direcção Geral das
ainda que o resultado seja Provinciais Eleitorais, com base nas resultados nacionais. visórios já anunciados. Parece que Eleições foram avassaladores para
previsível ou mesmo inevi- actas de cada mesa de voto, mas ao Nenhum partido, porém, tem ca- ninguém tem dúvidas sobre quem a oposição e criaram um tumulto
tável, eles devem ser conta- fim de 7 dias! Para se poder acele- pacidade de competir em velocida- vai ser o abade deste convento mas, emocional incontrolável. Nem o
dos um a um até ao último para se rar este processo e sem prejuízo dele, de com a contagem provisória para para a paz e credibilidade de todo tempo, nem os resultados definiti-
poder proclamar um resultado sério encontrou-se uma forma expedita a qual são requeridas dezenas de este processo e também em parti- vos do Conselho Nacional Eleitoral
e justo. Já agora é bom lembrar que de introduzir em computador os re- operadores profissionalizados intro- cular para a credibilidade da oposi- repondo o equilíbrio, foram capazes
era com favas brancas e favas pretas sultados das actas de todas as mesas duzindo os dados em computador ção, deve ser declarado pelos recla- de suster o tsunami de revolta contra
que se fazia em muitos mosteiros de voto utilizando o serviço de uma à medida que os vão recebendo. O mantes – a UNITA e a CASA-CE os resultados. Tudo isto apesar dos
medievais a eleição do abade nome- vasta equipa de operadores reunidos que os partidos e a coligação podem – quem, pela contagem baseada nas resultados da eleição presidencial
ado. Os monges “chamados a capí- num centro informático da CNE. e devem acompanhar é a contagem suas actas, será o novo Presidente da não darem maioria a nenhum can-
tulo” procediam à escolha metendo definitiva a nível de cada província República e qual a sua composição didato. Perdida a confiança no pro-
Foi assim em 1992 com as actas a
projectada para a Assembleia Nacio- cesso, até a segunda volta daquelas
num saco favas brancas se estavam chegarem de fax de cada província, ao longo dos 7 dias que a lei atri-
nal. Seria muito interessante ver se eleições ficou por realizar. Se fosse,
a favor do candidato ou favas pretas o que na época era um avanço tec- bui para esse efeito. Confrontados,
coincidem as contagens destes dois então, o caso destas eleições de 2017,
se, pelo contrário, ele não concitasse nológico surpreendente, e hoje, via porém, com resultados disparados concorrentes que presentemente di- os resultados de Luanda, ao con-
as suas preferências. Caso as favas internet, tornando ainda mais veloz à velocidade da luz do centro de videm entre si o grosso da oposição.
pretas superassem as brancas outro a transmissão dos dados. apuramento provisório, os partidos trário, prenunciariam uma perda da
Em todo o caso, há uma diferença maioria absoluta do MPLA o que
candidato seria apresentado até se Não obstante, ainda não se dispen- reagem sempre mal perante resulta- entre resultados provisórios e resul-
chegar a um resultado positivo. sa o papel, pelo que as actas das dos que contrariem as suas expecta- eventualmente suscitaria uma eufo-
tados definitivos. Os primeiros são
Só depois de contadas as favas se operações eleitorais, assinadas por tivas, por muito bem fundadas que ria de vitória por parte da UNITA
produzidos por técnicos dotados de
proclamava o vencedor. Muitas elei- cada presidente e demais membros sejam, anunciando reclamações para que os outros resultados provinciais
meios informáticos de consolidação
ções foram assim feitas desde a anti- anulariam. Tal como agora, a fazer fé
de mesa de voto e também pelos a CNE, a que têm direito mas que, dos principais dados da votação que,
nos resultados provisórios da CNE.
guidade e não muito diferentemente delegados de lista, são a base do mais apropriadamente, deveriam não obstante a sua altíssima proba-
O que atira abaixo a tese do “labo-
do que acontece hoje em dia, os bons apuramento eleitoral em cada pro- apresentar nas respectivas Comis- bilidade de acerto, não dispensam os
ratório” em Luanda que transforma
dos frades, perambulando pelos víncia. Aí não se contam votos mas sões Provinciais de que fazem parte apuramentos provinciais e nacional,
a realizar pelos Comissários Eleito- o sentido dos votos. Na verdade os
claustros, iam antecipando a vitória contabilizam-se apenas os dados os seus representantes. De facto, é ao
rais. Ninguém dispensa, no entanto, resultados nacionais que serão pro-
do novo abade como se a eleição constantes das actas de cada mesa. nível do apuramento provincial, em
o apuramento provisório, preferindo clamados pela CNE até ao décimo
fosse uma simples formalidade. “São O contacto com os boletins de voto certos casos com diminuto número
o risco do choque à incerteza da es- quinto dia depois do encerramento
favas contadas”, ciciavam ao ouvido é circunscrito aos votos reclamados de votos contabilizados, que é muito da votação, serão o somatório de
uns dos outros, com a convicção que e aos votos nulos que devem ser re- mais fácil a comparação dos resulta- pera.
Recordo que em 1992, quando se dezoito conjuntos de parcelas pro-
lhes ia na alma. apreciados, um a um, pelos Comis- dos das actas em poder dos partidos vinciais, contas em que, a todos os
Em Angola, pelo menos os três sários Provinciais. É dessas actas e das Comissões. efectuou o primeiro apuramento
provisório, nem sequer a Lei Elei- níveis, devem participar os delega-
principais concorrentes ao trono que os delegados de lista, ou seja, Para além de ser precipitada a recla- dos partidários. Não lhes faltará a
toral o previa. Como Director Geral
presidencial, pediram ao eleitorado a os representantes dos concorrentes mação do apuramento provisório, oportunidade para comparar os re-
das Eleições confrontei os partidos
vitória nas eleições de 23 de Agos- partidários, deverão receber uma como era previsível, a comparação sultados com as suas actas e reclamar
participantes no Conselho Nacional
to e, cada um deles terá feito tudo cópia simplificada com tudo o que exacta e coerente dos dados não tem Eleitoral a este respeito. A posição para a CNE e recorrer para o Tri-
ao seu alcance durante a campanha de momento precisam de ter em sido possível e, prudentemente, ne- da UNITA não podia ser mais clara: bunal Constitucional se as suas con-
eleitoral para que a sua convicção se suas mãos: os resultados obtidos na nhum dos concorrentes da oposição ninguém iria esperar pelo prazo le- tas, alicerçadas em actas eleitorais,
traduzisse nos resultados. Nada mais contagem efectuada na sua presença. declarou até agora os seus resultados. gal para conhecer os resultados, ain- conduzirem a resultados diferentes.
natural, por conseguinte, o desejo Com estes resultados de cada mesa Todavia, neste momento, já não há da que provisórios, e se a Direcção Entretanto, já tocaram os sinos na
dos candidatos e dos eleitores de os concorrentes eleitorais passam “favas contadas” para ninguém. Os Geral das Eleições não estivesse em torre do convento e um novo abade
verem proclamados os resultados, a estar munidos de uma garantia eleitores já se pronunciaram e não condições de os publicar em tempo foi eleito.
ainda que a título legalmente provi- quanto à absoluta transparência dos devem ser eles a pagar as favas recla- útil ela mesma os anunciaria, pois Vai começar a procissão!
sório, no mais rápido prazo possível. actos eleitorais e estarão em condi- madas, pois manda também a trans- dispunha dos seus próprios meios
Ora, o que são estes resultados pro- ções de comparar as “favas contadas” parência que cada concorrente a es- de apuramento. Foi o que se viu. *Director Geral das Eleições
visórios? São praticamente os mes- com os resultados reais de cada mesa tas eleições diga quais os resultados Os primeiros resultados de Luanda de Angola em 1992
mos que a Lei prevê que sejam apu- e os dezoito cumulativos provinciais a que chegou pela sua própria con-

A coreana de cor-de-rosa, Email: carlosserra_maputo@yahoo.com

a ONU e Vladimir Putin


Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
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Fernando Sobral*
Eleições e cargos
H A
á quem escreva: o apocalipse gresso das conversações? Nas últimas segurança? Quer mostrar o seu poder proxima-se o tempo das eleições, autárquicas em 2018, le-
será transmitido em directo décadas do último milénio esse era na região ou Kim está apenas a gri- gislativas e presidenciais em 2019.
pela televisão e será apre- um trabalho para o secretário-geral tar - principalmente para os EUA - a O tempo das eleições é o denso tempo das ansiedades,
sentado por uma senhora das Nações Unidas. Mas temos esta- enormemente prêenseis, dos pretendentes a cargos.
pedir ajuda? A questão é saber se a
norte-coreana vestida de cor-de-rosa, do acostumados a que os ocupantes Várias são as instâncias onde preocupados candidatos actuam e
ONU ou os mediadores suíços, ou
como a que dá as notícias no país de desse cargo sejam passíveis até ao continuarão a actuar, com intensidade e visibilidade crescentes,
Kim Jong-un. Quem é ela? ponto da invisibilidade, com o seu mesmo Donald Trump, saberão aju-
suplicando, ajoelhando seus préstimos,  tentando fazer valer seus
cargo deliberadamente ofuscado pelo dar a Coreia do Norte a sair deste autoproclamados dotes, construindo alianças, fazendo ritualizadas
Ri Chun-hee é a mais conhecida unilateralismo pós-Guerra Fria dos círculo, sem caírem acidentalmente oferendas, promovendo onerosas festas futuristas, frequentando dia-
face da televisão central da Coreia do EUA. Seria bom ver António Guter- numa guerra”. Saberão? Vladimir riamente sedes partidárias, musculando o policiamento ideológico,
Norte, aparecendo sempre que há um res ser convidado pelo Conselho de tem dúvidas. Na reunião dos BRICS escrevendo palavras engravatadas e sábias nas estradas da escrita ou
anúncio de mais um ensaio de mís- Segurança para viajar para o Sudes- em Xiamen disse apenas: “É impossí- dizendo com ar  sacerdotal coisas grandiloquentes e louvaminhei-
seis. A sua forma de dar as notícias te asiático, em busca de um terreno vel dialogar com gente (os america- ras em rádios e televisões.
é uma versão de uma proclamação comum e possíveis compromissos.” Certamente perverso era o sociólogo alemão Max Weber quando,
nos) que confundem a Áustria com a
feita com prazer. Ri, de 74 anos, é No “Independent”, Mary Dejevsky
Austrália”. Não poderia ser mais cla- nos primórdios do século passado, escreveu o seguinte: “Toda e
conhecida como a “voz do povo”. O argumenta: “Tudo depende do que a
ro sobre o que é hoje o poder norte- qualquer luta entre partidos visa, não só um fim objectivo, mas ainda
resto, claro, é saber o que irá aconte- Coreia do Norte efectivamente dese-
-americano.  e acima de tudo o controlo sobre a distribuição de cargos”.
cer. Jonathan Steele, no “Guardian”, ja. Aspira ao nuclear porque o deseja
escreve: “Quem poderia liderar o re- ou porque o vê como uma garantia de * Jornal de Negócios/pt
OPINIÃO
20 Savana 08-09-2017

Para estimular laços económicos e comerciais com Moçambique:

5HLQR8QLGRDSRVWDQRVVHUYLoRVÀQDQFHLURV
Por Andrew Parmley*

C
omo o 689º Lord Mayor da Cida- Mpesa e outros parceiros do sector privado. a buscar formas de fortalecer os laços com des de investimento para as empresas britâ-
de de Londres, sou um embaixador Eu vejo possibilidades reais para as empre- parceiros da Commonwealth. nicas aqui, especialmente se olharmos para
do sector de serviços financeiros e sas britânicas FinTech colaborarem com A Commonwealth, com 52 Estados mem- os próximos projectos de infra-estruturas
profissionais do Reino Unido. Du- empresas aqui em Maputo para ajudar as bros, 2,3 biliões de pessoas espalhadas por de grande escala em Moçambique. Como
rante o meu mandato de um ano, é prio- pessoas em toda a África a ter acesso aos todos os continentes habitados do mundo o principal centro de serviços financeiros
ridade fundamental para mim visitar os serviços bancários e financeiros. - está unida por valores compartilhados de do mundo, a Cidade de Londres, e o Rei-
mercados já estabelecidos assim como os Os laços comerciais entre o Reino Unido democracia, liberdade de expressão, direi- no Unido em geral, está bem posicionada
emergentes. e Moçambique têm estado a fortalecer-se. tos humanos e o estado de direito demo- para apoiar no desenvolvimento de infra-
Estou em Moçambique para a semana para Só em 2015, o Reino Unido exportou 130 crático. Esses princípios básicos encorajam -estruturas e capacidades, por exemplo.
conhecer e reunir-me com altos represen- milhões de libras esterlinas em serviços a prosperidade dos negócios e são consis- Estou ansioso por ver Moçambique tirar
tantes do governo e do sector empresarial para Moçambique, embora se tenha segui- tentes em todas as nações da Commonwe- vantagens destas oportunidades.
para discutirmos como podemos construir do uma ligeira descida em 2016. Números alth. Todos nós temos um desejo com- A Bolsa de Valores de Moçambique, por
laços económicos mais estreitos entre nos- mais recentes mostram que o comércio au- partilhado de desenvolver o comércio na exemplo, é uma instituição chave neste
sos dois países. mentou mais de 70% entre 2007 e 2016. Commonwealth, que vem crescendo quase contexto de desenvolvimento de serviços
A cidade de Londres é o principal centro Estou confiante de que o comércio entre os 10% ao ano desde 1995, ano em que Mo- financeiros. As bolsas de estudos ofereci-
financeiro do mundo, um aglomerado de nossos países vai continuar a acrescer. Mais çambique aderiu à organização. das pela Mansion House permitem a mais
conhecimento sem paralelo. Os centros re- do que nunca, mais cidadãos britânicos es- A cidade de Londres está numa posição professionais adquirem conhecimentos
gionais de excelência como Leeds, Edim- tão a consumir frutas e vegetais e bebendo privilegiada para expandir as nossas habi- nesta área.
burgo e Bristol complementam a excep- cerveja moçambicana. lidades de nível global em serviços finan-
Quero certificar-me de que o Reino Uni-
cional oferta global da Cidade de Londres. O sector financeiro de Moçambique está a ceiros e profissionais para o resto da Com-
do e Moçambique continuem a trabalhar
Um dos elementos de força chave do Rei- diversificar os seus serviços. Instituições fi- monwealth. Espero ver uma nova era de
em conjunto para estabelecerem oportu-
no Unido é a nossa liderança no campo da nanceiras moçambicanas estão a fortalecer forte crescimento internacional com base
nidades ainda maiores para o crescimento
inovação financeira, por exemplo, a Green as suas tradicionais ofertas de serviços ban- na cooperação entre a nossa família de es-
tecnológico, formas mais avançadas de im-
Finance e Islamic Finance. As empresas cários tais como empréstimos para clientes tados.
plementar novas oportunidades e garantir
moçambicanas poderiam explorar estes e empresas, como também estão a explorar Estou desejoso de reafirmar ao governo
que, juntos, desenvolvemos o sector finan-
produtos financeiros como formas alter- formas de oferecer produtos financeiros moçambicano a confiança do Reino num
nativas de financiamento para investir no ceiro nos continentes africano e europeu.
mais especializados, como a banca de in- futuro de prosperidade para Moçambi-
crescimento e prosperidade futuras. vestimento, pacotes financeiros de portfó- que bem como compreender as últimas Estou confiante de que a minha visita vai
FinTech, da combinação finanças e tecno- lio e emissão de títulos corporativos. decisões e prioridades para o crescimento reforçar o nosso compromisso mútuo de
logia, está rapidamente a tornar-se numa À medida que o Reino Unido se prepara económico. Neste contexto, irei reafirmar expandir os nossos laços económicos. A ci-
das jóias da coroa da Cidade. Mais pessoas para sair da União Européia, estamos a a importância da paz e estabilidade e do dade de Londres, como um todo e o Reino
estão empregadas neste sector no Reino analisar activamente como podemos apro- estado de direito para um ambiente de ne- Unido, continuam abertos para negócios;
Unido do que em Nova York. Estou feliz fundar os nossos relacionamentos com par- gócios eficiente e atractivo. Aguardo com Em conjunto, podemos moldar um futu-
que o governo britânico esteja a apoiar a ceiros internacionais. O sector financeiro expectativa discutir com os empresários as ro próspero tanto para Moçambique como
inclusão financeira em Moçambique atra- tem ligações económicas bem estabeleci- principais oportunidades e desafios de ope- para o Reino Unido.
vés do Programa FSDMoç. Isto mostra das em todo o mundo. Nos últimos anos, rar no mercado moçambicano.
o quão é importante a colaboração com a City of London Corporation tem estado Sei que existem significativas oportunida- *Lord Mayor da Cidade de Londres,

SACO AZUL Por Luís Guevane

Quénia: raridade democrática em África


O
Quénia é um país situado na (IEBC), embaraçou os Observadores In- bém elogiaram o processo. Por seu turno, a cia em África e no Mundo. Anulado
África oriental e já foi consi- ternacionais, desmotivou os apoiantes de IEBC reportou a existência de uma tenta- o escrutínio cabe então aguardar pela
derado o mais corrupto des- Kenyatta, higienizou momentaneamente o tiva fracassada de fraude. O “Supremo” não repetição no dia 17 de Outubro.
ta região. É conhecido não conceito de ética nas lideranças africanas. engoliu nem uma e nem outra coisa. Em O que agora se pode colocar é se o
só pelos elevados níveis de corrupção, Incredulidade porque em muitos países resposta ao recurso interposto pela oposi- novo escrutínio vai poder garantir a
“tradição” de suborno, como também africanos é recorrente a duvidosa e pouco ção, anulou as presidenciais alegando “ile- tão desejada qualidade de todo o pro-
pela política étnica e seus efeitos ne- convincente actuação das instituições que galidades e irregularidades” cometidas pela cesso eleitoral (com ou sem o actual
gativos sobre o processo de coesão lidam com o processo de eleições (gerais IEBC. Para festejar a decisão histórica do elenco). Até que ponto a possibilida-
nacional. Os 24 anos da governação e presidenciais). As reclamações de fraude, Supremo Tribunal os apoiantes de Odinga
de de vitória de Kenyatta não pode-
de Daniel Arap Moi, terminados em mesmo que fundamentadas, como regra, invadiram as ruas, acontecendo o contrá-
rá criar forte violência pós-eleitoral,
2002 com a eleição de Mwai Kibaki, não produzem consequências. É assim que rio com os de Kenyatta. Mesmo desapon-
admitindo a existência de um eleva-
não derrubaram o argumento de que faz sentido que tenha havido fortes aplau- tado com a decisão do Tribunal Supremo,
do nível de expectativa sobre Odinga
o poder corrompe. Pelo contrário, sos sobre a inesperada decisão do Supremo Kenyatta teve a sensatez de exortar o país à
(que se pretende vencedor)? Sabe-se
fortaleceram a ideia de que a demo- Tribunal do Quénia. A “oposição africana” firmeza na coesão nacional e a posicionar-
cracia vale pela necessária alternância vibrou de contentamento. Nas lideranças -se contra o “tribalismo”, evitando violên- que as eleições no Quénia têm sido
de poder. dos governos africanos desencadeou-se, cia. A “fraude maciça” perdia o rótulo de muito disputadas. Daqui decorre a
Nesta sequência, o Quénia tornou- certamente, uma incredulidade compreen- fantasma. O Homem mordia finalmente responsabilidade triplicada da IEBC
-se recentemente numa referência sível resumida na expressão: não é possível! o cão. A raridade democrática suscitava, em conduzir as eleições de modo a
em África após o Supremo Tribunal Tanto como em Moçambique os Obser- assim, novas interpretações sobre a quali- que o resultado final espelhe, de facto,
ter decidido pela repetição da eleição vadores Internacionais, em defesa de uma dade de imparcialidade do Supremo Tri- as escolhas do eleitorado. Não basta a
presidencial. Esta decisão criou in- suposta estabilidade do país, não só fize- bunal, sobre a possibilidade de existir um imputada legalidade para se ser Presi-
credulidade e desconforto nas hostes ram vista grossa por forma a “higienizar a efeito dominó que tenha a contundência dente da República, a legitimidade é o
da Comissão Eleitoral Independente fraude”, como referiu Odinga, como tam- de melhorar qualitativamente a democra- alicerce incontornável.
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Savana 08-09-2017 21
DESPORTO
22 Savana 08-09-2017

Ecos da Assembleia Geral da Federação Moçambicana de Atletismo, realizada em Chimoio

Da ameaça à prisão aos contornos da eleição de Manhenche


Por Paulo Mubalo

D
efinitivamente, a As- Delgado e Niassa aprovam o re- minutos, antes da realização das
sembleia Geral da Fede- latório de actividades e contas do eleições.
ração Moçambicana de elenco da federação que iria ces- 12:35h: O candidato Francisco
Atletismo (FMA), reali- sar, com o voto contra da cidade Manhenche faz a apresentação
zada, sábado último, no pavilhão de Maputo. sucinta do seu manifesto, ao que
do Sports Club, no coração da 11:40h: Os presidentes das as- seguiu o candidato Kamal Badrú.
cidade de Chimoio, ficará regis- sociações provinciais retromen- 12:50h: Com a comissão eleito-
tada para sempre como um mar- cionadas, de forma individual, ral já constituída pelo Dr. Malia,
co para a modalidade por vários fazem o uso da palavra expres- e dois jornalistas, Alfredo Langa
motivos. Começamos pelo mais sando o seu sentimento em torno
e Cláudio Saúte, dos semanários
caricato. do elenco que a poucos minutos
Magazine Independente e Ca-
iria cessar. As palavras de apreço
Acácio Jaime: quem não se recor- nal de Moçambique, respectiva-
à figura de Shafee Sidat levaram-
da dos episódios rocambolescos mente, o presidente do Conselho
-no a chorar de tanta emoção. As
aquando da sua passagem pela associações pediram à assembleia Fiscal explica os procedimentos
associação de atletismo da cidade As eleições e os nacionais paralisaram a cidade de Chimoio a observar antes da votação.
que deliberasse para a criação do
de Maputo? Desta vez, protago- cargo de presidente honorário. 12:56h: Começa o processo de
nizou um espectáculo fortuito, o Cronologia dos factos tivo, de outras auditorias feitas a 12:10h: Shafee Sidat fala pela votação.
que levaria o presidente da mesa 10:28h: Acácio Jaime pede ao instituições que não são do Es- última vez como presidente da 13:06h: Anúncio de resultados
da assembleia geral, Geraldo Al- presidente da AG, Geraldo Al- tado. FMA, retribuindo o apoio que depois de uma contagem mi-
berto, a ameaçá-lo de prisão. berto, para que lhe deixasse fazer 11:35h: As associações provin- recebeu de todos. nuciosa, os quais deram vitória
Jaime participou da assembleia uma explanação sobre o atletis- ciais de Maputo-província, Gaza, 12:20h: O presidente da mesa da bastante difícil de Francisco Ma-
geral não na qualidade de repre- mo. Inhambane, Manica, Sofala, assembleia geral pediu aos inter- nhence sobre Kamal Badrú, por
sentante de uma das onze asso- 10:32h: Geraldo Alberto dá ulti- Tete, Zambézia, Nampula, Cabo venientes um intervalo de cinco seis votos contra cinco.
ciações provinciais, nem de ins- mato a Acácio Jaime para aban-
pector da Juventude e Desportos, donar a sala.
uma vez que, exceptuando Cabo 10:34h: O presidente da Asso-
Delgado, que delegou um repre- ciação Provincial de Atletismo
sentante, as restantes 10 asso- de Nampula explica que os esta-
ciações estiveram representadas tutos estão claros e só têm direi-
pelos seus presidentes. to à voz os presidentes e/ou seus
E foi na qualidade de “família representantes.
de atletismo” que gelou a sala, ao 10:37h: Shafee Sidat inicia a
pedir a palavra para falar da situ- apresentação do relatório e con-
ação actual do atletismo no país, tas. O relatório destaca a reabili-
pedido negado pelo presidente tação e apetrechamento de nove
da mesa da assembleia, Geral- sedes provinciais, exceptuando
do Alberto, uma vez que nem Maputo-província e Cabo Del-
sequer fazia parte da agenda do gado, e o facto de ter deixado nos
encontro. cofres da federação cerca de 40
Jaime não conseguiu dizer com mil dólares.
que base legal pedia para usar 10:50h: o presidente da Mesa da
da palavra, limitando-se a referir Assembleia pede às associações
que os estatutos o permitem, o para que se debata o relatório de
que era interpretado por vários actividades e contas.
segmentos atentos à assembleia 10:58h: O presidente da Asso-
como uma tentativa para invia- ciação de Atletismo da Cidade
bilizar o processo ou mesmo para de Maputo questionou a Shafee
desacreditar o candidato Kamal Sidat o facto de o valor gasto na
Badrú, que se supunha apoiado construção e reabilitação das in-
pelo presidente cessante, Shafee fra-estruturas ser igual em todas
Sidat. as províncias, quando cada obra
Irritado, o presidente da mesa tinha as suas especificidades e,
convidou Acácio Jaime para se em resposta, Shafee explicou que
retirar imediatamente da sala, a auditoria tomou como base um
antes que chamasse a polícia para valor médio para quantificar os
o prender, mas este não se deu gastos.
por vencido e quis saber porque 11:10h: O presidente da Asso-
seria preso, porquanto, não tinha ciação Provincial de Atletismo
cometido nenhum crime. Daí de Inhambane defendeu a ideia
em diante recusou a abandonar a de que os gastos não deviam ser
sala, mas nunca mais falou até ao apresentados de forma parcelada,
fim da assembleia. o que levou, de novo, Shafee Si-
O momento de êxtase foi quan- dat a explicar os procedimentos
do os presidentes de 10 associa- seguidos pelos auditores.
ções provinciais (exceptuando 11:13h: O presidente do Con-
Maputo) falaram tudo o que lhes selho Fiscal, Lourenço Malia,
ia no seu âmago, tendo explicado explicou que o importante foi
que Shafee Sidat foi um presi- demonstrar de que forma o di-
dente inclusivo e que deu opor- nheiro foi gasto e apelou às
tunidades iguais a todos. E pe- associações provinciais a dife-
diram, à assembleia, que criasse renciarem os procedimentos de
o cargo de presidente honorário auditoria às contas do Estado,
para Shafee Sidat. feitas pelo Tribunal Administra-
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DESPORTO
Savana 08-09-2017 23

‘‘A Hidroeléctrica de Cahora Bassa saúda


a todos os moçambicanos pela passagem
do 07 de Setembro, o Dia da Vitória’’
CULTURA
24 Savana 08-09-2017

Joe Bragança - O Cavalheiro das Artes


J
osé Bernardo Bragança fale- todas estas iniciativas sem delas ti- bre as artes plásticas, a sua ligação
ceu no passado dia 30 de Se- rar qualquer proveito, nem protago- com figuras como o Malangatana
tembro, em Portugal, aos 62 nismo. Valente Ngwenya, Mankeu, Chis-
anos de idade. Isso: o Joe Bra- Alto e elegante, sempre distinta- sano, Samate, Júlio Navarro e to-
gança deixou-nos, não mais estará mente bem vestido, de uma simpa- dos aqueles que corporizaram o
fisicamente entre nós! tia imaculada, com um humor fino, movimento das artes plásticas pós
muito culto e, portanto, sempre bem independência, tornam o seu nome
Por mais de quatro décadas foi uma informado, com um comportamen- incontornável na história das artes
personalidade intelectual incontor- to, disciplina e modos que pareciam e cultura de Moçambique.
nável na arena cultural e artística ter sido moldados nos melhores sa- O Joe Bragança foi também o Co-
lões da aristocracia mais requintada missário da Expo Sevilha, missão

Sérgio Santimano
em Moçambique. Figura pública
que nunca se preocupou em o ser, e recomendada. O Joe Bragança era que lhe foi confiada pelo então
mas que deixa uma marca perene aquilo que se pode definir como um Ministro da Cultura Luís Bernardo
nos meios da nossa cultura. Verdadeiro Cavalheiro! Honwana. Foi a primeira presença
Com apenas 17 anos iniciou um Quando a partir de 1980 o país se moçambicana neste tipo de eventos
percurso único no mundo da cul- abriu à iniciativa privada, ele foi o mundiais, onde ele mostrou a sua
coloniais que tinham tido os seus Nacional da Cultura em 1976, uni- primeiro grande impulsionador do habilidade e competência organi-
tura nacional, primeiro como pro- dade orgânica do então Ministério
palcos em Woodstock, ou na ilha sector de artesanato, tendo traçado zativa, elevando o nome e o prestí-
motor e produtor de espectáculos
de White e cujo cartaz reproduzia da Educação e Cultura dirigido estratégias para a sua comercializa- gio do País ao mais alto nível.
de música, na altura considerada de
o estilo de penteado afro de An- pela Ministra Graça Machel. Aos ção e apoiado a organização do seu Para além de estar ligado às Artes e
vanguarda, num período marcado
gela Davies, ou Jimmy Hendrix, e “Chefes da Brigada” cultural, como movimento cooperativo. Essencial- Cultura, o Joe Bragança desenvol-
pela revolta jovem contra as guerras
em cujas músicas ( “Aquarius – Let ficaram conhecidos, juntou-se o mente, o que procurou fazer foi dig- veu actividades na área de comu-
injustas na Indochina, América La-
the Sunshine In”, p.e.) se cantavam Ricardo Teixeira Duarte, com a ta- nificar uma arte à qual, até então, se nicação tendo criado uma empresa
tina e África. Em Lourenço Mar-
letras abertamente a favor de liber- refa da dinamização da cultura no dava pouco ou nenhum valor. própria designada “JBdeB”. Esta
ques lançou “Os Pingos de Chuva”,
dades então proibidas em Moçam- Moçambique Independente. Foi nesse âmbito que criou a em- actividade, que era também uma
ou os “Storm”, um trio poderoso
bique. Coube especificamente ao Joe Bra- presa Horizonte Arte e Difusão, sua grande paixão, começou desde
constituído por grandes músicos
Naturalmente que a independên- gança a Direcção Executiva do Ga- que incorporava os serviços de a sua juventude, quando criou o seu
como o Fu Manjate, Steve e Zeca
cia de Moçambique respondia aos binete Central do Festival Nacional apoio e promoção das Artes Plásti- primeiro o seu primeiro atelier cria-
Carvalho, em concertos memorá-
veis no Cine São Miguel, onde hoje anseios deste movimento contesta- de Dança Popular em 1978 e do cas, fornecendo materiais aos artis- tivo em 1975, tendo-a interrompi-
funciona Assembleia da República. tário e, nos princípios de 75, jun- Festival Nacional de Canção e Mú- tas plásticos, serviços de curadoria, do quando passou a fazer parte da
Ainda antes da independência, Joe tamente com o Aurélio Le Bom, sica Tradicional em 1980, tidos até e organização de exposições em Direcção Nacional da Cultura.
teve o atrevimento de trazer a Lou- David Abílio e Moreira da Silva, hoje como as grandes referências moldes invocativas como “Grito da Foi Presidente da AMEP-Asso-
renço Marques a primeira gran- integrou a direcção da União Mo- do movimento cultural de massas Paz” do artista Naguib, inaugurada ciação Moçambicana das Empre-
de opereta de rock. “Hair” era um çambicana da Cultura Musical e que não se voltaram a repetir. pelo Presidente Samora. sas de Publicidade e recebeu desta
musical inspirado nos movimentos Teatral. Este núcleo viria mais tar- Estes dois eventos terão constitu- Com a maior das naturalidades agremiação o Prémio Carreira em
contra as guerras imperialistas e de a resultar na criação da Direcção ído o maior levantamento sobre a transformou-se no primeiro “mar- 2015, em reconhecimento pela sua
cultura moçambicana e são, sem chand” moçambicano, prestando contribuição na área da comunica-
dúvida, um acervo irreprodutível serviços de agenciamento, distribui- ção.
de hábitos e tradições que o tempo ção, promoção, divulgação e venda A grandeza deste homem reside
tem vindo a corroer. O último deles de obras de arte nacionais. Neste na sua humildade, profissionalismo
foi gravado e filmado pelo cineasta quadro, organizou vários intercâm- com que desempenhou as várias ac-
Ruy Guerra e pelo realizador por- bios internacionais com artistas de tividades a que esteve ligado. O hu-
FLORENGLISH tuguês José Fonseca e Costa, que renome e estabeleceu parcerias com manismo, o trato e as boas relações
nos deixou o filme “Música Mo- galerias renomadas de vários países que sempre cultivou, fazem dele
TRAINING çambique”, verdadeiro repositório promovendo as artes e artistas do uma referência que não pode ser
de como se dança(va) e canta(va) nosso País. omitida quando se falar das artes e
do Rovuma ao Maputo. A sua permanente colaboração e cultura e também da comunicação.
Mas então quem era este Joe que, apoio ao Museu Nacional de Arte,
muito jovem, esteve por detrás de as suas palestras e dissertações so- (David Abílio)
(EVENING SCHOOL)

“Inside me” a história de Xixel


AT SANTA ANA DA MUNHUANA
* Conforme vem mencionado,

O
estamos no horário pós-laboral Centro Cultural Franco-
(18:00h às 19h30); -Moçambicano (CCFM)
acolhe, nesta sexta-feira,
8 de Setembro de 2017, às
20:30h, o concerto de divulgação
* Sentimo-nos mais confortáveis do álbum de originais intitulado
em ensinar: Jovens e adultos de nível “Inside me”, da artista moçambi-
cana Xixel Langa.
superior incluindo os que se preparam
Neste concerto, a cantora conta no
para cursos de pós-graduação fora do suporte rítmico com Stélio Zoe
SDtV RX SUHWHQGHP ,QJOrV SDUD ¿QV (bateria), Hélder Gonzaga (bai-
xo), Elcides Carlos, Dane Beverly
SUR¿VVLRQDLV (guitarra), Nicolau Cauaneque (te-
clado), Paulo e Onésia Muholove
(coros).
* Métodos: áudio e audiovisuais, Depois do lançamento oficial do Xixel Langa é dona de uma voz possante
álbum na última edição do Festival
claro, com manuais de acompanha- AZGO, no passado mês de Maio,
do de sentimentos, pois, sem per- po”, afirma Sol Macie.
der a essência, transpira a moçam- Xixel Langa nasceu a 10 de Agos-
Xixel Langa apresenta o concerto
PHQWR “Inside me - a história”, trazendo a bicanidade que derruba fronteiras. to de 1983. Desde cedo começou
palco a história de criação do dis- Xisseve Janett Langa, conhecida sua carreira artística. Aos 14 anos
co “Inside me”, que conta com um artisticamente como Xixel Langa, é entrou para os palcos da cidade de
* Contactos: 84 8207918 ou total de 14 faixas da sua autoria e dona de uma voz possante, forte e Maputo e quando tinha 19 anos
algumas colaborações, e foi grava- sensual e impõe-na com uma segu- iniciou a sua carreira musical, como
84 4721963 Sala 15 do na África do Sul, onde a canto- rança hipnotizante e faz com que a artista profissional. Participou em
ra solidificou a sua carreira e onde menina se agigante e se torne esta vários festivais nacionais e interna-
Av. Maguiguana, Alto Maé - Maputo esteve radicada de 2006 a 2011. mulher que carrega consigo a res- cionais, bem como em digressões
“Este disco coloca-nos num mun- ponsabilidade de transpor o tem- pela Ásia e Europa.
Dobra por aqui
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1235 ‡ DE SETEMBRO DE 2017
2 Savana 08-09-2017 SUPLEMENTO Savana 08-09-2017 3
OPINIÃO
Savana 08-09-2017 27

Abdul Sulemane (Texto)


Ilec Vilanculo (Fotos)

Feições não bigodeiam


N
os dias de hoje, a actividade física regular é um pressuposto fundamental para o
nosso bem-estar. Podemos ter tido em alguma época da nossa vida tempo para
praticarmos algum tipo de desporto ou se quisermos chamar de actividade física.
Existem aqueles que mesmo com as vicissitudes da vida encontram um tempo para
se exercitar fisicamente. A cultura da prática de desporto é uma virtude que precisa de mui-
ta força de vontade. O sedentarismo não precisa de muita força de vontade para fazer parte
da nossa vida. Cada um de nós precisa ter cultismo para levar uma vida saudável. Sabemos
que actualmente existem doenças que têm uma das causas o sedentarismo. Como tal, é
urgente mudar o comportamento de vida.
Agora, na prática de exercícios físicos precisamos de ter um nível de concentração para
aquilo que fazemos. Se estamos a correr, por exemplo, precisamos de estar em sintonia
com os passos que damos e a todas as variáveis que podem acontecer no desempenho dessa
actividade. Já ouvimos falar que o aparelho celular é um dos instrumentos que desconcen-
tra. Talvez o assessor de imprensa da Presidência da República, Arsénio Henriques, pelo
cargo que exerce, precisa correr com o telemóvel na mão? A cena foi vista num exercício de
aquecimento na companhia do vice-Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Augusto
Fernando.
Sabemos que existem alguns dirigentes que têm uma cultura de prática de desporto. Mes-
mo com as suas ocupações e responsabilidades, criam momentos para exercitar-se fisica-
mente. O primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário é um desses exemplos. Por isso
na conversa com o seleccionador nacional de futebol, Abel Xavier, estão a trocar um dedo
de conversa sobre algo que conhecem. A prática do desporto.
Esta questão da prática de desporto é bastante discutível para alguns. Não importa o peso
de cada um. Todos precisamos praticar exercícios físicos de alguma forma. Parece que os
pontos justificados pelo jornalista da Soico, Jeremias Langa, sobre a sua prática de exercícios
físicos não convencem o jornalista freelancer Luís Nhanchote que opta por olhar vago para
o horizonte. Será por ele ter um corpo mais atlético comparado a Jeremias Langa?
Como dizíamos, a questão do peso não é aqui chamada quando se fala de prática regular de
exercícios físicos. Quem pode estar a dizer isso deve ser o Governador do Banco de Mo-
çambique, Rogério Zandamela, para o antigo presidente do Conselho Directivo da CTA,
Rogério Manuel, e ao PCA da Mediacoop, Fernando Lima. Rogério Manuel, no centro,
preferiu fingir com o seu olhar vagante que não ouvia as palavras do Xerife de Washington.
Para terminar só podemos dizer que existem certas posturas que nos fazem concluir que
existem algumas actividades que deixaram, há bastante tempo, de ser do convívio destes
dirigentes. Vejam como pegam as pás. É bem visível que o Ministro dos Negócios Estran-
geiros, Oldemiro Baloi, e o Edil de Maputo, David Simango, já não pegam estes instru-
mentos de trabalho há bastante tempo. Isso foi no lançamento da primeira pedra para a
construção do novo edifício da embaixada dos EUA em Moçambique. As aparências aqui
não bigodeiam.
À HORA DO FECHO
www.savana.co.mz EF4FUFNCSPEFt"/099*7t/o 1235

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IMAGEM DA SEMANA Naíta Ussene
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FOUFSSBEPOVNEJTUSJUPEPQMBOBMUPOBQSPWÓODJBNBJTBOPSUFEF.PÎBN-
Análise do OMR CJRVF)ÈRVFNFYJHFVNBBVEJUPSJBBQFOUFmOP

Preços estacionários
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TFNBOBRVFPSPNCPOPTFDUPSBTDFOEFBPT64%NJMIÜFT&TUBTF
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OÍPTFSJBJNQPSUBOUFBVEJUBSTFBTJUVBÎÍPFBQVSBSFNTFPTSFTQPOTÈWFJT
EFUBNBOIBDBMBNJEBEF
Por Abílio Maolela

O
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s preços dos principais 1PSTVBWF[ PNFSDBEP9JRVFMFOF FORVBOUP PT NFSDBEPT $FOUSBM  OBiFTDPMJOIBEPCBSVMIPwPQFEJEPEFJODPOTUJUVDJPOBMJEBEFEB$POUB
produtos de consumo, WFOEJBFTUFQSPEVUPBNFUJDBJT  'BKBSEP F 9JRVFMFOF WFOEFSBN B (FSBMEP&TUBEP DPNPTFOBRVFMBJOTUÉODJBSFTJEJTTFNPTQPEFSFTQBSB
na cidade de Maputo, UFOEPTJEPPQSFÎPNBJTCBJYPEP UBM3FTUBTBCFSTF(BNJUPFTFVTQBSFTOÍPTFTFOUJSBNPGVTDBEPTQFSBOUF
NFUJDBJT
UBMFODFOBÎÍP QPJTIBCJUVBMNFOUFPTQBSFDFSFTDPTUVNBNTFSCFNNBJT
registaram, em Agosto NFSDBEPOBRVFMFNÐT 0ØMFPBMJNFOUBSPTDJMPVFOUSF SFDBUBEPT
findo, um ligeiro congelamento, 0 BSSP[ JNQPSUBEP  QPS TVB WF[  NFUJDBJT F  NFUJDBJT QPS DBEB
comparando com os meses de Ju- WBSJPVFOUSFPT NFUJDBJTFPT HBSSBGÍP EF  MJUSPT FORVBOUP B t 1FMPTÞMUJNPTQSPOVODJBNFOUPTEPiQBJEBEFNPDSBDJBwBQBSUJSEB(P-
nho e Julho. A conclusão é do Ob- NFUJDBJTQPSRVJMPHSBNB$PNP CBUBUBSFOPFTUFWFFOUSFF SPOHPTB mDBTFDPNBTFOTBÎÍPEFRVFCFNHPTUBSJBEFEBSVNFNQVS-
servatório de Meio Rural (OMR), TFNQSF P.FSDBEP$FOUSBMSFHJT- SÍP[JOIP OPTFOUJEPQPTJUJWPBPTFViJSNÍP/ZVTJw
QBSBRVFUVEPDPSSB
NFUJDBJTQPSRVJMPHSBNBT CFNOPDPOHSFTTPFTFBWBODFmOBMNFOUFOPTWÈSJPTQPOUPTEFBHFOEB
no seu quarto boletim de preços UPVPQSFÎPNBJTFMFWBEP .5 00.3KVTUJmDBPDPOHFMBNFOUP RVFB3FOBNPQFSTFHVFNFUJDVMPTBNFOUF
de bens alimentares, publicado LH
FORVBOUPPTNFSDBEPTEF9J- EPTQSFÎPTFN"HPTUPDPNBOÍP
esta semana, um projecto que se QBNBOJOF F 9JRVFMFOF SFHJTUBSBN BQSFDJBÎÍP EP .FUJDBM  FN SFMB- t .FTNPDPNPSFMBUØSJP,SPMMDÈGPSB EPRVFOÍPTFTBCFBJOEBTFPTEP-
pretende manter durante este ano. PTQSFÎPTNBJTCBJYPT UFOEPTFm- ÎÍP BPT NFTFT BOUFSJPSFT BVNFO- BEPSFT '.*JODMVTP UBNCÏNFTUÍPEJTQPOÓWFJTQBSBEBSBUBMNÍP[JOIB
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SJOIB EF NJMIP JNQPSUBEP iTUBSw UJDBJT .FSDBEP$FOUSBMDPOUJOVBBSFHJT-
Em voz baixa
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Savana 08-09-2016 1
EVENTOS

EVENTOS
0DSXWRGH6HWHPEURGH‡$12;;,9‡1o 1235

BCI em peso na FACIM

O
Banco Comercial cacionado e especializado para a representar a sua marca no localizados, dentre eles uma dades, compra virtual, adesão
e de Investimentos o financiamento ao sector do e contacto com o serviço daki
Pavilhão Ricatla, com a expo- Mini-Agência e áreas para
(BCI) marcou no- agronegócio em Moçambique. via Internet (APP) e daki via
vamente, este ano, a O banco esteve igualmente sição de produtos e serviços demonstração de funcionali- Celular.
sua presença na 53ª edição da
Feira Internacional de Mapu-
to (FACIM), expondo os seus
serviços inovadores.
Graça Machel enaltece o papel da mulher na sociedade

A
activista moçambicana chel falou dos seus projectos, liga- ças estudarem, comerem, mesmo para o futuro.
A sua exposição recebeu a vi- dos direitos humanos, dos à educação, direitos da criança e em situações de muita dificuldade. Desde o seu lançamento em
sita do Presidente da Repú- Graça Machel, cujas apoio às mulheres empreendedoras Por isso, ela tem de ser influencia- 2007, vários pensadores, artis-
blica, Filipe Jacinto Nyusi, e acções estão centradas no continente africano. dora em todos os níveis”. tas, cientistas e líderes - que são
no empoderamento da mulher A activista foi considerada recente- O projecto Fronteiras Braskem do referência nas suas áreas de pes-
apresentou produtos e serviços quisa e pensamento - tem parti-
e da criança, participou, a 5 de mente como a 36º colocada na lista Pensamento, que é patrocinado
inovadores mais especializa- Setembro, como oradora no das 100 pessoas mais respeitáveis pela Braskem, empresa da Orga- cipado do projecto, cujos valo-
dos para a área agrícola. encerramento do ciclo de con- do mundo, da empresa de consul- nização Odebrecht com actuação res básicos são o pluralismo de
Neste stand estavam presen- ferências da 11ª edição do pro- abordagens, o rigor académico e
toria sul-africana Reputation Poll, no sector Petroquímico, é um ciclo
jecto Fronteiras Braskem do intelectual e a interdisciplinari-
tes igualmente os gestores do ranking que conta com nomes de conferências anuais que se rea-
Pensamento, que decorreu na dade de ideias.
Desk Agro, especialistas com que vão de Papa Francisco e Dalai liza desde 2007, ligado ao projecto Cabe destacar que esta 11ª
Cidade de Salvador, no Esta- Lama, passando por personalidades cultural Fronteiras do Pensamento,
valências necessárias para me- edição do projecto, que contou
do da Bahia, Brasil, sob o lema políticas como Barack e Michelle que aposta na liberdade de expres-
lhor orientar os visitantes da com o apoio do Governo do
“Civilização: A sociedade e os Obama. são intelectual e na educação de Estado da Bahia, foi inaugurada
feira com interesse no sector seus valores”. Para Graça Machel, “a mulher é qualidade como ferramentas para pelo escritor moçambicano Mia
da agricultura, enaltecendo o fonte de várias energias. Reinventa- o desenvolvimento abrindo espaço Couto, que já conta com a sua
posicionamento estratégico Engajada na luta pelo empode- -se, posiciona-se, muitas vezes, em para o debate e a análise da con- terceira participação neste ciclo
ramento da mulher, Graça Ma- silêncio e é capaz de fazer as crian- temporaneidade e das perspectivas de conferências anuais.
do BCI como um Banco vo-
2 Savana 08-09-2017
EVENTOS

Nkutumula visita projecto de “My Love, a nossa


iniciativa juvenil na Matola forma de estar e a
cegueira deliberada”
N
uma altura em que o País


se mobiliza para o incre-
mento da produção agrí- My Love, a nossa tendo o autor decidido inte-
cola, jovens da Cidade forma de estar e a ce- grar os comentários, obser-
da Matola se destacam através gueira deliberada” é vações, críticas e análises que
do cultivo integrado de peixes e o título do livro de lhes foram feitos.
hortícolas, técnica conhecida por Mantchyiani Samora Ma- Sublinha ainda que o autor
aquaponia, que procura replicar o chel a ser lançado próxima faz uma crítica às elites que
ecossistema dos rios, fazendo uma terça-feira, 12 de Setembro, abandonaram o projecto ini-
simbiose entre a aquacultura (cul-
nas instalações do BCI-Se- cial, se acomodaram nos seus
tivo de peixes) e a hidroponia (cul-
tivo de plantas). de, em Maputo. interesses próprios e deixa-
ram de se preocupar com o
Neste sistema, as desvantagens da Apresentado pelo Professor bem comum.
prática em separado da aquacul- Severino Ngoenha, o livro E a propósito do bem co-
tura e da hidroponia ficam ultra- é uma colectânea de arti- mum relembra os ideais,
passadas, casos da descarga com gos, constituída por textos valores e sonhos do seu avô,
regularidade da água utilizada, na inéditos, publicados no jor- Samora Machel, líder que
medida em que excrementos dos nal SAVANA, mas também levou o povo moçambicano
peixes fertilizam as plantas e estas, apresentações do autor em à Independência Nacional.
por sua vez, purificam a água para
cerimónias a que foi convi- Por isso, tal como o fez a
os peixes, num circuito fechado de
dado. geração de jovens de que o
circulação de água. pido das plantas e, simultaneamen- a vantagem de poder ser montado
Nesta segunda-feira, o Ministro Segundo uma nota recebida seu avô fez parte, que lutou
te, a criação intensiva de peixes, na cidade, no campo, nas quintas
da Juventude e Desportos, Alberto tendo agora perspectiva de expan- na nossa Redacção, a maio- e alcançou a independência,
e nos quintais, facto que concorre ria dos textos foram ao longo o autor quer que a juventu-
Nkutumula, visitou o empreendi- são para Marracuene.
mento na Cidade da Matola, um Nkutumula destacou a importân- positivamente para a garantia da dos últimos anos publicados de assuma o seu papel e que
projecto de iniciativa juvenil que cia da transmissão desta experiên- segurança alimentar e produção e comentados no facebook, desenhe o seu próprio futuro.
permite o crescimento bastante rá- cia para os mais jovens, pois tem sustentável.

FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL

CANDIDATURAS PARA O MESTRADO ANO ACADÉMICO DE 2018 / 2019

Estão abertas as candidaturas para os cursos de Mestrado da Faculdade de Agrono-


mia e Engenharia Florestal (FAEF) nas seguintes áreas: PROPINAS

DESENVOLVIMENTO RURAL Inscrição: 6HWHPLOPHWLFDLV SDUDRVGRLVDQRV


Propinas: 1RYHPLOHTXLQKHQWRVPHWLFDLV SRUPrV
EXTENSAO AGRARIA
REQUISITOS DE ADMISSÃO
PRODUÇÃO VEGETAL
‡/LFHQFLDWXUDHP$JURQRPLD(QJ)ORUHVWDORXiUHDVDÀQV
PROTECÇÃO VEGETAL ‡&XUULFXOXPYLWDH
‡'LVSRQLELOLGDGHÀQDQFHLUD
GESTÃO DE SOLOS E ÁGUA ‡&DUWDGHDXWRUL]DomRSDUDHVWXGDUSDUDHVWXGDQWHVWUDEDOKDGRUHV
‡5DPRGH*HVWmRGHÉJXD ‡ 2 FDQGLGDWR GHYH SRVVXLU D QRWD GH FRQFOXVmR GR JUDX GH /LFHQFLDWXUD LJXDO RX
‡5DPRGH*HVWmRGH6RORV VXSHULRU D  YDORUHV RX QmR LQIHULRU D  YDORUHV GHVGH TXH DSUHVHQWH FRPSURYDGD
H[SHULHQFLDSURÀVVLRQDOGHDQRV
MANEIO E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE ‡1~PHURGHYDJDV SRUFXUVR 

ECONOMIA AGRÁRIA PROCEDIMENTOS PARA CANDIDATURA


‡5DPRGH$QiOLVHGH3ROtWLFDVH'HVHQYROYLPHQWR$JUiULR Do procedimento de candidatura deve constar:
‡5DPRGH0HUFDGRV$JUiULRV ‡)LFKDGH&DQGLGDWXUD SRGHVHUREWLGDQDVHFUHWDULDGH0HVWUDGRGD)$()
‡5DPRGH(FRQRPLDGH5HFXUVRV1DWXUDLV ‡&DUWDHQGHUHoDGDDR'LUHFWRUGR&XUVRLQGLFDQGRRUDPRHDPRWLYDomR
‡5DPRGH$JUR1HJyFLRV ‡&HUWLÀFDGRGHKDELOLWDo}HVHGLSORPDGH/LFHQFLDWXUD
‡&HUWLÀFDGRGDVFDGHLUDVIHLWDV
TECNOLOGIA E UTILIZAÇÃO DE MADEIRA ‡8PDFDUWDGHUHFRPHQGDomRDFDGpPLFD

MESTRADO EM CIÊNCIA FLORESTAIS 2VSURFHVVRVGHFDQGLGDWXUDGHYLGDPHQWHLQVWUXtGRVGHYHPGDUHQWUDGDaté 30/11/17


‡6LOYLFXOWXUD no seguinte endereço:
‡(FRQRPLDH0DQHLR)ORUHVWDO
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
REGIME DE LECCIONAMENTO &DPSXV8QLYHUVLWiULR0DSXWR
O leccionamento das aulas obedece o calendário académico da UEM. As aulas decor- Tel: 21 – 492177/09 Fax: 21 – 492176
rem entre as 15 e as 19 horas a partir de Fevereiro de 2018. Dependendo das especi- Extensão 
ÀFLGDGHVGHFDGDFXUVRDVDXODVSRGHUmRGHFRUUHUQRSHUtRGRGHPDQKm1R~OWLPR
WULPHVWUHGRSULPHLURDQRRVHVWXGDQWHVUHDOL]DPWUDEDOKRVGHFDPSRLQVHULGRQDGLV- 2VUHVXOWDGRVGDVFDQGLGDWXUDVVHUmRGLYXOJDGRVDWpJaneiro de 2018.
FLSOLQDGH6LPXODomRGH3URMHFWRV 0DLVLQIRUPDo}HVSRGHUmRVHUREWLGDVQD6HFUHWDULDGR&XUVRGXUDQWHDVKRUDVQRU-
PDLVGHH[SHGLHQWHRXDLQGDDWUDYpVGRHPDLO GLUIDHI#JPDLOFRP 
ORGANIZAÇÃO DOS CURSOS
$GXUDomRGRVFXUVRVpGHGRLVDQRV2SULPHLURDQRGHVWLQDVHjFRPSRQHQWHOHFWLYD
H R VHJXQGR DQR p GHGLFDGR j HODERUDomR LQGLYLGXDO GR WUDEDOKR GH FXOPLQDomR GR
curso.
Savana 08-09-2016 3
EVENTOS

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BM capacita jornalistas AZARIAS BILA

no Niassa AGRADECIMENTOS
0LJXHO %LOD H )DPtOLD DLQGD FRP GRU H PiJRD SHOR YD]LR TXH RV
WRPRX FRP R IDOHFLPHQWR GR VHX HQWH TXHULGR $=$5,$6 %,/$
Por Pedro Fabião, Lichinga

O
RFRUULGRGLDYLWLPDGHGRHQoDFXMRIXQHUDOVHUHDOL]RX
Banco de Moçambique daquela província para a segunda QR GRPLQJR  QR FHPLWpULR GH 1GODYHODPXQLFtSLR GD
(BM), através da sua filial formação deve-se ao facto da ca- 0DWROD DSUHVHQWDP DJUDGHFLPHQWRV j FROHJDV DPLJRV H D WRGRV
de Lichinga, capacitou, TXHGLUHFWDRXLQGLUHFWDPHQWHGHUDPRVHXDSRLRFRQVRORHDIHFWR
pital do Niassa ter de acolher, em
esta semana, 25 jornalis- GHVGHDSDUWLGDDWpFHULPyQLDVI~QHEUHVGRVHXHQWHTXHULGR$JUD-
tas da província de Niassa em ma- Janeiro próximo, o 42º Conselho
GHFHPSURIXQGDPHQWHDRSDUWLGR)5(/,02DRQtYHOGR&&6mR
térias financeiras, com objectivo Consultivo daquela instituição, a 'kPDVR]RQDGD0DFKDYDH&LGDGHGD0DWROD4XH'HXVRWHQKD
de fortalecer a comunicação social ter lugar entre os dias 24 e 26. na sua glória.
local no tratamento deste tipo de
assuntos.

O Director substituto daquela fi-


lial, Rafael Francisco, considerou
o acto incontornável, pois, na sua
óptica, visa dotar aqueles profis-
sionais de ferramentas capazes de
desenvolver o seu trabalho com
qualidade.
Francisco fez notar ainda que esta
é a segunda acção de formação le- Uma iniciativa
vada a cabo por aquela instituição
financeira, depois de, em Maio, ter
realizado uma na capital do país.
A fonte acrescentou que, com es- 
tas formações, o Banco Central
pretende reforçar a transparência
na sua actuação, fortalecendo a sua
relação com a comunicação social.
EŝĂƐƐĂŝŶŝĐŝĂƐŚŽǁĚĞũŽǀĞŶƐĞŵƉƌĞĞŶĚĞĚŽƌĞƐ
“Paralelamente, temos um Pro-
grama de Educação Financeira Os dois primeiros eventos do ƌŽĂĚƐŚŽǁ nacional do Agro-Jovem ocorreram nos dias 4 e 6 de Setembro
que tem como objectivo proteger
os consumidores de produtos e em Unango e Cuamba. Eventos semelhantes seguir-se-ão por todas as províncias com o objectivo de
serviços financeiros. Esclarecemos destacar o potencial dos jovens moçambicanos como protagonistas do desenvolvimento económico
determinados aspectos, bem como
promovemos a mudança de com- inclusivo e sustentável de Moçambique.
portamento destes no relaciona-
mento com os prestadores destes “O Agro-Jovem, visa promover o empreendedorismo juvenil no agro-negócio rumo ao desenvolvimento.
serviços”, explicou. Por isso, assumam esta oportunidade como uma iniciativa ímpar para a vossa própria autoafirmação e
O Director substituto do BM, em
Lichinga, revelou que a escolha autorrealização” – exortou o Governador da Província de Niassa, Arlindo Chilundo, dirigindo-se aos
estudantes da Unilúrio em Unango.
ALUGA-SE DUPLEX “É nossa expectativa que deste programa surjam futuros empresários, futuros agentes económicos que
Aluga-se duplex, T3, irão empregar outros tantos jovens”, acrescentou o Governador, que dirigiu uma saudação especial pela
iniciativa e papel da Gapi.
com 180m2 disponíveis
nos dois pisos. Nas duas ocasiões, cerca de cem (100) estudantes finalistas debateram ideias e os desafios de novos
Pronto para habitar, 2WC negócios e outros temas ligados ao agroempreendedorismo, sobretudo naquela Província – área com
enorme potencial produtivo, porém subaproveitada. Nampula será a próxima Província a receber este
e cozinha renovadas no evento.
bairro da Polana.
Contacto: 84-7411-7858

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Dois armazéns lado
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4 Savana 08-09-2017
EVENTOS

Standard Bank completa Universidade Politécnica


123 anos em Moçambique vai graduar 272 estudantes

O A
Universidade Politécni- portuguesa (cidadão guineense),
Standard Bank tos económicos do país antes e País, um projecto denomina- ca realizará a sua XIX académico, cientista social e fun-
completou, recen- após a independência. do Cidadania, para facilitar cerimónia de graduação cionário internacional superior da
temente, 123 anos A recente dragagem do canal de a aquisição de bilhetes de de estudantes no dia 13 Organização das Nações Unidas
da sua implantação acesso ao Porto de Maputo, o fi- identidade a milhares de ci- de Setembro, em Maputo, onde a relevância dos serviços presta-
em Moçambique, ao longo nanciamento à construção do ae- dadãos desfavorecidos, para serão graduados 272 estudantes dos em termos políticos, sociais
dos quais tem contribuído roporto de Nacala, em Nampula, promover a inclusão finan- do primeiro e segundo ciclos de e económicos para o desenvol-
para o desenvolvimento da o financiamento da estrada Ma- ceira e o gozo efectivo da estudos: licenciatura e mestrado, vimento internacional, especial-
economia nacional, através puto-Witbank, constituem alguns cidadania. nas modalidades de ensino pre- mente do continente africano.
do financiamento de im- exemplos do contributo desta ins- No rol da sua actuação so- sencial e à distância. O evento A Politécnica é uma instituição
portantes projectos socio- tituição bancária no crescimento cialmente responsável, o será presidido pelo Presidente da vocacionada para três grandes do-
-económicos e provendo económico e social de Moçambi- banco abraçou o despor- República, Filipe Nyusi. mínios, nomeadamente Ciências
serviços financeiros e solu- que. to, área na qual se desta- Empresariais, Ciências Sociais,
ções bancárias consideradas Para ajudar jovens empreendedo- cou como banco oficial do No dia seguinte, esta primei- Ciências Humanas e Tecnologias,
relevantes. res, startups e pequenas e médias Moçambola e promotor do ra instituição privada de ensino cuja acção se desenvolve através
empresas (PMEs) a estabelece- Standard Bank Open, a úni- superior no País atribuirá o tí- de um conjunto diversificado
Nos últimos anos e na se- rem-se e tornarem-se empresas ca competição nacional de tulo de Doutor Honoris Causa de actividades, com permanente
quência da descoberta de sucesso, o banco criou, recen- ténis na qual os atletas pon- a Carlos Lopes, na especialidade sentido de interdependência en-
dos recursos minerais em temente, em Maputo, a sua Incu- de Estudos de Desenvolvimento. tre ensino/formação, investigação
tuam para o ranking da ATP.
Moçambique, o Standard badora de Negócios, um espaço Pesou para a atribuição do tí- e prestação de serviços à comuni-
Importa ainda realçar que é,
Bank tem-se destacado no concebido para fomentar um cres- tulo a este intelectual da língua dade.
actualmente, o banco com
fornecimento de serviços cimento inclusivo, com a criação
a maior rede de ATMs de-
bancários de consultoria e de bases para um ecossistema
intermediação financeira, empresarial robusto, que valoriza
pósitos, em Moçambique, e
único banco com Quiosques
Agenda Cultural
além de aconselhar sobre o a inovação, o conteúdo local e a
desenvolvimento de infra- geração de postos de trabalho.
Digitais, com tecnologia
para autenticação de tran-
Cine-Gilberto Mendes
-estruturas necessárias para Na área social, na última década, Sextas, Sábados, Domingos e Feriados 18h3
a maximização do potencial sacções bancárias no celular,
o banco destacou-se no combate
com recurso à impressão di-
dos projectos mineiros no à malária, tendo oferecido redes
gital, o único banco com um
“DIVIDAS DA VIDA”
País. mosquiteiras a vários hospitais no
Aliás, dada a sua longevida- país, bem como equipar as unida- serviço de internet banking
que pode ser integrado com
Maputo Waterfront
de e conhecimento especia- des de pediatria dos hospitais de
lizado nas áreas de infra-es- referência no Norte, Centro e Sul o relógio de pulso Smart Todas Sextas, 19h
truturas, recursos naturais, do País. Watch e, ainda, com internet Jantar Dancante com Alexandre Mazuze
energia e outras que dina- Neste contexto, a educação tam- banking que permite efec-
mizam a economia do país, bém mereceu atenção do banco tuar transferências para M- Todos Sábados, 19h
o banco esteve sempre en- nestes anos, tendo-se focado no -Pesa, um serviço financeiro Música com Zé Barata ou Fernando Luís
volvido, como conselheiro/ apetrechamento de bibliotecas. móvel que permite movi-
assessor ou financiador, nos Nos últimos seis anos, o banco mentar dinheiro através do Chefs Restaurante
principais empreendimen- desenvolveu, em vários pontos do celular.
Todas Sextas, 19h Música ao vivo

PARCEIROS CO-ORGANIZADORES

AGRICULTURA SEM PESTICIDAS, SEM FERTILIZANTES E


SEM IRRIGAÇÃO, QUE RECUPERA OS SOLOS E NASCENTES
CONSELHO MUNICIPAL
DA VILA DE NAMAACHA

PARCEIROS INSTITUCIONAIS

PARCEIROS DE COMUNICAÇÃO

comT TD
FUNDADOR DA AGRICULTURA SINTRÓPICA

1º CURSO DE AGROFLORESTA E PARCEIROS

AGRICULTURA SINTRÓPICA
64T3T69T TŒTÜT  TŒT   APOIOS

ORGANIZAÇÃO
SEMINÁRIO PÚBLICO ŒT5=T TŒT<F57
 Ü TÜxTT TŒT Ü
INSCRIÇÕES ATÉ 10 SETEMBRO
PALESTRA PÚBLICATŒT64T TŒT59F5; (+258) 821996224
 TT qsTTÜTT   info@kosmoz.org
http:/evento.kosmoz.org/

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