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SÃO PAULO
2012
HUGO ALVES FEVEREIRO
SÃO PAULO
2012
Fevereiro, Hugo Alves
A acupuntura no tratamento da asma / Hugo Alves
Fevereiro. – São Paulo: [s.n.], 2012.
46 f.: il. ; 31 cm.
Presidente e Orientador
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2ª Examinador
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3ª Examinador
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Biblioteca
Bibliotecário: ___________________________________________________
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Agradeço a Deus por ter completado mais uma etapa de minha vida. Aos meus pais
que me educaram e ensinaram bons valores para poder enfrentar todas as
dificuldades que ainda estão por vir. Aos meus irmãos por acreditarem em mim. A
minha noiva que me ajudou em tudo que precisei e ficou horas comigo me
observando a fazer este trabalho e me incentivando. E aos meus amigos de curso,
que futuramente serão amigos de profissão.
Agradeço aos meus professores, que dedicaram seus tempos para me ensinar
coisas que utilizarei no decorrer de minha carreira profissional. Eles sempre serão
lembrados por mim e serão exemplos de profissionais durante toda minha vida.
Agradeço em especial ao Diretor da EBRAMEC Dr. Reginaldo de Carvalho Silva
Filho, que me ajudou bastante me indicando os caminhos que deveria tomar.
RESUMO
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, podendo ser
determinada por diversos fatores. Um dos principais fatores são os alérgenos,
presentes na maioria dos ambientes, como o pó, produtos químicos, pêlos, etc. A
maior dificuldade numa pessoa com crise asmática é a insuficiência respiratória, pois
com a obstrução das vias aéreas, a pessoa não consegue expelir o ar, ficando com
ele dentro dos pulmões. Muitas vezes, por causa da asma, ocorrem algumas
deformações posturais e torácicas, devido à freqüente hiperventilação em pacientes
com asma grave. Existem diversos tratamentos para a asma, como antiinflamatórios,
broncodilatadores, antileucotrienos e imunoterapia.
Na Medicina Chinesa, é importante conhecer muito bem a teoria dos Cinco
Movimentos que afirma que a madeira, o fogo, a terra, o metal e a água são os
materiais básicos que constituem o mundo material. Na teoria dos Cinco
Movimentos, existem quatro sequencias: Sequencia de Geração, Sequencia de
Controle, Sequencia de Super-atuação e Seqüência de Afrontação. De acordo com
a Medicina Chinesa, existem três principais órgãos envolvidos na asma, que são o
Pulmão, o Rim e o Baço. Existem várias causas que podem desencadear a asma,
sendo as principais a formação da Fleuma e do Calor, invasão de Vento ou a
deficiência de um ou mais órgãos citados. O tratamento da asma é feito em conjunto
com a Medicina Ocidental. O tratamento pela acupuntura segue o principio de
reequilibrar o corpo, dispersando os fatores causadores quando existem e/ou
fortalecendo os órgãos que estão em deficiência.
The asthma is a chronic inflammatory illness of the aerial ways, being able to be
determined by diverse factors. One of the main factors is the allergy, present in the
majority of environments, as the chemical dust, chemical products, flue, etc. The
biggest difficulty in an asthmatic person with crisis is the respiratory insufficience,
because with the blockage of the aerial ways, the person does not obtain expel the
air, being with it inside of the lungs. Many times, because of the asthma, occur some
postural and thorax deformations, due to frequent hyperventilation in patients with
serious asthma. There are various treatments for the asthma, as antiinflammatory,
bronchodilators, antileukotrienes and immunity therapy.
In traditional Chinese medicine, it is important to know very well the Five Elements
theory which states that wood, fire, earth, metal and water are the basic materials
that constitute the material world. In the theory of Five Elements, there are four
sequences: Generation Sequence, Control Sequence, Super Action Sequence and
Affront Sequence. According to traditional Chinese medicine, there are three main
organs involved in asthma, which are the Lung, Kidney and Spleen. There are many
causes that can trigger asthma, and the main are formation of Phlegm and Heat,
Wind invasion or deficiency of a one or more organs mentioned. Treatment of asthma
is made in conjunction with Western Medicine. The acupuncture treatment follows the
principle of rebalancing the body, spreading the causative factors when they exist
and / or strengthening the organs that are disabled.
1 INTRODUÇÃO ………………………………………………………………. 08
2 PROPOSIÇÃO ………………………………………………………………. 09
2.1 SISTEMA RESPIRATÓRIO ……………………………………………....... 09
2.1.1 Anatomia do sistema respiratório ........................................................... 09
2.1.2 Funcionamento do sistema respiratório .................................................. 15
2.2 ASMA SEGUNDO A MEDICINA OCIDENTAL ....................................... 17
2.2.1 Etiologia .................................................................................................. 17
2.2.2 Classificação ........................................................................................... 19
2.2.3 Fisiopatologia .......................................................................................... 21
2.2.3.1 Principais complicações em decorrência da asma ................................. 22
2.2.4 Deficiências posturais causadas pela asma ........................................... 23
2.2.4.1 Principais deficiências posturais causadas pela asma ........................... 24
2.2.5 Tratamento ............................................................................................. 26
2.3 MEDICINA CHINESA .............................................................................. 31
2.3.1 Os cinco Movimentos................................................................................ 31
2.3.2 Funções do Zang Fu (órgãos internos referentes à asma)..................... 35
2.3.3 ASMA SEGUNDO A MEDICINA CHINESA.............................................. 38
2.3.3.1 Etiologia.................................................................................................... 38
2.3.3.2 Fisiopatologia............................................................................................ 39
2.3.3.3 Tratamento................................................................................................ 40
3 CONCLUSÃO ......................................................................................... 44
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 45
8
1 INTRODUÇÃO
A asma é uma das doenças mais comuns que atinge a população. Nos
últimos anos, ela vem se destacando e atingindo cada vez mais pessoas. Isso se
deve à poluição cada vez maior no planeta e ao estilo de vida das pessoas.
Pensando nisso, o presente trabalho visa apresentar uma alternativa para o
controle da asma, proporcionando um tratamento entre as crises asmáticas e
durante as crises com a ajuda da medicina ocidental.
Este trabalho é importante para os profissionais da medicina tradicional
chinesa, pois pode auxiliá-los a realizarem um melhor tratamento com as pessoas
asmáticas, sabendo o que se deve fazer e como agir com os asmáticos.
O trabalho será apresentado com revisão de literatura, no qual aborda o
conhecimento e opinião de diversos especialistas na área da asma e da medicina
tradicional chinesa.
9
2 PROPOSIÇÃO
- Narinas
Segundo Souza (2001), o nariz possui uma raiz e uma extremidade livre, que
apresentam duas aberturas chamadas narinas. Ele é composto de um esqueleto
osteocartilagíneo, uma camada muscular, pela pele externamente e uma mucosa
internamente.
- Cavidades Nasais
- Faringe
Segundo Patton (2002), a faringe pode ser dividida em três partes: a) a parte
superior do tubo situado imediatamente posterior às cavidades nasais é chamada
parte nasal da faringe (nasofaringe); b) a parte posterior á boca é chamado parte
oral da faringe (orofaringe); c) o último segmento, o mais inferior é chamado parte
laríngea da faringe (laringofaringe).
Massas de tecido linfático chamado tonsilas estão incrustadas na membrana
mucosa da faringe. As tonsilas faríngeas situam-se na nasofaringe. As tonsilas
palatinas estão localizadas na orofaringe (PATTON, 2002).
- Laringe
Para o autor Souza (2001), a laringe é constituída por uma estrutura ímpar na
linha mediana do pescoço. A laringe une a faringe à traquéia e desempenha
diferentes funções: a) evitar a entrada de alimento nas vias aéreas durante a
deglutição; b) possibilitar a fonação.
As cartilagens da laringe são: a tireóide, a cricóide, a epiglote, as aritenóides,
as corniculadas e as cuneiformes. As três primeiras são ímpares, e as três ultimas
são pares (SOUZA, 2001).
- Traquéia
- Brônquios
- Pulmões
Tortora (2002), define os pulmões como órgãos pares em forma de cone que
se encontram na cavidade torácica. São separados um do outro pelo coração e
outra estruturas situadas no mediastino, que separa a cavidade torácica em duas
câmaras anatomicamente distintas. Duas lâminas de túnica serosa, coletivamente
chamada pleura envolvem e protegem cada pulmão. A lâmina superficial reveste a
parede da cavidade torácica e é chamada de pleura parietal já a lâmina profunda, a
pleura visceral, recobre os próprios pulmões. Entre as pleuras visceral e parietal
encontra-se um pequeno espaço chamado de cavidade pleural, no qual se encontra
uma pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas, permitindo
que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração, fazendo
também com que as duas túnicas grudem uma na outra. Cavidades pleurais
separadas envolvem os pulmões direito e esquerdo.
Para Tortora (2002), os pulmões estendem-se a partir do diafragma até
ligeiramente acima das clavículas e situam-se contra as costelas, anterior e
posteriormente. A parte inferior larga do pulmão, chamada de base, é côncava e
ajusta-se sobre a área convexa do diafragma. A parte superior estreita do pulmão é
conhecida como ápice. A face do pulmão que se situa contra as costelas, a face
costal, adapta-se à curvatura arredondada das costelas. A face medial de cada
pulmão contém uma região chamada hilo, através do qual os brônquios, os vasos
sanguíneos pulmonares, os vasos linfáticos e os nervos entram e saem. Essas
estruturas são mantidas juntas pela pleura e por tecido conjuntivo, constituindo a raiz
do pulmão.
Cada pulmão é dividido em lobos por uma ou mais fissuras. Os pulmões têm
uma fissura oblíqua, que se estende inferiormente e anteriormente; o pulmão direito
também tem uma fissura horizontal. A fissura oblíqua separa o lobo superior do lobo
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inferior, enquanto a parte inferior da fissura oblíqua separa o lobo inferior do lobo
médio. A fissura horizontal do pulmão direito subdivide o lobo superior, formando
assim o lobo médio (TORTORA, 2002).
Para Tortora (2002) cada lobo recebe seu próprio brônquio secundário (lobar),
dessa forma o brônquio principal direito dá origem a três brônquios secundários
(lobares), superior, médio e inferior. Enquanto o brônquio principal esquerdo dá
origem aos brônquios secundários (lobares), superior e inferior. Dentro do pulmão,
os brônquios secundários dão origem aos brônquios terciários (segmentares), que
são constantes tanto na origem quanto na distribuição – há dez brônquios terciários
em cada pulmão. O segmento de tecido do pulmão que cada um supre é chamado
de segmento broncopulmonar. Cada segmento broncopulmonar tem vários
componentes pequenos e são chamados de lóbulos, cada um envolvido por tecido
conjuntivo elástico e contendo um vaso linfático, uma arteríola, uma vênula e um
ramo proveniente de um bronquíolo terminal. Os bronquíolos se subdividem em
ramos microscópicos, chamados bronquíolos respiratórios.
Segundo Tortora (2002), conforme os bronquíolos respiratórios penetram
profundamente nos pulmões, o revestimento epitelial muda de cuboide simples. Os
bronquíolos respiratórios, por sua vez, se subdividem em diversos ductos alveolares.
As passagens respiratórias, da traquéia para os ductos alveolares, contêm cerca de
25 ordens de ramificação.
- Alvéolos
Figura 01 – Diagrama da árvore bronquial dentro dos lobos pulmonares de ambos os lados.
Fonte: SOBOTTA (1993, p. 131)
15
Figura 02 – Vista ventral da laringe, traquéia e a bifurcação da traquéia, os brônquios principais direito
e esquerdo e a arvore bronquial.
Fonte: SOBOTTA (1993, p. 132)
A asma é uma doença muito comum, complexa e antiga. Inicialmente, ela foi
utilizada com referência a qualquer doença associada à falta de ar, até que o médico
grego Hipócrates há 2.500 anos, denominou como asma a dificuldade para respirar
ou ofegar (GORGATTI e COSTA, 2005).
Segundo Tarantino (2002), a asma é caracterizada pela obstrução ao fluxo
aéreo, e, continuamente, hiper-responsividade e inflamação crônica das vias aéreas.
Para Arnold (s.d.), a asma tem como característica o aparecimento brusco de
crises de sufocação, com um mal-estar principalmente respiratório, acompanhados
de assobios brônquicos, com hipersecreção.
A asma, segundo Costa (1993), é uma doença do aparelho respiratório
caracterizada por um aumento do grau de reatividade das vias aéreas
traqueobrônquicas a diferentes estímulos, manifestando-se por um estreitamento
generalizado dos brônquios que se resolve espontaneamente ou a custa de
medicamentos específicos.
De acordo com Moisés (1996), a asma é uma doença do aparelho respiratório
caracterizada por repetidas crises de insuficiência respiratória (“falta de ar”)
passageiras.
2.2.1 Etiologia
possui ácaros domiciliares que são extremamente alergênicos, os pêlos dos animais
domésticos (cães e gatos) e as penas das aves. Ainda como exemplos inalatórios,
há a lã, os fungos do ar que produzem o mofo e os perfumes. Os agentes
alimentares, que podem produzir fenômenos alérgicos em pessoas sensíveis, mais
comumente em órgãos como a pele e trato gastrointestinal do que no aparelho
respiratório. Como exemplo, podemos citar a alergia ao leite de vaca, ao ovo, ao
trigo e a soja, que podem produzir manifestações como urticárias, diarréias e asma.
Os agentes medicamentosos, como a penicilina, um antibiótico altamente utilizado
na prática médica, têm como manifestações alérgicas mais comuns a nível de pela,
sendo raro os fenômenos de asma.
Arnold (s.d.), descreve uma lista com os principais alérgenos: a) o pó da casa,
que é um alérgeno complexo que contém partículas vegetais, animais entre as quais
por vezes um minúsculo ácaro vizinho das aranhas; b) os polens, sobretudo os
provenientes das gramíneas; c) as penas e os pêlos dos animais domésticos; d) o
bolor; e) as madeiras exóticas; f) produtos químicos e industriais; g) certos
medicamentos, mesmo de uso corrente como a aspirina, etc.
A lista embora incompleta, permite sugestionar as dificuldades encontradas
quando se procura identificar o alérgeno causador da asma.
Costa (1993), cita ainda os fatores infecciosos, como o inicio dos sintomas
asmáticos decorridos principalmente na infância. Frequentemente se associa a uma
infecção virótica das vias respiratórias. Além das infecções por vírus, a coqueluche
ou as infecções por Mycoplasma podem precipitar as crises asmáticas.
Para Moisés (1996), os fatores infecciosos podem ser desencadeados por
gripes, amigdalites, sinusites ou rinites.
Outros fenômenos, segundo Arnold (s.d.), podem ser responsáveis pela
asma, além dos fatores alérgicos. As crises podem ser desencadeadas pelo
ambiente, como a poluição atmosférica, o tabaco, os gases irritantes; fator
endócrino, conforme testemunha a asma da menopausa; a asma do esforço, que é
evidente sobretudo em crianças, sendo que o esforço provavelmente modifique o
equilíbrio imunológico; o fator psicológico, que é menos evidente, porém há disputas
quanto a sua importância relativa.
Costa (1993), concorda com Arnold (s.d.), quando se trata de alguns fatores
responsáveis pela crise asmática. Os fatores irritantes, para Costa (1993), equivalem
ao que Arnold (s.d.) descreve como sendo o ambiente, sendo eles os poluentes
19
2.2.2 Classificação
De acordo com Gorgatti e Costa (2005), a asma pode ser classificada em: a)
asma intermitente; b) asma persistente leve; c) asma persistente moderada; d) asma
persistente grave.
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2.2.3 Fisiopatologia
- Atelectasia
- Pneumotórax
- Sobrecarga cardíaca
- Desidratação
- Deformidades torácicas
- Cifose
- Cifolordose
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De acordo com Gama (1993), ocorre devido a uma cifose, gerando curvas
cervicais e lombares, como compensação. Portanto, é o aumento das curvaturas
torácica, cervical e lombar, sendo uma decorrente da outra.
- Depressões sub-mamárias
- Prodentia
2.2.5 Tratamento
- Antiinflamatórios
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- Broncodilatadores
- Antileucotrienos
- Imunoterapia
A imunoterapia tem sido utilizada por mais de oitenta anos para o tratamento
de pacientes selecionados com alergia. Seu objetivo é oferecer algum tipo de
proteção contra os efeitos da exposição natural por intermédio da injeção repetida
do antígeno que elicia os sintomas (TARANTINO, 2002).
Segundo Costa (1993), a imunoterapia é reservada para pacientes
selecionados, do ponto de vista alérgico. Deve ser utilizada somente nos casos
comprovados de alergias às substâncias que não podem ser eliminadas do convívio
do paciente com asma, como por exemplo, os ácaros domiciliares.
De acordo com Tarantino (2002), a Organização Mundial da Saúde (OMS)
publicou as seguintes recomendações em função das controvérsias a respeito da
prática da imunoterapia antialérgica: a) pacientes alérgicos a ácaro serão
encaminhados para o tratamento da imunoterapia especifica somente quando
apresentarem sintomas relevantes de rinite ou asma quando expostos a ácaros; b) a
eficácia da imunoterapia, embora tenha sido demonstrada, o risco de reações
sistêmicas nesses pacientes tem sido considerado contra-indicação para seu uso na
Inglaterra. No entanto, não há outro guia nacional ou internacional que cite tal
contra-indicação.
Caso o elemento não possa ser eliminado, Arnold (s.d.), propõe a realização
de uma dissensibilização ou imunoterapia específica, ou seja, injetar na pele doses
crescentes de alérgeno afim de criar uma habituação. O tratamento é longo, mas
pode trazer a cura definitiva.
Para Costa (1993), o sucesso almejado na imunoterapia nem sempre é
alcançado, uma vez que o paciente muitas vezes é sensível, não apenas ao
alérgeno comprovado, mas também a fatores inespecíficos, como as mudanças
climáticas, substâncias irritantes, entre outros, que não respondem ao tratamento.
31
- Tratamento da crise
Para Tarantino (2002), aos primeiros sinais de crise devem ser iniciadas as
medidas terapêuticas. É de fundamental importância que sejam perseguidos os
seguintes objetivos: a) utilização do tratamento adequado; b) reconhecimento dos
sinais de evolução da doença; c) identificar o momento de procurar assistência
médica eletiva ou emergencial.
De acordo com Tarantino (2002), as medidas de tratamento devem ser
iniciadas no local onde o paciente estiver afim de não ocorrer retardo no controle da
crise.
As emergências são fundamentais no tratamento adequado dos asmáticos
não só por atenderem pacientes com risco de vida, como também por serem,
freqüentemente, o único acompanhamento médico que os pacientes utilizam. Por
esse motivo, também são importantes no reconhecimento dos pacientes graves, no
fornecimento de instruções para crises futuras e na orientação para a necessidade
de tratamento de manutenção (TARANTINO, 2002).
Tarantino (2002), diz que enquanto as crises leves e moderadas são de fácil
controle, as crises muito graves implicam risco potencial de óbito, desta forma seu
manejo deve ser imediato e objetivo, de nível hospitalar, a começar por uma
avaliação minuciosa que inclua a gravidade dos sintomas, intensidade da obstrução,
tempo de início dos sintomas, possível causa da exacerbação, atendimentos
anteriores em emergência e revisão de toda medicação utilizada.
Uma avaliação cuidadosa também deve ser realizada no sentido de identificar
possíveis comorbidades, principalmente cardiovasculares (TARANTINO, 2002).
Maciocia (2007) concorda com Maike (2002), quando este diz que o exagero
é prejudicial, dando o nome de Sequencia de Superatuação. Ele explica que a
Sequencia de Superatuação segue a mesma Sequencia de Controle, mas, nesse
caso, cada elemento controla excessivamente o outro, fazendo com que ocorra uma
diminuição do elemento controlado.
Maciocia (2007) cita ainda a Sequencia de Afrontação, explicando que
acontece na ordem inversa da Sequencia de Controle. Assim, a madeira afronta o
metal, o metal afronta o fogo, o fogo afronta a água, a água afronta a terra e a terra
afronta a madeira. Isso também acontece quando o equilíbrio é afetado.
Portanto, Maciocia (2007), explica que as duas primeiras sequências
(sequências de Geração e Controle) lidam com o equilíbrio normal entre os
Elementos, ao passo que as duas últimas sequências (sequências de Superatuação
e Afrontação) acontece quando o equilíbrio entre os Elementos é quebrado.
A teoria dos Cinco Movimentos aplica-se ao campo médico no uso das
relações de estimulo, interação recíproca, exagero e neutralização dos Cinco
Elementos para explicar a relação de interdependência e limitação recíproca entre
os órgãos Zang-Fu, os órgãos dos sentidos e os tecidos. Quando um órgão interno é
castigado, outros órgãos podem ser afetados ou a doença pode espalhar-se ou
transformar-se em outro tipo de doença. Analisadas de acordo com a teoria dos
Cinco Movimentos, todas as mudanças complexas que ocorrem na doença surgem
sob as quatro condições seguintes: a) exagero; b) neutralização; c) distúrbio da
“mãe” afetando o “filho”; d) distúrbio do “filho” afetando a “mãe”. Um problema no
Pulmão, por exemplo, pode ser devido a um distúrbio no próprio Pulmão, mas
também pode ser afetado por um distúrbio no Baço (“mãe” afetando o “filho”), ou ser
afetado por um distúrbio no Rim (“filho” afetando a “mãe”). A doença pulmonar, em
alguns casos, pode ser causada por doenças cardíacas, sendo conhecidas como o
fogo agindo excessivamente no metal, ou pode ser causada pelo enfraquecimento
do Fígado, ela é explicada como a madeira neutralizando o metal (MAIKE, 2002).
-Pulmão
36
- Rim
- Baço
2.3.3.1 Etiologia
2.3.3.2 Fisiopatologia
2.3.3.3 Tratamento
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS