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LÚCIA PERES RICON

Advogada
Cédula Prof. nº 5382P

EXCELENTISSIMO SR. DR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL

JUDICIAL DA COMARCA DO PORTO – JUIZOS DE COMERCIO DE

DE VILA NOVA DE GAIA.

HERMINIO RODRIGUES, titular do B.I nº 01544700 e com o NIF


122482417, viúvo, residente na Avenida da República, nº 2.060, 5º
esq., 4430-195, Vila Nova de Gaia.

(Conforme Docs. Nº 1 e 2)

Vem, nos termos do disposto nos art.º 3º e art.º 235º do CIRE,


REQUERER A SUA DECLARAÇÃO DE INSOLVÊNCIA e o pedido de
EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE, o que faz nos seguintes
termos:

DA SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA:

O Requerente encontra-se numa situação de insolvência atual.

Pretende a exoneração do passivo restante, nos termos das disposições

do Cap. I do Tit. XII, do referido código.

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O Requerente recebe mensalmente a título de reforma o valor líquido de

cerce de € 1.118,86 (Hum mil, cento e dezoito euros e oitenta e seis

cêntimos), que constitui seu único rendimento mensal.

O Requerente é viúvo, e convive com seu filho maior, onde colabora com
as despesas do imóvel e de seu agregado familiar.

O referido imóvel foi adquirido com recurso ao crédito bancário, por

parte de seu filho.

Há de ressaltar que embora o apartamento seja de propriedade do filho,

o mesmo não possui condições financeiras de suportar com as

despesas, recaindo ao Requerente todas as despesas imposta pela

amortização da dívida imobiliária, bem como energia elétrica, I.M.I,

encargos do condominio, alimentação e demais despesas.

O Requerente ainda sofre de diversos problemas de saúde o que


dificultam ainda mais sua vida, fazendo tratamento continuo e
duradouro de diabetes, hipertensão arterial, dentre outros
complicadores diante de idade avançada, e com isso tem despesa não
inferior a € 30,00 (Trinta euros).

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Por possuir a idade já de 82 anos, o mesmo não tem forças e condições

físicas para desenvolver trabalhos domésticos, necessitando de

contratar uma diarista para os referidos serviços 02 (duas) vezes por

semana, pelo valor de € 150,00 (Cento e cinquenta euros).

As despesas com a alimentação e manutenção com limpeza mensal no

valor aproximado de € 350,00 (Trezentos e cinquenta euros) são

também suportados através do valor de pensão do Requerente.

10º

Além disso, tem as despesas com água, energia elétrica, telefone, gás, e

ainda a quota-parte das despesas do Condomínio do prédio totalizando

o valor aproximado de € 120,00 (Cento e vinte euros).

11º

O Requerente tem como despesas ainda a necessidade de uso de


vestuário, calçado, e produtos de higiene pessoal, chegando em média o
valor de € 50,00 (Cinquenta euros).

12º

Vale apontar que o Requerente tem ainda despesas imprevistas que

podem ocorrer de forma sazonal nunca inferior ao valor de € 50,00

(Cinquenta euros).

13º

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Fica nitido e claro que o Requerente sofre com imensas despesas que

não consegue suportar para ter uma vida digna, e ainda, tem a penhora

de 1/3 de seu rendimento mensal, que chega ao valor de € 375,00

(Trezentos e setenta e cinco euros).

14º

Apresentando de forma analítica, o Requerente demonstra abaixo través

de planilha seus gastos e valores.

PLANILHA DE DESPESAS MENSAIS


Discrição Valor - Entrada Valor Saída
Pensão - rendimento € 1.118,86
Medicamento € 30,00
Alimentação e manutenção do imóvel € 350,00
Água, Luz, telefone, gás e outros € 120,00
Diarista € 150,00
Vestuário, calçados, e outros € 50,00
Imprevistos € 50,00
Penhora € 375,00
Total € 1.125,00

16º

Tendo neste momento, o Requerente um total de despesas mensais, no

valor de € 1.125,00 (Hum mil cento e vinte e cinco euros)

17º

Diante do apresentado, fica manifestamente insuficiente para satisfazer

e honrar com todas suas obrigações financeiro, colocando em risco sua

sobreviência e de seu agregado familiar, levando em consideração e

observância ao principio da dignidade da pessoa humana.

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Ora, com tudo isto, o Requerente sente-se sufocado sem saber como

responder a todas essas responsabilidades.

18º

Tendo como a única coisa que lhe dá segurança e tranquilidade ao

Requerente é apoio moral de seu filho.

19º

O Requerente vive e vivera com sérias dificuldades económicas, devido

aos parcos recursos económicos de que dispõem, tendo em conta que

estes, têm despesas mensais muito elevadas.

20º

Existe um passivo exigível que atinge valores elevados, da qual, se

conclui inequivocamente a impossibilidade de cumprir a generalidade

das suas obrigações, isto sendo certo que, o ativo é insuficiente para o

efeito.

21º

Por tal motivo, o requerente sente-se impossibilitado de cumprir

pontualmente as suas obrigações.

22º

Nos termos do art. 24º nº1, al. a) e b) do CIRE, junta a lista autónoma,

de todas as ações executivas:

-Acão Executiva

Em que o Exequente é o BANCO DE PORTUGAL.

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- Valor da ação: € 3.543,00 (Três mil quinhentos e quarenta e três

euros).

23º

Com tais despesas, fica um saldo mensal limitado, facto este, que lhes

retira qualquer possibilidade de cumprir com os créditos assumidos.

24º

Por vezes, aquilo que vale é a boa vontade dos amigos e da família, que

quando existem meses mais difíceis, eles dão uma ajuda.

25º

Com tais despesas, o Requerente, fica com um saldo mensal negativo,

facto este, que lhes retira qualquer possibilidade de cumprir com as

despesas assumidas.

26º

De acordo com o disposto no art. 24º nº 1, alínea a), do CIRE, o

Requerente viu-se obrigados a cessar na totalidade tais cumprimentos.

27º

As despesas fixas, já mencionadas, as quais estão a ser pagas com o

valor que aufere do seu vencimento, e com a ajuda de familiares e

amigos, facto que lhe retira qualquer possibilidade de cumprir com os

créditos e responsabilidades assumidas.

28º

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A atual recessão económica não permite muito mais, sendo a atual crise

transversal, afetando tudo e todos!

29º

Quase que, tal facto, ocasionando um autêntico suicídio financeiro!

31º

Com toda esta panóplia de créditos “mal parados”, o Requerente vive na

angústia de nunca mais se ver livre das dívidas que sobre eles se

impendem.

32º

Contudo, as dificuldades surgem cada vez com mais acutilância.

33º

O final de cada mês é um autêntico sufoco, porque não existe capital

suficiente para pagamento atempado dos vários compromissos.

34º

As dívidas não param de aumentar, devido à constante contabilização

dos juros, uma autêntica hemorragia inestancável…

35º

Não sendo viável manter a atual situação com o intuito de evitar o

inevitável e nem pretende o Requerente manter uma vida de

incumprimento.

36º

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Verdade sendo, que o descalabro económico-financeiro, já se instalou

na vida do Requerente.

37º

E no dealbar do corrente ano, não estanca o problema, antes assim, o

acentua e de que maneira!

38º
É o cair dos braços, é a esperança perdida irreversivelmente.

39º

Estão reunidos os pressupostos para poder ser declarada a insolvência

do Requerente, sendo certo que se verifica a completa impossibilidade

de o Requerente cumprirem a totalidade das suas obrigações vencidas.

40º

O Requerente não pode suportar por mais tempo este estado de coisas

para o qual se foi arrastando, tendo chegado à conclusão de que não

existe qualquer perspetiva de melhoria da sua situação económica.

41º

Tendo como objetivo último que com a presente ação obtenha a

almejada libertação do pesadelo em que vive de forma a poder aspirar a

refazer a sua vida.

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- DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PASSIVO –

42º
O requerente é pessoa singular pelo que podem gozar da exoneração

dos créditos da insolvência que não forem integralmente pagos no

processo de insolvência e a operar nos cinco anos posteriores ao

encerramento deste, nos termos do art. 235º do CIRE.

43º

Dá-se aqui por reproduzidos para todos os efeitos legais o alegado nos

anteriores artigos da presente peça processual.

44º

Desta forma, o Requerente pretende e requer que lhe seja concedido o

benefício da exoneração do passivo restante que não vier a ser

integralmente pago no processo de insolvência, a operar nos cinco anos

posteriores ao encerramento deste processo, nos termos dos artigos

235º e seguintes do CIRE.

45º

O Requerente declara expressamente que preenche os requisitos para

que lhe seja atribuída a faculdade de exoneração do passivo restante e

dispõe-se a observar todas as condições que lhe vierem a ser impostas,

como decorre no nº 3 do art. 236º do CIRE.

46º

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Não possuindo o Requerente mais nenhum outro rendimento, além do

referido.

Nestes termos e nos melhores de direito

Requer a Vª Exa, se digne:

1. Declarar a insolvência do Requerente, a qual é atual, ao abrigo do

disposto no Art. 28º do CIRE, com as legais consequências

seguindo-se os ulteriores termos do processo;

2. Conceder o benefício da exoneração do passivo restante;

Tudo, nos termos do nº 2 do Art. 23º e dos nºs 1 e nº 2 do art. 24º do

CIRE,

Prova Documental:

1. Assento de Nascimento do Requerente;

2. Informação disponibilizada pelo Banco de Portugal;

3. Procuração forense;

Declara:

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- Que não junta duplicados da petição, uma vez que pretende usar da

prerrogativa do nº 1 do art. 26º do CIRE.

Mais declara:

a) Que nunca forneceu, por escrito, nos três anos anteriores à data do

início da insolvência, informações falsas ou incompletas sobre as suas

circunstâncias económicas com vista à obtenção de crédito ou de

subsídios de instituições públicas ou a fim de evitar pagamentos a

instituições dessa natureza, como resulta a contrário da b) do nº 1 do

Art. 238º do CIRE.

b) Que nunca beneficiou da exoneração do passivo restante nos dez

anos anteriores à data do início do processo de insolvência, como

resulta a contrário da c) do nº 1 do art. 238º do CIRE.

c) Que nunca incumpriu o dever de apresentação à insolvência ou, não

estando obrigados a se apresentar, se tenha abstido dessa apresentação

nos 6 meses seguintes à verificação da situação de insolvência, com

prejuízo, em qualquer dos casos, para os credores, ou não podendo

ignorar sem culpa grave, não existir qualquer perspetiva séria da

melhoria da sua situação económica, como resulta a contrario da alínea

d) do nº 1 do art. 238º do CIRE.

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e) Que não existem no processo elementos que indiciem com toda a

probabilidade a existência de culpa na criação ou agravamento da

situação de insolvência, nos termos do art. 186º do CIRE, como resulta

a contrário da alínea e) do nº 1 do art. 238º do CIRE.

e) Que não foi condenado por sentença transitada em julgado por algum

dos crimes p.p. pelos arts. 227º a 229º do C. Penal nos dez anos

anteriores à data da entrada em juízo do pedido de declaração de

insolvência ou posteriormente a esta data, como resulta a contrário da

e) do nº 1 do art. 238º do CIRE.

f) Que se encontram integralmente disponíveis e cooperantes a tudo

quanto o Tribunal ou o Administrador da Insolvência os solicite.

Valor: 5.000,01 (cinco mil euros e um cêntimo).

Junta: Procuração forense, requerimento de apoio judiciário, registo

criminal e documentos.

E.D.

A Advogada,

Lúcia Peres Ricon

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