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CAPÍTULO I
Gases Ideais

I - OBJETIVOS:

Estabelecer as leis que descrevem o comportamento da matéria no estado gasoso,


discutir a utilização e limitação destas leis e, em alguns casos, fazer comparação com os outros
estados de agregação da matéria.

II – INTRODUÇÃO – Importância do Estudo dos Gases.

Não somente a vida só é possível ao homem quando imerso em atmosfera gasosa,


mas também vários processos no corpo humano envolvem fenômenos pertinentes aos gases. O
metabolismo em todos os animais, mesmo os marítimos, exige a presença do oxigênio. A fotossíntese
nas plantas exige o dióxido de carbono. Não devemos esquecer que muitos elementos e compostos
industrialmente importantes são gases nas condições usuais.

Um gás não tem forma nem volume fixo e pode-se espalhar uniformemente,
ocupando completamente qualquer espaço em que seja introduzido. Quando deixamos escapar uma
pequena quantidade de um gás de cheiro forte como o sulfeto de hidrogênio num compartimento,
logo podemos reconhecer o seu odor desagradável em todas as partes do mesmo.
A diferença em densidade é um dos aspectos mais marcantes que diferencia os
gases dos sólido e líquido. Ar  não excede a 100Kg

massa

Líquidos  x.102 t

Sala moderada

Por outro lado, o volume por mol é muito maior para os gases do que para os líquidos
e sólidos.
V (1mol)g  22.400cm
3

l,s  (10 – 100)cm3


V g ~ (500-1000) V l,s

Se Vg / Vl = 1000  (r intermolecular)g = 10 rint.l



As moléculas de um gás estão cerca de 10 vezes mais distanciadas, em média, que
as moléculas de um líquido. Dessa forma, um sistema contendo um gás é constituído, principalmente,
por espaços vazios. É esta a razão dos gases serem muito compressíveis.
Do ponto de vista histórico, o estudo dos gases veio formar a base primordial do
conceito atual da constituição molecular da matéria. O trabalho do cientista é relacionar as
propriedades da matéria no seu conjunto com as propriedades das moléculas individuais. A teoria
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cinética dos gases é um exemplo muito satisfatório de uma explicação satisfatória dos fenômenos
macroscópicos, em termos de comportamento molecular.
As propriedades e o comportamento da matéria gasosa são expressas por leis
simples e podem ser interpretadas por considerações teóricas relativamente simples. Além disso, por
causa do seu comportamento simples, os gases são úteis para a compreensão dos conceitos mais
importantes da química – a estequimetria e os mecanismos das reações, as relações energéticas
envolvidas nas transformações químicas e o critério da espontaneidade de processos químicos.

III – AS LEIS DOS GASES

Em geral, o volume de qualquer material, sólido, líquido ou gasoso é determinado


pela temperatura e pressão a que está sujeito. Existe uma relação matemática entre o volume de uma
dada quantidade de material e os valores da pressão e da temperatura, esta relação é chamada de
equação de estado e pode ser escrita simbolicamente por

V = f(T,P,n) (1.1)
No caso de líquidos e sólidos, as equações de estado podem ser algebricamente
muito complicadas e podem diferir, em sua forma algébrica, de uma substância para outra.
Entretanto, os gases são únicos no fato de que as equações de estado de todos os gases são
praticamente as mesmas – as forças de atração intermolecular são suficientemente pequenas para
permitir um movimento rápido e independente das moléculas.

III.1 –Lei de Boyle

As primeiras medidas quantitativas do comportamento pressão-volume dos gases


foram feitas por Robert Boyle em 1662. Boyle encerrou uma quantidade de ar na extremidade
fechada de um tubo em U, utilizando como líquido mercúrio.

Figura 1 – Tubo de Boyle


A pressão no tubo fechado é igual à
pressão atmosférica mais a pressão exercida
pela coluna de altura h
P = Pat + h (1.2)
Adicionando se mercúrio, a pressão
sobre o gás pode ser aumentada e o
correspondente decréscimo de volume pode ser
anotado. Boyle observou que o produto da
pressão pelo volume de uma quantidade
determinada de gás era aproximadamente
constante
PV = C (uma constante) (1.3)
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Notou também que o volume de um gás aumenta pelo aquecimento


quando a pressão permanece constante. Entretanto, ele não investigou este
fenômeno posteriormente, possivelmente devido ao fato de que a idéia de
temperatura ainda não estava bem definida naquela época. Apesar disso, a
observação de Boyle sobre o efeito qualitativo do aquecimento de um gás foi
importante, porque mostrou que para fazer determinações significativas das relações
entre pressão e volume, a temperatura precisa ser mantida constante.
P

Figura 2 – Volume em função da pressão


PV
P

P ou 1/V
V
1 (1.4)
P C
V
Figura 3 – Isotermas pressão-volume para um gás Ideal.
log PV = log C
log P
log P + log V = log C
log P = log C – log V
  
log V

y = b - x (1.5)

Figura 4 – Isotermas pressão-volume para um gás Ideal.(continuação)

Através das últimas três figuras ficam mais fáceis visualizar se um gás obedece à lei
de Boyle, já que os desvios de uma linha reta são melhores detectadas do que os desvios de uma
hipérbole.
Os desvios que surgem nos gráficos são devidos às forças que as moléculas
exercem umas sobre as outras. A pressões muito baixas ou em volumes muito grandes, todos os
gases seguem a lei de Boyle.
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EXEMPLO 1: Um gás é encerrado em um recipiente cujo volume é 247 mL à pressão de 625 mm de


Hg. Se a pressão é aumenta para 825 mm de Hg, qual será o novo volume ocupado pelo gás? (vê
exercício 1 e 2)

III.2 – Lei de Charles e Gay-Lussac; A Escala Absoluta

Experiências posteriores mostraram que o valor da constante C (eq. 1.3) é uma


função da temperatura.
A relação matemática que existe entre o volume de um gás e sua temperatura,
sob pressão constante, é conhecida como a Lei de Charles e Gay-Lussac e pode ser escrita da
seguinte forma:
V = a + bt (1.6)

a, b  constantes
tgb T  temperatura
Vo = a

Vo  volume a ºC  coeficiente linear (a)


V t p = coeficiente angular (b)
[ derivada parcial pois V depende de p]

V = Vo + V t p t
(1.7)

As experiências de Charles mostraram que para uma massa fixa de


gás sob pressão constante, o aumento relativo do volume por grau de aumento de
temperatura era o mesmo para todos os gases nas quais fez medidas.
1  V  (1.8)
o   
V0  t  p
Onde:

V t p = aumento de volume por grau

V t p
1/V0 = aumento relativo em volume por grau

o = coeficiente de expansão térmica a 0ºC.


Substituindo a equação 1.8 na 1.7 temos
 1  (1.9)
V = Vo (1 + ot)  V = Vo o   t 
 0 
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A equação 1.9 expressa o volume a zero grau e uma constante, o, que é a mesma
para todos os gases.

III.2.1 – A Escala Absoluta

A modificação de volume não é, porém, diretamente proporcional à modificação de


temperatura. Por exemplo, duplicando a temperatura centesimal (ºC) do gás não há a duplicação do
seu volume
T: 25ºC  50ºC  V  Vo + 2/10 Vo
Medindo o a várias pressões encontramos, para todos os gases, um mesmo valor
limite de o para p=0.
o depende de t
t(ºF)  1/ o = 459,7º
t(ºC)  1/o = 273,15º  usando tal valor na equação 1.9, teremos uma nova escala de temperatura
dada por:
T = 273,15º + t (1.10)
Denominada escala Kelvin.
t1 = 0ºC T1 = 273,15ºC Vo
P = 1atm t2 = 273,15ºC T2 = 546,31ºC 2Vo
º
t3 = 546,31 C T3 = 819,37ºC 3Vo
T1 : T2 : T3  Vo : 2Vo : 3Vo (1 : 2 : 3)
Vemos, então, que o volume de um gás é, agora, diretamente proporcional à
temperatura obtida pela nova escala. As temperaturas obtidas na escala Kelvin são denominadas
temperaturas absolutas.
Substituindo a equação 1.10 na equação 1,9 temos:
V = o Vo T (1.11)
que estabelece que o volume de um gás sob pressão fixa é diretamente proporcional à temperatura
Kelvin.
Utilizando a equação 1.10 temos que T =0 ºC  t = -273,15ºC  representa uma
temperatura na qual todos os gases, se não condensar, teriam volume zero, e, abaixo dele, teriam
volume negativo. Uma vez que volumes negativos são impossíveis, esta temperatura deve
representar a temperatura mais baixa possível e é chamado zero absoluto.

Exemplo 2: Calcule a variação de temperatura resultante se uma amostra de 52 dm 3 de um gás a


25ºC for expandida isobaricamente até 104dm3.(exercício 3 e 4)
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EXEMPLO 3: A equação do volume em função da temperatura pode ser vista sob a forma V = Vo( 1 +
to) onde Vo é o volume do gás a 0ºC, o é uma constante e t é a temperatura em Celsius. Calcule o
valor de º

III.3 – A Lei do Gás Ideal

As leis dos gases podem ser combinadas em uma única expressão


dada por:
P V = n R T (equação de Clapeyron.) (1.12)
Onde R é a constante universal dos gases. Um gás é dito ideal se suas propriedades obedecem a
expressão acima.

Tabela 1 – A constante dos gases perfeitos em várias unidades


R = 8,31451 J / K mol R = 62,3 mm Hg L K mol
R = 0,082 atm L / K mol R = 8,31 . 107 erg / K mol
R = 1,987 cal / K mol

EXEMPLO 4: Supor que um gás ideal apresenta-se no seu estado inicial com as seguintes
propriedades: Vi, Pi,Ti,ni . As variáveis P,T e n são alteradas em três etapas sendo que em cada uma
delas 2 variáveis permanecem constantes. Dessa forma o estado final é caracterizado por V f, Pf,Tf,e
nf. Deduza a expressão dos gases ideais.

EXEMPLO 5: Suponha que 2,75 L de um gás ideal a 25ºC e uma 1 atm sejam simultaneamente
aquecidos e comprimidos até que a temperatura final seja 75ºC e pressão final 2,00 atm. Qual é o
volume final? (vê exercícios 5, 6 e 7)

III. 4 – A Equação de Estado; Propriedades Extensivas e Intensivas.

III.4.1 – A Equação de Estado


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Um sistema está num estado ou condição definida quando todas as propriedades do


sistema têm valores definidos. Portanto, o estado do sistema é descrito especificando os valores de
algumas ou de todas as suas propriedades.
Quantas propriedades devem ter valores conhecidos?

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