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Currículo Lattes:
<lattes.cnpq.br/9855147623895592>
Currículo Lattes:
<lattes.cnpq.br/5783229403444247>
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Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo você será capaz de:
• Entender a aplicabilidade das ferramentas da qualidade como fator de monitoramento e controle do
desempenho organizacional das empresas.
Tópicos de estudo
• A capacidade de aprendizagem e crescimento das organizações pela melhoria contínua.
• O conceito de vantagem competitiva pela melhoria contínua de produtos e processos de fabricação.
• A capacidade de monitoramento e controle como fator de melhoria contínua.
• A implantação de programas e ferramentas para solução de problemas.
• O desenvolvimento de ambientes de estímulo à aprendizagem e à cooperação.
• O princípio de efetividade como fator de melhoria contínua em processos.
• A eficácia como fator de vantagem competitiva.
• A eficiência como fator de vantagem competitiva.
• O esforço operacional: capacidade produtiva X produtividade.
• A relação custo X benefício e a melhoria contínua como processo de crescimento da empresa.
• O princípio de qualidade como fator de relacionamento com clientes.
• O alinhamento operacional da empresa com o cliente.
• O planejamento da produção e o fluxo de processos.
• O planejamento da logística e fluxo de processos.
• A necessidade das ferramentas da qualidade para manter o nível de serviços ao cliente.
• O princípio de atratividade como fator de resultado financeiro das operações de produção.
• O volume de negócios determinando as demandas a serem atendidas.
• O volume da atividade determinando a capacidade de atendimento de demandas.
• O ponto de equilíbrio operacional estabelecendo o nível de desempenho organizacional.
• As ferramentas da qualidade contribuindo para o monitoramento e controle econômico e o financeiro da
empresa.
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1.1 A capacidade de aprendizagem e crescimento das
organizações pela melhoria contínua
A capacidade de aprendizagem, eleva o grau de ativo de conhecimento da empresa. Este, por sua vez, pode ser
absorvido de forma a contratar pessoas novas, no treinamento das operações e no grau de instrução delas.
Empresas que conseguem agregar valor ao produto, por meios de transformações culturais da organização,
conseguem promover maiores resultados, com mais robustez e eficiência.
A seguir, veremos o conceito de vantagem competitiva e como pode ser aplicado na melhoria contínua.
Todo este desenho de processos tem atividades que agregam valor ao produto, ou serviço, e outras atividade que
não contribuem para tal. A diferenciação está na atividade realizada e se isso gera valor ao cliente. Vamos a um
exemplo: na fabricação de um calçado, os produtos são costurados, selados, colados, isto gera valor, mas
inspeção não gera valor, por não ser uma atividade produtiva, mas de apoio.
Para que a organização saiba quais são atividades agregam valor é feito estudo de toda a produção por meio do
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Para que a organização saiba quais são atividades agregam valor é feito estudo de toda a produção por meio do
Value Stream Mapping ou Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM). Além de mapear os processos, o VSM também
possibilita a visualização de desperdícios, excesso de estoque, defeitos, movimentações desnecessárias.
Assim, as empresas devem estar atentas a este conhecimento, pois saber quais processos têm valor agrado ajuda
a minimizar ou até mesmo eliminar aquele que não gera valor. Cabe ressaltar que isto é um diferencial quando
tratamos de competitividade e, os mais competitivos são aqueles que têm conhecimento de seu negócio e a
capacidade de melhorá-lo.
Na sequência, entenderemos a importância da capacidade de monitoramento e controle como fator de melhoria
contínua.
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Fonte: © monkeybusinessimages / / iStock.
Clique na interação a seguir para entender o que significa controlar o que chamamos de organismo vivo:
1. Identificar seu verdadeiro objetivo como empresa.
2. Identificar resoluções não atingidas.
3. Atuar sobre essas falhas e maus resultados com primazia.
4. Promover melhoria contínua.
A seguir, veremos como as pessoas são parte importante no processo de implantação de solução de problemas.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
Neste contexto, o MASP (Método de solução de problemas) tem por objetivo a soluções de causas de problemas.
Trata-se de um recurso ordenado, sequencial que viabiliza a resolução rápida e eficaz das anomalias de
processos e serviços.
Ele tem o apoio de conceitos como PDCA (Planejar, Executar, Verificar e Agir), e outras ferramentas, como
Histograma, Teste de Hipótese, Ações Preventivas, Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, entre outras.
Ao final das ações a capacidade de aprendizagem será de extrema importância para a melhoria contínua, como
entenderemos no tópico a diante.
de Stakeholders. Segundo Werkema (2013), trata-se de gestores e de operadores responsáveis pelo processo
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de Stakeholders. Segundo Werkema (2013), trata-se de gestores e de operadores responsáveis pelo processo
que está sendo modificado, pelos imediatamente anteriores e posteriores, além atuarem junto aos consumidores,
fornecedores e à área financeira da empresa.
A tabela é um exemplo de como o stakeholder pode ser comprometido com as atividades da empresa.
O comprometimento dos stakeholders é de vital importância para um ambiente de promulgação da qualidade,
bem como para o trabalho de toda cadeia de produção, desde o abastecimento até a saída. A depender do
método utilizado de melhoria seu envolvimento é mais fundamental e seu nível de comprometimento pode ser
medido, como visto na tabela de utilização da ferramenta Stakeholder Analysis na etapa Improve do DMAIC.
No próximo tópico, veremos como os processos devem ser trabalhas para gerar melhoria contínua.
Afetar grupos
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Afetar grupos
O objetivo de uma empresa perpassa em como ela vai afetar os grupos de pessoas, sendo estes o
de clientes, de funcionários e o do acionista.
•
Clientes
É preciso ressalvar que desses grupos o de clientes é prioritário, pois a sobrevivência da empresa
depende dele.
Essa satisfação advém de várias maneiras e uma delas é ouvir o cliente por meio de métodos como Voz do
Cliente (Voice of the Customer ou VOC), em que são armazenados dados que descrevem as necessidades e as
expectativas deles, dadas de forma voluntária ou por meio de pesquisas de satisfação.
Satisfazer o cliente é de suma importância como compreenderemos no tópico a diante.
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1.2.3 O esforço operacional: capacidade x produtividade
O planejamento correto da capacidade e da demanda tem possibilidades de geração de lucro para as
organizações e o contrário tende a causar grandes prejuízos. Esse plano das empresas de manufatura, por
exemplo, acontece dentro do planejamento de produção. E dentro desse cenário, podemos entender como
qualidade a quantidade máxima de produção obtida com a utilização de todos os recursos possíveis, humanos e
materiais, considerando também o layout para a fabricação de produtos. Já para os cálculos de capacidade são
analisados o tempo, a quantidade de pessoas, e principalmente, o quanto deve ser produzido.
Contudo, nem sempre o que é planejado é produzido, por vários fatores que tendem a fazer com que o processo
não dê certo. Pode ter havido, por exemplo, um não planejamento ou situações adversas que contribuíram para
isso. Por isso, um gerente de produção deve ficar atento a essas variações, primeiro porque isso envolve toda a
conjuntura da empresa, com todos os setores envolvidos. Também cabe destacar que os demais outros gerentes
devem ficar atentos às suas próprias micro demandas.
Clique a seguir e perceba que a capacidade produtiva tem sempre relação com:
•
a quantidade que se deseja produzir;
•
o intuito de melhor planejar os recursos necessários para que a produção desejada seja
obtida.
Estas operações de capacidade e produtividade devem estar em total controle para não haver perdas
consideráveis, tanto ao processo de produção como na imagem da própria empresa.
A melhoria é um processo contínuo, e isso traz benefícios para as empresas, como veremos a diante.
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1.3 O princípio de qualidade como fator de relacionamento
com clientes
Um dos objetivos das empresas é a satisfação dos clientes em todas suas instâncias (tempo de chegada do
produto, qualidade, finalidade atendida, etc.).
E, para criar esse nível de satisfação deve haver um entendimento de suas necessidades, um sistema operacional
que meça esses anseios para promover respostas para a empresa.
Assim, o alinhamento dos processos com as necessidades dos clientes é de suma importância e será visto no
próximo item.
Devemos entender como tempo hábil o momento em que cliente pode receber o produto. Caso
o produto seja enviado depois da data combinada, talvez não atenda mais as necessidades
desse consumidor.
As ferramentas da qualidade podem potencializar nesta busca, contribuído de forma efetiva com os resultados
logísticos. Vamos entender melhor como podemos utilizar algumas destas ferramentas.
Há o Brainstorming, como já vimos brevemente, chamado de tempestade de ideias, acontece em reuniões
realizadas pela equipe nas quais são sugeridas ações de melhorias associadas a causas ainda sem solução. Estas
sugestões podem ser utilizadas no Diagrama de Causa e Efeitos que associa variados motivos potenciais a um
problema raiz.
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Fonte: © Weekend Images Inc. / / iStock.
Já o Pareto (ou método ABC), consiste em um gráfico que, a depender do objetivo do processo em estudo, pode
indicar qual é processo que precisa de maior priorização nas ações de melhoria.
Podem ainda serem usados Gráficos de Controle, Histograma, e Controles de Fluxo de processos.
O entendimento do fluxo ajuda no planejamento das operações como veremos a diante.
Como já vimos, inspeções são ações preventivas e necessárias para um bom desenvolvimento de todos os bens
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Como já vimos, inspeções são ações preventivas e necessárias para um bom desenvolvimento de todos os bens
da empresa, garantindo uma maior produtividade dela. A qualidade sempre deve estar presente, inclusive nas
pessoas que, quando bem treinadas trabalham para criar produtos padronizados.
O planejamento logístico precisa ser estruturado, gerando benefícios aos clientes e a empresa.
•
software com ERPs mais avançados;
•
gerenciamento de estoques;
•
rastreamento de cargas;
•
mecanismos da qualidade, como Gráficos de Controle e Gráficos XY.
Neste contexto, entenda que a manutenção da satisfação dos clientes é de vital importância e, por isso, veremos
quais ferramentas serão fundamentais para atingir a esse objetivo.
A eliminação de desperdícios com superprodução, tempo de espera, processos, é um ponto fundamental do JIT,
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A eliminação de desperdícios com superprodução, tempo de espera, processos, é um ponto fundamental do JIT,
pois deve criar meios de o cliente ser atendido de forma satisfatória. Um exemplo de propostas de melhorias nos
serviços, com utilização desta metodologia é a eliminação de filas, gerando atendimentos mais rápidos.
No próximo item, veremos a como a qualidade também é importante para a área financeira das organizações.
Quer saber um pouco mais sobre como trabalhar a qualidade no setor financeiro? Leia o
capítulo 10 de Abordagem Econômica da Qualidade, da obra Gestão da qualidade: teoria e casos
, de Carvalho e Paladino.
O controle desses planejamentos deve ser detalhado e sem falhas para que a ocorrência de perdas seja mínima,
tendo em vista que falhas geram danos financeiros e principalmente de imagem.
A verificação da demanda precisa ser estuda principalmente para que as empresas consigam atendê-las.
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Fonte: © NicoElNino / / iStock.
Para melhor entendimento, vamos a um exemplo: imagine, que você está organizando um almoço, para 20
pessoas. Além das bebidas (cerveja, vinho, sucos e refrigerantes), você precisa prever a quantidade de comida a
ser comprada. Para isso, você precisa fazer cálculos, do quanto precisará comparar, e analisar, o que já tem em
casa. Além do mais, saber quantos bebem bebida alcoólica, se estes bebem mais vinhos, ou cerveja. Quanto a
comida, se poderá congelar alguns pratos, e quais seriam preparados no dia. Em todo seu, planejamento você
lidará com números, e tomar decisões para que a festa saia como o idealizado.
O planejamento de necessidades passa por várias fases e a primeira é a gestão de demandas em que há uma
integração da empresa e o consumidor. Outro ponto, é o gerenciamento da carteira de pedidos, em que são
dispostos todos os pedidos de produtos a serem atendidos. O gerente de produção deve ficar atento a esses
números, pois, podem ser alterados, o que acarretaria novos volumes de produção, e mal planejados, podem
gerar estoque, e produto parado, é dinheiro que não entra no caixa da empresa.
Veremos como o estudo da demanda é imprescindível para a análise da capacidade de produção.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
Quanto menores são as falhas nas micro operações, nos controles de demanda e na capacidade em
entendimento, menores serão os custos.
Quer entender um pouco mais sobre o planejamento de demanda de produto e qualidade, leia
Administração da Produção, de Slack et al.
Quando um bem está em falta, por conta de um mal planejamento de produção, isso recai sobre o cliente. Se um
cliente, vai em busca de um produto, e ele não encontra, isso causa irritação e perda de faturamento para o local.
Tudo isto está ligado a desempenho e à eficiência das operações, e o equilíbrio entre demanda e capacidade é o
que pode tornar uma produção mais estável.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
Os gerentes de produção devem racionalizar os estoques de duas formas possíveis, quando o risco de manter
com conseguinte as despesas de manutenção, o risco de deterioração, ou obsolescência. De outro ponto, existe o
fato de ter um nível de segurança, tendo em vista as oscilações de mercado e demanda.
PAUSA PARA REFLETIR: Quais são as melhores formas de planejamento e de controle de estoque mais
eficientes utilizados hoje?
Estabelecer um ponto de equilíbrio é saber compor métodos de controle capazes de gerenciar o volume e mix de
produtos bem como o investimento em sistemas que possam trabalhar com essa variedade.
Alguns sistemas já dispõem de possibilidades em lidar com estoques de materiais, bem como os estoques de
produtos acabados, criando ainda uma interface, de planejamento com que há em estoque de materiais e o
planeamento de produção, e o que há em estoque de produtos com previsão de vendas.
A abordagem financeira, deve estar em total comunicação com outras áreas e as ferramentas qualidade faz apoio
a essa visão.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
Algumas empresas ainda não conseguem extrair os resultados promovidos pelas ferramentas da qualidade,
devido ao fato de não entenderem como usá-la, em quais situações são hábeis e, por isso, o êxito não é atingido.
Veja que a gestão da qualidade traz consigo possibilidades de controle operacional de produção e de materiais, o
que viabiliza redução do custo em todos os setores, promovendo resultados não apenas na produção, mas
também financeiros. A gestão cria uma real confiabilidade por parte do cliente para com a empresa e seus
produtos ou serviços.
Proposta de atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma síntese na qual você
descreva quais são as diferenças entre necessidades dos clientes para com produtos de manufatura e serviços e
como a satisfação pode ser atendida, por meios das ferramentas da qualidade, destacando as principais ideias
abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu texto, considere as leituras básicas e complementares
realizadas.
Recapitulando
Qualidade é sinônimo de fazer bem feito, de perfeição, de algo dentro do padrão, e quando estes não são
assegurados reverberam em vários cenários, dentro de uma empresa, dede setores operacionais a financeiros, o
que inviabiliza novas vendas e prejuízos incontáveis.
Métodos de controle, como CEP, Gráficos de Pareto (ABC), Histograma, são efetivos na minimização de impactos
tais quais falhas e anomalias, bem como na sua prevenção para que os produtos nem chegam ao cliente final ou
não.
Pensar no cliente como prioridade, satisfazendo as necessidades deles e promovendo melhorias operacionais é
preciso levar em consideração que stakeholders como funcionários e acionistas precisam ser satisfeitos também,
para que as operações continuem a seguir com qualidade e os investimentos tenham prosseguimento.
Palavras-chave
• Metodologia.
• Planejamento.
• Efeitos.
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• Efeitos.
• Análise.
• Ações.
• Otimizar.
• Melhoria.
• Clientes.
• Satisfação.
• Valor.
• Qualidade.
• Resultados.
• Perspectiva.
• Produto.
• Serviços.
• Controle.
• Treinamento.
• Equilíbrio.
• Desempenho.
• Demanda.
Referências bibliográficas
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AZEVEDO, Antônio A. de; SILVA, Leandro L.; GOMES, R. L. R.: Ferramentas da qualidade aplicadas à melhoria das
operações logísticas em um centro de armazenagem e distribuição de produtos alimentícios. In: Revista
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FALCONI, V. C. TQC Controle da Qualidade Total no Estilo Japonês. Nova Lima: Editora FALCONI, 2004.
GOLDRALT, E.; COX, J. A Meta: um Processo de Melhoria Contínua. 2. ed. São Paulo: Nobel, 2003.
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Intrínsecas à Melhoria Contínua nos Processos Produtivos em uma Indústria Têxtil. In: Revista Organização
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SELEME, R.; STADLER, H. Controle da Qualidade: as Ferramentas Essenciais. 2. ed. Curitiba: Editora Ibpex,
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SLACK, N; CHAMBERS, S; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008.
WERKEMA, M. C. C. Métodos PDCA e DMAIC e suas Ferramentas Analíticas. Rio de Janeiro: Elsevier.
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FERRAMENTAS DA QUALIDADE
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Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo você será capaz de:
• Entender o método de soluções de problemas como recurso organizacional para identificação
antecipada deste.
Tópicos de estudo
• A solução de problemas: resolvê-los ou antecipar-se.
• O Objetivo do MASP.
• O planejamento operacional como base para o MASP.
• Ações preventivas para antecipação a problemas.
• Ações corretivas para eliminação de problemas.
• A importância de detecção e análise das causas dos problemas.
• A identificação e observação de problemas.
• A análise do problema com base em indicadores.
• O plano de ação e sua execução.
• A verificação dos resultados de um plano de ação: os índices dos indicadores alcançados.
• Planejando um conjunto de ações que constituem uma solução.
• O conceito PDCA pautado pelo MASP.
• A identificação e teste de hipóteses para a confirmação das causas.
• A padronização como finalidade do plano de ação.
• A constatação do aprendizado.
• Análise de riscos: identificação de pontos de controle.
• Mapeamento de processos para identificação de riscos.
• Análise de probabilidade e Impacto dos Riscos.
• Identificação de riscos para recursos humanos e materiais nos processos.
• Análise SWOT: identificação de pontos fracos.
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2.1 A solução de problemas: resolvê-los ou antecipar-se?
O uso de dados de inspeção, como fonte de detecção de problemas, já acontece desde o início do século XX, com a
criação da Carta de Controle, pelo Dr. Shewhart. Contudo, a utilização dos mesmos métodos para o estudo de
prevenção foi o ponto chave para mudança de perspectiva no controle da qualidade, o que possibilitou o
bloqueio de peças defeituosas.
Assim, a resolução dos problemas, após a ocorrência, é um alto risco para o negócio, principalmente se o produto
chegar ao consumidor final. Porém, antevê-lo, apesar de ser o mais adequado, não é tarefa fácil, já que exige
conhecimento profundo e captação de dados in time (no temo da execução de algum trabalho, ou na hora exata)
do fluxo de produção.
A seguir, veremos o objetivo do MASP.
Note que alguns problemas podem ser encontrados nos mais variados tipos de indústrias, como baixa
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Note que alguns problemas podem ser encontrados nos mais variados tipos de indústrias, como baixa
produtividade, defeito nas peças, acidentes operacionais, desperdícios, entre outros. Com intuito de viabilizar
soluções desses pequenos ou crônicos problemas, é importante a utilização de mecanismos capazes de entender
e indicar a causa ou motivo principal de cada um.
Para tanto, o QC Story ou Método de Análise de Solução de Problemas (MASP), é uma metodologia que visa
entender e promover soluções, em problemas ocasionais, de causas comuns, ou mesmo aqueles nunca antes
ocorridos, desconhecidos dos envolvidos no processo. Cabe destacar que, se um problema que já aconteceu teve
a solução encontrada para ele, não há a necessidade de novamente utilizar o método, pois o foco dele está em
novas alternativas.
Repare que esta metodologia é trabalhada de forma ordenada e sequencial, com fácil entendimento e viabilidade.
Para tanto, são usadas diferentes ferramentas da qualidade as quais darão suporte às pequenas metas
planejadas ao longo do caminho. Dentro do MASP são realizadas oitos etapas para solução de problemas, as
quais são sequenciais, e não devem ser puladas em hipótese alguma. Clique a seguir para conhecê-las:
1ª Etapa Identificação do problema: estabelecimento do problema central;
2ª Etapa Análise do problema: apuração das particularidades do problema;
3ª Etapa Análise das causas: priorização do essencial do problema;
4ª Etapa Preparação do plano de ação: criação de um plano a ser seguido durante o projeto;
5ª Etapa Execução o plano de ação: preparação de todos os envolvidos;
6ª Etapa Verificação dos resultados: análise das metas;
7ª Etapa Padronização das melhorias alcançadas: normatização das soluções encontradas;
Atuação nos problemas remanescentes: reavaliação dos processos e criação
8ª Etapa
relatórios.
Para que essa metodologia seja trabalhada de forma eficaz, precisamos planejar cada ponto apresentado.
Este, por sua vez, deve analisar quais os recursos necessários para o bom desenvolvimento do trabalho e as
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Este, por sua vez, deve analisar quais os recursos necessários para o bom desenvolvimento do trabalho e as
possíveis dificuldades, sendo capaz de prever quais alternativas são mais adequadas para não tornar a solução
de algo já feito, uma vez que o objetivo não é consertar o que já tenha dado errado, mas evitar que o problema
persista ou que volte a ocorrer.
As ações preventivas e corretivas são atividades propostas para consertar algo que está errado e é isso que
veremos a seguir.
Esta ação visa sanar os desgastes provocados pelo tempo de produção da máquina, substituindo peças e
regulando maquinário para manter a eficiência e eficácia dela.
Objetivo é a antecipação de anomalias, tanto na máquina quanto no produto que será produzido ali, e o resultado
deste tipo de ação são máquinas com menos problemas, como veremos adiante.
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Assim, chamamos de ações corretivas aquelas que ocorrem, após o problema existir, e estas são as mais
desafiadoras, a depender de sua complexidade. Normalmente, são utilizadas em processos padronizados de
gestão à vista, relatórios de auditoria, análise de risco e gráficos rotineiros de controle. Nesses, são mais fáceis a
visualização de pontos de variação e fora da linha de controle o que implica em ações mais assertivas.
As ações corretivas exigem a utilização de ferramentas de análise, como o MASP, pois detectam o problema
principal e a respectiva causa-raiz dele, sendo então aplicados controles que visem assegurar a eficiência da ação.
Estas ações são de extrema importância para uma melhor detecção das causas de um problema, assunto do
tópico a seguir.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
Logo, o diagnóstico incorreto de uma anomalia gera para a empresa, não apenas perdas de produção, mas de
tempo, de mão- de- obra e de dinheiro, além da insatisfação do cliente final. As organizações entendem isso e
buscam maneiras de serem mais efetivas nos controles operacionais, criando mecanismos e utilizando
ferramentas mais modernas na detecção de falhas in time como, o Andon (lâmpadas que são acionadas, caso
ocorra algum problema na máquina), e as automações inteligentes.
Estas soluções promovem uma identificação mais rápida e eficaz das anomalias, como trataremos no próximo
tópico.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
Após estratificar o volume de acessos, dividindo em subgrupos de horários e dias da semana, a empresa
conseguiu identificar que o melhor horário para postagens é entre 12:01 e 16:00, para todos os dias; mas, o
melhor dia com possibilidade de vendas é na sexta-feira.
A detecção e a estruturação dos dados são elementos viáveis para determinação dos indicadores de gestão da
empresa, como trataremos a diante.
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2.2.2 A análise do problema com base em indicadores
Os indicadores de gestão são números extraídos dos dados obtidos no controle de produção que mapeiam o
processo. A base do indicador é totalmente quantitativa e, de alguma forma, deve exprimir os impactos do
produto sobre os clientes. Exemplificando alguns indicadores que poderiam ser utilizados em qualquer empresa
de fabricação, temos o Índice de peças de Primeira qualidade (98%) e os índices de peças devolvidas (1%). No
primeiro indicador, a empresa enseja que a produção sem defeitos seja maior que 98% e, no segundo, ela deseja
os defeitos nos produtos devolvidos sejam menores que 1%, pois quanto menor o volume de produtos
devolvidos, melhor para a empresa.
Um dos modos de gerenciamento dos indicadores é o histograma, um instrumento de medição de padrão que,
em uma amostra, servirá como representação da população, mas seguindo regra de dada distribuição.
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Tabela 2 - Tabela de dados para análise de Carta Controle
Na tabela acima, foram coletados durante 25 dias, dados de padrão de um determinado produto, em cinco
máquinas diferentes, representados por x 1, x 2, x 3, x 4 e x 5, estes dados serviram para a média Ẋ de cada dia.
Vamos analisar embaixo, como esta tabela proporcionou um gráfico de Carta Controle e as informações geradas
por meio dela.
Verificamos que os dados não estão lineares com relação à média central, sinalizando que processo precisa ser
ajustado de acordo com a tendência. Outro dado importante são os dois pontos abaixo da linha inferior,
correspondendo à faixa de anormalidade, ou mesmo à falta de controle, indicando algum tipo de causas
aleatória, uma ocorrência imprevisível no processo.
Além disso, o modelo visa dar maior importância não apenas aos dados, mas à análise e tendência do processo. E
o gráfico de controle ainda permite informar se o processo está controlado ou não.
Este gráfico proporciona respostas mais eficazes ao plano de ação a ser tomado, como entenderemos a diante.
Note que a ferramenta permite que as atividades sejam executadas em etapas, concebidas por intermédio das
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Note que a ferramenta permite que as atividades sejam executadas em etapas, concebidas por intermédio das
perguntas e, com isto, encontrar as falhas no processo.
Cabe ainda destacar que, segundo Seleme (2010), a consequência real da ferramenta não é encontrar anomalias,
mas sim, expô-las a fim de ter uma análise mais precisa.
Exemplo de aplicação do 5W2H: reduzir o índice de devolução de perdas para a fábrica, como mostra a tabela a
seguir.
Repare que por meio dos resultados do plano de ação serão definidos novos indicadores.
A seguir, trataremos especificamente dos índices dos indicadores de resultados.
É no planejamento do MASP que são instituídas as métricas de controle, os métodos a serem utilizados, e onde os
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É no planejamento do MASP que são instituídas as métricas de controle, os métodos a serem utilizados, e onde os
recursos serão aplicados, bem como o estabelecimento de metas para o fim do processo. É neste momento que
são descritos os dados a serem observados, tendo em vista quanto mais informações obtidas, maior a
probabilidade de as soluções serem assertivas.
No planejamento determinamos quais os métodos serão utilizados e o PDCA colabora de significativa à proposta
do MASP, como estudaremos no próximo tópico.
Muitas são as semelhanças entre o PDCA e o MASP, contudo, é preciso compreender, os objetivos e propostas de
cada um. O PDCA é um conceito de gestão, uma forma de como gerir os processos da empresa, em qualquer nível,
trabalhando de modo continuado e minucioso, com um intuito final de padronizar as soluções que tiveram seus
resultados eficazes, alinhados ao planejado.
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Você poderá se aprofundar um pouco mais sobre PDCA e o Controle de Qualidade e sua
contribuição nas industrias lendo TQC Controle da Qualidade Total no Estilo Japonês, de
Vicente Falconi.
O MASP, por sua vez, é uma metodologia específica que visa à detecção de desvio padrão e problema não
rotineiros os quais gerem resultados mais rápidos e soluções pontuais no fluxo de trabalho. O desvio padrão
pode ser entendido como um afastamento da linha de tendência, como já vimos antes e, com a utilização da Carta
de Controle, cujos valores estão dispersos à linha central, é possível ter dois pontos, mais distantes do padrão
estabelecido.
Não há implicações na utilização em conjunto do MASP e PDCA, pois ele possibilita melhor verificação dos
processos, suscitando uma compreensão e, por conseguinte, diminuição das não-conformidades encontradas. A
figura abaixo, norteia como poderiam ser trabalhados os modelos, interligando os pontos de execução de cada
tarefa.
Nesta imagem, tempos a organização do MASP, voltado a método circular do PDCA, verificando em quais
momentos devem ser cruzadas as atividades, para que seja um processo organizado, e sistemático.
Wekema (2013) configura esta relação muito relevante no atingimento de metas de melhoria, mas que, esse
conjugado do PDCA, deve ser direcionado ao SDCA (cujo S, é o Standard, ou seja, é a manutenção do padrão que
foi estabelecido, e a outras etapas são as mesmas do PDCA), para a manutenção destes resultados, colocando o
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foi estabelecido, e a outras etapas são as mesmas do PDCA), para a manutenção destes resultados, colocando o
ciclo em um novo patamar de desempenho.
Vamos a um exemplo para melhor compreensão: em uma produção de 1000 peças de camisetas, foi verificada
uma enorme quantidade de não conformidade. Contudo, não é possível saber o percentual de defeitos, ou mesmo
se é apenas um, ou mais tipos. Para isso, uma equipe de inspeção retira uma amostra dessas peças para
verificação. Nesse estudo, verificou-se que 20% estavam com buracos e outros 15% descosturando, e os outros
65% estavam em conformidade.
Assim faz-se uma inferência estatística que é, simplesmente, a demonstração dos percentuais retirados da
amostra. Ou seja, se eles balizam com a produção total, definindo, assim, o que vem a ser o teste de hipótese.
Note que não é possível tomar uma decisão definitiva com relação aos números, mas podemos medir a
probabilidade dos riscos, decidindo por aceitar ou recusar o estudo estatístico.
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ASSISTA
Assista ao vídeo Teste de hipótese com amostra pequena. Nele, você irá aprender com uma
atividade prática, a aplicação do teste. Está disponível na internet.
Grave bem: quanto maior o tamanho da amostra, menores ficam os riscos, permitindo detectar diferenças entre
as populações, se elas realmente existem. A seguir, veremos a padronização como finalidade do plano de ação.
Segundo Cerqueira (2006), existem alguns passos para se chegar à padronização. Clicando na interação você fica
por dentro desses passos:
Educação e treinamento
para que todos adquiram habilidades e competências específicas;
Missão do processo
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Missão do processo
conseguir delimitar com clareza sua abrangência e importância;
Mapeamento do processo
ponto fundamental para garantir de forma eficaz, a exatidão do processo, a atividade ou tarefa que se
desenvolve;
Identificação de clientes
a identificação ajuda a entender suas perspectivas e necessidades. Para tanto é preciso ouvi-los;
Elaboração de padrão preliminar
padronização das rotinas de trabalho, utilizando ferramentas da qualidade para identificação de anomalias.
Desta ainda haverá testes para evitar padronização errada;
Solução de problemas básicos
é a utilização coerente de sugestões de melhorias de processo;
Padronização da rotina
é assegurar as soluções que já foram implementadas,visando padrões essenciais monitoramento, e controle
contínuo do processo.
Ferramentas de padronização dos processos são procedimentos operacionais padrão (POP), ou seja, documentos
descritivos, usados quando o processo envolve mais que uma função ou setor. Já instruções de trabalho são
documentos que descrevem o meio correto de como executar uma atividade.
O padrão é defino ao final do PDCA, desta forma, é preciso constatar esse aprendizado, com novas análises.
riscos aconteçam, as organizações, utilizam de métodos de identificação de falhas como What if (o que
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riscos aconteçam, as organizações, utilizam de métodos de identificação de falhas como What if (o que
aconteceria se?).
O What if é uma ferramenta de prevenção em que não é necessário trabalhar apenas com o visível, pois há
possibilidade de criar suposições, a partir de um evento inicial. Exemplo de questões, para a indústria de
tinturaria: E se faltar água? E se as máquinas aquecerem? E se a temperatura não estiver no nível adequado? As
respostas podem ser infindas, mas palpáveis e passíveis de resoluções. Abaixo, tabela a ser preenchida.
Tabela 5 - What if
A verificação de riscos se dá por meios de várias ferramentas, e abaixo vamos conhecer outra também muito
importante.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
O documento final deve ser de fácil compreensão, como é possível verificar na tabela abaixo. Os níveis de
severidade, podem ser Desprezível, Marginal, Crítica ou Catastrófica.
Outro recurso empregado é o HAZOP (Hazard And Operability Studies, em português é, Estudo de Perigo e
Operabilidade), inicialmente utilizado em plantas de processos químicos, e hoje trata-se de uma das técnicas
mais conhecidas para identificação de riscos. Nas reuniões para aplicação do HAZOPsão usadas palavras guia
(nenhum, algum, menos, mais) as quais orientam nos questionamentos dentro do processo, a partir dos padrões
preestabelecidos.
Vimos acima, que podemos analisar todos os riscos internos de um processo, no tópico a seguir, vamos verificar
a identificação de possibilidades de riscos também externos.
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Figura 4 - Matriz SWOT
Fonte: Shutterstock, 2019.
Embora as empresas adotem estratégias de melhoria dos processos, de viabilidade de ações e de práticas,
contudo, nem todas as possibilidades dependem de fatores internos para que os resultados sejam atingidos.
Vamos entender melhor o SWOT, em sua totalidade.
• Força: é aquilo que, internamente, está dando à empresa maior agilidade nas operações, o que pode também
ser um preço mais completivo;
• Fraqueza: é a deficiência da empresa que pode ser a demora de entrega do produto, por exemplo;
• Oportunidades: aquilo que é o diferencial da empresa uma inovação, ou produtos diferentes;
• Ameaças: como o mercado externo pode minimizar as ações da empresa, uma concorrência maior.
PAUSA PARA REFLETIR: Para identificação especificamente do mercado externo qual ferramenta é a
mais adequada?
Para uma melhor compreensão sobre essa ferramenta, vamos a um exemplo de uma empresa Calçados, que está
em ascensão no mercado:
• oportunidades: novas linhas de produtos, diferentes dos concorrentes;
• ameaças: custo da mão-de-obra em outros países, como China.
• força: a marca está se tornando extremante forte no mercado interno;
• fraqueza: a cadeia de suplay chain (cadeia de suprimentos), com deficiência na de distribuição de produtos e
falta de plano estratégico.
Métodos como o SWOT fazem com que a empresa vislumbre melhor suas estratégias internas e externas, para
que não deixe que seus concorrentes sejam melhores.
Proposta de atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um Mapa Conceitual em que
conste cada uma das etapas do MASP, além de destacar as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao
produzir seu Mapa, considere em quais tipos de problemas poderiam ser utilizadas essa metodologia e as
leituras básicas e complementares realizadas.
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Recapitulando
Ao longo deste capítulo, vimos a importância dos métodos de qualidade do desenvolvimento melhorias nos
processos das organizações. Entendemos que o MASP é um método adequado na solução dos problemas, bem
como na antecipação deles, o qual possui mecanismos capazes de antevir problemas futuros, por meio de ações
preventivas e gráficos de controle de dados.
Entendemos também que os métodos de controle foram evoluindo com o tempo. Contudo, as empresas não
conseguem ainda colocar em prática todas as funcionalidades. Também discutimos outro fator importante neste
contexto: a falta de continuidade das ações e, como vimos, o processo de melhoria é cíclico e continuado, com
novas aprendizagens e performances. Esses descompassos acabam por colocar as estratégias organizacionais em
plano descontinuado, por não conseguirem resultados eficazes em todos os campos da organização.
O MASP pode ser utilizado tanto na solução de anomalias pontuais como em grandes problemas em que há a
necessidade de vários setores envolvidos. Porém, para que seu resultado seja eficaz, precisa-se do
comprometimento de todos da equipe, bem como uma continuidade das ações de melhoria, buscando
empreender melhores práticas, e novas metas.
Compreendemos que a estratégia organizacional deve passar pelo entendimento do próprio negócio, suas
possibilidades internas, com melhorias, ajuste de metas, inovações e oportunidades externas, como foi estudado
com a Matriz SWOT, ferramenta adequada para conhecer a força que a empresa possui no mercado e as
fraquezas que impossibilitam seu crescimento.
Palavras-chave
• MASP.
• PDCA.
• Melhoria.
• Qualidade.
• Análise.
• Ações.
• Resultados.
• SWOT.
• Riscos.
• Prevenção.
• Mapeamento.
• Processos.
• Controle.
• Padrão.
• Aprendizado.
• Causas.
• Planejamento.
• Indicadores.
• Projeto.
• Solução.
• Conformidade.
• Diagnóstico.
• Procedimento.
• Problema.
• Metas.
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Referências bibliográficas
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/15589
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WERKEMA, M. C. C. Métodos PDCA e DMAIC e suas Ferramentas Analíticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
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FERRAMENTAS DA QUALIDADE
CAPÍTULO 3 – AS FERRAMENTAS
GERENCIAIS DA QUALIDADE
CONTRIBUINDO COM O NÍVEL DE
ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA
Deyvison Souza Rodrigues
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Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• Classificar as ferramentas gerenciais da qualidade como elementos organizacionais, garantindo o nível
de excelência na gestão das empresas.
Tópicos de estudo
• A identificação de problemas operacionais.
• O diagrama de afinidade.
• O envolvimento e comprometimento das partes envolvidas.
• O diagrama de relações.
• O fenômeno de causa e efeito.
• A determinação das ações e recursos.
• O diagrama de árvore.
• A estruturação de problemas pela relação com outros problemas identificados.
• O diagrama em matriz por técnica de priorização.
• O diagrama em matriz por técnica de redução.
• O estabelecimento de planos contingenciais.
• O diagrama Process Decision Program Chart (PDPC).
• A Árvore de Decisão.
• Diagrama de rede de atividades.
• Diagrama de flechas.
• A operacionalização da melhoria contínua.
• Definição de lista de atividades para ações de melhoria.
• Definição de recursos humanos e materiais aplicados às atividades de melhoria.
• Identificação da disponibilidade dos recursos para execução das atividades de melhoria.
• Identificação dos custos e recursos financeiros inerentes à execução das atividades de melhoria.
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3.1 A identificação de problemas operacionais
Geralmente nas organizações, a função dos gestores e dos líderes está focada no aumento da eficiência e na
produtividade operacional, ou seja, estes estão sempre focados na resolução de problemas e a valorização do
profissional acaba vinculada a solucionar problemas.
Os tópicos seguintes abordam meios para melhor identificação dos problemas operacionais a fim de solucioná-
los e eliminá-los.
O quadro apresenta seis passos para a construção de um diagrama de afinidades, desde a seleção de pessoas que
irão contribuir até o quadro agrupando os cartões de dados por afinidades.
O diagrama de afinidades é elaborado por meio das relações entre os cartões com dados fornecidos pelos
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O diagrama de afinidades é elaborado por meio das relações entre os cartões com dados fornecidos pelos
participantes, tendo como nível superior o cartão de afinidades, cujo objetivo é agrupar os cartões de dados
semelhantes. O diagrama a seguir apresenta um esquema geral do diagrama de afinidades.
O esquema apresenta como deve estar disposto os cartões de dados agrupados por cartões de afinidades
Tomando como exemplo uma empresa que busca estratégias de melhoria da qualidade de seus produtos, temos
o seguinte diagrama de afinidade.
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Figura 2 - Exemplo de diagrama de afinidades
O exemplo mostra uma organização que busca por estratégias de melhoria de qualidade e dois grupos de cartões
de afinidades com sugestões de melhorias, separados por cartões de dados.
Note que o diagrama de afinidades é uma ferramenta que permite reduzir grandes quantidades de informações
em algumas áreas de foco para esforço de melhoria. Contudo, em razão do tempo que consome e da mobilização
das pessoas envolvidas para a execução do diagrama, não é aconselhável usá-lo para resolução de problemas
com baixa complexidade ou tomadas de decisões imediatas.
Na sequência, estudaremos acerca do envolvimento e comprometimento das partes envolvidas.
-5-
Fonte: © Minerva Studio / / Shutterstock.
Um grupo comprometido é um meio para levar adiante os objetivos da empresa ou da organização, pois é,
através do comprometimento, que haverá disposição para a ação, considerando que nele se subentende uma
forte identificação das pessoas aos valores da organização, à vontade de exercer esforços consideráveis e de
permanecer como membro do grupo.
Assim, a equipe deve envolver-se com os problemas da organização, para que haja uma contribuição para sua
melhoria por meio do desenvolvimento do potencial de cada um dos membros.
Para Bessant et al. (2001), o envolvimento das pessoas de uma determinada organização é a peça fundamental
para o desenvolvimento da organização e, principalmente, para busca da melhoria contínua. Logo, é importante
que esta equipe tenha um caráter multidisciplinar, ou seja, contenha profissionais de áreas distintas, haja vista
que abordagens observadas por diferentes ângulos e habilidades se complementam e podem trazer bastantes
contribuições para soluções de um problema.
Dentre as diversas ferramentas de qualidade, que visam o envolvimento das pessoas nas tomadas de decisões
em busca da melhoria contínua e da vantagem competitiva, podemos destacar o relatório A3 e o brainstorming.
Clique para saber mais.
Para Anderson et al. (2010), o relatório A3 tem esse nome por ser escrito em uma folha A3 e
Relatório A3 se trata de uma técnica desenvolvida pela Toyota, que é conhecida pelo seu eficiente sistema
de produção, chamado de lean manufacturing.
O relatório é escrito de cima para baixo e da esquerda para direita, buscando identificar a situação atual, a
natureza do problema estudado, o conjunto de contramedidas possíveis, a melhor contramedida, a forma como
se deve colocá-las em prática e a certeza de que o problema foi solucionado.
CONTEXTO
Também conhecido como Sistema Toyota de Produção ou Sistema de Manufatura Enxuta, o
lean manufacturing é uma técnica de produção que visa a eliminação de diversos tipos de
desperdício da cadeia produtiva, fazendo com que o produto tenha maior valor agregado e os
processos sejam otimizados.
O método A3 está diretamente relacionado ao ciclo PDCA (Planejar, Checar, Fazer, Agir). Contudo, Sobek e
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O método A3 está diretamente relacionado ao ciclo PDCA (Planejar, Checar, Fazer, Agir). Contudo, Sobek e
Smalley (2010), salientam que o PDCA, de origem ocidental, geralmente tende a orientar para resultados de
curto prazo e segue-se em frente quando o problema é resolvido. Em contrapartida, no relatório A3, de origem
japonesa, o processo em que os resultados são alcançados é tão importante quanto a resolução de um problema,
ou seja, busca-se sempre um aprendizado evitando a recorrência do problema.
Geralmente, o resultado encontrado com o relatório A3 é proveniente do diálogo entre o autor do relatório e o
supervisor, porém a elaboração e construção do documento pode envolver toda equipe.
Já o brainstorming (tempestade cerebral ou tempestade de ideias) é uma ferramenta que pode ser feita tanto
por uma única pessoa quanto em grupo. Entretanto, quando a técnica é feita coletivamente, ela demonstra um
maior potencial na medida em que as interações fazem aparecer novas ideias que não surgiriam individualmente
(MAZZOTTI et al., 2012).
-7-
Fonte: © Sergey Nivens / / Shutterstock.
Mesmo sugerindo tempestade de ideias, é necessário que alguns passos sejam seguidos para que a ferramenta
seja efetiva na resolução de um dado problema. Clique nas fases a seguir para conhecê-las.
Explicação da
O coordenador explica a meta ou problema que será analisado pela equipe.
meta/problema
Determinação Nessa fase, surge o apontamento das possíveis causas que provocaram o ocorrido, de forma
das causas organizada e horizontal, ou seja, todos têm a oportunidade de opinar.
Hierarquização Aqui os participantes deverão determinar a importância e refletir sobre elas, a fim de
das causas classificá-las com nível de prioridade.
Criação do plano
Aqui, serão criadas as contramedidas para contornar o ocorrido.
de ação
Observe que, nas duas ferramentas, o envolvimento e o comprometimento da equipe são primordiais para
alavancar a qualidade da organização.
Pausa para refletir: O comprometimento e envolvimento da equipe é o único fator para o sucesso dos
planos de ação para melhoria contínua?
A seguir, veremos o diagrama de relações.
A elaboração do diagrama de relações é feita seguindo o mesmo processo de elaboração do diagrama espinha de
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A elaboração do diagrama de relações é feita seguindo o mesmo processo de elaboração do diagrama espinha de
peixe. Ou seja, é construído em cima de várias ideias sugeridas em um processo de brainstorming, Ishikawa e 5
por quês (em que se realiza cinco perguntas cujo objetivo é saber o porquê da causa raiz dos problemas),
podendo ser de objetivo simples ou objetivos múltiplos.
Clique nos ícones a seguir para compreender as etapas.
• Depois, é realizada a verificação da quantidade de setas que entram e saem de cada item.
A cada quadro (ou item) é necessário que contenha um número de entrada/saída, pois,
assim, realiza-se a identificação se aquela etapa é um agente gerador de ações (quando
possuir muitas saídas) ou um processador de ações (quando possuir muitas entradas).
•
Com isso, inicia-se o processo de análise do principal agente gerador de ações, que, por
sua vez, deverá conter apenas saídas e nenhuma entrada.
• Por fim, os quadros com maior quantidade de entradas e muitas saídas serão
denominados processadores de ações; e os quadros com muitas entradas e poucas saídas
serão denominados de gargalos.
Este diagrama é mais do que uma ferramenta de análise para guiar e resumir discussões, pois mesmo que ele
não forneça nenhum insight. Ainda assim, auxiliará a equipe a chegar a um consenso sobre as causas mais
prováveis do problema as quais deverão ser investigadas para que ocorra a melhoria do sistema e,
consequentemente, da organização.
Na sequência, discutiremos acerca do fenômeno de causa e efeito.
-9-
Em termos práticos, o processo de análise de causa-efeito de um determinado problema pode ser definido em
âmbito geral. Navegue no recurso abaixo para conferir.
1. Definir o problema;
2. Identificar possíveis causas;
3. Verificar as reais causas;
4. Propor uma solução para o problema;
5. Implantar a solução;
6. Analisar os resultados.
O estudo do fenômeno de causa e efeito, geralmente representado pelo uso do diagrama de Ishikawa, é
considerado uma das ferramentas mais eficazes para a proposição de ações de melhoria e gestão da qualidade
nas organizações. Contudo, é necessário destacar que, como todo trabalho relacionado à qualidade, é de
fundamental importância o comprometimento e o envolvimento de toda a equipe no processo de análise das
causas, pois é necessário que se observem minunciosamente os fatos que podem ter sido mudados, haja vista ser
necessária a eliminação das causas e não os sintomas que são apresentados em determinado problema.
Neste contexto, é fundamental a determinação das ações e dos recursos a serem disponibilizados para traçar os
planos de melhorias, assunto que veremos a seguir.
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Figura 4 - Esquema de construção do diagrama de árvore para solução de problemas
Por meio do diagrama, é possível se ter uma visualização gráfica dos diferentes níveis de detalhes de um
determinado problema ou ação. Este diagrama é simples para ser construído e, por esse motivo, geralmente é
usado para organizar informações, podendo ser construído horizontal ou verticalmente.
Este tipo de diagrama permite o desenvolvimento sistemático e lógico de uma gama de estratégias para se
resolver um problema ou propor metas para se alcançar um objetivo e isso ajuda que menos itens essenciais
passem despercebidos pela equipe.
É necessário entender que podem existir vários problemas acontecendo ao mesmo tempo em uma organização e
que, na maioria das vezes, esses problemas podem ser causados por uma causa raiz, onde deve-se haver uma
hierarquização das importâncias dadas a cada uma dessas causas. Isto será relatado no próximo item sobre a
estruturação de problemas pela relação com problemas identificados.
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CONTEXTO
MASP é uma técnica de melhoria que apresenta oito etapas, começando pela identificação dos
problemas, passando pela elaboração de ações corretivas e preventivas, para eliminá-los ou
minimizá-los, sendo finalizada com planejamentos de ações futuras.
É importante salientar que as causas de um dado problema podem ser outros problemas, e estes requerem nova
análise, gerando assim, novo problema e novas causas que deverão também serem analisadas para solucionar a
questão raiz.
Nesse contexto, é necessário haver uma priorização dos problemas para que sejam classificados aqueles que
precisam ser rapidamente solucionados e uma das ferramentas que pode ser utilizada é o diagrama em matriz
por técnica de priorização da qual trataremos no próximo item.
•
Quando existe consenso de que a solução é uma boa alternativa, mas é necessário
estabelecer a importância relativa entre as outras opções.
•
Quando existem limitações financeiras, sendo preciso estabelecer algumas prioridades.
•
Quando as opções apresentadas têm muitas inter-relações e a tarefa de identificar a
melhor alternativa e a mais relevante é difícil.
Segundo Behr et. al (2008), a utilização dessa ferramenta é uma alternativa para traçar ações em gestão. Além
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Segundo Behr et. al (2008), a utilização dessa ferramenta é uma alternativa para traçar ações em gestão. Além
disso, ela permite compartilhar a decisão com outros membros da empresa. Desse modo, é importante que sua
abordagem seja feita com a participação de outros membros da diretoria e de outros setores, priorizando
sempre trabalhar em grupo.
Contudo, mesmo priorizando-se os problemas a serem solucionados, é necessário planos contingenciais para
que o processo volte a ser normalizado. E este é o assunto que será abordado adiante.
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Figura 5 - Exemplo de Diagrama PDPC
Fonte: SLACK et al., 2002. (Adaptado).
A figura mostra o esquema de vendas de uma determinada empresa, assim como, a checagem de itens no
estoque utilizando o diagrama PDPC.
De acordo com Pagano (2000), a partir do estágio inicial, o diagrama progredirá em direção a uma meta
preestabelecida, sendo uma ferramenta preventiva durante a fase de planejamento, conseguindo prever
condições e resultados não almejados. O diagrama PDPC se torna mais eficaz quando é utilizado no auxílio da
solução de problemas que se tratam de situações incertas e/ou dinâmicas que possuem mais de uma solução.
Na sequência, veremos a árvore de decisão.
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solução de problemas que se tratam de situações incertas e/ou dinâmicas que possuem mais de uma solução.
Na sequência, veremos a árvore de decisão.
O esquema mostra uma árvore de decisão especificando o nó, os ramos e as folhas geradas a partir de uma
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O esquema mostra uma árvore de decisão especificando o nó, os ramos e as folhas geradas a partir de uma
decisão que deve ser tomada na organização.
As árvores de decisão conseguem garantir, como já explicitado, maior flexibilidade que os mecanismos
tradicionais, haja vista que as decisões já foram definidas e mapeadas ao longo de vários ramos, gerando, assim,
várias folhas, ou seja, várias decisões com um alto grau de flexibilidade.
Assim como a árvore de decisão, outra ferramenta que pode auxiliar planos de contingências é o diagrama de
rede de atividades que será discutido a seguir.
Peinado e Graeml (2007) relatam que há duas convenções utilizadas para criação de um diagrama de redes e que
essas são ligeiramente diferentes, são elas: diagrama de rede com as atividades representadas em setas, e
diagrama de redes com atividades representadas em nós.
CONTEXTO
PERT (Program Evaluation and Review Technique)/CPM (Critical Path Method) são métodos
que utilizam conceito de Redes para planejar e visualizar a coordenação de atividades de um
projeto.
Este tipo de diagrama é uma maneira gráfica de exibir o caminho crítico de um projeto, dependências ou tarefas
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Este tipo de diagrama é uma maneira gráfica de exibir o caminho crítico de um projeto, dependências ou tarefas
a serem realizadas. Para montar um diagrama de rede de atividades é preciso elencar todas as atividades
necessárias para executar o projeto, identificar a relação de dependência entre elas e determinar o tempo que
cada uma vai demandar.
Ao final da construção do diagrama de redes de atividades, você terá mapeado todo o processo e o caminho
crítico e definido como sendo o caminho com a sequência mais longa de atividades. E o atraso na execução de
alguma tarefa que faça parte do caminho crítico acarretará no atraso de da execução do projeto inteiro.
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Fonte: © arka38 / / Shutterstock (Adaptado).
Essas atividades, normalmente, acabam sendo focadas na solução necessária para poder se adequar a um outro
indicador de desempenho e, como isso, as análises não são estendidas para aplicações em outros processos.
Pausa para refletir: Existe uma ferramenta ideal para ser empregada em planos de melhoria contínua?
Por isso, é importante que se tenha em mente que, para a realização da melhoria contínua, é necessário um
levantamento de uma relação de tarefas para que as causas dos problemas investigados sejam eliminadas. Além
disso, é importante ordenar prioritariamente essas atividades para que a equipe tenha ciência de quais devem
ser executadas antes e depois, ou até simultaneamente.
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Fonte: © Michael D Brown / / Shutterstock.
É essencial a existência de uma equipe integrada, multidisciplinar e que consiga compartilhar de forma clara e
concisa as informações e ideias, além de um ambiente de trabalho amigável e saudável que favoreça a
participação e contribuição de todos os integrantes para a execução do plano de melhoria.
Assim como os recursos humanos e os materiais, é necessário identificar os recursos existentes na organização
para execução do plano de melhoria, que será discutido no próximo tópico.
Passo 6
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Passo 6
Realizar o controle dos recursos, acompanhando a utilização dos recursos para cada atividade, comparando o
que foi planejado com o que foi executado.
A seguir, veremos como fazer a identificação de recursos para execução de todas essas melhorias discutidas até
aqui.
É importante salientar que, quando a equipe está ciente dos custos que haverá com implantação do plano de
melhoria em cada processo, é possível ter um maior controle em relação ao retorno sobre os investimentos
realizados.
O gerenciamento de custos é útil, auxilia no controle de despesas e faz com que a equipe fique cada vez mais
ciente dos lucros obtidos.
Proposta de atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma apresentação em
PowerPoint, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir sua apresentação,
considere as leituras básicas e complementares realizadas.
Dica: Uma boa apresentação é clara e concisa, apresentando apenas tópicos que correspondem a uma
determinada ideia.
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Recapitulando
Com o processo de globalização e mudanças nas exigências dos clientes, a gestão da qualidade passou a ser um
diferencial para as organizações que pretendem se manter competitivas no mercado.
As ferramentas e os métodos de gestão qualidade passaram a ser meios de se alavancar a produção e diminuir os
custos dos processos. Mas, para atingir determinado objetivo, é importante, além de se ter uma equipe integrada
e comprometida, que esteja envolvida neste processo. Também vimos que é preciso saber qual ferramenta de
qualidade utilizar, uma vez que, a escolha do método e/ou da ferramenta, juntamente com os recursos humanos,
ditarão o sucesso do plano de melhoria contínua.
Neste capítulo, conhecemos as principais ferramentas de qualidade utilizadas para levantamentos e eliminação
de causas raízes, são elas o diagrama de afinidades, o diagrama de relações, o diagrama de árvore, a matriz de
priorização, o PDPC, a árvore de decisão, a rede atividades, o diagrama de flechas. Contudo, é necessário o estudo
detalhado de cada problemas e as especificidades deles, a fim de se estabelecer o melhor caminho a ser tomado,
ou seja, qual ferramenta será utilizada para solucioná-lo.
Palavras-chave:
• Gestão.
• Qualidade.
• Ferramentas de Qualidade.
• Diagrama de Afinidades.
• Ferramenta A3.
• Brainstorming.
• PDCA.
• Comprometimento.
• Envolvimento.
• Diagrama de relações.
• Causa-Efeito.
• Solução de problemas.
• Causa raiz.
• Ações.
• Recursos.
• Diagrama de Árvore.
• PDPC.
• Árvore de Decisão.
• PERT/COM.
• Diagrama de Flechas.
• Melhoria Contínua.
• Custos.
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2000. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da Produção: Operações Industriais e de Serviços. Curitiba:
UnicenP, 2007.
SILVA, W. V. et al. Avaliação da Escolha de um Fornecedor sob Condição de Riscos a partir do Método de Árvore
de Decisão. Revista de Gestão USP, v. 15, n. 3, 2008, p. 77-94. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rege
/article/view/36648/39369>. Acesso em: 20/01/2019.
SLACK, N. et al. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
SOBECK, D. K; SMALLEY, A. Entendendo o pensamento A3: um Componente Crítico do PDCA da Toyota. Porto
Alegre: Bookman, 2010.
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FERRAMENTAS DA QUALIDADE
-1-
Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• Entender o método como fator de qualidade na elaboração de projetos de engenharia da produção,
permitindo a identificação prévia dos problemas de projeto e/ou de operação do projeto.
Tópicos de estudo
• Contextualizando.
• Introdução ao FMEA.
• A proposta do método.
• Conceitos e falhas potenciais.
• O fenômeno de mitigação como virtude organizacional.
• A capacidade de resiliência organizacional.
• O mecanismo do método.
• Introdução.
• O projeto preliminar.
• Conclusão do projeto detalhado.
• Programas de melhoria do projeto de engenharia de produção.
• FMEA: benefícios e vantagens.
• No planejamento da produção.
• No planejamento da manutenção.
• No planejamento de testes.
• Nas análises complementares aos planejamentos.
• Como fazer o FMEA.
• Falhas e efeitos potenciais e severidade.
• Causas potenciais, ocorrência e classe.
• Controle, detecção e prioridade de risco.
• Ações recomendadas, responsáveis e resultados.
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4.1 Introdução ao FMEA
As possibilidades de falhas em processos produtivos são vistas como normais. Contudo, em alguns casos, a
ocorrência de falha pode ser fatal como em um avião em voo, ou no fornecimento de remédios em hospitais, na
falta de freio em uma motocicleta. Quando olhamos por este prisma, a confiabilidade não é apenas algo bom, mas
imprescindível.
E, para alcançar esse nível de qualidade, estudaremos o Failure Mode and Effects Analisy (FMEA), em português,
Análise de Modo de Falha e seus Efeitos. Trata-se de uma ferramenta preventiva que, por meio da qual são
analisados os tipos de falhas a que chamamos de modos de falha. Veremos os seus efeitos no processo e nos
produtos, por meios de uma matriz, na qual serão realizados os desdobramentos para as verificações.
O FMEA foi desenvolvido pelo exército americano e, posteriormente, aprimorado pela NASA, na década de 1960,
durante o projeto Apollo. A missão era fazer viagens espaciais, desenvolvendo o know-how (informações e
conhecimento) principalmente na área de comunicação. E foram criadas hipóteses de criticidade acerca do que
estaria mais sujeito a acontecer após as viagens espaciais, e, a partir de então, começou-se a avaliar os riscos
envolvidos e a buscar soluções para minimizá-los.
Diante disso, vamos verificar o que esta metodologia pretende no item a seguir.
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Fonte: © vaeenma / / iStock.
O FMEA tem como foco, a detecção das falhas em produtos e processos, reduzir os riscos, documentar o processo
analisado, e minimizar a falhas potenciais. Podemos citar casos em que essas análises foram importantes, mas
após o produto ser finalizado, o que gerou desgaste e prejuízo, como acontecem nos recalls (recolhimento de um
produto) de montadoras de carros. O FMEA é muito utilizado em montadoras automotivas, para que o produto,
não chegue ao cliente com falhas.
Já entendemos a finalidade do FMEA, agora, vamos verificar o seu conceito mais importante.
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4.1.3 O fenômeno de mitigação como virtude organizacional
Quando pensamos em mitigação, entendemos o termo como minimizar, atenuar algo ou uma situação. Trata-se
de uma ideia que deve fazer parte do gerenciamento dos processos, tendo em vista que os gerentes obtêm o
controle das atividades nas quais podem ocorrer falhas. A primeira etapa para este comportamento de
prevenção, é a detecção, ou seja, a melhoria da confiabilidade e reestruturação organizacional.
Um exemplo deste fenômeno são os trabalhos baseados na internet, como sites de bancos, provedores de e-mails
, ou mesmo redes sociais, em que os dados pessoais dos usuários estão armazenados e detectar a atuação de
hackers é imprescindível para atuação da empresa, bem como para demonstrar confiabilidade aos clientes que
ali creditam suas informações, por pensarem estar seguros.
Diante disso, fica evidente que capacidade de recuperação é importante, a seguir, veremos quais são os efeitos
disso.
Observe que no caso do acidente nuclear de Fukushima, ocorrido em novembro de 2011, três reatores
explodiram quando ondas gigantes, após um tsunami, atingiram a usina deixando-a sem energia e provocando
um dos maiores acidentes do nucleares do mundo, e o maior do Japão.
Para o planejamento de recuperação de falhas, neste caso, foi realizado um trabalho de detecção de falhas. Clique
nos termos abaixo para conhecer algumas das ações realizadas.
Descontaminação
Retorno ao local
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Retorno ao local
4.2.1 Introdução
Existem vários de tipos FMEA: de Sistema, de Projetos, de Processos (Produto), e hoje já se fala no de Interface,
mas quando as empresas começaram a trabalhar e entender esses modelos, perceberam que não estavam sendo
elencados alguns tipos como o FMEA de Logística, de Máquina entre outros.
Veja que a área logística é uma das mais importantes para empresas de manufatura, pois ela está encarregada do
fornecimento do produto e da distribuição dele. Tratava-se de um grande setor com falhas que precisavam ser
melhoradas, por exemplo, na movimentação dos produtos se houvesse uma danificação do material, isso não era
contemplado no FMEA.
Assim, potencias falhas logísticas também devem ser contempladas nos projetos, de forma a garantir um bom
andamento dos meios de transporte e movimentação do produto. Vamos a um exemplo de falhas que podem ser
geradas no processo de logística: em um projeto de uma motocicleta, cujo foco é o sistema de iluminação
dianteiro (os faróis), as análises que podem ser levantadas estão no transporte. Isto porque a lente foi danificada
e, houve, portanto, a quebra da lâmpada por conta da vibração dela na embalagem, que não estava adequada o
deslocamento do produto.
Desse modo, o FMEA deve ser feito no projeto inicial, com intuito de minimizar as ocorrências, como veremos a
diante.
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Fonte: © Kemal Taner / / Shutterstock.
Seguindo o exemplo dos faróis da moto, neste momento, devem ser analisados o projeto do produto versus a
função requerida dele. Desta forma, algumas análises a serem consideradas são a luz alta que não atinge a
especificação, a regulagem do farol que está fora da norma, entre outros.
Para tanto, deve haver uma melhoria desse projeto e, para reverter a situação em que ele se encontra, ele será
revisado e modificado, pensando-se em soluções no ângulo do refletor, no polimento dele, na distância da
lâmpada, e assim, por diante.
Logo, a finalização do projeto deve estar coerente com a ações ensejadas para não haver problemas.
Etapa 4 o fluxo;
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Etapa 4 o fluxo;
Etapa 5 as ações de melhorias;
Etapa 6 os modos de falhas.
Neste escopo, estarão os responsáveis de cada etapa, criando uma interface com os envolvidos, desde o RH, por
meio da contratação de pessoas, ao transporte, como o meio de o produto chegar ao cliente.
Para os resultados de um projeto, deve-se considerar os custos, a mensuração dos meios e dos materiais para
sua execução, bem como a qualidade do que será entregue. Neste ponto, a qualidade não é apenas a
conformidade total, sem defeitos ou falhas, mas algo que tem qualidade cumprindo com sua finalidade.
Vamos verificar, a seguir, como são inseridos os programas de melhoria.
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4.3.1 No planejamento da produção
Os projetos de engenharia, após suas aprovações, são direcionados ao planejamento de produção, setor
responsável pelo Plano Mestre de Produção (PMP), documento normalmente digital em que são organizados
os produtos a serem produzidos, os materiais necessários para isso, suas quantidades, o tempo até a etapa final,
tudo interligando demanda e disponibilidade.
Como o FMEA tem o objetivo de identificar modos de falhas, no PMP, deve haver particularidades no estudo
dessa produção, pois, caso haja alguma dificuldade, o produto pode não chegar ao cliente no tempo hábil
planejado.
Clique na interação para conhecer alguns dos objetos de verificação.
Objeto de verificação 1
Objeto de verificação 2
Objeto de verificação 3
Qual o nível de eficiência das máquinas para que consigam produzir a quantidade requerida.
No próximo item, vamos verificar como o método pode ser usado no planejamento da manutenção.
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Fonte: © Dmitry Kalinovsky / / Shutterstock.
Empresas que trabalham com muitos maquinários normalmente têm um planejamento de ações, detalhando
quais máquinas precisam ser analisadas, quais não estão em uso, e quando serão feitas as manutenções
corretivas ou preventivas. O FMEA pode ser utilizado em todos os tipos de manutenção, mas é na preventiva que
se torna mais eficiente, pois são verificados os pontos de possíveis falhas, antes das máquinas serem colocadas
em utilização.
Os testes são necessários para validação de um processo ou produto, por diferentes razões, como veremos a
seguir.
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Para entender mais sobre como o FMEA pode ser utilizado na prática das indústrias, procure
pelos cursos de Green Belt os quais trazem conteúdos aprofundados de FMEA, ligados às áreas
de Lean Manufacturing e Six Sigma.
Métodos como MFV podem ser um instrumento de gerenciamento adequado para de reconhecimento de todo o
fluxo de produção, desde a solicitação do produto pelo cliente até o momento da entrega.
A próxima etapa de nosso estudo, é perspectiva prática dessa metodologia.
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Fonte: Shutterstock, 2019.
Os efeitos gerados por essas falhas são realizados a partir da demonstração do olhar do cliente para com os
produtos ou serviços. Vamos seguir com o exemplo dos celulares:
• segurança/corpo regulador: aquece demais e pode explodir;
• cliente final: o celular descarrega muito rápido;
• clientes internos: ligados à manufatura e à montagem.
Com base nestas prerrogativas de potenciais falhas e de suas consequências, é constituído o Risk Priority Number
(RPN), em português o Número de Prioridade de Risco (NPR). Nele são instituídos os fatores de: Severidade (S),
quando existe gravidade; Ocorrência (O), há uma probabilidade de ocorrer; Detecção (D), possível detecção
antes do cliente.
Como vimos, o número de prioridade de risco é constituído do grau de severidade, da ocorrência dele, ou
probabilidade de ocorrer, e a possível detecção por parte do cliente.
Já em relação às causas potenciais, veremos no próximo tópico.
Neste sentido, a classe das causas potenciais serve para definir dentro de uma escala numérica as características
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Neste sentido, a classe das causas potenciais serve para definir dentro de uma escala numérica as características
críticas e leves (com escalas entre 1 a 10) dos níveis de severidade, ocorrência e detecção. Essa classificação
promove uma avaliação correta das ações, priorizando as falhas com maior potencial de ocorrer ou de chegar ao
cliente. Na figura abaixo, temos uma tabela de classificação dos níveis que esclarece como pode ser utilizado no
método do FMEA. Cabe ressaltar que ela não é fixa, cada empresa pode criar a sua, de acordo a realidade e
objetos do processo.
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Tabela 1 - Escala de avaliação para FMEA
Fonte: SLACK, 2008, p. 639.
A tabela é a demonstração de uma escala de severidade, ocorrência e detecção. Ela não é fixa, cada empresa pode
adotas as suas próprias escalas.
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No próximo tópico, veremos como se dão o controle e a detecção de prioridades.
Vamos a um exemplo de como ele pode ser usado na detecção de falha em um exercício de FMEA: em uma
empresa de camisaria, foram descobertos três modos de falha ligados à produção das camisas. Então: 1 – agulhas
tortas; 2 – produto áspero; 3 – descosturando. A equipe de melhoria fez uma classificação da seguinte forma:
Com o resultado apontado pela tabela, verificou-se que a falha três (3) descosturando deveria ser analisada com
mais rapidez, para ser eliminada.
O uso de ações de melhoria é ponto fundamental para eliminação do problema.
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4.4.4. Ações recomendadas, responsáveis e resultados
As ações recomendas ao processo de verificação de falhas devem estar voltadas apenas ao que está sendo
verificado, sem aludir a outros, para que sejam realizadas com foco no projeto. Para isso, faz-se necessária a
utilização de ferramentas como o 5W2H ou 5W3H, com estabelecimento de ações possíveis de serem realizadas
e com resultados mensuráveis.
Na planilha do FMEA deve estar o nome do responsável pelas ações, e havendo mais pessoas que estão se
responsabilizando por alguma etapa, estas também devem estar incorporadas à planilha.
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Figura 2 - Formulário sugerido pelo Manual de Referência FMEA
Fonte: FMEA, 2018, p. 18.
Este formulário é o sugerido pelo manual de referência FMEA para ser usado na detecção de falhas.
O resultado, neste ponto, é mais importante para que as análises feitas, por meio de comparações, validem as
ações sugeridas e consigam mitigar os modos de falhas detectados. As comparações de severidade, ocorrência e
detecção são realizadas na própria planilha.
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Ficou curioso e quer saber mais sobre o FMEA, leia o capítulo 19 do livro Administração da
Produção, de Slack et. al.
Para uma compreensão de como utilizar o FMEA, vamos a um exemplo prático deste método: em uma dada
empresa têxtil, a equipe de melhoria de processos, após algumas reclamações a respeito de um grupo de
produtos, resolveu investigar com o FMEA quais eram os modos de falhas que eles tinham. Assim, o time então
criou a planilha da forma como se vê na figura a seguir:
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Figura 3 - Modelo FMEA
Na planilha, temos a etapa investigativa, na qual ocorre a troca de produto na máquina, assim como o aparente
modo de falha, e posteriormente à substituição dele e os efeitos disso. De acordo com tabela do FMEA, foram
descritos os motivos dos problemas e estes receberam uma pontuação: a severidade foi pontuada em 2, a
concorrência em 8, e detecção em 3. Em um caso real, após as ações serem aplicadas, seriam refeitas as
pontuações para verificação de melhoria do produto.
Quando as falhas são verificadas e a melhoria é aprimorada, gera-se confiança no produto fabricado ou no
serviço oferecido. A confiabilidade se dá quando as funções descrições do produto ou nos serviços são, de fato,
exercidos. Isso desenvolve segurança e confiabilidade na compra do produto, o que gera uma visão otimista no
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serviço oferecido. A confiabilidade se dá quando as funções descrições do produto ou nos serviços são, de fato,
exercidos. Isso desenvolve segurança e confiabilidade na compra do produto, o que gera uma visão otimista no
fabricante.
Proposta de atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma planilha do FMEA,
descrevendo sobre a compra de um produto (ou aquisição de um serviço que lhe foi prestado), que estava com
falhas visíveis, explicitando o que poderia ter sido feito antes que o produto chegasse com problema até você. Em
sua planilha, descreva as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Na planilha FMEA, promova possíveis
soluções para os problemas apresentados. Não se esqueça de considerar as leituras básicas e complementares
realizadas para a realização de sua atividade.
Recapitulando
Vimos neste capítulo, vimos que as falhas podem ocorrer por três motivos: as operações estão sendo feitas de
forma inadequada, o projeto pode ter sido concebido sem execução de verificação de erros, e por último, pode
ter havido má utilização do produto pelo cliente.
Contudo, essas falhas podem ter níveis e prioridades, e é na utilização do NPR, com os índices de severidade,
ocorrência e detecção, que podemos indicar o grau prioridade, para que ações de melhoria possam ser tomadas.
O engenheiro de produção deve ficar atento a essas falhas, principalmente no desenvolvimento de um projeto de
novo artefato, ou projeto de mudança em outro. Logo, os modos de falhas devem ser detectados para que não
haja prosseguimento em um produto que possa causar prejuízos. É por falta destas detecções que as falhas
acontecem e, por vezes, são criados projetos sem o uso de ferramentas capazes de interceptar possíveis danos.
Por fim, entendemos que o grande feito da solução de falhas é a recuperação da empresa, que se vale de meios
sistemáticos de controle, os quais indicam que é necessário melhorar e aprender continuamente.
Referências bibliográficas
ALENCAR, J. A.; SCHMITZ, E. A. Análise de Risco em Gerência de Projetos. 3. ed. São Paulo: Brasport, 2012.
CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade: Teoria e Casos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsever, 2012.
CHRYSLER LLC. Potential Failure Mode and Effect Analysis (FMEA): Reference Manual. 4th edition. Ford
Motor Company, General Motors Corporation. 2008.
SELEME, R.; STADLER, H. Controle da Qualidade: as Ferramentas Essenciais. 2. ed. Curitiba: Editora Ibpex,
2010.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008.
WERKEMA, M. C. C. Métodos PDCA e DMAIC e suas Ferramentas Analíticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
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FERRAMENTAS DA QUALIDADE
-1-
Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• Promover mudanças para o desempenho com qualidade, buscando melhorias em processos, produtos e
serviços oferecidos aos clientes.
Tópicos de estudo
• Atividades de valor agregado e não agregado na fabricação dos produtos.
• Oferta e entrega de valor.
• Cadeia de valor da empresa.
• Mapeamento do fluxo de valor no processo fabril.
• Nível de serviços ao cliente: índice de satisfação.
• Metodologia DMADV.
• A relação das demandas dos clientes e a estratégia da empresa.
• A mensuração das capacidades de processos e produtos.
• Análise dos riscos e as contingências.
• Design e verificação do projeto: try out.
• Metodologia DMAIC.
• A relação entre a opinião dos clientes e os objetivos da empresa.
• Coleta de dados e análise de capacidades e especificações.
• Análise de dados para investigação de causas e efeitos.
• Padronização do trabalho para criação de um novo estado de processo.
• Redução de custos organizacionais.
• Gestão das demandas.
• Gestão por processos.
• Gestão por indicadores
• Ferramentas da qualidade relacionadas ao Six Sigma.
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5.1 Atividades de valor agregado e não agregado na
fabricação dos produtos
A concorrência no mercado aumentou gradativamente como o passar do tempo devido à globalização e ao
avanço tecnológico. A competitividade, em decorrência da variedade de empresas, exige que as organizações
prestem serviços diferenciados e de alta qualidade, com o objetivo de se manterem no mercado.
Assim, ter um processo produtivo eficiente torna-se uma tarefa difícil e exaustiva, demandando muita dedicação
e empenho. Nesse cenário, é de suma importância que se agregue valor ao produto ou serviço comercializado
para que a organização consiga destaque frente à concorrência.
Mas, como ofertar e entregar valor? Isto é o que trataremos a seguir.
Valor, neste caso, não é quanto custa para o consumidor ou, muito menos, quanto custa para empresa produzi-lo.
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Valor, neste caso, não é quanto custa para o consumidor ou, muito menos, quanto custa para empresa produzi-lo.
Logo, a ideia de valor passa a ser a composição da razão entre benefícios e os custos, trabalhando em um ponto
impalpável, que é a percepção do valor dado pelo consumidor.
Como exemplo, temos um cliente que procura por uma caneta esferográfica, o valor criado sobre ela pode ser a
facilidade de comprá-la, neste caso, tanto pela facilidade de encontrá-la no mercado, quanto porque o seu preço é
baixo. Deste modo, o valor da caneta comum é a conveniência e a facilidade.
Contudo, para uma cliente que procura uma caneta luxuosa, o valor passa a ser a exclusividade, uma vez que tem
um preço mais elevado, um design diferenciado, e local de venda exclusivo.
Sendo assim é de suma importância que a organização conheça o processo de entrega de valor ao cliente, uma
vez que, desse modo, ganhará a fidelização dele, especialmente, porque ele se tornará representante da empresa.
Entendido o que é oferta ou entrega de valor, é necessário compreender o que é cadeia de valor em uma empresa
e este assunto será discutido a seguir.
O objetivo desta cadeia é a identificação dos principais fluxos de processos dentro de uma organização, ou seja,
aqueles que garantem a qualidade e o valor do produto entregue ao cliente final, sendo criada, com isso, uma
vantagem competitiva no mercado.
Segundo Silva e Kopittke (2002) a cadeia de valor permite que a organização conheça como se estrutura o
processo de formação de valor para o bem ou serviço, e como ele é visto pelo consumidor final, quais as relações
de mercado com fornecedores de matérias-primas ou equipamentos e quais outros podem afetar o custo na
cadeia.
Sendo assim, uma forma de identificar atividades geradoras de valor é percebendo que, quanto mais pessoas e
áreas funcionais estiverem envolvidas em um processo, ou seja, quando existem maiores níveis de aprovação de
um determinado processo, maior será a probabilidade de ele apresentar atividades que não agregam valor. A
figura a seguir representa o esquema de uma cadeia de valor definido por Porter (1989).
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Figura 1 - Esquema de Cadeia de Valor
Fonte: PORTER, 1989, p. 31. (Adaptado).
A cadeia de valor divide-se em atividades primárias e de apoio, estas servem de suporte para todas as outras
atividades da organização, e aquelas podem se subdividir em uma série de outras atividades complementares.
Ao ser identificada a cadeia de valor de uma organização, é possível se mapear o processo. Sendo assim, a seguir
apresentaremos como realizar o mapeamento do fluxo de valor no processo fabril.
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Figura 2 - Esquema de Mapa de Fluxo de Valor
Em um mapa de fluxo de valor é necessário identificar todos os processos existentes, juntando-se dados de
número funcionários, tempo de produção, gargalos existentes, além da indicação de como o fluxo de processo
deve seguir desde o fornecedor até o consumidor final.
Com esta ferramenta, é possível estabelecer uma linguagem comum entre os colaboradores para, depois, iniciar
um processo de melhoria. É necessário definir o produto que será mapeado, iniciando pelo desenho do estado
atual, a partir da coleta de informações, como: tempos de processos, número de pessoas envolvidas, tempo de
espera, quantidade de produtos em estoque, entre outros.
Para entender mais sobre MFV, leia a obra Aprendendo a Enxergar, de Rother e Shook. Nela,
são apresentadas as formas de desenhar o mapa do estado atual (como perceber as
oportunidades de melhoria), e o mapa do estado futuro (como delinear onde a empresa
gostaria de chegar).
Posteriormente, é feito o desenho do estado futuro, junto ao plano de trabalho e implementação, pois o objetivo
do documento é fazer com que o desenho do estado futuro se torne realidade.
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Fonte: Rawpixel.com // Shutterstock
É importante destacar que sempre que um plano for executado, um novo mapa de estado futuro deve ser
desenhado, pois isso retrata a melhoria contínua no nível do fluxo de valor, ou seja, deve sempre haver um mapa
de estado futuro em implantação.
Pausa para refletir: É possível montar um plano de melhoria para uma organização sem que haja o
envolvimento de outras pessoas no processo de tomada de decisão?
Mesmo mapeando o fluxo e entendendo a cadeia de valor de uma organização, é necessário que se avalie o nível
de satisfação dos clientes, pois este é o grande indicador do sucesso da empresa. Veja mais a seguir.
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Vale ressaltar que a natureza intangível dos serviços torna a avaliação da satisfação mais complexa, haja vista
que as características e as especificações de seus benefícios não são de fácil observação, além de serem menos
imensuráveis.
Tinoco e Ribeiro (2007) definem determinantes de satisfação dos clientes como sendo a representação das
variáveis que afetam a avaliação do produto ou serviço pelo consumidor. Os autores ainda apontam os principais
determinantes, como sendo:
• expectativas;
• desempenho percebido;
• refutação de expectativas;
• qualidade observada;
• valor notado;
• preço;
• desejos;
• afetos/emoções;
• imagem corporativa.
Pausa para refletir: Até onde o nível de satisfação dos clientes pode interferir na qualidade de uma
organização?
Logo, mensurar o nível de satisfação dos clientes é possibilitar a melhoria de relacionamento da organização com
o consumidor e, ao mesmo tempo, traduzir esse relacionamento em fidelização do cliente, sendo este o maior
impacto na eficiência organizacional da empresa.
Contudo, existem outras formas de definir melhorias para o processo, além destas já vistas, como a Metodologia
DMADV, que será estudada adiante.
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Figura 3 - Esquema do método DMADV
O esquema mostra como a metodologia DMADV deve ser contínua. Sendo assim, o fluxo da metodologia DMADV
define o processo ou produto estudado, medindo, analisando, desenhando e verificando todos os detalhes para
que o novo ciclo se inicie.
Nos itens seguintes discorremos mais profundamente sobre esta metodologia.
Após essa etapa, você já deve possui a justificativa para o desenvolvimento do projeto, o potencial mercado
-9-
Após essa etapa, você já deve possui a justificativa para o desenvolvimento do projeto, o potencial mercado
consumidor para o novo produto, uma análise preliminar da viabilidade do projeto e uma estimativa dos
recursos a serem utilizados para se alcançar os objetivos.
Feito tudo isso, é necessário seguir a fase de mensuração, a qual será discutida a seguir.
- 10 -
5.2.4 Design e verificação do projeto: try out
Para Selvi e Majumdar (2014), na fase Design, os resultados dos testes internos (try out) são comparados aos
desejos e às expectativas do cliente, ou seja, quaisquer ajustes adicionais devem ser feitos nesse momento.
Neste estágio, também é realizada uma revisão financeira do projeto e dos planos de fornecimento, produção e
de marketing. Clique a seguir para ver quais são as perguntas norteadoras.
•
Quais atividades-chave o Design final deve possuir?
•
Qual é o Design final que atende aos critérios e às ânsias do cliente?
•
Como monta o plano de testes para o Design antes do lançamento para minimizar falhas?
Deseja-se com este ciclo, o desenvolvimento físico do produto e a realização de testes, uma análise do mercado e
de feedback dos clientes, o planejamento da produção, a efetivação de uma análise financeira do projeto e o
planejamento do lançamento do produto.
Por fim, o passo Verificar, conforme Selvi e Majumdar (2014) definem, é a última etapa da metodologia.
Enquanto o produto e/ou o serviço estão sendo colocados à prova dos clientes, estes também apresentam suas
opiniões à organização, uma vez que é, neste momento, que os processos poderão ser ajustados. As métricas são
desenvolvidas para seguir o feedback contínuo dos clientes, já que isto determinará o sucesso ou não da nova
criação.
É importante que se realizem as revisões e os ajustes após o lançamento, sempre que for possível, para evitar a
ocorrência de casualidades. Clique a seguir para saber quais devem ser as questões norteadoras.
•
Como garantir que o projeto piloto seja a representação do modelo ideal?
•
Como ele produzirá resultados significativos?
•
Quais ações tomar caso os resultados não sejam satisfatórios?
•
Como assegurar a capabilidade ao longo do tempo?
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Como assegurar a capabilidade ao longo do tempo?
Busca-se, portanto, no passo Verificar, lançar o produto no mercado e realizar avaliações sobre a performance
dele.
CURIOSIDADE
Capabilidade é a capacidade de um dado processo fabricar produtos dentro de uma faixa de
especificação, ou seja, mediante um padrão de qualidade predefinido.
Mas como ficam os produtos ou serviços que já existem e precisam de melhorias? Para estes há o DMAIC sobre o
qual rataremos a seguir.
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Figura 4 - Esquema do método DMAIC
O esquema mostra como a metodologia DMAIC é contínua, uma vez que, segue o fluxo de definir o processo ou
produto estudado, medir, analisar, melhorar e controlar para que o problema não venha acontecer novamente.
O DMAIC foi desenvolvido na década de 1980, pela Motorola, e construído a partir dos programas de TQM (Total
Quality Management), com foco na redução de variação dos processos. Os itens seguintes discorrem sobre esta
metodologia que, diferente do DMADV, objetiva a melhoria da qualidade de processos já existentes na
organização. A abaixo mostra o esquema do método DMAIC.
A seguir, detalharemos cada uma das etapas utilizadas no DMAIC.
Os detalhes como caso de negócio, problema e declaração de meta, escopo, marcos e funções do
projeto são identificados.
•
Foco no cliente
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Foco no cliente
Mapeamento do processo
É importante destacar que como a duração da aplicação do método DMAIC pode durar alguns meses, é
necessário garantir o comprometimento da equipe envolvida durante todo o período de execução. Por isso, a
primeira etapa, o desenvolvimento do contrato da equipe, é essencial, uma vez que lá estarão detalhados todos
os dados sobre o problema a ser resolvido, as funções dos envolvidos e o cronograma de execução.
Algumas perguntas podem nortear a etapa de definição do processo para detalhar os objetivos do projeto, tais
quais:
• Qual problema será resolvido?
• Quais os possíveis clientes e fornecedores serão afetados com o projeto?
• Qual a meta a ser atingida?
• Qual o retorno financeiro com a realização do projeto?
• Qual o processo está relacionado com o problema a ser resolvido?
Após a fase de definição, segue-se para mensuração, assunto que veremos adiante.
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5.3.3 Análise de dados para investigação de causas e efeitos
Na fase Analisar, serão analisados todos os dados coletados para entender o comportamento do estado atual do
processo. De acordo com Selvi e Majumdar (2014), os dados coletados devem ser revisados com o objetivo de
identificar a causa raiz que afeta o processo e gera variabilidade no resultado de interesse. Os autores pontuam
algumas etapas a serem seguidas. Observe:
• examinar o valor de cada etapa do processo;
• inspecionar os dados coletados e os transformar em tabelas e gráficos;
• pensar nas causas do problema, usando o diagrama de causa e efeito;
• realizar uma análise adicional sobre a causa do problema.
Aqui, as perguntas que norteiam o trabalho são as seguintes:
• Quais são as causas raízes que se devem ser priorizadas para melhorar o resultado de interesse?
• Quais são as causas raízes identificadas?
• É possível comprovar as causas raízes com os gráficos básico e com a análise estatística?
• Que causas raízes podem ser identificadas por meio de uma análise de risco?
Essa fase do DMAIC é de extrema importância, pois é nela que a equipe garante que a causa raiz escolhida na fase
Medir, como prioritária é, de fato, a que mais interfere no processo comprometendo o resultado do indicador
escolhido.
Após ser mensurado e analisado todos os dados, é necessário apontar a melhor solução e aplicá-la, segue então
para fase Melhorar, que será abordada na sequência.
CURIOSIDADE
Os stakeholders (partes interessadas) são as pessoas e as organizações que podem ser
afetadas por um projeto ou empresa, de forma direta ou indireta, positiva ou negativamente.
Em outras palavras, determina-se uma solução apropriada a ser implantada por meio de um plano de ação, para
cada causa raiz encontrada na fase Analisar. Em uma etapa de melhoria, serão construídos novos mapas de
processos, procurando eliminar todas as causas que não agregam valor a ele. Assim como temos visto nos
demais processos, algumas perguntam podem nortear as tomadas de decisão aqui, são elas:
• Quais ações podem ser implementadas para o processo de melhoria?
• Essas ações propostas podem ser soluções com possibilidade de implementação?
• Como essas soluções serão testadas sem que ocorra efeitos colaterais indesejáveis?
• Como serão mensurados os resultados financeiros da implementação dos planos de ação?
Feito isso, o método segue para a fase Controle, sendo está a última etapa do DMAIC. Segundo Selvi e Majumdar
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Feito isso, o método segue para a fase Controle, sendo está a última etapa do DMAIC. Segundo Selvi e Majumdar
(2014), o objetivo da metodologia aqui é desenvolver métricas que ajudarão aos líderes a monitorar e a
documentar o sucesso contínuo.
Existem algumas técnicas básicas para realização do monitoramento como, por exemplo, a elaboração de
procedimentos e checklists, bem como o uso de dispositivos à prova de erros e controle estatístico, que são
técnicas mais complexas a serem usadas na fase Controle.
É importante que se crie um plano de controle que garanta resultados obtidos com a aplicação do método,
evitando que eles não se percam, tais como: treinamentos de padronização, revisão de procedimentos e
definição de como será realizada a mensuração dos resultados futuros. Aqui, algumas perguntam devem ser
respondidas, a fim de que se saiba quais os resultados foram alcançados:
• A meta e os resultados do projeto foram alcançados?
• Quais procedimentos foram estabelecidos para garantir o controle das melhorias realizadas?
• Será necessário criar ou atualizar padrões e procedimentos?
Todos os passos seguidos no DMAIC objetivam a melhoria na organização. Contudo, é necessário que a empresa
consiga gerir seus recursos corretamente para reduzi-los. Os tópicos seguintes abordaram sobre este aspecto.
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5.4.2 Gestão por processos
De acordo com Paim et al. (2009, p. 25) “melhorar processos é uma ação básica para as organizações
responderem às mudanças que ocorrem constantemente em seu ambiente de atuação e para manter o sistema
produtivo competitivo”. A gestão por processos objetiva fortalecer a visão sistêmica, fazendo com que ocorra
uma melhoria geral nas organizações, à medida que seja possível observá-las de forma completa, tendo em vista
que empresas funcionam com pessoas e com atividades sendo desenvolvidas de maneira interdependentes.
Em termos práticos, existe sempre um grande envolvimento de diversas áreas e de departamentos na execução
de uma dada atividade, ou seja, existem processos interdependentes. Por isso, a gestão por processos, por meio
de uma estratégia sistematizada que permite a participação de toda a equipe na construção, busca reavaliar,
aprimorar e padronizar os processos de trabalho.
Existem vários fatores nos quais a gestão por processos pode ser vantajosa. Clique a seguir para saber quais são
esses fatores.
Otimização da gestão do tempo
Contribui para que os funcionários foquem nas atividades principais, eliminando o retrabalho e automatizando
as tarefas, além de colaborar para uma melhor distribuição e organização de tarefas, facilitando o gerenciamento
da rotina.
Integração das áreas
Favorece as relações interpessoais e também a identificação de problemas de vários setores, tornando estes
unificados. Além disso, permite que os colaboradores passem a ver a organização com uma visão macro.
Tomadas de decisões mais rapidamente
Auxilia na obtenção de informações mais rápidas para tomadas de decisões imediatas, privilegiando a escolha de
prioridades, e norteando os processos em todos os níveis.Auxilia na obtenção de informações mais rápidas para
tomadas de decisões imediatas, privilegiando a escolha de prioridades, e norteando os processos em todos os
níveis.
É possível também realizar a gestão por meio de indicadores de desempenho, sobre os quais trataremos a seguir.
[...] um sistema de gestão baseado em indicadores estabelece um mecanismo que gera visibilidade do
desempenho das empresas e de suas características de qualidade, tornando o ambiente de negócios
mais seguro e controlado, de modo a atrair um número maior de investidores.
Existem várias situações em que se os indicadores de desempenho podem ser utilizados. Clique a seguir para ver
quais são essas situações.
Processo
Auxilia na adequação mais eficiente dos recursos.
orçamentário
Planejamento
Permite o esclarecimento dos objetivos e da lógica do processo estudado.
estratégico
Gestão da Mede o nível de satisfação dos clientes e realiza análises de oportunidades de melhoria nos
qualidade processos.
Análise dos
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Análise dos
Mensura os objetivos atingidos após um plano de melhoria.
resultados
Comunicação da
Objetiva comunicar valor ao público de relacionamento da organização.
marca
Benchmarking Identifica desempenhos e aprendizado por meio das melhores práticas.
Todos esses modelos de gestão ajudam a manter qualidade das organizações. Contudo, existem ferramentas de
qualidade estão relacionadas ao Six Sigma, algumas serão descritas no próximo item.
Histograma: é um gráfico de dados numéricos e contínuos, em que é permitido identificar rapidamente o centro
e a disseminação dos dados, sendo possível observar onde há a maior incidência deles, bem como os valores
mínimo e máximo. Por meio de um histograma, revela-se se os dados analisados são em forma de sino ou não, o
que auxilia a encontrar, por meio de uma investigação mais detalhada, pontos de dados e outliers (valores
atípicos) incomuns.
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Fonte: marekuliasz // Shutterstock
Gráfico de Dispersão: é uma representação gráfica da associação entre pares de dados. A combinação de
diferentes medições de uma certa causa com a medição correlata da característica de qualidade, resulta em um
emparelhamento de dados. Estes podem ser medições de duas causas ou duas características de qualidade,
sendo que cada par se torna um ponto no gráfico de dispersão.
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Capacidade de processo: os índices de capacidade de processo, ou de capabilidade do processo, buscam
detectar dois tipos de problemas, sendo o primeiro a localização do processo, se quando analisado, atende ao
valor nominal de especificações; e o segundo, a variabilidade, caso o processo apresente muita dispersão, sem
atender às especificações estabelecidas no projeto (GONÇALEZ; WERNER, 2009).
Veja que estas são algumas ferramentas que podem ser utilizadas na aplicação do Six Sigma. Porém, é necessário
um estudo detalhado para que se escolha uma ferramenta que atenda às necessidades da organização.
Proposta de atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma síntese destacando as
principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir sua síntese, considere as leituras básicas e
complementares realizadas. Dica: uma boa síntese é um texto curto, mas que aborde as ideias centrais do
capítulo, a partir da sua perspectiva.
Recapitulando
Neste capítulo, foi possível destacar a importância do Six Sigma para um processo de melhoria da qualidade das
organizações, bem como a formação do valor ao produto ou serviço comercializado, entendendo que há uma
necessidade de interdependência das áreas de uma empresa para que esta consiga realizar um plano de
melhoria satisfatório, afim de aumentar o nível de satisfação dos clientes.
Vimos também que os clientes podem ditar o rumo dos negócios de uma empresa.
Além disso, destacamos também a diferença entre os métodos DMADV e DMAIC, uma vez que ambos são os
principais para implantação do Six Sigma, sendo que esta é utilizada para processos ou produtos/serviços já
existentes na organização, e aquela é utilizada quando a organização pretende lançar um produto/serviço novo.
Podemos também apontar as formas de gestão que podem auxiliar a organização com a redução de custos
organizacionais, sendo: gestão por demandas, gestão por processos e gestão por indicadores de desempenho da
organização. Além disso, foram apresentadas algumas ferramentas mais utilizadas na aplicação da metodologia
Six Sigma, sendo: Diagrama de Pareto, Histograma, Gráfico de Correlação e Índice de Capacidade de Processo.
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