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Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

ETE Guaracy Silveira

Estratégias para o Desenvolvimento da


Educação Ambiental

Disciplina do Curso Técnico em


Meio Ambiente ministrada pela
Profª Drª Maria de Lourdes
Silva Serodio

“... a Educação Ambiental deve capacitar ao pleno exercício da cidadania, através


da formação de uma base conceitual abrangente, técnica e culturalmente capaz de
permitir a superação de obstáculos à utilização sustentada do meio. O direito à
informação e o acesso às tecnologias capazes de viabilizar o desenvolvimento
sustentável constituem, assim, um dos pilares deste processo de formação de uma
nova consciência em nível planetário, sem perder a ótica local, regional e nacional.
O desafio da educação, neste particular, é o de criar as bases para a compreensão
holística da realidade.”
(Comissão Interministerial para a Preparação da Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento. “Educação Ambiental no Brasil”. Subsídios Técnicos
para a Elaboração do Relatório Nacional do Brasil para a CNUMAD, 1991).

Fevereiro/2009

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

1. Introdução

A palavra educação vem do verbo educare, que em latim significa “criar


(uma criança), nutrir, fazer crescer, ou seja, “trazer à luz a idéia”. Hoje educar seria:
“formar a inteligência, o coração e o espírito, desenvolver a eficiência e a beleza”,
“ministrar a educação, instruir ou desenvolver as faculdades de” ou ainda “aclimar,
plantar e cultivar empregando todos os recurso da arte e da experiência”.
Educação Ambiental (EA) é tudo isso, mudar um conceito, um hábito e formar
uma nova inteligência, coração e espírito para o ambiente, desenvolver as
faculdades de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, criar, nutrir e fazer
crescer o amor pelo planeta. É mudar hábitos antigos de destruição, degradação e
desvalorização e criar novos hábitos para deixar nossa vida e a vida dos outros
habitantes do planeta um pouco melhor, criando assim expectativas de vida futura
com qualidade de vida.
A EA não deve ser vista como uma disciplina, mas sim como uma filosofia de
vida, como um novo hábito, uma nova maneira de viver, como uma nova base de
EDUCAÇÃO implantada na sociedade. EA é uma mudança de atitude, é o pensar
global e não individual.
No ambiente urbano a população está cada vez mais envolvida com as novas
tecnologias e com cenários urbanos, perdendo desta maneira a relação com a
natureza, com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo “shoppings”, passam a ser
normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza e com o
ambiente passam desapercebidos, sem pontos de referência. Não se sabe mais
distinguir o inverno do outono, tampouco qual a estação das flores e dos frutos, ou
ainda porque o dia está mais longo, o clima mais seco ou de onde vem o alimento
que são ingeridos no dia-a-dia.
A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação,
que propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico
participativo permanente procurando incutir uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a
gênese e a evolução de problemas ambientais. O relacionamento da humanidade
com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas,
tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.
Atualmente, a agressão ao meio ambiente passa desapercebida pela maioria
da população mundial. A contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica,
a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição
de alguns habitats são comuns e acontecem sem maiores alardes.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do
homem em relação à natureza e ao ambiente, no sentido de promover sob um
modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão
responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das
gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações
atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com
reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.
Problemas ambientais se manifestam em nível local e em muitos casos, os
residentes de um determinado local são, ao mesmo tempo, causadores e vítimas
desses problemas. São também essas pessoas quem mais têm condições de
diagnosticar a situação, pois convivem com o problema, sendo os maiores
interessados em resolvê-los.

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Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

Por isso grupos locais podem ser muito mais eficientes que o Estado na
“fiscalização” do cumprimento de um determinado acordo e no controle do uso de
bens públicos ou dos recursos naturais. A maior parte dos problemas ambientais
somente serão efetivamente resolvidos se a população local assim desejar.
Participação implica envolver, ativa e democraticamente, a população local
em todas as fases do processo: discussão do problema, diagnóstico da situação
local, identificação de possíveis soluções, até a implementação das alternativas e
avaliação dos resultados.
“A educação ambiental é uma das ferramentas existentes para a
sensibilização e capacitação da população em geral sobre os problemas ambientais.
Com ela, busca-se desenvolver técnicas e métodos que facilitem o processo de
tomada de consciência sobre a gravidade dos problemas ambientais e a
necessidade urgente de nos debruçarmos seriamente sobre eles.” (Marcatto, 2002)

2. O que é Educação Ambiental?

Existem várias definições de educação ambiental. O Congresso de Belgrado,


promovido pela UNESCO em 1975, definiu a Educação Ambiental como sendo um
processo que visa:
“(...) formar uma população mundial consciente e
preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe
dizem respeito, uma população que tenha os
conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as
motivações e o sentido de participação e engajamento que
lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para
resolver os problemas atuais e impedir que se repitam (...)”
(citado por SEARA FILHO, G. 1987).

No Capítulo 36 da Agenda 21, a Educação Ambiental é definida como o


processo que busca:
“(...) desenvolver uma população que seja consciente e
preocupada com o meio ambiente e com os problemas que
lhes são associados. Uma população que tenha
conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e
compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na
busca de soluções para os problemas existentes e para a
prevenção dos novos (...)”
(Capítulo 36 da Agenda 21).

“A educação, seja formal, informal, familiar ou ambiental, só é completa


quando a pessoa pode chegar nos principais momentos de sua vida a pensar por si
próprio, agir conforme os seus princípios, viver segundo seus critérios” (Reigota,
1997).
Tendo essa premissa básica como referência, propõe-se que a Educação
Ambiental seja um processo de formação dinâmico, permanente e participativo, no
qual as pessoas envolvidas passem a ser agentes transformadores, participando
ativamente da busca de alternativas para a redução de impactos ambientais e para o
controle social do uso dos recursos naturais.

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Vale ressaltar que a missão da EA segundo o Pronea é: “A educação


ambiental contribuindo para a construção de sociedades sustentáveis com pessoas
atuantes e felizes em todo o Brasil.”

3. Breve Histórico da Educação Ambiental

Meados de 1863: autores que tratavam do assunto relacionado ao Meio


Ambiente restringia-se a um pequeno número de estudiosos e apreciadores da
natureza, espiritualistas naturalistas e outros. Preocupação era voltada para
botânica e zoomorfologia. O termo Ecologia é proposto por Ernest Haeckel em 1869
para o estudo das espécies e destas com o Meio Ambiente.

1872: criado o primeiro parque nacional do mundo -Yellowstone National Park


(Estados Unidos), em prol da preservação ambiental. No Brasil, em contra partida,
era permitido a exploração do Pau-Brasil, por empresas privadas, com aprovação da
Princesa Isabel. Essa exploração ocorreu até o período de 1875; com o desgaste e
o desmatamento em 1920, o Pau-Brasil foi considerado extinto.

Revolução industrial em 1779: na Inglaterra, ocorre perda da qualidade


ambiental e no Brasil, os problemas ambientais eram tratados por poucos
intelectuais responsáveis pelo assunto. André Rebouças propõe a criação dos
parques nacionais da ilha do Bananal e de Sete Quedas.

1891: a demagogia política anunciava a criação de unidades de


conservações, sem efetivá-las posteriormente. No Decreto 8843 de 1891, cria-se a
Reserva Florestal do Acre, com 2,8 milhões de hectares, cuja implantação não
ocorreu até hoje.

1945: A expressão “estudos ambientais” é despertada, resultando em


publicações de artigos nos EUA, criando movimentos ambientalistas.

1952: primeiros sinais de catástrofes ambientais, com o ar extremamente


poluído de Londres (smog), e a morte de 1600 pessoas na Inglaterra. O resultado
culminou na sensibilização sobre a qualidade ambiental com aprovação da Lei do Ar
Puro, em 1956. Esse fato levou uma série de debates, aquecendo o ambientalismo
nos EUA, a partir de 1960.

A década de 60: no Brasil, naturalistas, escritores e estadistas já falavam em


Educação Ambiental (EA). No mundo, exibe-se o quadro de desenvolvimento
econômico dos países desenvolvidos e a conseqüência na qualidade de vida nos
grandes centros urbanos, refletida nos impactos ambientais. Tais fatores
incentivaram jornalistas a debaterem o assunto, com a publicação de um grande
clássico da jornalista americana Rachel Carson (Primavera Silenciosa, 1962, 44
edições).

1965: surgiu o termo “Educação Ambiental”, na conferência em educação na


Universidade de Keele, Grã-Bretanha.

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


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1968: Nasce o Conselho para Educação Ambiental, no Reino Unido. Um


grupo de cientistas e empresários reúne-se com o objetivo de tentar encontrar novos
caminhos para a questão do desenvolvimento econômico. Esse grupo ficou
conhecido como Clube de Roma e as propostas resultantes desse encontro foram
publicadas em livro (1972) que causou polêmicas, intitulado: Limites do
Crescimento, onde se fazia uma previsão bastante pessimista do futuro da
humanidade, caso as bases do modelo de exploração não fossem modificadas.
Unesco (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization)
realizou estudo comparativo onde 79 países responderam uma pesquisa, e este
estudo serviu para postular as seguintes proposições:
⇒ E.A. não deve constituir uma disciplina.
⇒ por ambiente entende-se não apenas o entorno físico, mas também os aspectos
sociais, culturais, econômico e político inter-relacionados.
A Educação Ambiental foi aceita como disciplina obrigatória para todo
cidadão, no ano de 1869. Schwitzer ganharia o Prêmio Nobel da Paz, em
reconhecimento ao seu trabalho de popularização da ética ambiental; neste mesmo
ano foi fundada a “Sociedade para Educação Ambienta”, que movimentou a mídia e
mobilizou vários artistas e políticos nas causas ambientais, resultando o primeiro
jornal de Educação Ambiental.

No Brasil a década de 60 e 70 é contraditória, em relação ao meio ambiente,


enquanto os países desenvolvidos procuravam soluções para o meio ambiente, é
acelerado o processo de degradação ambiental para o crescimento do PIB.

Início dos anos 70: movimento de ambientalismo no Brasil ⇒ professores,


estudantes e escolas com atividades educacionais relacionadas às ações de
recuperação, melhoria e conservação do meio ambiente. Temos os primeiros cursos
de especialização em Educação Ambiental. Entidade relacionada à revista britânica
The Ecologist elabora o “Manifesto para Sobrevivência” onde insistiam que um
aumento indefinido de demanda não pode ser sustentado por recursos finitos.

1972: em Estocolmo (Suécia), primeira conferência da ONU reunindo


representantes de 113 países inclusive do Brasil ⇒ Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente Humano ou Conferência de Estocolmo ⇒ “Plano de Ação
Mundial” e a “Declaração sobre o Ambiente Humano”: defini-se pela primeira vez a
importância da ação educativa nas questões ambientais gerando o denominado
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, sediado em Nairobi.
Decisiva para o surgimento de política para o gerenciamento ambiental. O
objetivo dessa conferência foi estabelecer uma visão global e atitudes comuns. As
conclusões desta Conferência foram publicadas em um documento com dezenas de
recomendações, entre elas a de que se deve educar o cidadão para a solução dos
problemas ambientais. Podemos então considerar que aí surgiu o que se
convencionou chamar de Educação Ambiental, pois a recomendação número 19 diz
o seguinte:
“É indispensável um trabalho de educação em questões ambientais,
visando tanto as gerações jovens quanto aos adultos, dispensando a
devida atenção ao setor das populações menos privilegiadas, para
assentar as bases de uma opinião pública bem informada e de uma
conduta responsável dos indivíduos, das empresas e das
comunidades, inspirada no sentido de sua responsabilidade com

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


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relação à proteção e melhoramento do meio ambiente, em toda sua


dimensão humana”.

1975: em Belgrado, a Unesco realiza a primeira reunião mundial de


especialistas em: educação, biologia, geografia, história, entre outros, dedicada
especificamente à Educação Ambiental. Consolidou o PIEA. Essa reunião deu
origem ao documento conhecido como “Carta de Belgrado”, na qual podemos ler:

“...devem ser lançadas as bases para um programa mundial de


educação ambiental que possa tornar possível o desenvolvimento de
novos conhecimentos e habilidades, valores e atitudes, visando à
melhoria da qualidade ambiental e, efetivamente, a elevação da
qualidade de vida para as gerações futuras”.

1977: em Tbilisi (Geórgia – URSS) ⇒ Primeira Conferência


Intergovernamental sobre Educação Ambiental, promovida pela Unesco e pelo
Programa da ONU para o Ambiente (PNUMA). O documento final denominado
“Declaração de Tbilisi” constituiu um ponto de partida para implantação de
Programas Nacionais de Educação Ambiental. No Brasil, escolas e entidades
adotam programas, algumas universidades criam cursos de pós-graduação.
Definiu objetivos da EA: “uma dimensão dada ao conceito e a prática da
educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente
por intermédio de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e
responsável de cada indivíduo e da coletividade”.

1979: Realização do Seminário de Educação Ambiental para América Latina


realizado pela UNESCO e PNUMA na Costa Rica.

1987: Conferência Internacional sobre Educação e Formação Ambiental


(Unesco – Moscou) – necessidade de introduzir a EA nos sistemas educativos dos
países.

1988: a Constituição Brasileira contempla a Educação Ambiental com ênfase


e amplitude:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem


de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações...
1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público: (...)
VI – Promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente...”.

1990: Declaração mundial sobre educação para todos: satisfação das


necessidades básicas de aprendizagem, aprovada na Conferência Mundial sobre
Educação para todos (Jomtiem – Tailândia).

1992: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e


Desenvolvimento (CNUMAD) – Rio 92. Dezenas de países analisaram e debateram

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


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propostas de educação ambiental. Reuniu-se o Fórum Global, paralelo à conferência


oficial, que resultou em tratados que objetivaram a conscientização da EA dirigida
desde os técnicos, profissionais e políticos, até o cidadão comum, especialmente os
jovens. “Tratado de E.A. para sociedades sustentáveis e responsabilidade global”.
Como resultado do Rio 92, através dos diferentes fóruns e grupos de
trabalhos,representados por 170 países,tal como a participação da sociedade civil,
foram elaborados vários documentos:
1. Convenção do Clima ou das Mudanças Climáticas (que resulta em 1997, a
assinatura do Protocolo de Kyoto/Quioto);
2. Convenção da Biodiversidade (ecossistemas e a importância das
espécies);
3. Declaração de Princípios da Floresta (não são compromissos e sim
princípios sobre importância das florestas em preservar o clima);
4. Agenda 21 (aprovou-se a Agenda 21, no capítulo 36 do documento oficial
da ONU, onde estão relatadas as propostas para os países e povos em geral), a
Educação Ambiental está presente, como resultado de tenaz e persistente história.
5. Carta da Terra (declaração assinada por todos os países para defender o
meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável).
Nesta conferência foi também formalizada a Carta Brasileira para Educação
Ambiental, como resultado de uma ampla discussão organizada pelo MEC.

1994: em cumprimento a Agenda 21 e aos preceitos constitucionais é


aprovado no Brasil o Programa Nacional de EA (PRONEA) elaborado em parceira
entre os ministérios da Educação, Meio Ambiente, Cultura e Ciências e Tecnologia,
que prevê ações nos âmbitos da EA formal e não formal.

1997: comemorasse os 20 anos da conferência de Tbilisi, na qual se


reconheceu o ensino formal como um dos eixos centrais da Educação Ambiental,
ficando mais destacado o papel do professor nesse contexto e da escola que passou
a ser considerado um centro de formação em Educação Ambiental.
A Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e
Conscientização Pública para a Sustentabilidade promovida pela UNESCO ,ainda
em dezembro de 1997 na Grécia, em Thessaloniki, resultou o documento intitulado
Declaração de Tessalônica, destacando-se esses ítens:
1. Dar ênfase aos programas de capacitação de professores e apoio a
pesquisas em metodologias de ensino interdisciplinar;
2. As escolas devem ajustar seus currículos para um futuro sustentável;
3. Daqui a dez anos, em 2007, seja realizada uma Conferência Internacional
para avaliar a implementação e o progresso do processo educativo;
4. Seja estabelecido o Prêmio Internacional Thessaloniki, com o apoio da
UNESCO, a ser oferecido a cada dois anos, a exemplo de projetos educacionais
para o ambiente e a sustentabilidade.

Na década de 1990, houve um grande avanço legislativo na área ambiental,


com a aprovação de várias leis como a dos Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605 de
12/02/98) e a da Política Nacional de Educação Ambiental: Lei n.º 9.795 de
27/04/99, regulamentada pelo Decreto Nº. 4.281, de 25 de junho de 2002. (ver os
anexos II e III).Temos vivenciado por toda parte a discussão da temática ambiental,
através da proliferação de encontros, cursos, seminários, realizaram-se também
várias conferências em nível nacional e internacional. Muita coisa vem acontecendo

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

na área da Educação Ambiental, tanto no ensino formal, como nos diversos


segmentos da sociedade, com maiores esforços por parte dos órgãos públicos e
organizações não-governamentais em sensibilizar para ajudar a formar uma
consciência ambiental nos cidadãos; assim como visando promover o
desenvolvimento sustentável. Empresas de todos os portes vêm se esforçando para
produzir melhor, dentro de padrões menos agressivos ao meio ambiente e tem
havido cada vez mais investimentos em campanhas de esclarecimento. Mas
resultados positivos só serão possíveis na medida que cada um de nós resolvermos
assumir novos valores em relação ao estilo de vida e consumo praticados até então
e adotarmos atitudes mais éticas com relação a nós próprios e ao meio ambiente:
daí a importância e necessidade da Educação Ambiental na base da formação das
atuais e das novas gerações.

1999: Promulgada a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 que institui a Política


Nacional de Educação Ambiental, a que deverá ser regulamentada após as
discussões na Câmara Técnica Temporária de Educação Ambiental no CONAMA.
Portaria 1648/99 do MEC cria o Grupo de Trabalho com representantes de
todas as suas Secretarias para discutir a regulamentação da Lei nº 9795/99. MEC
propõe o Programa PCN’s em Ação. Os preceitos enfatizados são:
⇒ Interdisciplinaridade: a EA deve estar presente em todos os níveis de
ensino, como prática educativa integrada, aos e constituindo disciplina específica.
⇒ Direito coletivo: todos têm direito a EA, que deve ser promovida pelo poder
público, instituições educativas, órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(SISNAMA), meios de comunicação, empresas, entidades e sociedade com um
todo.
⇒ Sustentabilidade: entre os princípios básicos da EA estão listados o
enfoque holístico, democrático e a concepção do meio ambiente em sua totalidade,
considerando a interdependência entre o meio natural, socioeconômico e cultural,
sob enfoque da sustentabilidade.
⇒ Capacitação: as atividades devem ser desenvolvidas na educação formal
por meio da produção de material educativo, pesquisa e capacitação de recursos
humanos que incorporem a dimensão ambiental na formação de educadores em
todos os níveis e modalidades.

2000: Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o


Encontro da Terra aconteceu em Brasília. Representantes de várias partes do
mundo discutiram propostas para minimizar os impactos sócio-ambientais do
planeta.

2002: de 26 de agosto a 4 de setembro em Joanesburgo, África do Sul, a Cúpula


Mundial Sobre Desenvolvimento Sustentável foi a terceira conferência mundial
promovida pela ONU para discutir os desafios ambientais do planeta. Ficou
conhecida como Rio + 10. Compareceram cerca de 22 mil participantes de 193
países (inclusive Brasil).

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


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4. Diretrizes do Plano Nacional de EA

Política Nacional de EA (PNEA): executada pelo SISNAMA (Sistema Nacional


do Meio Ambiente), órgãos estaduais, governamentais e ONG’s, entidades de classe
e segmentos da sociedade.

1981 ⇒ Lei Federal 6.938 institui a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA),
dispõe sobre fins, mecanismos de formulação e aplicação da PNMA, consagra a EA
e estabelece no seu décimo princípio: “a EA oferecida em todos os níveis de ensino,
inclusive na educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação
ativa na defesa do meio ambiente”.

1987: parecer 226 do conselheiro Arnaldo Niskier, em relação à necessidade de


inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares de 1o e 2o Graus ⇒
Conselho Federal de Educação recomenda caráter interdisciplinar.

1988 ⇒ Constituição Federal do Brasil - artigo 225:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
§ 1. º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I - (...);
II - preservar a diversidade e integridade do patrimônio genético do Pais e fiscalizar
as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - (...);
IV - (...);
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI - (...);
VII - (...).

1994 ⇒ Programa Nacional de Educação Ambiental - Pronea

1996 ⇒ Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei nº 9.394): reafirma


princípios definidos na constituição.

1997 ⇒ Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) – desenvolvidos pelo MEC para


orientar professores, que seja instrumento de apoio as discussões pedagógicas na
escola, elaboração de projetos educativos, planejamento de aulas e na reflexão
sobre a prática educativa e na análise do material didático.
⇒ PCN enfatiza a interdisciplinaridade e o desenvolvimento da cidadania entre os
educandos e possuem os temas transversais (ética, saúde, meio ambiente,
orientação sexual e pluralidade cultural).

1999 ⇒ Lei Federal 9.795 (27 de abril de 1999): PNEA, regulamentada em 25 de


junho de 2002 através do decreto nº 4281.
• -Diferente das outras leis não estabelece regras ou sanção, mais sim
obrigação e responsabilidade.

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


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• Obriga a trabalhar E. A. como tema transversal.


• Órgãos gestores que coordenará a política de EA, sendo atribuído a ele a
definição de Diretrizes para implementação da lei em âmbito nacional.
• Princípios: PARTICIPAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO
INTERDISCIPLINARIDADE
RECONHECIMENTO DA PLURALIDADE
DIVERSIDADE CULTURAL

4.1- Diretrizes de Operacionalização do Pronea

A execução da Política Nacional de Educação Ambiental está a cargo dos


órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA),
das instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, e dos
órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, envolvendo
entidades não-governamentais, entidades de classe, meios de comunicação e
demais segmentos da sociedade.
Por sua vez, a coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental está
a cargo do Órgão Gestor, criado com a regulamentação da Lei no 9.795, de 27 de
abril de 1999, por intermédio do Decreto no 4.281, de 25 de junho de 2002, dirigido
pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério da Educação, com o apoio de seu
Comitê Assessor, e tendo como referencial programático o presente documento
(ProNEA).

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

4.2-Diretrizes do PRONEA

Eixo orientador: perspectiva da sustentabilidade ambiental na construção em


um país de todos.

Ações: destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a interação


equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade ambiental-ecológica,
social, ética, cultural, econômica, espacial e política ao desenvolvimento e a
participação social na proteção, recuperação e melhorias das condições ambientais
e qualidade de vida.

Diretrizes:

• Transversalidade e interdisciplinaridade.
• Descentralização espacial e institucional.
• Sustentabilidade sócio-ambiental.
• Democracia e participação social.
• Aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino, meio ambiente e
outros que tenham interface com a EA,.
• Procurar unir o 3º setor com o governo e sociedade.
• Criar políticas públicas em E. A. mais a sociedade tem que estar integrada.
• Valorizar a cultura dos indivíduos, no ambiente todo o conjunto natural, social,
cultural, genético, entre outros.

Transversalidade: (PCN’s) internalizar a EA no conjunto de governo, entidades


privadas e no 3o setor, enfim, na sociedade como um todo. Políticas públicas de EA,
viabilizar a articulação entre as iniciativas existentes no âmbito educativo, e as ações
voltadas a proteção, recuperação e melhoria sócio ambiental.

5. Conceitos, princípios e estratégias em EA


É complexo resumir conceitos, princípios e estratégias, ainda mais em EA,
mais podemos ver os conceitos e princípios como uma forma de intervenção na
problemática ambiental medida por projetos definidores de programas educativos.

Os conceitos claros que podemos definir seriam:


• Desenvolvimento sustentável: uma sociedade sustentável é aquela que
vive em harmonia, ou seja, utiliza os recursos naturais para sobreviver sem
degradar o meio onde vive.
• Sustentabilidade: associar o crescimento econômico com a “proteção” do
meio ambiente, ou seja, utilizar os recursos tecnológicos, industriais e
científicos para promover os desenvolvimento, porém sem esquecer a
importância do meio ambiente, preservando a harmonia (equilíbrio,
homeostase).

As estratégias estariam divididas em:


• GESTÃO E PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

• FORMAÇÃO DE EDUCADORES E EDUCADORAS AMBIENTAIS


• COMUNICAÇÃO PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
• INCLUSÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
• MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

Os princípios, de acordo com a Conferência de Tbilisi, que devem nortear


programas e projetos de trabalho em educação ambiental são:
• Considerar o ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e
artificiais, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico, histórico-cultural e
estético);
• Construir-se num processo contínuo e permanente, iniciando na educação infantil
e continuando através de todas as fases do ensino formal e não formal;
• Empregar o enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada
disciplina, para que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;
• Examinar as principais questões ambientais em escala pessoal, local, regional,
nacional, internacional, de modo que os educandos tomem conhecimento das
condições ambientais de outras regiões geográficas;
• Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, tendo em conta também
a perspectiva histórica;
• Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e internacional,
para prevenir e resolver os problemas ambientais;
• Considerar, de maneira clara, os aspectos ambientais nos planos de
desenvolvimento e crescimento;
• Fazer com que os alunos participem na organização de suas experiências de
aprendizagem, proporcionando-lhes oportunidade de tomar decisões e de acatar
suas conseqüências;
• Estabelecer uma relação para os alunos de todas as idades, entre a
sensibilização pelo ambiente, a aquisição de conhecimentos, a capacidade de
resolver problemas e o esclarecimento dos valores, insistindo especialmente em
sensibilizar os mais jovens sobre os problemas ambientais existentes em sua própria
comunidade;
• Contribuir para que os alunos descubram os efeitos e as causas reais dos
problemas ambientais;
• Salientar a complexidade dos problemas ambientais e, conseqüentemente a
necessidade de desenvolver o sentido crítico e as aptidões necessárias para
resolvê-los;
• Utilizar diferentes ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para
comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, privilegiando as
atividades práticas e as experiências pessoais (Czapski, 1998).

Já os princípios de acordo com o Pronea são:


• Concepção de ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência
sistêmica entre o meio natural e o construído, o socioeconômico e o cultural, o físico
e o espiritual, sob o enfoque da sustentabilidade.
• Abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais,
transfronteiriças e globais.
• Respeito à liberdade e à equidade de gênero.

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

• Reconhecimento da diversidade cultural, étnico, racial, genético, de espécies e de


ecossistemas.
• Enfoque humanista, histórico, crítico, político, democrático, participativo, inclusivo,
dialógico, cooperativo e emancipatório.
• Compromisso com a cidadania ambiental.
• Vinculação entre as diferentes dimensões do conhecimento; entre os valores éticos
e estéticos; entre a educação, o trabalho, a cultura e as práticas sociais.
• Democratização na produção e divulgação do conhecimento e fomento à
interatividade na informação.
• Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas.
• Garantia de continuidade e permanência do processo educativo.
• Permanente avaliação crítica e construtiva do processo educativo.
• Coerência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer.
• Transparência.

Segundo o Pronea, temos os seguintes objetivos quanto a EA:


• Promover processos de educação ambiental voltado para valores
humanistas, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências que contribuam
para a participação cidadã na construção de sociedades sustentáveis.
• Fomentar processos de formação continuada em educação ambiental,
formal e não-formal, dando condições para a atuação nos diversos setores da
sociedade.
• Contribuir com a organização de grupos – voluntários, profissionais,
institucionais, associações, cooperativas, comitês, entre outros – que atuem em
programas de intervenção em educação ambiental, apoiando e valorizando suas
ações.
• Fomentar a transversalidade por meio da internalização e difusão da
dimensão ambiental nos projetos, governamentais e não-governamentais, de
desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida.
• Promover a incorporação da educação ambiental na formulação e execução
de atividades passíveis de licenciamento ambiental.
• Promover a educação ambiental integrada aos programas de conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente, bem como àqueles voltados à prevenção
de riscos e danos ambientais e tecnológicos.
• Promover campanhas de educação ambiental nos meios de comunicação de
massa, de forma a torná-los colaboradores ativos e permanentes na disseminação
de informações e práticas educativas sobre o meio ambiente.
• Estimular as empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas
a desenvolverem programas destinados à capacitação de trabalhadores, visando à
melhoria e ao controle efetivo sobre o meio ambiente de trabalho, bem como sobre
as repercussões do processo produtivo no meio ambiente.
• Difundir a legislação ambiental, por intermédio de programas, projetos e
ações de educação ambiental.
• Criar espaços de debate das realidades locais para o desenvolvimento de
mecanismos de articulação social, fortalecendo as práticas comunitárias
sustentáveis e garantindo a participação da população nos processos decisórios
sobre a gestão dos recursos ambientais.
• Estimular e apoiar as instituições governamentais e não-governamentais a
pautarem suas ações com base na Agenda 21.

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

• Estimular e apoiar pesquisas, nas diversas áreas científicas, que auxiliem o


desenvolvimento de processos produtivos e soluções tecnológicas apropriadas e
brandas, fomentando a integração entre educação ambiental, ciência e tecnologia.
• Incentivar iniciativas que valorizem a relação entre cultura, memória e
paisagem - sob a perspectiva da biofilia –, assim como a interação entre os saberes
tradicionais e populares e os conhecimentos técnico-científicos.
• Promover a inclusão digital para dinamizar o acesso a informações sobre a
temática ambiental, garantindo inclusive a acessibilidade de portadores de
necessidades especiais.
• Acompanhar os desdobramentos dos programas de educação ambiental,
zelando pela coerência entre os princípios da educação ambiental e a
implementação das ações pelas instituições públicas responsáveis.
• Estimular a cultura de redes de educação ambiental, valorizando essa forma
de organização.
• Garantir junto às unidades federativas a implantação de espaços de
articulação da educação ambiental.
• Promover e apoiar a produção e a disseminação de materiais didático-
pedagógicos e instrucionais.
• Sistematizar e disponibilizar informações sobre experiências exitosas e
apoiar novas iniciativas.
• Produzir e aplicar instrumentos de acompanhamento, monitoramento e
avaliação das ações do ProNEA, considerando a coerência com suas Diretrizes e
Princípios.

6. Públicos da Educação Ambiental

Parte-se do princípio de que todas as pessoas devem ter oportunidade de


acesso às informações que lhes permitam participar ativamente na busca de
soluções para os problemas ambientais atuais.
O objetivo da E. A. é atingir os públicos, sendo um dos seus princípios que
todas as pessoas devem ter acesso as informações que lhes permitam participar
ativamente na busca de solução para a E. A..
Didaticamente dividi-se E. A. em dois públicos :
Educação Formal: Envolve estudantes em geral, desde a educação infantil até a
fundamental, média e universitária, além de professores e demais profissionais
envolvidos em cursos de treinamento em Educação Ambiental.
Educação Informal ou Não Formal: Envolve todos os segmentos da população,
como por exemplo: grupos de mulheres, de jovens, trabalhadores, políticos,
empresários, associações de moradores, profissionais liberais, dentre outros.

De uma forma mais ampla teríamos os seguintes públicos:

• Grupos em condições de vulnerabilidade social e ambiental.


• Gestores, do governo ou da sociedade civil, de recursos ambientais.
• Comunidades indígenas e tradicionais – ribeirinhos, extrativistas, caiçaras,
quilombolas, entre outras.
• Educadores, animadores, editores, comunicadores e artistas ambientais.
• Professores de todos os níveis e modalidades de ensino.

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

• Estudantes de todos os níveis e modalidades de ensino.


• Técnicos extensionistas e agentes de desenvolvimento rural.
• Produtores rurais, incluindo os assentados.
• Agentes comunitários e de saúde.
• Lideranças de comunidades rurais e urbanas, a exemplo de grupos étnicos e
culturais.
• Tomadores de decisão de entidades públicas, privadas e do terceiro setor.
• Servidores e funcionários de entidades públicas, privadas e não-governamentais.
• Grupos de voluntários.
• Membros dos poderes legislativo e judiciário.
• Sindicatos, movimentos e redes sociais.
• Entidades religiosas.
• Comunidade científica.
• Melhor idade.
• Profissionais liberais.
• População em geral.

7. Planejamento de Projetos

O que é um projeto?

IDÉIAS EM AÇÃO

• Planejamento de ações que pretende resolver uma situação (problema ou


demanda) utilizando material para que em um tempo determinado se proceda
sua realização.
• Elaborar um projeto é contribuir para a solução de problemas, transformando
idéias em ação.

Projeto: é o resultado obtido ao se “projetar” no papel tudo o que é necessário para


o desenvolvimento de um de atividades a serem executadas.

Pergunte-se:

- Qual o objetivo?
- Quais meios serão usados para atingir o objetivo?
- quais os recursos necessários?
- Onde serão obtidos os recursos?
- Por que é importante fazer um projeto?
- Identificar as principais diferenças.
- Superar e identificar falhas na execução.
- que deve ser observado antes de fazer o projeto?
- Estabelecer o problema (dignificante em relação aos fatores de sucesso, dimensão
em relação aos fatores de sucesso, dimensão administrável e ser mensurável).
- Identificar pessoas e instituições a quem afeta resolver o problema.
- Adequada fonte de financiamento.

7.1. Roteiro:

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

7.1.1- Título do Projeto: idéia clara e concisa do(s) objetivo(s) do projeto.

7.1.2- Caracterizar o problema ou justificativa.

PORQUE aprovar?
PORQUE executar?
PORQUE implantar?

• Qual a importância para a comunidade /região/lugar?


• Há projetos semelhantes? Ou nessa temática?
• Benefícios econômicos, sociais, ambientais?
• Quais os resultados para a região, comunidade, local?

7.1.3- Objetivos: PARA QUE? PARA QUEM?

Geral: produto final do que se quer alcançar.


Específico: as ações que se propões executar.

7.1.4 - Metas: dependendo da instituição pede-se ou não:


* - Expressa a quantidade e qualidade dos objetivos.

7.1.5- Metodologia:

• Como vai atingir os objetivos.


• Com que recursos vai ser trabalhados.
• Onde será manuseado.
• Quando analisado.

7.1.6- Cronograma:

• QUANDO?

Data, previsões, épocas, estação do ano, períodos

7.1.7- Orçamento:

• COM QUANTO?]

É o cronograma financeiro.

• Vira de onde.

7.1.8- Bibliografia:

Segundo normas ABNT.

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio


Estratégias para o Desenvolvimento em Educação Ambiental – ETEC GuaracySilveira

8. Referências Bibliográficas

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais: introdução aos parâmetros nacionais. Brasília: MEC, 1997. 126p.

CZAPSKI, S.A. Implantação da educação ambiental no Brasil. Brasília: Ministério


de Educação e do Desporto, 1998, 166p.

MARCATTO, C. Educação ambiental: conceitos e princípios. Belo Horizonte:


FEAM, 2002, 64 p.

ODUM, E.P. Fundamentos de Ecologia. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste


Gulbekian, 1988. 927p.

Educação Ambiental PROBIO: Cooordenador: Carlos Hiroo Saito. Brasília:


Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília/MMA, 2006. 136p.

Como o Ibama exerce a educação ambiental/Coordenação Geral de Educação


Ambiental. – Brasília: Edições Ibama, 2002. 32 p.

MELO, Gutemberg de Pádua. Educação ambiental para professores e outros


agentes multiplicadores/Gutemberg de Pádua Melo – João Pessoa:
Superintendência do IBAMA na Paraíba, 2007.

SENAC e Educação Ambiental - N. 1 (1992) – Rio de Janeiro : Senac/DN, 1992-


2008.

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=publicacao.publicacoesPorSecretaria&id
Estrutura=20#

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=20

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=16

http://www.cidade.usp.br/educar2003/mod6/arquivos/19.doc (20-08-2008)

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=16&idCont
eudo=5324&idMenu=4728

http://www.ana.gov.br/AcoesAdministrativas/RelatorioGestao/Rio10/Riomaisdez/inde
x.html (27-08-2008)

Elaborada pela Profa Dra Maria de Lourdes Silva Serodio

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