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os empreendedores brasileiros serem apresentados ao fantástico mundo do
2.7Ghz Memória de RAM…
bilionário japonês Masayoshi Son, dono do conglomerado de tecnologia, br-store.acer.com
Mohammed bin Salman: 45 bilhões de dólares alocados no Vision Fund | Billal Bensalem/NurPhoto/Getty
Images
O bilionário teve uma infância pobre em Tosu, cidade japonesa com 70 000
habitantes localizada a 900 quilômetros da capital Tóquio. Seu avô trabalhou em
uma mina de carvão. Seu pai vendia peixe, criava porcos, produzia licores no
mercado negro e coordenava pachinkos, máquinas de jogos de azar dos
cassinos japoneses. Son ouvia dentro de casa que poderia ser “o mais esperto
do Japão”. “Comecei a pensar que eu poderia construir coisas se tentasse. Eu
não deveria me satisfazer com a mediocridade, porque poderia ser um gênio”,
a rmou a Atsuo Inoue, autor de sua biogra a, Aiming High (Mirando Alto). Aos 16
anos de idade, em 1972, viajou a Tóquio para tentar conversar com o controlador
do McDonald’s no Japão, Den Fujita. Ouviu dele o conselho de “olhar para a
indústria do futuro, a dos computadores”.
No mesmo ano, Son mudou-se para os Estados Unidos. Após uma graduação em
economia na Universidade da Califórnia em Berkeley, ele retornou para o Japão e,
aos 23 anos de idade, em 1981, lançou um negócio de distribuição de programas
para computadores chamado SoftBank. Com o tempo, os computadores
pessoais passaram de raridade a costume e a reputação, e o faturamento do
“banco de softwares” foi crescendo. Em 1994, o Sof-Bank abriu o capital na
Bolsa de Valores de Tóquio, e Son foi apelidado de “Bill Gates do Japão” pelo
jornal americano The New York Times.
Uber na bolsa: dos sonhos ao mundo real, uma frustração | Brendan McDermid/Reuters
Hoje, Son tem 22,7 bilhões de dólares, segundo a revista americana Forbes. No
Japão, ca atrás apenas de Tadashi Yanai, dono da varejista Uniqlo. Boa parte da
reviravolta deve-se à insistência na aposta de que a internet cresceria, atualizada
para a ascensão dos celulares inteligentes. Essa tese surgiu de um encontro e
uma troca de rascunhos de aparelhos portáteis com Steve Jobs, fundador do
gigante de tecnologia Apple, em 2005. As conversas foram proveitosas, mas Son
não tinha uma operadora para comercializar tais equipamentos. Por isso,
comprou a britânica Vodafone por 15 bilhões de dólares um ano depois. Em
2007, o primeiro iPhone foi nalmente lançado e o SoftBank o vendeu com
exclusividade no Japão. Em 2013, o SoftBank expandiu seu braço de
telecomunicações com a compra da operadora de internet móvel americana
Sprint, por mais de 20 bilhões de dólares. O investimento de 20 milhões de
dólares no Alibaba se pagou por volta da mesma época e, de lá para cá, só
rendeu. O varejista online chinês abriu o capital no mercado americano há cinco
anos e é avaliado em 400 bilhões de dólares — o SoftBank detém o equivalente a
120 bilhões de dólares em participação. O Alibaba planeja uma nova abertura de
capital, agora em Hong Kong, de 20 bilhões de dólares até o m de 2019.
Computadores x humanos
O bilionário japonês lançou há nove anos um documento que de niria seu plano
de ação. Continha ideias tão diversas quanto uma expectativa de vida de 200
anos; a transmissão de informações por telepatia; e a noção de que, em algumas
décadas, a capacidade de processamento intelectual dos humanos seria para os
computadores o que o pensamento das amebas parece para nós hoje. “Qualquer
um que desempenhe tarefas rotineiras e previsíveis, do chão de fábrica aos
escritórios, estará suscetível à automação robótica. Precisaremos nos adaptar à
inteligência arti cial e gerar alguma forma de renda para as pessoas que não
encontrarem mais ocupação”, diz Martin Ford, futurista e autor dos livros Os
Robôs e o Futuro do Emprego (2019) e Arquitetos da Inteligência (ainda não
lançado no Brasil).
Jack Ma, do Alibaba: os 20 milhões investidos valem 120 bilhões de dólares | VCG/Getty Images
O ranking Private Equity International deste ano lista 300 fundos que levantaram
1,7 trilhão de dólares nos últimos cinco anos. O Blackstone é o maior deles, com
83 bilhões de dólares captados nesse período. Já os fundos de capital de risco
em geral investem quantias menores em negócios iniciantes e mais arriscados,
mas com grande potencial de multiplicação. O Vision mira startups, mas
arrecada e gasta como os grandes fundos tradicionais. Apenas o investimento
de 1 bilhão de dólares na startup colombiana de delivery Rappi, feito há dois
meses, é o dobro do maior aporte já visto em uma startup brasileira: os 500
milhões de dólares recebidos no nal do ano passado pelo iFood, concorrente da
Rappi.
Um investidor global
Seu feito mais conhecido foi investir na ntech brasileira Stone até sua abertura
de capital em outubro de 2018. A Stone é avaliada em 8 bilhões de dólares. O
fundo Redpoint eventures, criado um ano depois do Valor Capital Group, atraiu
sócios no Vale do Silício com a promessa de uma “nova China”. As expectativas
foram reajustadas e retornam agora com mais fundamentos e recursos. “Os
empreendedores se contentavam em vender seu negócio por 100 milhões de
dólares. Hoje, conseguem captar mais recursos e chegar a uma avaliação de
unicórnio”, a rma Anderson Thees, sócio do Redpoint eventures. O fundo
comemora ter investido na Rappi no início do negócio — ela foi avaliada em 3,5
bilhões de dólares após o aporte do SoftBank, primeiro investimento a constar no
catálogo do Innovation Fund. “Conhecemos o mercado e as tendências de
consumo da América Latina, sabendo o que acontece nas ruas e o que o
consumidor quer. A união ao SoftBank nos ajudará a melhorar o uso desses
dados. O grupo sempre pensa grande e está vendo muito potencial na região”, diz
Sebastian Mejia, cofundador da Rappi.
Se o sucesso virá no futuro, antes pode haver reveses. A oferta pública inicial de
ações da Uber, em maio, cou abaixo das expectativas, que já haviam diminuído
de 120 bilhões para 75 bilhões de dólares. Hoje, a empresa de mobilidade está
avaliada em cerca de 74 bilhões de dólares. A Uber a rma que pode nunca
alcançar a lucratividade e reportou um prejuízo operacional de 3 bilhões de
dólares em 2018. Ainda assim, recebeu 9 bilhões de dólares do SoftBank. A
WeWork, com 400.000 membros em seus 425 prédios de escritórios, segue na
mesma toada. No último ano, dobrou as receitas em relação a 2017, chegando a
1,8 bilhão de dólares, mas registrou perdas de 1,9 bilhão.
Son joga sempre alto, mas em alguns casos parece ter apostado alto demais
para uma parcela dos investidores. Colocou, por exemplo, 500 milhões de
dólares na Improbable, startup britânica com a improvável missão de criar um
mundo virtual para “vivermos nossas reais personalidades”. E investiu 200
milhões de dólares na americana Plenty, startup de hortas urbanas que tem a
meta de quintuplicar o cultivo global de frutas e vegetais. Apesar da ambição, a
Plenty até agora não vendeu um único pé de alface.
Bill Gates: o estilo de Masayoshi é comparado ao do bilionário americano | Britta Pedersen/DPA/AGB Photo
Outra preocupação está nas ligações do SoftBank com seu maior apoiador. A
Agência Central dos Estados Unidos (CIA) investiga a conexão entre o príncipe
Mohammed bin Salman e a morte, em outubro, do jornalista árabe Jamal
Khashoggi dentro do consulado da Arábia Saudita na Turquia. Em conversa com
investidores divulgada pelo site americano de tecnologia Axios, Masayoshi Son
a rmou que o assassinato de Khashoggi foi “um ato contra a humanidade, o
jornalismo e a liberdade de expressão” e espera que os autores “sejam
responsabilizados”. Mas disse que o SoftBank, ao mesmo tempo, “não pode virar
as costas à população saudita em seu trabalho de ajudá-la a reformar e
modernizar sua sociedade”.
Para além das polêmicas, Son tem o trunfo de ter moldado o mercado global de
investimento à sua feição e de já ter trazido o início de suas teses para as ruas,
inclusive as brasileiras. Cada vez mais fundos se valem de seus três pilares para
encher os cofres. São eles: o uso disseminado da inteligência arti cial em
setores-chave da economia mundial; investimento em (potenciais) unicórnios; e
as parcerias entre as empresas investidas.
Fabien Mendez, da Loggi: o plano é crescer 50 vezes em três anos | Jardiel Carvalho/Folhapress
Outra startup escolhida pelo Vision Fund, a Gympass, uma plataforma de acesso
a academias de ginástica como benefício corporativo, buscou a
internacionalização desde 2015. Criada em 2012 pelo administrador Cesar
Carvalho e pelos engenheiros João Thayro e Vinicius Ferrari, a Gympass atende
2.000 empresas, como o banco Santander e a multinacional de bens de consumo
Unilever, oferecendo a ligação com 47.000 academias, em 8.000 cidades, de 14
países.
Essa concepção atraiu o Vision Fund, que liderou um aporte de 300 milhões de
dólares no negócio poucos dias após a injeção feita na Loggi pela segunda vez.
A rodada foi acompanhada por antigos investidores da Gympass, como os
fundos Atomico (investidor em startups como o estúdio nlandês de criação de
jogos Rovio, autor dos Angry Birds), General Atlantic (investidor na loja eletrônica
Alibaba) e Valor Capital (sócio da Stone, de meios de pagamento). O marketplace
de academias está na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa. Agora
deverá chegar também à Ásia.
A mão aberta gera críticas de que está in ando o preço de muitos negócios que
são incipientes. Mas a verdade é que o olho no futuro tem lhe feito bem no
presente. Son diz que seus investimentos deram um retorno de 44% ao ano nos
últimos 18 anos, e isso lhe rendeu uma fortuna estimada em 22,7 bilhões de
dólares pela revista americana Forbes. O investidor falou a EXAME sobre os
riscos associados a seus investimentos e sobre a importância do Brasil em seu
plano para os próximos 300 anos.
Por que a inteligência arti cial é tão importante para a tese de investimentos do
SoftBank? Quais setores deverão ser os mais transformados por ela?
Temos uma visão de longo prazo. A Uber mudou para sempre o modo como as
pessoas se movem em todo o mundo. Ainda assim, estamos apenas nos
primeiros estágios da transformação nos setores de logística e mobilidade.
Começamos a ver uma grande mudança de paradigmas globais, desde o
desenvolvimento de veículos autônomos até a entrega diária de comida e de
outros bens. A tecnologia está fazendo com que os serviços cheguem a nós
mais facilmente, e companhias como a Uber estão na liderança dessas soluções
inovadoras.
Como é seu relacionamento com os investidores e por quanto tempo eles estão
dispostos a esperar pelo retorno dos investimentos do SoftBank?
Qual é o estado atual do “plano de 300 anos” que o senhor de niu para seus
investimentos? Como seria um mundo com todas as suas teses comprovadas?
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