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REVISTA EXAME

Masayoshi Son, o criador de futuros Assine a newsletter


Alibaba, Uber, WeWork… O japonês Masayoshi Son, maior investidor do planeta já
investiu quase 100 bilhões de dólares. Son falou a EXAME sobre seus planos
Por Mariana Fonseca
Não perca nenhuma notícia.
 20 jun 2019, 05h50 Inscreva-se em nossa newsletter gratuita.
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Masayoshi Son e o robô Pepper, alimentado por inteligência arti cial: admirável mundo novo (Issei
Kato/Reuters)
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Bastaram duas semanas e dois cheques de quase meio bilhão de dólares para Notebook Acer Aspire 5
A515-41G-13U1 AMD A12
os empreendedores brasileiros serem apresentados ao fantástico mundo do
2.7Ghz Memória de RAM…
bilionário japonês Masayoshi Son, dono do conglomerado de tecnologia, br-store.acer.com

telecomunicações e internet SoftBank. Seu fundo de investimento em negócios


Este tradutor instantâneo é a
inovadores, o Vision Fund, alçou, no início de junho, duas startups nacionais — a
invenção mais incrível de
rede de academias Gympass e o serviço de logística Loggi — a avaliações de
2019
mercado bilionárias. É uma das especialidades de Son: até o nal de 2018, ele MUAMA Enence

tinha no portfólio 38 unicórnios, como são conhecidas as startups avaliadas em


O tradicional preto está em
mais de 1 bilhão de dólares.
alta con ra!
Show de Óculos
O SoftBank separou 5 bilhões de dólares para investir na América Latina, com
prioridade para o Brasil. Ao longo dos próximos meses, deverá revolucionar o
ambiente de empreendedorismo por aqui, assim como tem feito em países como
China e Estados Unidos nos últimos três anos. Son já arrecadou 100 bilhões de
dólares para aportar em companhias inovadoras, um volume sem precedentes
NAS
na história. Gastou, até agora, 80% do valor e já conversa com investidores para BANCAS
captar uma nova rodada. A seus investidores promete a chance de embarcar em 1188 26/06/2019
Acesse o índice
negócios que vão transformar o mundo, não na próxima década, mas nos
próximos 300 anos.
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Para Son, computadores serão mais inteligentes do que nós; haverá um clube de
Leia grátis por 30 dias no
empresas líderes em controlar tais máquinas; e seremos mais felizes diante de
tamanha transformação. “Nos próximos anos, não veremos algumas
companhias valendo 1 trilhão de dólares. Veremos, sim, várias empresas de 10
Leia também no
trilhões de dólares”, disse Son a EXAME em sua primeira entrevista a um veículo
 
de imprensa brasileiro (veja mais abaixo). Bem-vindo ao megalomaníaco, e
fascinante, mundo de Masayoshi Son.

Ambição nunca é demais quando se trata do investidor japonês. Suas conversas


de centenas de milhões de dólares no Vale do Silício, em Hangzhou ou em São
Paulo são breves e podem ser interrompidas por uma pergunta que surpreende
até os mais ambiciosos criadores de startups: “Se dinheiro não fosse um
obstáculo, até onde você iria?” Pior ainda: “E se sua concorrente tivesse esse
mesmo tanto de recursos?” David Wei, ex-diretor do gigante de comércio
eletrônico Alibaba, apelidou Son de “Mr. Ten Times”, ou “Senhor Dez Vezes”.
“Toda vez que eu explicava um plano ou modelo de negócios, a primeira reação
de Masayoshi era perguntar se poderia ser dez vezes maior”, a rmou à agência
de notícias Reuters. O jeito modesto de falar, gesticular e se vestir de Son
contrasta com as histórias das quais participa. Ele já reservou um jato particular
e todo um restaurante para negociar com a fabricante de chips britânica Arm
uma aquisição de 32 bilhões de dólares; precisou de 45 minutos para convencer
o príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, a investir 45 bilhões de
dólares no Vision Fund; e prometeu ao presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, que investiria 50 bilhões em empresas americanas e criaria 50.000
empregos. Son está em todas. Entre as principais empresas de seu portfólio
estão negócios conhecidos, como o aplicativo de mobilidade urbana Uber, os
prédios de coworking da imobiliária WeWork e o Alibaba.

Mohammed bin Salman: 45 bilhões de dólares alocados no Vision Fund | Billal Bensalem/NurPhoto/Getty
Images

O bilionário teve uma infância pobre em Tosu, cidade japonesa com 70 000
habitantes localizada a 900 quilômetros da capital Tóquio. Seu avô trabalhou em
uma mina de carvão. Seu pai vendia peixe, criava porcos, produzia licores no
mercado negro e coordenava pachinkos, máquinas de jogos de azar dos
cassinos japoneses. Son ouvia dentro de casa que poderia ser “o mais esperto
do Japão”. “Comecei a pensar que eu poderia construir coisas se tentasse. Eu
não deveria me satisfazer com a mediocridade, porque poderia ser um gênio”,
a rmou a Atsuo Inoue, autor de sua biogra a, Aiming High (Mirando Alto). Aos 16
anos de idade, em 1972, viajou a Tóquio para tentar conversar com o controlador
do McDonald’s no Japão, Den Fujita. Ouviu dele o conselho de “olhar para a
indústria do futuro, a dos computadores”.

No mesmo ano, Son mudou-se para os Estados Unidos. Após uma graduação em
economia na Universidade da Califórnia em Berkeley, ele retornou para o Japão e,
aos 23 anos de idade, em 1981, lançou um negócio de distribuição de programas
para computadores chamado SoftBank. Com o tempo, os computadores
pessoais passaram de raridade a costume e a reputação, e o faturamento do
“banco de softwares” foi crescendo. Em 1994, o Sof-Bank abriu o capital na
Bolsa de Valores de Tóquio, e Son foi apelidado de “Bill Gates do Japão” pelo
jornal americano The New York Times.

Uber na bolsa: dos sonhos ao mundo real, uma frustração | Brendan McDermid/Reuters

O empresário japonês vislumbrou antes de seus concorrentes o potencial da


internet. Apostou no Yahoo quando o portal americano tinha um ano de vida, em
1996, e no então desconhecido varejista chinês Alibaba, do empresário Jack Ma,
no ano 2000. No auge da euforia ponto-com, durante um mês Son chegou a
somar 10 bilhões de dólares por semana à sua fortuna. Alcançou um patrimônio
de 78 bilhões de dólares e foi o homem mais rico do mundo durante três dias,
segundo ele próprio. Antes de poder divulgar a notícia, porém, as empresas de
internet enfrentariam uma grande queda de suas ações — o estouro da bolha. A
fortuna derreteu-se para 7 bilhões de dólares. A reconstrução foi lenta.

Hoje, Son tem 22,7 bilhões de dólares, segundo a revista americana Forbes. No
Japão, ca atrás apenas de Tadashi Yanai, dono da varejista Uniqlo. Boa parte da
reviravolta deve-se à insistência na aposta de que a internet cresceria, atualizada
para a ascensão dos celulares inteligentes. Essa tese surgiu de um encontro e
uma troca de rascunhos de aparelhos portáteis com Steve Jobs, fundador do
gigante de tecnologia Apple, em 2005. As conversas foram proveitosas, mas Son
não tinha uma operadora para comercializar tais equipamentos. Por isso,
comprou a britânica Vodafone por 15 bilhões de dólares um ano depois. Em
2007, o primeiro iPhone foi nalmente lançado e o SoftBank o vendeu com
exclusividade no Japão. Em 2013, o SoftBank expandiu seu braço de
telecomunicações com a compra da operadora de internet móvel americana
Sprint, por mais de 20 bilhões de dólares. O investimento de 20 milhões de
dólares no Alibaba se pagou por volta da mesma época e, de lá para cá, só
rendeu. O varejista online chinês abriu o capital no mercado americano há cinco
anos e é avaliado em 400 bilhões de dólares — o SoftBank detém o equivalente a
120 bilhões de dólares em participação. O Alibaba planeja uma nova abertura de
capital, agora em Hong Kong, de 20 bilhões de dólares até o m de 2019.

Computadores x humanos

O SoftBank é um conglomerado que faturou cerca de 13 bilhões de dólares no


último ano scal, encerrado em março deste ano. Hoje seu valor de mercado é
cerca de 100 bilhões de dólares, com foco em serviços de internet e de telefonia
móvel. Mas Masayoshi Son concentra a atenção na inteligência arti cial. Sua
meta é fazer computadores com capacidade de aprendizado superior à dos
humanos. O bilionário japonês virou símbolo de um futuro que vem sendo
concebido desde a década de 50, com programas que venciam humanos em
jogos de xadrez.

Hoje, mais de 20.000 empresas usam tecnologias como a do robô Watson,


criado pela empresa de tecnologia da informação IBM. As aplicações vão desde
o que se vê no banco Bradesco, que abre contas e faz pagamentos por uma
assistente virtual, até as da rede de laboratórios Fleury, que usa inteligência
arti cial para auxiliar na tomada de decisões médicas. A consultoria PwC estima
que a inteligência arti cial traga uma contribuição de 15,7 trilhões de dólares ao
PIB mundial em 2030, mais do que é gerado hoje por China e Índia combinadas.
Mas Son vai além: a adoção da tecnologia será tão natural quanto pensar — para
ele, os computadores vão raciocinar por nós.

WeWork: a rede de escritórios está avaliada em 47 bilhões de dólares | Renato Pizzutto

O bilionário japonês lançou há nove anos um documento que de niria seu plano
de ação. Continha ideias tão diversas quanto uma expectativa de vida de 200
anos; a transmissão de informações por telepatia; e a noção de que, em algumas
décadas, a capacidade de processamento intelectual dos humanos seria para os
computadores o que o pensamento das amebas parece para nós hoje. “Qualquer
um que desempenhe tarefas rotineiras e previsíveis, do chão de fábrica aos
escritórios, estará suscetível à automação robótica. Precisaremos nos adaptar à
inteligência arti cial e gerar alguma forma de renda para as pessoas que não
encontrarem mais ocupação”, diz Martin Ford, futurista e autor dos livros Os
Robôs e o Futuro do Emprego (2019) e Arquitetos da Inteligência (ainda não
lançado no Brasil).

Jack Ma, do Alibaba: os 20 milhões investidos valem 120 bilhões de dólares | VCG/Getty Images

Ninguém como Son conseguiu aliar teses futuristas ao rigoroso nível de


exigência dos fundos de investimento. O começo foi modesto (pelo menos para
os padrões que hoje conhecemos). Ele montou um fundo de 100 milhões de
dólares em 2014 para apostar em negócios inovadores que usassem a
inteligência arti cial na transformação de grandes setores. Investiu nas startups
Ola Cabs e Didi Chuxing, aplicativos de mobilidade urbana da Índia e da China; no
aplicativo de entrega Grab, de Singapura; e na plataforma indiana de
hospedagem OYO Rooms. Logo, porém, o dinheiro tornou-se pouco para suas
ambições.

Em 2016, Son viajou a diversos países para angariar o maior fundo de


investimento em startups já visto. Suas promessas se cruzaram com as do
príncipe Salman, que propunha reduzir a dependência do petróleo da Arábia
Saudita e transformar o país em uma potência de investimentos. Depois de
passar por conselheiros do príncipe saudita, Son conseguiu uma reunião de 45
minutos com Salman — e levou 45 bilhões de dólares do Fundo de Investimento
Público da Arábia Saudita. O Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, forneceu
outros 15 bilhões. Empresas de tecnologia, como a Apple, juntaram-se à
empreitada. Por m, o próprio SoftBank aportou 28 bilhões de dólares. Em maio
de 2017, Son anunciou a criação o cial do Vision Fund com 100 bilhões de
dólares, ou todo o montante que negócios inovadores pelo mundo obtiveram no
ano anterior, segundo a consultoria CB Insights.

Marcelo Claure, do SoftBank: dinheiro não é mais obstáculo | Germano Lüders

O valor é quatro vezes superior ao do segundo fundo de investimento em


empresas mais endinheirado de 2018, estruturado pela empresa de
participações Apollo. É também mais do que captaram os maiores e mais
tradicionais fundos de private equity do planeta, que recolhem recursos de
investidores quali cados para colocar em negócios avançados, com risco baixo
a moderado. Seu negócio é melhorar a e ciência e os processos, multiplicar o
valor investido e ganhar na posterior venda da participação.

O ranking Private Equity International deste ano lista 300 fundos que levantaram
1,7 trilhão de dólares nos últimos cinco anos. O Blackstone é o maior deles, com
83 bilhões de dólares captados nesse período. Já os fundos de capital de risco
em geral investem quantias menores em negócios iniciantes e mais arriscados,
mas com grande potencial de multiplicação. O Vision mira startups, mas
arrecada e gasta como os grandes fundos tradicionais. Apenas o investimento
de 1 bilhão de dólares na startup colombiana de delivery Rappi, feito há dois
meses, é o dobro do maior aporte já visto em uma startup brasileira: os 500
milhões de dólares recebidos no nal do ano passado pelo iFood, concorrente da
Rappi.

Son, nesse contexto, é também símbolo de uma nova geração de


megainvestidores. Se Warren Buffett mirava companhias dominantes em
mercados maduros, como o de ferrovias, e Jorge Paulo Lemann alvejava grandes
empresas de bens de consumo ine cientes, Son aposta tudo em negócios
potencialmente transformadores. Sua régua não mede resultados passados,
mas capacidade futura. Além de incentivar grandes projetos, ele oferece aos
empreendedores uma rede de contatos global que, na teoria, os ajuda a cortar
caminhos. Os objetivos de retorno são de longuíssimo prazo e devem se
concretizar em aberturas de capital no futuro.

Naturalmente, nem todas as 65 empresas que receberam investimento serão um


sucesso, mas, se meia dúzia chegar ao olimpo, Son e seus sócios poderão se dar
por satisfeitos. Tendo como base a evolução do valor de mercado das empresas
investidas, a taxa de retorno anual do SoftBank é de 44%. O desa o, claro, é
transformar as valorizações estratosféricas em dinheiro na conta.

Entregador da Rappi: startup latino-americana com ambições globais | Germano Lüders

Um investidor global

As startups preferidas de Masayoshi Son não estão apenas no Vale do Silício.


Para ele, apostar em startups de regiões não visadas e cheias de ine ciências
pode se provar um ótimo investimento, como o feito em um incipiente Alibaba. O
Vision Fund aportou em negócios da Ásia e da Europa — e começou a olhar para
terras latino-americanas há dois anos, por uma coincidência de mercado.

A primeira startup da região a receber investimento foi o aplicativo brasileiro de


mobilidade urbana 99, criado pelos empreendedores Ariel Lambrecht, Paulo
Veras e Renato Freitas. A Didi Chuxing havia investido na 99 em janeiro de 2017 e
ajudou a convencer o SoftBank, que concluiu um aporte de 100 milhões de
dólares em maio do mesmo ano (a participação seria repassada para a Didi no
começo de 2018, quando a chinesa comprou a 99 e a transformou no primeiro
unicórnio brasileiro). Enxergando mais uma oportunidade em transportes, o
SoftBank investiu outros 100 milhões de dólares na startup brasileira de logística
Loggi no nal de 2018.

Há dois meses, Marcelo Claure, economista boliviano e diretor da operadora


Sprint, liderou a criação da maior aposta do SoftBank no Brasil e em toda a
América Latina até agora: o Innovation Fund, fundo separado do Vision para
investir 5 bilhões de dólares nas startups da região. O interesse veio da
percepção de “um grande desequilíbrio”. “Os donos de negócios da América
Latina foram condicionados a ter menos ambições por uma histórica escassez
de recursos. Um de nossos desa os é encontrar empreendedores promissores,
mas com números ainda pequenos para o tamanho do mercado latino-
americano”, diz Claure, líder do Innovation Fund e presidente do SoftBank
International, divisão que cuida dos investimentos globais do grupo.

Apesar de a América Latina ter um produto interno bruto correspondente ao


dobro do gerado pela Índia, a Associação Latino-Americana de Venture Capital
calcula que a região tenha recebido apenas 2 bilhões de dólares para suas
startups no ano passado (o SoftBank estima 1,5 bilhão). É um décimo dos 20
bilhões de dólares em capital de risco aportados na Índia, segundo a consultoria
Grant Thornton.

Para os investidores e fundos de capital de risco brasileiros, a chegada do


SoftBank tem a importância de um acesso à primeira divisão do campeonato
mundial. Um dos primeiros fundos de capital de risco no Brasil com foco em
estratégia internacional foi o Valor Capital Group, criado em 2011. “Quando
começamos, as empresas pensavam muito na oportunidade do enorme mercado
local e tropicalizavam negócios americanos. Isso diminuía o múltiplo de
investimento em relação a startups internacionais”, a rma Scott Sobel, sócio do
Valor Capital Group.

Seu feito mais conhecido foi investir na ntech brasileira Stone até sua abertura
de capital em outubro de 2018. A Stone é avaliada em 8 bilhões de dólares. O
fundo Redpoint eventures, criado um ano depois do Valor Capital Group, atraiu
sócios no Vale do Silício com a promessa de uma “nova China”. As expectativas
foram reajustadas e retornam agora com mais fundamentos e recursos. “Os
empreendedores se contentavam em vender seu negócio por 100 milhões de
dólares. Hoje, conseguem captar mais recursos e chegar a uma avaliação de
unicórnio”, a rma Anderson Thees, sócio do Redpoint eventures. O fundo
comemora ter investido na Rappi no início do negócio — ela foi avaliada em 3,5
bilhões de dólares após o aporte do SoftBank, primeiro investimento a constar no
catálogo do Innovation Fund. “Conhecemos o mercado e as tendências de
consumo da América Latina, sabendo o que acontece nas ruas e o que o
consumidor quer. A união ao SoftBank nos ajudará a melhorar o uso desses
dados. O grupo sempre pensa grande e está vendo muito potencial na região”, diz
Sebastian Mejia, cofundador da Rappi.

As mais recentes empresas brasileiras a participar do clube, Gympass e Loggi,


ecoam o discurso (veja mais no quadro abaixo). “Algumas dessas companhias
serão extremamente valiosas no futuro porque estão atacando mercados
gigantescos. Asseguramos que dinheiro deixe de ser um obstáculo”, diz Claure.

Muito dinheiro, pouco suor?

Son se bene ciou de um contexto macroeconômico de apetite pelo risco no


mundo todo. O movimento cresceu partindo da recuperação da crise econômica
global de 2008 e foi apoiado por um cenário generalizado de taxas de juro baixas,
além de uma nova percepção do que signi ca assumir riscos. Muitas das
empresas mais valiosas do mundo hoje, da varejista Amazon à rede social
Facebook, são parte de uma nova economia: dispensam investimentos
estruturais e trabalham como plataformas, buscando capital para nanciar sua
dominação em um mundo cada vez mais globalizado.

O volume de dívidas mundial tem crescido a um ritmo médio de 7,2 trilhões de


dólares por ano desde a crise econômica de 2008, segundo o economista Celso
Toledo, sócio da consultoria LCA e colunista de EXAME. “Há um descompasso
entre a avaliação dessas empresas e seus ativos, para nem falar dos lucros. Os
negócios podem estar em uma fase de consolidação ou podem nunca gerar o
retorno prometido”, diz Toledo. “É um método de avaliação que assusta a análise
tradicional de investimentos.”

Vale do Silício: o Vision Fund desconcentra o mercado de investimento | Hans Blossey/imageBroker/AGB


Photo

Se o sucesso virá no futuro, antes pode haver reveses. A oferta pública inicial de
ações da Uber, em maio, cou abaixo das expectativas, que já haviam diminuído
de 120 bilhões para 75 bilhões de dólares. Hoje, a empresa de mobilidade está
avaliada em cerca de 74 bilhões de dólares. A Uber a rma que pode nunca
alcançar a lucratividade e reportou um prejuízo operacional de 3 bilhões de
dólares em 2018. Ainda assim, recebeu 9 bilhões de dólares do SoftBank. A
WeWork, com 400.000 membros em seus 425 prédios de escritórios, segue na
mesma toada. No último ano, dobrou as receitas em relação a 2017, chegando a
1,8 bilhão de dólares, mas registrou perdas de 1,9 bilhão.

Com 10,4 bilhões do SoftBank, é avaliada em 47 bilhões de dólares. Uma parcela


dos investidores mostra ceticismo com avaliações desproporcionais, que podem
cair por terra quando as startups chegarem ao mercado de ações e precisarem ir
além de sonhos dourados. Outro grupo de críticos diz que o excesso de capital
pode criar uma geração de empreendedores deslumbrados e sem a necessidade
de inovar para superar problemas. “Ofertas públicas, como a da Uber, que ainda
não comprova conceitos básicos, como geração de lucros, trazem preocupação
para todo o mercado de investimentos”, a rma Paulo Veras, fundador do
aplicativo de transportes concorrente 99.

Son joga sempre alto, mas em alguns casos parece ter apostado alto demais
para uma parcela dos investidores. Colocou, por exemplo, 500 milhões de
dólares na Improbable, startup britânica com a improvável missão de criar um
mundo virtual para “vivermos nossas reais personalidades”. E investiu 200
milhões de dólares na americana Plenty, startup de hortas urbanas que tem a
meta de quintuplicar o cultivo global de frutas e vegetais. Apesar da ambição, a
Plenty até agora não vendeu um único pé de alface.

Bill Gates: o estilo de Masayoshi é comparado ao do bilionário americano | Britta Pedersen/DPA/AGB Photo

Outra preocupação está nas ligações do SoftBank com seu maior apoiador. A
Agência Central dos Estados Unidos (CIA) investiga a conexão entre o príncipe
Mohammed bin Salman e a morte, em outubro, do jornalista árabe Jamal
Khashoggi dentro do consulado da Arábia Saudita na Turquia. Em conversa com
investidores divulgada pelo site americano de tecnologia Axios, Masayoshi Son
a rmou que o assassinato de Khashoggi foi “um ato contra a humanidade, o
jornalismo e a liberdade de expressão” e espera que os autores “sejam
responsabilizados”. Mas disse que o SoftBank, ao mesmo tempo, “não pode virar
as costas à população saudita em seu trabalho de ajudá-la a reformar e
modernizar sua sociedade”.

Adam Neumann, fundador da WeWork, a rmou ao site de notícias americano


Business Insider que não aceitaria mais recursos vindos de fontes com as quais
não concordasse moralmente. O Vision Fund já esgotou 80% de seus 100 bilhões
de dólares, de acordo com a agência de notícias inglesa Reuters, e prepara a
criação de um segundo fundo, ainda sem valores nem investidores de nidos. O
The Wall Street Journal a rma que o SoftBank está com di culdade para levantar
os recursos, algo que a empresa nega. Uma alternativa é o Vision Fund fazer a
própria oferta inicial de ações. Isso criaria a oportunidade de devolver parte dos
recursos recebidos e ainda levantar mais capital.

Para além das polêmicas, Son tem o trunfo de ter moldado o mercado global de
investimento à sua feição e de já ter trazido o início de suas teses para as ruas,
inclusive as brasileiras. Cada vez mais fundos se valem de seus três pilares para
encher os cofres. São eles: o uso disseminado da inteligência arti cial em
setores-chave da economia mundial; investimento em (potenciais) unicórnios; e
as parcerias entre as empresas investidas.

Negócios inovadores — geralmente de comércio, nanças, imóveis, logística e


transporte, saúde e tecnologias de fronteira — usam a combinação da
inteligência arti cial com o caixa profundo do SoftBank para crescer da maneira
mais -acelerada possível, conquistando avaliações de mercado bilionárias. A
estratégia de “aglomerados de números 1 em inteligência arti cial” já é vista na
seleção de conteúdos personalizados pela agência chinesa de notícias
ByteDance. Também aparece na otimização de caminhos percorridos pelos
automóveis cadastrados nas companhias de entrega de produtos e mobilidade
urbana Grab, Didi Chuxing e Uber, com prevenção de fraudes de identidade e de
pagamento também melhorada pela inteligência arti cial. Outra aplicação está
nos escritórios compartilhados da WeWork, na medição de passos e de uso de
espaços para reduzi-los ao mínimo necessário.

Essas apostas conquistaram o mercado. O Vision Fund já investiu em 65


startups, 38 das quais se tornaram unicórnios até o nal de 2018 nas estimativas
da CB Insights. O valor conjunto dos investimentos do fundo beira 400 bilhões de
dólares, o maior acumulado em qualquer portfólio de startups. Com Masayoshi
Son, tudo acontece em grande escala. 

EM BUSCA DE NOVOS UNICÓRNICOS


O SoftBank criou um fundo de 5 bilhões de dólares para a América Latina. Em
duas semanas, investiu em duas startups brasileiras. A meta: criar novos
líderes globais | Mariana Fonseca

Fabien Mendez, da Loggi: o plano é crescer 50 vezes em três anos | Jardiel Carvalho/Folhapress

Criada em 2014 para enviar documentos, a startup paulistana Loggi atua


também na entrega de produtos de empresas de comércio eletrônico, como
Da ti e Mercado Livre, de comida de restaurantes e artigos de supermercados.
Nos últimos meses, começou a investir em inteligência arti cial para otimizar
rotas e evitar fraudes em entregas e pagamentos. A área de tecnologia reúne 200
dos 650 funcionários da Loggi. O Vision Fund, braço de investimento do
SoftBank, aportou os primeiros 100 milhões de dólares na Loggi na virada de
2019.

No início de junho, o fundo de Masayoshi Son redobrou a aposta e colocou


outros 150 milhões de dólares na empresa. “Tínhamos um plano ambicioso de
crescimento, margens nanceiras e tecnologia. Entregamos o que prometemos e
criamos con ança nos investidores”, a rma o francês Fabien Mendez,
cofundador da Loggi. A nova injeção de capital será usada para treinar mais
1.000 engenheiros “no padrão do Vale do Silício”, segundo Mendez, e na
expansão da equipe total para 1.500 funcionários. A Loggi realiza 3 milhões de
entregas mensais e projeta chegar a 150 milhões em três anos. Ambição puxada
pelo Vision Fund.

Outra startup escolhida pelo Vision Fund, a Gympass, uma plataforma de acesso
a academias de ginástica como benefício corporativo, buscou a
internacionalização desde 2015. Criada em 2012 pelo administrador Cesar
Carvalho e pelos engenheiros João Thayro e Vinicius Ferrari, a Gympass atende
2.000 empresas, como o banco Santander e a multinacional de bens de consumo
Unilever, oferecendo a ligação com 47.000 academias, em 8.000 cidades, de 14
países.

Essa concepção atraiu o Vision Fund, que liderou um aporte de 300 milhões de
dólares no negócio poucos dias após a injeção feita na Loggi pela segunda vez.
A rodada foi acompanhada por antigos investidores da Gympass, como os
fundos Atomico (investidor em startups como o estúdio nlandês de criação de
jogos Rovio, autor dos Angry Birds), General Atlantic (investidor na loja eletrônica
Alibaba) e Valor Capital (sócio da Stone, de meios de pagamento). O marketplace
de academias está na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa. Agora
deverá chegar também à Ásia.

Assim como a Loggi, a Gympass pretende intensi car o uso da inteligência


arti cial. A tecnologia vai personalizar a experiência do usuário, dando
recomendações de atividades físicas e academias com base no histórico de
aulas e na localização geográ ca. Ao mesmo tempo, empresas e proprietários de
academias receberão relatórios mais precisos. A Gympass tem cerca de 1.000
funcionários e projeta contratar mais 300 até o m do ano, a maioria deles na
área de tecnologia.

Mais um investimento pode estar a caminho. EXAME apurou que a ntech de


empréstimos com garantias Creditas está em negociação com o SoftBank para
um investimento da ordem de 200 milhões de dólares. Fundada em 2012, a
Creditas já captou 88 milhões de dólares em aportes e a rma ter emprestado
340 milhões de reais até o m de 2018. Atua num nicho visto como promissor
pelo SoftBank: empréstimos populares. Após a Creditas, a tendência é que a lista
de investimentos no Brasil siga crescendo. “Lançamos o fundo há dois meses e
já analisamos mais de 100 empresas. Achávamos que o dinheiro cobriria um
tempo maior”, a rma Marcelo Claure, presidente do SoftBank International.

“A REVOLUÇÃO DOS DADOS SÓ COMEÇOU”


Em entrevista exclusiva a EXAME, o investidor Masayoshi Son fala que nos
próximos 20 anos haverá mais disrupção do que nos últimos 300 — e diz querer
mudar “drasticamente” o ambiente de negócios na América Latina | Mariana
Fonseca

Masayoshi Son: “Veremos o surgimento de várias empresas de 10 trilhões de dólares” | Tomohiro


Ohsumi/Getty Images

Enquanto investidores tradicionais se preocupam com questões como uxo de


caixa e custo de aquisição de clientes, o japonês Masayoshi Son busca
empresas que encurtem o caminho para a “singularidade”. É o momento em que
a inteligência arti cial conversará tão naturalmente com a humana que será
impossível separar uma da outra. Son é fundador do grupo japonês de telefonia, 
internet,  energia, tecnologia e outros negócios SoftBank e gestor do Vision Fund,
maior fundo de participações do planeta, com investimentos de 80 bilhões de
dólares nos últimos dois anos. Em rodadas com empreendedores mundo afora,
ele diz procurar negócios sustentáveis para os próximos 300 anos e surpreende
por assinar cheques de valores várias vezes acima do esperado.

A mão aberta gera críticas de que está in ando o preço de muitos negócios que
são incipientes. Mas a verdade é que o olho no futuro tem lhe feito bem no
presente. Son diz que seus investimentos deram um retorno de 44% ao ano nos
últimos 18 anos, e isso lhe rendeu uma fortuna estimada em 22,7 bilhões de
dólares pela revista americana Forbes. O investidor falou a EXAME sobre os
riscos associados a seus investimentos e sobre a importância do Brasil em seu
plano para os próximos 300 anos.

Por que a inteligência arti cial é tão importante para a tese de investimentos do
SoftBank? Quais setores deverão ser os mais transformados por ela?

Estamos no começo da revolução mais importante da história, a da inteligência


arti cial. Nos próximos 20 anos veremos mais inovação e disrupção do que nos
300 anos anteriores. A revolução da internet nas últimas duas décadas melhorou
muito a vida das pessoas e criou empresas incríveis no meio do caminho, mas
estamos apenas começando. As líderes em tecnologia usam análise de dados e
aprendizado por máquinas para transformar setores tradicionais. É o caso da
publicidade, com Google e Facebook, e do varejo, com Amazon e Alibaba. Porém,
cada um desses setores representa um único dígito do PIB mundial. A
oportunidade restante é muito maior. Com o 5G e a melhora constante da
capacidade de memória e de processamento, bilhões de aparelhos serão
capazes de transmitir dados, oferecendo aos empreendedores a oportunidade de
transformar qualquer indústria. Nos próximos anos, não veremos algumas
companhias valendo 1 trilhão de dólares. Veremos, sim, várias empresas de 10
trilhões de dólares.

O senhor investe em negócios transformadores, e muitos deles podem falhar. A


Uber estreou na bolsa indicando que talvez nunca dê lucro. Sua avaliação de
mercado está bem abaixo dos 120 bilhões de dólares que eram prometidos
antes. É um exemplo que o preocupa?

Temos uma visão de longo prazo. A Uber mudou para sempre o modo como as
pessoas se movem em todo o mundo. Ainda assim, estamos apenas nos
primeiros estágios da transformação nos setores de logística e mobilidade.
Começamos a ver uma grande mudança de paradigmas globais, desde o
desenvolvimento de veículos autônomos até a entrega diária de comida e de
outros bens. A tecnologia está fazendo com que os serviços cheguem a nós
mais facilmente, e companhias como a Uber estão na liderança dessas soluções
inovadoras.

Como é seu relacionamento com os investidores e por quanto tempo eles estão
dispostos a esperar pelo retorno dos investimentos do SoftBank?

Investimos em empreendedores motivados por propósito e que tenham visão e


paixão pelo uso de dados, inteligência arti cial e tecnologia para rede nir a
maneira como vivemos, trabalhamos e nos movemos. Damos capital e acesso a
experiências e sinergias de nosso ecossistema SoftBank para direcionar o
crescimento e posicionar essas companhias de modo a terem sucesso no longo
prazo. Temos um histórico de entregar mais de 44% de retorno anual nos últimos
18 anos. Nosso plano é usar a mesma fórmula na América Latina.

O SoftBank criou um novo fundo focado na América Latina. Apesar de todas as


di culdades para fazer negócios aqui, a região pode dar origem a novas
empresas bilionárias?

O PIB da América Latina é o dobro do PIB da Índia e metade do PIB da China,


mas a quantidade de capital de risco empregada nesses países é muito mais
substancial do que o 1,5 bilhão de dólares aplicados na América Latina. A região
há tempos recebe investimentos bem abaixo da média, do ponto de vista de um
fundo de capital de risco em tecnologia. Isso representa uma grande
oportunidade para se associar a empreendedores talentosos em mercados
historicamente com falta de capital e de ambição. Nosso plano é mudar tal
quadro drasticamente.

Qual é o estado atual do “plano de 300 anos” que o senhor de niu para seus
investimentos? Como seria um mundo com todas as suas teses comprovadas?

Não temos a intenção de ser meramente investidores. Não se trata apenas de


fazer dinheiro. Meu objetivo é criar uma companhia que possa continuar
crescendo em 300 anos de estrada. Nenhuma tecnologia ou modelo de negócios
dura para sempre, pelo ritmo atual de transformação. É por essa razão que o
SoftBank precisará continuar evoluindo em suas apostas de negócios e
tecnologia para o plano de 300 anos ser bem-sucedido. Eu acredito que estamos
no caminho certo.

NOTÍCIAS SOBRE
MASAYOSHI SON SOFTBANK STARTUPS

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